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Alfabetização audiovisual

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Alfaberitização Audiovisual

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Page 1: Alfabetização audiovisual

Módulo 1 Módulo 1 Mundo InterconectadoMundo Interconectado

Por uma alfabetização Por uma alfabetização Audiovisual Audiovisual

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• Neste módulo, em consonância com a perspectiva da interconexão e tendo em vista sua relação com as mídias, bem como, claro, a pedagogia voltada para uma cultura de paz, a proposta é de uma sensibilização para as possibilidades da cultura audiovisual no processo educacional.

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• Para a construção desta perspectiva, partir-se-á, basicamente, do texto “A experiência audiovisual nos espaços educativos: possíveis interseções entre educação e comunicação”, da professora Eloiza Gurgel Pires da Universidade de Brasília. O texto está disponível no link a seguir: http://www.scielo.br/pdf/ep/v36n1/a06v36n

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• Para ilustrar esta análise, propõe-se um resgate sobre o nascimento do cinema e alguns vídeos sobre este gênero do audiovisual.

• Esperamos que seja um instrumento para uma reflexão sobre as possibilidades estéticas e de conteúdo para a aprendizagem.

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• Nosso sistema escolar construiu, durante um longo tempo, processos interacionais essencialmente baseados no relacionamento face a face e na palavra escrita.

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No entanto, o século XX ampliou, com as novas tecnologias, o leque de possibilidades de novas integrações direcionadas para diferentes objetivos e processos sociais...

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...o que não poderia deixar de incidir sobre a educação.

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Em uma sociedade mediatizada, deparamo-nos não apenas com diferentes “saberes”, mas com múltiplas formas de mediação e difusão desses saberes. Consequentemente, são modificados os modos de aprender relativos a eles.

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Vale ressaltar que, no atual momento civilizatório, a tecnologia não agrega somente novos artefatos e novos modos de fazer, introduz também outra dinâmica, em que o tempo e o espaço são reelaborados, produzindo novas formas de relacionamento entre as pessoas.

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• Estas pessoas continuam buscando um sentido para sua existência que, para Bakhtin (2003), é encontrado nas relações estabelecidas por intermédio da linguagem, portanto, na comunicação. Todavia, na relação entre educação e comunicação, é muito comum reduzir o campo da comunicação à sua dimensão instrumental ou ao uso dos meios...

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...deixando escapar algo que seria estratégico: a inserção da educação nos complexos processos comunicacionais da sociedade atual, considerando um sistema difuso de informações, a interseção de linguagens e o descentramento de saberes em relação aos centros da escola e livros que organizam nosso sistema educativo.

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• Para Martin-Barbero (2000), a difusão de conhecimento é uma das questões mais importantes que a comunicação propõe hoje para a educação. Para o autor, no nosso sistema escolar, não só existe o preconceito com relação à oralidade cultural, como também com relação à cultura audiovisual...

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Essa é uma atitude defensiva diante do desafio de reconhecer um novo ecossistema comunicativo, no qual emerge outra cultura, com novos modos de ler, ver, pensar e aprender.

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• Por outro lado, ao relacionar os campos da educação e da comunicação, observamos que o educacional se coloca, inevitavelmente, como uma questão central para as novas interações da comunicação social. Portanto, a cada invenção tecnológica, a sociedade atribui aos processos comunicacionais surgidos dos novos meios uma expectativa educacional, podendo-se afirmar que os dois campos se invadem, estão entrelaçados.

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José Luiz Braga e Regina Calazans (2001) afirmam que “[...] as preocupações comunicacionais da Educação, e as preocupações sobre aprendizagem na Comunicação, parecem de algum modo penetrar os dois campos originais na sua totalidade e fornecer-lhes novos ângulos e questões para observação. (p. 56)”

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A dimensão social do conhecimento ocorre na interação do sujeito com os objetos e com outros sujeitos, no confronto, na troca de concepções, de ideias, de teorias, de sentimentos e de desejos. Essa interação social, geradora de cultura (conhecimento), torna-se possível por intermédio da linguagem: “A cultura, que é característica da sociedade humana, é organizada/organizadora via o veículo cognitivo que é a linguagem” (Morin, 1992, p. 17).

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O homem cria a si próprio e o mundo em que vive, tornando-se sujeito na linguagem. Ocupa um lugar determinado no espaço e revela o seu modo de ver o outro e o mundo físico que o envolve. Assim, a palavra (pensamento) e o olhar (imaginário) constituem o sentido que conferimos à experiência de estar no mundo.

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• Uma destas linguagens é a do audiovisual, que é diferente do sentido que se dá à linguagem verbal. A gramática do vídeo, por exemplo, assim como seu processo de articulação de sentido, difere-se, pois opera com códigos do cinema, do teatro, da literatura, do rádio e, também, da computação gráfica.

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Nos dias atuais, o modo como nos apropriamos das imagens técnicas pode redefinir os modos de ser e de ser visto, a nossa própria maneira de entender e lidar com os meios ou reinventá-los.

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• O sujeito contemporâneo tornou-se expectador e produtor de suas próprias mensagens.

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A produção midiática nos espaços escolares nos remete à dimensão emotiva, ao imaginário e às mitologias da nossa época, introduzindo elementos perturbadores às disciplinas clássicas. É preciso considerar que essa “turbulência” poderá gerar uma renovação.

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Para o educador e pesquisador Buckingham (2005), a mídia não é uma janela por onde podemos ver os acontecimentos do mundo...

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• ...mas um espaço que fornece canais por meio dos quais representações e imagens do mundo são comunicadas indiretamente...

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O autor considera como “mídia” todos os modernos meios de comunicação – televisão, cinema, vídeo, fotografia, rádio, publicidade, jornal e revistas, CDs, jogos de computador e Internet, incluindo também o livro, por tratar-se de uma “mídia” que nos dá uma versão ou representação do mundo.

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Assim como Gonnet (2004), tendo emvista uma combinação dos textos da mídia de diversas linguagens ou formas de comunicação – imagens visuais (paradas ou em movimento), áudio (som, música ou fala) e a linguagem escrita –, Buckingham (2005) concebe uma ideia de alfabetização midiática...

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...que envolve, necessariamente, a leitura e a escrita da mídia, desenvolvendo a compreensão crítica e a participação ativa dos jovens que, além de fazerem seus próprios julgamentos como consumidores da mídia,...

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deverão explorar a linguagem midiática em suas próprias produções.

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Numa aventura com câmera e vídeo, osalunos descobrem a necessidade de elaborar roteiros, redigir um fio condutor, escolher lugares para a filmagem, assim como as funções necessárias à produção da obra (filmagem, montagem, sincronização).

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• Se pensarmos que o homem sempre se comunicou a partir da imagem, e que foi assim que ele começou a se compreender e entender o mundo a sua volta, a perspectiva audiovisual não parece estar colada à tecnologia, e sim à necessidade do homem de contar histórias...

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Imagens rupestresImagens rupestres

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O início…O início…

• A imagem é o mais antigo meio de registro de feitos humanos;

• Pinturas nas cavernas retratando caçadas, entalhes em pedra e madeira registrando a vitória de uns e a derrota de outros;

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Revolução IndustrialRevolução Industrial

• Invenções, grandes aglomerados, máquinas;

• A substituição da ferramenta por máquinas;

• O trabalho artesanal pela indústria;

• A esperança de que a tecnologia livrasse o homem do trabalho duro.

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Thomas Edison (americano):

Inventou o fonógrafo (1877),

a lâmpada elétrica incandescente (1879) e o cinetógrafo.

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Cinematógrafo – Irmãos Cinematógrafo – Irmãos Lumiére – 1895Lumiére – 1895

• Considerados os pais do cinema, possibilitaram a projeção para grandes plateias.

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Precursores – Precursores – Irmãos LumiéreIrmãos Lumiére

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• “A chegada do trem na estação” é considerado o primeiro filme da história. Tem um plano único. Dura pouco mais de um minuto. Entretanto, foi suficiente para causar impacto na população.

Veja o filme a seguir.

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• Outro filme da mesma época é “Saída da Fábrica”.

• Alguns ficaram apavorados, pois tinham a sensação de que seriam atropelados pela multidão...

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Real em MovimentoReal em Movimento

Depoimento de uma pessoa da época impressionada com o que havia visto: “Fotografa os seres não apenas na forma, mas nos seus gestos, movimentos;nas suas ações”.

Outra: “Vemos os rostos das pessoas, suas expressões, atitudes, o burburinho da vida moderna”, disse outra.

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• Experimente conhecer um pouco mais sobre a história do cinema. O Youtube traz vários vídeos educativos como este a seguir.

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• A outra dica é conhecer um pouco mais sobre o conceito de audiovisual, também em vídeo. O Canal Futura fez uma série muito interessante chamada “No estranho planeta dos seres audiovisuais”, que nos dá um bom panorama sobre este campo, desmistificando a ideia de que, para gostar desta área, é preciso entender de tecnologia. Veja o vídeo a seguir.

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Como atividade de encerramento do módulo 1, Mundo Interconectado, gostaríamos de solicitar a elaboração de uma proposta de aula a partir dos materiais didáticos disponibilizados. Fique à vontade  para pensar no formato, mas seria interessante  que você pudesse falar sobre a possibilidade de criação de um vídeo produzido em conjunto com os alunos ou a partir das atividades deles.  Uma saída de campo, um debate na sala de aula, uma entrevista, o que vocês acharem melhor. O interessante é que o vídeo sirva não apenas para explicar algo, e sim , que possa servir como possibilidade de criação de uma mídia, conforme aborda o PPT. Mas não se preocupe em concretizar o vídeo agora. Seria apenas uma proposta. 

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Créditos

Curso de Aperfeiçoamento Escolas da Paz - FORPROF (UFRGS/MEC)

Módulo Mundo Interconectado

Professora pesquisadora: Ms. Luciana Kraemer

Equipe de produção:

Michele Castro, Rosa Rigo e Tatiana Teixeira

Revisão: Ana Paula Alencastro