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A Alta Idade Média Séculos V ao X Professor Douglas Freitas

Alta idade média

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A Alta Idade Média

Séculos V ao X

Professor Douglas Freitas

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A Alta Idade Média e o Império Carolíngio;

O Processo Formação e Apogeu do Sistema Feudal;

A Idade Média Oriental: Os Impérios Bizantinos e Árabes.

A Idade Média na Europa

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1. As Várias Tribos Germânicas

A organização Tribal: a aldeia, a centena, o condado, a tribo e a assembleia tribal.

O pai detinha o poder de vida e morte sobre sua família. Caso a criança nascesse imperfeita, poderia decidir abandoná-lo. A família (esposa e filhos) não tinha autonomia com relação a sua decisão.

Uma aldeia era constituída por aproximadamente 100 famílias livres. Moot era a assembleia que governava localmente.

A Assembleia ocorria sempre em noites de Lua Cheia ou Lua Nova, desenvolvendo-se em terreno descampado: Culto a Tyr deus da guerra.

Aldeia

Centena

Condado(Gaw)Tribo

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A estrutura social: o chefe, o general, os nobres, os homens livres, os antigos escravos, os novos escravos.

No princípio, as tribos escolhiam seu chefe nas vésperas uma guerra.

Assembleias eram a uma demonstração do poder na sociedade, o rei passou a ser escolhido por ela, que podia inclusive destituí-lo.A eleição do general seguia critérios como coragem e bravura.

Com o passar dos séculos a tradição foi se transformando em sucessão por hereditariedade.

Wergeld, era considerado o valor a ser pago ou saudado, os nobres tinha mais valor pessoal e material com relação aos homens livres comuns.

Nobres

Homens Livres

Antigos Escravos

Escravos Era vedada a participação na assembleia.Perda da liberdade.

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2. O Cotidiano das Tribos Germânicas

O Direito Consuetudinário: as leis não eram escritas e baseavam nos usos costumes e tradições.

O assassinato reparava o crime mediante indenização á família da vítima.

Qualquer homem livre podia queixar-se a assembleia ou tribunal.

A morte ou punição física poia ser importa somente pelos sacerdotes, que deliberavam

em nome do deus da guerra

Durante o julgamento não se admitia a apresentação de provas.

Os juramento e Ordálios eram elementos para definir de quem era o justo em questão.

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O papel exercido pelos sacerdotes: a punição dos crimes e a manutenção da ordem nas assembleias.

Os áugures eram parte da explicação cotidiana das ações sociais, militares,

etc.

O inimigo capturado era obrigado a lutar com o campeão da tribo. O resultado explicava sucesso ou fracasso nas investidas militares.

TyrTuesday

Wednesday

Woden

ThursdayThor

FridayFrigg

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A organização da produção: o comércio se fundamentava na troca e o gado era a riqueza principal.

A cevada era cultivada e bem apreciada, aveia, centeio, trigo e o cânhamo também faziam parte da

produção desses povos.

A disposição das casas era feita de maneira segura.

Sistema de terra alqueivada

Não se cultivavam pomares a alimentação era simples e em grande

quantidade. Destaca-se o papel do anfitrião.

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O Comitatus Germânico: o juramento de fidelidade e a distribuição dos bens conquistados na guerra.

Longos meses se ociosidade, acentuada pelo jogo, comida ou espetáculo ocasional de dança

entorpeciam as habilidades guerreiras.

Era natural no período entre guerras jovens buscarem atividades bélicas

fora do grupo tribal.

Pequenos grupos eram formados e eram conhecidos pelo nome de Comitatus, que era formado por

decisão em assembleia.Fortalecimento do poder do chefe era

legitimado pelas glórias que lhe seriam atribuídas, em tributo a

lealdade recebiam parte dos despojos conquistados.

Os Barritus davam ritmo as conquistas.

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Ataques diurnos;

As técnicas se aperfeiçoam e desenvolvem mecanismos para atacar a noite, esses ataques eram envoltos em misticismo.

“A derrota no combate começa com a vista”(Tácito)

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Apesar das diferenças de costumes e culturas,

germânicos e romanos coexistiram como vizinhos durante os três séculos que se seguiram ao nascimento de Cristo;

Ao longo da fronteira jovens dos dois povos se casavam, as trocas de influências eram constantes;

Tal convivência seria interrompida pelas sucessivas invasões dos séculos IV, V e VI.

3. As Invasões e o Fim do Império

Romano

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As causas das Invasões;

3.1 – A Agricultura Primitiva;

3.2 – As Lutas Entre as Tribos;

3.3 – A Pressão dos Unos;

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Os primitivos métodos de agricultura bárbara

não correspondia as necessidades das tribos;

Fenômenos naturais também somaram para os problemas de abastecimento;

3.1 – Agricultura Primitiva

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Busca de novas terras e consequentemente

novos conflitos;

A fronteira de Roma passou a ser abalada;

3.2 – As Lutas Entre as Tribos;

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3.3 – A Pressão

dos Hunos;

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3.3 – A Pressão dos Unos;

Godos dividem-se em ostrogodos e

visigodosOstrogodos sob a

liderança de Teodorico (496);

Os vândalos sob o comando de Genserico

O Papa Leão I e a proposta feita a Genserico

Justiniano

Francos se estabelecem no seu território;

Francos formam o reino de maior duração;

Hunos diversas invasões;

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O Império Bizantino

Roma deixa de ser a Capital do Mundo

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A Transferência da capital para o Oriente:

Constantinopla.

A divisão do Império Romano: nasce o Império Bizantino.

1. As Origens do Império Bizantino

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Transferência da capital (por Constantino)

para o Oriente em 330, em Bizâncio , construiu-se a Nova Roma;

Teodósio (em 395) divide o Império;

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Os traços culturais gregos, latinos e asiáticos;

O latim foi mantido como língua oficial;

Dinastias Teodosina e Leonina governaram na missão de salvaguardar os restos do Império Romano;

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Reinados dispostos a manter o que era o

Império Romano;

Dinastia Justiniana buscou reestabelecer as antigas fronteiras do Império;

A língua grega predominou na literatura;

O cristianismo cultuado de forma diferente do ocidente;

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O Império Bizantino era habitado por inúmeras

nacionalidades e abrangia três continentes; Judeus, gregos helenizados, sírios, armênios,

egípcios...

Os mongóis tinham como terra natal as estepes frias da atual Rússia Oriental;

A fusão de mongóis com eslavos culminou no surgimento dos búlgaros e sérvios;

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O Imperador Justiniano e a reconquista do

Ocidente: O norte da África, a Itália e a Península Ibérica;

Generais Belisário e Narsés toma o norte da África outrora sob o domínio Vândalo;

Retomada da Itália e Teodorico

O Império Bizantino abrangia três continentes e abrigava uma multiplicidade povos;

2. O Apogeu do Império: Justiniano

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Comunismo Germânico?

Socialismo de Estado?

“Neque quisquam agri modum certum aut fines habet proprios”

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Obras Legislativas de Justiniano (Copus Juris

Civilis);

O Código: Todas as leis desde o reinado de Adriano;

O Digesto: Compilação das doutrinas fundamentais dos jurisconsultos romanos;

As Institutas: Manual para o ensino de direito;

As Novelas: Legislação do próprio Justiniano;

3. A Obra de Justiniano

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A Revolta Nika;

Azuis reuniam representantes dos grandes proprietários rurais e da ortodoxia da Igreja Romana.

Verdes, eram partidários da democracia pura ou anárquica, e tinham, em suas fileiras altos funcionários nativos das províncias orientais, comerciantes, artesãos...

As despesas com a Guerra;

A exagerada tributação;

O levante dos partidos verde e azul;

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A Revolta Nika

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3. A Obra de Justiniano

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Campanhas militares de Justiniano.

Tentativa de restabelecer os limites do Antigo Império Romano;

3. A Obra de Justiniano

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3. A Obra de Justiniano

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O Império após Justiniano;

Queda da Itália sob o poder dos Lombardos e Francos;

A Vida do Império Bizantino decorreu em muitas ocasiões em meio a revoluções palacianas, violências e crimes;

A queda de Constantino XI pelas mãos de Maomé II;

3. A Obra de Justiniano

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Queda de Constantinopla

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Vinculação entre Estado e Igreja;

Os lucros com as vendas de imagens;

Movimento iconoclasta;

A proibição de imagens nos templos;

Movimento monofisita;

4. Controversas religiosas

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O Patriarca de Constantinopla era a

autoridade religiosa no Oriente;

Papa Leão IX e Miguel Cerulário;

Igreja Católica Apostólica Romana e Igreja Ortodoxa Grega;

4. O Cisma do Oriente

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O Império Carolíngio

A Carlos Augusto Imperador Romano Vida e Vitória

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Dinastia Merovíngia;

O Reino Franco Clóvis e a Aliança com a Igreja; Durante a dinastia Merovíngia os Francos unificaram a Gália;

Conversão de Clóvis ao cristianismo (496);

O Apoio da Igreja proporcionava aos francos a legitimação do seu poder político;

No século VII, durante o reinado de Dagoberto; Apogeu do Império ;

Reis indolentes;

Major Domus;

1. A Formação do Reino Franco

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Quinotauro

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A Dinastia Carolíngia:

Pepino, O Breve: Com o apoio do papa Estevão II seu poder temporal fora reconhecido poder espiritual;

A Formação dos Estados Pontíficos: Retomada de Roma dos Lombardos e a doação do

território para a Igreja;

A Morte de Pepino, o Breve (768); Carlos e Carlomano;

2. A Formação do Império Carolíngio

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Carlos Magno: A expansão do Reino Franco e

do Cristianismo; Carlos Magno passou quase a vida toda a guerrear; Todo grande proprietário tinha a obrigação servi-lo; O recrutamento funcionava como imposto

progressivo sobre a fortuna;

A Conquista da Germânia e da Itália; Didier, rei dos lombardos tomou a Itália; Chamado do papa; Expansão do reino em direção a Germânia;

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A Organização administrativa do Império; os

condados, as marcas e os ducados, os Missi Dominici e as Capitulares;

3. Organização do Império

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Rei

Duque

MarquêsConde

3. Organização do Império

DUQUE: O mais poderoso depois do rei. Era nomeado entre comandantes militares, filhos ou parentes do rei.MARQUÊS: Homem da alta confiança do rei, a quem eram cedidos territórios fronteiriços ou mal pacificados. Sobre essas porções de terra, chamadas marquesados, ele tinha poder civil e militar. 

CONDE: Assessor, conselheiro ou oficial do palácio que auxiliava o rei em assuntos cotidianos variados. Recebia condados, porções de terra menores que os marquesados.

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A Coroação de Carlos Magno como imperador

pela Igreja – papa Leão III - no ano de 800. O ressurgimento do Império Romano do Ocidente;

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O sistema de recomendação: o fortalecimento

da aristocracia e a descentralização do poder; Durante a Dinastia Merovíngia, havia sido muito

utilizado o sistema de recomendação; Assim a aristocracia fortaleceu-se a nível local,

mas permaneceu sob o controle de um poder central;

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O Renascimento Carolíngio: a fundação de escolas,

reprodução de livros, os mosaicos a afrescos; “Nestes tempos perturbadores pelas guerras, tu fostes

nas Gálias o único mestre que deu asilo à língua dos latinos, depois que as suas armas naufragaram.” (Sinópio Apolinário reverencia Johanes);

Carlos Magno deu especial atenção as Letras buscando mestres por todas as partes do ocidente e oriente;

“Começamos a temer que sendo fraca a ciência de escrever, a compreensão das Sagradas Escrituras seja menor que deveria ser.”

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O Tratado de Verdun (843) e a divisão do

Império; Carlos, Lotário e Luís, as origens da França a da Alemanha.

4. A Divisão do Império Carolíngio

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As últimas invasões: os normandos e os

magiares. O isolamento da Europa e a descentralização política.

No século VII, ataques decorrentes dos avanços muçulmanos;

Da Escandinávia os Normandos; A leste os Magiares (Orientais);

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Os vikings

Dia Inglês Origem

Segunda-feira Monday dia da Lua

Terça-feira Tuesday dia de Tyr

Quarta-feira Wednesday Meio da Semana (Woden ou wotan)

Quinta-feira Thursday dia de Thor

Sexta-feira Friday dia de Freyja

Sábado Saturday dia de Saturno (inglês)

Domingo Sunday dia do Sol

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O declínio do comércio se acelerou, a

economia e a sociedade se ruralizaram, o poder político de descentralizou;

As últimas invasões bárbaras, no século IX, condicionaram o processo de feudalização da Europa;

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O Sacro Império Romano Germânico e a supremacia

do poder temporal sobre o podes espiritual; 936, Oto I, Duque da saxônia, foi eleito rei da Germânia;

Derrotou os magiares e anexou a Boêmia, Lorena e Bélgica;

Com o apoio dos condes, conquistou o direito de investidura;

A investidura do poder espiritual pelo poder temporal é conhecida por Simonia;

5. O Sacro Império Romano Germânico

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Oto I, outorgou-se o direito de eleger e

destituir pontífices; Cesaropapismo;

Tanto a Simonia quanto o Cesaropapismo foram palco de intensos conflitos entre o poder temporal e o poder espiritual;

5. O Sacro Império Romano Germânico

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5. O Sacro Império Romano Germânico

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O Sistema Feudal

Uns Rezam, outros combatem e outros trabalham

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Feudalismo: sistema econômico, político e

social que caracterizou a Europa durante a Idade Média (476 – 1453).

Apogeu e declínio de um Sistema Econômico, Político e Social;

Fruto de uma lenta integração entre a cultura romana e germânica;

1. As Origens do Feudalismo

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1. As Origens do Feudalismo

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As bases romanas do feudalismo, as Vilas

Romanas, o Colonato e o Cristianismo;

Latifúndios que originaram as vilas romanas, que com o passar dos tempos começou a obter certa autonomia;

Homens de menos posses iam buscar proteção nessas terras;

No início da Idade Média o Cristianismo tinha triunfado perante todas as antigas seitas religiosas;

1. As Origens do Feudalismo

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As bases Germânicas: a sociedade

agropastoril, o particularismo, o Comitatus e o direito não escrito;

A contribuição dos povos germânicos para a formação do feudalismo se deu principalmente ao nível dos costumes;

A relação entre suserano e vassalo teve seu início no Comitatus Germânico;

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Feudo: Unidade de produção do feudalismo; O Manso Senhorial e o Manso Servil;

2. Características Gerais do Feudalismo

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Sociedade Estamental, divisão social;

Senhores feudais (nobreza e clero) e dependentes (servos e vilões).

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As relações servis de produção do sistema

feudal: Corvéia, talha, banalidades, mão-morta,

albergagem, captação...

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A Economia feudal:

Agrícola, autossuficiente, de subsistência e não monetária;

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Estrutura política do sistema feudal:

Descentralização e a autonomia dos feudos;

A Hierarquia feudal: os laços de suserania e vassalagem:

A homenagem, o juramento e a investidura;

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Cultura feudal:

Teocêntrica, divulgada pela igreja. Artes, letras e ciências, apenas temas religiosos;

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3. O Cotidiano na Sociedade Feudal

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O sistema não possuiu as mesmas

características em todas as regiões da Europa. Somente nos séculos IX, X e XI é que se pôde

perceber uma situação geral descrita essa abordada;

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O Livro das Horas