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AFETIVIDADE& COGNIÇÃO
Prof. Dr. João Alberto da Silva - [email protected] - @joaopiaget
http://joaopiaget.wordpress.com
• As emoco es seriam exclusivamente prejudiciais aofuncionamento da racionalidade?
• Pode-se compreender as emoc o es com a mesma‘lo gica’ com que se compreende a raza o?
• As ‘paixo es’ do ser humano fazem parte de suanatureza e constituem um tipo particular de emoc a odesenfreada?
• E por isto, sa o primitivas?
• Pode-se falar em carater emocional da inteligencia?
AS TRÊS GRANDES FERIDAS DA HUMANIDADE
• Galileu nos tirou do centro do universo
• Darwin nos tirou a filiação de Deus
• E Freud nos tirou a própria casa
WALLON
• Para este autor, a emoca o organiza a vida psi quicainicial e antecede as primeiras construcoes cognitivas.
• No ini cio de sua vida a crianc a possui emoco es que sa oindependentes da representac a o
• “a emoca o se nutre do efeito que causa no outro”
• as emocoes podem inicialmente criar operaco escognitivas que permitira o a construc a o do conhecimento, por um lado, e, por outro, podemestruturar a ‘pessoa’ no ini cio da vida, sem a participac a o da cognicao (nem mesmo a senso rio-motora).
VYGOTSKY
• a razao teria a capacidade de controlar as emocoes maisprimitivas, gracas ao dominio dos instrumentos culturais, emespecial a linguagem.
• portanto, o que e central para toda a estrutura da conscie ncia e para todo o sistema da atividade das func oes psi quicas e o desenvolvimento do pensamento.
• Vygotsky apresenta uma soluc ao monista para o problema das relacoes entre afetividade e cognicao, apoiado, principalmenteem Espinosa (1632-1677). Assim, diferencia emocoes primitivasoriginais, tais como alegria, medo e raiva, das emocoes ditas‘superiores’ complexas, como, por exemplo, a melancolia e o respeito, apontando tambe m que a qualidade das emocoessofreria mudanc as a medida que o conhecimento conceitual e ospro-cessos cognitivos da crianca se desenvolvem.
VYGOTSKY
• O significado está, assim, para Vygotsky, mais relacionado ao desenvolvimento dos processos cognitivos superiores. O sentido, por sua vez, se refere ao significado paracada indivi duo
• A palavra reu ne, entao, de acordo com a teoria vygotskyana, subjetividade e intersubjetividade, razao e emoc ao, afetividade e cognic ao,
FREUD
• Toda pulsa o se exprime nos dois registros: o do
afeto e o da representaca o.
• O afeto e a expressa o qualitativa da quantidade
de energia pulsional e de suas variac oes.
• A inteligencia como uma das funcoes do ego
articulada ao funcionamento, pelos processossecundarios, a capacidade de si ntese e aos
mecanismos de defesa contra a angu stia.
PIAGET
“E indiscuti vel que o afeto tem um papel essencial
no funcionamento da intelige ncia. Sem o afeto na o
haveria nem interesses, nem necessidades, nemmotivac a o; em consequencia, as interrogac o es ou
problemas na o poderiam ser formulados e na o
haveria intelige ncia. O afeto e uma condica o
necessa ria para a constituica o da intelige ncia. No
entanto, em minha opiniao, na o e uma condica o
suficiente.”
• E. Claparede. Para este u ltimo, toda conduta
possui dois elementos:
1) a meta ou finalidade (ou ainda intenca o) mais ou
menos consciente e que e definida pela
afetividade; e
2) a tecnica, que e o conjunto de meios
empregados para atingir a meta e e
determinada pelas fun- co es cognitivas.
A IDEIA DE VALOR
Algumas definic oes de valor apontadas por Piaget:
1) valor e a expansa o da atividade do eu na
conquista do universo;
2) valor e o interca mbio afetivo com o exterior (objeto
ou pessoa); e
3 ) valor e o aspecto qualitativo do interesse.
E mais: os valores atribui dos a s pessoas sa o o ponto de
partida para os sentimentos. Piaget concorda com Claparede e sintetiza sua tese; toda conduta e ditada
por um interesse, que se relaciona a uma meta para a aca o.
POR QUE SE FAZ ALGO?
Estes interesses se revelam sob a forma de valores e sao
constitui dos em essencia pela afetividade. Os meios que
permitira o atingir a meta sera o constitui dos pela intelige ncia.
Em si ntese, A vida afetiva como a vida intelectual e
adaptaca o conti nua e as duas adaptaco es na o sa o
somente paralelas, mas interdependentes, visto que os
sentimentos exprimem os interesses e os valores das aco es,
das quais a intelige ncia constitui a estrutura. (Piaget, 1945)
A tese: a de que toda conduta possui um elemento
energe tico (afetivo) e um elemento estrutural (intelectual)
que se relacionam mutuamente e que possuem naturezas
diferentes
EXEMPLO
O apogeu postulado para o pensamento, ou seja, quando as operacoes formais sa o construi das,
permitindo o desligamento do real, por um lado, e, simultaneamente, sua submissa o ao universo do
possi vel, a afetividade se desloca das pessoas e das
normas enquanto objetos, para as teorias e ideaisque o pensamento pode agora constituir. Sa o os
denominados sentimentos ideolo gicos que
concluem a evoluc ao concebida por Piaget para a
afetividade, em correspondencia ao
desenvolvimento da inteligencia.