4
Ano 4 | Edição nº 23 | Agosto de 2012 www.sinter-mg.org.br Saiba como funciona o tratamento hidrotérmico de culturas pág. 04 DESTAQUE OUTRAS NOTÍCIAS Informativo Técnico do Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Extensão Ruraldo Estado de Minas Gerais Sementes Fotografia da internet Bio Dicas: As plantas dizem muito sobre o solo 02

Agroecológico Agosto 2012

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Agroecológico Agosto 2012

Ano 4 | Edição nº 23 | Agosto de 2012

www.sinter-mg.org.br

Saiba como funciona o tratamento hidrotérmico de culturas

pág. 04

DESTAQUE

OUTRAS NOTÍCIAS

Informativo Técnico do Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Extensão Ruraldo Estado de Minas Gerais

SementesFotografia da internet

Bio Dicas: As plantas dizem muito sobre o solo02

Page 2: Agroecológico Agosto 2012

Cada vez que procuramos artigos so-bre agroecologia ou conversamos com técnicos e pessoas ligadas à difusão e implantação da agroecologia, sempre, um nome se destaca ou é citado: Ana Primavesi. Quem já participou de algum congresso, palestra, ou evento em que havia a presença desta entusiasmada e batalhadora pesquisadora, com certeza, saiu encantado ou renovado no seu ca-minho em difundir as técnicas agroecoló-gicas em busca da produção de produ-tos agropecuários de maneira que afete em uma escala menor o meio ambiente, produza alimentos que possibilitem ao consumidor ingerir saúde e tente com-preender o que o meio ambiente está no dizendo, como no bio-dicas deste mês. Uma boa anamnese sempre será uma estratégia importante para diagnosticar-mos, prevenir e corrigirmos problemas.

Um dos grandes seguidores de Ana Pri-mavesi e grande entusiasta da agroeco-logia é o nosso colega, e meu amigo, An-dré Henriques. Com a sua empolgação, ele vai quebrando barreiras, difundindo técnicas, experimentando, corrigindo, e crescendo. Grande André, estamos sempre de portas abertas para as suas contribuições agroecológicas.

Faça igual ao André Henriques, seja um colaborador do Agroecológico!o.

Antônio DominguesDiretor de Comunicação do Sinter-MG

As plantas são capazes de nos dizer a respeito do solo aonde aparecem:

Nome Nome Científico O que indicam

Azedinha Oxalis oxyptera Solo argiloso, pH baixo, falta de cálcio e/ou molibdênio.

Amendoim

brabo

Euphorbia

heterophylla

Desequilíbrio de nitrogênio com cobre e ausência de

molibdênio.

Beldroega Portulaca oleracea Solo bem estruturado, com umidade e matéria orgânica.

Capim arroz Echinochloa

crusgallii

Solo anaeróbico, com nutrientes reduzidos a substân-

cias tóxicas.

Cabelo de porco Carex ssp Solo muito exausto, com nível de cálcio muito baixo.

Capim amoroso

ou carrapicho

Cenchrus

ciliatus

Solo depauperado e muito duro, pobre em cálcio.

Caraguatá Eryngium

ciliatum

Planta de pastagens degradadas e com húmus ácido.

Carqueja Baccharis spp Solos que retêm água estagnada na estação chuvosa,

pobres em molibdênio.

Caruru Amaranthus ssp Presença de nitrogênio livre (matéria orgânica).

Cravo brabo Tagetes minuta Solo infestado de nematóides.

Dente de leão Taraxum officinalis Presença de boro.

Fazendeiro ou

picão branco

Galinsoga parviflora Solos cultivados com nitrogênio suficiente, faltando

cobre ou outros micronutrientes.

Guanxuma Sida ssp Solos muito compactados.

Língua de vaca Rumex ssp Excesso de nitrogênio livre, terra fresca.

Maria mole ou

berneira

Senecio brasiliensis Camada estagnante em 40 a 50cm de profundidade.

Falta potássio.

Mamona Ricinus communis Solo arejado, deficiente em potássio.

Nabisco ou

nabo brabo

Raphanus

raphanistrum

Solos carentes em boro e manganês.

Papuã Brachiaria plantaginea Solo com laje superficial e falta de zinco.

Picão preto Bidens pilosa Solos de média fertilidade.

Samambaia Cyperus rotundus Excesso de alumínio tóxico.

Tiririca Pteridium aquilinum Solos ácidos, adensados, mal drenados, possível defi-

ciência de magnésio.

Urtiga Urtiga urens Excesso de nitrogênio livre, carência em cobre.

* Adaptado de Ana Primavesi, in Agricultura Sustentável, Nobel - São Paulo (1992).

Editorial

DIRETORIA COLEGIADA DO SINTER-MGDiretor Geral | Carlos Augusto de Carvalho Diretor Secretário | Ronaldo Vieira de Aquino Diretor de Administração e Finanças | Darci Roberti Diretor de Comunicação e Cultura | Antônio Domingues de Souza Diretor De Assuntos Jurídicos | Pascoal Pereira de Almeida Diretor de Formação Política e Sindical | Lúcio Passos Ferreira Diretor de Assuntos de Agricultura Familiar e Reforma Agrária | Leni Alves de Souza Diretor De Assuntos Dos Aposentados | Elizabete Soares de Andrade

DIRETORES DE BASE Norte | Maria de Lourdes V. Leopoldo Centro | Afrânio Otávio Nogueira Triângulo | Walter Lúcio de Brito Leste | Adilson Lopes Barros Zona Da Mata | Margareth do Carmo C. Guimarães Sul | André Martins FerreiraAlto Paranaíba e Noroeste | Paulo César Thompson

REPRESENTANTES DAS SEçõES SINDICAISJanaúba | Raimundo Mendes de Souza Júnior Januária | Renato Alves Lopes Montes Claros | Onias Guedes Batista Salinas | José dos Reis Francisco da Rocha Barbacena | Tadeu César Gomes de Azevedo Belo Horizonte | Silmara Aparecida C. Campos Curvelo | Marcelino Teixeira da Silva Divinópolis | Júlio César Maia Uberaba | Oeder Pedro Ferreira Uberlândia | Carlos Miguel Rodrigues Couto Patos De Minas | Dener Henrique de Castro Unaí | Dalila Moreira da Cunha Almenara | Ronilson Martins Nascimento Capelinha | Vilivaldo Alves da Rocha Governador Valadares | Maurílio Andrade Dornelas Teófilo Otoni | Luiz Mário Leite Júnior Cataguases | Janya Aparecida de Paula Costa

Manhuaçu | Célio Alexandre de O. Barros Juiz de Fora | Deyler Nelson Maia Souto Viçosa | Luciano Saraiva Gonçalves de Souza Alfenas | Sávio dos Reis Dutra Lavras | Júlio César Silva Pouso Alegre | Sérgio Bras Regina

CONSELHO FISCAL Ilka Alves Santana | Francisco Paiva de Rezende | Marlene da Conceição A. Pereira | Noé de Oliveira Fernandes Filho | Reinaldo Bortone

CONExãO SINTERCoordenação | Antônio Domingues Participação | Diretoria Sinter-MG | André Henriques Edição | Mauro Morais Diagramação | Somanyideas Projeto Gráfico | Somanyideas Jornalista Responsável | Dante xavier MG-13.092 Circulação | Online

Para sugestões, comentários e críticas sobre o Conexão [email protected]

Bio Dicas

Rua José de Alencar, 738 | Nova Suíça | Belo Horizonte/MG CEP 30480-500 | Telefax: 31 3334 3080www.sinter-mg.org.br | [email protected]

Edição nº 23 | Agosto de 2012 | Ano 4 02

Page 3: Agroecológico Agosto 2012

A termoterapia ou tratamento hidrotérmico de semen-tes é, provavelmente, a tecnologia mais antiga, barata e, na maioria vezes, a mais segura, e a que proporciona os melhores resultados no controle das principais pra-gas e doenças das plantas cultivadas.

A termoterapia é utilizada como medida erradicativa de patógenos (externos ou internos) de cereais e hor-taliças, e consiste em imergir as sementes em água quente para eliminar microrganismos maléficos que podem estar presente nas sementes, em temperaturas e tempo de exposições variáveis que vão depender da espécie cultivada a ser tratada.

Os principais objetivos do tratamento térmico das sementes são: o controle de doenças; a redução no tempo de germinação; e o aumento do vigor das plântulas. A semente deve apresentar con-dições favoráveis para se fazer o tratamento hidrotérmico, deve ser nova, vigo-rosa, seca, intacta, com bom poder germinativo e não podem ser peletizada.

Os materiais necessários para fazer o tratamento hidro-térmico são: garrafa térmica ou caixa de isopor (depen-dendo da quantidade de sementes a serem tratadas), termômetro graduado de 100ºC, pano permeável ou coador de papel (filtro de café) e água quente.

Embrulhar as sementes no pano ou papel de filtro de café, e fixá-las com um clips ou pedra para afun-dar na água. Aquecer a água até 1 grau acima do indicado, despejar a água quente na garrafa térmica ou caixa de isopor. Acompanhar com o termômetro a redução da temperatura da água até 1ºC acima da temperatura indicada para a cultura. Mergulhar as

sementes e fechá-la.

Aguardar o tempo re-comendado para o tipo de semente que está sendo tratada, durante este tempo, movimen-tar de vez em quando o recipiente sem abri-lo. Passado o tempo reco-mendado, retirar as se-

mentes e esfriar em água a temperatura ambiente. Es-palhar as sementes à sombra, para secá-las, e semear logo após a secagem.

Saiba como funciona o tratamento hidrotérmico de culturas

03Edição nº 23 | Agosto de 2012 | Ano 4

“Os principais objetivos do trata-

mento térmico das sementes são:

o controle de doenças; a redução

no tempo de germinação; e o au-

mento do vigor das plântulas.

Page 4: Agroecológico Agosto 2012

Edição nº 23 | Agosto de 2012 | Ano 4 04

Hidroterapia (temperatura e tempo de exposição):

Cultura Temperatura (Cº) Tempo de Exposição (minutos)

Abobora 56 30

Alface 45 30

Algodão 56 10

Alfafa 49 15

Arroz 52 30

Banana 53 20

Batata 55 10

Beterraba 54 20

Brocolis 50 20

Cana-de-açúcar 50 120

Cebola 45 720

Cenoura 52 20

Couve-de-bruxelas 50 25

Couve-flor 56 30

Couve galega 50 20

Ervilha 55 15

Espinafre 50 25

Feijão 60 20

Feijão míudo 50 30

Gergelim 52 10

Gerânio 58 1,5

Gladíolo 57 30

Linho 53 10

Melão (2 tratamentos)40 20

60 10

Milho 50 15

Nabo 50 20

Pepino 53 60

Pimentão 50 25

Quiabo 70 30

Rábano 50 20

Rabanete 50 15

Repolho 56 30

Rosa 50 0,7

Salsão 45 30

Tabaco 50 12

Tomate 56 30

Videira (mudas) 50 20

Zínia 52 30

Engenheiro Agrônomo André Henriques - EMATER-MG de Caxambu/MG