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Universidade Estadual do Piauí UESPI Campus Prof. Alexandre Alves de Oliveira Clínica Escola de Odontologia CEO Bacharelado em Odontologia Dentística Operatória

Amálgama Dental

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Page 1: Amálgama Dental

Universidade Estadual do Piauí – UESPI

Campus Prof. Alexandre Alves de Oliveira

Clínica Escola de Odontologia – CEO

Bacharelado em Odontologia

Dentística Operatória

Page 2: Amálgama Dental

• Amanda Lopes

• Bruna Mouzinho

• Cassius Wander

• Lara Lysle

• Luis Paulo

• Raphael Machado

• Tito Cacau

• Valéria Sena

• Orientação do prof. Robson Sousa

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Page 3: Amálgama Dental

• É uma liga metálica de vários elementos, que é processada

na forma de finas partículas de pó.

• Prata, Estanho, Cobre e Zinco.

• Este pó é misturado ao mercúrio (Hg) → trituração →

condensação na cavidade.

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Page 4: Amálgama Dental

• Prata Mínimo 65%

• Estanho Máximo 27-29%

• Cobre Máximo 6%

• Zinco Máximo 2%

• Mercúrio Máximo 3%

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Page 5: Amálgama Dental

• ↑ resistência da restauração.

• ↓ escoamento do amálgama sob forças da mastigação.

• ↑ expansão de presa.

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Page 6: Amálgama Dental

• Presente em cerca de 25%.

• Facilitar a amalgamação à temperatura ambiente.

• Redução na expansão da Ag.

• Acima de 27%: ↑ contração e ↓ resistência/dureza da liga, ↑

escoamento.

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Page 7: Amálgama Dental

• Substitui parcialmente a Ag.

• ↑ resistência.

• ↓ escoamento e a corrosão.

• Até 6% (ligas convencionais).

• Acima de 6% e até 30% (ligas de alto teor de Cu).

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Page 8: Amálgama Dental

• Agente desoxidante durante a fusão da liga.

• Reduz formação de outros óxidos.

• + de 0,01%: ligas com Zn.

• - de 0,01%; ligas sem Zn.

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Page 9: Amálgama Dental

• Em pequenas quantidades.

• Pré-amalgamadas.

• Tempos de trabalho e de presa mais curtos.

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Page 10: Amálgama Dental

• As reações de presa das ligas para amálgama com o

mercúrio são geralmente descritas pelas fases metalúrgicas

que estão envolvidas.

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Page 11: Amálgama Dental

• Quanto à presença de Cobre.

• Quanto à forma das partículas.

• Quanto ao tamanho das partículas.

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Page 12: Amálgama Dental

• Baixo Teor de Cobre (<6%)

• Liga convencional.

• Necessitam de mais Hg para reação.

• Alto Teor de Cobre (6-30%)

• Liga de fase dispersa e de fase única.

• Melhoria nas propriedades mecânicas.

• Resistência à corrosão.

• Redução da fase gama 2.

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Page 13: Amálgama Dental

• Liga Convencional

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Ag3Sn + Hg → Ag3Sn + Ag2Hg3 + Sn7Hg

+ Hg + 1 + 2

Partículas

Não

Reagidas

Matriz

Page 14: Amálgama Dental

• Liga Convencional

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Page 15: Amálgama Dental

• Liga de Fase Dispersa

• Recebe este termo por possuir um pó de liga com duas

composições diferentes.

• Melhores propriedades mecânicas que as ligas

convencionais.

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Page 16: Amálgama Dental

• Liga de Fase Dispersa

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Ag3Sn + Ag3Cu2 + Hg → Ag2Hg + Sn7Hg + Ag3Sn

liga eutética 1 2

+ Ag3Cu2 + porosliga eutética

Sn7Hg + Ag3Cu2 → Ag2Hg3 + Cu6Sn5

2 liga eutética 1 ɳ

Page 17: Amálgama Dental

• Liga de Fase Única

• Cada partícula da liga apresenta a mesma composição

química.

• Principais componentes da liga: cobre, estranho e prata.

• Fases que são encontradas nessa liga: β1 (Ag-Sn),

(Ag3Sn) e ε (Cu3Sn).

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Page 18: Amálgama Dental

• Liga de Fase Única

• Quando triturados com Hg: Ag e Sn se dissolvem.

• Crescem os cristais 1 : matriz que une todas as partículas.

• Cristais 𝜂 : rede de cristais em forma de bastão.

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Ag3Sn + Cu3Sn + Hg → Ag2Hg3 + Cu6Sn5 + Poros

1 ɳ

Page 19: Amálgama Dental

• Limalha

• Esferoidal

• Mista

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Page 20: Amálgama Dental

• Limalha

• Média dos tamanhos: 15 a 35µm.

• Cortes regular, fino e ultra-fino.

• Partículas finas e ultra-finas: são preferidas por

possuírem melhores propriedades mecânicas e

superfícies mais lisas.

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Page 21: Amálgama Dental

• Limalha

• Partículas menores → menos Hg necessário para a

amalgamação.

• Após cortadas, as partículas são envelhecidas para

controle do tempo de presa.

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Page 22: Amálgama Dental

• Esferoidal

• Diferenças em relação:

• Quantidade de Hg para manipulação.

• 42 a 45% (esferoidais) – 50 a 52% (limalha).

• Pressão de condensação.

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Page 23: Amálgama Dental

• Tamanho e distribuição do tamanho.

• Pó com partículas muito pequenas → necessidade de maior

quantidade de Hg.

• Ideal → tamanho médio.

• Partículas de formato esferoidal → superfície mais fácil de

ser molhada pelo Hg.

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Page 24: Amálgama Dental

• Trituração.

• Inserção.

• Condensação.

• Brunimento.

• Escultura.

• Acabamento.

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Page 25: Amálgama Dental

• O objetivo da trituração é promover um maior contato entre

a liga e o mercúrio.

• Pode ser manual ou mecânica.

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Page 26: Amálgama Dental

• Após a trituração do material insere-se o amálgama

manipulado à cavidade preparada com a ajuda do porta

amálgama.

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Page 27: Amálgama Dental

• A condensação visa a perfeita adaptação do amálgama

com as paredes e ângulos da cavidade.

• Compactação do amálgama.

• Realizada por um condensador de amalgama.

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Page 28: Amálgama Dental

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• Realizada com um brunidor ovoide ou esférico, com

pressão firme sobre o amálgama.

• Intuito de remover o excesso de mercúrio.

Page 29: Amálgama Dental

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• Simula a anatomia do dente na restauração.

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• O acabamento não deve ser realizado até que o amálgama

tenha adquirido uma resistência aceitável, portanto esse

procedimento só deve ser iniciado pelo menos 24 horas

após a condensação do amálgama.

Page 31: Amálgama Dental

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Page 32: Amálgama Dental

• Estabilidade Dimensional.

• Resistência.

• Creep.

• Corrosão.

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Page 33: Amálgama Dental

• O amálgama pode expandir ou contrair dependendo de sua

manipulação.

• O ideal é que a alteração dimensional seja pequena.

• Contração exagerada: microinfiltração, acúmulo de placa e

cárie recidivante.

• Expansão exagerada: pressão sobre a polpa e

sensibilidade pós-operatória.

• Quando manipulado adequadamente, a maioria dos

amálgamas exibe pouca alteração dimensional adicional

após 24 horas.

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Page 34: Amálgama Dental

• Amálgama que contém zinco e for contaminado por

umidade durante a trituração ou condensação poderá sofrer

expansão tardia.

• O campo operatório deve ser mantido seco.

• Água de seringa tríplice, contato direto com as mãos ou

saliva durante a condensação.

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Page 35: Amálgama Dental

• Requisito básico para qualquer material restaurador.

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Resistir à fratura

Page 36: Amálgama Dental

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FRATURAAumenta o risco a

corrosão e a recidiva

de cárie

FRACASSO CLÍNICO

Page 37: Amálgama Dental

• O amálgama apresenta uma falta de resistência adequada

para suportar as forças mastigatórias.

• A subsequente fratura foi reconhecida como umas das

limitações inerentes a restauração de amálgama.

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Page 38: Amálgama Dental

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Restauração de amálgama fraturado

Page 39: Amálgama Dental

• Mensuração da Resistência:

• A resistência do amálgama dental tem sido avaliada sob

forças de compressão.

• Resistência satisfatória: 310 megapascals (Mpa).

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Page 40: Amálgama Dental

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Tabela: Comparação entre a resistência à compressão de amálgamas

de prata-estanho com baixo e alto teor de cobre

Page 41: Amálgama Dental

• Fatores que influenciam a Resistência do amálgama:

• Trituração.

• Conteúdo de Mercúrio.

• Condensação.

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Page 42: Amálgama Dental

• Efeito da Trituração

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Subtrituração Sobretrituração

Resistência do

amálgama

Page 43: Amálgama Dental

• Efeito do Conteúdo de Mercúrio

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Produz uma superfície

rugosa e porosa, que

estimula a corrosão

Produz uma redução

acentuada da

resistência

Hg Hg

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Efeito da relação mercúrio/liga na resistência à compressão de amálgama preparado com ligas com baixo teor de cobre , ligas com alto teor de cobre de fase

dispersa e ligas esféricas de composição única , também de alto teor de cobre

Page 45: Amálgama Dental

• Efeito da Condensação

• Ligas com partículas de limalha

• Liga com partículas esféricas

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“Condensadas com pressão mais suave produzem

resistência adequada.”

“Quanto maior for a pressão de condensação, mais

elevada a resistência a compressão.”

Page 46: Amálgama Dental

• Propriedades viscoelástica.

• Deformação plástica progressiva relacionada com as forças

estáticas e dinâmicas.

• Quanto mais alto o creep, maior é o grau de deterioração

marginal.

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Page 47: Amálgama Dental

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Page 48: Amálgama Dental

• “É prudente selecionar uma liga comercial que possua um

creep inferior a 3% segundo a especificação No.1 da

ANSI/ADA.”

• Pode causar expansão da restauração para fora da

cavidade.

• A fase gama 2 está associada a taxas mais altas de creep.

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Page 49: Amálgama Dental

• As restaurações de amálgama com frequência sofrem

deslustre e corrosão no meio bucal.

• Corrosão: degradação progressiva de um metal por reação

química ou eletroquímica com o meio.

• Deslustre: escurecimento, perda de brilho.

• Passividade durante o deslustre fornece proteção parcial

contra a corrosão.

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Page 50: Amálgama Dental

• Corrosão interface dente/restauração.

• A formação de produtos de corrosão sela gradualmente

espaços.

• Relação com a fase gama 2.

• Deve-se maximizar a produção de uma superfície

homogênea e lisa na restauração.

• Ligas com alto teor de cobre também podem sofrer

corrosão (limitada).

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Page 51: Amálgama Dental

• Na maioria das vezes, as falhas, estão associadas ao

trabalho do cirurgião-dentista, do seu auxiliar, ou ao

comportamento do paciente.

• O preparo cavitário deve ser deve realizado corretamente e

material manipulado de maneira adequada.

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Page 52: Amálgama Dental

• Certifica-se de que a liga se enquadra nos requisitos da

Especificação No. 1 da ANSI/ADA ou outra especificação

similar.

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“Este padrão é para as ligas, compostas principalmente de

prata, estanho e/ou cobre, utilizados na preparação de

amálgama dental. Apenas liga capsuladas está abrangido

por esta norma.”

Page 53: Amálgama Dental

• As características de manipulação são extremamente

importantes e constituem uma questão de preferência

pessoal.

• É essencial que a liga selecionada seja aquela com que o

profissional e o assistente estejam familiarizados.

• A variável referente ao operador é o principal fator que

influencia a longevidade da restauração.

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Page 54: Amálgama Dental

• Uso de ligas e técnicas que estimulem a padronização da

manipulação.

• Sistema de apresentação do produto oferecido pelo

fabricante, sua conveniência, utilidade e capacidade de

minimizar as variáveis humanas.

• A escolha de um determinado tipo de amálgama dentre

vários deve ser baseada na sua performance clínica ou nas

suas propriedades físicas.

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Page 55: Amálgama Dental

• Novos sistemas de liga com alto teor de cobre são os

preferidos atualmente.

• Requisito para o uso do mercúrio: sua pureza.

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Melhoria das propriedades físicas, eliminação da fase y2 e

melhor resistência à corrosão

Page 56: Amálgama Dental

• “Valamento” marginal.

• Os exames de restaurações clínicas permitiram associar o

aparecimento de cáries recorrentes à ocorrência de

discrepâncias marginais que excedam 50 μm.

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Page 57: Amálgama Dental

• Uma população com boa higiene oral, a incidência de cárie

recorrente pode ser muito baixa, mesmo na presença de

degradação marginal acentuada.

• As fraturas marginais das restaurações de amálgama

podem ser causadas ou relacionadas com diversos fatores.

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Page 58: Amálgama Dental

1. Preparo Cavitário Impróprio ou Acabamento

Inadequado:

• Se esmalte sem suporte for deixado nas áreas marginais

dos preparos cavitários, a própria estrutura do dente poderá

sofrer fraturas com o tempo.

• Uma escultura e um acabamento inadequados da

restauração podem deixar uma fina camada de amálgama

estendendo-se sobre o esmalte que, por fim, irá sofrer

fratura, deixando uma margem valada.

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Page 59: Amálgama Dental

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Se uma fina borda de amálgama for deixada sobre a margem de esmalte, ou

se uma camada rica em mercúrio na superfície não for corretamente

removida, a extensão marginal irá sofrer fraturas sob tensões mastigatórias

Page 60: Amálgama Dental

2. Excesso de Mercúrio:

• Se conteúdo de mercúrio for muito alto, a restauração ficará

mais fraca mecanicamente.

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Page 61: Amálgama Dental

3. Creep:

• Se o creep de uma liga é indevidamente alto, ou se a

manipulação é tal que tende a aumentá-lo, o potencial de

degradação marginal é consideravelmente aumentado.

• Parece haver uma pequena correlação entre o creep e a

fratura marginal, quando o valor dessa propriedade nas

ligas é inferior a 1%.

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Page 62: Amálgama Dental

• Mercúrio: Possibilita a formação de uma massa plástica,

que pode ser inserida e acabada no dente e que, ao

endurecer, a estrutura resiste aos rigores mecânicos.

• Amálgama tem sido evitado.

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Page 63: Amálgama Dental

• Reação antígeno-anticorpo.

• Prurido, bocejos, espirros, dificuldade de respiração,

edema, etc.

• Efeitos colaterais com o uso de amálgama dental:

dermatites de contato ou hipersensibilidade de Coombs

Tipo IV.

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Page 64: Amálgama Dental

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Hiperemia Edema

EspirrosFormação

Vesicular

Toxicidade

Page 65: Amálgama Dental

• Para confirmar suspeitas de hipersensibilidade (reação de 2

semanas ou mais), ser avaliado por alergista.

• No caso de alergia confirmada, utilizar material alternativo,

a menos que seja reação autolimitante (≅2 semanas).

• Nenhum desses materiais provou ser tão seguro em todos

os aspectos quanto o amálgama.

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• 100 relatos sobre toxicidade e alergia nos últimos 60 anos,

minoria nos últimos 10.

• Dentistas e assistentes.

• Atualmente: Meio ambiente (coletores).

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Page 67: Amálgama Dental

• O mercúrio da restauração penetra no dente e pode até

atingir polpa.

• Reações tóxicas são remotas.

• Contato com o vapor é mais significativo.

• Contato breve e quantidade de vapor pequena para

injúrias.

• Incolor, inodoro, insípido.

• 1 gota = ar saturado.

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Pacientes – 24h – 8 a 10 restaurações

Trabalhadores – 40h de trabalho/semana

1,1 a 4,4 μm/dia 350 a 500μm/dia

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• Absorção pela pele ou ingestão.

• Ingestão diária:

• 15μm dos alimentos.

• 1 μm do ar.

• 0,4 μm da água.

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Page 69: Amálgama Dental

• Precauções

• Consultório bem ventilado.

• Excesso de mercúrio coletado e armazenado em

recipientes vedados (destino sem poluição).

• Fragmentos de amálgama ou material contaminado não

devem ser incinerados ou esterilizados termicamente.

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Page 70: Amálgama Dental

• Precauções

• Gotas perdidas limpas imediatamente.

• Contato com a pele: lavar com água e sabão.

• EPI’s.

• Condensadores ultrassônicos não recomendados.

• Monitorar nível de exposição anualmente.

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Page 71: Amálgama Dental

• ANUSAVICE, K.J. Phillips materiais dentários. 11. ed. Rio

de Janeiro: Elsevier, 2005.

• VAN NORT, R. Introdução aos Materiais Dentários. 2.ed.

Porto Alegre: Artmed, 2004.

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