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“O que há em mim é sobretudo cansaço” Disciplina:Português Professora:Carla Luís Ano letivo:2011/2012 Trabalho realizado por Cheila Nunes nº5 e Emília Campos nº7 12ºC

Álvaro de Campos, trabalho sobre o poema "O que há em mim é sobretudo cansaço"

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Álvaro de Campos, trabalho sobre o poema "O que há em mim é sobretudo cansaço"

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Page 1: Álvaro de Campos, trabalho sobre o poema "O que há em mim é sobretudo cansaço"

“O que há em mim é sobretudo

cansaço”

Disciplina:Português Professora:Carla LuísAno letivo:2011/2012Trabalho realizado por

Cheila Nunes nº5 e Emília Campos nº7 12ºC

Page 2: Álvaro de Campos, trabalho sobre o poema "O que há em mim é sobretudo cansaço"

O que há em mim é sobretudo cansaço- Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço.  A subtileza das sensações inúteis,   As paixões violentas por coisa nenhuma,   Os amores intensos por o suposto em alguém,    Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -;   Tudo isso faz um cansaço,   Este cansaço, Cansaço.  

Há sem dúvida quem ame o infinito,   Há sem dúvida quem deseje o impossível,   Há sem dúvida quem não queira nada -   Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:   Porque eu amo infinitamente o finito,   Porque eu desejo impossivelmente o possível,   Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... 

E o resultado?   Para eles a vida vivida ou sonhada,    Para eles o sonho sonhado ou vivido,   Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo,   E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,    Um supremíssimo cansaço,    Íssimno, íssimo, íssimo,   Cansaço...

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Estrofe a estrofe....A sutileza das sensações inúteis,   As paixões violentas por coisa nenhuma,   Os amores intensos por o suposto em alguém,    Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -;   Tudo isso faz um cansaço,   Este cansaço, Cansaço.  

A sutileza das sensações inúteis,   As paixões violentas por coisa nenhuma,   Os amores intensos por o suposto em alguém,    Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -;   Tudo isso faz um cansaço,   Este cansaço, Cansaço.  

E o resultado?   Para eles a vida vivida ou sonhada,    Para eles o sonho sonhado ou vivido,   Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo,   E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,    Um supremíssimo cansaço,    Íssimno, íssimo, íssimo,   Cansaço...

E o resultado?   Para eles a vida vivida ou sonhada,    Para eles o sonho sonhado ou vivido,   Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... cidade infecundo, cansaço,    Um supremíssimo cansaço,    Íssimno, íssimo, íssimo,   Cansaço...

Porque eu amo infinitamente o finito,   Porque eu desejo impossivelmente o possível,   Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... 

Porque eu amo infinitamente o finito,   Porque eu desejo impossivelmente o possível,   Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... 

Porque eu amo infinitamente o finito,   Porque eu desejo impossivelmente o possível,   Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... 

A sutileza das sensações inúteis,   As paixões violentas por coisa nenhuma,   Os amores intensos por o suposto em

4 partes lógicas:

-O cansaço que o poeta sente

-A origem do cansaço

-A comparação e a própria definição

-A conclusão

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A sutileza das sensações inúteis,   As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto em alguém,    Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -;   Tudo isso faz um cansaço,   Este cansaço, Cansaço.  

O que há em mim é sobretudo cansaço- Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço.  

A sutileza das sensações inúteis,   As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto em alguém,    Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -;   Tudo isso faz um cansaço,   Este cansaço, Cansaço.  

•Tema:O cansaço que há no sujeito poético.•Sente cansaço mas não sabe de onde vem esse cansaço.

•A origem do cansaço•Existe uma contradição com a 1ª estrofe.•O cansaço tem origem nas coisas fúteis da vida,nas paixões fortes por nada e nos amores intensos.

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A sutileza das sensações inúteis,   As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto em alguém,    Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -;   Tudo isso faz um cansaço,   Este cansaço, Cansaço.  

Há sem dúvida quem ame o infinito,   Há sem dúvida quem deseje o impossível,   Há sem dúvida quem não queira nada -  Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:   Porque eu amo infinitamente o finito,   Porque eu desejo impossivelmente o possível,   Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado?   Para eles a vida vivida ou sonhada,    Para eles o sonho sonhado ou vivido,   Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...Para mim só um grande, um profundo,   E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,    Um supremíssimo cansaço,    Íssimno, íssimo, íssimo,   Cansaço...

•A comparação e a definição•Está a comparar-se com os que não viviam como ele,que não sentiam angústia do seu ser.•O Sujeito Poético era diferente dos comuns.

•Conclusão•Apesar do cansaço o poeta sente uma felicidade por estar cansado porque sabe que esse cansaço se deve a dificuldade em realizar os seus sonhos.

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Análise formal do poema

O poema é constítuido por 4 estrofes,o número de versos ao longo das estrofes varia.

Métrica variada

Rima livre ou verso livre- as palavras que rimam ou são iguais ou derivam da mesma palavra.

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O que há em mim é sobretudo cansaço- Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço.   A sutileza das sensações inúteis,   As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto em

alguém,    Essas coisas todas - 

Aliteração em sEssas e o que falta nelas eternamente -;   Tudo isso faz um cansaço,   Este cansaço, Cansaço.  

Anáfora-repetição da mesma palavra,ou construção sintática,no princípio de cada verso.

Repetição-consiste na utilização de palavras repetidas para intensificar ideias.

Antítese-consiste no contraste entre dois elementos ou ideias.

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Há sem dúvida quem ame o infinito,   Há sem dúvida quem deseje o impossível,   Há sem dúvida quem não queira nada -  Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:   Porque eu amo infinitamente o finito,   Porque eu desejo impossivelmente o possível,   Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado?   Para eles a vida vivida ou sonhada,    Para eles o sonho sonhado ou vivido,   Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...Para mim só um grande, um profundo,   E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço, Íssimno, íssimo, íssimo, Cansaço...

Anáfora-repetição da mesma palavra,ou construção sintática,no princípio de cada verso.

Repetição-consiste na utilização de palavras repetidas para intensificar ideias.

Interrogação retórica-

pergunta que não espera

resposta,colocada para

reforçar o que se está a dizer.

Hipérbole-consiste no emprego de uma expressão que exagera o pensamento para dar mais ênfase ao discurso.

Antítese-consiste no contraste entre dois elementos ou ideias.

Interjeição

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Articuladores de discursoRelembrar....

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Articuladores do discurso utlizados no poema:

-Articulador de relação de adição-«”Nem”»-v.3 -Articulador de relação de causal-«”Porque/Porque/Porque”»vv.18,19,20

-Articulador de relação de fim-«”Para/Para/Para”»vv.23,24,25

O poema é escrito maioritariamente no presente do indicativo ,porque trata-se de falar de si próprio,mas também recorre ao presente do conjuntivo(“ame/deseje”) para descrever os

outros(outros estes que são as outras pessoas que viviam sem tédio).

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Características da poética O poema pertençe a 3ªfase de escrita do poeta.Fase

Intimista. Uso de muitas figuras de sintaxe e recursos estilísticos Uso de linguagem acessível(corrente) Ausência de Rima Tendência para o Exagero Mais uma vez como em outros poemas ,o tema

abordado pelo sujeito poético é a angústia existencial(á semelhança de alguns poemas de Fernando Pessoa, o ortónimo).

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Opinião do Grupo

Identificámo-nos com o poema,porque no primeiro instante que começamos a trabalhar

nele estavamos cansadas o que levou a um melhor entendimento da mensagem que o

sujeito poético pretendia passar.O impacto que o poema teve em nós foi que o

cansaço sentido pelo poeta é algo assustador,pois deriva das suas incapacidades.

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Fim...