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20052005A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s
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20
05
Capa DF 6/23/06 8:48 PM Page 1
sumáriosumÁrioA n á l i s e F i n a n c e i r a
D e m o n s t r a ç õ e s C o n t á b e i s
19 Parecer do Auditores Independentes
20 Balanço Patrimonial
22 Demonstração do Resultado
23 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
24 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (Controladora)
26 Demonstração do Fluxo de Caixa
27 Demonstração do Valor Adicionado
28 Demonstração da Segmentação de Negócios
35 Balanço Social
38 Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis
38 1. Princípios de consolidação
43 2. Sumário das principais práticas contábeis
46 3. Disponibilidades
47 4. Contas a receber, líquidas
47 5. Partes relacionadas
52 6. Estoques
53 7. Contas petróleo e álcool – STN
53 8. Títulos e valores mobiliários
54 9. Projetos estruturados
60 10. Depósitos judiciais
61 11. Investimentos
75 12. Imobilizado
80 13. Financiamentos
84 14. Receitas (despesas) financeiras, líquidas
85 15. Outras despesas operacionais, líquidas
85 16. Impostos, contribuições e participações
90 17. Benefícios concedidos a empregados
98 18. Participação dos empregados e administradores
98 19. Patrimônio líquido
101 20. Processos judiciais e contingências
106 21. Compromissos assumidos pelo segmento de energia
108 22. Garantias aos contratos de concessão para exploração de petróleo
109 23. Informações sobre segmentos de negócios
110 24. Instrumentos derivativos, hedging e atividades de gerenciamento de riscos
115 25. Segurança, meio ambiente e saúde
115 26. Remuneração de dirigentes e empregados da Controladora (em reais)
115 27. Evento subseqüente
116 Informações Coorporativas
117 Parecer do Conselho Fiscal
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A PETROBRAS, suas Subsidiárias e Controladas apresentaram um lucro líquido consolidado de R$ 23.725 milhões
no exercício de 2005, após a eliminação das operações intercompanhias e a dedução da participação dos
acionistas minoritários, sendo superior 40% em relação ao exercício de 2004 (R$ 16.887 milhões).
Os principais fatores que contribuíram para a formação do lucro líquido consolidado no exercício de 2005 em
relação ao exercício de 2004 foram:
Aumento do lucro bruto em R$ 13.438 milhões, em função do comportamento dos preços de petróleo e
derivados nos mercados interno e externo, do aumento da produção de petróleo e LGN no país (13%), do
acréscimo da produção (2%) e da qualidade dos derivados.
Aumento nas Despesas com Vendas (R$ 725 milhões), para atender ao volume comercializado e o aumento
do custo dos fretes marítimos, tendo em vista o crescimento das exportações.
Aumento nas Despesas Gerais e Administrativas (R$ 1.287 milhões), em virtude dos maiores gastos com
pessoal, com manutenção de redes e com licenças de software.
Aumento nas despesas com planos de pensão e de saúde de aposentados e pensionistas devido à mudança
de premissas procedidas na revisão atuarial de dez/04 (R$ 690 milhões)
Aumento nas despesas de prospecção e exploração (R$ 561 milhões) devido ao aumento da atividade de
geologia e geofísica, a baixa de poços secos e/ou subcomerciais e ao efeito do complemento da provisão para
abandono de área.
Aumento nas despesas de pesquisa e desenvolvimento (R$ 239 milhões) para atender às atividades de
pesquisa e contratação de licença de exploração de dados sísmicos.
Aumento de outras despesas operacionais (R$ 403 milhões), em função, principalmente, dos gastos com relações
institucionais e projetos culturais (R$ 221 milhões) e perdas líquidas no segmento de Gás e Energia (R$ 93 milhões).
Redução nas despesas tributárias (R$ 360 milhões), em função da mudança, a partir de agosto/04, na
legislação (Decreto nº 5.164/04) que reduziu a zero as alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre
as receitas financeiras.
Efeito positivo sobre o resultado financeiro líquido em R$ 478 milhões, cabendo destacar:
Diminuição das despesas financeiras em R$ 691 milhões, em função da redução dos encargos sobre
empréstimos e financiamentos, reflexo da apreciação do real frente ao dólar no exercício (12%), apesar do
aumento da taxa Libor incidente sobre os mesmos;
Variação cambial e monetária negativa (efeito de R$ 213 milhões), gerada, pela diminuição das variações
cambiais (R$ 419 milhões), reflexo da apreciação do real frente ao dólar no exercício (12%), se comparado
com a apreciação no ano anterior (8%), combinado com o fato da controladora, ter passado de devedora
para credora no relacionamento com as subsidiárias e controladas no exterior.
Aumento na provisão com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro, no montante de R$ 3.898
milhões, em função do aumento do lucro líquido básico para tributação, apesar do aproveitamento de um maior
(R$ milhões)
VALORES HISTÓRICOS VALORES ATUALIZADOS PELO IPCA
20.23717.848
16.887
23.725
2003 2004 2005
análise financeira
2 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 3
análise financeira
1. Resumo Econômico-Financeiro(1)
CONSOLIDADO(6) PETROBRAS
2005 2004 2005 2004
Receita Operacional Bruta (R$ milhões) 179.065 150.440 143.666 120.025
Receita Operacional Líquida (R$ milhões) 136.605 111.128 105.823 85.575
Resultados:
Atividades Próprias 24.551 17.065 22.161 16.438
Subsidiárias/Coligadas (250) (145) 1.782 1.350
24.301 16.920 23.943 17.788
Itens extraordinários (2) (576) (33) (493) (34)
Lucro Líquido (R$ milhões) 23.725 16.887 23.450 17.754
Endividamento Líquido (R$ milhões) (3) 24.825 35.816 – (5) 1.217
EBITDA (R$ milhões) (4) 47.808 36.798 36.518 28.554
Endividamento Líquido/EBITDA (3) (4) 0,52 0,97 – (5) 0,04
Patrimônio Líquido (R$ milhões) 78.785 62.130 80.703 64.254
Ativo Permanente (R$ milhões) 109.184 96.972 71.717 57.065
Relação Capital Próprio/Capital de Terceiros (3) 48/52 42/58 59/41 51/49
Notas:1. Os valores expressos em Reais (R$), mencionados nesta análise financeira, foram apurados em conformidade às práticas contábeis emanadas da legislação
societária e às normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
2. Considera-se como Itens Extraordinários valores referentes a fatos não previstos ou habituais aos negócios da Companhia e que, portanto, não são recorrentes.
3. Inclui endividamento contraído através de contratos de leasing.
4. Resultado antes dos impostos, dos acionistas não controladores, do resultado financeiro líquido, das participações em investimentos relevantes, e da
depreciação, amortização e custo com abandono.
5. As disponibilidades são superiores ao endividamento total.
6. Apartir de 1º de janeiro de 2005, as Sociedades de Propósito Específico, cujas atividades operacionais são controladas, direta ou indiretamente pela
PETROBRAS, passam a ser incluídas nas Demonstrações Contábeis Consolidadas, conforme determina a Instrução CVM nº 408/2004. Para facilitar a
comparabilidade, essas Sociedades de Propósito Específico foram incluídas também nas Demonstrações Contábeis no exercício de 2004.
2. Resultado Consolidado
17.795
DF_001a037_IPSIS.qxd 6/23/06 8:52 PM Page 2
b. Abastecimento
No exercício de 2005, o lucro líquido apurado pela área de negócio de Abastecimento foi de R$ 5.556 milhões,
118% superior ao lucro líquido apurado no exercício de 2004 (R$ 2.553 milhões), reflexo do incremento de
R$ 4.859 milhões no lucro bruto, com destaque para os seguintes fatores:
Acréscimo no valor médio de realização dos derivados comercializados no mercado interno e no mercado externo;
Melhoria do perfil de produção das refinarias, diminuindo a necessidade de importação de derivados de
maior valor agregado;
Aumento de 4% da participação do óleo nacional na carga processada pelas refinarias.
Aumento de 2% na produção de derivados.
Parte desses efeitos foi compensada pelos seguintes aspectos:
Aumento no custo de aquisição e transferência de petróleo e derivados, pressionado pelo aumento das
cotações internacionais, apesar da apreciação de 17% na taxa média do real frente ao dólar norte-americano e
da elevação do spread entre petróleos pesados e leves;
Elevação no custo de refino, em função, principalmente, do aumento da complexidade do parque de refino.
c. Gás e Energia
No exercício de 2005, o resultado da comercialização de energia apresentou melhoria, tendo em vista os novos
contratos firmados. O resultado operacional com comercialização do gás natural continuou positivo, tendo em
vista o aumento de 9% no volume vendido e o processo de realinhamento dos preços de venda do gás natural,
apesar das maiores despesas operacionais.
Entretanto, o desempenho da comercialização não foi suficiente para compensar as perdas com geração de
energia, tendo em vista a manutenção do baixo patamar de preços no mercado brasileiro, assim como os gastos
5.556
2005 2004
Resultado Segmento Abastecimento
(R$ milhões)
2.553
4 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 5
benefício fiscal decorrente do provisionamento de juros sobre capital próprio em 2005 (R$ 5.483 milhões),
superior ao exercício de 2004 (R$ 4.386 milhões).
3. Resultado por Área de Negócio
A PETROBRAS é uma Companhia que opera de forma integrada, sendo a maior parte da produção de petróleo e
gás da área de Exploração e Produção transferida para outras áreas da Companhia.
Destacamos, abaixo, os principais critérios utilizados na apuração de resultados por área de negócio:
a. Receita operacional líquida: foram consideradas as receitas relativas às vendas realizadas a clientes externos,
acrescidas dos faturamentos e transferências entre as áreas de negócio, tendo como referência os preços internos
de transferência definidos entre as áreas, com metodologias de apuração baseadas em parâmetros de mercado.
b. No lucro operacional estão computados a receita operacional líquida, os custos dos produtos e serviços
vendidos, que são apurados por área de negócio, considerando o preço interno de transferência e os demais
custos operacionais de cada área, bem como as despesas operacionais, nas quais são consideradas as despesas
efetivamente incorridas em cada área.
c. Ativos: contemplam os ativos identificados a cada área.
a. Exploração e Produção
No exercício de 2005, o lucro líquido apurado pela área de negócio de Exploração e Produção foi de R$ 22.699
milhões, 26% superior ao lucro líquido apurado no exercício de 2004 (R$ 18.083 milhões), devido ao aumento
de R$ 8.401 milhões no lucro bruto apurado com as vendas e transferências de petróleo, refletindo os acréscimos
de 13% na produção de petróleo e LGN e de 3% na produção de gás natural, bem como o aumento nas cotações
internacionais, apesar da apreciação de 17% na taxa média do real frente ao dólar norte-americano e da menor
valorização de petróleos pesados no mercado internacional comparativamente a petróleos mais leves.
O spread entre o preço médio do petróleo nacional vendido/transferido e a cotação média do Brent aumentou
de US$ 4,72/bbl no exercício de 2004 para US$ 8,96/bbl no exercício de 2005.
Parte do aumento no lucro bruto foi compensada pelo acréscimo de R$ 731 milhões nas despesas com
prospecção e perfuração devido à baixa de poços secos e/ou subcomerciais, além da atualização da provisão para
abandono de área.
22.699
2005 2004
Resultado Segmento E&P
(R$ milhões)
18.083
2005
(624)(517)
Resultado Segmento Gás e Energia
(R$ milhões)
2004
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No exercício de 2005, a Área de Negócios Internacionais apurou um lucro líquido no montante equivalente a
R$ 567 milhões, 63% superior ao lucro líquido equivalente a R$ 347 milhões apurado no exercício de 2004.
Este aumento no lucro líquido deveu-se principalmente aos seguintes fatores:
Acréscimo de R$ 355 milhões no lucro bruto, proveniente do aumento das cotações internacionais do
petróleo, da elevação da venda de gás da Bolívia para o Brasil e início, em junho/04, do contrato de venda do
gás boliviano para a Argentina. Estes efeitos foram parcialmente compensados pelos seguintes fatores:
i) produção declinante em campos maduros na Argentina e Angola; ii) aumento no custo de produção na
Bolívia devido à elevação da alíquota de 18% para 50%, a partir de maio de 2005, no imposto sobre
hidrocarbonetos; iii) menores margens de comercialização de óleo diesel e gasolina na Argentina devido às
limitações impostas pelo governo local nos preços de venda; e iv) apreciação de 12% do real frente ao dólar
norte-americano no processo de conversão das demonstrações contábeis;
Aumento nos ganhos de participação societária, no valor de R$ 79 milhões, devido, principalmente, aos lucros
obtidos nas operações desenvolvidas pelas sociedades vinculadas à PEPSA, com destaque para o segmento de
energia elétrica na Argentina.
Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo aumento nas despesas operacionais, no montante de
R$ 106 milhões, devido à baixa de crédito fiscal no Equador e ao incremento das despesas gerais e administrativas.
f. Corporativo
As atividades corporativas do Sistema PETROBRAS geraram um prejuízo de R$ 4.096 milhões no exercício de
2005, 11% superior ao prejuízo apurado no exercício de 2004 (R$ 3.677 milhões), com destaque para os gastos
com pessoal, publicidade, propaganda institucional e com a mudança de premissas na revisão atuarial dos Planos
de Saúde e de Pensão, referente aos aposentados e pensionistas.
Parte desses efeitos foi compensada pelo decréscimo de R$ 767 milhões na despesa financeira líquida,
principalmente como reflexo da maior apreciação do real frente ao dólar em 2005 (12%) se comparado com o
ano anterior (8%) sobre os empréstimos e financiamentos.
2005
(4.096)(3.677)
Resultado Segmento Corporativo
(R$ milhões)
2004
6 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 7
extraordinários registrados em 2005 em decorrência de pendências contratuais com termelétricas e com
recomposição de lastro de térmicas do Nordeste.
Estes fatores, em conjunto, levaram a área de negócio de Gás e Energia a apurar um prejuízo de R$ 624
milhões em 2005, 21% superior ao prejuízo de R$ 517 milhões, apurado no exercício anterior.
Excluídos os gastos extraordinários, a área de Gás e Energia alcançaria no exercício de 2005 um lucro
operacional de R$ 38 milhões (lucro operacional de R$ 111 milhões em 2004) e um prejuízo, líquido de efeitos
tributários, de R$ 223 milhões (prejuízo de R$ 471 milhões em 2004).
d. Distribuição
No exercício de 2005, a área de negócio de Distribuição apurou um lucro líquido de R$ 784 milhões, 26%
superior ao lucro líquido apurado no exercício de 2004 (R$ 623 milhões), decorrente do aumento de R$ 636
milhões no lucro bruto, destacando-se a consolidação da empresa Liquigás (adquirida em agosto de 2004),
com reflexos positivos no volume vendido, 10% maior em relação ao exercício de 2004.
Estes efeitos foram parcialmente compensados pelo crescimento de R$ 226 milhões nas despesas operacionais,
com destaque para o acréscimo nas despesas com comercialização e distribuição de produtos e com pessoal.
A participação no mercado de distribuição de combustíveis no exercício de 2005 foi de 33,8% (552 mil
bbl/dia), incluindo a empresa Liquigás, enquanto no exercício de 2004 era de 31,6% (500 mil bbl/dia).
No exercício de 2005, a Liquigás contribuiu com um lucro bruto e líquido de R$ 548 milhões e R$ 111 milhões,
respectivamente. De agosto a dezembro de 2004 a contribuição da Liquigás no lucro bruto e líquido foi de
R$ 319 milhões e R$ 155 milhões, respectivamente.
e. Internacional
Resultado Segmento Distribuição
(R$ milhões)
784
2005 2004
623
567
2005 2004
Resultado Segmento Internacional
(R$ milhões)
347
DF_001a037_IPSIS.qxd 6/23/06 8:52 PM Page 6
Demontração dos Itens Extraordinários em 31.12.2004
R$ Milhões
E&P ABAST. GÁS E ENERGIA DISTRIB. INTERN. CORPOR ELIMIN. TOTAL
Resultado Operacional
por Segmento de Negócios 29.101 3.604 42 828 1.938 (4.796) (787) 29.930
Itens Extraordinários:
Perdas Contratuais com
Serviços de Transporte (Ship or Pay) - - - - 169 - - 169
Contingências Previdenciárias (INSS) 135 - - - - - - 135
Estimativas de Gastos p/ Futuro Abandono
de Poços e Desmant. de Áreas (412) - - - - - - (412)
Baixa de bônus de assinatura em Angola - - - - 192 - - 192
Crédito Fiscal PEPSA - - - - (239) - - (239)
Recuperação de Créditos Previdenciários - - - - - 165 - 165
Indébito Fiscal - 94 - - - - - 94
Despesas Decorrentes de
Pendências Contratuais com Termelétricas - - 69 - - - - 69
Subtotal Itens Extraordinários (277) 94 69 - 122 165 - 173
Resultado Operacional sem
Efeitos de Itens Extraordinários 28.824 3.698 111 828 2.060 (4.631) (787) 30.103
Lucro líquido (Prejuízo)
por segmento de negócios 18.083 2.553 (517) 623 347 (3.677) (525) 16.887
Itens Extraordinários (277) 94 69 - 122 165 - 173
Efeitos Tributários 94 (32) (23) - (123) (56) - (140)
Lucro líquido sem efeitos
de Itens Extraordinários 17.900 2.615 (471) 623 346 (3.568) (525) 16.920
4. Receita Operacional do Sistema PETROBRAS
A receita operacional bruta da Petrobras, suas Subsidiárias e Controladas atingiu a cifra de R$ 179.065 milhões,
correspondendo a um acréscimo de 19% em relação ao exercício anterior. Deduzindo-se os impostos e outros
encargos incidentes sobre o faturamento, a Companhia apurou uma receita operacional líquida consolidada de
R$ 136.605 milhões no exercício de 2005 (R$ 111.128 milhões no exercício de 2004).
O volume de vendas no mercado interno aumentou 2% no exercício de 2005, em relação ao exercício de
2004, destacando-se o aumento nas vendas de Gasolina (4%), em função do aumento de consumo provocado
pelo crescimento da frota de veículos urbanos e de Gás Natural (9%), em função do maior consumo industrial e
do crescimento do número de conversões de veículos. O aumento na venda desses produtos foi compensado,
8 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 9
No exercício de 2005, os seguintes itens extraordinários tiveram influência sobre o resultado segmentado e
consolidado do Sistema PETROBRAS:
3.1. Itens Extraordinários
Demontração dos Itens Extraordinários em 31.12.2005
R$ Milhões
E&P ABAST. GÁS E ENERGIA DISTRIB. INTERN. CORPOR. ELIMIN. TOTAL
Resultado Operacional por
Segmento de Negócios 36.518 8.482 (456) 1.238 2.187 (6.427) (1.769) 39.773
Itens Extraordinários:
Perdas Contratuais com
Serviços de Transporte (Ship or Pay) - - - - 147 - - 147
Ganhos Líquidos na Permuta de Ativos - - - - - (146) - (146)
Perda em ação de Execução Fiscal ref. ICMS - 286 - - - - - 286
Efeito de Mudança do Ambiente Regulatório - - - - 23 - - 23
Recomposição de Lastro
de Termelétricas no Nordeste - - 118 - - - - 118
Despesas Decorrentes de Pendências
Contratuais com Termelétricas - - 376 - - - - 376
Subtotal Itens Extraordinários - 286 494 - 170 (146) - 804
Resultado Operacional sem
Efeitos de Itens Extraordinários 36.518 8.768 38 1.238 2.357 (6.573) (1.769) 40.577
Lucro líquido (Prejuízo)
por segmento de negócios 22.699 5.556 (624) 784 567 (4.096) (1.161) 23.725
Itens Extraordinários - 286 494 - 170 (146) - 804
Efeitos Tributários - (98) (93) - (87) 50 - (228)
Lucro líquido sem efeitos
de Itens Extraordinários 22.699 5.744 (223) 784 650 (4.192) (1.161) 24.301
DF_001a037_IPSIS.qxd 6/23/06 8:52 PM Page 8
5. Despesas e Receitas Financeiras
No exercício findo em 31.12.2005, o resultado financeiro consolidado foi negativo em R$ 2.843 milhões (R$ 1.061
milhões – Controladora), enquanto no ano anterior foi de R$ 3.321 milhões (R$ 564 milhões – Controladora). A
variação cambial está sendo impactada pelos reflexos da apreciação do real frente ao dólar no exercício de 2005
(12%), se comparado com a apreciação no ano anterior (8%), combinado com o fato da Controladora ter passado
de devedora para credora no relacionamento com as subsidiárias e controladas no exterior.
DESPESAS FINANCEIRAS, LÍQUIDAS (R$ milhões)
CONSOLIDADO PETROBRAS
2005 2004 2005 2004
Despesas financeiras
Empréstimos e financiamentos (3.509) (3.647) (658) (710)
Fornecedores (44) (22) (1.515) (1.441)
Outras (1.011) (1.511) (70) (102)
(4.564) (5.180) (2.243) (2.253)
Receitas financeiras
Aplicações financeiras 358 468 (188) 30
Subsidiárias e controladas - - 2.043 1.141
Adiantamento a fornecedores 79 93 79 93
Adiantamento a Petros 73 74 73 74
Financiamentos concedidos 93 106 - -
Outros 748 535 362 273
1.351 1.276 2.369 1.611
Variações monetárias e cambiais
Variação monetária ativa 131 307 116 606
Variação monetária passiva (209) (590) (174) (454)
Variação cambial ativa (1.243) (122) (4.185) (3.020)
Variação cambial passiva 1.691 988 3.056 2.946
370 583 (1.187) 78
Despesas financeiras, liquidas (2.843) (3.321) (1.061) (564)
10 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 11
parcialmente, pela redução nas vendas de Óleo Combustível (8%), decorrente da forte concorrência de produtos
substitutos como o carvão, o coque, a biomassa, a lenha e o gás natural. O óleo diesel manteve seu consumo
praticamente estável em relação ao exercício de 2004, tendo como causas principais o desempenho da agricultura
e o aumento de preços do produto, que também concorreu para a retração do mercado.
EXERCÍCIO
2005 2004 ∆%
Volume de vendas - Mil Barris/dia
Diesel 665 656 1
Gasolina 287 275 4
Óleo combustível 99 108 (8)
Nafta 157 157 -
GLP 213 210 1
QAV 78 74 5
Outros 156 157 (1)
Total de derivados 1.655 1.637 1
Álcoois, Nitrogenados e outros 28 32 (13)
Gás natural 228 210 9
Total mercado interno 1.911 1.879 2
Exportação 512 416 23
Vendas Internacionais 385 416 (7)
Total mercado externo 897 832 8
Total geral 2.808 2.711 4
Volume de Vendas Mercado Interno - 2005
(1.911 mil barris/dia)
35% Diesel
15% Gasolina
4% QAV
GLP 11%
Gás Natural 12%
Nafta 8%
Outros 10%
Óleo combustível 5%
DF_001a037_IPSIS.qxd 6/23/06 8:52 PM Page 10
4.390
1.855
1.572
6.447
5.4001.939
1.909
4.359
Estoques - Consolidado - 31.12.2005
(R$ milhões)
Matéria-Prima
Derivados
Suprimentos para manutenção
Outros
7. Contas Petróleo e Álcool
R$ Milhões
2005 2004
Saldo Inicial 749 689
Ressarcimentos à PETROBRAS - 4
Encargos de mútuo 21 14
Liquidação parcial - (8)
Regularizações – GTI* - 50
Saldo Final 770 749
(*) Grupo de Trabalho de Auditoria Governamental
Conforme definido na Lei nº 10.742, de 06 de outubro de 2003, o encontro de contas com a União deveria ter
ocorrido até 30 de junho de 2004. A PETROBRAS está, em articulação com o Ministério de Minas e Energia –
MME, buscando equalizar as divergências ainda existentes com a Secretaria do Tesouro Nacional – STN, visando
concluir a operação, de acordo com o previsto na Medida Provisória nº 2.181-45, de 24 de agosto de 2001.
Estoques - Consolidado - 31.12.2004
(R$ milhões)
Matéria-Prima
Derivados
Suprimentos para manutenção
Outros
6. Estoques
Os estoques consolidados de petróleo, derivados, matérias-primas e álcoois, atingiram o montante de
R$ 13.607 milhões em 31.12.2005, 5% inferiores aos de 31 de dezembro de 2004, enquanto na Controladora
houve uma redução de 11%.
12 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 13
R$ Milhões
CONSOLIDADO
31.12.2005 31.12.2004
Ativo
Circulante 17.531 18.765
Disponibilidades 4.658 9.843
Outros ativos circulantes 12.873 8.922
Realizável a longo prazo 3.009 2.499
Permanente 29.097 25.747
Investimentos (272) 145
Imobilizado 28.777 24.806
Outros ativos permanentes 592 796
Total do Ativo 49.637 47.011
Passivo
Circulante 15.141 13.874
Financiamentos 7.393 7.560
Fornecedores 4.583 3.587
Outros passivos circulantes 3.165 2.727
Exigível a longo prazo 30.082 37.000
Financiamentos 28.498 35.177
Outros exigíveis a longo prazo 1.584 1.823
Total do Passivo 45.223 50.874
Ativo Líquido em Reais 4.414 (3.863)
(+) Fundos de Investimentos Financeiros - Cambial 11.469 8.349
(-) Empréstimos FINAME - em reais indexado ao dólar 627 870
Ativo Líquido em Reais 15.256 3.616
Ativo Líquido em Dólares (5) 6.518 1.362
(5) Considera a conversão do valor em reais pela taxa de dólar de venda do dia do encerramento do exercício (2005 - R$ 2,3407 e 2004 - R$ 2,6544).
5.1. Exposição cambial
A exposição cambial do Sistema PETROBRAS é mensurada conforme quadro a seguir:
DF_001a037_IPSIS.qxd 6/23/06 8:52 PM Page 12
9. Endividamento
Em 31 de dezembro de 2005, o endividamento, referente a empréstimos e financiamentos no país e no exterior,
atingiu o total de R$ 48.242 milhões no Consolidado, conforme demonstrado a seguir:
R$ Milhões
CONSOLIDADO
DETALHES 2005 2004
Curto Prazo:
Financiamento 10.503 8.805
Leasing 613 770
Subtotal 11.116 9.575
Longo Prazo:
Financiamento 34.439 42.977
Leasing 2.687 3.251
Subtotal 37.126 46.228
Endividamento total 48.242 55.803
(-) Disponibilidades (23.417) (19.987)
Endividamento líquido 24.825 35.816
O endividamento líquido do Sistema PETROBRAS, em 31.12.2005, alcançou R$ 24.825 milhões, com redução
de 31% em relação a 31.12.2004. A apreciação do real frente ao dólar vem contribuindo para a redução do
endividamento. Podemos mencionar também a melhora do nível de endividamento, medido através do índice da
Dívida Líquida/EBITDA que reduziu de 0,97, em 31.12.2004, para 0,52, em 31.12.2005. A estrutura de capital
está representada por 52% de participação de capitais de terceiros em 31 de dezembro de 2005, com redução
de 6 pontos percentuais se comparada a 31 de dezembro de 2004.
10. Valor Adicionado
No exercício de 2005, o Sistema PETROBRAS gerou recursos no montante de R$ 115.311 milhões (R$ 95.404
milhões em 2004), em termos de valor adicionado, que foram distribuídos às partes interessadas da seguinte forma:
14 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 15
O saldo da conta poderá ser pago através da emissão de títulos do Tesouro Nacional, de valor igual ao saldo
final do encontro de contas ou com outros montantes que a PETROBRAS porventura estiver devendo ao Governo
Federal, inclusive os relativos a tributos ou uma combinação das opções anteriores.
8. Investimentos
No País, a PETROBRAS investiu, prioritariamente, no desenvolvimento de sua capacidade de produção de petróleo e
gás natural, através de investimentos próprios e através da estruturação de empreendimentos com parceiros. No
exercício de 2005, os investimentos consolidados totais alcançaram R$ 25.710 milhões (R$ 22.549 milhões em 2004).
Dos investimentos próprios realizados no País pelo Sistema PETROBRAS em 2005, 54% destinaram-se às
atividades de exploração e desenvolvimento da produção, sendo que somente na Bacia de Campos, foram
investidos R$ 4.886 milhões.
Os principais investimentos realizados em 2005 no segmento de Exploração e Produção foram nos campos de Marlim
Sul (R$ 764 milhões), Roncador (R$ 579 milhões), Albacora Leste (R$ 745 milhões), Jubarte/Cachalote (R$ 234 milhões),
Marlim Leste (R$ 82 milhões) e no campo de Barracuda/Caratinga (R$ 138 milhões), situados na Bacia de Campos.
13.934
12.441
3.9073.286
Exploração eprodução
14.000
13.000
12.000
11.000
10.000
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
Investimentos consolidados
(R$ milhões)
625
1.527
2.3313.153
1.223495 624532 775
2.385
454311 16987
Abastecimento Gás e Energia Internacional Distribuição Corporativa Sociedades de Propósito
Específico(SPEs)
Empreendi-mentos emNegociação
ProjetosEstruturados
JAN/DEZ - 2005 JAN/DEZ - 2004
DF_001a037_IPSIS.qxd 6/23/06 8:52 PM Page 14
24.748
21%
estatutária e R$ 14.169 milhões de reserva de retenção de lucros; e o saldo da reserva de correção monetária do
capital realizado, no montante de R$ 339 milhões, aumentando o capital de R$ 32.896 milhões para R$ 48.248
milhões, sem modificação do número de ações emitidas.
b. Retenção de lucros
Na proposta de destinação do resultado do exercício findo em 31.12.2005, está prevista uma retenção de lucros,
em Reserva de Retenção de Lucros, no montante de R$ 15.104 milhões, sendo a parcela de R$ 15.095 milhões
proveniente do lucro líquido do exercício e R$ 9 milhões saldo remanescente de lucros acumulados, que se
destina a atender parcialmente o programa anual de investimentos estabelecido no Orçamento de Capital do
exercício de 2006, a ser deliberado em Assembléia Geral de Acionistas em 03.04.2006.
c. Remuneração aos Acionistas
O Conselho de Administração da PETROBRAS, com base em disposições estatutárias, propôs à Assembléia Geral
Ordinária do dia 03.04.2006, a distribuição de dividendo relativo ao exercício de 2005, no montante de
R$ 7.018 milhões, correspondendo a 31,8% do lucro básico para fins de dividendo, equivalente a R$ 1,60 por
ação ordinária e preferencial, indistintamente, indicando um dividend yield, respectivamente, de 3,9% e 4,3%
(4,3% e 4,7%, em 2004).
VALOR POR AÇÃO
DIVIDENDOS DELIBERADOS PELA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA ON E PN R$ MILHÕES
Juros sobre Capital Próprio - Aprovado pelo Conselho de Administração em 0,50 2.193
17.06.2005
Juros sobre Capital Próprio - Aprovado pelo Conselho de Administração em 16.12.2005. 0,50 2.193
Juros sobre o Capital Próprio - Aprovado pelo Conselho de Administração em 17.02.2006. 0,25 1.097
Dividendos - Aprovado pelo Conselho de Administração em 17.02.2006. 0,35 1.535
TOTAL DE DIVIDENDOS 1,60 7.018
Aos dividendos propostos estão sendo imputados juros sobre o capital próprio no montante de R$ 5.483 milhões
(R$ 1,25 por ação), sujeitos à retenção de imposto de renda na fonte de 15%, exceto para os acionistas imunes
e isentos, sendo que em 05.01.2006 a companhia efetuou o pagamento de antecipação dos Juros sobre o Capital
Próprio (R$ 2.193 milhões) aos detentores de ações ordinárias e preferenciais na data base de 30.06.2005.
Os dividendos, compreendendo os juros sobre o capital próprio, terão os seus valores atualizados monetariamente,
a partir de 31 de dezembro de 2005 até a data de início do pagamento, de acordo com a variação da taxa SELIC.
16 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 17
Valor Adicionado distribuído em 2005
(R$ milhões)
63.810
56%
17.110
15%
9.643
8%
Entidades governamentais
Acionistas
Instituições financeiras e fornecedores
Pessoal
Valor Adicionado distribuído em 2004
(R$ milhões)
56.015
59%
13.303
14%
18.570
19%
7.516
8%
Entidades governamentais
Acionistas
Instituições financeiras e fornecedores
Pessoal
R$ 115.311 milhões
R$ 95.404 milhões
11. Patrimônio Líquido e Dividendo
a. Capital
A Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 22.07.2005 deliberou e aprovou o desdobramento das ações
representativas do capital social em 300%, resultando na distribuição gratuita de 3 (três) ações novas da mesma
espécie para cada 1 (uma) com base na posição acionária de 31.08.2005. Desta forma, o capital social no
montante de R$ 33.235 milhões, a partir de 01.09.2005, foi dividido em 4.386 milhões de ações sem valor
nominal, sendo 2.537 milhões de ações ordinárias e 1.849 milhões de ações preferenciais e a relação entre os
American Depositary Receipts (ADR) e as ações correspondentes de cada espécie foi alterada da atual “uma ação
por um ADR” para “quatro ações por um ADR”.
Está sendo proposta à Assembléia Geral Extraordinária de 03.04.2006, a incorporação ao capital das seguintes
reservas: parte das reservas de lucros, no montante de R$ 15.013 milhões, sendo R$ 844 milhões de reserva
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demonstraçõescontábeis
demonstrações contábeis
Aos Administradores e Acionistas da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS
1. Examinamos os balanços patrimoniais da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS e os balanços patrimoniais
consolidados da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS e suas subsidiárias, controladas, controladas em
conjunto e sociedades de propósito específico levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as
respectivas demonstrações dos resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de
recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua
Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e
compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de
transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes,
das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação
das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia, bem
como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS e a posição
patrimonial e financeira consolidada da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS e suas subsidiárias,
controladas, controladas em conjunto e sociedades de propósito específico em 31 de dezembro de 2005 e
2004, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus
recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
4. Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de expressarmos uma opinião sobre as demonstrações
contábeis referidas no primeiro parágrafo. As demonstrações do balanço social (consolidado), do fluxo de caixa
(controladora e consolidado), do valor adicionado (controladora e consolidado) e da segmentação de negócios
(consolidado) foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e estão sendo
apresentadas para propiciar informações contábeis adicionais sobre a Companhia, apesar de não serem
requeridas como parte das demonstrações contábeis. Estas demonstrações foram submetidas aos procedimentos
de auditoria descritos no segundo parágrafo e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas em todos
os seus aspectos relevantes em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
5. Conforme mencionado na Nota 1, a partir de 1º de janeiro de 2005, em atendimento à Instrução CVM 408 de
18 de agosto de 2004, a Companhia passou a incluir nas demonstrações contábeis consolidadas as Sociedades
de Propósitos Específicos – SPEs. Objetivando manter a comparabilidade das demonstrações contábeis, o
exercício de 2004 foi ajustado para incluir também tais SPEs nas demonstrações contábeis consolidadas.
Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 2006
ERNST & YOUNG Auditores Independentes S/A
CRC – 2SP 015.199/O-6 – F - RJ
Parecer dos Auditores Independentes
CONTADOR Paulo José Machado
CRC – 1RJ 061.469/O-4
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CONSOLIDADO CONTROLADORA
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2005 2004 2005 2004
Circulante
Financiamentos (Nota 13) 8.589.629 8.219.855 1.499.012 1.144.973
Juros sobre financiamentos (Nota 13) 1.913.369 585.374 156.709 165.265
Fornecedores 8.976.359 9.054.723 24.865.115 26.949.707
Impostos. contribuições e participações (Nota 16b) 8.931.341 7.854.014 7.292.508 6.583.563
Dividendos propostos (Nota 19c) 7.165.878 5.141.363 7.017.843 5.044.074
Projetos estruturados (Nota 9d) 28.135 64.106 2.421.806 4.652.469
Provisão para plano de pensão (Nota 17c) 482.942 441.374 461.848 414.865
Salários. férias e encargos 1.196.281 873.561 978.222 653.812
Provisão para contingência (Nota 20a) 167.645 339.612 167.645 333.111
Adiantamento de clientes 1.626.854 780.028 1.054.783 381.719
Outras contas e despesas a pagar 3.281.717 3.371.877 1.780.189 1.613.792
42.360.150 36.725.887 47.695.680 47.937.350
Exigível a longo prazo
Financiamentos (Nota 13) 34.439.489 42.976.885 6.408.872 8.589.120
Subsidiárias. controladas e coligadas (Nota 5b) 39.954 276.328 1.925.046 3.420.119
Impostos e contribuição social diferidos (Nota 16c) 8.461.721 7.474.135 6.270.290 5.263.660
Provisão para plano de pensão (Nota 17c) 1.898.360 696.273 1.749.036 601.347
Provisão para plano de saúde (Nota 17c) 7.030.939 5.673.650 6.477.127 5.214.410
Provisão para contingência (Nota 20a) 614.568 632.721 225.251 220.721
Outras contas e despesas a pagar 3.228.563 2.766.832 2.558.578 2.135.582
55.713.594 60.496.824 25.614.200 25.444.959
Resultado de exercícios futuros 483.274 502.171
Participação dos acionistas não controladores 6.178.854 4.811.315
Patrimônio líquido (Nota 19)
Capital realizado 33.235.445 33.235.445 33.235.445 33.235.445
Reservas de capital 372.064 354.673 372.064 354.673
Reserva de reavaliação 60.120 69.094 60.120 69.094
Reservas de lucros 45.117.607 28.470.957 47.035.637 30.594.424
78.785.236 62.130.169 80.703.266 64.253.636
Total do passivo e patrimônio líquido 183.521.108 164.666.366 154.013.146 137.635.945
20 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 21
Balanço PatrimonialExercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais)
CONSOLIDADO CONTROLADORA
ATIVO 2005 2004 2005 2004
Circulante
Disponibilidades (Nota 3) 23.417.040 19.986.848 17.481.555 11.580.288
Depósitos vinculados 85.229 217.748
Contas a receber. líquidas (Nota 4) 14.148.064 10.977.519 10.676.578 7.421.319
Dividendos a receber (Nota 5a) 41.907 48.625 945.676 440.240
Estoques (Nota 6) 13.606.679 14.263.518 10.337.565 11.555.627
Impostos. contribuições e participações (Nota 16a) 6.550.997 4.842.714 4.037.175 2.966.007
Despesas antecipadas (Nota 11e) 941.016 490.366 680.787 735.261
Outros ativos circulantes 1.444.258 1.958.862 535.395 744.528
60.235.190 52.786.200 44.694.731 35.443.270
Realizável a longo prazo
Contas a receber. líquidas (Nota 4) 1.587.771 1.914.788 28.151.479 35.220.122
Conta petróleo e álcool - STN (Nota 7) 769.524 748.788 769.524 748.788
Títulos e valores mobiliários (Nota 8) 618.091 858.873 7.601 4.840
Projetos estruturados (Nota 9a) 569.030 1.830.257
Adiantamentos a fornecedores 684.235 958.692 684.235 958.692
Depósitos judiciais (Nota 10) 1.818.185 1.815.104 1.443.834 1.068.657
Investimentos em empresas privatizáveis (Nota 11d) 3.454 331.589 1.475 1.476
Despesas antecipadas (Nota 12e) 1.362.800 1.513.045 1.060.967 1.076.077
Adiantamento para plano de pensão (Nota 17a) 1.205.358 1.217.612 1.205.358 1.217.612
Impostos e contribuição social diferidos (Nota 16c) 4.337.361 4.148.685 2.333.641 2.030.268
Empréstimos compulsórios ELETROBRAS 117.811 117.488 117.811 117.488
Estoques (Nota 6) 492.777 265.296 492.777 265.296
Outros ativos realizáveis a longo prazo 1.104.861 1.018.548 763.816 588.090
14.102.228 14.908.508 37.601.550 45.127.663
Permanente
Investimentos (Nota 11b) 2.280.702 2.078.758 20.366.625 14.048.878
Imobilizado (Nota 12) 105.429.354 93.323.224 50.772.065 42.582.076
Diferido 1.473.634 1.569.676 578.175 434.058
109.183.690 96.971.658 71.716.865 57.065.012
Total do ativo 183.521.108 164.666.366 154.013.146 137.635.94
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis
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Demonstração do ResultadoExercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais, exceto lucro por ação do capital integralizado)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Receita operacional brutaVendas
Produtos 177.595.324 149.973.540 143.276.549 119.709.723
Serviços. principalmente fretes 1.469.960 466.619 389.181 315.004
179.065.284 150.440.159 143.665.730 120.024.727
Encargos de vendas (42.460.206) (39.312.400) (37.843.204) (34.450.292)
Receita operacional líquida 136.605.078 111.127.759 105.822.526 85.574.435
Custo dos produtos e serviços vendidos (77.107.946) (65.069.329) (57.512.113) (48.607.576)
Lucro bruto 59.497.132 46.058.430 48.310.413 36.966.859
Despesas operacionaisVendas (5.477.419) (4.751.890) (4.195.157) (2.858.630)
Financeiras (Nota 14)
Despesas (4.564.773) (5.180.059) (2.242.658) (2.252.841)
Receitas 1.351.410 1.276.134 2.369.097 1.611.385
Variações monetárias e cambiais, líquidas (Nota 14) 370.536 583.346 (1.187.233) 77.243
Gerais e administrativas
Honorários da Diretoria e do Conselho de Administração (28.845) (26.390) (4.089) (3.214)
De administração (5.401.953) (4.117.811) (3.449.664) (2.596.338)
Tributárias (895.208) (1.255.033) (443.415) (807.547)
Despesas com pesquisas e desenvolvimento tecnológico (934.600) (695.650) (932.627) (688.562)
Perda na recuperação de ativos (126.032) (55.205) (49.368) (55.205)
Custos exploratórios para extração de petróleo e gás (2.222.792) (1.682.664) (1.876.411) (1.164.741)
Despesas com benefícios (Nota 17e) (2.011.016) (1.320.929) (1.888.903) (1.240.026)
Outras despesas operacionais, líquidas (Nota 15) (2.626.419) (2.222.718) (2.692.062) (2.804.865)
(22.567.111) (19.448.869) (16.592.490) (12.783.341)
Participações em subsidiárias e coligadas Resultado de participações em
investimentos relevantes (Nota 11b) (250.124) (144.661) 1.782.023 1.349.879
Lucro operacional 36.679.897 26.464.900 33.499.946 25.533.397
Despesas não-operacionais (124.531) (207.309) (199.982) (227.772)
Lucro antes da contribuição social, do imposto de renda, das participações dos empregados e administradores e da participação minoritária 36.555.366 26.257.591 33.299.964 25.305.625
Contribuição social (Nota 16e) (2.845.244) (1.940.903) (2.466.083) (1.830.978)
Imposto de renda (Nota 16e) (7.956.912) (4.962.966) (6.537.799) (5.060.476)
Lucro antes das participações dos empregados e administradores e da participação minoritária 25.753.210 19.353.722 24.296.082 18.414.171
Participações dos empregados
e administradores (Nota 18) (1.005.564) (783.224) (846.000) (660.000)
Lucro antes da participação minoritária 24.747.646 18.570.498 23.450.082 17.754.171
Participação dos acionistas não controladores (1.022.923) (1.683.100)
Lucro líquido do exercício 23.724.723 16.887.398 23.450.082 17.754.171
Lucro líquido por ação do capital integralizado no fim do exercício – R$ 5,41 15,40 5,35 16,19
Lucro líquido por ação após o desdobramento, para fins de comparação – R$ 5,41 3,85 5,35 4,05
CONSOLIDADO CONTROLADORA2005 2004 2005 2004
Origens dos recursosDas operações sociais:Lucro líquido do exercício 23.724.723 16.887.398 23.450.082 17.754.171
Participação dos acionistas não controladores 1.022.923 1.683.100
Resultado de participações em investimentos relevantes 158.529 129.761 (1.816.395) (1.345.357)
Ágio/deságio - amortização 91.595 14.900 34.372 (4.522)
Dividendos 172.977 202.545 990.935 546.885
Depreciação e amortização 8.034.716 6.868.355 3.739.373 3.807.002
Operações com subsidiárias, controladas e coligadas 3.277.858 (13.248.121)
Variações monetárias e cambiais
alocadas no ativo permanente 3.999.654 1.774.139
Valor residual de bens baixados do ativo permanente 2.411.575 2.734.006 1.106.798 1.097.034
Resultado de alienação de navios e equipamentos (6.453) (40.168)
Variações monetárias, cambiais e rendimentos líquido
de créditos e obrigações de longo prazo (4.083.087) (2.015.160) (768.921) 127.926
Complemento de planos de benefícios e outras provisões 3.306.932 2.555.545 2.928.199 2.195.396
Imposto de renda e contribuição social diferidos, líquidos 1.983.578 1.733.745 491.471 821.126
Outras origens 19.167 (70.291)
40.824.117 32.568.334 33.446.486 11.641.081
De outras fontes:Financiamentos 5.747.298 4.573.214 373.199 369.624
Créditos e subvenções para investimentos 17.391 14.808 17.391 14.808
Receita na alienação de ativos 506.187 2.516.454 2.488.610 2.662.895
6.270.876 7.104.476 2.879.200 3.047.327
Total da origens de recursos 47.094.993 39.672.810 36.325.686 14.688.408
Aplicações de recursosAumento no saldo da conta petróleo e álcool – STN 18.727 46.252 46.252
Investimentos 910.167 3.041.246 1.214.962
Aquisição de participação de acionistas não controladores 45.349
Gastos em exploração e desenvolvimento
da produção de óleo e gás 11.385.451 10.222.766 5.041.315 5.813.253
Outros imobilizados 15.186.497 10.385.981 7.677.517 7.094.042
Diferido 360.839 388.900 204.812 169.453
Operações em subsidiárias, controladas e coligadas
Aumento de empreendimentos em negociação 907.459 615.991
Transferência de financiamentos e
fornecedores para passivo circulante 9.879.227 5.706.659 1.719.940 1.394.149
Redução de outras contas do exigível a longo prazo 913.592 1.093.189 582.606 1.273.477
Aumento de outras contas do realizável a longo prazo 370.055 811.011 639.817 221.784
Dividendos propostos 7.165.878 5.470.124 7.017.843 5.044.074
Total das aplicações de recursos 45.280.266 35.080.398 26.832.555 22.887.437
Ingresso de capital circulante líquido de controlada
da incorporada e do ajuste de exercícios anteriores 409.810
Aumento (redução) no capital circulante 1.814.727 4.182.602 9.493.131 (8.199.029)
Variação do capital circulanteAtivo circulante:
No fim do exercício 60.235.190 52.786.200 44.694.731 35.443.270
No início do exercício 52.786.200 56.041.522 35.443.270 39.246.621
7.448.990 (3.255.322) 9.251.461 (3.803.351)
Passivo circulante:No fim do exercício 42.360.150 36.725.887 47.695.680 47.937.350
No início do exercício 36.725.887 44.163.811 47.937.350 43.541.672
5.634.263 (7.437.924) (241.670) 4.395.678
Aumento (redução) do capital circulante 1.814.727 4.182.602 9.493.131 (8.199.029)
Demonstração das Origens e Aplicações de RecursosExercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis
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Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (da Controladora)Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais)
CAPITAL REALIZADO RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS TOTAL DO
CAPITAL SUBSCRITO CORREÇÃO SUBVENÇÕES INCENTIVOS RETENÇÃO PATRIMÔNIO
E INTEGRALIZADO MONETÁRIA AFRMM FISCAIS LEGAL ESTATUTÁRIA DE LUCROS LÍQUIDO
Em 31 de dezembro de 2003 19.862.634 339.307 126.099 213.766 72.029 3.147.702 679.159 27.078.876 51.519.572
Aumento de capital em 29 de março de 2004 13.033.504 (13.033.504)
Outras mutações (2) (2)
Recursos provenientes do AFRMM 14.808 14.808
Constituição de reservas 9.161 9.161
Realização de reservas (12.096) 12.096
Lucro líquido do exercício 17.754.171 17.754.171
Apropriações do lucro líquido em reservas 887.708 164.480 11.657.907 (12.710.095)
Retenção de lucros 12.096 (12.096)
Dividendos propostos (Nota 19c) (5.044.074) (5.044.074)
Em 31 de dezembro de 2004 32.896.138 339.307 140.907 213.766 69.094 4.035.410 843.639 25.715.375 64.253.636
Recursos provenientes do AFRMM 17.391 17.391
Realização de reservas (8.974) 8.974
Lucro líquido do exercício 23.450.082 23.450.082
Apropriações do lucro líquido em reservas 1.172.504 164.480 15.095.255 (16.432.239)
Retenção de lucros 8.974 (8.974)
Dividendos propostos (Nota 19c) (7.017.843) (7.017.843)
32.896.138 339.307 158.298 213.766 5.207.914 1.008.119 40.819.604
Em 31 de dezembro de 2005 33.235.445 372.064 60.120 47.035.637 80.703.266
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis
RESERVA DE
REAVALIAÇÃO
LUCROS
ACUMULADOS
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CONSOLIDADO CONTROLADORA2005 2004 2005 2004
Atividade operacionalLucro líquido do exercício 23.724.723 16.887.398 23.450.082 17.754.171
Ajustes:Resultado de participações
em investimentos relevantes 158.529 129.761 (1.816.395) (1.345.357)
Ágio/deságio – amortizações 91.595 14.900 34.372 (4.522)
Participação dos acionistas não controladores 1.022.923 1.683.100
Depreciação e amortização 8.034.718 6.868.355 3.739.373 3.807.002
Valor líquido de bens alienados ou baixados 2.411.575 2.734.006 1.106.799 1.097.034
Variações monetárias, cambiais e
encargos financeiros sobre
financiamentos e operações de mútuo (1.477.086) (38.854) (807.987) 1.162.956
Variação cambial alocada no ativo permanente 3.999.654 1.774.139
Imposto de renda e contribuição
social diferidos, líquidos 889.869 974.289 422.392 1.692.288
Variação de contas a receber (2.256.555) (3.666.142) (2.200.799) (960.641)
Variação de estoques 429.358 (4.129.463) 990.581 (3.100.484)
Variação da conta petróleo e álcool – STN (20.736) (59.428) (20.736) (59.428)
Variação de outros ativos (1.308.871) 2.665.551 (113.810) (677.522)
Variação de fornecedores (248.122) 2.295.631 (381.943) 1.150.391
Variação de impostos, taxas e contribuições 1.239.008 522.726 92.010 (669.440)
Variação de obrigações com projetos estruturados 22.057 2.879.208
Variação de outros passivos 247.907 (2.416.118) 3.056.687 (1.064.773)
Variação de operações de curto prazo com
empresas subsidiárias, controladas e coligadas:
Contas a receber 508.889 (762.531) (934.994) (1.020.593)
Contas a pagar (236.374) (2.550.692) (1.451.454) 333.250
Operação com fornecimento de
petróleo e derivados – exterior (961.720) 4.800.933
Efeito no caixa proveniente da
incorporação de controladas/coligadas 32 226.953
Recursos líquidos provenientes da atividade operacional 37.211.236 23.153.581 24.224.515 25.774.473
Atividade de financiamentoFinanciamentos e operações de mútuo, líquido (5.603.269) (2.566.464) 2.531.278 (14.850.768)
Dividendos pagos a acionistas (5.151.844) (5.470.124) (4.829.762) (5.424.070)
Recursos líquidos utilizados na atividade de financiamento (10.755.113) (8.036.588) (2.298.484) (20.274.838)
Atividade de investimentoInvestimentos em exploração e
produção de petróleo e gás (16.062.141) (14.970.425) (9.895.016) (9.126.349)
Investimentos em refino e transporte (3.444.969) (4.892.628) (4.403.980) (3.844.686)
Investimento em gás e energia (1.732.046) (920.917) (850.353) (507.824)
Investimento em distribuição (528.089) (993.809)
Outros investimentos (1.388.741) (1.063.673) (815.542) (812.850)
Dividendos recebidos 130.255 133.876 531.224 560.317
Empreendimentos em negociação (591.097) (411.334)
Recursos líquidos utilizados na atividade de investimento (23.025.731) (22.707.576) (16.024.764) (14.142.726)
Variação líquida no exercício 3.430.192 (7.590.583) 5.901.267 (8.643.091)
Disponibilidades no início do exercício 19.986.848 27.577.431 11.580.288 20.223.379
Disponibilidades no fim do exercício 23.417.040 19.986.848 17.481.555 11.580.288
Demonstração do Fluxo de CaixaExercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Demonstração do Valor AdicionadoExercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais)
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
ReceitasVendas de produtos e serviços
e resultados não-operacionais 179.660.812 150.821.726 144.107.488 120.325.296
Provisão para créditos de
liquidação duvidosa – constituição (269.324) (183.247) (120.835) 15.819
179.391.488 150.638.479 143.986.653 120.341.115
Insumos adquiridos de terceirosMatérias-primas consumidas (4.003.598) (4.822.986) (11.963.673) (14.427.689)
Custo das mercadorias – revenda (29.035.164) (30.177.437) (6.960.946) (7.660.105)
Materiais, energia, serviços
de terceiros e outros (23.595.126) (14.641.987) (20.080.629) (12.432.371)
(56.633.888) (49.642.410) (39.005.248) (34.520.165)
Valor adicionado bruto 122.757.600 100.996.069 104.981.405 85.820.950
RetençõesDepreciação e amortização (8.034.718) (6.868.355) (3.739.373) (3.807.002)
Valor adicionado líquido produzido pela Companhia 114.722.882 94.127.714 101.242.032 82.013.948
Valor adicionado recebido em transferênciaResultado de participações
em investimentos relevantes (158.528) (129.761) 1.816.395 1.345.357
Receitas financeiras – inclui
variações monetária e cambial 238.999 1.044.794 1.923.310 1.531.550
Amortização de ágios e deságios (91.595) (14.900) (34.372) 4.522
Aluguéis e royaltes 598.002 376.680 400.689 376.680
586.878 1.276.813 4.106.022 3.258.109
Valor Adicionado a Distribuir 115.309.760 95.404.527 105.348.054 85.272.057
Distribuição do valor adicionadoPessoalSalários. vantagens e encargos 5.186.123 5% 4.655.154 4% 3.316.397 3% 2.882.511 3%
Honorários da diretoria e
conselho de administração 27.864 0% 18.838 0% 4.089 0% 3.214 0%
Participações dos
empregados nos lucros 1.005.744 1% 773.840 1% 846.000 1% 660.000 1%
Plano de aposentadoria e pensão 1.737.771 2% 625.852 1% 1.646.521 1% 625.852 1%
Plano de saúde 1.685.295 1% 1.442.303 2% 1.685.296 2% 1.442.303 2%
9.642.797 9% 7.515.987 8% 7.498.303 7% 5.613.880 7%
TributosImpostos, taxas e contribuições 48.833.887 42% 43.630.123 46% 48.044.789 46% 41.911.641 49%
Imposto de renda e
contribuição social diferidos 501.637 0% 1.058.297 1% 422.392 0% 1.692.288 2%
Participações governamentais 14.473.550 13% 11.326.516 12% 13.754.210 13% 10.823.792 13%
63.809.074 55% 56.014.936 59% 62.221.391 59% 54.427.721 64%
Instituições financeiras e fornecedoresJuros, variações cambiais e monetárias 4.915.429 4% 4.462.469 5% 2.984.104 3% 2.095.763 2%
Despesas de aluguéis e afretamento 12.194.816 11% 8.840.636 9% 9.194.174 9% 5.380.522 6%
17.110.245 15% 13.303.105 14% 12.178.278 12% 7.476.285 8%
AcionistasJuros sobre capital próprio e dividendos 7.050.642 6% 5.044.909 5% 7.017.843 7% 5.044.074 6%
Participação de acionista
não controladores 1.022.923 1% 1.683.100 2% 0% 0%
Lucros retidos 16.674.079 14% 11.842.490 12% 16.432.239 15% 12.710.097 15%
24.747.644 21% 18.570.499 19% 23.450.082 22% 17.754.171 21%
Valor adicionado distribuído 115.309.760 100% 95.404.527 100% 105.348.054 100% 85.272.057 100%
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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28 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 29
2005 2005
E&P ABASTECIMENTO GÁS E ENERGIA DISTRIBUIÇÃO INTERNACIONAL CORPORATIVO ELIMINAÇÃO TOTAL
Ativo 68.310.263 40.439.192 21.404.260 8.815.638 21.025.682 39.018.298 (15.492.225) 183.521.108
Circulante 7.527.760 20.766.479 4.677.400 4.865.430 6.289.824 23.181.048 (7.072.751) 60.235.190
Caixa / aplicações financeiras 1.639.752 1.458.488 1.960.420 371.475 1.498.639 16.488.266 23.417.040
Outros ativos circulantes 5.888.008 19.307.991 2.716.980 4.493.955 4.791.185 6.692.782 (7.072.751) 36.818.150
Realizável a longo prazo 3.335.206 1.186.391 2.157.918 1.097.047 776.907 13.623.751 (8.074.992) 14.102.228
Conta petróleo e álcool 769.524 769.524
Títulos valores mobiliários 309.519 4.982 1.552 1.187 300.851 618.091
Outros ativos longo prazo 3.025.687 1.181.409 2.157.918 1.095.495 775.720 12.553.376 (8.074.992) 12.714.613
Permanente 57.447.297 18.486.322 14.568.942 2.853.161 13.958.951 2.213.499 (344.482) 109.183.690
2004 2004
E&P ABASTECIMENTO GÁS E ENERGIA DISTRIBUIÇÃO INTERNACIONAL CORPORATIVO ELIMINAÇÃO TOTAL
Ativo 60.306.369 37.161.611 19.145.310 8.173.299 21.287.244 42.887.740 (24.295.207) 164.666.366
Circulante 6.516.070 19.564.162 3.603.848 4.610.480 5.751.675 17.464.554 (4.724.589) 52.786.200
Caixa / aplicações financeiras 2.329.607 1.338.456 786.770 304.165 1.387.175 13.840.675 19.986.848
Outros ativos circulantes 4.186.463 18.225.706 2.817.078 4.306.315 4.364.500 3.623.879 (4.724.589) 32.799.352
Realizável a longo prazo 5.031.646 1.639.184 2.329.409 902.740 985.380 23.236.945 (19.216.796) 14.908.508
Conta petróleo e álcool 748.788 748.788
Títulos valores mobiliários 425.131 4.983 485 2.689 12.177 5.648.851 (5.235.443) 858.873
Outros ativos longo prazo 4.606.515 1.634.201 2.328.924 900.051 973.203 16.839.306 (13.981.353) 13.300.847
Permanente 48.758.653 15.958.265 13.212.053 2.660.079 14.550.189 2.186.241 (353.822) 96.971.658
Demonstração da Segmentação de Negócios (Consolidado)Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais)
As premissas utilizadas na elaboração dessa demonstração estão descritas na Nota 23.
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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Demonstração da Segmentação de Negócios (Consolidado)Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais)
2005 2005
E&P ABASTECIMENTO GÁS E ENERGIA DISTRIBUIÇÃO INTERNACIONAL CORPORATIVO ELIMINAÇÃO TOTAL
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Receita operacional líquida (1) 69.487.768 109.598.661 8.087.995 38.309.062 11.467.758 (100.346.166) 136.605.078
Intersegmentos 65.007.338 30.027.189 2.402.294 544.765 2.364.580 (100.346.166)
Terceiros 4.480.430 79.571.472 5.685.701 37.764.297 9.103.178 136.605.078
Custo dos produtos e serviços vendidos (1) (29.682.023) (97.452.235) (6.446.519) (34.619.857) (7.350.399) 98.443.087 (77.107.946)
Lucro bruto 39.805.745 12.146.426 1.641.476 3.689.205 4.117.359 (1.903.079) 59.497.132
Despesas operacionais (3.285.907) (3.665.151) (2.098.404) (2.451.985) (1.929.686) (6.427.402) 134.251 (19.724.284)
Despesas c/ vendas, gerais e administrativas (872.646) (3.000.164) (1.366.110) (2.314.281) (1.130.581) (2.358.686) 134.251 (10.908.217)
Despesas tributárias (29.729) (79.078) (61.042) (164.245) (128.562) (432.552) (895.208)
Despesas c/ prospecção e perfuração. 1.876.411 (346.381) (2.222.792)
Perda na recuperação de ativos (49.368) (76.664) (126.032)
Despesas com pesquisa e desenv. (371.814) (133.728) (53.314) (1.973) (4.488) (369.283) (934.600)
Plano de pensão e saúde (2.011.016) (2.011.016)
Outras receitas (despesas) operacionais (85.939) (452.181) (617.938) 28.514 (243.010) (1.255.865) (2.626.419)
Lucro (prejuízo) operacional 36.519.838 8.481.275 (456.928) 1.237.220 2.187.673 (6.427.402) (1.768.828) 39.772.848
Despesas financeiras líquidas (1.007.367) 119.387 88.911 20.808 (1.263.286) (793.680) (7.600) (2.842.827)
Resultado da equivalência patrimonial 198.764 (42.175) 99.648 (506.361) (250.124)
Receitas (despesas) não operacionais (97.796) (19.015) (37.544) (8.883) (6.362) 45.069 (124.531)
Lucro (prejuízo) antes dos
impostos e participação minoritária 35.414.675 8.780.411 (447.736) 1.249.145 1.017.673 (7.682.374) (1.776.428) 36.555.366
Imposto de renda e contribuição social (11.732.592) (2.867.501) 87.082 (389.872) (306.649) 3.792.016 615.360 (10.802.156)
Participação dos acionistas não controladores (613.289) (73.635) (236.762) (99.237) (1.022.923)
Participação de empregados (369.743) (283.673) (26.702) (75.589) (45.135) (204.722) (1.005.564)
Lucro líquido (prejuízo) 22.699.051 5.555.602 (624.118) 783.684 566.652 (4.095.080) (1.161.068) 23.724.723
(1) A partir de 2005 as receitas com comercialização de petróleo a terceiros passaram a ser alocadas de acordo com os pontos de expedição da venda, que podem
pertencer às áreas de Exploração e Produção ou de Abastecimento. Até 2004, a comercialização de petróleo era toda alocada à área de Exploração e Produção.
Considerando-se que a metodologia de preços internos de transferência de petróleo é baseada em parâmetros de mercado e que todo petróleo comercializado pela área
de Abastecimento é oriundo de transferências da área de Exploração e Produção, essa adaptação praticamente não produz efeitos no resultado das áreas, resumindo-se
a um aumento na receita operacional líquida intersegmento da área de Exploração e Produção em contrapartida de uma redução na linha de receita operacional líquida
com terceiros, bem como a acréscimos nas linhas de receita operacional líquida com terceiros e no custo dos produtos e serviços vendidos do Abastecimento.
As premissas utilizadas na elaboração dessa demonstração estão descritas na Nota 23.
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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Demonstração da Segmentação de Negócios (Consolidado)Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais)
2004 2004
E&P ABASTECIMENTO GÁS E ENERGIA DISTRIBUIÇÃO INTERNACIONAL CORPORATIVO ELIMINAÇÃO TOTAL
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Receita operacional líquida (1) 55.218.709 82.930.659 5.944.447 30.507.700 10.593.577 (74.067.333) 111.127.759
Intersegmentos 47.825.956 22.932.862 1.159.130 508.213 1.641.172 (74.067.333)
Terceiros 7.392.753 59.997.797 4.785.317 29.999.487 8.952.405 111.127.759
Custo dos produtos e serviços vendidos (1) (23.816.539) (75.643.034) (4.605.525) (27.453.831) (6.830.349) 73.279.949 (65.069.329)
Lucro Bruto 31.402.170 7.287.625 1.338.922 3.053.869 3.763.228 (787.384) 46.058.430
Despesas operacionais (2.302.663) (3.683.211) (1.295.378) (2.224.941) (1.825.286) (4.796.811) (16.128.290)
Despesas c/ vendas, gerais e adm. (685.940) (2.888.904) (693.027) (1.817.787) (1.062.181) (1.748.252) (8.896.091)
Despesas tributárias (21.251) (76.690) (60.193) (158.273) (132.838) (805.788) (1.255.033)
Despesas c/ prospecção e perfur. (1.166.987) (515.677) (1.682.664)
Perda na recuperação de ativos (55.205) (55.205)
Despesas com pesquisa e desenv. (305.264) (142.560) (23.221) (7.088) (4.145) (213.372) (695.650)
Plano de pensão e saúde (1.320.929) (1.320.929)
Outras receitas (despesas) operacionais (68.016) (575.057) (518.937) (241.793) (110.445) (708.470) (2.222.718)
Lucro (prejuízo) operacional 29.099.507 3.604.414 43.544 828.928 1.937.942 (4.796.811) (787.384) 29.930.140
Despesas financeiras líquidas (1.000.255) 160.784 360.051 (6.975) (1.239.360) (1.560.178) (34.646) (3.320.579)
Resultado da equivalência patrimonial 190.759 18.311 20.573 (374.304) (144.661)
Receitas (despesas) não operacionais (246.517) 119.264 (9.289) (6.432) (43.821) (20.514) (207.309)
Lucro (prejuízo) antes dos
impostos e participação minoritária 27.852.735 4.075.221 412.617 815.521 675.334 (6.751.807) (822.030) 26.257.591
Imposto de renda e contribuição social (9.361.277) (1.264.724) 280.559 (134.064) 49.854 3.228.979 296.804 (6.903.869)
Participação dos acionistas não controladores (76.213) (41.070) (1.206.385) (359.432) (1.683.100)
Participação de empregados (331.800) (216.022) (3.504) (58.424) (19.041) (154.433) (783.224)
Lucro líquido (prejuízo) 18.083.445 2.553.405 (516.713) 623.033 346.715 (3.677.261) (525.226) 16.887.398
(1) Até 2004, a comercialização de petróleo era toda alocada à área de Exploração e Produção.
As premissas utilizadas na elaboração dessa demonstração estão descritas na Nota 23.
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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Balanço SocialExercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais)
1. BASE DE CÁLCULO 2005 2004
Receita líquida (RL)* 136.605.078 111.127.759
Resultado operacional (RO)* 36.679.897 26.464.900
Folha de pagamento bruta (FPB) 6.002.420 5.151.447
2. INDICADORES INTERNOS VALOR % SOBRE FPB % SOBRE RL VALOR % SOBRE FPB % SOBRE RL
Alimentação 358.521 5,97% 0,26% 301.524 5,85% 0,27%
Encargos sociais compulsórios 2.304.676 38,40% 1,69% 2.212.483 42,95% 1,99%
Previdência privada 722.535 12,04% 0,53% 387.175 7,52% 0,35%
Saúde** 1.862.526 31,03% 1,36% 1.376.152 26,71% 1,24%
Segurança e saúde no trabalho 40.754 0,68% 0,03% 43.551 0,85% 0,04%
Educação 82.096 1,37% 0,06% 84.082 1,63% 0,08%
Cultura 19.489 0,32% 0,01% 1.775 0,03% 0,00%
Capacitação e desenvolvimento profissional 311.966 5,20% 0,23% 274.659 5,33% 0,25%
Creches ou auxílio-creche 1.620 0,03% 0,00% 1.570 0,03% 0,00%
Participação nos lucros ou resultados 1.005.744 16,76% 0,74% 783.224 15,20% 0,70%
Outros 59.100 0,98% 0,04% 57.410 1,11% 0,05%
Total - Indicadores sociais internos 6.769.027 112,77% 4,96% 5.523.605 107,22% 4,97%
3. INDICADORES EXTERNOS VALOR % SOBRE RO % SOBRE RL VALOR % SOBRE RO % SOBRE RL
Educação 60.742 0,17% 0,04% 66.118 0,25% 0,06%
Cultura 264.611 0,72% 0,19% 153.147 0,58% 0,14%
Saúde e saneamento 7.620 0,02% 0,01% 7.969 0,03% 0,01%
Esporte 25.774 0,07% 0,02% 34.553 0,13% 0,03%
Combate à fome e segurança alimentar 66.825 0,18% 0,05% 32.904 0,12% 0,03%
Outros*** 48.130 0,13% 0,04% 17.943 0,07% 0,02%
Total das contribuições para a sociedade(i) 473.702 1,29% 0,35% 312.634 1,18% 0,28%
Tributos (excluídos encargos sociais) 69.801.173 190,30% 51,10% 45.254.056 171,00% 40,72%
Total - Indicadores sociais externos 70.274.875 191,59% 51,44% 45.566.690 172,18% 41,00%
4. INDICADORES AMBIENTAIS (I) VALOR % SOBRE RO % SOBRE RL VALOR % SOBRE RO % SOBRE RL
Investimentos relacionados com a
produção/ operação da empresa 1.224.745 3,34% 0,90% 1.515.625 5,73% 1,36%
Investimentos em programas e/ou
projetos externos 44.195 0,12% 0,03% 17.026 0,06% 0,02%
Total dos investimentos em meio ambiente 1.268.940 3,46% 0,93% 1.532.651 5,79% 1,38%
Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos ( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( X ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75%naturais, a empresa**** ( ) cumpre de 0 a 50% ( X ) cumpre de 76 a 100% ( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 76 a 100%
34 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 35
2005
ÁREA INTERNACIONAL E&P ABAST. GÁS E ENERGIA DISTRIB. CORPOR ELIMIN. TOTAL
Ativo 14.632.753 3.292.936 4.208.422 486.924 6.461.454 (8.056.807) 21.025.682
Demonstração do resultado
Receita operacional líquida 5.582.793 5.398.696 2.296.275 2.486.510 50.779 (4.347.295) 11.467.758
Intersegmentos 3.398.644 2.915.113 389.885 8.233 (4.347.295) 2.364.580
Terceiros 2.184.149 2.483.583 1.906.390 2.478.277 50.779 9.103.178
Lucro (prejuízo) operacional 2.175.052 186.639 369.913 (21.245) (574.486) 51.800 2.187.673
Lucro líquido (prejuízo) 655.272 154.373 310.340 (13.557) (580.358) 40.582 566.652
2004
ÁREA INTERNACIONAL E&P ABAST. GÁS E ENERGIA DISTRIB. CORPOR ELIMIN. TOTAL
Ativo 13.575.741 3.338.845 4.231.422 589.042 5.505.939 (5.953.745) 21.287.244
Demonstração do resultado
Receita operacional líquida 4.778.547 5.833.686 2.060.508 2.428.514 47.419 (4.555.097) 10.593.577
Intersegmentos 2.871.676 2.962.487 322.724 39.382 (4.555.097) 1.641.172
Terceiros 1.906.871 2.871.199 1.737.784 2.389.132 47.419 8.952.405
Lucro (prejuízo) operacional 1.576.573 628.135 466.555 (387.623) (383.584) 37.886 1.937.942
Lucro líquido (prejuízo) 340.336 569.039 365.310 (275.859) (691.599) 39.488 346.715
Demonstração da Segmentação de Negócios (Consolidado)Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais)
As premissas utilizadas na elaboração dessa demonstração estão descritas na Nota 23.
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS INFORMAÇÕES ADICIONAIS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
2005 2004
DF_001a037_IPSIS.qxd 6/23/06 8:52 PM Page 34
7. OUTRAS INFORMAÇÕES
1) CNPJ: 33000167/0001-01 - Setor econômico: Indústria / Petróleo, Gás e Energia - UF da sede da empresa: Rio de Janeiro
2) Para esclarecimentos sobre as informações declaradas: Telefone (21) 3224-1009 - E-mail [email protected]
3) Esta empresa não utiliza mão-de-obra infantil ou trabalho escravo, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual da criança ou
adolescente e não está envolvida com corrupção. (i)
4) Nossa empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente. (i)
(*) A partir de 1º de janeiro de 2005, as Sociedades de Propósito Específico, cujas atividades operacionais são controladas, direta ou indiretamente,
pela Petrobras, passam a ser incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas, conforme determina a Instrução CVM nº. 408/2004. Para facilitar
a comparabilidade, essas Sociedades de Propósito Específico foram incluídas também nas demonstrações contábeis no exercício de 2004.
(**) Devido à uniformidade de critérios na linha de assistência multidisciplinar de saúde – AMS, para efeito de comparabilidade, o ano de 2004 foi
reclassificado para considerar as futuras aposentadorias e a provisão para aposentados.
(***) Do valor de R$48.130, o montante de R$41.983 corresponde ao repasse de recursos ao Fundo para a Infância e Adolescência – FIA.
(****) Relativo ao percentual de cumprimento da meta de redução do consumo de combustíveis nos processos produtivos.
(*****) Refere-se à PETROBRAS Holding.
(******) O número declarado foi estimado a partir de pesquisa, em âmbito nacional, por intranet, em 2004, com auto preenchimento e natureza auto
declaratória . Responderam 33,04% dos empregados da PETROBRAS Holding. O censo, inicialmente previsto para 2005, será realizado em 2006.
(*******) O número de acidentados estatisticamente esperado para 2006 é baseado em uma previsão de 585 milhões de homens-horas de
exposição ao risco e no limite máximo admissível previsto para a Taxa de Freqüência de Acidentados com Afastamento – TFCA.
(********) Os padrões são elaborados por empregados especialistas, discutidos em diversos foros internos e aprovados pelas gerências.
(*********) A Companhia constituiu uma comissão, que conta com a participação da FUP e Petros, com o objetivo de propor alternativas para o
modelo de previdência complementar. Os novos empregados dispõem de um seguro de vida, contratado e custeado pela Companhia, que possui
vigência até que se defina o novo modelo de previdência privada da Companhia.
(**********) O valor refere-se à PETROBRAS Holding. Até o ano de 2004, era informado o número total de manifestações recebidas pelo SAC e, a
partir de 2005, corresponde somente às reclamações e críticas recebidas. Devido à ampliação da atual estrutura de atendimento, é previsto um
aumento no número de manifestações a serem recebidas em 2006 em relação ao ano anterior. Esse fato acarretará no conseqüente aumento no
número absoluto de reclamações e críticas, mas que percentualmente deverá manter-se constante ao valor de 2005.
(i) Não auditado
36 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 37
5. INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL (I) 2005 2004
Nº de empregados(as) ao final do período 53.933 52.037
Nº de admissões durante o período ***** 1.806 3.355
Nº de empregados(as) terceirizados(as) ***** 155.267 146.826
Nº de estagiários(as) 560 660
Nº de empregados(as) acima de 45 anos ***** 17.521 15.313
Nº de mulheres que trabalham na empresa ***** 5.116 4.857
% de cargos de chefia ocupados por mulheres ***** 10,70% 9,40%
Nº de negros(as) que trabalham na empresa ****** 2.339 2.339
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) ****** 3,10% 3,10%
Nº de portadores(as) de deficiência
ou necessidades especiais ****** 1.298 1.298
6. INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO
AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL 2005 METAS 2006
Relação entre a maior e a
menor remuneração na empresa 42 42
Número total de acidentes de trabalho ******* (i) 516 474
Os projetos sociais e ambientais
desenvolvidos pela empresa foram ( ) direção ( X ) direção e ( ) todos(as) ( ) direção ( X ) direção e ( ) todos(as)
definidos por: (i) gerências empregados(as) gerências empregados(as)
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de ( X ) direção e ( ) todos(as) ( ) todos(as) ( X ) direção ( ) todos(as) ( ) todos(as)
trabalho foram definidos por:**** (i) gerências empregados(as) + Cipa e gerências empregados(as) + Cipa
Quanto à liberdade sindical, ao
direito de negociação coletiva e à
representação interna dos(as) ( ) não se ( ) segue as ( X ) incentiva e ( ) não se ( ) seguirá as ( X ) incentivará as
trabalhadores(as), a empresa: (i) envolve normas da OIT segue da OIT envolverá normas da OIT segue da OIT
A previdência privada ( ) direção ( ) direção e ( X ) todos(as) ( ) direção ( ) direção e ( X ) todos(as)
contempla: ******** (i) gerências empregados(as) gerências empregados(as)
A participação dos lucros ou ( ) direção ( ) direção e ( X ) todos(as) ( ) direção ( ) direção e ( X ) todos(as)
resultados contempla: (i) gerências empregados(as) gerências empregados(as)
Na seleção dos fornecedores, os
mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e ambiental ( ) não são ( ) são ( X ) são ( ) não serão ( ) serão ( X ) serão
adotados pela empresa: (i) considerados sugeridos exigidos considerados sugeridos exigidos
Quanto à participação de
empregados(as) em programas ( ) não se ( ) apóia ( X ) organiza e ( ) não se ( ) apoiará ( X ) organizará
de trabalho voluntário, a empresa: (i) envolve incentiva envolverá e incentivará
Número total de reclamações e na empresa no Procon na Justiça na empresa no Procon na Justiça
críticas de consumidores(as): ********** (i) 2.434 0 0 4.500 0 0
% de reclamações e críticas atendidas na empresa no Procon na Justiça na empresa no Procon na Justiça
ou solucionadas: ********** (i) 100% - - 100% - -
Valor adicionado consolidado total a distribuir: Em 2005: R$ 115.309.760 Em 2004: R$ 95.404.527
Distribuição do Valor 55% governo 9% colaboradores(as) 59% governo 8% colaboradores(as)
Adicionado Consolidado (DVA):* 7% acionistas 15% terceiros 14% retido 7% acionistas 14% terceiros 12% retido
Balanço SocialExercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais) – Continuação
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
DF_001a037_IPSIS.qxd 6/23/06 8:52 PM Page 36
PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL – %
(Continuação) 2005 2004
SUBSCRITO E SUBSCRITO E
INTEGRALIZADO VOTANTE INTEGRALIZADO VOTANTE
Controladas em conjunto (ii)
TERMOGAÚCHA – Usinas Termoelétricas S.A. 25,00 25,00 25,00 25,00
TERMOSERGIPE S.A. 20,00 20,00 20,00 20,00
TERMOAÇU S.A. 33,90 33,90 39,00 39,00
USINA TERMOELÉTRICA NORTE FLUMINENSE S.A. 10,00 10,00 10,00 10,00
GNL DO NORDESTE LTDA. 50,00 50,00 50,00 50,00
COMPAÑIA MEGA S.A. (i) 34,00 34,00
(i) Empresas sediadas no exterior com demonstrações contábeis elaboradas em moeda do país de origem.
(ii) Empresas com administração compartilhada, consolidadas na proporção das participações no capital social.
(iii) Empresas cujas atividades são controladas pela PETROBRAS de acordo com a Instrução CVM n° 408/2004.
(iv) A partir de 1º de janeiro de 2005, as Sociedades de Propósito Específico – SPE cujas atividades operacionais são controladas, direta ou indiretamente, pela
PETROBRAS, foram incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas conforme determina a Instrução CVM nº 408/2004. Objetivando manter a
comparabilidade das demonstrações contábeis, o exercício anterior também foi ajustado para incluir tais SPEs nas demonstrações contábeis consolidadas.
(v) Empresas com participação em controladas em conjunto.
Sociedades de Propósito Específico – SPE (iv)
ALBACORA JAPÃO PETRÓLEO LTDA.
BARRACUDA & CARATINGA HOLDING COMPANY B.V.
CAYMAN CABIUNAS INVESTIMENT CO.
COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO E
MODERNIZAÇÃO DE PLANTAS INDUSTRIAIS - CDMPI
CHARTER DEVELOPMENT LLC – CDC
COMPANHIA LOCADORA DE EQUIPAMENTOS
PETROLÍFEROS S.A. - CLEP
CODAJAS COARI PARTICIPAÇÕES LTDA.
COMPANHIA DE RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA S.A.
EVM LEASING CORPORATION
GASENE PARTICIPAÇÕES LTDA.
CONSÓRCIO MACAÉ MERCHANT (EL PASO
RIO CLARO LTDA. E EL PASO RIO GRANDE LTDA.)
MANAUS GERAÇÃO TERMELETRICA PARTICIPAÇÕES LTDA.
COMPANHIA PETROLÍFERA MARLIM
NOVA MARLIM PETRÓLEO S.A.
NOVA TRANSPORTADORA DO NORDESTE S.A.
NOVA TRANSPORTADORA DO SUDESTE S.A.
PDET OFFSHORE S.A.
FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIARIO - FII
BLADE SECURITIES LIMITED
O processo de consolidação das contas patrimoniais e de resultado corresponde à soma horizontal dos saldos das
contas de ativo, passivo, receitas e despesas, segundo a sua natureza, complementada com as seguintes eliminações:
das participações no capital e reservas mantidas entre elas;
dos saldos de contas correntes e outras, integrantes do ativo e/ou passivo, mantidos entre as empresas;
das parcelas de resultados do exercício, do ativo circulante e do ativo permanente que correspondem a
resultados não realizados economicamente entre as referidas empresas; e
dos efeitos decorrentes das transações significativas realizadas entre as empresas.
O deságio não alocado é apresentado, no Consolidado, como resultados de exercícios futuros.
38 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 39
PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL – %
2005 2004
SUBSCRITO E SUBSCRITO E
INTEGRALIZADO VOTANTE INTEGRALIZADO VOTANTE
Subsidiárias e controladas
PETROBRAS QUÍMICA S.A. – PETROQUISA e suas controladas (v) 99,00 99,99 99,00 99,99
PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A. – BR e suas controladas (v) 100,00 100,00 99,99 99,90
BRASPETRO OIL SERVICES COMPANY – BRASOIL
e suas controladas (i) 99,99 99,99 99,99 99,99
BRASPETRO OIL COMPANY – BOC e sua controlada (i) 99,99 99,99 99,99 99,99
PETROBRAS INTERNATIONAL
BRASPETRO B.V. – PIB e suas controladas (v) 78,80 78,80 99,99 99,99
PETROBRAS COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDA. – PCEL 99,00 99,00 100,00 100,00
PETROBRAS NEGÓCIOS ELETRÔNICOS S.A. – E-PETRO
e sua controlada (v) 99,95 99,95 99,95 99,95
PETROBRAS GÁS S.A. – GASPETRO e suas controladas (v) 99,94 99,94 99,90 99,99
PETROBRAS INTERNATIONAL
FINANCE COMPANY – PIFCo e suas controladas (i) 100,00 100,00 99,99 99,99
PETROBRAS TRANSPORTE S.A. – TRANSPETRO e sua controlada 100,00 100,00 100,00 100,00
DOWNSTREAM PARTICIPAÇÕES LTDA. e sua controlada 99,99 99,99 99,99 99,99
PETROBRAS NETHERLANDS B.V. – PNBV e suas controladas (i) 100,00 100,00 100,00 100,00
UTE NOVA PIRATININGA LTDA. 99,00 99,00 100,00 100,00
FAFEN ENERGIA S.A. 100,00 100,00 100,00 100,00
5283 PARTICIPAÇÕES LTDA. 100,00 100,00
BAIXADA SANTISTA ENERGIA LTDA. 100,00 100,00
SOCIEDADE FLUMINENSE DE ENERGIA LTDA. – SFE 100,00 100,00
TERMORIO S.A. 100,00 100,00 50,00 50,00
TERMOCEARÁ LTDA. 100,00 100,00
TERMOBAHIA S.A.(iii) 29,00 29,00 29,00 29,00
IBIRITERMO S.A. (iii) 50,00 50,00 50,00 50,00
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis (Consolidadas e da Controladora)Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
(Em milhares de reais)
1. Princípios de consolidação
As demonstrações contábeis consolidadas em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 foram elaboradas de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil e disposições complementares da Comissão de Valores Mobiliários
– CVM, abrangendo as demonstrações contábeis da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS e das seguintes
empresas subsidiárias, controladas, controladas em conjunto e sociedades de propósito específicos:
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Conciliação do Balanço Patrimonial Consolidado em 31.12.2004
SALDOS EFEITOS DA SALDOS
DIVULGADOS INSTRUÇÃO AJUSTADOS
ANTERIORMENTE CVM 408/04 "PRÓ-FORMA"
ATIVO
Circulante 51.287.418 1.498.782 52.786.200
Realizável a longo prazo 16.216.740 (1.308.232) 14.908.508
Permanente 79.530.960 17.440.698 96.971.658
147.035.118 17.631.248 164.666.366
PASSIVO
Circulante 33.957.992 2.767.895 36.725.887
Exigível a longo prazo 48.041.147 12.455.677 60.496.824
Resultado de exercícios futuros 502.171 502.171
Participação dos minoritários 2.262.245 2.549.070 4.811.315
Patrimônio líquido 62.271.563 (141.394) 62.130.169
147.035.118 17.631.248 164.666.366
Conciliação de Resultado Consolidado do Exercício Findo 31.12.2004
EFEITOS DA
SALDOS INSTRUÇÃO CVM SALDOS
DIVULGADOS 408/04 E OUTRAS AJUSTADOS
ANTERIORMENTE RECLASSIFICAÇÕES "PRÓ-FORMA"
Vendas brutas 150.403.212 36.947 150.440.159
Encargos de vendas (42.201.733) 2.889.333 (39.312.400)
Vendas líquidas 108.201.479 2.926.280 111.127.759
Custos das vendas (63.100.143) (1.969.186) (65.069.329)
Margem bruta 45.101.336 957.094 46.058.430
Resultado financeiro (2.417.877) (902.702) (3.320.579)
Outras receitas e despesas operacionais (15.429.404) (843.547) (16.272.951)
Resultado operacional 27.254.055 (789.155) 26.464.900
Resultado não operacional (531.125) 323.816 (207.309)
Imposto de renda/contribuição social (7.249.694) 345.825 (6.903.869)
Lucro antes da participação dos minoritários 19.473.236 (119.514) 19.353.722
Participação dos empregados e administradores (783.224) (783.224)
Participação dos minoritários (826.614) (856.486) (1.683.100)
Resultado do exercício 17.863.398 (976.000) 16.887.398
Os efeitos da adoção da Instrução CVM nº 408/2004 estão discriminados a seguir, comparativamente ao ano de
2004 que foram alteradas, para fim de apresentação:
2005 2004
Lucro líquido consolidado antes da CVM nº 408/2004 23.724.723 17.863.398
Lucro líquido das SPE 609.014 977.619
Realização de lucros nos estoques do período anterior 163.246 104.142
Lucro nos estoques (163.246) (104.142)
Gastos com termoelétricas (976.000)
Ajustes e eliminações (609.014) (977.619)
Lucro líquido consolidado após a CVM n° 408/2004 23.724.723 16.887.398
40 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 41
PATRIMÔNIO LUCRO LÍQUIDO
LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
2005 2004 2005 2004
Conforme demonstrações contábeis consolidadas
ajustadas pela Instrução CVM 408/2004 78.785.236 62.130.169 23.724.723 16.887.398
Ajuste pela adoção da Instrução CVM 408/2004
Gastos contingenciais com termoelétricas 976.000
Conforme demonstrações contábeis
consolidadas publicadas 78.785.236 62.130.169 23.724.723 17.863.398
Lucro na venda de produtos em estoques
em Subsidiárias e controladas, líquido
de impostos 301.770 186.281 301.770 186.281
Reversão de lucros nos estoques
de exercícios anteriores (186.281) (163.076)
Juros capitalizados 604.191 436.515 167.676 67.601
Absorção (reversão parcial) de passivo
a descoberto de controlada (*) 254.635 655.390 (294.885) (308.047)
Outras eliminações 757.434 845.281 (262.921) 108.014
Conforme demonstrações
contábeis da controladora 80.703.266 64.253.636 23.450.082 17.754.171
(*) De acordo com a Instrução CVM nº 247/96, as perdas que forem consideradas de natureza não permanentes (temporárias) sobre os investimentos
avaliados pelo método da equivalência patrimonial, cujas investidas não apresentem sinais de paralisação ou necessidade de apoio financeiro da
investidora, devem ser limitadas até o valor do investimento da empresa controladora. Portanto, os passivos a descoberto (patrimônio líquido negativo) de
determinadas controladas não influenciaram o resultado e o patrimônio da PETROBRAS nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004,
gerando item de conciliação entre as demonstrações contábeis da Controladora e as demonstrações contábeis consolidadas.
A conciliação do patrimônio líquido e do lucro líquido consolidado com os correspondentes patrimônio
líquido e lucro líquido da Controladora, em 31 de dezembro, é demonstrada como segue:
DF_038a089_IPSIS.qxd 6/23/06 8:53 PM Page 40
2. Sumário das principais práticas contábeis
As demonstrações contábeis da controladora e consolidado foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil, descritas a seguir, em consonância com as disposições da Lei das Sociedades por Ações e
regulamentações emanadas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
Alguns valores das demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2004 foram reclassificados para
melhor comparabilidade.
(a) Apuração do resultado, ativos e passivos circulantes e a longo prazo
O resultado, apurado pelo regime de competência, inclui: os rendimentos, encargos e variações monetárias ou cambiais
a índices ou taxas oficiais, incidentes sobre ativos e passivos circulantes e a longo prazo, incluindo, quando aplicável, os
efeitos de ajustes de ativos para o valor de mercado ou de realização, bem como a provisão para devedores duvidosos,
constituída em limite considerado suficiente para cobrir possíveis perdas na realização das contas a receber.
(b) Estoques
Os estoques estão demonstrados da seguinte forma:
As matérias-primas compreendem principalmente os estoques de petróleo, que estão demonstrados pelo
valor médio dos custos de importação e de produção, que não excede ao valor de mercado;
Os derivados de petróleo e álcool estão demonstrados ao custo médio de refino ou de compra, ajustados,
quando aplicável, ao seu valor de realização;
Os materiais e suprimentos estão demonstrados ao custo médio de compra que não excede ao de reposição,
as importações em andamento demonstradas ao custo identificado e os adiantamentos apresentados pelo
valor efetivamente desembolsado.
(c) Permanente
O ativo permanente é demonstrado pelo custo de aquisição, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de
1995 para as empresas sediadas no Brasil, e no exercício de 2002 para as empresas sediadas na Argentina,
combinado com os seguintes aspectos:
(i) Investimentos societários
Participação societária em subsidiárias, controladas, controladas em conjunto e coligadas (Nota 11), em proporção
ao valor do patrimônio líquido contábil das empresas investidas, pelo método da equivalência patrimonial; os
ganhos ou perdas cambiais de investimentos societários no exterior estão apresentados, também, como resultado
de participações em investimentos relevantes.
42 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 43
A Deliberação CVM nº 496 prorrogou a entrada em vigor da Deliberação CVM nº 488, de 03 de outubro de 2005,
para os exercícios iniciados a partir de 1° de janeiro de 2006. Convergindo com as práticas contábeis
internacionais, a Deliberação CVM 488 aprovou o Pronunciamento do IBRACON NPC nº 27 que estabelece novos
padrões de apresentação e divulgação das demonstrações contábeis. Conforme o referido pronunciamento, o
ativo deve ser classificado em “Circulante" e "Não Circulante" sendo este último desdobrado em realizável a longo
prazo, investimentos, intangível e diferido. O passivo deve ser classificado em "Circulante" e "Não Circulante".
Segue abaixo a apresentação das demonstrações contábeis pelos novos padrões de apresentação:
CONSOLIDADO CONTROLADORA
ATIVO 2005 2004 2005 2004
CirculanteDisponibilidades 23.417.040 19.986.848 17.481.555 11.580.288Contas a receber, líquidas 14.148.064 10.977.519 10.676.578 7.421.319 Estoques 13.606.679 14.263.518 10.337.565 11.555.627 Outros 9.063.407 7.558.315 6.199.033 4.886.036
60.235.190 52.786.200 44.694.731 35.443.270
Não circulanteContas petróleo e álcool 769.524 748.788 769.524 748.788Contas a receber, líquidas 1.587.771 1.914.788 28.151.479 35.220.122Projetos estruturados 569.030 1.830.257Adiantamento a fornecedores 684.235 958.692 684.235 958.692Impostos e contribuição social diferidos 4.337.361 4.148.685 2.333.641 2.030.268Adiantamento para plano de pensão 1.205.358 1.217.612 1.205.358 1.217.612Outros 5.517.979 5.919.943 3.888.283 3.121.924
14.102.228 14.908.508 37.601.550 45.127.663
Investimentos 2.280.702 2.078.758 20.366.625 14.048.878 Imobilizado 104.058.277 92.471.797 49.400.988 41.730.649Intangível 1.371.077 851.427 1.371.077 851.427Diferido 1.473.634 1.569.676 578.175 434.058
183.521.108 164.666.366 154.013.146 137.635.945
PASSIVO 2005 2004 2005 2004CirculanteFinanciamentos e juros sobre financiamentos 10.502.998 8.805.229 1.655.721 1.310.238Fornecedores 8.976.359 9.054.723 24.865.115 26.949.707Impostos. contribuições e participações 8.931.341 7.854.014 7.292.508 6.583.563Dividendos propostos 7.165.878 5.141.363 7.017.843 5.044.074Projetos estruturados 28.135 64.106 2.421.806 4.652.469Outros 6.755.439 5.806.452 4.442.687 3.397.299
42.360.150 36.725.887 47.695.680 47.937.350
Não circulanteFinanciamentos 34.439.489 42.976.885 6.408.872 8.859.120Subsidiárias, controladas e coligadas 39.954 276.328 1.925.046 3.420.119Provisão para plano de pensão 1.898.360 696.273 1.749.036 601.347Provisão para plano de saúde 7.030.939 5.673.650 6.477.127 5.214.410Impostos e contribuições sociais diferidos 8.461.721 7.474.135 6.270.290 5.263.660Outros 3.843.131 3.399.553 2.783.829 2.356.303
55.713.595 60.496.824 25.614.200 25.444.959
Resultado de exercícios futuros 483.274 502.171Participação de acionistas não controladores 6.178.854 4.811.315Patrimônio líquido 78.785.236 62.130.169 80.703.266 64.253.636
183.521.108 164.666.366 154.013.146 137.635.945
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(f) Paradas programadas (campanha)
A provisão para manutenção das unidades industrias e dos navios é constituída no período anterior àquele previsto
para a realização da parada programada tendo como base as estimativas de gastos.
(g) Deságio
O deságio registrado (Nota 11e) é decorrente de expectativa de resultado futuro, valor de mercado dos bens ou
outros fundamentos e está sendo amortizado, onde aplicável, na extensão das projeções que o determinaram ou
pela vida útil dos bens.
(h) Abandono de poços e desmantelamento de áreas
De acordo com a prática contábil adotada, apoiada no pronunciamento SFAS 143 – Accounting for Asset
Retirement Obligations do Financial Accounting Standards Boards – FASB, a obrigação futura com abandono de
poços e desmantelamento de área de produção, a valor presente, descontada a uma taxa livre de risco é registrada
integralmente quando o ativo é instalado, como parte dos custos dos ativos relacionados (ativo imobilizado) em
contrapartida à provisão, registrada no passivo, que suportará tais gastos.
(i) Uso de estimativas
A elaboração das demonstrações contábeis de acordo com os princípios de contabilidade, requer que a
Administração use estimativas e premissas com relação à demonstração de ativos e passivos e à divulgação dos
ativos e passivos contingentes na data das demonstrações contábeis, bem como as estimativas de receitas e
despesas para o exercício. Os resultados reais podem diferir dessas estimativas.
(j) Informações adicionais às demonstrações contábeis
Com o objetivo de propiciar informações adicionais, estão sendo apresentados: (a) demonstração do fluxo de
caixa, preparada de acordo com as Normas e Procedimentos Contábeis – NPC 20 emitida pelo Instituto dos
Auditores Independentes do Brasil – IBRACON; (b) demonstração do valor adicionado, de acordo com a Resolução
do Conselho Federal de Contabilidade – CFC nº 1.010 de 21 de janeiro de 2005; (c) balanço social de acordo
com a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade – CFC nº 1.003 de 19 de agosto de 2004; e (d)
demonstração da segmentação de negócio, de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade SFAS-131
emitida pelo Financial Accounting Standards Board.
44 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5
(ii) Imobilizado
Os equipamentos e instalações relacionados com a produção de petróleo e gás são depreciados de acordo com o
volume de produção mensal em relação às reservas provadas e desenvolvidas de cada campo produtor. Para os ativos,
cuja vida útil é menor do que a vida do campo, é utilizado o método da linha reta. Outros equipamentos e ativos não
relacionados com a produção de petróleo e gás são depreciados de acordo com a sua vida útil e estimada.
Os gastos com exploração e desenvolvimento da produção de petróleo e gás são registrados de acordo com o
método dos esforços bem sucedidos e incluem a estimativa de gastos com abandono de poços, descontada a
valor presente. Esse método determina que os custos de desenvolvimento de todos os poços de produção e dos
poços exploratórios bem sucedidos, vinculados às reservas economicamente viáveis, sejam capitalizados,
enquanto os custos de geologia e geofísica devem ser considerados despesas do período em que forem incorridos
e os custos com poços secos e os vinculados às reservas não comerciais devem ser registrados no resultado
quando são identificados como tal.
Os custos capitalizados e bens vinculados são revisados anualmente, campo a campo, para identificação de
possíveis perdas na recuperação, com base no fluxo de caixa futuro estimado.
Os custos capitalizados são depreciados utilizando-se o método das unidades produzidas em relação às reservas
provadas e desenvolvidas. Essas reservas são estimadas por geólogos e engenheiros de petróleo da Companhia de
acordo com padrões internacionais e revisadas anualmente ou quando há indicação de alteração significativa.
(d) Imposto de renda e contribuição social
Esses impostos são calculados e registrados com base nas alíquotas efetivas vigentes na data de elaboração das
demonstrações contábeis. Os impostos diferidos são reconhecidos em função das diferenças intertemporais e
prejuízo fiscal e base negativa da contribuição social, quando aplicável.
(e) Benefícios concedidos a empregados
Os compromissos atuariais com os planos de benefícios de pensão e aposentadoria e os compromissos atuariais
relacionados ao plano de assistência médica são provisionados, conforme procedimentos previstos na Deliberação
CVM nº 371/00, com base em cálculo atuarial elaborado anualmente por atuário independente, de acordo com
o método da unidade de crédito projetada, líquido dos ativos garantidores do plano, quando aplicável, sendo os
custos referentes ao aumento do valor presente da obrigação, resultante do serviço prestado pelo empregado,
reconhecidos durante o período laborativo dos empregados.
O método da unidade de crédito projetada considera cada período de serviço como fato gerador de uma unidade
adicional de benefício, que são acumuladas para o cômputo da obrigação final. Adicionalmente, são utilizadas outras
premissas atuariais, tais como estimativa da evolução dos custos com assistência médica, hipóteses biológicas e
econômicas e, também, dados históricos de gastos incorridos e de contribuição dos empregados.
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CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Clientes
Terceiros 13.842.634 11.807.696 4.447.097 2.570.261
Partes relacionadas (Nota 5a) 1.296.167 1.759.881 32.716.974 38.835.005
Outras 3.139.508 1.728.179 1.879.661 1.331.015
18.278.309 15.295.756 39.043.732 42.736.281
Menos: provisão para créditos de
liquidação duvidosa (2.542.474) (2.403.449) (215.675) (94.840)
15.735.835 12.892.307 38.828.057 42.641.441
Menos: contas a receber a longo prazo, líquidas (1.587.771) (1.914.788) (28.151.479) (35.220.122)
Contas a receber a curto prazo, líquidas 14.148.064 10.977.519 10.676.578 7.421.319
(*) Não contempla os saldos de dividendos a receber de R$ 945.676 em 2005 (R$ 440.240 em 2004) e ressarcimentos a receber de R$ 469.711 em 2005
(R$ 681.749 em 2004).
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Saldo em 1º janeiro 2.403.449 2.267.515 94.840 116.705
Adições 350.098 340.054 132.555 14.263
Baixas (211.073) (204.120) (11.720) (36.128)
Saldo em 31 de dezembro 2.542.474 2.403.449 215.675 94.840
Provisão para contas a receber a curto prazo 467.642 401.323 215.675 94.840
Provisão para contas a receber a longo prazo 2.074.832 2.002.126
5. Partes relacionadas
As operações comerciais da PETROBRAS com suas subsidiárias, controladas e sociedades de propósitos
específicos são efetuadas a preços e condições normais de mercado. As operações de compra de petróleo e
derivados efetuadas pela PETROBRAS, com a subsidiária PIFCO, possuem prazo maior de liquidação em função
da PIFCO ser uma subsidiária criada para esse fim, com a cobrança dos devidos encargos incorridos no período.
Os repasses de pré-pagamento de exportações e de captação de recursos no mercado internacional são efetuados
nas mesmas taxas obtidas pela subsidiaria. As demais operações, principalmente empréstimos através de
operações de mútuo, têm seu valor, rendimentos e ou encargos estabelecidos com base nas mesmas condições
existentes no mercado e/ou de acordo com a legislação específica sobre o assunto.
46 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 47
3. Disponibilidades
As aplicações financeiras são, basicamente, lastreadas em títulos públicos federais, cambiais e DI (Depósito
Interbancário), a preços e taxas de mercado, e estão atualizadas pelos rendimentos auferidos, reconhecidos
proporcionalmente até a data das demonstrações contábeis, não excedendo os seus respectivos valores de mercado.
Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, a Companhia e sua subsidiária PIFCo mantinham recursos investidos
no exterior em fundo de investimento que detinha, entre outros, títulos de dívidas de empresas do Sistema
PETROBRAS e de Sociedades de Propósito Específico relacionados a projetos da Companhia, principalmente
projeto CLEP, equivalentes a R$ 5.966.388 em 2005 (R$ 5.429.292 em 2004). Este valor, referente às empresas
que são consolidadas, foi compensado no saldo de financiamentos no passivo circulante e exigível a longo prazo.
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Caixa e bancos 3.651.644 1.671.430 2.114.551 921.166
Aplicações financeiras
No país:
Fundos de investimentos financeiros - Cambial 11.469.121 8.348.505 11.349.571 8.129.524
Fundos de investimentos financeiros - DI 2.590.493 1.961.110 122.008
Outros 792.940 488.008 194.044 125.159
14.852.554 10.797.623 11.665.623 8.254.683
No exterior:
"Time deposit" 1.974.814 3.116.091 1.537.314 204.327
Títulos de renda fixa 2.938.028 4.401.704 2.164.067 2.200.112
4.912.842 7.517.795 3.701.381 2.404.439
Total das disponibilidades 23.417.040 19.986.848 17.481.555 11.580.288
4. Contas a receber, líquidas
As contas a receber são compostas da seguinte forma:
(*) (*)
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(a) Ativo
Taxas dos mútuos ativos
INDEXADOR 2005 2004
TJLP + 5%a.a. 416.739 2.745.984
LIBOR + 1 a 3%a.a. 23.011.010 24.739.357
101% do CDI 1.189.687 1.208.441
IGPM + 6%a.a. 70.892 71.987
Outras Taxas 93.875 205.860
24.782.203 28.971.629
CONTROLADORA
ATIVO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
CONTAS A RECEBER, ADIANTAMENTO VALORES VINCULADOS
PRINCIPALMENTE DIVIDENDOS PARA AUMENTO À CONSTRUÇÃO DE OPERAÇÕES OUTRAS RESSARCIMENTO TOTAL
POR VENDAS A RECEBER DE CAPITAL PLATAFORMAS E GASODUTO DE MÚTUO OPERAÇÕES A RECEBER DO ATIVO
PETROQUISA e Controladas 31.455 95.341 4 126.800
BR DISTRIBIDORA e Controladas 857.657 280.283 350.919 1.488.859
GASPETRO e Controladas 466.579 33.472 4.441 1.422.508 97.610 5.228 2.029.838
PIFCO e Controladas 1.712.234 280.787 18.913.444 2.267 20.908.732
PNBV e Controladas 5.677 11.512 747 17.936
DOWNSTREAM e Controladas 65.084 890.863 955.947
TRANSPETRO e Controladas 575.091 304.925 381 880.397
PIB-BV HOLANDA e Controladas 128.606 50.648 179.254
BRASOIL e Controladas 37.798 1.127.616 4.097.566 5.262.980
BOC 34 34
PETROBRAS COMERC. ENERGIA LTDA 103.265 217.778 321.043
OUTRAS CONTROLADAS E COLIGADAS 617.042 13.877 427.961 431.797 153 1.490.830
PETROBRAS Negócios Eletrônicos 1.330 2.243 3.573
Outras 290.694 11 290.705
Termoelétricas 17.172 11.634 286.673 431.797 142 747.418
Coligadas 307.846 141.288 449.134
SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO 469.711 469.711
31/12/2005 4.600.522 945.676 724.701 2.550.124 24.782.203 59.424 469.711 34.132.361
31/12/2004 3.652.272 440.240 825.263 3.355.627 28.971.629 2.030.214 681.749 39.956.994
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50 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 51
Gasoduto Bolívia-Brasil
O Gasoduto Bolívia-Brasil, no território boliviano, é de propriedade da empresa GÁS TRANSBOLIVIANO S.A. - GTB,
tendo a GASPETRO participação minoritária (11%) no capital dessa Companhia.
Para construção do trecho boliviano, foi firmado um contrato com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos
-YPFB, posteriormente repassado à GTB, por empreitada global ("turn key"), no valor de US$ 350 milhões, que
está sendo liquidado em 12 anos, desde janeiro de 2000, através do fornecimento de serviços de transporte. Em
31 de dezembro de 2005, o saldo dos direitos ao fornecimento futuro, por conta do custo incorrido na obra, até
aquela data, acrescidos de juros de 10,07% a.a., é de R$ 815.347 (R$ 1.101.594 em 2004), sendo R$ 684.235
classificados no ativo realizável a longo prazo como adiantamento a fornecedores (R$ 958.692 em 2004) que
inclui o valor de R$ 155.969 (R$ 197.685 em 2004) relacionado à aquisição antecipada do direito de transportar
6 milhões de metros cúbicos de gás pelo prazo de 40 anos (TCO – Transportation Capacity Option).
A titularidade do gasoduto no trecho brasileiro é da TRANSPORTADORA BRASILEIRA GASODUTO BOLÍVIA-BRASIL S.A.
- TBG, controlada da GASPETRO. Em 31 de dezembro de 2005, o total de créditos da PETROBRAS junto à TBG, relacionados
ao gerenciamento, repasse de custos e financiamentos vinculados à construção do gasoduto e aquisição antecipada do
direito de transportar 6 milhões de metros cúbicos de gás, pelo prazo de 40 anos (TCO), era de R$ 1.422.508
(R$ 1.631.511 em 2004), e está classificado no ativo realizável a longo prazo, como contas a receber líquidas.
(b) Passivo
CONTROLADORA CONTROLADORA
PASSIVO CIRCULANTE EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
FORNECEDORES PRINCIP. OPERAÇÕES
POR COMPRAS DE ADIANTAMENTO AFRETAMENTO DE OPERAÇÕES OUTRAS OPERAÇÕES PRÉ-PAGAMENTO OUTRAS COM PROJETOS TOTAL
PETRÓLEO E DERIVADOS DE CLIENTES PLATAFORMAS DE MÚTUO OPERAÇÕES DE MÚTUO DE EXPORTAÇÕES OPERAÇÕES ESTRUTURADOS DO PASSIVO
PETROQUISA e Controladas (21.499) (2) (21.501)
BR DISTRIBUIDORA e Controladas (168.653) (8.726) (644.962) (822.341)
GASPETRO e Controladas (114.019) (54.960) (168.979)
PIFCO e Controladas (17.908.027) (1.239.214) (19.147.241)
PNBV e Controladas (38.002) (280.251) (318.253)
DOWNSTREAM e Controladas (35.738) (3) (35.741)
TRANSPETRO e Controladas (806.233) (50) (806.283)
PIB-BV HOLANDA e Controladas (134.773) (172.004) (4.166) (310.943)
BRASOIL e Controladas (35.676) (2.533) (419.122) (5.250) (462.581)
PETROBRAS COMERC. ENERGIA LTDA (83.665) (83.665)
OUTRAS CONTROLADAS E
COLIGADAS (120.558) (35.620) (156.178)
PETROBRAS Negócios Eletrônicos (2.243) (2.243)
Termoelétricas (100.654) (100.654)
Coligadas (17.661) (35.620) (53.281)
SOCIEDADES DE PROPÓSITO
ESPECÍFICO (2.393.671) (2.393.671)
31/12/2005 (19.466.843) (238.228) (699.373) (4.216) (40.870) (1.239.214) (644.962) (2.393.671) (24.727.377)
31/12/2004 (19.718.329) (565.244) (1.508.731) (131.883) (162.019) (37.320) (3.349.375) (33.424) (4.588.363) (30.094.688)
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8. Títulos e valores mobiliários
Os títulos e valores mobiliários, classificados no realizável a longo prazo, compõem-se de:
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Incentivos fiscais - FINOR 9.824 9.797 4.815 4.815
Certificados B 309.519 414.104
TDE privado 163.883
NTN P 1.358 119.893 27 25
Outros 133.507 315.079 2.759
618.091 858.873 7.601 4.840
7. Contas petróleo e álcool – STN
(a) Mutação da conta petróleo, derivados e álcool
(b) Encontro de contas com a União
Conforme definido na Lei n ° 10.742, de 06 de outubro de 2003, o encontro de contas com a União deveria ter
ocorrido até 30 de junho de 2004. A PETROBRAS está, em articulação com o Ministério de Minas e Energia –
MME, buscando equalizar as divergências ainda existentes com a Secretaria do Tesouro Nacional – STN, visando
concluir a operação, de acordo com o previsto na Medida Provisória n° 2.181-45, de 24 de agosto de 2001.
O saldo da conta poderá ser pago através da emissão de títulos do Tesouro Nacional, de valor igual ao saldo
final do encontro de contas ou com outros montantes que a PETROBRAS porventura estiver devendo ao Governo
Federal, inclusive os relativos a tributos ou uma combinação das opções anteriores.
2005 2004
Saldo inicial 748.788 689.360
Ressarcimentos a PETROBRAS 4.221
Encargos de mútuo 20.736 13.129
Liquidação parcial (8.095)
Regularizações - GTI* 50.173
Saldo final 769.524 748.788
* Grupo de Trabalho de Auditoria Governamental
Os Certificados B foram recebidos pela BRASOIL por conta da venda de plataformas em 2000 e 2001, com
vencimentos semestrais até 2011 e rendendo juros equivalentes a libor mais 2,5% a.a. até 4,25% a.a.
52 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 53
6. estoques
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Produtos:
Derivados de petróleo (*) 4.359.019 4.389.651 2.728.304 3.211.804
Álcool (*) 154.501 36.856 58.191 36.551
4.513.520 4.426.507 2.786.495 3.248.355
Matérias-primas, principalmente petróleo bruto (*) 5.400.305 6.446.885 4.542.871 5.578.491
Materiais e suprimentos para manutenção (*) 1.909.014 1.854.559 1.650.531 1.570.905
Adiantamentos a fornecedores 1.806.096 1.377.768 1.736.795 1.332.854
Outros 470.521 423.095 113.650 90.318
Total 14.099.456 14.528.814 10.830.342 11.820.923
Curto prazo 13.606.679 14.263.518 10.337.565 11.555.627
Longo prazo 492.777 265.296 492.777 265.296
(*) Inclui importações em andamento.
CONTROLADORA
RECEITAS RECEITAS VARIAÇÕES
OPERACIONAIS, (DESPESAS) MONETÁRIAS
PRINCIPALMENTE FINANCEIRAS E CAMBIAIS TOTAL DO
POR VENDAS LÍQUIDAS LÍQUIDAS RESULTADO
PETROQUISA e Controladas 357.844 1.944 359.788
BR DISTRIBUIDORA e Controladas 34.227.219 265.089 (7.845) 34.484.463
GASPETRO e Controladas 2.201.493 76.720 (205.003) 2.073.210
PIFCO e Controladas 14.711.451 (460.614) (360.879) 13.889.958
PNBV e Controladas 54.179 54.179
DOWNSTREAM e Controlada 1.009.876 59.910 (119.652) 950.134
TRANSPETRO e Controladas 374.269 (29) 28.192 402.432
PIB-BV HOLANDA e Controladas 293.084 31.581 324.665
BRASOIL e Controladas 456.863 (1.049.445) (592.582)
BOC (4.326) 20.116 15.790
PETROBRAS COMERC. ENERGIA LTDA 219.683 2.469 222.152
OUTRAS CONTROLADAS E COLIGADAS 8.846.223 157.648 (65.252) 8.938.619
PETROBRAS Negócios Eletrônicos 1.932 15 1.947
Outras 26 395 421
Termoelétricas (559) 161.539 (65.987) 94.993
Coligadas 8.844.824 (3.891) 325 8.841.258
SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO 123.086 123.086
31/12/2005 62.241.142 553.730 (1.548.978) 61.245.894
31/12/2004 40.305.271 (191.028) (5.061.046) 35.053.197
(c) Resultado
DF_038a089_IPSIS.qxd 6/23/06 8:53 PM Page 52
(c) Obrigações com projetos estruturados
Projeto Marlim/Novamarlim Petróleo
A PETROBRAS constituiu consórcio, em 6 de dezembro de 2001, com as sociedades de propósito especifico (SPE)
– Novamarlim Petróleo e Companhia Petrolifera Marlim com o objetivo de otimizar a complementação de
desenvolvimento da produção do campo de Marlim.
Tais SPEs disponibilizaram recursos para o projeto, cujo saldo, líquido dos gastos operacionais já realizados pela
PETROBRAS da ordem de R$ 1.411.555 (R$ 1.053.354 em 2004) e de ativos transferidos da ordem de R$ 49.464,
alcançou R$ 702.980 (R$ 1.061.181 em 2004), classificados no Passivo Circulante, como Projetos Estruturados.
Projeto CLEP
Até 31 de dezembro de 2005, a Companhia Locadora de Equipamentos Petrolíferos (CLEP) havia repassado à
PETROBRAS R$ 5.143.010 a título de adiantamento pela venda futura de ativos pela PETROBRAS. Esse montante,
líquido dos ativos já vendidos pela PETROBRAS à CLEP no valor de R$ 3.657.274 (R$ 1.727.224 em 2004), totaliza
R$ 1.485.736 (R$ 3.415.786 em 2004) e está classificado no Passivo Circulante, como Projetos Estruturados. Em
janeiro de 2006 o saldo de adiantamento recebido foi devolvido à CLEP.
Projeto PDET
A PDET Offshore S/A repassou à PETROBRAS R$ 204.955 a título de adiantamento pela venda futura de ativos e
reembolso de gastos incorridos pela PETROBRAS, classificados no Passivo Circulante, como Projetos Estruturados.
(d) Contas a pagar relacionadas a consórcios
Em 31 de dezembro de 2005, a PETROBRAS mantinha contratos de consórcios com o objetivo de complementar
o desenvolvimento da produção de campos de petróleo, cujo saldo a pagar às empresas consorciadas totalizava
R$ 28.135 (R$ 175.502 em 2004), classificados como Projetos Estruturados no Passivo Circulante.
CONTROLADORA
PROJETOS/EMPRESAS 2005 2004
Companhia Petrolífera Marlim (CPM) 39.715
Nova Marlim Petróleo S.A. 4.899
Fundação PETROBRAS de Seguridade Social (PETROS) 218.295
Companhia de Recuperação Secundária S/A (CRSec) 78 331.930
EVM Leasing Corporation 2.864 276.269
Cayman Cabiunas Investment Co. LTDA. 800.417 995.709
PDET Offshore S.A. 325.944
Nova Transportadora do Sudeste S.A. (NTS) 118.495 230.936
Nova Transportadora do Nordeste S.A. (NTN) 87.697 142.589
Total 1.335.495 2.240.342
Adiantamentos (865.784) (1.558.593)
Total líquido 469.711 681.749
54 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 55
Considerando o disposto na Instrução CVM 408/2004, esses gastos estão classificados como ativo permanente –
imobilizado, nas demonstrações contábeis consolidadas.
Os gastos relativos à constituição da Usina Termoelétrica Nova Piratininga foram reclassificados de
Empreendimentos em Negociação para Ativo Imobilizado em função da entrada em operação da usina
termoelétrica e da não evolução das negociações com os parceiros.
(b) Ressarcimentos a receber
O saldo a receber, líquido dos adiantamentos recebidos, referente aos gastos realizados pela PETROBRAS por
conta de projetos já negociados com terceiros, está classificado no realizável a longo prazo, como Projetos
Estruturados, e tem a seguinte composição:
CONTROLADORA
PROJETOS 2005 2004
Usina Termoelétrica Nova Piratininga 965.044
Plano de Escoamento e Tratamento de Óleo 147.652
Amazônia 63.414
Outros 35.905 35.812
Empreendimentos em Negociação 99.319 1.148.508
Ressarcimentos a Receber (Nota 9b) 469.711 681.749
Total de Projetos Estruturados 569.030 1.830.257
As aplicações em TDE privado referem-se a títulos de bancos e empresas privadas, com vencimentos até 2014
e rendimentos de juros de 6,67% a.a. até 8,60 % a.a.
9. Projetos estruturados
A PETROBRAS desenvolve projetos de parcerias operacionais com agentes financeiros nacionais e internacionais
e com empresas do setor de petróleo e de energia com o objetivo de viabilizar os investimentos necessários nas
áreas de negócio em que a Companhia atua.
De acordo com a Instrução CVM nº 408, de 18 de agosto de 2004, estão sendo incluídas nas Demonstrações
Contábeis Consolidadas as Sociedades de Propósito Específico – SPE, quando a essência de sua relação com a
PETROBRAS indicar que as atividades operacionais dessas entidades são controladas, direta ou indiretamente,
individualmente ou em conjunto, pela Companhia.
(a) Empreendimentos em negociação
O saldo referente a Empreendimentos em Negociação compreende os gastos já realizados pela PETROBRAS com
projetos para os quais ainda não há parceiros definidos e está classificado no Realizável a Longo Prazo como
Projetos Estruturados, conforme demonstrado a seguir:
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PROJETO
Malhas
PCGC
PDET
CLEP
EVM
FINALIDADE
Consórcio entre TRANSPETRO,
Transportadora Nordeste Sudeste
(TNS), Nova Transportadora do
Sudeste (NTS) e Nova Transportadora
do Nordeste (NTN). A contribuição da
NTS e NTN no consórcio ocorre
através da constituição de ativos
relacionados ao transporte de gás
natural. A TNS (companhia 100%
GASPETRO) disponibiliza ativos já
constituídos anteriormente. A
TRANSPETRO contribui como
operadora dos gasodutos.
A Companhia de Recuperação
Secundária (CRSec) disponibiliza para
utilização da PETROBRAS ativos dos
campos de Pargo, Carapeba,
Garoupa, Cherne e outros através de
um contrato de aluguel com
pagamentos mensais.
A PDET Offshore S.A. é a futura
proprietária dos ativos do projeto cujo
objetivo é melhorar a infra-estrutura
de transferência do óleo produzido
na Bacia de Campos para as
refinarias da Região Sudeste e para
exportação. Os ativos, uma vez
constituídos, serão alugados para a
PETROBRAS por 12 anos.
A Companhia Locadora de
Equipamentos Petrolíferos – CLEP,
disponibiliza para a utilização da
PETROBRAS ativos vinculados à
produção de petróleo localizados na
Bacia de Campos através de contrato
de aluguel com prazo de 10 anos, ao
fim do qual a PETROBRAS terá o
direito de adquirir as ações da SPE
ou os ativos do projeto.
Projeto com objetivo de viabilizar a
constituição de equipamentos
submarinos de produção de petróleo
dos campos de Espadarte, Voador,
Marimbá e outros 7 (sete) campos
menores da Bacia de Campos. A EVM
Leasing Co. (EVMLC), disponibiliza os
ativos para a PETROBRAS através de
um contrato de leasing internacional.
PRINCIPAIS GARANTIAS
Pagamentos antecipados por
capacidade de transporte para
cobrir eventuais deficiências
de caixa do consórcio.
Pagamento adicional de
aluguel caso a receita não
seja suficiente para
atender às obrigações
com financiadores.
Todos os ativos do projeto
serão dados em garantia.
Pagamentos antecipados de
aluguel, caso a receita não
seja suficiente para atender
às obrigações com
financiadores.
Penhor de pré-determinados
volumes de petróleo.
VALOR DO INVESTIMENTO
US$ 1 bilhão
US$ 85,5 milhões
US$ 910 milhões
US$ 1,25 bilhão
US$ 1,07 bilhão
FASE ATUAL
Consórcio entrou
em operação em
01 de Janeiro de
2006. Entretanto,
alguns ativos ainda
estão em fase
de construção.
Em operação.
Em fase
de constituição
dos ativos.
Em janeiro de 2006
houve redução no
valor do
investimento de
US$1,76 bilhão para
US$1,25 bilhão.
Em operação.
56 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 57
(e) Sociedades de propósitos específicos
i) Projetos estruturados
PROJETOS/EMPRESAS 2005 2004
Adiantamentos recebidos
Nova Marlim Petróleo S.A. (Nota 9c) 702.980 1.061.181
Cia. Locadora de Equipamentos Petrolíferos - CLEP (Nota 9c) 1.485.736 3.415.786
PDET Offshore S.A. (Nota 9c) 204.955
Total 2.393.671 4.476.967
Contas a pagar relacionadas a consórcios em operação
Companhia Petrolífera Marlim (CPM) 110.274
Albacora Japão Petróleo Ltda. 1.122
Fundação PETROBRAS de Seguridade Social - PETROS 28.135 64.106
Total 28.135 175.502
Total geral 2.421.806 4.652.469
PROJETO
Albacora
Albacora/ Petros
Marlim
NovaMarlim
FINALIDADE
Consórcio entre a PETROBRAS e a
Albacora Japão Petróleo Ltda (AJPL),
que disponibiliza ativos de produção
de petróleo do campo de Albacora na
Bacia de Campos para a PETROBRAS.
Consórcio entre a PETROBRAS e a
Fundação PETROS de Seguridade
Social, que disponibiliza ativos de
produção de petróleo do campo
de Albacora na Bacia de Campos
para a PETROBRAS.
Consórcio com a Companhia
Petrolífera Marlim (CPM), que
disponibiliza para a PETROBRAS
equipamentos submarinos de
produção de petróleo do campo
de Marlim.
Consórcio com a NovaMarlim
Petróleo S.A. (NovaMarlim) que
disponibiliza equipamentos
submarinos de produção de petróleo
e ressarce à PETROBRAS custos
operacionais decorrentes da operação
e manutenção dos ativos do campo.
PRINCIPAIS GARANTIAS
Titularidade dos ativos.
Titularidade dos ativos.
70% da produção do campo
limitado a 720 dias.
30% da produção do campo
limitado a 720 dias.
VALOR DO INVESTIMENTO
US$ 170 milhões
US$ 240 milhões
US$ 1,5 bilhão
US$ 834 milhões
FASE ATUAL
Em operação.
Em operação.
Em operação.
Em operação.
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PROJETO
Amazônia
Marlim Leste
(P-53)
GASENE
Modernização
da REVAP
FINALIDADE
Desenvolvimento de dois projetos na
área de Gás e Energia: construção de
um gasoduto de 395 km de
extensão, entre Coari e Manaus, sob
responsabilidade da Transportadora
Urucu-Manaus S.A. e construção de
uma termelétrica, em Manaus, com
capacidade de 488 MW através da
Companhia de Geração Termelétrica
Manauara S.A.
Para desenvolver a produção do campo
de Marlim Leste a PETROBRAS irá se
utilizar de uma Unidade Estacionária de
Produção, a P-53, que será afretada
junto à Charter Development LLC,
empresa constituída no estado de
Delaware/USA. O contrato de
afretamento, na modalidade casco nu
(Bare Boat Charter), será firmado por
um período de 15 anos, contados a
partir da data de sua assinatura.
A TRANSPORTADORA GASENE S.A. é
a futura proprietária do Gasoduto de
interligação Sudeste-Nordeste, cujo
objetivo é interligar as Malhas
Sudeste e Nordeste de Gasodutos
formando a Rede Brasileira de
Transporte de Gás Natural (RBTGN).
O objetivo deste projeto é elevar a
capacidade da Refinaria Henrique
Lage (REVAP) em processar óleo
pesado nacional, ajustar o diesel por
ela produzido às novas
especificações nacionais e reduzir a
quantidade de emissão de poluentes.
Para tanto, foi criada a EPE Cia. de
Desenvolvimento e Modernização de
Plantas Industriais - CDMPI que
construirá e alugará para a
PETROBRAS uma unidade de
Coqueamento Retardado, uma
unidade de Hidrotratamento de
Diesel e unidades correlatas a serem
instaladas naquela refinaria.
PRINCIPAIS GARANTIAS
Em negociação.
Completion: o início do
cronograma de pagamentos
do afretamento pela
PETROBRAS se dará em uma
Data predeterminada.
Cost Overrun: Eventuais
aumentos do custo de
construção da P-53 irão
acarretar correspondente
aumento nas taxas de
afretamento.
A definir.
Pagamentos antecipados de
aluguel para cobrir eventuais
deficiências de caixa da CDMPI.
VALOR DO INVESTIMENTO
US$ 1,3 bilhão
US$ 1,03 bilhão
US$ 2 bilhões
US$ 900 milhões
FASE ATUAL
Obtenção de
empréstimo ponte
junto ao BNDES no
valor de R$ 800
milhões. Início
constituição do
gasoduto.
Obtenção de
financiamento
no valor de US$
500 milhões. Início
constituição do
ativo.
Obtenção de
empréstimo ponte
junto ao BNDES no
valor de R$ 800
milhões. Início
constituição do
gasoduto GASCAV.
Já celebrado Termo
de Compromisso
entre as partes.
Não haverá
empréstimo ponte.
Financiamento
definitivo em fase
de negociação.
58 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 59
ii) Projetos em estruturação
PROJETO
Cabiúnas
Barracuda
e Caratinga
Certificado de
Recebíveis
Imobiliários –
CRI Macaé
FINALIDADE
Projeto com objetivo de aumentar a
capacidade de escoamento da
produção de gás da Bacia de
Campos. A Cayman Cabiunas
Investment Co. Ltd. (CCIC),
disponibiliza os ativos para a
PETROBRAS através de um contrato
de leasing internacional.
Viabilização do desenvolvimento da
produção dos campos de Barracuda e
Caratinga, da Bacia de Campos. A EPE
Barracuda e Caratinga Leasing
Company B.V. (BCLC), é responsável
pela constituição de todos os ativos
(poços, equipamentos submarinos e
unidades de produção) demandados
pelo projeto, sendo também
proprietária destes.
Projeto com o objetivo de viabilizar a
construção de 4 edifícios
administrativos em Macaé (RJ) por
meio da emissão de Certificados de
Recebíveis Imobiliários através da Rio
Bravo Securitizadora S/A, lastreados
em direitos creditórios locatícios junto
à PETROBRAS.
PRINCIPAIS GARANTIAS
Penhor de 10,4 bilhões de
m3 de gás.
Penhor de pré-determinados
volumes de petróleo e
pagamento através da
BRASOIL, caso a BCLC não
consiga cumprir suas
obrigações com os seus
financiadores.
Garantia corporativa da
PETROBRAS.
VALOR DO INVESTIMENTO
US$ 850 milhões
consolidados no
contrato de leasing.
US$ 3,1 bilhões
R$ 200 milhões
FASE ATUAL
Em operação, com
ativos em fase final
de constituição.
Em operação, com
ativos em fase
final de
constituição.
Em fase de
construção dos
edifícios.
i) Projetos estruturados (continuação)
DF_038a089_IPSIS.qxd 6/23/06 8:53 PM Page 58
11. Investimentos
(a) Informações sobre as subsidiárias, controladas em conjunto e coligadas
CAPITAL SUBSCRITO PATRIMÔNIO LUCRO LÍQUIDO
EM 31 DE AÇÕES AÇÕES LÍQUIDO (PASSIVO (PREJUÍZO)
DEZEMBRO DE 2005 ORDINÁRIAS/QUOTAS PREFERENCIAIS A DESCOBERTO) DO EXERCÍCIO
Subsidiárias e Controladas
PETROQUISA 817.363 10.098.347 9.702.334 1.638.038 213.812
PETROBRAS
DISTRIBUIDORA 3.986.404 42.853.453 5.782.916 655.630
GASPETRO 1.427.432 1.114 278 1.694.513 86.191
TRANSPETRO 1.126.329 1.126.329 1.449.761 376.862
DOWNSTREAM 630.000 630.000 (*) 1.020.777 174.073
PIFCo 117 50 (262.552) (79.141)
PETROBRAS
COMERCIALIZADORA
DE ENERGIA 9.204 10 (*) 22.622 231.556
E-PETRO 21.000 21.000 21.772 2.361
PIB BV 3.993 1.585 3.611.236 638.025
BRASOIL 352.041 106.210 1.279.390 (352.945)
BOC 117 50 (504.194) (76.249)
PNBV 39 181 607.538 498.805
UTE NOVA PIRATININGA 10 10 (*) 10
TERMORIO S.A. 2.554.180 2.554.180 2.400.454 (133.908)
FAFEN ENERGIA 380.574 380.574 198.157 49.874
BAIXADA SANTISTA 217.836 217.836 (*) 217.836
SFE 202.456 202.456 146.149 (70.335)
TERMOCEARÁ LTDA 199.924 199.924 161.974 (79.405)
5283 PARTICIPAÇÕES 1.421.604 1.421.604 (*) 765.413 50.703
IBIRITERMO S.A.(i) 7.652 7.652 31.311 66.305
TERMOBAHIA S.A.(i) 5.930 3.000 72.982 71.592
Controladas em conjunto
TERMOGAÚCHA –
USINAS TERMOELÉTRICAS S.A. 328.300 3.283.001 294.414
TERMOSERGIPE S.A. 1.000 1.000 999
TERMOAÇU S.A. 372.101 419.985 372.101
UTE NORTE FLUMINENSE S.A. 481.432 481.432 503.884 113.579
GNL DO NORDESTE LTDA. 510 7.508 (*) 510
COMPAÑIA MEGA S.A. 342.643 203.400 604.729 275.926
Coligadas
UEG ARAUCÁRIA LTDA 1.000 1.000 (*) (182.102) (57.151)
COMPANHIA
PETROQUIMICA PAULISTA 10.621 10.621 10.621
(*) Cotas
(i) Empresas cujas atividades são controladas pela PETROBRAS de acordo com a Instrução CVM nº 408/2004.
60 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 61
10. Depósitos judiciais
Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os depósitos judiciais sobre essas ações são apresentados da seguinte
forma, de acordo com a natureza das correspondentes causas:
Busca e apreensão de recolhimentos tidos
como indevidos de ICMS/substituição tributária
A PETROBRAS foi acionada na justiça por algumas pequenas distribuidoras de petróleo, sob a suposta alegação
de não repassar aos governos estaduais o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS retido, por
força de lei, no ato da venda dos combustíveis. As ações foram ajuizadas nos Estados de Goiás, Tocantins, Bahia,
Pará, Maranhão e Distrito Federal.
Do valor total dessas ações, da ordem de R$ 895.795, até 31 de dezembro de 2005, cerca de R$ 80.159
(R$ 74.875 em 2004) foram efetivamente sacados das contas da Companhia, por força de decisões judiciais de
antecipação de tutela. Mediante recurso processual, essas decisões antecipatórias de tutela foram cassadas.
A PETROBRAS, com o apoio das autoridades estaduais e federais, além de ter conseguido impedir a efetivação
de outros saques, está empreendendo todos os esforços possíveis para obter o ressarcimento das quantias que
foram, indevidamente, sacadas das suas contas.
Outros bloqueios judiciais
Além dos saques relacionados a ICMS, a justiça determinou bloqueios de numerários por conta de processos
trabalhistas que totalizavam R$ 202.177 em 31 de dezembro de 2005 (R$ 260.599 em 2004).
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Trabalhistas 493.762 455.704 450.856 414.077
Fiscais 957.724 687.325 731.504 538.754
Cíveis 357.186 666.870 261.002 115.826
Outros 9.513 5.205 472
Total 1.818.185 1.815.104 1.443.834 1.068.657
MILHARES DE AÇÕES
DF_038a089_IPSIS.qxd 6/23/06 8:53 PM Page 60
FAFEN ENERGIA S.A.
Tem por objetivo a implantação e a exploração comercial
de central termelétrica mediante processo de co-geração,
localizada no Município de Camaçari, Estado da Bahia, para
transformação de gás e água desmineralizada em energia
elétrica e térmica destinadas à fábrica de fertilizantes
nitrogenados da PETROBRAS e comercialização a terceiros
do excedente.
PETROBRAS COLÔMBIA
Em fase de liquidação atuava nas atividades da indústria
petrolífera, principalmente aquelas relacionadas com a
exploração e produção de petróleo e gás, refino e
prestação de serviços especializados e de assistência
técnica na Colômbia.
5283 PARTICIPAÇÕES LTDA.
Sociedade por cota de responsabilidade limitada, com
sede na cidade do Rio de Janeiro e tem como objeto a
participação no capital de outras sociedades.
BAIXADA SANTISTA ENERGIA LTDA.
Originalmente constituída dentro do projeto UTE Cubatão
durante o período da crise energética, sua atividade era a
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica para
região da baixada santista. Com o fim da crise, o projeto
hoje integra a melhoria do sistema de abastecimento de
energia da UN-RPBC da refinaria de Cubatão.
SFE – SOCIEDADE FLUMINENSE DE ENERGIA LTDA.
A usina termoelétrica objetiva a geração, transmissão,
distribuição e comercialização de energia elétrica,
importação e distribuição de gás natural.
TERMOCEARÁ LTDA.
Tem como objetivo a geração e comercialização de
energia, intermediando a compra e venda de energia
elétrica, seja no Mercado Atacadista de Energia Elétrica
(“MAE”) ou em outro foro regulamentado.
TERMORIO S.A.
Tem por objeto a geração e comercialização de energia
para o Sistema Integrado Nacional (SIN).
TERMOBAHIA S.A.
Tem por objeto a geração de energia a partir da transformação
de energia térmica através de queima de gás natural.
IBIRITERMO S.A.
Tem por objeto a geração de energia a partir da
transformação de energia térmica, com a queima de gás
natural e que pode funcionar em ciclo aberto ou simples,
combinado, co-geração ou co-geração em ciclo combinado.
62 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 63
PETROBRAS QUÍMICA S.A. – PETROQUISA
Participa em sociedades que objetivam a fabricação,
comércio, distribuição, transporte, importação e
exportação de produtos das indústrias química e
petroquímica e na prestação de serviços técnicos e
administrativos relacionados com as referidas atividades.
PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A. – BR
Opera na área de distribuição, comercialização e
industrialização de produtos e derivados de petróleo,
álcool, energia e outros combustíveis.
PETROBRAS GÁS S.A. – GASPETRO
Participa em sociedades que atuam no transporte de gás
natural, na transmissão de sinais de dados, voz e imagem
através de sistemas de telecomunicações por cabo e
rádio, bem como a prestação de serviços técnicos
relacionados a tais atividades. Participa também em
diversas distribuidoras estaduais de gás, exercendo o
controle compartilhado que são consolidados na
proporção das participações no capital social.
PETROBRAS TRANSPORTE S.A. – TRANSPETRO
Exerce, diretamente ou através de controlada, as
operações de transporte e armazenagem de granéis,
petróleo e seus derivados e de gás em geral, por meio de
dutos, terminais e embarcações, próprias ou de terceiros.
DOWNSTREAM PARTICIPAÇÕES LTDA.
Participa, direta e indiretamente, em sociedades que
atuam em diversos segmentos da indústria de petróleo.
PETROBRAS INTERNATIONAL FINANCE COMPANY – PIFCo
Exerce atividades de comercialização de petróleo e derivados
no exterior, de intermediação de compra e venda de petróleo,
derivados e materiais para empresas do Sistema PETROBRAS
e de captação de recursos no exterior.
PETROBRAS COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDA. – PCEL
Tem como objeto social o comércio, a importação e a
exportação de energia elétrica e de vapor d’água, bem como
de produtos das indústrias de geração e cogeração de energia
elétrica em geral e também a prestação de serviços técnicos
e administrativos relacionados com as aludidas atividades,
facultada a participação no capital de outras.
PETROBRAS NEGÓCIOS ELETRÔNICOS S.A. – E-PETRO
Tem como objeto a participação no capital social de
outras sociedades que tenham por objeto atividades
realizadas pela internet ou meios eletrônicos.
PETROBRAS INTERNACIONAL BRASPETRO B.V. – PIB BV
Participa em sociedades que atuam no exterior em pesquisa,
lavra, industrialização, comércio, transporte, armazenamento,
importação e exportação de petróleo e seus derivados, assim
como a prestação de serviços e outras atividades relacionadas
com os vários segmentos da indústria do petróleo.
BRASPETRO OIL SERVICES COMPANY – BRASOIL
Tem como objeto a prestação de serviços em todas as
áreas da indústria do petróleo, bem como no comércio
de petróleo e de seus derivados.
BRASPETRO OIL COMPANY – BOC
Tem como objeto promover a pesquisa, lavra, industrialização,
comércio, transporte, armazenamento, importação e
exportação de petróleo e seus derivados, assim como na
prestação de serviços e outras atividades relacionadas com os
vários segmentos da indústria do petróleo.
PETROBRAS NETHERLANDS B.V. – PNBV
Tem como objetivos principais, atuando diretamente ou
por intermédio de controladas, exercer as atividades de
compra, venda, “lease”, aluguel ou afretamento de
materiais, equipamentos e plataformas para a exploração
e produção de óleo e gás.
UTE NOVA PIRATININGA LTDA.
Tem como objeto social o desenvolvimento, a construção, a
operação, a manutenção e a exploração de central
termelétrica no município de São Paulo, além da prestação de
serviços relacionados com suas atividades operacionais.
Descrição das atividades das controladas em conjunto
A PETROBRAS exerce o controle compartilhado sobre as termoelétricas TERMOSERGIPE, TERMOAÇU,
TERMOGAÚCHA, UTE NORTE FLUMINENSE, COMPAÑIA MEGA e a unidade de regaseificação de gás natural liquefeito
GNL DO NORDESTE que foram consolidadas na proporção das participações no capital social.
A GNL DO NORDESTE é uma unidade de regaseificação de gás natural liquefeito a ser construída no complexo
Industrial e Portuário do Suape, em Pernambuco, visa a revaporização do GNL.
A COMPAÑIA MEGA tem como sua principal atividade agregar valor ao gás natural através da separação e
fracionamento de seus componentes ricos a fim de recuperar o etano que constitui a principal matéria prima das
industrias petroquímicas da Argentina que exporta seus componentes líquidos para outros países.
As demais são termoelétricas e exercem as atividades de geração de energia elétrica, a partir da transformação de
energia térmica, proveniente da queima do gás natural e que podem funcionar em ciclo aberto ou simples,
combinado, cogeração ou cogeração em ciclo combinado.
Descrição das atividades das subsidiárias
DF_038a089_IPSIS.qxd 6/23/06 8:53 PM Page 62
Subsidiárias, controladas em conjunto e coligadas
Outros investimentos
Ágio e deságio:
No início do exercício
Ágio na aquisição de ações da MPX Termoceará
Deságio na aquisição de ações da FAFEN Energia
Deságio na aquisição de ações da Termorio
Deságio na aquisição de ações da SFE Ltda.
Deságio na aquisição de ações da 5283 Participações
Amortização do deságio
No fim do exercício
Total dos investimentos
No início do exercício
Aquisição e aporte de capital
Deságio na aquisição
de investimentos
Reserva de reavaliação
Equivalência patrimonial
Ganho cambial sobre
patrimônio líquido de
controladas no exterior
Dividendos
Baixa
No fim do exercício
No início do exercício
Aquisição e aporte de capital
Equivalência patrimonial
Dividendos
Variação cambial
No fim do exercício
Petroquisa
1.489.493
227.571
(95.341)
1.621.723
Petrobras
Distribuidora
3.167.476
1.900.000
683.114
(280.282)
5.470.308
Gaspetro
1.317.128
323.398
86.442
(33.472)
1.693.496
Transpetro
1.195.667
394.307
(142.620)
1.447.354
Downstream
1.279.680
187.445
(433.741)
1.033.384
PCEL
218.498
229.240
(425.342)
22.396
E-Petro
19.053
2.585
2.647
(2.509)
21.776
PIB BV
2.656.926
502.772
(313.999)
2.845.699
Brasoil
1.809.144
(317.403)
(202.610)
(184.824)
1.104.307
PNBV
104.526
492.752
(12.353)
584.925
UTE N.Piratin.
10
10
Petrobras
Colombia
8.037
8.037
FAFEN
Energia
138.603
59.555
198.158
SFE-Soc. Flum.
Energia Ltda.
202.974
(56.825)
146.149
Baixada
Santista
Energia Ltda.
217.770
67
217.837
5283
Participações
Ltda.
232.281
518.391
14.741
765.413
MPX-
Termoceará
Ltda.
229.849
(67.875)
161.974
Termorio S.A.
2.540.272
(139.795)
2.400.477
Ibiritermo
15.655
15.655
Termobahia
Ltda.
5.555
20.762
(7.383)
18.934
2005
13.642.077
5.935.239
2.335.172
(528.962)
(986.949)
(618.565)
19.778.012
2004
11.486.553
1.358.102
15.159
9.161
1.769.593
(359.391)
(546.885)
(90.215)
13.642.077
2005
225.275
209.938
40.279
(3.985)
(11.197)
460.310
20.238.322
234.529
20.472.851
(54.337)
103.810
(38.610)
(39.259)
(84.650)
6.820
(106.266)
20.366.625
2004
139.132
96.434
(10.291)
225.275
13.867.352
235.863
14.103.215
(55.762)
(15.159)
16.584
(54.337)
14.048.878
CONTROLADORACONTROLADORA
TOTALSUBSIDIÁRIASSUBSIDIÁRIAS
TOTALCOLIGADASCONTROLADAS EM CONJUNTO
UTE NORTE
FLUMINENSE
40.528
5.913
7.932
(3.985)
50.388
TERMOGAÚCHA
67.417
7.775
75.192
TERMOSERGIPE
200
200
TERMOAÇU
116.400
9.748
366
126.514
GNL DO
NORDESTE
255
255
COMPAÑIA
MEGA S.A.
184.824
31.981
(11.197)
205.608
COLIGADAS CIA.
PETROQUIMICA
PAULISTA
475
1.678
2.153
(b) Mutação dos investimentos e do ágio e deságio
64 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 65
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P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 67
(e) Ágio e deságio
O deságio registrado na PETROBRAS, apurado na operação de aquisição de ações da BR, no valor de R$ 62.821,
está sendo amortizado no prazo previsto no laudo de avaliação (10 anos), e o apurado na aquisição do controle
acionário da FAFEN Energia (80,20%) no valor de R$ 15.159, está sendo amortizado no prazo, extensão e
proporção dos resultados projetados no laudo de avaliação.
Na aquisição de 50% das ações da TERMORIO, a PETROBRAS apurou um deságio no valor de R$ 38.610 que somente
será amortizado, de acordo com a Instrução CVM nº 247/96, quando da alienação ou liquidação do investimento.
Na aquisição da TERMOCEARÁ Ltda., foi apurado um ágio de R$ 103.810, fundamentado na expectativa de
resultado futuro, a ser amortizado no prazo de até 10 anos.
Movimentação do ágio/deságio:
66 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5
(c) Informações em 31 de dezembro de 2005 das
controladas em conjunto incluídas na consolidação
(d) Informações sobre coligadas
CONTROLADAS EM
CONJUNTO DIRETAMENTE
CONTROLADAS EM
CONJUNTO INDIRETAMENTE
TERMOGAUCHA TERMOSERGIPE TERMOAÇU
UTE NORTE
FLUMINENSE
GNL DO
NORDESTE MEGA
DISTRIBUIDORAS
DE GÁS OUTRAS
Ativo Circulante 1.130 18 3.480 249.141 29 438.847 708.911 528.682
Ativo Realizável
a Longo Prazo 28 551 344 111.703 288.376
Ativo Permanente 299.380 431 515.304 1.314.490 481 513.996 969.928 3.605.183
Passivo Circulante 37 1 13.062 402.121 295.765 625.446 344.722
Passivo Exigível
a Longo Prazo 6.087 132.867 657.626 52.399 319.758 1.866.468
Patrimônio Líquido 294.414 999 373.198 503.884 510 604.729 845.338 2.211.051
Receita Operacional
Líquida 833.717 134.579 2.224.883 901.841
Lucro Líquido
do Exercício 113.579 35.515 230.053 49.177
Percentual de
Participação - % 25% 20% 34% 10% 50% 34% 23,50% a 50,00% 16,67% a 72,00%
Outras Coligadas 1.862 83 1.862 191
2005 2004
VINCULADAS À PETROQUISA
PARTICIPAÇÃO
NO CAPITAL
SUBSCRITO %
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
LUCRO
LÍQUIDO DO
EXERCÍCIO
NO REALIZÁVEL
A LONGO PRAZO
NO ATIVO
PERMANENTE
NO REALIZÁVEL
A LONGO PRAZO
NO ATIVO
PERMANENTE
Petroquímica União
S.A. – PQU 17,44 755.890 82.178 131.839 105.086
Companhia Petroquímica
do Sul S.A. – COPESUL 15,63 1.246.159 566.575 194.799 181.124
Deten Química
S.A – DETEN 27,70 266.419 59.876 74.645 61.069
BRASKEM S.A. 8,45 4.697.993 687.796 397.225 267.182 93.917
1.862 798.591 330.113 380.318
Outros investimentos 1.592 5.953 1.476 3.509
3.454 804.544 331.589 383.827
CONSOLIDADO CONTROLADORA
Saldo do deságio em 31/12/2004 270.696 54.337
Deságio na aquisição de ações da Termorio 38.610 38.610
Deságio na aquisição de ações da SFE Ltda. 39.259 39.259
Deságio na aquisição de ações da 5283 Participações 84.650 84.650
Amortização do Deságio (6.820) (6.820)
Saldo do deságio em 31/12/2005 426.395 210.036
Ágio na aquisição de ações da MPX Termoceará (103.810) (103.810)
Ágio na aquisição de Outras Empresas (385.357)
Saldo do ágio / deságio em 31/12/2005 (62.772) 106.226
Na controladora, o saldo do deságio no montante de R$ 210.036, está contabilizado em investimento, no
consolidado, o saldo do deságio no montante de R$ 426.395, está apresentado como resultado de exercícios futuros.
(f) Informações relevantes sobre operações envolvendo subsidiárias e controladas
Permuta de ativos – PETROBRAS e REPSOL - YPF
Em 28 de dezembro de 2000, a PETROBRAS e a Repsol YPF celebraram o Contrato de Permuta de Ativos, onde
a PETROBRAS, em troca de ações da EG3 na Argentina, cedeu à Repsol YPF participação de 30% na Refinaria
Alberto Pasqualini – REFAP, o direito de comercialização de combustíveis em cerca de 230 postos de gasolina da
BR Distribuidora e a participação de 10% no campo de Albacora Leste.
Empresas com administração compartilhada, consolidadas na proporção das participações no capital social.
DF_038a089_IPSIS.qxd 6/23/06 8:53 PM Page 66
P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 69
A PETROBRAS pagou aproximadamente R$ 165.000 pela aquisição das quotas da SFE e assumiu a dívida da
empresa de aproximadamente R$ 250.000. Com a conclusão da aquisição, a PETROBRAS assinou documentação
de encerramento do Contrato de Consórcio, extinguindo as obrigações dos pagamentos mensais contingenciais ali
previstos. Dessa forma, a PETROBRAS passou a usufruir integralmente dos benefícios advindos daquela aquisição
(operação e lastro físico para comercialização de energia elétrica).
Aquisição da Termoceará Ltda.
Em 24 de junho de 2005, a PETROBRAS adquiriu a Termoceará Ltda. A usina, com capacidade líquida de geração
de 220 MW, é uma planta do tipo Merchant, uma das quais a PETROBRAS firmou, entre 2001 e 2002, contrato
com cláusula de pagamentos contingenciais referentes a impostos, taxas e tarifas, custos de operação, manutenção
e investimentos (capacity) , em caso da usina não obter receitas suficientes para cobrir estes itens.
O valor total da operação de aquisição foi de aproximadamente R$ 327.000, sendo R$ 193.000 o preço das quotas e
R$ 134.000 destinados a liquidação das obrigações junto aos financiadores (lenders) do projeto (BNDES e Eximbank).
Em contrapartida, a PETROBRAS foi isentada dos pagamentos contingenciais decorrentes do contrato de
consórcio e usufruirá integralmente de qualquer benefício advindo da Usina (operação e lastro físico para a
comercialização de energia elétrica).
Aquisição da CEG-RIO
A PETROBRAS, através da sua subsidiária PETROBRAS GÁS S/A - GASPETRO, concluiu em 11 de julho de 2005 a
aquisição de 12,41% das ações (ordinárias e preferenciais) da Distribuidora de Gás Natural Canalizado CEG-RIO,
pelo montante de R$ 39.334 (US$ 17 milhões). Com essa aquisição, a participação acionária da GASPETRO no
capital social dessa Companhia passa a ser de 37,41%, caracterizando, a partir daquela data, o controle
compartilhado conforme preceituam as disposições contidas na Instrução CVM 247/96.
(g) Investimentos em empresas com ações negociadas em bolsas
Apresentamos, a seguir, os investimentos em companhias abertas com ações negociadas em bolsas de valores:
68 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5
O contrato estabeleceu, em sua cláusula 4ª, que as partes que receberam em permuta as ações da EG3 e da
REFAP deveriam, ao longo dos oito anos seguintes à data de 01 de janeiro de 2001, rever, anualmente, os valores
de referência do Grupo EG3 e da REFAP (chamados de “escaladores”), ajustando-os, segundo as condições da
referida cláusula, para que, ao final do período, fosse apurado o valor definitivo das ações da EG3 e da REFAP,
determinando as posições definitivas dos ativos e seu pagamento à parte credora, com anuência de ambas as partes.
A partir do Acordo de Encerramento dos Escaladores firmado em 29 de dezembro de 2005, e com validade a
partir de 1° de janeiro de 2006, as empresas promoveram a liquidação antecipada e definitiva dos escaladores. O
valor líquido e final, atualizado monetariamente, devido pela Repsol YPF à PETROBRAS para o período integral de
8 (oito) anos, incluindo as projeções dos anos 2006, 2007 e 2008 para os ativos envolvidos, alcançou o montante
de R$ 180.164, já computados os juros de 8% ao ano estabelecidos em contrato. Desse valor, R$ 67.384 foram
contabilizados nas demonstrações contábeis da PETROBRAS de 31 de dezembro de 2005 como Outras Receitas
Não Operacionais e o restante como Receitas Financeiras.
Este valor é definitivo, não sujeito à revisão ou verificação por qualquer das partes, encerrando, assim,
reciprocamente, a aplicação e quantificação dos escaladores, conforme previsto no Acordo de Encerramento.
Aquisição da Baixada Santista Energia Ltda. – BSE
Em 23 de dezembro de 2004, a Diretoria Executiva aprovou a aquisição das quotas pertencentes à Marubeni
Corporation na Baixada Santista Energia Ltda. – BSE, uma sociedade de propósito específico incorporada no âmbito
do Projeto UTE Cubatão. Essa operação envolve aproximadamente R$ 244.000, e a retomada do projeto irá atender
as necessidades atuais de renovação do sistema de geração de energia e vapor para a Refinaria de Cubatão (RPBC).
A Usina Termelétrica de Cubatão, deverá entrar em operação em outubro de 2007, e fornecerá 47 MW e 415
t/h de vapor para a Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC), pertencente à PETROBRAS. Da
capacidade excedente de 158 MW, 141 MW foram comercializados através do leilão de energia nova, realizado
em 16 de dezembro de 2005, o que proporcionará receita anual de R$ 85.000, por 15 anos, a partir de 2010.
A PETROBRAS detinha 0,01% do capital da Baixada Santista Energia Ltda., e pagou R$ 47.000 pelos 99,99%
pertencentes à Marubeni correspondente aos custos incorridos até 09 de março de 2005, no desenvolvimento do projeto.
Aquisição de participação na TERMORIO
Em fevereiro de 2005, o processo arbitral da TERMORIO, iniciado em dezembro de 2003, foi concluído mediante
o pagamento de aproximadamente R$ 219.000 à NRG INTERNATIONAL HOLDING (NRG) e a conseqüente
transferência das ações pertencentes à NRG para a PETROBRAS. Dessa forma, a PETROBRAS passou a ser
detentora de 100% das ações da TERMORIO.
Aquisição da Sociedade Fluminense de Energia Ltda. – SFE
Em 29 de abril de 2005, a PETROBRAS adquiriu a Sociedade Fluminense de Energia – SFE. A usina, com capacidade líquida
de geração de 386 MW, é uma planta do tipo Merchant, uma das quais a PETROBRAS firmou, ente 2001 e 2002, contrato
de consórcio (Eletrobolt) com cláusula de pagamentos contingenciais referentes a impostos, taxas e tarifas, custos de
operação, manutenção e investimentos (capacity) , em caso da usina não obter receitas suficientes para cobrir estes itens.
COTAÇÃO EM BOLSA
DE VALORES
LOTE DE MIL AÇÕES (R$ POR AÇÃO) VALOR DE MERCADO
EMPRESA 2005 2004 TIPO 2005 2004 2005 2004
Consolidado
Braskem 12.111 3.027.736 ON 17,39 0,094 210.610 284.607
Braskem 18.522 4.630.565 PNA 19,06 0,134 353.029 620.496
COPESUL 23.482 2.348.201 ON 31,25 0,380 733.813 892.316
PQU 8.738 8.738 ON 13,90 17,500 121.458 152.915
PQU 8.738 8.738 PN 10,69 17,500 93.409 152.915
1.512.319 2.103.249
DF_038a089_IPSIS.qxd 6/23/06 8:53 PM Page 68
Adicionalmente, a nova legislação determina a migração dos contratos de risco compartilhado, que devem ser
substituídos por novos contratos de acordo com as modalidades estabelecidas na Lei, e introduz mudanças na
atividade de distribuição de produtos derivados de petróleo. Em 20 de maio de 2005, foram firmados contratos
de associação entre a YPFB (empresa estatal Boliviana) e as empresas de distribuição de combustíveis, para
ampliar o prazo de operação das Distribuidoras até que a YPFB disponha de recursos financeiros necessários para
desenvolver esse segmento em todo território nacional.
Até 31 de dezembro de 2005 o governo boliviano ainda não tinha apresentado os novos modelos de contratos
mencionados na Lei (operação, produção compartilhada e associação). O impacto para a Companhia,
correspondente à migração dos atuais contratos de risco compartilhado, será analisado após se conhecer os
modelos propostos e seus respectivos regulamentos.
Revisão dos convênios operacionais na Venezuela
Em abril de 2005 o Ministério de Energia e Petróleo da Venezuela (MEP) instruiu a empresa Petróleos de Venezuela
S.A. (PDVSA) a revisar os trinta e dois convênios operacionais celebrados por filiais da PDVSA com empresas
petroleiras entre 1992 e 1997, entre os quais se incluem os contratos firmados pela Petrobras Energia Venezuela
S.A., controlada da PESA, que regulam a exploração das áreas de Oritupano Leona, La Concepción, Acema e Mata.
Sob as novas normas, deverão ser adotadas todas as medidas necessárias para adaptar os convênios
operacionais, atualmente vigentes na modalidade de empresas mistas, nas quais o Estado, através da PDVSA, terá
uma participação maior que 50%. Com relação a esses convênios, o MEP enviou instruções a PDVSA para que o
montante dos pagamentos aos operadores durante o ano de 2005, não exceda a 66,67 % do valor determinado
em dólares norte-americanos do petróleo entregue conforme os convênios operativos vigentes.
Em junho de 2005, a PDVSA notificou a Petrobras Energia Venezuela S.A. que procederá o pagamento em
bolívares, dos montantes das remunerações previstas nos convênios operacionais que correspondam ao
componente nacional (venezuelano) dos materiais e serviços. Essa atitude modifica o estipulado nesses
convênios, segundo os quais, os pagamentos da PDVSA devem ser efetuados em dólares norte-americanos. Até
que ela realize uma auditoria que permita determinar a porção correspondente ao componente nacional, ficou
definido que a PDVSA pagará 50% dos montantes estipulados anteriormente nos contratos em dólares dos
Estados Unidos e 50% em bolívares. A aplicação das novas regras e a necessidade de pagamento dos
compromissos financeiros da Petrobras Energia Venezuela no exterior obrigou a realização de operações para a
transferência de divisas para o exterior. Posteriormente e a partir das cobranças correspondentes à produção do
terceiro trimestre de 2005, a porção do pagamento em bolívares se reduziu a 25 %.
O Serviço Nacional Integrado de Administração Tributária da Venezuela (SENIAT), realizou uma sucessão de
inspeções tributárias sobre as empresas que operam os 32 convênios operacionais de petróleo e como resultado
desses procedimentos foram efetuados ajustes que resultaram em uma perda equivalente a R$ 42.133 mil, além
do aumento da taxa do imposto de renda de 34 % para 50 %.
Em 29 de setembro de 2005, a Petrobras Energia Venezuela S.A. firmou os Acordos Transitórios com a PDVSA,
através dos quais se compromete a negociar os termos e condições da conversão dos acordos operacionais das
Áreas de Oritupano Leona, La Concepción, Acema e Mata e adicionalmente reconhece a aplicação do limite de
70 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 71
(h) Outras informações
Acordo de venda e associação com Teikoku Oil Co. Ltd. em operações no Equador
Em janeiro de 2005 a PETROBRAS Energia S.A. - PESA assinou um acordo prévio de venda e associação com a
Teikoku, através do qual, uma vez obtida a aprovação e autorização prévia do Ministério de Energia e Minas do
Equador, cederá 40% dos direitos e obrigações dos contratos de participação nos Blocos 18 e 31. Foi acordado
que no momento em que a produção do Bloco 31 alcance uma média de 10.000 barris ao dia em um período
de 30 dias corridos, a Teikoku assumirá o pagamento de 40% do contrato de transporte de petróleo à Oleodutos
de Crudos Pesados - OCP. Durante a transição e até que seja alcançada a referida produção, a Teikoku assumirá
o pagamento de 20% do contrato a partir de 1º de julho de 2006.
A Teikoku realizará também um único pagamento de 20% correspondente a um adicional do referido contrato,
considerando o menor dos seguintes períodos: (a) de 1º de julho de 2006, até que o Bloco 31 alcance a
mencionada produção; ou (b) dos 18 meses anteriores ao alcance do referido nível de produção.
Pela aquisição, a Teikoku realizará um pagamento inicial no montante de US$ 5 milhões e efetuará um desembolso
adicional de US$ 10 milhões. Além disso, ela realizará investimentos no Bloco 31 superiores a sua participação no
empreendimento, o que permitirá acelerar o desenvolvimento do bloco e a conseqüente monetização das reservas.
O acordo permitirá liberar 40% das cartas de crédito que a PESA mantém em relação ao cumprimento dos
compromissos comerciais, vinculados ao contrato de transporte com a empresa OCP.
Nova lei dos hidrocarbonetos da Bolívia
Desde o dia 19 de maio de 2005 está em vigor, na Bolívia, a Nova Lei de Hidrocarbonetos nº 3.058, a qual revoga
a antiga Lei de Hidrocarbonetos nº 1.689 de 30 de abril de 1996.
A nova Lei estabelece, entre outros pontos, uma maior carga tributária para as empresas do setor, através de
uma porcentagem de 18% de royalties e de um imposto direto sobre os hidrocarbonetos (IDH) de 32%, a ser
aplicado de forma direta sobre 100% da produção, os quais se somam aos impostos vigentes através da lei nº.
843. Em 30 de junho de 2005 foi efetuado o primeiro pagamento do novo imposto (IDH). Até 31 de dezembro
de 2005 a Companhia reconheceu o montante de US$ 64 milhões referentes a esse imposto.
COTAÇÃO EM BOLSA
DE VALORES
LOTE DE MIL AÇÕES (R$ POR AÇÃO) VALOR DE MERCADO
EMPRESA (Continuação) 2005 2004 TIPO 2005 2004 2005 2004
Controladora
Petroquisa 10.098.083 10.098.083 ON (*) (*) 1.767.165 1.808.668
Petroquisa 9.505.390 9.505.390 PNA 0,175 0,179 1.663.443 1.701.465
PEPSA 1.249.717 1.249.717 ON 2,94 3,17 3.674.168 3.961.603
PESA (**) 230.193 177.709 ON 6,55 6,60 1.507.764 1.172.879
8.612.540 8.644.615
O valor de mercado para essas ações não reflete, necessariamente, o valor de realização de um lote representativo de ações.
(*) As ações ordinárias da PETROQUISA, negociadas em bolsas de valores, não possuem liquidez. Assim sendo, para a apuração do valor de mercado, foi
considerada a cotação das ações preferenciais.
(**) Essas ações não incluem a participação através da PEPSA.
DF_038a089_IPSIS.qxd 6/23/06 8:53 PM Page 70
Acordo marco de conciliação e renúncias mútuas (“Acordo Marco”) – CIESA
A fim de promover o saneamento financeiro da Compañia de Inversiones de Energia S.A. – CIESA, sociedade
controlada em conjunto da PESA e da ENRON, a PESA transferiu 7,35% de sua participação na Transportadora de
Gás Del Sur S.A. – TGS (controlada da CIESA) para a ENRON e, de forma simultânea, a ENRON transferiu 40% de
sua participação no capital da CIESA para um agente fiduciário. Em um segundo momento, uma vez que se obtenha
as aprovações necessárias do Ente Nacional Regulador Del Gas e da Comisión Nacional de Defensa de la
Competencia, a ENRON transferirá os 10% de participação remanescentes na CIESA para os credores financeiros
em troca de 4,3% das ações ordinárias – classe B da TGS pertencentes a CIESA, como pagamento da dívida.
Uma vez completada a reestruturação da dívida, e considerando que, de maneira simultânea às transferências
acionárias mencionadas anteriormente, se transferirá a favor de PETROBRAS Energia S.A. e da PETROBRAS
Hispano Argentina S.A. a titularidade das ações da CIESA cuja propriedade fiduciária detém o fideicomisso, o capital
social da CIESA será composto por: (i) ações Classe A em poder direto e indireto da PETROBRAS Energia S.A.
representativas de 50% do capital social e dos votos da CIESA e (ii) ações Classe B em poder dos credores
financeiros da CIESA representativas dos 50% restantes do capital social e dos votos da CIESA.
Por estar operando sob restrições de longo prazo que prejudicam significativamente a sua capacidade de
transferir recursos para os investidores, a CIESA está sendo excluída do processo de consolidação da PESA e,
conseqüentemente, da PETROBRAS, conforme Instrução CVM 247/96.
Endividamento da CIESA e TGS
Em setembro de 2005, CIESA subscreveu um acordo de reestruturação de sua dívida financeira com a totalidade
de seus credores financeiros. A dívida a reestruturar, com vencimento original em abril de 2002, totaliza
aproximadamente US$ 270 milhões.
Em virtude do Acordo subscrito, CIESA refinanciou dívida por um montante aproximado de US$ 23 milhões a
um prazo de 10 anos e, uma vez que se obtenha as aprovações que se requererão do Ente Nacional Regulador
del Gás e da Comisión Nacional de Defensa da Competência, entregará a seus credores financeiros
aproximadamente 4,3% das ações ordinárias Classe B de TGS e capitalizará o saldo da dívida remanescente.
Em outubro de 2004, a TGS efetuou uma proposta de reestruturação de US$ 1.018 milhões de seu
endividamento que foi finalizado em dezembro de 2004. A dívida apresentada para permuta atingiu US$ 1.016
milhões, o que representou aproximadamente a 99,76% do endividamento da TGS. Os credores que aceitaram a
proposta receberão um pagamento em dinheiro equivalente a 11% do endividamento, novos títulos da dívida
pelos 89% restantes e um pagamento em dinheiro dos juros a que tinham direito e não pagos da dívida anterior.
Como conseqüência dos acordos financeiros celebrados em relação a reestruturação da dívida, a TGS está
sujeita ao cumprimento de uma série de restrições, que incluem, entre outras, limites para emissão de dívida,
empreendimentos de investimentos, venda de ativos, pagamento de honorários por assistência técnica e
distribuição de dividendos.
A nova dívida conta com uma cláusula de amortização antecipada, cuja efetivação e montante
correspondente dependem do coeficiente da dívida consolidada, o nível de liquidez e de pagamentos
posteriores que a TGS deve efetuar.
72 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 73
66,67% sobre o valor pago aos operadores em 2005. O reconhecimento do referido limite implicou uma redução
da receitas de vendas, no montante equivalente a R$ 100.650 mil no exercício de 2005.
A Companhia, através de sua controlada na Venezuela, realizou projeções de fluxo de caixa considerando cenários
distintos, conforme as informações disponíveis em virtude do estágio atual das negociações junto a PDVSA. As
previsões realizadas são muito sensíveis a quaisquer mudanças nos cenários considerados. As perdas provisionadas,
considerando-se a melhor estimativa disponível do resultado da conversão dos contratos, líquidas do deságio na
aquisição, em 2002, de 58,6% das ações da Perez Companc, atual Petrobras Energia Participaciones S.A. - PEPSA,
no valor equivalente a R$ 190.414 e da participação dos minoritários no montante de R$ 135.564, impactaram o
resultado consolidado da PETROBRAS em R$ 1.720 equivalentes, desdobrados da seguinte forma no resultado:
R$ Mil
Perda no resultado de participações em investimentos relevantes (44.473)
Perda na recuperação de ativos, líquida de amortização do deságio (8.546)
Perda em imposto de renda e contribuições sociais (reversão de créditos fiscais) (84.265)
Participação de minoritários 135.564
Perda líquida 1.720
Reestruturação da dívida da TRANSENER S.A.
A Companhia de Transporte de Energia de Alta Tensión S.A. – TRANSENER é uma sociedade controlada indireta
da CITELEC, cujo controle é exercido de forma compartilhada pela PETROBRAS Energia S.A. – PESA.
Em 30 de junho de 2005, a TRANSENER S.A. finalizou o processo de reestruturação de sua dívida financeira, obtendo
98,8% de aceitação por parte dos credores que participaram da oferta de troca. A dívida resgatada na reestruturação
representou um valor nominal aproximado equivalente de US$ 460 milhões. Como resultado da escolha dos credores
e de acordo com os mecanismos de “pro - rateio”, concessão e demais condições da Oferta de Reestruturação, a
TRANSENER S.A. emitiu títulos negociáveis, ações classe B e realizou pagamentos relativos a reestruturação da dívida.
Como conseqüência dos acordos financeiros celebrados para promover a reestruturação da dívida, a
TRANSENER S.A. está sujeita ao cumprimento de uma série de restrições, que incluem, entre outras coisas, limites
para a emissão de dívida, aquisição de investimentos, venda de ativos e distribuição de dividendos.
Na ocasião em que a PETROBRAS Participaciones S.L. – PPSL adquiriu o controle acionário da PETROBRAS
Energia Participaciones S.A. – PEPSA, a PETROBRAS Energia S.A. – PESA assumiu o compromisso unilateral de
vender a totalidade de sua participação acionária na CITELEC. Desta forma, a CITELEC e sua controlada
TRANSENER são excluídas do processo de consolidação da PESA e, conseqüentemente, da PETROBRAS.
Como resultado da emissão das ações, a participação da CITELEC na TRANSENER passou de 65,00% para
53,67% e a participação indireta de 32,50% para 26,84%.
DF_038a089_IPSIS.qxd 6/23/06 8:53 PM Page 72
12. Imobilizado
(a) Por área de negócio
(b) Por tipo de ativos
74 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 75
Cisão parcial e desproporcional da DOWNSTREAM
A Assembléia Geral Extraordinária dos acionistas da PETROBRAS realizada em 30 de agosto de 2005 deliberou e
aprovou a cisão parcial e desproporcional da Downstream Participações Ltda., seguida de incorporação da parcela
cindida ao seu patrimônio.
Essa operação objetivou a reorganização dos ativos, de forma que a participação na 5283 Participações Ltda.,
empresa relacionada a Área Internacional, fosse incorporada aos ativos da PETROBRAS, ficando os demais ativos
da Downstream representados pelas atividades nacionais da Área de Abastecimento (REFAP).
Aquisição de novos negócios na Colômbia, Paraguai e Uruguai
Conselho de Administração da PETROBRAS aprovou em novembro de 2005 a aquisição de 51% do capital da
Gaseba Uruguay - Grupo Gaz de France S.A., concessionária de distribuição de gás natural em Montevidéu, Uruguai,
da GDF International (GDFI). A aquisição ainda está sujeita à conclusão e assinatura de um acordo de compra e
venda entre PETROBRAS e GDFI e ao cumprimento de determinados trâmites legais, particularmente com relação
aos acionistas minoritários da Gaseba, à aprovação das autoridades Uruguaias e à aprovação do governo Francês.
Em dezembro de 2005 a PETROBRAS assinou três contratos de aquisição de ações - Share Purchase
Agreement, para a aquisição dos negócios de combustíveis (varejo e mercado comercial) na Colômbia e a
totalidade das operações no Paraguai e Uruguai de ativos oriundos da Shell, no valor aproximado de US$ 140
milhões. O valor final da transação será definido na passagem definitiva dos ativos para a PETROBRAS durante o
ano de 2006. A aquisição nestes países está sujeita às devidas permissões governamentais.
A conclusão destas operações está em linha com os objetivos estabelecidos no Planejamento Estratégico da
PETROBRAS de se consolidar como uma empresa integrada de energia, com forte presença internacional e líder
na América Latina.
Criação de empresa no Japão
A PETROBRAS, através de sua subsidiária PETROBRAS International Braspetro B.V. - PIB BV, constituiu no Japão a
Brazil-Japan Ethanol Co., Ltd, (em japonês será Nippaku Ethanol K.K.), com o objetivo de importar e distribuir
etanol de origem brasileira, desenvolvendo soluções técnicas e comerciais que resultem no suprimento confiável
e de longo prazo de álcool para o mercado japonês.
A Brasil-Japan Ethanol Co. Ltd terá a participação acionária de 50% da PETROBRAS e 50% da Nippon Alcohol
Hanbai K.K., que detém 70% do mercado de distribuição de etanol naquele país. A gestão societária será
compartilhada pelas duas empresas, unindo os esforços de ambas, que possuem conhecimento, tecnologia e
experiências distintas, para viabilizar a exportação do etanol do Brasil para o Japão em grandes volumes para uso
combustível, com qualidade e segurança.
A nova empresa buscará soluções técnicas e comerciais para introduzir o etanol na matriz energética japonesa,
em substituição aos combustíveis fósseis, de forma a reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa,
como o dióxido de carbono, contribuindo assim para o sucesso do protocolo de Quioto.
Estrategicamente, a criação da Brasil-Japan Ethanol Co. Ltd alinha-se ao objetivo fixado no Planejamento
Estratégico da PETROBRAS de internacionalização dos negócios.
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
DEPRECIAÇÃO DEPRECIAÇÃO
CUSTO ACUMULADA LÍQUIDO LÍQUIDO CUSTO ACUMULADA LÍQUIDO LÍQUIDO
Exploração e produção 94.509.236 (37.937.010) 56.572.226 51.559.331 65.828.983 (32.175.487) 33.653.496 27.898.275
Abastecimento 30.514.417 (13.026.018) 17.488.399 13.007.897 24.993.063 (11.980.071) 13.012.992 11.735.204
Distribuição 3.933.407 (1.473.422) 2.459.985 2.194.188
Gás e energia 16.275.937 (2.623.367) 13.652.570 11.039.843 2.482.165 (370.399) 2.111.766 1.002.819
Internacional 23.174.111 (9.907.913) 13.266.198 13.579.293 25.449 (12.068) 13.381 11.893
Corporativo 2.855.876 (865.900) 1.989.976 1.942.672 2.842.251 (861.821) 1.980.430 1.933.885
171.262.984 (65.833.630) 105.429.354 93.323.224 96.171.911 (45.399.846) 50.772.065 42.582.076
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
TEMPO DE
VIDA ÚTIL(*)
ESTIMADO DEPRECIAÇÃO DEPRECIAÇÃO
EM ANOS CUSTO ACUMULADA LÍQUIDO LÍQUIDO CUSTO ACUMULADA LÍQUIDO LÍQUIDO
Edificações e
benfeitorias 25 a 40 3.995.948 (1.837.325) 2.158.623 1.954.466 2.240.751 (1.347.613) 893.138 768.427
Equipamentos e
outros bens 3 a 30 76.383.972 (36.635.571) 39.748.401 41.058.181 33.879.707 (22.596.731) 11.282.976 10.650.030
Direitos e
concessões 3.229.106 (523.139) 2.705.967 2.208.816 3.021.696 (437.165) 2.584.531 1.963.560
Terrenos 678.955 678.955 681.731 283.115 283.115 305.810
Materiais 1.950.346 (5.460) 1.944.886 1.521.880 1.820.767 1.820.767 1.444.345
Adiantamentos
a fornecedores 1.661.790 (37) 1.661.753 1.101.533 318.763 318.763 353.658
Projetos de expansão 24.848.858 24.848.858 15.919.522 12.761.597 12.761.597 8.575.024
Gastos com exploração
e desenvolvimento da
produção de petróleo
e gás (E&P) 58.514.009 (26.832.098) 31.681.911 28.877.095 41.845.515 (21.018.337) 20.827.178 18.521.222
171.262.984 (65.833.630) 105.429.354 93.323.224 96.171.911 (45.399.846) 50.772.065 42.582.076
Os equipamentos e instalações relacionados com a produção de petróleo e gás são depreciados de acordo com
o volume de produção mensal em relação às reservas provadas e desenvolvidas de cada campo produtor. Para
os ativos, cuja vida útil é menor do que a vida do campo, é utilizado o método da linha reta. Outros
equipamentos e ativos não relacionados com a produção de petróleo e gás são depreciados de acordo com a
sua vida útil estimada.
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(e) Leasing de plataformas e navios
Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, controladas diretas e indiretas mantinham contratos de leasing para
plataformas off-shore e navios que são afretados à PETROBRAS, sendo o compromisso assumido pela
Controladora equivalente ao montante daqueles contratos. A PETROBRAS, em 31de dezembro de 2005 e 2004
mantinha, também, contratos de leasing com terceiros para outras plataformas off-shore.
Os valores do imobilizado líquido de depreciação e do passivo que essas plataformas representariam caso
estivessem registradas como compra financiada de bens estão apresentados a seguir:
Os gastos antecipados com afretamentos de plataformas realizados em período anterior a sua entrada em
operação estão registrados como despesas antecipadas e totalizam R$ 1.185.714 em 2005 (R$ 1.042.818 em
2004), sendo R$ 949.347 no ativo realizável a longo prazo (R$ 924.535 em 2004).
A BRASOIL e a PETROBRAS participam de um conjunto de contratos relativos à obra de conversão e aquisição
da Plataforma P-36, cuja perda total (afundamento) ocorreu em 2001. Nos citados contratos, a BRASOIL e a
PETROBRAS se obrigaram a depositar a indenização do seguro da plataforma, em caso de sinistro, em favor de
um Agente das Garantias (Security Agent), para pagamento aos credores, de acordo com um mecanismo ajustado
contratualmente. Está em curso perante a Corte Londrina, ação judicial ajuizada por empresas que julgam serem
credoras de parte desses pagamentos que a BRASOIL e a PETROBRAS entendem ser direitos seus, de acordo com
o mecanismo de distribuição já mencionado.
Em abril de 2003, a BRASOIL apresentou em juízo uma garantia bancária, obtida junto a uma instituição
financeira, relativa ao pagamento da indenização securitária ao Agente das Garantias. A fim de facilitar a emissão
da garantia bancária, a BRASOIL forneceu à instituição financeira uma contra-garantia no valor de US$ 175 milhões.
De acordo com a decisão proferida pela Corte estrangeira em 15 de dezembro de 2005, foi determinado que
os seguintes pagamentos fossem feitos da garantia bancária de 30 de abril de 2004: US$ 171 milhões a ser pago
à BRASOIL; US$ 1,5 milhão a ser depositado em uma conta corrente mantida pelos advogados da BRASOIL,
Linklaters, valor esse que está aguardando a decisão dos pedidos de outras partes; quantias totalizando US$ 624
mil a serem depositadas em contas correntes mantidas pelo Likelaters para cobrir certas responsabilidades da
PETROMEC e da SANA para com a BRASOIL; e US$ 41 mil a ser pago ao agente segurador (security agent) com
relação às suas despesas. Tais pagamentos foram devidamente realizados durante dezembro de 2005. Em 4 de
janeiro de 2006, o fornecedor da garantia confirmou que a mesma foi cancelada.
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(c) Gastos com exploração e desenvolvimento da produção de petróleo e gás
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Gastos capitalizados 58.514.009 54.282.790 41.845.515 38.123.142
Depreciação acumulada (26.700.662) (25.332.597) (20.934.244) (19.576.089)
Amortização de gastos c/ abandono (131.436) (73.100) (84.093) (25.831)
Investimento líquido 31.681.911 28.877.093 20.827.178 18.521.222
No exercício de 2005, a Companhia revisou, de acordo com a prática contábil descrita na Nota 2h, as estimativas
de gastos para futuro abandono de poços e desmantelamento de área de produção de óleo e gás, considerando
a vida útil econômica dos campos e os fluxos de caixa esperados, a valor presente, por uma taxa de juros livre de
riscos, ajustada pelo risco da PETROBRAS. Esta revisão resultou em um acréscimo da provisão no montante de
R$ 42.597, refletido como uma despesa no resultado do exercício, registrado na rubrica de custos exploratórios
para extração de petróleo e gás.
(d) Depreciação
A depreciação do exercício findo em 31 de dezembro está assim apresentada:
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Parcela absorvida no custeio:
De bens 2.938.339 3.430.195 1.514.370 1.678.474
De gastos de exploração e produção 1.508.581 1.674.071 1.508.261 1.656.215
Custo para abandono de poços
capitalizados/provisionados 239.037 80.803 71.968 21.607
4.685.957 5.185.069 3.094.599 3.356.296
Parcela registrada diretamente no resultado 2.646.463 662.453 568.630 368.398
Outras 390
2.646.463 662.843 568.630 368.398
7.332.420 5.847.912 3.663.229 3.724.694
CONSOLIDADO CONTROLADORA
31.12.2005 31.12.2004 31.12.2005 31.12.2004
Imobilizado líquido de depreciação 1.260.601 1.547.952 290.982 353.981
Financiamento:
Curto prazo 613.396 770.242 79.540 89.305
Longo prazo 2.686.594 3.250.506 422.532 554.607
3.299.990 4.020.748 502.072 643.912
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(liquidated damages), honorários advocatícios (attorney’s fees) e custas (expenses), reduzindo a condenação em
favor da BRASOIL e da PETROBRAS para aproximadamente US$ 245 milhões.
Dessa decisão, as seguradoras opuseram recurso ao Tribunal Pleno, que não foi provido, restando definitiva a
condenação supra. As partes (Seguradoras e BRASOIL), em abril de 2005 iniciaram tratativas visando à efetiva
quitação do crédito da BRASOIL, que, todavia, se mostraram infrutíferas. Por essa razão, em dezembro de 2005
houve a retomada do processo, aguardando as partes uma decisão do magistrado acerca do índice dos juros a
serem considerados, bem assim sobre o reembolso parcial das custas e despesas processuais havidas pela
BRASOIL. Não há data definida para o referido julgamento.
(g) Devolução de áreas na fase de exploração à ANP
Durante o exercício de 2005, a PETROBRAS devolveu para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis - ANP os direitos sobre:
A concessão exploratória ES-T-400 (Contrato de Concessão BT-ES-21 - contrato 48610.009492/2003)
As Áreas de Avaliação das Descobertas dos Poços:
1-BRSA-18-ESS/completando a devolução total do Bloco BC-600 (contrato 48000.003568/97-51)
1-BRSA-213-RJS/completando a devolução total do Bloco BC-100 (contrato 48000.003562/97-74)
(h) Devolução de campos na fase de produção, operados pela PETROBRAS, à ANP
Durante o exercício de 2005, a PETROBRAS devolveu para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis – ANP os direitos sobre os Campos de Ilha da Caçumba (contrato 48000.003774/97-42) e
Norte de Pescada, tendo a área desta concessão sido incorporada à área do Campo de Dentão (contrato
48000.003905/97-19), através de formalização de Resilição (Rescisão de Contrato).
(i) 7ª licitação de blocos exploratórios da ANP
Em outubro de 2005, a PETROBRAS adquiriu 96 (noventa e seis) novos blocos exploratórios, dos 251 (duzentos
e cinqüenta e um) licitados na Sétima Rodada de Licitações promovida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis – ANP.
A PETROBRAS adquiriu 42 (quarenta e dois) blocos com exclusividade e outros 54 (cinqüenta e quatro) em
consórcio com outras empresas, sendo operadora em 28 (vinte e oito) destes.
O dispêndio total da PETROBRAS com o pagamento dos bônus de assinatura foi de R$ 503.527. Os novos
contratos de concessão foram assinados em 12 de janeiro de 2006.
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O julgamento foi dividido em duas fases. O primeiro estágio ocorreu em outubro de 2003 e a decisão foi
proferida em 02 de fevereiro de 2004. Os termos da decisão são complexos e podem estar sujeitos à apelação.
Em resumo: (a) nem a PETROBRAS nem a BRASOIL foram declaradas inadimplentes; (b) PETROMEC e MARÍTIMA
estão sujeitas a reembolsar à BRASOIL a importância de aproximadamente US$ 58 milhões mais juros; e (c)
PETROMEC e MARÍTIMA não são responsáveis por atrasos ou trabalhos inacabados.
Em 15 de julho de 2005, foi proferida decisão determinando que a indenização do seguro pertence a BRASOIL,
exceto a quantia de US$ 629 mil mais juros que deve ser paga a outras partes no litígio, além de uma quantia
adicional de US$ 1.5 milhão, que deve ser mantida em suspenso até o resultado de certas questões pendentes.
Depois do julgamento de fevereiro de 2004, a PETROMEC emendou a ação judicial onde ela pleiteia o
montante de US$ 131 milhões a título de custos adicionais pelo upgrade realizado e, alternativamente, a título de
danos por declaração falsa, porém sem quantificação. O resultado final revela-se, portanto, incerto.
Na construção/conversão de navios em FPSO – Floating Production, Storage and Offloading e FSO – Floating,
Storage and Offloading, a BRASOIL, tendo em vista a inadimplência contratual dos construtores, aportou até 31
de dezembro de 2005, por conta dos mesmos, recursos financeiros no montante de US$ 599 milhões,
equivalentes a R$ 1.403.154 (R$ 1.566.180 em 2004) diretamente aos seus fornecedores e subcontratistas, com
o intuito de evitar atrasos nas construções/conversões e, conseqüentemente, prejuízos à BRASOIL.
Com base em pareceres dos assessores jurídicos da BRASOIL, esses gastos são passíveis de ressarcimento, pois
representam um direito da BRASOIL junto a tais construtores, motivo pelo qual foram impetradas ações judiciais
de ressarcimento financeiro em cortes internacionais. Entretanto, em decorrência da característica litigiosa desses
ativos, e as incertezas sobre as probabilidades de todo o recebimento dos valores desembolsados,
conservadoramente, estão provisionados como créditos de liquidação duvidosa a parcela desse saldo não coberto
por garantias reais, no montante de US$ 527 milhões, equivalentes a R$ 1.234.525 em 31 de dezembro de 2005
(R$ 1.374.953 em 2004).
(f) Ação judicial nos Estados Unidos
Em 25 de julho de 2002, a BRASOIL e a PETROBRAS venceram, em primeira instância, perante a Justiça norte-
americana, ações conexas movidas pelas seguradoras United States Fidelity & Guaranty Company e American
Home Assurance Company, as quais tentavam obter, desde 1997, em face da primeira (BRASOIL), declaração
judicial que as isentassem da obrigação de pagar o valor do seguro de construção (performance bond) das
plataformas P-19 e P-31, e, em face da segunda (PETROBRAS), buscavam ressarcimento de quaisquer quantias
que viessem a ser condenadas no processo de execução da perfomance bond. Por decisão judicial da Corte
Federal do Distrito Sul de Nova York, restou reconhecido à BRASOIL e à PETROBRAS o direito ao recebimento por
perdas e danos do valor de US$ 237 milhões, acrescido de juros e reembolso de despesas judiciais na data do
efetivo pagamento, referentes ao performance bond, totalizando aproximadamente US$ 370 milhões.
Contra essa decisão as seguradoras ofereceram recursos de apelação perante a Corte de Apelação do Segundo
Circuito (United States Court of Appeals for the Second Circuit). No dia 20 de maio de 2004, foi proferida a decisão
do Tribunal que confirmou, em parte, a sentença, quanto à responsabilidade das seguradoras ao pagamento dos
performance bonds. Não obstante, afastou a obrigação das seguradoras quanto ao pagamento da multa
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O valor justo estimado para os empréstimos de longo prazo da Controladora e do consolidado, em 31 de
dezembro de 2005, era respectivamente de R$ 6.492.649, e R$ 34.670.535 calculado a taxas de mercado
vigentes, considerando natureza, prazo e riscos similares aos dos contratos registrados, e pode ser comparado com
o valor contábil de R$ 6.408.872 e R$ 34.439.489.
As operações de hedge, contratadas para cobertura de Notes emitidos no exterior em moedas estrangeiras,
estão divulgadas na Nota 24.
(a) Vencimentos do principal dos financiamentos de longo prazo
(b) Taxas de juros dos financiamentos de longo prazo
(c) Saldos por moedas no longo prazo
2005
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2007 6.865.096 1.191.972
2008 5.233.277 769.235
2009 3.549.448 560.165
2010 4.636.170 1.551.457
2011 em diante 14.155.498 2.336.043
Total 34.439.489 6.408.872
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
No exterior
Até 6% 9.939.475 14.707.825 2.263.927 3.339.265
De 6 a 8% 6.204.469 6.636.665 759.410 959.574
De 8 a 10% 10.645.329 12.102.001 8.324 696.795
De 10 a 12% 1.708.170 1.365.403
Outros 365.101
28.497.443 35.176.995 3.031.661 4.995.634
No País
Até 6% 1.520.302 1.848.391 104.764 832.871
De 6 a 8% 667.198 972.483 528.840
De 8 a 10% 561.254 606.252 555.313 599.145
De 10 a 12% 3.193.292 4.224.378 2.188.294 2.161.470
Outros 148.386
5.942.046 7.799.890 3.377.211 3.593.486
34.439.489 42.976.885 6.408.872 8.589.120
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Dólar norte-americano 28.127.183 34.316.556 2.377.944 3.247.769
Iene 783.715 1.190.003 783.715 1.190.003
Euro 564.437 801.071 398.843 562.338
Real 3.160.909 5.669.497 2.848.370 3.589.010
Outras 1.803.245 999.758
34.439.489 42.976.885 6.408.872 8.589.120
13. Financiamentos
CONSOLIDADO CONTROLADORA
CIRCULANTE LONGO PRAZO CIRCULANTE LONGO PRAZO
2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004
No exterior
Instituições financeiras 5.228.367 5.445.159 10.363.546 15.237.769 778.554 1.010.071 2.659.830 3.846.012
Obrigações ao portador –
"Notes", Global Notes e
Global step-up Notes 1.012.479 1.475.864 15.340.322 15.163.027 601.572 19.066 371.831 1.149.622
Fornecedores 103.002 185.760 28.527 1.024.274
Trust Certificates -
"Senior/Junior" 976.956 407.930 1.239.214 3.349.375
Outros 72.523 45.463 1.525.834 402.550
Subtotal 7.393.327 7.560.176 28.497.443 35.176.995 1.380.126 1.029.137 3.031.661 4.995.634
No País
Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico
e Social - BNDES 1.611.568 528.482 2.004.273 2.273.095 8.970 4.477
Debêntures 563.535 562.047 3.156.688 4.571.147 161.116 158.623 2.743.606 2.760.615
FINAME – vinculados à
construção do
Gasoduto Bolívia-Brasil 98.157 131.008 528.840 738.887 98.157 110.918 528.840 708.754
Outros 836.411 23.516 252.245 216.761 16.322 2.590 104.765 119.640
Subtotal 3.109.671 1.245.053 5.942.046 7.799.890 275.595 281.101 3.377.211 3.593.486
10.502.998 8.805.229 34.439.489 42.976.885 1.655.721 1.310.238 6.408.872 8.589.120
Juros sobre financiamentos (1.913.369) (585.374) (156.709) (165.265)
Principal 8.589.629 8.219.855 1.499.012 1.144.973
Parcela circulante
dos financiamentos
de longo prazo (4.824.194) (4.884.758) (1.499.012) (1.144.973)
Total dos financiamentos
de curto prazo 3.765.435 3.335.097
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(e) Pré-pagamento de obrigações negociáveis da compañia Mega
Em 31 de março de 2005, a Compañía Mega efetuou o pré-pagamento parcial das notas da Série G, no montante
de aproximadamente US$ 110 milhões, acrescidos de juros de US$ 530 mil e de um prêmio Make Whole Amount
previsto no contrato de financiamento no valor de aproximadamente US$ 30.8 milhões. A parcela referente à
PETROBRAS nestes três montantes foram de aproximadamente US$ 37.4 milhões para o principal, US$ 179 mil
para os juros e US$ 10.5 milhões para o prêmio.
Em 29 de agosto de 2005 a Compañía Mega pagou a totalidade das Obrigações Negociáveis Serie G por um
montante aproximado de US$ 57.4 milhões, mais os juros incorridos entre 15 de junho de 2005 e 29 de agosto de
2005 por um montante aproximado de US$ 1.3 milhões e o Make Whole Amount por um montante aproximado de
US$ 16.3 milhões. A parcela correspondente à PETROBRAS é de 34% dos montantes mencionados anteriormente.
(f) Projeto GASENE e gasoduto Urucu-Coari-Manaus e do gasoduto Urucu-Coari
A PETROBRAS assinou em 05 de dezembro de 2005, com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), contrato ponte no valor de R$ 800.000 para a sociedade de propósito específico Transportadora
GASENE S.A., responsável pela implementação do Projeto do Gasoduto de Interligação Sudeste Nordeste –
GASENE e R$ 800.000 para a sociedade de propósito específico Transportadora Urucu Manaus S.A. dando
continuidade da estruturação financeira dos projetos do Gasoduto Urucu-Coari-Manaus e do duto para Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP) Urucu-Coari.
(g) Financiamento da plataforma P-51
Em 5 de dezembro de 2005, a PETROBRAS NETHERLANDS B.V. - PNBV, subsidiária integral da PETROBRAS,
assinou um contrato de financiamento com o BNDES, no montante de US$ 402 milhões (equivalentes a
R$ 941.000), para o conteúdo nacional da plataforma semi-submersível P-51, que está sendo construída no Brasil.
O financiamento será amortizado em 10 anos após o término do período de construção da plataforma, previsto
para o último trimestre de 2007.
Em paralelo, existem outras linhas de crédito já assinadas com o BNP Paribas, garantidas por agências de crédito à
exportação européias, e com o Nordic Investment Bank para o financiamento de equipamentos importados da plataforma.
A construção da plataforma está sendo realizada através dos contratos de engenharia, suprimento e construção,
com o consórcio Fels Setal/Technip, de construção e montagem dos motocompressores, com a empresa Nuovo
Pignone, e de construção e montagem dos turbogeradores com a Rolls Royce, totalizando, aproximadamente,
US$ 810 milhões (R$ 1.896.000). A P-51 será uma das plataformas de maior capacidade de processamento da
PETROBRAS no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, com início previsto para 2008.
(h) Outras informações
Os empréstimos e financiamentos se destinam, principalmente, à compra de matéria-prima, desenvolvimento de
projetos de produção de óleo e gás, construção de navios e de dutos, bem como à ampliação de unidades industriais.
82 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5
(d) Pré-pagamento de exportações
A PETROBRAS e a PETROBRAS FINANCE LTD. - PFL mantêm contratos (Master Export Contract e Prepayment
Agreement) entre si e, também, com uma sociedade de propósito específico, não relacionada à PETROBRAS,
denominada PF Export Receivables Master Trust (PF Export), referentes à pré-pagamento de recebíveis de
exportação a serem gerados pela PETROBRAS FINANCE LTD., por intermédio de vendas, no mercado internacional,
de óleo combustível e bunker adquiridos da PETROBRAS.
Como previsto nos contratos, a PETROBRAS FINANCE LTD. – PFL cedeu à PF Export os direitos sobre os
recebíveis futuros no montante de US$ 1.800 milhões (1ª e 2ª tranches) e, em contrapartida, a PF Export emitiu
e entregou à PETROBRAS FINANCE LTD. – PFL os seguintes títulos de sua emissão, também no montante de
US$ 1.800 milhões:
US$ 1.500 milhões de Senior Trust Certificates, que foram negociados pela PETROBRAS FINANCE LTD. – PFL
no mercado internacional pelo seu valor de face e o montante foi transferido à PETROBRAS a título de pré-
pagamento das exportações a serem efetuadas à PETROBRAS FINANCE LTD. – PFL de acordo com o
Prepayment Agreement.
US$ 300 milhões de Junior Trust Certificates, que serão mantidos em carteira na PETROBRAS FINANCE LTD.
– PFL. Se a PF Export sofrer prejuízos referentes ao recebimento do valor das exportações, transferido pela
PETROBRAS FINANCE LTD. – PFL, tais prejuízos serão compensados pelos títulos e valores mobiliários
vinculados ao pré-pagamento de exportação. Em maio de 2004, foi assinado um aditivo para permitir a
apresentação dos títulos mobiliários vinculados ao pré-pagamento de exportação compensando o saldo da
dívida Junior Trust Certificates no Balanço.
Em 31 de dezembro de 2005, o saldo do pré-pagamento das exportações, considerando as amortizações do
período, totalizava R$ 2.216.170 (R$ 3.757.305 em 2004), dos quais R$ 1.239.214 estão classificados no exigível
a longo prazo (R$ 3.349.375 em 2004) e R$ 976.956 no passivo circulante (R$ 407.930 em 2004).
A cessão dos direitos sobre os recebíveis futuros de exportações representam uma obrigação da PETROBRAS
FINANCE LTD. – PFL que será liquidada com a transferência dos recebíveis para a PF Export, à medida que forem
gerados. Sobre essa obrigação incorrem juros nas mesmas bases que os Senior e Junior Trust Certificates, como
descritos acima.
A PETROBRAS liquidou antecipadamente US$ 330 milhões relativo ao adiantamento recebido da PETROBRAS
FINANCE LTD. – PFL a título de pré-pagamento das exportações. Esta antecipação permitiu a PETROBRAS FINANCE
LTD. – PFL efetuar o pagamento em 1º de setembro de 2005 dos títulos com taxas flutuantes das séries A2 e C
das Senior Trust Certificates, emitidos pela PF Export, que venceriam em 2010 e 2013, respectivamente.
A PETROBRAS liquidará antecipadamente US$ 334 milhões relativo ao adiantamento recebido da PETROBRAS
FINANCE LTD. - PFL a título de pré-pagamento das exportações. Assim, R$ 689.921 (US$ 295 milhões) foram
reclassificados do exigível a longo prazo para passivo circulante. Esta antecipação permitirá a PETROBRAS FINANCE
LTD. - PFL efetuar o pagamento em 1º de março de 2006 dos títulos com taxas fixas das séries A1 e B das Senior
Trust Certificates, emitidos pela PF Export, que venceriam em 2010 e 2011, respectivamente.
DF_038a089_IPSIS.qxd 6/23/06 8:53 PM Page 82
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Despesas financeiras
Empréstimos e financiamentos (3.508.608) (3.646.894) (658.012) (710.095)
Fornecedores (44.278) (21.502) (1.515.336) (1.441.428)
Juros capitalizados 19.272 13.267 19.272 13.267
Outras (1.031.159) (1.524.930) (88.582) (114.585)
(4.564.773) (5.180.059) (2.242.658) (2.252.841)
Receitas financeiras
Aplicações financeiras 358.101 468.090 (188.097) 30.465
Subsidiárias, controladas, coligadas
e controladas em conjunto 2 56.240 2.043.207 1.140.506
Adiantamentos a fornecedores 79.370 93.127 79.370 93.127
Adiantamento para plano pensão 73.316 73.959 73.316 73.959
Outras 840.621 584.718 361.301 273.328
1.351.410 1.276.134 2.369.097 1.611.385
Variações cambiais e
monetárias, líquidas 370.536 583.346 (1.187.233) 77.243
(2.842.827) (3.320.579) (1.060.794) (564.213)
As debêntures emitidas com a finalidade de financiar, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social - BNDES, a aquisição antecipada do direito de transportar, no Gasoduto Bolívia-Brasil, o volume de 6
milhões de m3/dia de gás, pelo prazo de 40 anos (TCO - Transportation Capacity Option), totalizaram R$ 430.000
(43.000 títulos, com valor nominal de R$ 10) com vencimento em 15 de fevereiro de 2015. Essas debêntures
possuem garantia concedida pela GASPETRO, interveniente da operação, ao BNDES de ações ordinárias de sua
propriedade, emitidas pela Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A. – TBG controlada da GASPETRO.
As instituições financeiras no exterior não requerem garantias à PETROBRAS. Os financiamentos concedidos
pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES estão garantidos pelos bens financiados
(tubos de aço carbono para o Gasoduto Bolívia-Brasil e embarcações).
Por conta de contrato de garantia emitido pela União em favor de Agências Multilaterais de Crédito, motivado
pelos financiamentos captados pela TBG, foram firmados contratos de contragarantia, tendo como signatários a
União, TBG, PETROBRAS, PETROQUISA e Banco do Brasil S.A., nos quais a TBG se compromete a vincular as suas
receitas à ordem do Tesouro Nacional até a liquidação das obrigações garantidas pela União.
14. Receitas (despesas) financeiras, líquidas
Os encargos financeiros e as variações cambiais e monetárias líquidas, apropriados ao resultado de 2005 e de
2004, estão demonstrados abaixo:
P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 85
A PETROBRAS e suas subsidiárias têm intenso relacionamento comercial e financeiro com o mercado internacional, com
operações em moeda estrangeira impactadas pela valorização do real, em relação ao dólar norte-americano, ocorrida nos
exercícios de 2005 e 2004 de 11,82% e 8,13%, respectivamente, integralmente reconhecidas no resultado dos exercícios.
15. Outras despesas operacionais, líquidas
16. Impostos, contribuições e participações
(a) Impostos a recuperar
84 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Resultado de arrendamento
de bens e instalações 51.442 45.324 (118.880) (661.318)
Relações institucionais e projetos culturais (977.486) (757.650) (873.466) (667.389)
Resultado de operações com termoelétrica (1.126.208) (597.202) (1.074.128) (326.115)
Encargos contratuais com serviços
de transportes - "ship or pay" (147.441) (169.045) (205.588) (416.575)
Paradas não programadas e
equipamentos fora de operação (157.041) (245.086) (151.734) (237.855)
Dispêndio com processos judiciais e contingências (343.142) (461.423) (381.524) (104.217)
Resultado de operações com "hedge" 401.217 (13.813) 401.626 (21.588)
Outros (327.760) (23.823) (288.368) (369.808)
(2.626.419) (2.222.718) (2.692.062) (2.804.865)
CONSOLIDADO CONTROLADORA
ATIVO CIRCULANTE 2005 2004 2005 2004
No país:
ICMS a recuperar 2.776.973 1.873.054 2.271.072 1.381.591
PASEP/COFINS a recuperar 377.468 386.009 201.551 182.760
CIDE a recuperar 34.792 17.919 34.792 17.919
Imposto de renda a recuperar 762.532 581.613 119.638 253.367
Contribuição social a recuperar 156.349 128.822 11.244 11.244
Imposto de renda e contribuição social diferidos 1.311.396 942.084 1.134.827 848.681
Outras impostos a recuperar 297.216 452.562 264.051 270.445
5.716.726 4.382.063 4.037.175 2.966.00
No exterior:
Imposto sobre valor agregado - IVA 406.318 382.244
Imposto de renda e contribuição social diferidos 283.483
Outros impostos a recuperar 144.470 78.407
834.271 460.651
6.550.997 4.842.714 4.037.175 2.966.007
DF_038a089_IPSIS.qxd 6/23/06 8:53 PM Page 84
Imposto de renda e contribuição social diferidos passivos
86 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 87
(b) Impostos, contribuições e participações
A Fazenda Pública do Estado de São Paulo promoveu execução fiscal para cobrar o recolhimento de ICMS sobre
operações com nafta-petroquímica naquele Estado, relativo ao período compreendido entre setembro de 1984 e
fevereiro de 1989. O processo percorreu todas as instâncias e o Judiciário acabou firmando posição contrária à
tese defendida pela Companhia, entendendo que, neste caso específico, o ICMS seria devido sobre tais operações.
A Companhia efetuou acordo para recolhimento do valor de R$ 286.256 que com os acréscimos totalizou
R$ 353.256, para pagamento em 60 parcelas iguais e sucessivas, desde de abril de 2005.
(c) Impostos e contribuição social diferidos – longo prazo
CONSOLIDADO CONTROLADORAPASSIVO CIRCULANTE 2005 2004 2005 2004
ICMS 2.509.352 1.863.751 2.296.543 1.721.904
COFINS 254.968 505.009 118.554 393.521
CIDE 577.742 653.222 530.882 608.264
PASEP 43.415 111.729 13.598 87.043
Participação especial/royalties 2.507.795 2.045.052 2.476.946 2.007.969
Imposto de renda retido na fonte 414.382 77.065 410.964 62.599
Contribuição social retida na fonte 178.004 97.505 178.004 97.505
Imposto de renda e contribuição social corrente 1.011.556 1.001.461 234.395 470.897
Imposto de renda e contribuição social diferidos 1.046.862 1.010.541 902.225 957.908
Outras taxas 387.265 488.679 130.397 175.953
8.931.341 7.854.014 7.292.508 6.583.563
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Ativo - realizável a longo prazo
Imposto de renda e contribuição social diferidos 2.617.516 2.681.481 1.102.845 860.433
ICMS diferido 1.477.460 1.357.904 1.230.796 1.169.835
Outros 242.385 109.300
4.337.361 4.148.685 2.333.641 2.030.268
Passivo - exigível a longo prazo
Imposto de renda e
contribuição social diferidos 8.461.721 7.474.135 6.270.290 5.263.660
2005
NATUREZA
Provisões contingenciais
e créditos duvidosos
Paradas programadas
Plano de pensão
(parcela das patrocinadoras)
Prejuízos fiscais
Lucro não realizado
Provisão para participação nos lucros
Remuneração aos acionistas
– juros s/capital próprio
Diferença temporária entre depreciação
unidade produzida e linear
Outros
Total
No longo prazo
No circulante
CONSOLIDADO
509.739
157.088
894.491
363.569
907.572
344.945
372.822
662.169
4.212.395
2.617.516
1.594.879
CONTROLADORA
243.199
143.301
869.934
305.857
372.822
131.252
171.307
2.237.672
1.102.845
1.134.827
FUNDAMENTO PARA REALIZAÇÃO
Realização pela efetivação fiscal
da perda e ajuizamento de ações
e créditos vencidos.
Mediante a realização
efetiva da manutenção.
Pelo pagamento das contribuições.
Com lucros tributáveis futuros.
Mediante a realização
efetiva dos lucros
Quando for efetuado o pagamento.
Pelo crédito individualizado
ao acionista.
Realização no prazo da
depreciação linear dos bens
2005
NATUREZA
Custos com prospecção e perfuração
para extração de petróleo (líquido de
depreciação)
Diferença entre critério de depreciação
fiscal e contábil
IR e CS sobre lucros no exterior
Prejuízos fiscais
Depreciação acelerada e especial
Inversões em controladas e coligadas
Outros
Total
No longo prazo
No circulante
CONSOLIDADO
6.913.832
872.690
268.334
41.317
36.230
192.459
1.183.721
9.508.583
8.461.721
1.046.862
CONTROLADORA
6.913.832
219.483
36.230
2.970
7.172.515
6.270.290
902.225
FUNDAMENTO PARA REALIZAÇÃO
Conforme depreciação pelo método de
unidades produzidas em relação às reservas
provadas/desenvolvidas dos campos de
Petróleo.
Diferenças de depreciação/amortização
utilizadas para efeito fiscal e contábil
Mediante a ocorrência de fatos geradores
para disponibilização dos lucros.
Com lucros tributáveis futuros
Mediante depreciação pela vida útil
do bem ou alienação.
Mediante a ocorrência de fatos geradores
para disponibilização
dos lucros.
(d) Imposto de renda e contribuição social diferidos
Os fundamentos e as expectativas para realização dos ativos e obrigações fiscais diferidos estão apresentados a seguir:
Imposto de renda e contribuição social diferidos ativos
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P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 8988 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5
Realização do imposto de renda e da contribuição social diferidos
Na Controladora, a realização dos créditos fiscais diferidos ativos no montante de R$ 2.237.672 não depende de
lucros futuros porque estes serão absorvidos anualmente pela realização do passivo fiscal diferido. No consolidado,
para a parcela que excede o saldo da Controladora, quando aplicável, as Administrações das subsidiárias, com base
em projeções efetuadas, têm expectativa de compensar estes créditos no prazo de até dez anos.
A TBG, controlada da subsidiária GASPETRO, apresentava em 31 de dezembro de 2005 créditos tributários
decorrentes de prejuízos fiscais acumulados e bases negativas de imposto de renda e contribuição social no
montante de R$ 300.103 (R$ 405.540 em 2004), que podem ser compensados com impostos calculados sobre
lucros tributáveis futuros limitado a 30% sobre o lucro tributável anual, com base na Lei nº 9.249/95, o que, na
consideração da administração da TBG, ocorrerá no decorrer da vida útil do projeto Gasoduto Bolívia-Brasil.
Entretanto, considerando o critério para registro contábil do ativo fiscal diferido contido na Instrução CVM nº
371/02 quanto à apuração do lucro tributável em três dos cinco últimos exercícios sociais e o longo prazo
estimado para sua utilização, esses créditos não estão registrados nas demonstrações contábeis consolidadas em
31 de dezembro de 2005 e 2004. O reconhecimento contábil desses créditos será reavaliado anualmente.
A controlada PETROBRAS Energia S.A. - PESA possui créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais acumulados
equivalentes a aproximadamente R$ 823.917 (R$ 1.196.000 em 2004) não registrados em seu ativo. Em função de
legislação tributária específica na Argentina e outros países onde a PESA tem investimentos, que definem prazos de
prescrição para tais créditos, somente poderão ser utilizados para compensação com futuros tributos a pagar no
máximo até 2007 o montante de R$ 774.407 e de 2010 em diante o montante equivalente a R$ 49.510.
EXPECTATIVA DE REALIZAÇÃO
CONSOLIDADO CONTROLADORA
IMPOSTO DE IMPOSTO DE IMPOSTO DE IMPOSTO DE
RENDA E CSLL RENDA E CSLL RENDA E CSLL RENDA E CSLL
DIFERIDOS ATIVOS DIFERIDOS PASSIVOS DIFERIDOS ATIVOS DIFERIDOS PASSIVOS
2006 1.696.868 1.232.069 1.134.827 902.224
2007 413.337 1.191.013 122.924 901.906
2008 243.818 1.147.788 122.925 901.906
2009 196.743 1.126.746 100.377 901.906
2010 199.133 1.203.944 100.377 901.906
2011 413.787 1.056.111 362.070 901.432
2012 em diante 1.048.709 2.550.912 294.172 1.761.235
Parcela registrada contabilmente 4.212.395 9.508.583 2.237.672 7.172.515
Parcela não registrada contabilmente 1.276.704 152.684
Total 5.489.099 9.508.583 2.390.356 7.172.515
2005 2004
Lucro do exercício antes dos impostos e após a participação dos empregados 35.549.802 25.474.367
Imposto de renda e contribuição social às alíquotas nominais (34%) (12.086.933) (8.662.382)
Ajustes para apuração alíquota efetiva:
Adições permanentes, líquidas (703.242) (444.947)
Resultado equivalência patrimonial (100.503) (66.249)
Créditos em razão da inclusão de JSCP como despesas operacionais 1.879.948 1.651.947
IR diferido regime de caixa - VC MP 2158-35/01 (96.943) 179.924
Amortização de ágio/deságio (11.687) 7.395
Incentivos fiscais 311.187 131.647
Outros 6.017 298.796
Despesa com formação de provisão para imposto de renda e contribuição social (10.802.156 ) (6.903.869)
Imposto de renda/contribuição social diferidos (501.636) (1.058.295)
Imposto de renda/contribuição social correntes (10.300.520) (5.845.574)
(10.802.156) (6.903.869)
2005 2004
Lucro do exercício antes dos impostos e após a participação dos empregados 32.453.964 24.645.625
Imposto de renda e contribuição social às alíquotas nominais (34%) (11.034.348) (8.379.513)
Ajustes para apuração alíquota efetiva:
Adições permanentes, líquidas (750.841) (561.082)
Resultado de equivalência patrimonial 617.574 457.421
Créditos em razão da inclusão de JSCP como despesas operacionais 1.864.115 1.416.117
Amortização do ágio / deságio (11.687) 1.537
Incentivos fiscais 309.992 130.858
Ajuste IRPJ e CSLL de exercícios anteriores 1.313 43.208
Despesa com formação de provisão para imposto de renda e contribuição social (9.003.882) (6.891.454)
Imposto de renda e contribuição social diferidos (422.392) (1.692.288)
Imposto de renda/contribuição social correntes (8.581.490) (5.199.166)
(9.003.882) (6.891.454)
Controladora
(e) Reconciliação do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
A reconciliação dos impostos apurados conforme alíquotas nominais e o valor dos impostos registrados nos
exercícios de 2005 e de 2004 estão apresentados a seguir:
Consolidado
DF_038a089_IPSIS.qxd 6/23/06 8:53 PM Page 88
P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 91
A relação das contribuições entre patrocinadores e participantes do Plano PETROS, considerando apenas
aquelas atribuíveis à PETROBRAS e suas subsidiárias, em 31 de dezembro de 2005 e 2004 foi de 1,00.
A avaliação do plano de custeio da PETROS é procedida por atuários independentes, em regime de
capitalização, adotado em caráter geral.
Na apuração de eventual déficit no plano de benefício definido, de acordo com o método de custeio atuarial
utilizado pela PETROS, a legislação brasileira, na Emenda Constitucional n° 20, sobre planos de previdência
complementar de empresas de economia mista prevê que o equacionamento deste déficit, via ajuste nas
contribuições normais, deverá ser custeado paritariamente entre patrocinadoras e participantes.
Novo plano de benefícios
Em 2001, foi criado um plano misto de previdência denominado PETROBRAS VIDA, destinado aos atuais e novos
empregados, o qual porém foi suspenso desde aquele exercício, em virtude de liminares concedidas em mandado de
segurança impetrado por entidades sindicais cujo mérito da ação teve a sentença proferida em 2004, tornando nulo o ato
do Secretário de Previdência Complementar do MPAS que aprovara o novo plano, declarando inválidas eventuais
alterações promovidas no Plano Petros, com base naquela aprovação. O processo está em recurso, em segunda instância.
Em junho de 2005, a Juíza da 7ª VF/RJ, determinou a intimação da PETROBRAS e da PETROS para que
“comprovem nos autos o aporte patronal ao PLANO PETROS de todos os empregados contratados após agosto
de 2002, ou alternativamente, a compensação dos prejuízos, apontados nos balanços contábeis, sob pena de
responsabilidade pecuniária, multa dia, a ser arbitrada”.
Diante dos termos dessa decisão, a PETROS ingressou com petição informando em Juízo que a PETROBRAS
realizou aporte “a título de equacionamento do déficit apurado no fechamento do Plano”. Nessa mesma data, a
PETROS interpôs recurso de Agravo Retido requerendo a retratação da Juíza diante das informações que prestou.
A PETROBRAS, quanto à realização de aporte, reportou-se às informações prestadas pela PETROS e, também,
interpôs recurso de Agravo, buscando reverter os termos dessa última decisão. O Sindicato autor da ação
apresentou suas contra-razões ao referido recurso e os autos, atualmente, estão com o Relator para
despacho/decisão.
Na ação de origem, a Advocacia Geral da União apresentou sua manifestação, o processo foi depois remetido
ao Ministério Público para ciência e, atualmente, encontra-se concluso com o Juiz para decisão.
Em 31 de dezembro de 2005, a PETROBRAS mantinha um saldo de adiantamento para o plano de pensão no
valor de R$ 1.205.358 (R$ 1.217.612 em 2004). Os impactos da adesão e o custo com os benefícios previstos
no novo plano serão avaliados conforme os conceitos estabelecidos na Deliberação CVM nº 371/00 e somente
serão apurados e reconhecidos contabilmente quando a questão for definida.
O Plano PETROS está fechado aos novos empregados do sistema PETROBRAS e a Companhia fez um seguro
de vida em grupo para cobertura de todos os empregados admitidos posteriormente. Este seguro vigorará
enquanto não for implantado um novo plano de previdência privada.
Em 2003, a PETROBRAS constituiu um grupo de trabalho onde participam representantes da Federação Única
dos Petroleiros – FUP e sindicatos, com o objetivo de fazer avaliações técnicas, elaborar diagnósticos e alternativas
para o aprimoramento e fortalecimento do modelo de previdência complementar da Companhia.
90 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5
17. Benefícios concedidos a empregados
(a) Plano de Pensão - Fundação PETROBRAS de Seguridade Social – PETROS
A Fundação PETROBRAS de Seguridade Social – PETROS e o plano de benefícios em vigor (Plano PETROS)
A Fundação PETROBRAS de Seguridade Social - PETROS, constituída pela PETROBRAS, é uma pessoa jurídica de
direito privado, de fins não lucrativos, com autonomia administrativa e financeira que, na qualidade de entidade
fechada de previdência complementar, tem por objetivos primordiais:
(i) Instituir, administrar e executar planos de benefícios das empresas ou entidades com as quais tiver firmado
convênio de adesão;
(ii) prestar serviços de administração e execução de planos de benefícios de natureza previdenciária; e
(iii) promover o bem-estar social dos seus participantes, especialmente no que concerne à previdência.
O Plano PETROS é do tipo benefício definido e foi instituído pela PETROBRAS, em julho de 1970, para
assegurar aos participantes uma suplementação do benefício concedido pela Previdência Social. Após o
processo de separação de massas concluído em 2001, o Plano PETROS transformou-se em diversos planos de
benefícios definidos.
Em 31 de dezembro, de 2005, as seguintes empresas patrocinadoras pertenciam ao Plano PETROS no âmbito
do Sistema PETROBRAS: Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS, PETROBRAS Distribuidora S.A. - BR, PETROBRAS
Química S.A. - PETROQUISA, e Alberto Pasqualini - REFAP S.A., controlada da Downstream Participações Ltda.
A PETROS recebe contribuições mensais das empresas patrocinadoras que compõem o Plano PETROS
equivalentes a 12,93% sobre a folha de salários dos empregados participantes do plano e contribuições dos
empregados e aposentados, bem como aufere rendimentos pela aplicação dessas contribuições em investimentos.
Benefícios concedidos a empregados
Os compromissos atuariais com os planos de benefícios de pensão e aposentadoria, como também os
compromissos atuariais relacionados ao plano de assistência médica, detalhado mais adiante, são provisionados
no balanço da Companhia, com base em cálculo atuarial elaborado por atuário independente, de acordo com o
método da unidade de crédito projetada, líquido dos ativos garantidores do plano, quando aplicável, sendo os
custos referentes ao aumento do valor presente da obrigação resultante do serviço prestado pelo empregado
reconhecidos durante o período laborativo dos empregados. Os ativos garantidores do plano de pensão são
apresentados reduzindo o passivo atuarial líquido.
O método da unidade de crédito projetada considera cada período de serviço como fato gerador de uma unidade
adicional de benefício, que são acumuladas para o cômputo da obrigação final. Adicionalmente, são utilizadas outras
premissas atuariais, tais como estimativa da evolução dos custos com assistência médica, hipóteses biométricas e
econômicas e, também, dados históricos de gastos incorridos e de contribuição dos empregados.
Os ganhos e perdas atuariais decorrentes das diferenças entre as premissas atuariais e o efetivamente ocorrido
são, respectivamente, incluídos ou excluídos na determinação do passivo atuarial líquido. Esses ganhos e perdas
são amortizados ao longo do período médio de serviço remanescente dos empregados ativos.
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P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 93
à evolução da economia Argentina, a PESA, a partir do mês de janeiro de 2002, suspendeu temporariamente este
benefício. O benefício será restabelecido quando se identificar um método de poupança provisório para tal fim.
Plano de pensão de benefícios definidos
Têm direito a este benefício todos aqueles empregados da PESA que tenham participado do plano de contribuição
definida de forma ininterrupta e que tenham ingressado na sociedade antes de 31 de maio de 1995, e acumulem o
tempo de serviço requerido. O benefício é calculado com base no último salário dos trabalhadores participantes do
plano e a quantidade de anos de serviço. O plano é de natureza complementar. Isto significa que o benefício recebido
pelo empregado consiste no valor determinado em conformidade com as disposições do plano, depois de deduzir os
benefícios outorgados em virtude do plano de contribuições e do sistema público de aposentadorias, de tal modo
que a soma dos benefícios totais recebidos por cada empregado seja equivalente ao definido no plano. No momento
da aposentadoria, os empregados têm direito a receber um pagamento mensal fixo.
O plano requer aporte a um fundo pela Companhia, sem que haja qualquer contribuição a este fundo por parte
dos empregados, sendo condição apenas que os mesmos aportem ao sistema de aposentadoria oficial, público ou
privado, com base na totalidade de seus salários. Os ativos do fundo têm sido aportados a um fideicomisso, cujas
premissas de investimentos contemplam obrigatoriamente à preservação do capital em dólares norte americanos, a
manutenção da liquidez e a obtenção do máximo de rentabilidade de mercado para aplicações de 30 dias. Bank of
New York é o agente fiduciário, sendo Watson Wyatt o agente administrador. A sociedade determina o passivo
correspondente a este plano utilizando métodos de cálculo atuarial. As premissas utilizadas no cálculo atuarial não são
as mesmas adotadas para as demais empresas do Sistema PETROBRAS.
Em conformidade com o estabelecido no Estatuto da PESA, a Companhia realiza as suas contribuições ao fundo com base
em uma proposta da Diretoria a Assembléia até um máximo equivalente a 1,5% dos resultados líquidos de cada exercício.
(b) Plano de saúde - assistência multidisciplinar de saúde (AMS)
A PETROBRAS, PETROBRAS Distribuidora S.A. - BR, PETROBRAS Química S.A. - PETROQUISA, e a Alberto Pasqualini -
REFAP S.A., controlada da Downstream Participações Ltda., mantêm um plano de assistência médica (AMS), com
benefícios definidos, que cobre todos os empregados das empresas no Brasil (ativos e inativos) e dependentes. O
plano é administrado pela própria Companhia e os empregados contribuem com uma parcela fixa para cobertura de
grande risco e com uma parcela dos gastos incorridos referentes às demais coberturas, de acordo com tabelas de
participação baseadas em determinados parâmetros, incluindo níveis salariais.
O compromisso da Companhia relacionado aos benefícios futuros devidos aos participantes do plano é calculado
anualmente por atuário independente, com base no método da Unidade de Crédito Projetada, de forma semelhante
ao cálculo realizado para os compromissos com pensões e aposentadorias, descritos anteriormente.
O plano de assistência médica não está coberto por ativos garantidores. O pagamento dos benefícios é efetuado
pela Companhia com base nos custos incorridos pelos participantes.
Os ganhos e perdas atuariais decorrentes das diferenças entre as premissas atuariais e o efetivamente ocorrido são,
respectivamente, incluídos ou excluídos na determinação do passivo atuarial líquido. Esses ganhos e perdas são
amortizados ao longo do período médio de serviço remanescente dos empregados ativos.
92 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5
A partir destas discussões, a PETROBRAS realizou novos estudos internos para desenvolver propostas a serem
negociados com a FUP e sindicatos de petroleiros, com a Confederação dos Marítimos (Conttmaf) e representantes
do conjunto de sindicatos dos empregados da Petrobras Distribuidora (Sitramico). A Companhia tem se reunido com
estas entidades para negociar considerando questões relativas tanto ao Plano Petros, quanto a proposta de um novo
plano de previdência complementar. Um dos principais objetivos desta negociação será definir a solução para o déficit
técnico atual do Plano Petros, como também para os seus problemas estruturais já diagnosticados nos estudos iniciais
realizados com a FUP e sindicatos, sempre observando os limites impostos pela legislação previdenciária do país.
A PETROBRAS, dentro de sua política de transparência e negociação permanente, espera chegar a um
entendimento com todas as entidades sindicais o mais breve possível, a fim de encontrar e implementar soluções
estruturais e sustentáveis para questões relativas ao seu modelo de previdência complementar.
TRANSPETRO
A TRANSPETRO mantém com a PETROS um plano de previdência privada de contribuição definida, denominado
Plano TRANSPETRO, que recebe, mensalmente, contribuições equivalentes a 5,32% da folha de salários dos
participantes empregados, que é igual ao valor das contribuições dos participantes.
PETROBRAS ENERGIA S.A.
Plano pensão de contribuição definida
Em novembro de 2005, a diretoria da PETROBRAS ENERGIA aprovou a implementação de um plano de contribuições
definidas de adesão voluntária para todos os empregados da Companhia, no qual se servem para sua implementação
diversos veículos financeiros, um fideicomisso, para os aportes da PETROBRAS ENERGIA e, para opção do empregado,
um fundo comum de investimento ou aporte em uma Administradora de Fundos de Aposentadoria e Pensão (AFJP).
Através deste plano, a PETROBRAS ENERGIA realiza aportes ao fideicomisso por montantes equivalentes às
contribuições efetuadas pelos empregados participantes ao fundo comum de investimento ou AFJP, de acordo com
o plano de contribuição definida para cada nível salarial. Os empregados participantes poderão efetuar contribuições
voluntárias que excedam as estabelecidas no plano de contribuição, que não serão consideradas para efeito das
contribuições a serem efetuadas pela PETROBRAS ENERGIA. Os empregados que aderiram ao plano no momento
inicial poderão optar, de uma única vez, por realizar aportes retroativos a 1º de janeiro de 2004 ou a sua data de
ingresso na PETROBRAS ENERGIA, a que for mais próxima.
Complementar à vigência do plano, a Companhia mantém vigente uma política de benefícios para todos os
empregados, através do qual no momento da aposentadoria, concederá um mês de salário por ano de serviço na
empresa, de acordo com uma escala decrescente, conforme com os anos de vigência do plano complementar de
pensão para seu pessoal.
A PESA, controlada indireta da PETROBRAS na Argentina, efetua aportes a um plano de contribuições definidas
aplicáveis a todos aqueles empregados da sociedade cujos salários superem um nível determinado. Através deste plano,
a PESA realizou aportes adicionais por valores equivalentes aos aportes dos empregados que excederam as somas
exigidas por lei, os quais foram imputados a resultados nos períodos em que se efetuaram. Em virtude das importantes
mudanças verificadas no cenário macroeconômico a partir do final do ano de 2001, e das incertezas existentes quanto
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LIQUIGÁS DISTRIBUIDORA S.A.
O compromisso da Liquigás Distribuidora S.A. relacionado à assistência médica dos empregados ativos e aposentados
administrado pela própria Companhia, é calculado anualmente por atuário independente.
Conforme procedimento estabelecido na Deliberação CVM nº 371/00, em 31 de dezembro de 2005 a Liquigás
Distribuidora S.A. tem uma provisão para Benefício de Assistência Médica aos Empregados no montante de R$ 37.709
(R$ 35.238 em 2004).
(c) O saldo das provisões dos gastos com benefícios pós-emprego,
calculados por atuários independentes, apresenta a seguinte movimentação:
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Assistência Assistência Assistência Assistência
Aposentadorias médica Aposentadorias médica Aposentadorias médica Aposentadorias médica
e pensões supletiva e pensões supletiva e pensões supletiva e pensões supletiva
Variação das
obrigações de benefícios
Valor presente da obrigação
atuarial no início do exercício 30.548.261 10.683.803 22.394.259 8.879.781 28.778.017 9.980.813 21.230.354 8.329.509
Custo dos juros 3.363.923 1.189.586 2.532.496 1.003.884 3.168.615 1.111.087 2.399.030 940.789
Custo do serviço corrente 355.377 179.913 391.063 131.065 320.654 160.402 365.013 116.971
Benefícios pagos (1.388.186) (342.137) (1.272.463) (300.936) (1.320.209) (323.954) (1.211.790) (285.761)
Perda atuarial sobre
a obrigação atuarial 881.347 (68.131) 6.452.520 934.770 801.294 (63.953) 5.995.410 879.305
Outros (4.625) 50.386 35.239
Valor presente da
obrigação atuarial
no fim do exercício 33.756.097 11.643.034 30.548.261 10.683.803 31.748.371 10.864.395 28.778.017 9.980.813
Variação dos
ativos do plano
Ativo do plano no
início do exercício 21.100.801 18.378.629 19.979.719 17.463.969
Rendimento esperado
dos ativos do plano 2.332.154 2.041.736 2.204.273 1.937.422
Contribuições recebidas
pelo fundo 649.854 342.137 596.343 300.936 610.380 323.954 561.092 285.761
Benefícios pagos (1.388.186) (342.137) (1.272.463) (300.936) (1.320.209) (323.954) (1.211.790) (285.761)
Ganho atuarial sobre
os ativos do plano 1.716.231 1.314.153 1.562.043 1.229.299
Outras (5.441) 42.403
Valor justo dos
ativos do plano no
fim do exercício 24.405.413 21.100.801 23.036.206 19.979.719
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Assistência Assistência Assistência Assistência
Aposentadorias médica Aposentadorias médica Aposentadorias médica Aposentadorias médica
e pensões supletiva e pensões supletiva e pensões supletiva e pensões supletiva
Valores reconhecidos nas
demosntrações contábeis
Valor presente das
obrigações em excesso
ao valor justodos ativos 9.350.684 11.643.034 9.447.460 10.683.803 8.712.165 10.864.395 8.798.298 9.980.813
Perdas atuarias
não reconhecidas (6.969.382) (4.612.095) (8.309.813) (5.010.153) (6.501.281) (4.387.268) (7.782.086) (4.766.403)
Passivo atuarial líquido 2.381.302 7.030.939 1.137.647 5.673.650 2.210.884 6.477.127 1.016.212 5.214.410
Passivo circulante 482.942 441.374 461.848 414.865
Exigível a longo prazo 1.898.360 7.030.939 696.273 5.673.650 1.749.036 6.477.127 601.347 5.214.410
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Assistência Assistência Assistência Assistência
Aposentadorias médica Aposentadorias médica Aposentadorias médica Aposentadorias médica
e pensões supletiva e pensões supletiva e pensões supletiva e pensões supletiva
Saldo em 1º de janeiro 1.137.647 5.673.650 807.747 4.563.826 1.016.212 5.214.410 722.916 4.216.517
(+) Incorporação
dos empregados
de subsidiários 35.238
(+) Custos incorridos
no período 1.617.974 1.699.426 686.896 1.375.522 1.550.468 1.586.671 622.465 1.283.654
(-) Pagamento
de contribuições (376.605) (342.137) (356.996) (300.936) (355.796) (323.954) (329.169) (285.761)
Outros 2.286
Saldo em
31 de dezembro 2.381.302 7.030.939 1.137.647 5.673.650 2.210.884 6.477.127 1.016.212 5.214.410
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P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 97
(e) Premissas
Em 04 de fevereiro de 2005 a Diretoria Executiva da PETROBRAS aprovou a atualização das premissas atuariais
dos planos de pensão e de saúde no Brasil. A revisão de premissas atuariais visa acompanhar a evolução do perfil
da massa de empregados, aposentados e pensionistas, avaliados através das tábuas de longevidade, entrada em
invalidez e mortalidade de inválidos. Esta atualização busca, principalmente, aumentar a robustez dos planos de
benefícios de forma a adequá-los à maior expectativa de vida dos beneficiários.
As principais premissas adotadas no cálculo atuarial das empresas brasileiras foram as seguintes:
96 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5
A atualização das provisões foi registrada no resultado do exercício, conforme discriminado:
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Assistência Assistência Assistência Assistência
Aposentadorias médica Aposentadorias médica Aposentadorias médica Aposentadorias médica
e pensões supletiva e pensões supletiva e pensões supletiva e pensões supletiva
Custo do serviço corrente 355.377 179.913 391.063 131.065 320.654 160.402 365.013 116.971
Custo dos juros 3.363.923 1.189.586 2.532.496 1.003.884 3.168.615 1.111.087 2.399.030 940.789
Rendimento estimado
dos ativos do plano (2.332.154) (2.041.736) (2.204.273) (1.937.422)
Amortização de perdas
não reconhecidas 507.174 329.927 88.232 240.573 524.326 315.182 83.700 225.894
Contribuições
de participantes (278.124) (307.465) (258.854) (287.856)
Outros 1.778 24.306
Custo líquido
no exercício 1.617.974 1.699.426 686.896 1.375.522 1.550.468 1.586.671 622.465 1.283.654
Outras despesas com
benefícios pós-emprego 102.131 99.692
1.720.105 1.650.160
A despesa líquida com os planos de benefícios de pensão e aposentadoria concedidos e a conceder a
empregados, aposentados e pensionistas, e de saúde para o período de janeiro a dezembro, de acordo com
cálculos atuariais realizados por atuários independentes, inclui os seguintes componentes:
(d) Variação nos custos com assistência médica
As premissas de evolução de custos com assistência médica têm um impacto significativo nos saldos dos valores
provisionados e respectivos custos reconhecidos. Uma variação de 1% nessa premissa teria o seguinte impacto
nos valores apresentados:
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Assistência Assistência Assistência Assistência
Aposentadorias médica Aposentadorias médica Aposentadorias médica Aposentadorias médica
e pensões supletiva e pensões supletiva e pensões supletiva e pensões supletiva
Relativa a
empregados ativos:
Absorvida no custeio
das atividades operacionais 497.105 400.514 181.951 271.687 539.194 350.354 167.165 264.975
Diretamente no resultado 259.554 251.342 109.819 178.032 205.106 253.274 92.461 141.492
Relativa aos inativos 963.446 1.047.570 395.126 925.803 905.860 983.043 362.839 877.187
1.720.105 1.699.426 686.896 1.375.522 1.650.160 1.586.671 622.465 1.283.654
CONSOLIDADO CONTROLADORA
1% de acréscimo 1% de redução 1% de acréscimo 1% de redução
Passivo atuarial 1.854.071 (1.507.663) 1.719.468 (1.399.297)
Custo do serviço e juros 254.817 (204.862) 235.063 (189.167)
MODALIDADE PREMISSA ATUAL
Plano de benefício Benefício definido
Método de avaliação atuarial Unidade de Crédito Projetada
Tábua de mortalidade AT 2000 *
Invalidez ZIMMERMANN ajustada pela GLOBALPREV
Tábua de inválidos AT 49 *
Rotatividade Petros 0% a.a.
Rotatividade AMS Até 25 anos - 1,14% a.a.
De 26 a 30 anos - 1,28% a.a.
De 31 a 35 anos - 0,81% a.a.
De 36 a 40 anos - 0,28% a.a.
De 41 a 45 anos - 0,15% a.a.
De 46 a 50 anos - 0,23% a.a.
Mais de 50 anos - 0% a.a.
Taxa de desconto para o passivo atuarial Juros: 6% a.a. + inflação: 5% a.a.
Taxa de rendimento esperada sobre os ativos do plano Juros:6,19% a.a. + inflação: 5% a.a.
Crescimento salarial 2,08% a.a. + inflação: 5% a.a.**
(*) Unissex, resultante da ponderação entre as mortalidades previstas para o sexo masculino (85%) e feminino (15%).
(**) Até 47 anos. Após esta idade, apenas a inflação.
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(b) Reservas
Reserva de subvenção – AFRMM
Constituída pelo montante dos recursos provenientes do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante
(AFRMM) que são aplicados na aquisição, ampliação ou reparação da frota de navios, em conformidade com a
Portaria do Ministério da Fazenda nº 188, de 27 de setembro de 1984.
Reserva de reavaliação
Constituída em decorrência das reavaliações de bens do ativo imobilizado, contabilizadas por controlada em
conjunto e por coligadas de subsidiária, com base em laudos de avaliação de peritos independentes.
A realização desta reserva, proporcional à depreciação dos bens reavaliados, foi integralmente transferida para
lucros acumulados no montante de R$ 8.974 (R$ 12.096 em 2004).
Reserva legal
É constituída mediante a apropriação de 5% do lucro líquido do exercício, em conformidade com o artigo 193 da
Lei das Sociedades por Ações.
Reserva estatutária
Constituída mediante a apropriação do lucro líquido de cada exercício de um montante equivalente a, no mínimo,
0,5% do capital social integralizado no fim do exercício e destina-se ao custeio dos programas de pesquisa e
desenvolvimento tecnológico. Saldo desta reserva não pode exceder a 5% do capital social integralizado, de
acordo com o artigo 55 do Estatuto Social da Companhia.
Reserva de retenção de lucros
É destinada à aplicação em investimentos previstos em orçamento de capital, principalmente nas atividades de exploração
e desenvolvimento da produção de petróleo e gás, em conformidade com o artigo 196 da Lei das Sociedades por Ações.
Na proposta de destinação do resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2005 está prevista uma
retenção de lucros, no montante de R$ 15.104.229, sendo a parcela de R$ 15.095.255 proveniente do lucro
líquido do exercício e R$ 8.974 do saldo remanescente de lucros acumulados, que se destina a atender
parcialmente o programa anual de investimentos estabelecido no orçamento de capital do exercício de 2006, a
ser deliberado em Assembléia Geral de Acionistas em 03 de abril de 2006.
(c) Dividendos
Aos acionistas é garantido um dividendo e/ou juros sobre o capital próprio de pelo menos 25% do lucro líquido
do exercício ajustado, calculado nos termos do artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações.
A proposta do dividendo relativo ao exercício de 2005, que está sendo encaminhada pela Administração da
PETROBRAS à aprovação dos acionistas na Assembléia Geral Ordinária a ser realizada em 03 de abril de 2006, no
98 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5
18. Participação dos empregados e administradores
A participação dos empregados nos lucros ou resultados, conforme disposto na legislação em vigor, pode ocorrer
baseada em programas espontâneos mantidos pelas empresas ou em acordos com os empregados ou com as
entidades sindicais.
Dessa forma, no exercício de 2005, a PETROBRAS provisionou o valor de R$ 1.005.564 no Consolidado
(R$ 783.224 em 2004) e R$ 846.000 na Controladora (R$ 660.000 em 2004), de participação dos empregados
e administradores nos lucros ou resultados (PLR). O valor da provisão respeita os limites estabelecidos pela
Resolução nº 10, de 30 de maio de 1995, do Conselho de Controles das Empresas Estatais - CCE.
A participação dos administradores nos lucros ou resultados, será objeto de deliberação pela Assembléia Geral
Ordinária, em 3 de abril de 2006, na forma disposta pelos artigos 41 e 56 do Estatuto Social da Companhia e
pelas normas federais específicas.
19. Patrimônio líquido
(a) Capital
Em 22 de julho de 2005, a Assembléia Geral Extraordinária deliberou sobre o desdobramento em quatro, das
ações representativas do capital social da Companhia, resultando na distribuição gratuita de 3 (três) ações novas
da mesma espécie para cada uma, com base na posição acionária de 31 de agosto de 2005.
Em 31 de dezembro de 2005, o capital subscrito e integralizado no valor de R$ 32.896.138, está representado
por 2.536.673.672 ações ordinárias (634.168.418 em 2004) e 1.849.478.028 ações preferenciais (462.369.507
em 2004), todas escriturais e sem valor nominal.
As ações preferenciais terão prioridade no caso de reembolso do capital e no recebimento dos dividendos, no
mínimo, de 3% (três por cento) do valor do patrimônio líquido da ação, ou de 5% (cinco por cento) calculado
sobre a parte do capital representada por essa espécie de ações, prevalecendo sempre o maior, participando, em
igualdade com as ações ordinária, nos aumentos do capital social decorrentes de incorporação de reservas e lucros.
As ações preferenciais não asseguram direito de voto e não são conversíveis em ações ordinárias e vice-versa.
A Administração da PETROBRAS está propondo à Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada em conjunto
com a Assembléia Geral Ordinária em 03 de abril de 2006, o aumento do capital social da Companhia de
R$ 32.896.138 para R$ 48.247.669, mediante a capitalização de parte de reservas de lucros constituídas em
exercícios anteriores, no montante de R$ 15.012.224, sendo R$ 843.638 de reserva estatutária e R$ 14.168.586
de reserva de retenção de lucros; e do saldo da reserva de correção monetária do capital realizado de R$ 339.307,
sem a emissão de novas ações, de acordo com artigo 169, parágrafo 1º, da Lei nº 6.404/76.
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Os juros sobre o capital próprio foram imputados ao dividendo do exercício, na forma prevista no Estatuto Social
da Companhia. Esses juros foram contabilizados no resultado operacional, conforme requerido pela legislação fiscal,
e foram revertidos contra lucros acumulados, conforme determina a Deliberação CVM nº 207/96, resultando em um
crédito tributário de imposto de renda e contribuição social no montante de R$ 1.864.115 (R$ 1.491.291 em 2004).
20. Processos judiciais e contingências
(a) Processos judiciais provisionados
A PETROBRAS e suas subsidiárias, no curso normal de suas operações, estão envolvidas em processos legais, de
natureza cível, tributária, trabalhista e ambiental. A Companhia constituiu provisões para processos legais a valores
considerados pelos seus assessores jurídicos e sua administração como sendo suficientes para cobrir perdas
prováveis. Em 31 de dezembro, essas provisões são apresentadas da seguinte forma, de acordo com a natureza
das correspondentes causas:
Notificações do INSS – responsabilidade solidária
A PETROBRAS recebeu diversas notificações fiscais, relativas aos encargos previdenciários, em decorrência de
processos administrativos instaurados pelo INSS que atribuem responsabilidade solidária à Companhia na
contratação de serviços de construção civil e outros, prevista nos parágrafos 5º e 6º do artigo 219 e parágrafos 2º
e 3º do artigo 220 do Decreto nº 3.048/99.
Desde 2002, a Companhia, de forma conservadora, constituiu provisão para esta contingência, que totaliza
R$ 712.272 em 31 de dezembro de 2005 (R$ 654.841 em 2004).
Do total provisionado, a PETROBRAS efetuou até 31 de dezembro de 2005, desembolsos relativos a quitação
de notificações no montante de R$ 567.326 (R$ 401.995 em 2004), e R$ 108.868 de depósitos judiciais.
100 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5
montante de R$ 7.017.843, atende aos direitos garantidos, estatutariamente, às ações preferenciais (artigo 5º),
distribuindo indistintamente às ações ordinárias e preferenciais o dividendo calculado sobre o lucro básico ajustado
para esse fim, podendo ser assim demonstrado:
Os dividendos propostos em 31 de dezembro de 2005, no montante de R$ 7.017.843, incluem juros sobre capital
próprio, sendo que a primeira parcela foi aprovada pelo Conselho de Administração em 17 de junho de 2005, no
montante de R$ 2.193.076, e disponibilizada aos acionistas em 05 de janeiro de 2006, correspondente a R$ 0,50
(cinqüenta centavos) por ação ordinária e preferencial, equivalente a R$ 2,00 (dois reais) por ação antes do
desdobramento ocorrido em setembro de 2005, com base na posição acionária de 30 de junho de 2005,
atualizada monetariamente, a partir de 31 de dezembro de 2005, de acordo com a variação da taxa SELIC. A
segunda parcela, aprovada pelo Conselho de Administração em 16 de dezembro de 2005, será disponibilizada
até 31 de março de 2006, com base na posição acionária de 31 de dezembro de 2005, no montante de
R$ 2.193.076, correspondente a R$ 0,50 (cinqüenta centavos) por ação ordinária e preferencial, e a parcela final
de R$ 1.096.538, aprovada pelo Conselho de Administração em 17 de fevereiro de 2006, será disponibilizada
com base na posição acionária de 03 de abril de 2006, data da Assembléia Geral Ordinária que deliberará sobre
o assunto, correspondente a R$ 0,25 (vinte e cinco centavos) por ação ordinária e preferencial.
Os juros sobre capital próprio estão sujeitos à retenção de imposto de renda na fonte de 15%, exceto para os
acionistas imunes e isentos, conforme estabelecido na Lei nº 9.249/95.
Os dividendos e a parcela final de juros sobre o capital próprio serão pagos na data que vier a ser fixada em
Assembléia Geral Ordinária de Acionistas, e terão os seus valores atualizados monetariamente, a partir de 31 de
dezembro de 2005 até a data de início do pagamento, de acordo com a variação da taxa SELIC.
2005 2004
Lucro líquido do exercício (controladora) 23.450.082 17.754.171
Apropriação:
Reserva legal (1.172.504) (887.708)
22.277.578 16.866.463
Reversões/adições:
Reserva de reavaliação 8.974 12.096
Lucro básico para determinação do dividendo 22.286.552 16.878.559
Dividendo proposto, equivalente a 31,49% do
lucro básico - R$ 1,60 por ação (29,88% em
2004, R$ 4,60 por grupo de quatro ações após
o desdobramento), composto de:
Juros sobre o capital próprio 5.482.690 4.386.151
Dividendo 1.535.153 657.923
Total de dividendos propostos 7.017.843 5.044.074
CONSOLIDADO CONTROLADORA
2005 2004 2005 2004
Contingências sobre responsabilidade solidária - INSS 144.946 252.846 144.946 252.846
Outras contingências previdenciárias 22.699 54.000 22.699 54.000
Processos cíveis 32.766 26.265
Contingências no passivo circulante 167.645 339.612 167.645 333.111
Reclamações trabalhistas 71.875 62.355 1.231 1.543
Processos fiscais 173.277 160.315 16.169 16.169
Processos cíveis 251.793 308.178 176.550 171.708
Outras contingências 117.623 101.873 31.301 31.301
Contingências no longo prazo 614.568 632.721 225.251 220.721
Total 782.213 972.333 392.896 553.832
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Em tese, do valor total envolvido nas autuações, a parcela referente às dívidas das contratadas poderá ser
recuperada pela Companhia, seja mediante retenções de pagamentos de faturas, seja mediante a adoção de
medidas administrativas ou judiciais.
Dentre as medidas até aqui adotadas, além da apresentação de defesas, recursos e pedidos de revisão perante
o INSS, foram expedidas notificações para todas as contratadas. O pedido de Revisão Administrativa feito à
presidência do Conselho de Recursos da Previdência – CRPS, já implicou na anulação de parte das autuações.
Temos a expectativa de que os pedidos de revisão implicarão na reforma de diversas decisões.
No âmbito interno, foram revisados os procedimentos, no sentido de melhorar a fiscalização dos contratos e
exigir, de forma correta, a apresentação dos documentos previstos na legislação para comprovar o recolhimento
do INSS devido pelas contratadas.
(b) Processos judiciais não provisionados
Apresentamos a seguir a situação atual dos principais processos legais não considerados como perdas prováveis:
DESCRIÇÃO NATUREZA PROBABILIDADE DE PERDA SITUAÇÃO ATUAL
Autor : Porto Seguro
Imóveis Ltda.
Ação junto à Justiça
Estadual do Rio de Janeiro,
reclamando prejuízos
decorrentes da venda de
participação acionária em
diversas empresas
petroquímicas incluídas
no Programa Nacional
de Desestatização.
Autor : EMA – Empresa
Marambai Agro-
Industrial S/A.
Responsabilidade
civil contratual.
Cível
Cível
Possível
Possível
Em 30 de março de 2004, o Tribunal de Justiça do
RJ, por unanimidade, deu provimento ao novo
recurso interposto pela Porto Seguro, para condenar
a PETROBRAS a indenizar à PETROQUISA a
importância equivalente a R$ 6.893.382 mais 5% a
título de prêmio e 20% de honorários advocatícios.
A PETROBRAS interpôs recurso especial e
extraordinário ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e
ao Supremo Tribunal Federal (STF), que foram
inadmitidos. Contra essa decisão oferecemos
Agravo de Instrumento ao STJ e ao STF.
Em 06 de maio de 2005, o STJ deu provimento ao
agravo de instrumento para determinar o desbloqueio
do recurso especial. Contra essa decisão, a Porto
Seguro interpôs agravo regimental que, em julgamento
havido no dia 15 de dezembro de 2005, por maioria,
foi provido, restaurando o bloqueio ao julgamento de
recurso especial da PETROBRAS. A Companhia aguarda
a publicação dessa última decisão para ingresso de
recurso, por entender ser ela equivocada. Com base
na opinião dos advogados, a Companhia não espera
obter decisão final desfavorável nesse processo.
Acolhido agravo de instrumento da EMA
determinado o processamento do Recurso Especial,
pendente de julgamento.
DESCRIÇÃO NATUREZA PROBABILIDADE DE PERDA SITUAÇÃO ATUAL
Autor : Mathias
Engenharia Ltda.
Responsabilidade civil
contratual pelo desequilíbrio
de equação financeira.
Autor : Walter do Amaral
Ação popular para declarar a
nulidade do contrato da
Paulipetro/PETROBRAS
Autor : Delegacia da
Receita Federal no
Rio de Janeiro
Auto de infração referente ao
Imposto de Renda Retido na
Fonte sobre remessas de
pagamentos de afretamentos
de embarcações.
Autor : Secretaria da
Fazenda do Estado do
Rio de Janeiro
ICMS – Naufrágio da
Plataforma P-36
Autor : Secretaria da
Fazenda do Estado do
Rio de Janeiro
II E IPI – Naufrágio da
Plataforma P-36
Cível
Cível
Tributário
Tributário
Tributário
Possível
Possível
Possível
Possível
Possível
A PETROBRAS foi condenada a pagar R$ 14.040 mais
0,5% ao mês de juros, custas e 15% de honorários.
Em 30 de junho de 2005, o Superior Tribunal de
Justiça (STJ) deu provimento ao agravo de
instrumento interposto pela PETROBRAS, para que
fosse admitido o Recurso Especial.
Em 16 de novembro de 2005, foi publicada decisão
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negando
seguimento ao Recurso Especial. Em 13 de
dezembro de 2005, por decisão unânime, foi
negado provimento ao Agravo Regimental. Com base
na opinião dos advogados, a Companhia não espera
obter decisão final desfavorável nesse processo.
A execução provisória da sentença requerida pelo
autor foi julgada nula. O autor interpôs recurso
especial junto ao Tribunal Regional Federal (TRF)
ainda pendente de julgamento.
A PETROBRAS efetuou a impugnação em 20 de
março de 2003, sendo que parte do auto foi
confirmado em 1ª instância administrativa, ao qual
foi interposto recurso.
Foram apresentados novos recursos administrativos
para a Câmara Superior de Recursos Fiscais, última
instância administrativa, que se encontram
pendentes de julgamento.
Em primeira instância, foi julgado procedente o
lançamento. A PETROBRAS interpôs Recurso
Voluntário, pendente de exame. Para viabilizar recurso,
houve depósito no valor de R$ 43.661 e contratação
de fiança bancária no valor de R$ 65.491.
Decisão de primeira instância desfavorável à
PETROBRAS. Interposto Recurso Voluntário que se
encontra pendente de julgamento. A PETROBRAS
impetrou o Mandado de Segurança e obteve
liminar que sustou a cobrança.
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104 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5 105
DESCRIÇÃO NATUREZA PROBABILIDADE DE PERDA SITUAÇÃO ATUAL
Autor : Delegacia da
Receita Federal
Redução da base de
cálculo do PASEP
Autor : Secretaria da
Receita Federal
IRPJ - Denúncia espontânea
Autor : Secretaria da
Fazenda do Estado
de Alagoas
Estorno de Crédito de ICMS
Autor : Secretaria da
Fazenda do Estado
de Sergipe
Venda de GLP derivado de
Gás Natural
Autor : Secretaria da
Receita Federal
Afastamento da Cobrança da
CIDE das operações com GLP
Autor : Sindicato de
Petroleiros (Rio de Janeiro,
São Paulo e Sergipe)
Ações trabalhistas pleiteando
repasse integral aos salários
dos índices oficiais de inflação
dos anos de 1987, 1989
(Planos Bresser, Verão e Collor)
Autor : Adailton de Oliveira
Bittencourt e Outros
Reclamações trabalhistas
pleiteando o pagamento de
hora de repouso e alimentação,
após a implantação da jornada
de 6 horas.
Tributário
Tributário
Tributário
Tributário
Tributário
Trabalhista
Trabalhista
Possível
Possível
Possível
Possível
Possível
Possível
Possível
Improvido em segunda instância o recurso ex-officio
da Receita e provido em parte o recurso voluntário
da PETROBRAS. Encontra-se pendente o recurso
especial interposto pela Fazenda.
Negado provimento em 2ª instância administrativa ao
recurso voluntário. A PETROBRAS aguarda emissão
do Auto de Infração para contestar judicialmente.
A PETROBRAS aguarda julgamento do recurso
voluntário em 2ª instância administrativa.
Recursos administrativos improvidos. A PETROBRAS
aguarda execução fiscal para discussão judicial da dívida.
Em 1ª instância foi julgado procedente. A PETROBRAS
aguarda o julgamento do recurso interposto.
As ações estão em fases processuais diferentes.
Tendo por base vitórias anteriores em ações
similares, bem como o entendimento final já
sumulado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST),
a administração da Companhia não espera obter
decisão desfavorável nesses processos.
A PETROBRAS impugnou o laudo pericial que
aponta valor da indenização. Pendente de decisão.
Em 1ª instância, foi julgado improcedente e o
Tribunal Regional do Trabalho (TRT) julgou
procedente. A PETROBRAS opôs Embargos
Declaratórios à decisão do Recurso Ordinário
proposto pelo autor e aguarda publicação da decisão
favorável, sem efeito modificativo do julgado.
DESCRIÇÃO NATUREZA PROBABILIDADE DE PERDA SITUAÇÃO ATUAL
Autor : Ministério Público
do Trabalho – PRT 3ª Região
Indenização por danos ao
direito de segurança no
trabalho em favor do Fundo
de Amparo ao Trabalhador.
Trabalhista Possível
Julgado procedente em 1ª instância. A PETROBRAS
teve negado o provimento ao recurso ordinário,
parcialmente favorável ao Ministério Publico do
Trabalho. A execução está suspensa a espera do
julgamento dos recursos pendentes de exame no
Tribunal Superior do Trabalho (TST).
(b.1) Questões ambientais
A Companhia está sujeita a diversas leis e normas ambientais, que disciplinam atividades envolvendo a descarga
de petróleo, gás e outros materiais e estabelecem que os efeitos sobre o meio ambiente das operações da
Companhia devem ser por ela corrigidos ou mitigados.
Em 16 de julho de 2000, um derramamento de óleo ocorrido no Terminal São Francisco do Sul, da Refinaria
Presidente Getúlio Vargas - REPAR, localizada a aproximadamente 24 quilômetros de Curitiba, capital do Estado do
Paraná, lançou aproximadamente 1,06 milhões de galões de óleo cru no arredor. Foram gastos aproximadamente
R$ 74.000 com intuito de proceder à limpeza total da área atingida, bem como para fazer frente às multas impostas
pelas autoridades ambientais. Há os seguintes processos e procedimentos em relação a esse derramamento:
Em 16 de fevereiro de 2001, o oleoduto de Araucária - Paranaguá rompeu com um movimento sísmico e derramou
aproximadamente 15.059 galões de óleo combustível em vários rios localizados no Estado do Paraná. Em 20 de
fevereiro de 2001, foram concluídos os serviços de limpeza das superfícies dos rios, recuperando aproximadamente
13.738 galões de óleo. Como resultado do acidente foram apresentados os seguintes atos contra a empresa:
DESCRIÇÃO
Autor: AMAR – Assoc. Defesa do
Meio a Ambiente de Araucária
Indenização de danos moral e
patrimonial ambiental.
NATUREZA
Cível
PROBABILIDADE DE PERDA
Possível
SITUAÇÃO ATUAL
O juízo determinou a conexão com
as ações da Instituto Ambiental do
Paraná-IAP e Ministérios Públicos
Federal e Estadual para julgamento
em conjunto.
DESCRIÇÃO
Autor: Instituto Ambiental
do Paraná – IAP
Multa aplicada por supostos danos
causados ao meio ambiente.
NATUREZA
Multa
PROBABILIDADE DE PERDA
Possível
SITUAÇÃO ATUAL
O juízo determinou conexão com
as ações da AMAR e Ministério
Publico Federal e Estadual para
julgamento conjunto.
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(ii) Plantas termoelétricas em que a energia
produzida pertence a PETROBRAS (risco de mercado)
A PETROBRAS arrendou as plantas da IBIRITERMO e da TERMOBAHIA passando a operá-las (Contratos conversão
de energia – ECC). Ao final dos 20 anos (prazo dos contratos), as plantas termelétricas serão transferidas para
a PETROBRAS. O preço desembolsado mensalmente leva em consideração a remuneração do capital investido
pelos sócios.
Em 28 de dezembro de 2005, a PETROBRAS exercendo seu direito de preferência, concluiu a aquisição de 49%
da participação da ABB-Equity Venture (ABB-EV) na TERMOBAHIA, composta de ações e créditos, no valor de
aproximadamente R$ 106.000, utilizando estruturação financeira acordada com o BID.
Tal estruturação contempla a criação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) chamada BLADE Securities
Ltd. (“BLADE”), sediada na Irlanda, que ficará sucessora dos direitos da ABB-EV, até que a PETROBRAS apresente um
sócio estratégico, limitado ao prazo de um ano.
A estrutura da operação possui 4 pontos principais:
A PIFCO, subsidiária da PETROBRAS, repassou recursos para a BLADE para comprar da PETROBRAS a dívida e a
participação acionária, antes pertencentes à ABB-EV. De acordo com a estrutura contratual entre PIFCO e a
BLADE, esta assumiu a obrigação de repassar para a PIFCO todos os rendimentos (principal + juros) auferidos
a partir da dívida adquirida.
A dívida da TERMOBAHIA com a ABB-EV foi adquirida pela subsidiária BRASOIL e as ações foram adquiridas
diretamente pela PETROBRAS que, na seqüência, venderam, ações e dívida, para a BLADE.
A estrutura contratual possue cláusulas de opção de compra (“Put and Call Option”) que podem ser “disparadas”
dentro de determinadas condições pré-acordadas entre PETROBRAS, BLADE e BID. Uma das cláusulas permite
à PETROBRAS a prerrogativa de reaver, a qualquer momento, esses direitos e revendê-los para um sócio
estratégico, desde que se obtenha a anuência prévia do BID.
A taxa do empréstimo em dólares norte americanos foi repactuada de 18,79% a.a. para 8% a.a. (motivação
principal da operação), o que irá proporcionar uma economia, para o Sistema PETROBRAS, da ordem de
R$ 80.000, dado que a PETROBRAS, é a garantidora dos fluxos do projeto TERMOBAHIA. A venda para o sócio
estratégico está condicionada à aceitação da nova taxa do empréstimo.
Ao final desta operação a participação acionária da TERMOBAHIA permanece inalterada, à exceção da troca da
ABB-EV pela BLADE, ou seja: PETROBRAS permanece com 29%, PETROS com 20%, BLADE com 49% e EIC Eletricity
S.A. (EIC) com 2%.
A EIC está negociando a venda desses direitos para ABB-EV que, em seguida, poderá vender esses direitos à
PETROBRAS, condicionada à aprovação BID. O compromisso entre EIC, ABB-EV e PETROBRAS está formalizado
através de troca de correspondências entre as partes. Isso deverá acontecer no primeiro trimestre de 2006, quando
a PETROBRAS aumentará a sua participação na TERMOBAHIA para 31%.
(iii) Exposição financeira contingente
Com base nos itens (i) e (ii), foram revertidas as expectativas de perdas prováveis relativas às atividades do segmento
de energia a partir do exercício de 2005, não cabendo quaisquer provisionamentos para perdas futuras.
106 P E T R O B R A S A n Á l i s e F i n a n c e i r a e D e m o n s t r a ç õ e s c o n t á b e i s 2 0 0 5
(b.2) Recuperação de PIS e COFINS
A PETROBRAS e sua controlada GASPETRO ajuizaram ação ordinária perante à Justiça Federal da Seção Judiciária do
Rio de Janeiro, referente à recuperação, por meio de compensação, dos valores recolhidos a título de PIS e COFINS
incidentes sobre receitas financeiras e variações cambiais ativas, no período compreendido entre fevereiro de 1999 e
dezembro de 2002, considerando a inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98.
Em 09 de novembro de 2005, o Supremo Tribunal Federal – STF considerou inconstitucional o mencionado § 1º
do art. 3º da Lei n° 9.718/98.
Em 09 de janeiro de 2006, devido à decisão definitiva do STF, a PETROBRAS ajuizou nova ação visando recuperar
os valores de COFINS referentes ao período de janeiro de 2003 a janeiro de 2004.
O valor de R$ 1.769.657, relativo às citadas ações, não está refletido nestas demonstrações contábeis.
21. Compromissos assumidos pelo segmento de energia
A Companhia mantém compromissos de fornecimento de gás, compra de energia e reembolso de despesas operacionais
com plantas termoelétricas incluídas no Programa Prioritário de Termoeletricidade, como resumidos a seguir:
(i) Planta termoelétrica na modalidade Merchant
A PETROBRAS por entender que o contrato envolvendo a térmica Macaé Merchant, vinha gerando sério desequilíbrio
econômico-financeiro, instou a El Paso visando repactuação do mesmo, pois contratualmente as contribuições de contingência
deveriam ser eventuais e não de forma permanente e sistemática como vinham ocorrendo. Esses pagamentos vinham
ocorrendo, principalmente, devido a uma mudança estrutural no mercado, sendo excessivamente onerosos à Companhia.
Face as negociações que vinham sendo conduzidas com a El Paso, proprietária da termoelétrica Macaé Merchant,
não terem, até então, levado a um acordo para a redução dos valores contingenciais, o litígio culminou com a abertura,
em março de 2005, de um processo de arbitragem num Tribunal Arbitral.
Paralelamente El Paso e PETROBRAS voltaram a manter entendimentos sobre uma forma negociada de resolver o
litígio, culminando, em 1° de fevereiro de 2006, com a assinatura de um Memorando de Entendimento (MOU) que,
em linhas gerais, ajustam o seguinte acordo:
A PETROBRAS adquirirá as empresas El Paso Rio Claro Ltda., proprietária da Usina Termelétrica Macaé Merchant, e
a El Paso Rio Grande Ltda., responsável pela comercialização da energia disponível da Usina Termelétrica Macaé
Merchant, pelo valor de aproximadamente R$ 837.000 ao câmbio de 31 de dezembro de 2005;
A El Paso se comprometerá a quitar as dívidas existentes, relacionadas à Usina Termelétrica Macaé Merchant,
transferindo as quotas das empresas vinculadas à Usina, para a PETROBRAS.
As partes estão comprometidas a concluir a operação no menor espaço de tempo possível, sendo a intenção da
assinatura dos contratos definitivos até março de 2006, bem como requererão, em conjunto, a suspensão
temporária do procedimento arbitral internacional, e do processo cautelar judicial, os quais deverão ser extintos
quando do encerramento da operação.
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23. Informações sobre segmentos de negócios
A PETROBRAS é uma Companhia que opera de forma integrada, sendo a maior parte da produção de petróleo e
gás da área de Exploração e Produção transferida para outras áreas da PETROBRAS.
Nas demonstrações por áreas de negócio, as operações da Companhia estão apresentadas de acordo com o
modelo de organização e gestão aprovada em 23 de outubro de 2000, pelo Conselho de Administração da
PETROBRAS, contendo as seguintes áreas:
(a) Exploração e produção: abrange , por intermédio da PETROBRAS, da BRASOIL, PNBV, PIFCo e PIB BV e
Sociedades de Propósitos Específicos, as atividades de exploração, desenvolvimento da produção e
produção de óleo, líquido de gás natural e gás natural no Brasil, objetivando atender, prioritariamente, as
refinarias do país e, ainda, comercializando nos mercados interno e externo o excedente de óleo bem como
derivados produzidos em suas plantas de processamento de gás natural.
(b) Abastecimento: contempla, por intermédio da PETROBRAS, DOWNSTREAM (REFAP), TRANSPETRO,
PETROQUISA, BRASOIL, PIFCo, PIB BV e PNBV, as atividades de refino, logística, transporte e
comercialização de derivados, petróleo e alcoóis, além das participações em empresas petroquímicas no
Brasil e duas plantas de fertilizantes.
(c) Gás e Energia: engloba, por intermédio da PETROBRAS, GASPETRO, PETROBRAS COMERCIALIZADORA DE
ENERGIA, BR DISTRIBUIDORA, Sociedades de Propósitos Específicos e as Termoelétricas as atividades de
transporte e comercialização do gás natural produzido no País ou importado, a produção e comercialização
de energia e as participações societárias em transportadoras e distribuidoras de gás natural e em termelétricas.
(d) Distribuição: responsável pela distribuição de derivados, álcoois e gás natural veicular no Brasil, representada
principalmente pelas operações da BR DISTRIBUIDORA.
(e) Internacional: abrange, por intermédio da PIB BV Holanda, BRASOIL, BOC e PETROBRAS, as atividades de
exploração e produção de petróleo e gás, abastecimento e de gás e energia e distribuição realizadas em
quinze países ao redor do mundo.
No grupo de órgãos corporativos são alocados os itens que não podem ser atribuídos às demais áreas,
notadamente aqueles vinculados à gestão financeira corporativa, o overhead relativo à Administração Central e
outras despesas, inclusive as atuariais referentes aos planos de pensão e de saúde destinados aos aposentados
e beneficiários.
As informações contábeis por áreas de negócio foram elaboradas com base na premissa da controlabilidade,
objetivando atribuir às áreas de negócio somente os itens sobre os quais estas áreas tenham efetivo controle.
Destacamos, a seguir, os principais critérios utilizados na apuração de resultados por áreas de negócio:
(a) Receita operacional líquida: foram consideradas as receitas relativas às vendas realizadas a clientes externos,
acrescidas dos faturamentos entre as áreas de negócio, tendo como referência os preços internos de
transferência definidos entre as áreas, cujas metodologias de apuração são focadas em parâmetros de mercado.
(b) No lucro operacional estão computados a receita operacional líquida, os custos dos produtos e serviços
vendidos, que são apurados por área de negócio considerando o preço interno de transferência e os demais
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(iv) Compromissos de compra de gás natural
A PETROBRAS assinou com a YPFB contratos, com vigência até 2019, tendo por objeto a compra de gás natural,
comprometendo-se a comprar volumes mínimos a um preço calculado segundo fórmula atrelada ao preço do
óleo combustível.
Durante 2002 e 2005 a PETROBRAS comprou menos que o volume mínimo estabelecido no contrato com a
YPFB e pagou US$ 82 milhões referentes aos volumes não transportados.
(v) Contratos de comercialização de energia no ambiente regulado - CCEAR
Em 16 de dezembro de 2005, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL realizou licitação, na modalidade leilão,
objetivando a contratação de capacidade de energia para o Sistema Interligado Nacional – SIN, no Ambiente de
Contratação Regulada – ACR. Tal contratação regulada deve ser formalizada por meio de contratos bilaterais denominados
Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEAR, a serem celebrados entre cada concessionária
ou autorizada de geração e todas as concessionárias, permissionárias e autorizadas do serviço público de distribuição.
O CCEAR prevê que a receita das usinas vendedoras seja composta por uma parcela fixa e outra variável,
devendo ser paga mensalmente pelo comprador.
A parcela fixa deverá abranger todos os componentes a que se destina a cobertura do empreendimento.
Neste primeiro leilão de energia nova, a PETROBRAS, através de suas Termoelétricas (Baixada Santista Energia
Ltda. - BSE, Sociedade Fluminense de Energia Ltda. - SFE, Termoceará Ltda., Termorio S.A., e Unidade de Negócios
Três Lagoas), vendeu a capacidade de energia de 1.391 MW. O resultado final do leilão significará para a
Companhia, com a venda da disponibilidade das suas usinas, uma receita fixa pelo prazo de 15 anos, a valores
atuais, de R$ 199.843/ano a partir de 2008 com a venda de 352 MW, de R$ 210.878/ano a partir de 2009 com
a venda de mais 469 MW e de R$ 277.928/ano a partir de 2010 com a venda de 570 MW.
Adicionalmente a PETROBRAS poderá ser remunerada pelos custos variáveis de operação, em função de
parâmetros pré-estabelecidos e do despacho efetivo das usinas.
22. Garantias aos contratos de concessão para exploração de petróleo
A PETROBRAS concedeu garantias à Agência Nacional de Petróleo - ANP no total de R$ 5.253.287 para os
programas exploratórios mínimos e/ou extensão previstos nos contratos de concessão das áreas de exploração.
Desse montante, R$ 4.388.977 correspondem ao penhor do petróleo de campos previamente identificados e já
em fase de produção e R$ 864.310 se referem a garantias bancárias.
Compromissos de compra de gás natural 2006 2007 2008 2009 2010 - 2019
Obrigação de volume (milhões m3/dia) 24 24 24 24 24/por ano
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risco cambial, dado que a parcela de Nossas receitas vinculadas ao dólar é sensivelmente maior que a parcela
dos nossos custos e despesas naquela moeda.
Política de gestão de riscos financeiros
A política de gestão de riscos da PETROBRAS visa contribuir para um balanço adequado entre os seus objetivos
de crescimento e retorno e seu nível de exposição a riscos, quer inerentes do próprio exercício das suas atividades,
quer decorrentes do contexto em que ela opera, de modo que, através da alocação efetiva dos seus recursos -
físicos, financeiros e humanos - a Companhia possa atingir suas metas estratégicas.
Além de assegurar proteção adequada aos seus ativos fixos, instalações, operações e administradores, gerenciar
a exposição ao risco financeiro, tributário, regulatório, de mercado, das operações de crédito, dentre outros, a
política de gestão de riscos da PETROBRAS busca explicitar seu caráter de complementaridade à ações estruturais
que criarão fundamentos econômico-financeiros sólidos, capazes de garantir que as oportunidades de crescimento
serão aproveitadas, mesmo em meio à condições externas adversas.
Esta política tem como filosofia orientar as decisões de transferência de risco e está sustentada em ações
estruturais fundamentadas nos processos de disciplina de capital e gestão do endividamento. São elas:
Produzir barato - a disciplina de capital assegura custos competitivos para todos os produtos comercializados.
Níveis de investimentos futuros definidos de forma realista, considerando o equilíbrio entre a rentabilidade e
crescimento, aderência estratégica da carteira de projetos e a manutenção da liquidez e solvência da
Companhia, criando condições necessárias para um crescimento sustentável.
Gestão prudente do endividamento, buscando o casamento dos fluxos de caixa operacional e das dívidas,
incluindo volumes, moedas, duração e indexadores, reduzindo, conseqüentemente, o risco de insolvência.
Outras características importantes da gestão de riscos da PETROBRAS:
Gestão integrada dos riscos de mercado que quantifica as exposições totais, observa a existência de hedges
naturais e age sobre a exposição líquida da Companhia, evitando ações isoladas das Unidades de Negócio
que não contribuam para a otimização dos riscos corporativos.
Respeito aos conceitos de mercado eficiente e diversificação. A PETROBRAS entende que atua em alguns
dos mercados mais líquidos do mundo, onde a possibilidade de previsão sistemática de preços futuros é
bastante limitada. Como conseqüência, sua gestão de riscos concentra-se na eliminação de eventos extremos
indesejáveis ao invés de minimizar a variância de resultados, fluxo de caixa, etc.
Alto padrão de transparência nas divulgações das potenciais exposições da Companhia.
Avaliação de riscos
A avaliação dos riscos de “financiabilidade” do plano estratégico da Companhia é realizada pela análise
probabilística da projeção do fluxo de caixa da empresa para um período de até dois anos.
Verificada a possibilidade de ocorrerem saldos de caixa futuros inferiores ao mínimo considerado adequado, são
propostas ações que reduzam esse risco a níveis aceitáveis, diminuindo o risco de postergações ou interrupções
no plano de investimentos da Companhia.
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custos operacionais de cada segmento, bem como as despesas operacionais, nas quais são consideradas
as despesas efetivamente incorridas em cada área.
(c) Ativos: contemplam os ativos identificados a cada área.
24. Instrumentos derivativos, hedging e atividades de gerenciamento de riscos
Em 2004, a Diretoria Executiva da PETROBRAS instituiu o Comitê de Gestão de Riscos, formado por gerentes
executivos de todas as áreas de negócio e de diversas áreas corporativas. Esse comitê tem o objetivo de garantir
o gerenciamento integrado das exposições aos riscos e formalizar as principais diretrizes de atuação da Companhia
para lidar com as incertezas das suas atividades.
A criação do Comitê de Gestão de Riscos visa concentrar as informações e discussão de ações de
gerenciamento dos riscos, facilitando a comunicação com a Diretoria e o Conselho de Administração em aspectos
relacionados as melhores práticas de governança corporativa.
Diversas comissões, criadas pelo Comitê de Gestão de Riscos, vêm desenvolvendo diretrizes específicas para o
gerenciamento dos riscos de crédito, patrimoniais e de responsabilidade, de preços de commodities, cambiais e
de taxas de juros com o objetivo de aproximar ainda mais das atividades operacionais e comerciais da Companhia
as orientações da política corporativa de gestão de riscos.
Características dos mercados onde a PETROBRAS atua
A Companhia está exposta a uma série de riscos de mercado decorrentes de suas operações. Tais riscos envolvem
principalmente o fato de que eventuais variações nos preços de petróleo e derivados, nas taxas cambiais ou de
juros, possam afetar negativamente o valor dos ativos e passivos financeiros ou fluxos de caixa futuros e lucros da
Companhia. A PETROBRAS mantém uma política global de gerenciamento de riscos que vem se desenvolvendo
sob a gestão dos diretores da Companhia.
A maior parcela das receitas da PETROBRAS vem do mercado brasileiro, com a venda, em reais, de derivados
de petróleo. O restante é gerado pelas exportações de produtos e vendas advindas das atividades internacionais.
Em ambos os casos, os preços guardam estreita relação com o mercado internacional.
Com a desregulamentação dos preços ocorrida a partir de janeiro de 2002, a maior parcela dos preços
praticados no mercado interno guarda, também, estreita relação com o mercado internacional. Desde então, as
variações na taxa de câmbio e nos preços de referência do mercado internacional são compensadas nos preços
do mercado doméstico, mesmo considerando-se alguma defasagem.
Como conseqüência dessas características dos mercados em que a PETROBRAS atua, temos que:
Parcela considerável do total da dívida e do fluxo de caixa operacional futuro da PETROBRAS encontra-se em
dólar ou fortemente atrelada a essa moeda.
Uma desvalorização do real em relação ao dólar norte-americano tem impacto relevante nas demonstrações
contábeis no curto prazo. No médio prazo, o fluxo operacional da Companhia colabora para amortecer esse
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Os resultados gerados pelos instrumentos financeiros derivativos são registrados no período em resultados financeiros.
Para o período de janeiro a dezembro de 2005 a PETROBRAS Energia S.A. - PESA teve volumes de petróleo cobertos
de 7.300 mil barris. Esses instrumentos de hedge produziram uma perda equivalente a R$ 628.295 (US$ 268.4 milhões).
As operações mencionadas expõem a PETROBRAS Participaciones S.A.- PESA a um risco de crédito, o qual são
minimizados, entre outros, pela utilização de acordos cobrança e pagamentos antecipadas pelas mencionadas
operações e pela compensação de cobranças e pagamentos.
(b) Gerenciamento de riscos cambiais
No ano 2000 a PETROBRAS contratou operações de hedge, para cobertura de Notes emitidos no exterior em Lira italiana
e Xelim austríaco, buscando limitar sua exposição à valorização dessas moedas em relação ao dólar norte-americano.
As operações de hedge contratadas são denominadas Zero Cost Collar de compra e venda de opções, sem custo inicial,
que estabelecem um piso e um teto para a variação de uma moeda em relação à outra, limitando a perda com a
desvalorização do dólar norte-americano, enquanto permite aproveitar alguma parte da valorização da moeda americana.
Os hedges dos empréstimos em Lira italiana e Xelim austríaco foram contratados tendo como referência o EURO,
porque as duas moedas só circularam até o dia 28 de fevereiro de 2002.
A transação relacionada ao empréstimo em Xelim encerrou-se em dezembro de 2004. A operação de hedge da dívida
em Lira Italiana tinha valor de mercado positivo para a PETROBRAS de R$ 24.337 em 31 de dezembro de 2005.
O valor justo de mercado dos derivativos é calculado com base em práticas usuais de mercado, usando os valores
de fechamento no período considerado das cotações subjacentes relevantes.
(c) Gerenciamento de risco de taxa de juros
O risco da taxa de juros a que a Companhia está exposta é em função de sua dívida de longo prazo e, em menor
escala, de curto prazo. A dívida a taxas de juros flutuantes de moeda estrangeira está sujeita, principalmente, à
flutuação da Libor e a dívida a taxas de juros flutuantes expressa em reais está sujeita, principalmente, à flutuação da
taxa de juros de longo prazo (TJLP), divulgada pelo Banco Central do Brasil. A Companhia atualmente não utiliza
instrumentos financeiros derivativos para gerenciar sua exposição às flutuações das taxas de juros. A única exceção é
a sua controlada indireta PETROBRAS Energia S.A. – PESA, que utiliza diversos instrumentos financeiros derivativos
com a finalidade de reduzir certas exposições associadas à volatilidade das taxas de juros.
Até julho de 2005 a PESA manteve vigente contrato de cobertura de risco de taxa, que tinha como finalidade
administrar o risco de volatilidade da taxa de juros Libor implícita na obrigação negociável – Classe C, fixando a
respectiva taxa de juros em 7,93% a.a.
d) Instrumentos derivativos
A Companhia utiliza instrumentos derivativos e não-derivativos para implementar sua estratégia global de gerenciamento
de riscos. Ao usá-los, entretanto, expõe-se a riscos de crédito e de mercado. Riscos de crédito consistem no não
cumprimento dos termos do contrato derivativo por uma contraparte. Riscos de mercado representam o efeito adverso
sobre o valor de um instrumento financeiro, que resulta de uma alteração nas taxas de juros, nas taxas cambiais ou nos
preços das mercadorias. A Companhia monitora os riscos de crédito, limitando as contrapartidas a instrumentos financeiros
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O modelo de quantificação de riscos utilizado (conhecido por Cash Flow at Risk ou CFaR) considera as variações dos
fatores mais significativos para a geração de caixa: preços, quantidades (produção e mercados), câmbio e juros.
Os saldos de caixa são projetados para uma infinidade de cenários dos principais fatores de risco, utilizando o
processo de Simulação de Monte Carlo. A partir daí, identifica-se o saldo de caixa estimado para o grau de confiança
pretendido e avaliam-se os períodos em que o caixa pode ficar abaixo do mínimo adequado.
Dentre as várias alternativas que podem ser utilizadas para preservar o saldo mínimo de caixa preestabelecido
encontram-se, por exemplo, transações com derivativos, captações adicionais de recursos e otimização da distribuição
dos prazos dos desembolsos.
As projeções econômico-financeiras são anualmente atualizadas durante o processo de revisão do planejamento estratégico.
Operações com instrumentos derivativos não estão associadas exclusivamente aos processos acima descritos.
Conforme descrito, a filosofia de riscos está apoiada na robustez de alguns fundamentos da organização, onde
derivativos são importantes instrumentos na proteção de transações e na compatibilização de ativos e passivos.
As exposições específicas das aplicações financeiras de tesouraria são avaliadas por um sistema de valor em risco
tradicional (VaR) e os resultados econômicos dos projetos de investimento, em alguns casos específicos, são analisados por
modelos de avaliação de riscos apropriados para cada segmento de negócio, utilizando a Simulação de Monte Carlo.
(a) Gerenciamento de riscos de mercado de petróleo e derivados
Como todos os seus pares, a PETROBRAS está sujeita à volatilidade dos preços internacionais do mercado de energia
(principalmente petróleo), que pode afetar materialmente a geração de caixa da Companhia.
Seguindo a premissa de considerar apenas a exposição liquida consolidada do risco de preço de petróleo e derivados,
as operações com derivativos, em geral, se limitam a proteger o resultado de transações específicas de curto prazo (até
seis meses). Nesses hedges são utilizados contratos futuros, swaps e opções. Essas operações estão sempre atreladas às
realizadas no mercado físico. Ou seja: são operações de hedge (não especulativas), nas quais as variações positivas ou
negativas são compensadas total ou parcialmente por resultado oposto na posição física.
No período de janeiro a dezembro de 2005 foram efetuadas operações de hedge para 23,30% do volume total
comercializado (importação e exportação). Em 31 de dezembro de 2005, as posições em aberto de mercado futuro,
comparadas com o valor de mercado, apresentariam um resultado negativo de, aproximadamente, R$ 1.500, caso
fossem liquidadas naquela ocasião.
Atendendo a condições de negócios específicos, realizamos excepcionalmente uma operação de hedge de longo
prazo, ainda ativo, envolvendo a venda de opções de venda de 52 milhões de barris de petróleo WTI, no período de
2004 a 2007. Essa operação visa a estabelecer uma proteção de preço para essa quantidade de petróleo, de forma
a garantir aos financiadores do Projeto Barracuda/Caratinga uma margem mínima para cobertura do serviço da dívida.
Em 31 de dezembro de 2005 essa operação, se liquidada a valor de mercado, representaria resultado positivo
equivalente a R$ 68.200 proveniente dos prêmios.
A PETROBRAS Energia S.A - PESA., controlada indireta da PETROBRAS, como produtora de petróleo cru, está
exposta ao correspondente risco de preço. Nesta condição, recorre a diversos instrumentos financeiros derivativos para
mitigar a sua exposição ao risco. Estes instrumentos tomam como referência o preço do West Texas Intermediate
(WTI), que é utilizado, principalmente, para determinar os preços de venda no mercado físico.
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Considerando seu porte financeiro e seus compromissos e investimentos nas áreas de Saúde, Meio Ambiente e
Segurança (SMS) e Qualidade, a PETROBRAS, a exemplo das empresas petrolíferas de porte semelhante ao seu, retém
uma parcela significativa de seu risco, inclusive através do aumento de suas franquias, que podem atingir US$ 20 milhões.
25. Segurança, meio ambiente e saúde
A melhora continuada do desempenho ambiental da PETROBRAS, tal como definida em seu Plano Estratégico,
está associada à implementação de dois grandes programas – o de Segurança de Processo (PSP) e o de
Excelência em Gestão Ambiental e Segurança Operacional (PEGASO).
Os investimentos no PEGASO, em 2005, somaram aproximadamente R$ 1.279.151, incluindo R$ 502.255
da Transpetro.
26. Remuneração de dirigentes e empregados da Controladora (em reais)
O Plano de Cargos e Salários e de Benefícios e Vantagens da PETROBRAS e a legislação específica estabelecem
os critérios para todas as remunerações atribuídas pela Companhia a seus dirigentes e empregados.
No exercício de 2005, a maior e a menor remunerações atribuídas a empregados ocupantes de cargos
permanentes, relativas ao mês de dezembro, foram de R$ 36.871,66 e R$ 867,82 (R$ 33.455,82 e R$ 818,55
em 2004), respectivamente. A remuneração média naquele exercício foi de R$ 6.181,14 (R$ 5.622,81 em 2004).
Com relação a dirigentes da Companhia, a maior remuneração em 2005, ainda tomando-se por base o mês
de dezembro, correspondeu a R$ 42.402,40 (R$ 38.474,19 em 2004).
27. Evento subseqüente
Aquisição da Refinaria Passadena
Em 03 de fevereiro de 2006, o Conselho de Administração da PETROBRAS aprovou o acordo de compra e venda
com a Astra Oil NV para a aquisição de 50% da refinaria Passadena Refinig System Inc. (PRSI), antiga Crow
Refinery, em Passadena - Texas – Estados Unidos da América, pelo valor de aproximadamente US$ 370 milhões.
O plano de negócios inicial compreende a operação conjunta e o gerenciamento comercial da PRSI.
A refinaria de PRSI tem capacidade de 100.000 bbl/d e encontra-se em processo de modernização para
atendimento aos novos padrões ambientais fixados pela Environmental Profection Agency (EPA) para a gasolina.
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IMPORTÂNCIA SEGURADA
ATIVO TIPOS DE COBERTURA CONSOLIDADO CONTROLADORA
Instalações, equipamentos e
produtos em estoque Incêndio e riscos operacionais 60.979.425 55.600.426
Navios-tanque e
embarcações auxiliares Cascos 2.538.840
Plataformas fixas, sistemas
flutuantes de produção e
unidades de perfuração marítimas Riscos de petróleo 15.567.176 15.567.176
Total 79.085.441 71.167.602
derivativos de instituições financeiras de primeira linha. Os riscos de mercado são gerenciados pelos diretores da
Companhia. A empresa não mantém, e tampouco emite, instrumentos financeiros para fins comerciais.
(e) Contrato derivativo de gás natural
Um contrato de hedge para o preço de gás estabelecido em contrato de suprimento de longo prazo (Contrato de
Redução de Volatilidade do Preço de Gás Natural - CRVP) foi realizado em outubro 2002, a fim de reduzir a exposição
de variação entre o preço de aquisição e o de venda no Brasil. A transação de hedge foi negociada com um dos
produtores de gás natural fornecido à PETROBRAS e tem prazo idêntico ao do contrato de suprimento de gás natural.
Considerando que não existe valor de mercado para as cotações de referência do preço do gás natural no prazo
do contrato CRVP, o valor justo desse instrumento derivativo foi calculado com base em modelo estocástico
desenvolvido pela Companhia. Adicionalmente, levando em conta a complexidade de definição dos parâmetros
utilizados no modelo estocástico e para ajustar a estimativa de valor gerada pelo modelo, temos como política
aplicar sobre o resultado do mesmo a diferença média dos resultados de análises de sensibilidade apropriadas.
O valor justo estimado para CRVP, em 31 de dezembro de 2005, alcançou, aproximadamente, R$ 1.280.000.
Eventuais resultados que venham a ser realizados pela diferença de preços estabelecidos nos dois contratos,
relacionada às quantidades efetivamente transportadas, serão refletidas na política de preços praticada na Companhia.
(f) Seguros
Para proteção do seu patrimônio, a PETROBRAS tem por filosofia básica transferir, através da contratação de
seguros, os riscos que, na eventualidade de ocorrência, possam acarretar prejuízos que impactem,
significativamente, o patrimônio da Companhia, bem como os riscos sujeitos a seguro obrigatório, seja por
disposições legais ou contratuais. Os demais riscos são objeto de auto-seguro, com a PETROBRAS,
intencionalmente, assumindo o risco, de forma integral, mediante ausência de seguro. O auto-seguro é adotado
quando os ativos são economicamente inexpressivos ou ainda em decorrência da elevada relação custo/benefício.
As informações principais sobre a cobertura de seguros vigente em 31 de dezembro de 2005 podem ser
assim demonstradas:
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O Conselho Fiscal da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS, no exercício de suas funções legais e estatutárias, em
reunião realizada nesta data, com ausência justificada da Dra. Denise Maria Ayres de Abreu, examinou o Relatório
Anual da Administração, as Demonstrações Contábeis, compreendendo: Balanço Patrimonial, Demonstração do
Resultado, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração das Origens e Aplicações de
Recursos, as Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos
ao Exercício Social findo em 31 de dezembro de 2005.
2. Foram verificadas as seguintes propostas, que estão sendo encaminhadas pela Administração da PETROBRAS à
aprovação dos acionistas: 1ª) Aprovação das Demonstrações Contábeis da PETROBRAS (Controladora e
Consolidadas) do exercício social de 2005; 2ª) Aprovação de retenção de lucros no Patrimônio Líquido, em
Reserva de Retenção de Lucros, no montante de R$ 15.104 milhões, destinada a atender parcialmente a
programação anual de investimentos, com base no Orçamento de Capital de 2006, no montante de R$ 26.204
milhões; 3ª) Aprovação de destinação do lucro líquido do exercício de 2005: I- para Reserva Legal, R$ 1.173
milhões; II- para Reserva Estatutária para Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, R$ 164 milhões; III- para
Reserva de Retenção de Lucros, R$ 15.095 milhões; e IV- para distribuição de Dividendos, R$ 7.018 milhões
(R$ 1,60 por ação, equivalente a 31,49% do lucro básico para fins de dividendos); 4ª) Aprovação, considerando
o provisionamento contábil da participação dos empregados e administradores nos lucros ou resultados (PLR) do
exercício de 2005, no valor de R$ 846 milhões, da parcela que cabe aos administradores da Companhia; e 5ª)
Aprovação de incorporação ao Capital de parte das Reservas de Lucros, no montante de R$ 15.013 milhões; e o
saldo da Reserva de Correção Monetária do Capital Realizado, no montante de R$ 339 milhões, aumentando o
Capital de R$ 32.896 milhões para R$ 48.248 milhões, sem modificação do número de ações emitidas.
3. Com base nos exames efetuados e à vista do parecer da ERNST & YOUNG Auditores Independentes, de 17 de
fevereiro de 2006, apresentado sem ressalva, o Conselho Fiscal opina favoravelmente à aprovação das referidas
propostas a serem submetidas à discussão e votação nas Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária dos
Acionistas da PETROBRAS, a serem realizadas em 03 de abril de 2006.
Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2006
PRESIDENTA
Maria Lúcia de Oliveira Falcón
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parecer do conselho fiscalinformações Corporativas
CONSELHEIROS
Marcus Pereira Aucélio | Nelson Rocha Augusto | Túlio Luiz Zamin
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PRESIDENTE | Dilma Vana Rousseff
CONSELHEIROS
Antonio Palocci Filho
Cláudio Luiz da Silva Haddad
Fábio Colletti Barbosa
Arthur Antonio Sendas
Gleuber Vieira
Jorge Gerdau Johannpeter
Jaques Wagner
José Sergio Gabrielli de Azevedo
DIRETORIA EXECUTIVA
PRESIDENTE | José Sergio Gabrielli de Azevedo
DIRETOR DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO | Guilherme de Oliveira Estrella
DIRETOR DE GÁS E ENERGIA | Ildo Luís Sauer
DIRETOR FINANCEIRO E DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES | Almir Guilherme Barbassa
DIRETOR INTERNACIONAL | Nestor Cuñat Cerveró
DIRETOR DE SERVIÇOS | Renato de Souza Duque
DIRETOR DE ABASTECIMENTO | Paulo Roberto Costa
CONTADOR | Marcos Menezes (CRC-RJ 35.286/O-1)
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Anotações
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Anotações
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ELABORAÇÃO, EDIÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL
Relacionamento com Investidores,
Contabilidade e Comunicação Institucional
PROJETO GRÁFICO
Traço Design
DIAGRAMAÇÃO
Soter Design
PRODUÇÃO EDITORIAL
Letra Viva Comunicação
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Ipsis Gráfica e Editora
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