221
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHER Curso Técnico em Segurança do Trabalho CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHER CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO SEGURANÇA DO TRABALHO II Profº - Engº de Segurança do Trabalho Eduardo Becker Delwing Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000 Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected] 1

Apostila curso tec seg trabalho

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Apostila curso tec seg trabalho

Citation preview

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

MARTIN LUTHER

CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

SEGURANÇA DO TRABALHO II

Profº - Engº de Segurança do Trabalho

Eduardo Becker Delwing

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

1

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

PLANO DE CURSO

1. CURSO: Técnico de Segurança do Trabalho

2. DISCIPLINA: Segurança do Trabalho II

3. CARGA HORÁRIA: 80 horas

4. NOME DO PROFESSOR: Eduardo Becker Delwing

5. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1ª AULA: Planejamento da disciplina: Segurança do Trabalho IIEquipamento de Proteção Individual – NR - 06

2ª AULA: Ruído I3ª AULA: Ruído II4ª AULA: Proteção Respiratória5ª AULA: Espaços Confinados6ª AULA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (NR-09)7ª AULA: Ferramentas de Implantação do PPRA ( NR-09)8ª AULA: Exercício Prático de Avaliação de Riscos9ª AULA: Identificação de Riscos Ambientais10ª AULA: 1ª Avaliação Parcial11ª AULA: Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP)12ª AULA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (NR-5)13ª AULA: Metodologia de Implantação da CIPA (NR-5)14ª AULA: Treinamento de Formação dos Cipeiros

elaboração do Mapa de riscos15ª AULA: Insalubridade (NR-15) e Periculosidade (NR-16)16ª AULA: Apresentação de Trabalhos Práticos17ª AULA: Apresentação de Trabalhos Práticos18ª AULA: 2ª Avaliação Parcial19ª AULA: Apresentação de Trabalhos Práticos20ª AULA: Revisão e Avaliação Final

6. AVALIAÇÃO: A avaliação será realizada em duas avaliações parciais e uma

geral:

1ª Avaliação Parcial (Peso 9) + Relatório Visita (Peso 1)

2ª Avaliação Parcial (Peso 7) + Trabalho em grupo (Peso 3)

Média Final = (1ª Avaliação + 2ª Avaliação)/2

Observação: 1. A presença em sala de aula e a participação positiva do aluno em

aula, visitas, preparação e apresentação de trabalhos é avaliada continuamente,

influenciando diretamente na nota geral final;Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

2

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

2. Poderão ser realizados estudos dirigidos para avaliação de desempenho.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Ruído Fundamentos e Controle. Samir N. Y. Gerges. UFSC.

Ruído – Riscos e Prevenção. Marco Paiva Matos. Thais Cataloni Morata.

Ubiratan de Paula Santos. Vilma Akemi Okamoto. Editora Hucitec.

Riscos físicos. Martin Wells Astete. Eduardo Giampaoli. Leila Nadim

Zidon. Fundacentro.

Riscos Químicos. José Manoel Osvaldo Gana Soto. Irene Ferreira de Souza

Duarte Saad. Mário Luiz Fantazzini. Fundacentro.

Ventilação Industrial e Controle da Poluição. Archibald Joseph Macintyre.

Editora Guanabara.

Avaliação da Sobrecarga Térmica no Ambiente de Trabalho. Engª Berenice

Goelzer. ABPA.

Ergonomia – Projeto e Produção. Itiro Lida. Edgard Blücher Ltda.

Manuais de Legislação Atlas. Segurança e Medicina do Trabalho. Editora

Atlas S. A.

Instalações Elétricas. Júlio Niskier A. J. Macintyre. Guanabara Dois.

NBR 5413 – ABNT

Acidentes do Trabalho. Teoria e Prática. Jayme Aparecido Tortorello.

Editora Saraiva.

Threshold Limit Valves for Chemical Substances and Physical Agents and

Biological Exposure Indices – ACGIH.

Curso Supervisores de Segurança do Trabalho. Fundacentro.

As Doenças dos trabalhadores. Bernardino Ramazzini. Fundacentro.

Gestão de Segurança e Higiene do Trabalho. Waldemar Pacheco Jr.

Hyppólito do Valle Pereira Filho. Vera Lúcia Duarte do Valle Pereira. Atlas.

Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes. Benedito Cardella. Atlas.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

3

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ABHO – Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais - Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais – NR – 9 Comentada. Irene Ferreira de

Souza Duarte Saad. Eduardo Giampaoli.

Luminotécnica 2ª Edição. Ervaldo Garcia Júnior.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

4

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

MÓDULO I

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO – o que são?

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

5

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Todo e qualquer dispositivo coletivo (EPC) ou individual (EPI), de fabricação em série ou

desenvolvido especialmente para o caso, destinado a proteger a saúde e a integridade física

do trabalhador.

1. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA –EPC

São equipamentos instalados no local de trabalho, que servem para proteger mais de

uma pessoa ao mesmo tempo.

Exemplos: Biombos, exaustores, ventiladores, paredes acústicas e térmicas,

iluminação de emergência, alarmes, extintores, proteção de máquinas, etc...

Os EPC’s são importantes como medidas de controle perante a ação de agentes

potencialmente insalubres, tendo como objetivo a neutralização ou eliminação da

insalubridade, conseqüentemente a preservação da saúde e integridade física do trabalhador.

Como exemplos:

⇒ Exaustão localizada para a solda;

⇒ Barreiras acústicas;

⇒ Dispositivos anti-vibratórios;

⇒ Cabine de pintura com exaustão e cortina d’água;

⇒ Isolantes acústicos;

⇒ Enclausuramento acústico;

⇒ Isolamento térmico.

Toda máquina que executa um trabalho e realiza movimentos oferece risco. O grau

de risco depende de fatores como velocidade de trabalho, tipo de movimento, potência, tipo

de ferramenta, material processado e proteção de máquina existente.

Riscos oferecidos pelas máquinas

Os movimentos e ações de máquinas que mais oferecem riscos classificam-se em:

- movimentos rotativos (polia, volante, torno), alterados (uso esmeril) e retilíneos Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

6

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

(correias de transmissão de força);

- ação de corte (serra circular/fita , frezadora, furadeira);

- ação de puncionamento e dobramento (prensa).

2. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL -EPI

O EPI é de uso individual. Sua finalidade é neutralizar a ação de acidentes que

podem causar lesões ao trabalhador e protegê-lo contra possíveis danos à saúde causados

pelas condições de trabalho.

O uso do EPI deve ser limitado, procurando-se primeiro eliminar, neutralizar ou

diminuir o risco, com adoção de medidas de proteção geral.

É preciso conhecer as características, qualidades técnicas e, principalmente, o grau

de proteção que o equipamento deve proporcionar.

A empresa deve ter uma ficha de controle de EPI’s de todos os profissionais

existentes em seu quadro de funcionários, constando ao lado os EPI’s, fornecimento,

treinamento e a assinatura dos mesmos.

4. CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO DOS EPI’s

O EPI deve ser escolhido de acordo com a necessidade de uso no trabalho e a parte

do corpo que precisa ser protegida. Em função dos riscos específicos a cada atividade são

desenvolvidos vários modelos de EPI’s, com formato distintos, como luvas de borracha, de

PVC, de couro, etc...

Passos para implantar um EPI:

1. Identifique e reconheça a existência do risco;

2. Avalie o risco, se possível quantificar;

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

7

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

3. Amostra de EPI (solicitar vários tipos com C.A.);

4. Testar o EPI (O teste prático é fundamental);

5. Treinando o Pessoal envolvido (uso correto, guarda e conservação);

6. Controle dos EPI’s (Registrar o treinamento e fornecimento com assinatura

do funcionário na data de entrega) Guardar por 20 anos no fichário.

5. GUARDA E CONSERVAÇÃO DO EPI

De modo geral, os EPI’s devem ser limpos e desinfetados cada vez que há troca de

usuários. É necessário que se ajude o trabalhador a conservar seu equipamento de proteção

individual, não só tornando-o consciente de que com a conservação ele estará se protegendo,

como também lhe oferecendo local próprio para guardá-lo após o uso.

Muitos acidentes e doenças do trabalho ocorrem devido à não observação do uso do

EPI. Muitas vezes sua utilização é errada ou deficiente, havendo, não raro, reclamações e

conseqüente resistência por parte dos trabalhadores, embora exista o risco no trabalho

executado. Este é um problema que deve ser resolvido não só pelos profissionais de

segurança, mas principalmente pelas chefias: além de analisar as causas, eles devem orientar

sobre o uso do EPI, tornando o trabalhador consciente.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

8

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

6. NR-6 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora – NR, considera-se

Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual

utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a

segurança e a saúde no trabalho.

6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele

composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais

riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança

e a saúde no trabalho.

6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá

ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA,

expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do

Ministério do Trabalho e Emprego. (206.001-9 /I3)

6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao

risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

9

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos

de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; (206.002-7/I4)

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, (206.003-5

/I4)

c) para atender a situações de emergência. (206.004-3 /I4)

6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no

item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o

disposto no ANEXO I desta NR.

6.4.1 As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I,

desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles

ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão

nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP,

sendo as conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para

aprovação.

6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho – SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, nas

empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado

ao risco existente em determinada atividade.

6.5.1 Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante

orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção

do trabalhador.

6.6 Cabe ao empregador

6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; (206.005-1 /I3)

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

10

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

b) exigir seu uso; (206.006-0 /I3)

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria

de segurança e saúde no trabalho; (206.007-8/I3)

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado guarda e conservação; (206.008-6

/I3)

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; (206.009-4 /I3)

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, (206.010-8 /I1)

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. (206.011-6 /I1)

6.7 Cabe ao empregado

6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

6.8 Cabe ao fabricante e ao importador

6.8.1 O fabricante nacional ou o importador deverá:

a) cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao órgão nacional competente em matéria de

segurança e saúde no trabalho; (206.012-4 /I1)

b) solicitar a emissão do CA, conforme o ANEXO II; (206.013-2 /I1)

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

11

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

c) solicitar a renovação do CA, conforme o ANEXO II, quando vencido o prazo de

validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do

trabalho; (206.014-0 /I1).

d) requerer novo CA, de acordo com o ANEXO II, quando houver alteração das

especificações do equipamento aprovado; (206.015-9 /I1)

e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado

de Aprovação - CA; (206.016-7 /I2)

f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA; (206.017-5 /I3)

g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho

quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos; (206.0118-3 /I1)

h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua

utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso; (206.019-1 /I1)

i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e, (206.020-5 /I1)

j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for

o caso. (206.021-3 /I1)

6.9 Certificado de Aprovação – CA

6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:

a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua

conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;

b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for

o caso;

c) de 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação desta Norma,

quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

12

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, sendo que nesses casos

os EPI terão sua aprovação pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e

saúde no trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica

e da especificação técnica de fabricação, podendo ser renovado até 2006, quando se

expirarão os prazos concedidos; e,

d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI desenvolvidos após a data da

publicação desta NR, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais,

oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, caso em

que os EPI serão aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e

saúde no trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica

e da especificação técnica de fabricação.

6.9.2 O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando

necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos

no subitem 6.9.1.

6.9.3 Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome

comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de

EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA. (206.022-

1/I1)

6.9.3.1 Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão nacional

competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa

de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA.

6.10 Restauração, lavagem e higienização de EPI

6.10.1 Os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão definidos pela

comissão tripartite constituída, na forma do disposto no item 6.4.1, desta NR, devendo

manter as características de proteção original.

6.11 Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

13

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

6.11.1 Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:

a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;

b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;

c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;

d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;

e) fiscalizar a qualidade do EPI;

f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e,

g) cancelar o CA.

6.11.1.1 Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria de

segurança e saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome

do fabricante e o número de referência, além de outros requisitos.

6.11.2 Cabe ao órgão regional do MTE:

a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;

b) recolher amostras de EPI; e,

c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento

desta NR.

6.12 Fiscalização para verificação do cumprimento das exigências legais relativas ao EPI.

6.12.1 Por ocasião da fiscalização poderão ser recolhidas amostras de EPI, no fabricante ou

importador e seus distribuidores ou revendedores, ou ainda, junto à empresa utilizadora, em

número mínimo a ser estabelecido nas normas técnicas de ensaio, as quais serão

encaminhadas, mediante ofício da autoridade regional competente em matéria de segurança

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

14

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

e saúde no trabalho, a um laboratório credenciado junto ao MTE ou ao SINMETRO, capaz

de realizar os respectivos laudos de ensaios, ensejando comunicação posterior ao órgão

nacional competente.

6.12.2 O laboratório credenciado junto ao MTE ou ao SINMETRO, deverá elaborar laudo

técnico, no prazo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento das amostras, ressalvados os

casos em que o laboratório justificar a necessidade de dilatação deste prazo, e encaminhá-lo

ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, ficando

reservado a parte interessada acompanhar a realização dos ensaios.

6.12.2.1 Se o laudo de ensaio concluir que o EPI analisado não atende aos requisitos

mínimos especificados em normas técnicas, o órgão nacional competente em matéria de

segurança e saúde no trabalho expedirá ato suspendendo a comercialização e a utilização do

lote do equipamento referenciado, publicando a decisão no Diário Oficial da União – DOU.

6.12.2.2 A Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT, quando julgar necessário, poderá

requisitar para analisar, outros lotes do EPI, antes de proferir a decisão final.

6.12.2.3 Após a suspensão de que trata o subitem 6.12.2.1, a empresa terá o prazo de 10

(dez) dias para apresentar defesa escrita ao órgão nacional competente em matéria de

segurança e saúde no trabalho.

6.12.2.4 Esgotado o prazo de apresentação de defesa escrita, a autoridade competente do

Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – DSST, analisará o processo e proferirá

sua decisão, publicando-a no DOU.

6.12.2.5 Da decisão da autoridade responsável pelo DSST, caberá recurso, em última

instância, ao Secretário de Inspeção do Trabalho, no prazo de 10 (dez) dias a contar da data

da publicação da decisão recorrida.

6.12.2.6 Mantida a decisão recorrida, o Secretário de Inspeção do Trabalho poderá

determinar o recolhimento do(s) lote(s), com a conseqüente proibição de sua

comercialização ou ainda o cancelamento do CA.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

15

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

6.12.3 Nos casos de reincidência de cancelamento do CA, ficará a critério da autoridade

competente em matéria de segurança e saúde no trabalho a decisão pela concessão, ou não,

de um novo CA.

6.12.4 As demais situações em que ocorra suspeição de irregularidade, ensejarão

comunicação imediata às empresas fabricantes ou importadoras, podendo a autoridade

competente em matéria de segurança e saúde no trabalho suspender a validade dos

Certificados de Aprovação de EPI emitidos em favor das mesmas, adotando as

providências cabíveis.

ANEXO I - LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1 – Capacete

a) capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;

b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;

c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos provenientes de fontes

geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.

A.2 – Capuz

a) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

16

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos de produtos

químicos;

c) capuz de segurança para proteção do crânio em trabalhos onde haja risco de contato com

partes giratórias ou móveis de máquinas.

B – EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 - Óculos

a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;

b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;

c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultra-violeta;

d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infra-vermelha;

e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos.

B.2 – Protetor facial

a) protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de partículas volantes;

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

17

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de produtos

químicos;

c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação infra-vermelha;

d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.

B.3 – Máscara de Solda

a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos de

partículas volantes;

b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação ultra-

violeta;

c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação infra-

vermelha;

d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra luminosidade

intensa.

C – EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

C.1 – Protetor auditivo

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

18

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de

pressão sonora superiores ao estabelecido na NR – 15, Anexos I e II;

b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão

sonora superiores ao estabelecido na NR – 15, Anexos I e II;

c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de

pressão sonora superiores ao estabelecido na NR – 15, Anexos I e II.

D – EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 – Respirador purificador de ar

a) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;

b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e

fumos;

c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas,

fumos e radionuclídeos;

d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra vapores orgânicos

ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior a 50 ppm (parte por milhão);

e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases emanados

de produtos químicos;

f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra partículas e gases

emanados de produtos químicos;

g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias respiratórias contra

poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos.

D.2 – Respirador de adução de ar

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

19

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das vias

respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e

em ambientes confinados;

b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias respiratórias em

atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes

confinados;

D.3 – Respirador de fuga

a) respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes químicos em

condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde ou com

concentração de oxigênio menor que 18 % em volume.

E – EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

E.1 – Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de origem

térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de

operações com uso de água.

F – EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

F.1 – Luva

a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

20

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;

c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;

d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;

e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;

f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;

g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;

h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

F.2 – Creme protetor

a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes

químicos, de acordo com a Portaria SSST nº 26, de 29/12/1994.

F.3 – Manga

a) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

21

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e

escoriantes;

c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e

perfurantes;

d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente

de operações com uso de água;

e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos.

F.4 – Braçadeira

a) braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.

F.5 – Dedeira

a) dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

G – EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 – Calçado

a) calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os

artelhos;

b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;

c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;

d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e escoriantes;

e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de

operações com uso de água;

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

22

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos

químicos.

G.2 – Meia

a) meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

G.3 – Perneira

a) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes térmicos;

c) perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de produtos químicos;

d) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;

e) perneira de segurança para proteção da perna contra umidade proveniente de operações

com uso de água.

G.4 – Calça

a) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos;

c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

23

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações

com uso de água.

H – EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

H.1 – Macacão

a) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra

chamas;

b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra

agentes térmicos;

c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra

respingos de produtos químicos;

d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra

umidade proveniente de operações com uso de água.

H.2 – Conjunto

a) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do

tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;

b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção

do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;

c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do

tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso

de água;

d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção

do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

24

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

H.3 – Vestimenta de corpo inteiro

a) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos

químicos;

b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de

operações com água.

I – EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL

I.1 – Dispositivo trava-queda

a) dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em

operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de

segurança para proteção contra quedas.

I.2 – Cinturão

a) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em

altura;

b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no

posicionamento em trabalhos em altura.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

25

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser expedida pelo

órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após observado o

disposto no subitem 6.4.1.

Cinto de segurança tipo alpinista, trava quedas e cinto de segurança construção civil com

talabarte.

ANEXO II

1.1 – O cadastramento das empresas fabricantes ou importadoras, será feito mediante a

apresentação de formulário único, conforme o modelo disposto no ANEXO III, desta NR,

devidamente preenchido e acompanhado de requerimento dirigido ao órgão nacional

competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.

1.2 – Para obter o CA, o fabricante nacional ou o importador, deverá requerer junto ao

órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho a aprovação do

EPI.

1.3 – O requerimento para aprovação do EPI de fabricação nacional ou importado deverá

ser formulado, solicitando a emissão ou renovação do CA e instruído com os seguintes

documentos:

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

26

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

a) memorial descritivo do EPI, incluindo o correspondente enquadramento no ANEXO I

desta NR, suas características técnicas, materiais empregados na sua fabricação, uso a que

se destina e suas restrições;

b) cópia autenticada do relatório de ensaio, emitido por laboratório credenciado pelo órgão

competente em matéria de segurança e saúde no trabalho ou do documento que comprove

que o produto teve sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO, ou, ainda, no

caso de não haver laboratório credenciado capaz de elaborar o relatório de ensaio, do

Termo de Responsabilidade Técnica, assinado pelo fabricante ou importador, e por um

técnico registrado em Conselho Regional da Categoria;

c) cópia autenticada e atualizada do comprovante de localização do estabelecimento, e,

d) cópia autenticada do certificado de origem e declaração do fabricante estrangeiro

autorizando o importador ou o fabricante nacional a comercializar o produto no Brasil,

quando se tratar de EPI importado.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

27

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ANEXO III

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO

DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

FORMULÁRIO ÚNICO PARA CADASTRAMENTO DE EMPRESA FABRICANTE OU IMPORTADORA DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

– Identificação do fabricante ou importador de EPI:

Fabricante: Importador: Fabricante e

Importador:

Razão Social:

Nome Fantasia: CNPJ/MF:

Inscrição Estadual – IE: Inscrição Municipal – IM:

Endereço: Bairro: CEP:

Cidade: Estado:

Telefone: Fax:

E-Mail: Ramo de Atividade:

CNAE (Fabricante): CCI da SRF/MF (Importador):

2 – Responsável perante o DSST / SIT:

a) Diretores:

Nome N.º da Identidade Cargo na Empresa

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

28

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

1

2

3

b) Departamento Técnico:

Nome N.º do Registro Prof. Conselho Prof./Estado

1

2

3 – Lista de EPI fabricados:

4 – Observações:

a) Este formulário único deverá ser preenchido e atualizado, sempre que houver alteração,

acompanhado de requerimento ao DSST / SIT / MTE;

b) Cópia autenticada do Contrato Social onde conste dentre os objetivos sociais da

empresa, a fabricação e/ou importação de EPI.

Nota: As declarações anteriormente prestadas são de inteira responsabilidade do fabricante

ou importador, passíveis de verificação e eventuais penalidades, facultadas em Lei.

_________________,_____ de ____________ de ______

_______________________________________________

Diretor ou Representante Legal

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

29

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ANEXO IVFICHA DE ENTREGA DE EPI

FICHA DE RECIBO DE EPI

DATA ADMISSÃO ___/___/___

NOME: TURNO:

DEPTO: CARTÃO:

Pelo presente declaro ter recebido de _______________________________ os EPI’s abaixo por mim assinado: __________________________________________

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL C.A. DATA VISTO

EMPREGADO

outrossim, estou ciente da obrigatoriedade de seu uso, bem como da devolução do mesmo

no término do contrato de trabalho ou indenização no caso de dano ou extravio, conforme

NR-6 da Portaria Ministerial Nº 3214 de 08/06/78 alterada pela portaria Nº 6 de 09/03/83 e

que o não cumprimento desta norma, implica em ato faltoso, passivo de dispensa por justa

causa (art. 482 CLT, letra h).

Nesta data recebi orientação quanto aos aspectos relacionados ao uso correto, higienização, conservação e importância dos EPI’s.

___________________________________ ___________________________ EMPREGADO SEGURANÇA

SUBSTITUIÇÕESEPI’s DATA MOTIVO EMPREGADO

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

30

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ANEXO V

FICHA DE TREINAMENTO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

TREINAMENTO: SEGURANÇA DO TRABALHO

LOCAL: _____________________________________________

DATA: ______________________________________________

DURAÇÃO: __________________________________________

INSTRUTOR: _________________________________________

ASSUNTOS ABORDADOS: Normas e dispositivos locais de segurança e saúde do trabalho, precauções e procedimentos de trabalho a serem executados, audição; segurança das mãos; segurança dos olhos; riscos químicos; uso de EPI’s: higienização, guarda e conservação; proteção de máquinas e equipamentos; ferramentas manuais, perigos na hora de soldar, prevenção e combate a incêndios, importância da organização e limpeza no ambiente de trabalho.

OBSERVAÇÕES:

_____________________________

INSTRUTOR

NOME ASSINATURA

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

31

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ANEXO VI

Os EPI’s podem ser classificados segundo a parte do corpo que devem proteger:

EPI’s MAIS USADOS

PROTEÇÃO PARA A CABEÇA

EPI RISCOS RECOMENDAÇÕES

Capacete de Segurança - Impacto;- Partículas e Produtos

Químicos;- Eletricidade

- Verificar sistema de suspensão (carneiras e coroa);

- Manter os laços, ajustes bem apertados.

Óculos de Segurança - Impacto de partículas e Respingos de Líquidos;

- Irritação por poeiras.

- Fornecer e usar o tipo adequado para cada risco.

Máscara para Soldador - Respingos de metais fundentes;

- Fagulha de solda.

- Usar tonalidade do filtro de luz compatível a amperagem e/ou corte;

- Limpeza periódica.Protetor Facial - Respingos líquidos;

- Radiações;- Calor (fornalhas).

- Cuidados para não causar ranhuras;- Limpeza periódica.

Protetor Auricular Tipo plug e concha

- Ruído (nível de ação = 80 dB)

- Verificar tipo adequado;- Limpeza periódica;- Uso correto.

Respiradores Semi Faciais - Gases;- Vapores;- Aerodispersóides.

- Verificar o tipo adequado;- Verificar filtro adequado;- Trocar filtro saturado;- Fazer teste de vedação (Programa de

Proteção Respiratória PPR).Máscaras Descartáveis - Poeiras vegetais;

- Poeiras minerais;- Fumos e outros.

- Verificar tipo adequado;- Usar corretamente;- Guardar em local seco e limpo (embalagem

plástica);- Nunca usar em locais com deficiência de

O².Máscaras Autônomas - Locais confinados;

- Deficiência de oxigênio;- Gases ou vapores.

- Só deve ser usado por pessoas treinadas e habilitadas, caso contrário representa risco de vida.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

32

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

PROTEÇÃO PARA AS MÃOS

EPIRISCOS RECOMENDAÇÕES

Luva de amianto - Manuseio de peças quentes.

- Evitar contatos com agentes cortantes, perfurantes e químico.

Luva de PVC - Lavagem de peças;- Manipulação de ácidos,

óleos e graxa.

- Evitar contatos com agentes cortantes, perfurantes, elétricos, líquidos e superfície quentes.

Luva de raspa de couro - Manuseio de chapas metálicas e peças com arestas.

- Evitar contato com agentes químicos, elétricos e derivados de petróleo.

Luva de lonaLuva de vaqueta

- Manuseio de chapas finas, montagens e serviços leves.

- Evitar contatos com agentes perfurantes, cortantes, químicos.

Luva de borracha - Proteção elétrica;- Líquidos reagentes ao

PVC.

- Evitar contato com agentes cortantes ou perfurantes;

- Fazer sempre uso de luva de couro, como cobertura para evitar furos capazes de deixar passar corrente elétrica.

Luva Nitrílica - Manuseio de solventes e derivados do petróleo.

- Lavar e secar após cada jornada de trabalho.

Luva de malha de açoLuva ante corte

- Manuseio com objetos cortantes, tais como: faca, vidros e outros.

- Mante-la sempre limpa.

Creme de proteção - Manuseio com produtos derivados do petróleo.

- Usar somente o necessário;- Manter em local apropriado.

PROTEÇÃO PARA O TRONCO E MEMBROS

EPIRISCOS RECOMENDAÇÕES

Avental de raspa de couro - Soldagem e corte;- Trabalho com chapas.

- Manter em boas condições de uso.

Avental em PVC - Manuseio de peças úmidas e produtos químicos.

- Manter limpo e seco.

Perneira de raspa de couro ou lona

- Trabalhos com solda, corte e contra animais peçonhentos.

- Manter em boas condições de uso.

Mangas de raspa de couro ou lona

- Trabalhos com solda, corte e chapas abrasivas.

- Manter em boas condições de uso.

Bracelete de malha de aço - Manuseio com objetos - Mante-la sempre limpa.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

33

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

cortantes, tais como: facas, vidros e outros.

PROTEÇÃO PARA OS PÉS

EPIRISCOS RECOMENDAÇÕES

Botinas ou Sapatos de couro

- Em todos os trabalhos durante a jornada de trabalho.

- Manter limpo e seco.

Botas de borracha ou PVC

- Para locais muito úmidos ou alagados.

- Manter limpo e seco.

Botas Térmicas - Para locais com temperaturas baixas.

- Manter limpo e seco.- Cuidar ao tirar a bota.

PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS

EPIRISCOS RECOMENDAÇÕES

Cinto de segurança tipo “Cinturão ou eletricista” e do tipo “alpinista”

- Qualquer serviço em altura superior a 2 metros com risco de queda.

- Manter em boas condições de uso.- Antes de usar, verificar cortes, rasgos ou

falhas.Cadeira suspensa (Jaú) - Trabalhos em altura e para

deslocamento vertical.- Manter em boas condições de uso.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

34

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ANEXO VIICA – CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

Segurança e Saúde no Trabalho

Nº do CA: 8092 Nº do Processo: 46000.004169/41-91

Data de Emisão: 15/4/2003 Validade: 15/04/2008

Tipo do Equipamento: PROTETOR AUDITIVO

Natureza: Nacional

Descrição do Equipamento: PROTETOR AUDITIVO, CONFECCIONADO EM BORRACHA DE SILICONE TIPO FARMACÊUTICO FISIOLOGICAMENTE INERTE, NEUTRO E ANTIALÉRGICO, TIPO INSERÇÃO NO CANAL AUDITIVO, COM DOIS PLUGUES NO FORMATO DE PINOS COM TRÊS DISCOS CONCÊNTRICOS DE DIMENSÕES VARIÁVEIS ENTRE 8 MM E 11 MM. OS PLUGUES SÃO LIGADOS POR UM CORDÃO DE ALGODÃO OU CORDÃO SINTÉTICO REMOVÍVEIS. DISPONÍVEL EM TAMANHO ÚNICO E NAS CORES AZUL, VERDE, LARANJA E AMARELO. REF.: DURAPLUS-PLUGUE

Norma: ANSI S12.6/1997 - MÉTODO B (OUVIDO REAL, COLOCAÇÃO PELO OUVINTE)

Fabricante: BALASKA EQUIPE INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

Aprovado: PROTEÇÃO AUDITIVA DO USUÁRIO CONTRA RUÍDOS SUPERIORES À 85 dB, CONFORME TABELA DE ATENUAÇÃO A SEGUIR.

Observação: Não Informado.

Tipo do Laudo: Laboratório

Laboratório: LARI - UFSC/SC

Número Laudo: 07/2003 Data do Laudo: Não Informado

Responsável: Não Informado Registro Profissional: Não Informado

Frequência(Hz): 125 250 500 1000 2000 3150 4000 6300 8000 NRRsf

Atenuacao(dB): 18,2 21,3 25,7 24,2 26,2 - 27,5 - 36 16

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

Dados Complementares

Laudo/Atenuação

35

Certificação de Aprovação

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Desvio Padrão: 7,1 7,4 7,6 6,5 5,4 - 6,7 - 10,9 -

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

36

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

MÓDULOS II

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

37

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

2. RUÍDO

2.1. Fundamentos Básicos do Som

As oscilações dos sistemas materiais elásticos com a massa podem constituir-se

em estímulos para o nosso organismo que, em determinadas condições, podem

provocar respostas – sensações de bem ou mal-estar ou problemas.

Quando as oscilações acontecem no ar podem ser descritas como variações de

pressão atmosférica originando vibrações ou turbulência.

Define-se som qualquer vibração ou conjunto de vibrações ou ondas mecânicas

que podem ser ouvidas.

- Para a Higiene do Trabalho costuma-se denominar barulho todo o som que é

indesejável.

- O ruído e o barulho são interpretações subjetivas e desagradáveis do som.

A. vibrações sonoras – As vibrações que conseguem estimular o aparelho auditivo são

chamadas vibrações sonoras e são descritas através da variação de pressão ( P) em

função do tempo (t).

a) A vibração deve ter valores específicos de frequência (faixa de

audiofrequência).Variação de

Pressão 1 ciclo

( P)

PMR Tempo (s)

1 ciclo

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

38

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

PMR – Pressão média de referência.

Um ciclo corresponde a uma oscilação completa.

O número de oscilações por unidade de tempo é denominado frequência – ciclos/s.

Exemplos:

3 ciclos = 150 ciclos/s 150 Hz (Hertz)

0,02 s

1,5 ciclos / 0,01 = 150 ciclos/s = 150 Hz

Para a vibração ser sonora-audível deverá estar compreendida entre 16 e 20000 Hz.

infra-som ultra-som

16 Hz 20000 Hz

A variação de pressão deve ter um valor mínimo para atingir o limiar de audibilidade.

Essa variação é a diferença instantânea entre a pressão atmosférica na presença e na

ausência do som, no mesmo ponto.

Pesquisas realizadas com pessoas jovens, sem problemas auditivos, revelaram que

esse valor mínimo encontra-se ao redor de 0,00002 N/m2 (2 x 10-5 N/m2).

limiar de audibilidade faixa audível limiar de dor

2 x 10-5 N/m2 200 N/m2

Por convecção, aceita-se a pressão de 2 x 10-5 N/m2 como uma pressão mínima

audível, que corresponde a 0 dB, sendo que 200 N/m2 equivalem a 140 dB.

B. conceituação de ruído – Do ponto de vista da Higiene do Trabalho:

“O ruído é o fenômeno físico vibratório com características indefinidas de variações de

pressão (no caso ar) em FUNÇÃO DA FREQUÊNCIA, isto é, para uma dada freqüência

podem existir, em forma aleatória através do tempo, variações de diferentes pressões”

(Lei Webber e Fechener).Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

39

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Esta é uma situação real e freqüente, daí utilizar-se a expressão ruído “mas que não

necessariamente significa sensação subjetiva de barulho”.

C. propagação do som – O som se transmite de forma ondulatória, sendo que a

velocidade desta transmissão depende das características da onda e do meio pelo qual se

propaga.

No ar, a velocidade do som pode ser calculada com muita aproximação:

V = √1,4 P V = velocidade do som

p P = pressão atmosférica = 10,33 Kg/m3

p = densidade do ar = 1,3 Kg/m3

V = f x c

onde: f = freqüência, em Hz

c = comprimento de onda, em metros

obtendo-se: V = velocidade do som, em m/s

Todas as medições de som devem conter informações sobre pressão e freqüência.

2.2. O Decibel

Função Logarítmica

loga x = y x= ay

O logaritmo do número “x”, na base “a”, é o expoente a que se deve elevar essa

base para se obter “x”.

Propriedades Operacionais dos Logaritmos

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

40

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

a) loga b.c = loga c

b) loga b = loga b – loga c

c

c) loga bc = c loga b

As variações da pressão sonora são normalmente expressas com um valor médio

dos valores reais, que mudam rapidamente através do tempo.

Para o ruído contínuo ou intermitente:

Pms = √ P 2 1 + P 2 2 + P 2 3 ... P 2 n

N

P1, P2, P3 – são valores instantâneos de pressão

rms – raiz média quadrática.

Em fins do século passado, dois neurologistas (Webber e Fechner), trabalhando

independentemente, chegaram à mesma conclusão quanto à relação existente entre

estímulo (∆ P) e sensação, isto é, “a sensação cresce com o logaritmo do estímulo”.

Devido a larga faixa de audibilidade (variando de 2 x 10-5 a 200 N/m2) e pela conclusão

científica de Webber e Fechener, utiliza-se a escala logarítmica para a medição do som.

Assim, exemplificando teremos:

Log10 10 = 1

103 = 1000 Log10 100 = 2

Log10 1000 = 3

Observa-se que enquanto na escala linear há variação de 10 a 1000 vezes, na

logarítmica a variação foi de apenas 3 unidades.

2.3. Nível de Pressão SonoraA pressão sonora é medida através de índice (relação logarítmica):

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

41

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

NPS = 10 log P 2 P = pressão sonora existente

PØ2 PØ = pressão de referência mínima audível

À medida que as técnicas de medição e clínicas forem sendo aperfeiçoadas

passou-se a constatar que a equação acima representa na realidade um modelo

matemático da relação estímulo-sensação, mas que não constitui a melhor aproximação

à resposta do ouvido humano, pois não leva em consideração a freqüência do som.

NPS = 10 log P 2

PØ2

NPS = 10 log (P)2 NPS = 20 log P (dB)

PØ PØ

Como

Po = 2 x 10-5 N/m2

NPS = 20 log P

NPS = 20 log P – 20 log PØ

NPS = 20 log P – 20 log (2 x 10-5 N/m2)

NPS = 20 log P + 94 dB

Exemplo:

Um medidor de som registra nível de ruído:

a) 100 dB

b) 74 dB

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

42

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Quais as pressões sonoras?

a) NPS = 20 log P + 94 b) NPS = 20 log P + 94

100 = 20 log P + 94 74 = 20 log P + 94

100 – 94 = 20 log P 74 – 94 = 20 log P

Log P = 6 Log P = - 20

20 20

Log P = 0,3 Log P = -1

P = 100,3 P = 10-1

P = 2 N/m2 P = 1 x 10-1 N/m2

2. 4. Avaliação Subjetiva do Ruído

A sensação cresce com o logaritmo de estímulo segundo demonstrado por

Webber e Fechener (estudo da relação entre sensação e o estímulo):

“Para haver um aumento na sensação é necessário que a intensidade do estímulo

cresça”.

“O aumento da sensação é proporcional ao logaritmo do estímulo”.

Exemplo:

Se a sensação S foi provocada por 10 unidades de E, a sensação 2S poderá ser

provocada por 100 unidades de E, ou seja, pequenos aumentos de sensação que requerem

grandes aumentos de estímulo.

Atualmente sabe-se que isto é uma aproximação que permite simplificar o complexo

mecanismo da audição.

Utilizando-se pessoas jovens sem problemas auditivos, vários pesquisadores têm

criado empiricamente índices que permitam avaliar com mais precisão os aspectos

subjetivos do ruído.

2.5. Nível de Audibilidade (NA)

Foi tomada como padrão a freqüência de 1000 Hz e a partir daí foram construídas as

curvas isoaudíveis, que representam a mesma intensidade de resposta ao ouvido a Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

43

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

determinados sons. Assim, por exemplo, um som de NA de 90 fons é sentido com a mesma

intensidade pela maioria das pessoas, quaisquer que sejam a freqüência e NPS.

Ocorre que, muitas vezes, para produzir a mesma audibilidade são necessários

diferentes níveis de pressão sonora, quando estão em diferentes freqüências, pois o ouvido

humano sente o ruído de forma diferente nas diversas freqüências. Assim, por exemplo, um

NA de 90 fons, na freqüência de 4000 Hz, produzido por um NPS de 80 dB, é ouvido com

a mesma intensidade na freqüência 125 Hz, porém produzido por NPS de 90 dB. Portanto,

observa-se que na freqüência de 4000 Hz é necessário um NPS menor para produzir o

mesmo efeito no organismo. (Gráfico 1 anexo A)

2.6. Níveis de Decibéis Compensados

Conforme explicado anteriormente, para corrigir a sensibilidade do ouvido humano

a diferentes freqüências, foram criados os decibéis compensados, integrados ao circuito de

medição dos medidores de pressão sonora.

Essas curvas estão apresentadas no gráfico 2 no anexo B.

Pelo gráfico observa-se que um som de 100 dB emitido numa freqüência de 50 Hz,

quando compensado pelas curvas, fornecerão as seguintes leituras no medidor de nível de

pressão sonora:

Curva “A” – 70 dB

Curva “B” – 88 dB

Curva “C” – 99 dB

Curva “D” – 88 dB

As normas internacionais e o Ministério do Trabalho adotaram a curva de

compensação “A” para medições de níveis de ruído contínuo e intermitente devido a sua

maior aproximação a resposta do ouvido humano.

2.7. Aparelhos de Medição

A avaliação do ruído é feita com os medidores de nível de pressão sonora ou

sonômetro ou, simplesmente, decibelímetro. Este aparelho é constituído das seguintes

partes:

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

44

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

>

Os decibelímetros podem ser encontrados com as curvas de compensação A, B, C e

D, resposta lenta e rápida, podendo os mais simples possuírem somente leitura nas curvas A

e C, resposta lenta e rápida.

Outro equipamento utilizado nas avaliações de ruído são os audiodosímetros, que

fornecem, como leitura final, o nível médio equivalente a que se expôs o trabalhador

durante a jornada de trabalho. Os audiodosímetros são utilizados quando o trabalhador se

expõe a diferentes níveis de ruído durante a jornada de trabalho.

Os medidores de nível de pressão sonora poderão ser acoplados a analisadores de

freqüência, fornecendo como resultado o NPS correspondente a faixa de freqüência

selecionada (espectro sonoro). Os analisadores de freqüência podem ser encontrados em

banda de oitava (mais utilizado na higiene industrial), terça de oitava, meia de oitava, faixa

de largura constante, etc. Quanto menor a largura da faixa, mais exata é a informação sobre

a verdadeira variação do NPS em função da freqüência.

2.8. Adição e Subtração de Níveis de Ruído

100 dB + 90 dB ≠ 190 dB

As operações em decibéis não são lineares.

Exemplo:

• Ponto de medição

NPSA = 92 dB (A)

NPSB = 86 dB (A)

NPS = 10 log (P)2

(PØ)Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

45

amplificadorfiltros de compensação A, B, C e D

amplificador/retificador

Medidor

Fonte A

Fonte B

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

92 = 10 log (P)2

(PØ)

92 = log (Pa)2 9,2 = log (Pa)2

10 (PØ) (PØ)

9,2 = log (Pa)2 (Pa)2 = 109,2

(PØ) (PØ)

(Pa)2 = 15,85 x 108

(PØ)

86 = 10 log (Pb)2

(PØ)

log (Pb)2 = 8,6 (Pb)2 = 108,6

(PØ) (PØ)

(Pb)2 = 3,98 x 108

(PØ)

Razão Média Quadrática Total

(P total)2 = (Pa)2 + (Pb)2

(PØ) (PØ) (PØ)

19,83 x 108 = 15,85 x 108 + 3,98 x 108

NPS total = 10 log (P total)2

(PØ)

NPS total = 10 log 19,83 x 108

NPS total = 93 dB (A)

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

46

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Para evitar cálculos complexos, foram criadas curvas de adição e subtração em dB,

conforme o gráfico 3 anexo C.

Suponhamos que as fontes A, B, C, D, E, F e G produzam, isoladamente cada uma, no

ponto “O” os seguintes níveis de pressão sonora:

FONTE NPS em dB (A)

A 85

B 81

C 82

D 80

E 87

F 94

G 94

• D ● E ● F ● G

• C ♦ O

• B ● A

Faça uma previsão do NPS no ponto “O” nos seguintes casos:

a) Só F e G estão funcionando

b) Só D e G estão funcionando

c) A, B, C, E e F funcionando

d) Todas funcionando

a) NPSF – NPSG = 94 – 94 = 0

correção = 3 dB

NPSt = 94 + 3 = 97 dB (A)

b) NPSD – NPSG = 94 – 80 = 14

correção = 0,2

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

47

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

NPSt = 94 + 0,2 = 94,2 dB (A)

c) A B C D E F

85 81 82 80 87 94

94,8

95,2

95,4

95,6

d) Todas as fontes funcionando

A B C D E F G

85 81 82 80 87 94 94

97

97,4

97,7

97,9

98,1

98,3

2) Uma lixadeira pneumática está colocada no meio de outras máquinas. O NPS

quando todas estão funcionando é de 100 dB. Desligando-se a lixadeira (o resto continua

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

48

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

funcionando), o NPS é de 96 dB. Determine o NPS produzido no ponto de medição pela

lixadeira isoladamente.

NPSt = 100 dB

● NPSf = 96 dB (lixadeira desligada)

NPSt – NPSf = 100 – 96 = 4 dB

Correção – 2 dB (gráfico nº 2)

NPSf = NPSt – 2 dB = 100 – 2 = 98 dB

2.9. Objetivos da Avaliação de Ruído

A. Avaliação do risco de dano auditivo – O efeito danoso do ruído depende de:

1. NPS e distribuição de NPS por freqüências (espectro sonoro).

2. Duração da exposição.

3. Número de vezes que a exposição se repete por dia.

4. Suscetibilidade individual.

Os limites de tolerância devem ser entendidos como conjunto de níveis de pressão

sonora e as durações de exposição diária a cada um deles, aos quais na maioria dos

trabalhadores pode estar exposto dia após dia, durante todo uma vida útil de trabalho, sem

resultar efeito adverso na sua habilidade de ouvir ou entender uma conversação normal.

Não apresentam linha separatória do nível de ruído perigoso com o seguro,

dependendo da suscetibilidade individual.

A seguir estão transcritos os limites de tolerância estabelecidos pelos anexos 1 e 2

da NR-15:

B. Ruído contínuo/intermitente

*Ruído contínuo – é aquele cujo NPS varia de até ± 3 dB durante um período

longo (mais de 15 min.) de observação.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

49

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

*Ruído intermitente – é aquele cujo NPS varia de até ± 3 dB em períodos curtos

(menor que 15 min. e superior a 0,2 s).

LIMITES DE TOLERÂNCIA (Anexo 1 – NR-15)

NÍVEL DE RUÍDOdB (A)

MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

98

100

102

104

105

106

108

110

112

114

115

8 horas

7 horas

6 horas

5 horas

4 horas e 30 minutos

4 horas

3 horas e 3 minutos

3 horas

2 horas e 40 minutos

2 horas e 15 minutos

2 horas

1 hora e 45 minutos

1 hora e 15 minutos

1 hora

45 minutos

35 minutos

30 minutos

25 minutos

20 minutos

15 minutos

10 minutos

8 minutos

7 minutosEngº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

50

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Entende-se por ruído contínuo ou intermitente, para os fins de aplicação de limites

de tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto.

Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB)

com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação “A” e

circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do

trabalhador.

Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os níveis de

tolerância fixados no Quadro deste anexo.

Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a

máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado.

Não permitida a níveis de ruído acima de 115 dB (A) para indivíduos que não

estejam adequadamente protegidos.

Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a

ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma

que, se a soma das seguintes frações C1/T1 + C2/T2 + C3/T3 +....+ Cn/Tn exceder a

unidade, a exposição não estar acima do limite de tolerância.

Na equação acima Cn indica o tempo total em que o trabalhador fica exposto a um

nível de ruído específico e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível,

segundo o Quadro deste Anexo.

As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído,

contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB (A), sem proteção adequada, oferecerão risco

grave ou iminente.

Medição do Ruído Contínuo ou IntermitenteA medição do nível de ruído deve ser feita utilizando-se o medidor de nível de

pressão sonora operando na curva de compensação “A” e resposta lenta. Esse aparelho

fornece o valor instantâneo do NPS, sendo necessário conhecer o tempo de exposição ao

respectivo nível para se determinar o risco.

Quando ocorrerem variações de níveis de ruído durante a jornada de trabalho, deve-

se utilizar o audiodosímetro, no sentido de se determinar com maior exatidão a exposição

ao ruído. Esse instrumento fornece, no período avaliado, a dose ou efeitos combinados (∑ Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

51

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Cn/Tn) e o nível equivalente de ruído (LEQ). Existem audiodosímetros que fornecem o

LEQ diretamente e outros que necessitam de cálculos em função da dose e tempo de

medição. Nesse caso, o técnico deverá conhecer a equação do dosímetro.

Outro equipamento que poderá ser utilizado é o analisador de frequência. A

avaliação de freqüência é de suma importância no sentido de orientar as medidas de

controle. A determinação da atenuação dos protetores auriculares, seleção, tipo de material

absorvente, etc. são feitos em função do espectro sonoro do ruído do ambiente (NPS x

Freqüência).

A maior exatidão e a facilidade de avaliação dependem dos instrumentos de

medição utilizados. Desse modo, se é usado somente um medidor de nível de pressão

sonora, a avaliação será mais trabalhosa, pois, para se obter o nível equivalente de ruído,

deverá ser cronometrado o tempo de exposição ao respectivo nível.

Numa avaliação dos níveis de ruído visando prevenção do risco de dano auditivo,

devemos proceder da seguinte forma:

• Selecionar as funções a serem avaliadas.

• Descrever as atividades executadas pelos empregadores e respectivas funções e locais

de trabalho.

• Realizar as medições com o medidor de nível de pressão sonora e anotar as observações

sobre medidas de controle adotadas, principalmente fontes geradoras de ruído, etc.

• Analisar as freqüências das principais fontes de ruído para orientar as medidas de

controle a serem adotadas.

• Fazer a dosimetria do ruído em todas as funções analisadas registrando a dose e o LEQ.

Quanto à dosimetria, os exemplos que seguem ilustram o melhor entendimento para

interpretação correta dos dados.

Exemplo 1Um trabalhador executa suas atividades num local cujo NPS = 90 dB (A) durante uma

hora. Após um certo tempo, o NPS cai para 84 e ele permanece durante 4 horas. O restante

da jornada permanece em um local onde o NPS é de 86 dB (A). o limite de tolerância foi

ultrapassado?

C1 + C2 + C3 ≤ 1Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

52

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

T1 + T2 + T3

Nível de RuídodB (A)

Tempo de Exposição(horas)

Máxima ExposiçãoDiária

90 1 484 4 -86 3 7

1 + 3 = 0,25 + 0,45 = 0,7 < 1

4 7

Como o ∑ Cn/Tn < 1, o limite de tolerância não foi ultrapassado.

O valor do nível equivalente de ruído extrapolado para 8 horas é obtido pela

seguinte equação:

LEQ = logD + 5,117

0,06

Neste caso, teremos para D = 0,7 o LEQ = 82,7 dB (A).

Exemplo 2

Um trabalhador fica exposto a um nível de ruído de 95 dB (A) durante 1 hora, 100

dB (A) durante 1 hora, 89 dB (A) durante 2 horas e 85 dB (A) durante 4 horas.

Nível de RuídodB (A)

Tempo de Exposição(horas)

Máxima ExposiçãoDiária

95 1 2100 1 189 2 4,585 4 8

1 + 1 + 2 + 4 = 2,4 > 1 LEQ = 91,6 dB (A)

2 1 4,5 8

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

53

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Como o somatório das frações foi superior a 1, o limite detolerância foi

ultrapassado.

Exemplo 3

Numa casa de força, o pessoal expõe-se diariamente, durante 8 horas, à seguinte

situação:

Nível Medido

dB (A) – Resposta Lenta

Tempo Total de Exposição

Diária ao nível Medido (horas)87 291 1,594 2,096 1,5100 0,5102 0,5

NívelMedido dB (A)

Tempo Real de CnExposição Diária (horas)

Tempo Máximo PermissívelPor Dia (Tn)

Cn/Tn

87 2 6 0,3391 1,5 3,5 0,4394 2 2,25 0,8896 1,5 1,75 0,85100 0,5 1 0,50102 0,5 0,75 0,66

Soma das frações Cn/Tn = 3,65 LEQ = 94,6 dB (A)

Sendo a soma maior que a unidade, a exposição está acima do LT e, portanto,

medidas de controle deverão ser adotadas.

Quanto maior for a soma Cn/Tn, maior será o risco. Isto permite colocar os

problemas por ordem de prioridade.

Exemplo 4

Numa operação industrial foi encontrada a seguinte situação:

NívelMedido dB (A)

Tempo Real de CnExposição Diária (horas)

Tempo Máximo PermissívelPor Dia (Tn)

Cn/Tn

80 1,75 - -82 1,25 - -84 2,75 (9) 0,3086 1,5 7 0,2189 1,5 4,5 0,33

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

54

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

91 0,75 3,5 0,24

a) Soma Cn/Tn com 0,30 incluído = 1,08

b) Soma Cn/Tn sem incluir 0,30 = 0,78

A exposição de 9,5 horas não é contemplada no quadro LT.

Sendo esta condição prática possível, é conveniente ampliar o quadro com valores

coerentes nele contido.

Baseado na recomendação da ACGIH, ampliar a escala do quadro para valores

inferiores a 85 dB (A), conforme a tabela que segue.

Nível MedidodB (A) – Resposta Lenta

Tempo Total de ExposiçãoDiária ao Nível Medido (horas)

80 1681 1482 1283 10,584 9,2585 8

NR-15 – ANEXO 2

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO DE IMPACTO

Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de

duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.

Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB) com medidor de nível

de pressão sonora operando no circuito linear e no circuito de resposta para impacto. As

leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para

ruído de impacto será de 130 dB (LINEAR). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente

deverá ser avaliado como ruído contínuo.

Em caso de não se dispor de medidor de nível de pressão sonora com circuito de

resposta para impacto, será a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito

de compensação “C”. Neste o limite será de 120 dB (C).

As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada,

a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB (LINEAR), medidos no circuito de

resposta para impacto, ou superiores a 130 dB (C), medidos no circuito de resposta rápida

(FAST), oferecerão risco grave ou iminente.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

55

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Avaliação do Ruído de ImpactoNos itens 2 e 3 a norma estabelece os limites de tolerância e a metodologia de

avaliação.

A medição deverá ser feita com medidor de nível de pressão sonora operando no

circuito linear com resposta de impacto e, nesse caso, o limite é de 130 dB (linear). No

entanto, a maioria dos aparelhos comercializados no Brasil não tem esse circuito, sendo que

a norma admite a medição na curva de compensação “C” de resposta rápida, pois essa é

quase linear. Isto significa que praticamente não há compensação para as freqüências e

neste caso a norma reduz o limite para 120 dB (C).

Deve-se salientar que a norma é omissa em não estabelecer o número máximo de

impactos diários permitidos correspondente ao respectivo nível de pressão sonora, como

ocorre, por exemplo, com a ACGIH (American Conference of Governmental Industry

Hygienists) que define os seguintes limites:

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA O RUÍDO DE IMPACTONível de Pressão Sonora

DB*Número de Impactos Permitidos

Por Dia140 100130 1000120 10000

*Nível de pressão Sonora em Picos de Decibéis.

Exemplo 5

Numa funilaria pretende-se avaliar o barulho produzido pelo impacto das

marteladas. Encontram-se, com um equipamento que tem circuito de resposta rápida,

valores de 125 dB medidos na curva de compensação “C”. O LT foi excedido?

Segundo a Portaria nº 3.214, NR-15, a situação excede o LT estabelecido em 120

dB (C).

Receber 100 impactos de 125 dB (C) é diferente de receber 1000 impactos (dos

mesmos 125 por dia).

Neste caso deve-se consultar a tabela da ACGIH.

Avaliação de interferência com as comunicações

O problema da interferência com as comunicações (conversação direta, telefônica,

etc.) pode ser avaliado através da comparação de medições do NPS com critérios

estabelecidos experimentalmente.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

56

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Pelo fato da intelegibilidade da voz falada depender principalmente da freqüência

do ruído existente no local, é definido um valor médio de NPS representativo da

possibilidade de interferência com a comunicação oral.

Este valor médio é conhecido como NIC ou nível de interferência com as comunicações

e é obtido da seguinte maneira:

NIC = NPS500 + NPS1000 + NPS2000

3

Onde: NPS500, NPS1000 e NPS2000 são os níveis de pressão sonora medidos nas

freqüências centrais de 500, 1000 e 2000 Hz, respectivamente.

Portanto, nesse caso, há necessidade de serem medidas as freqüências do ruído.

Avaliação do potencial de desconforto

Este tipo de avaliação é feito medindo-se o NPS e a freqüência do ruído,

comparando-se os dados obtidos com normas específicas. Atualmente, a NR-17 estabelece

limites de tolerância em ambientes de trabalho para efeitos de conforto.

Avaliação para orientação de medidas de controleNeste tipo de avaliação é necessário medir o NPS e as freqüências. O objetivo é

analisar detalhadamente as fontes de ruído no sentido de adoção da medida de controle

mais eficaz.

Comparação com critérios legaisNeste caso a avaliação será feita e os dados comparados com limites de tolerância

estabelecidos pela legislação, como por exemplo, anexos 1 e 2 da NR-15 e Decretos nº

83.080 e 53.831 (insalubridade e aposentadoria especial).

2.10. Medidas de Controle

As medidas de controle do ruído podem ser consideradas basicamente de três

maneiras distintas: na fonte, na trajetória e no homem. As medidas na fonte e na trajetória

deverão ser prioritárias quando viáveis tecnicamente.

A. Controle na fonte – Dentre as medidas de controle na fonte podemos destacar:

1. Substituição do equipamento por outro mais silencioso.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

57

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

2. Balancear e equilibrar partes móveis.

3. Lubrificar eficazmente rolamentos, mancais etc.

4. Reduzir impactos na medida do possível.

5. Alterar o processo.

6. Programar as operações, de forma que permaneça o menor número de

máquinas funcionando simultaneamente.

7. Aplicar material de modo a atenuar as vibrações.

8. Regular os motores.

9. Reapertar as estruturas.

10. Substituir engrenagens metálicas por outras de plásticos ou celeron.

B. Controle no meio – Não sendo possível o controle na fonte, o segundo passo é a

verificação de possíveis medidas aplicadas no meio. Esse consiste em:

- Evitar a propagação – por meio de isolamento.

- Conseguir um máximo de perdas energéticas por absorção.

O isolamento acústico pode ser feito das seguintes formas:

1. Evitando que o som se propague a partir da fonte:

2. Evitando que o som chegue ao receptor:

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

58

FONTE MEIO HOMEM

FONTE MEIO HOMEM

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Isolar a fonte – Significa a construção de barreira que separe a causa do ruído do

meio que o rodeia, para evitar que este som se propague.

Isolar o receptor – Construção de barreira que separe a causa e o meio do

indivíduo exposto ao ruído.

O isolamento acústico das fontes ruidosas consiste na colocação de barreiras

isolantes e absorventes de som. Melhores resultados serão obtidos se as barreiras forem

revestidas internamente com material absorvente de som (cortiça, lã de vidro, etc.) e a face

externa com material isolante de som (paredes de alvenaria). Ver o desenho a seguir:

Material isolante de som

Material absorvente de som

Deve-se conseguir o máximo de perdas energéticas por absorção pelo tratamento

acústico das superfícies. Essa medida é feita revestindo o local com material absorvente de

som, no sentido de se evitar reflexão do mesmo.

C. Controle no homem – Não sendo possível o controle do ruído na fonte e na

trajetória deve-se, com último recurso, adotar medidas de controle no trabalhador.

Estas podem ser adotadas como complemento às medidas anteriores, ou quando as

mesmas não forem suficientes para corrigir o problema.

Como medida de controle no homem, sugere-se:

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

59

FONTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

1. Limitação do tempo de exposição – Consiste em reduzir o tempo de exposição

aos níveis de ruído superiores a 85 db (A), tomando o cuidado para que o valor-

limite para exposição a dois ou níveis de ruído diferentes não seja ultrapassado.

2. Protetores auriculares – São protetores colocados nos ouvidos do trabalhador,

devendo ser utilizados quando não for possível o controle para atenuação do

ruído a níveis satisfatórios.

Devemos ressaltar que a simples utilização do EPI não implica a eliminação do

risco de o trabalhador vir a sofrer diminuição da capacidade auditiva. Os

protetores auriculares, para serem eficazes, deverão ser usados de forma correta

e obedecer aos requisitos mínimos de qualidade representada pela capacidade de

atenuação, que deverá ser devidamente testada por órgão competente. O uso

constante do protetor é importante para garantir a eficácia da proteção.

Exemplificando: para um protetor que garanta uma atenuação igual a 20 dB (A)

quando usado constantemente (100% do tempo), atenuará somente 5 dB (A) se o

protetor for utilizado em 50% do tempo de exposição, conforme o quadro a

seguir:

PORCENTAGEM DO TEMPO EM QUE O PROTETOR É USADO

50% 75% 88% 94% 98% 99% 99,5%100%

ATENUAÇÃONOMINAL

5 10 15 20 28 33 (37) INFINITA5 10 14 18 22 23 24 255 9 13 16 18 19 19 204 8 11 13 14 14 15 153 6 8 9 9 10 10 102 3 4 4 5 5 5 5

240 120 60 30 10 5 2,5 0TEMPO EM MINUTOS DE NÃO-USO NA JORNADA

Os protetores auriculares devem ser capazes de reduzir a intensidade do ruído

abaixo do limite de tolerância. A determinação do fator de proteção pode ser feita de duas

maneiras:

a) Pela análise de freqüência:

Exemplo:

1- Freqüência Central (Hz) 125 250 500 1K 2K 4K 8KEngº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

60

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

2- Análise de Freqüência Ruído (dB) 89,7 88,5 91,5 93,2 97,6 96,0 91,13- Correção para a Escala (A) -16,5 -8,6 -3,2 0,0 1,2 1,0 -1,14- Níveis de Ruído em dB (A) 73,2 79,9 86,3 93,2 98,8 97,0 90,05- Atenuação do Protetor Auricular 13,0 20,0 26,0 32,0 35,0 44,5 37,06- Desvio Padrão (x 2) 5,8 5,2 4,4 4,8 4,8 5,1 7,87- Atenuação (dB) (5 - 6) 7,2 14,8 21,6 27,2 30,2 39,4 29,28- Níveis de Ruído Atenuados 66,0 65,1 66,7 66,0 68,6 57,6 60,89- NPS que Atinge o Trabalhador

com protetor auricular74,0

10- NPS que Atinge o Trabalhador

sem protetor auricular102,2

b) Pelo Rc:

Método NIOSH –02: Rc

É o método que se leva em conta o índice Rc que é obtido através de tabelas dos

fabricantes de protetores auriculares ou através do certificado de aprovação (CA) que é

expedido pela SSST – Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalhador para cada EPI,

testado e aprovado pela FUNDACENTRO – Ministério do Trabalho.

dB (A) = dB (C) – Rc

Exemplo:

Em uma instalação de peneiramente primário de minério de ferro, foram feitas medições

com o medidor de nível de pressão sonora posicionando junto à zona auditiva do

trabalhador, obtendo-se os seguintes valores para a atividade executada: NPS = 90 dB (A) e

NPS = 94 db (C).

O trabalhador está utilizando protetor auricular tipo concha, da marca MSA, cujo

valor do Rc, obtido do fabricante, é de 19,8.

Pergunta-se: qual deve ser a atenuação obtida quando do uso efetivo do protetor

auricular pelo trabalhador?

Solução: dB (A) = dB (C) – Rc

dB (A) = 94 – 19,8

dB (A) = 74,2

Interpretação:

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

61

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Significa que o trabalhador recebia nível de pressão de 90 dB (A) sem o uso de

protetor.

Com a utilização efetiva do protetor, o nível de pressão sonora cai para 74,2 dB (A),

significando que este trabalhador pode realizar sua atividade devidamente protegido.

3. Exames médicos – Recomenda-se a realização de exames médicos periódicos

(audiométricos) semestralmente para os trabalhadores expostos a níveis de ruído

acima de 85 dB (A), com vistas a determinar preventivamente algum possível

problema auditivo, além de verificar a eficácia das medidas adotadas.

ANEXO – A

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

62

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ANEXO – B

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

63

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ANEXO – C

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

64

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

65

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

MÓDULO III

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

66

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

4. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

1- Identificar os riscos;

2- Compreender seus efeitos na saúde dos trabalhadores;

3- Selecionar o respirador adequado;

4- Treinar os trabalhadores sobre a utilização e cuidados adequados com o

respirador.

Nas muitas atividades de trabalho existem inúmeros e minúsculos contaminantes,

que ficam suspensos no ar.

O ar que respiramos é composto de aproximadamente 21% de oxigênio, 78% de

nitrogênio e 1% de outros gases. Nesta combinação, estes gases mantêm a vida. Sua saúde

depende do ar puro que você respira, porém quando outras substâncias estão presentes,

você estará sujeito a irritações, indisposições, problemas de saúde e até mesmo a morte.

Qual é o papel da empresa?

Sua empresa deverá inspecionar regularmente os locais de trabalho para identificar e

avaliar a natureza dos riscos que podem estar presentes. Também, proporcionar aos seus

funcionários a proteção respiratória adequada, bem como informações e treinamento, sobre

o uso correto dos equipamentos.

Você também desempenha um importante papel.

Depois de selecionar o respirador adequado, deve utiliza-lo sempre que estiver em

uma área que necessite de proteção respiratória. Para a sua própria segurança, verifique se

o seu respirador está se ajustando bem para o rosto e se é necessário algum reparo.

Também deve comunicar a sua supervisão se houver problemas com o equipamento

ou se você tem alguma enfermidade como asma, alergias ou pressão arterial elevada, que o

impeça de usar um respirador.

CONHECENDO OS RISCOS

É importante compreender os possíveis riscos que podem afetar a sua saúde.

Simplesmente porque o ar aparece puro, não significa que não existem riscos, muitas vezes

eles não são visíveis e nem tem cheiro.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

67

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Se você conhecer a existência dos perigos, poderá proteger-se deles. De forma geral,

as atividades de trabalho podem apresentar as seguintes situações de risco ao sistema

respiratório:

Poeiras, fumos e névoas:

As poeiras são formadas quando um material sólido é quebrado, moído ou

triturado. Quanto menor a partícula, mais tempo ela ficará no ar, sendo maior a chance de

ser inalada. Ex: minério, madeira, poeiras de grãos, amianto, sílica, etc.

Os fumos ocorrem quando um metal ou plástico é fundido (aquecido), vaporizando

e resfriando rapidamente, formando partículas muito finas que ficam suspensas no ar. Ex:

soldagem, fundição, extrusão de plásticos, etc.

As névoas são encontradas quando líquidos são pulverizados, como em operações

de pinturas. São formadas normalmente quando a formação de spray.

Gases e vapores:

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

68

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

São substâncias que tem a mesma forma do ar, por isso e misturam perfeitamente a

ele, e passam pelos pulmões, atingindo a corrente sangüínea, através da qual chegam a

todos os órgãos do corpo humano, como cérebro, rins, fígado etc.

Os gases são substâncias não líquidas ou sólidas nas condições normais de

temperatura e pressão, tais como oxigênio, nitrogênio, gás carbônico, etc.

Os vapores ocorrem através da evaporação de líquidos ou sólidos, geralmente são

caracterizados pelos odores (cheiros), tais como gasolina, querosene, solvente de tintas, etc.

Deficiência de Oxigênio: um ar limpo é composto, normalmente, por 21% de

oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. Uma pessoa em repouso respira de 20 a

30 litros de ar por minuto. Quando está realizando algum trabalho ou fazendo exercícios, o

consumo de ar aumenta para 30 a 40 litros por minuto.

A deficiência de oxigênio pode ocorre em locais fechados, onde a porcentagem de

oxigênio é muito baixa. Deve-se normalmente a uma reação química, um processo de

combustão (um incêndio), à presença de um gás que desloca o oxigênio ou ao consumo de

oxigênio do ar por microorganismos.

Nestas condições nenhum respirador com filtro pode ser usado.

Temperaturas extremas: um ar muito quente ou muito frio também pode ser

perigoso, dependendo da temperatura e do tempo que uma pessoa está exposta no ambiente.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

69

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

EFEITOS DOS CONTAMINANTES À SAÚDE

Sistema Respiratório: um fantástico mecanismo natural a nosso serviço.

Sua finalidade é absorver o oxigênio do ar e transferi-lo para o sangue. Durante a

respiração, o ar penetra pelo nariz ou boca, e através da traquéia atinge os pulmões. Nos

pulmões, o ar ainda passa por pequenos tubos (bronquíolos), até chegar aos alvéolos, onde

o oxigênio é transferido para a corrente sangüínea. Nesta fase do processo, os alvéolos

trocam o oxigênio pelo gás carbônico do sangue (que é um gás residual não aproveitado

pelos órgãos do corpo) e o transfere para ser expirado.

O oxigênio é então distribuído pelo sangue por todos os órgãos do corpo humano, os

quais realizarão suas funções distintas. Como podemos ver, o sistema respiratório é de

fundamental importância para a realização do milagre da vida. Alguns contaminantes

provocam reações imediatas no organismo como tosse, tonturas, dores de cabeça, espirros

ou falta de ar.

Existem, porém, doenças provocadas por certos contaminantes, que só serão

descobertas após vários anos de exposição.

Defesas naturais do organismo: o corpo humano tem um incrível sistema

respiratório que leva o ar contendo oxigênio para os pulmões. Para que possamos respirar

um ar limpo e normal, as defesas do nosso organismo agem funcionando como

purificadores de ar.

Pêlos: os pêlos do nariz, servem para segurar e prender as partículas maiores que

inalamos junto com o ar.

Cílios: os cílios são pequenos pêlos, que auxiliam no trabalho de purificação do ar.

Pulsando 10 a 12 vezes por segundo, eles movimentam as partículas que possam ter

passado pelo nariz, de modo que seja possível expectora-las.

Muco: as vias respiratórias possuem uma substância líquida chamada muco, que

serve, juntamente com os cílios para arrastar essas partículas até a garganta. A tosse é um

reflexo do corpo que expulsa e joga fora essas partículas.

DOENÇAS

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

70

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Apesar das defesas naturais, alguns contaminantes conseguem penetrar

profundamente no sistema respiratório e causar algumas doenças, como as

pneumoconioses. Veja abaixo alguns exemplos de pneumoconioses:

Silicose: é causada pelas partículas da sílica, muito comum nas indústrias

cerâmicas, minerações, pedreiras e metalúrgicas, provocando uma redução na capacidade

respiratória.

Asbestose: é causada pelas fibras do asbesto (amianto), provocando redução na

capacidade de transferência de oxigênio para o sangue além de câncer.

Antracose: também conhecida como “doença dos pulmões preto” ou “doença dos

mineiros”. É causada pela inalação de partículas de carvão mineral.

Bissinose: é causada principalmente pelas partículas de algodão, comum nas

indústrias têxteis. Provocam redução na capacidade respiratória, febre e tosses freqüentes.

Pulmão dos fazendeiros: é provocada pela inalação de partículas de cereais

(sementes), madeiras ou fenos. Causam um tipo de cicatrização nos pulmões, febre,

calafrios, tosse, dores musculares e redução na capacidade de respiração.

Doenças mais comuns – bronquites, resfriados crônicos, alergias e sinusites são

também provocadas pela inalação de contaminantes.

COMO SE PROTEGER DOS CONTAMINANTES

Uma das formas de proteger o trabalhador contra a inalação de contaminantes

atmosféricos é através do uso de Equipamento de Proteção Respiratória (EPR). Estes

equipamentos, popularmente conhecidos como respiradores (máscaras), são constituídos

por uma peça que cobre, no mínimo, a boca e o nariz, através da qual o ar chega à zona

respiratória do usuário, passando por um filtro ou sendo suprido por uma fonte de ar limpa.

Os respiradores filtrantes são geralmente compostos de várias camadas de filtros,

que retém certos contaminantes suspensos no ambiente de trabalho.

SELECIONANDO O RESPIRADOR ADEQUADO

Existem basicamente, duas classes de respiradores: os que filtram o ar do ambiente

local e são chamados de purificadores de ar; e os respiradores que recebem o ar de uma

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

71

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

fonte externa ao ambiente de trabalho, os de ar mandado (ou linha de ar comprimido) e a

máscara autônoma.

Ainda, os respiradores podem ser: peça semifacial ou peça facial inteira.

Na classe de respiradores purificadores de ar, temos:

Respiradores semifaciais sem manutenção

Estes respiradores auto-filtrantes podem ser destinados à proteção contra a inalação

de partículas, gases ou vapores, dependendo do tipo de contaminantes e filtros existentes.

Se este contaminante é uma partícula, será necessário um filtro mecânico. Para os gases e

vapores será um filtro químico, composto de carvão ativado ou ouro adsorvente.

Estes respiradores cobrem o nariz e a boca, e como qualquer outro respirador,

devem ser ajustados e usados corretamente, sendo necessário trocá-los sempre que

estiverem saturados ou deformados, não precisando de reparos ou troca de peças.

Respiradores semifaciais reutilizáveis (purificadores de ar)

Como o nome diz estes respiradores semifaciais cobrem a região do nariz e da boca.

Normalmente são compostos por uma peça feita de borracha, silicone ou outro elastômero e

a purificação do ar é feita através da colocação de filtros e ou cartuchos para partículas,

gases ou vapores; que deverão ser trocados sempre que estiverem saturados; isto é, quando

a respiração se tornar difícil ou quando a pessoa estiver sentindo o cheiro ou gosto do

contaminante.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

72

Respirador semi-facial sem manutenção

Com Baixa Manutenção

Com Manutenção

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Respiradores de peça facial interna (purificadores de ar)

Os respiradores peça facial inteira protegem além do sistema respiratório, também

os olhos. Além disso, são recomendados para ambientes com concentrações mais altas de

contaminantes do que as peças semifaciais.

Podem ser utilizados com filtros para eliminar poeiras, fumos, névoas, gases e ou

vapores de ar.

Se compararmos, quando utilizamos um respirador tipo peça semifacial podemos

reduzir em 10 vezes a concentração do contaminante no ambiente; já se usarmos a peça

facial inteira podemos obter no mesmo ambiente uma redução de 100 vezes a concentração

do contaminante.

Esta diferença deve-se ao fato de que o respirador facial inteiro envolve todo o rosto

permitindo uma melhor vedação. Estes respiradores vedam a região da testa, uma região

mais plana, se comparada ao nariz.

Respirador com suprimento de ar

Os equipamentos de suprimento levam o ar através de uma traquéia plástica para

dentro do respirador.

Este ar pode estar sendo enviado por um compressor ou um conjunto de cilindros de

ar comprimido (linha de ar comprimido); ou no caso das máscaras autônomas o ar é

armazenado em um cilindro, sob alta pressão dando maior mobilidade ao usuário. A

autonomia de ar destes equipamentos é normalmente de 30 a 60 minutos, dependendo da

atividade que será realizada e das dimensões de pressão do cilindro.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

73

Peça Facial Inteira

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Certos tipos de respiradores com suprimento de ar protegem contra deficiência de

oxigênio, concentrações muito elevadas de poeiras, fumos, névoas, gases e vapores, onde

os respiradores purificadores de ar não podem ser utilizados.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

74

Ar Forçado(PAPR)

Ar mandado(meia peça e facial

inteira)

Máscara autônoma

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

COMO SELECIONAR UM RESPIRADOR?

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não Sim

Sim

Sim Não

Não

Não

Sim

PASSOS PARA SELEÇÃO DE RESPIRADORES:

• Determinar os contaminantes tóxicos presentes;

• Comparar com Limites de Exposição disponíveis;

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

75

Identificação dos contaminantes

Determinação das concentrações médias e de pico

A concentração ainda é desconhecida?

Existe risco

potencial da

atmosfera ser

deficiente

Não use respiradores com filtros. Use máscara autônoma.

A

A concentração é maior

A concentração é maior que

10 x TLV/LT?

A concentração é maior que

100 x TLV/LT?

A concentração é maior que

1000 x TLV/LT?

A concentração

excede ao valor IPVS?

Utilize respirador do tipo peça semifacial com filtro

adequado.

Use fullface respirator with appropriate filter.

Utilize respirador do tipo armandado ou motorizado com peça facial inteira ou capuz e

filtro adequado.

Não é necessário o uso derespirador. Recomendável se for

maior que 0,5 TLV/LT.

B

A

B

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

• Verificar se há potencial de deficiência de oxigênio na atmosfera;

• Verificar se concentração medida ou estimada é maior que IPVS;

• Dividir a concentração pelo Limite de Exposição do Contaminante

(FPR);

• Comparar FPR com FPA (tabela) e escolher tipo de respirador requerido;

• Se contaminante for somente gás ou vapor, escolher filtro apropriado;

• Tintas, esmaltes ou vernizes, escolher filtros combinados para vapores

orgânicos (VO) e particulados P1;

• Pesticidas, escolher filtro para particulados P2;

• Incorporar filtro para vapores orgânicos, se pesticida for a base de

solvente orgânico;

• Aerossol mecanicamente gerado, usar filtro P1;

• Aerossol termicamente gerado, usar filtro P2;

• Aerossol altamente tóxico ou toxidez desconhecida usar P3;

• Sílica e Amianto - ver tabela;

• Gases e vapores com fracas propriedades de alerta, usar AS.

COMO IDENTIFICAR UM BOM RESPIRADOR

Para que o respirador seja adequado e garanta uma eficiente proteção respiratória,

devemos considerar as seguintes características:

Eficiência do Filtro

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

76

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

A qualidade do elemento filtrante é muito importante para a adequada proteção

respiratória. É muito importante que se faça a escolha do filtro apropriado para cada

situação e contaminante.

Vedação

Um respirador que não se ajusta bem à face não dará uma boa vedação, e não estará

protegendo o usuário, uma vez que os contaminantes entrarão pelas deficiências da

vedação.

Comunicação Fácil Utilização

Respiração do Usuário

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

77

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Tempo de uso: após ter sido selecionado, com base nos riscos existentes no

ambiente de trabalho, o respirador deve ser usado por todo o tempo em que você

permanecer no ambiente contaminado. A exposição a estes ambientes, mesmo que em

curtos períodos pode causar doenças ocupacionais ou até mesmo a morte.

Ensaio de vedação

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

78

TB - ENSAIO DE VEDAÇÃO(IN / PPR Anexo 5 Parágrafo II) - Sacarina

❂❂ CAPUZCAPUZ

❂❂ NEBULIZADOR NEBULIZADOR Devilbiss Devilbiss nº 40nº 40

❂❂ ObsObs; 1 ; 1 -- CAPUZ CAPUZ (0,30cm, H40cm)(0,30cm, H40cm)

❂❂ 2 2 -- ORIFÍCIO ORIFÍCIO 0,20 mm0,20 mm

❂❂ 3 3 -- ORIFÍCIO NA ORIFÍCIO NA DIREÇÃO DA BOCA DO DIREÇÃO DA BOCA DO

USUÁRIOUSUÁRIO

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

FATORES DE PROTEÇÃO ATRIBUÍDOS PARA EPR

COBERTURAS FACIAIS

Peça semi-facial Peça facial inteira

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

79

Tipos de Respirador Tipo de Cobertura das Vias RespiratóriasPeça Semifacial Peça Facial Inteira

Purificador de Ar 10 100De Adução de Ar

Máscara Autônoma (demanda) (a) N/A 100Linha de Ar Comprimido (demanda) 10 100

Peça Peça Capuz Sem VedaçãoSemifacial Facial Inteira Capacete Facial

Purificador de Ar Motorizado 50 1.000 1.000 25De Adução de Ar

Linha de Ar ComprimidoDe demanda com pressão positiva 50 1.000Fluxo contínuo 50 1.000 1.000

Máscara Autônoma (circuito aberto ou fechado)

De demanda com pressão positiva N/A 10.000 (b)(a) Não deve ser usada para situações de emergências, como incêndios.

Fator de proteção: 10

Fator de proteção: 100

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

FILTROS QUÍMICOS X FILTROS MECÂNICOS

* Estrutura do carvão ativado

* Micro fibras dos filtros

CLASSIFICAÇÃO DOS FILTROS

Eficiência dos filtros segundo a Norma BrasileiraEngº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

80

moléculas grandes

moléculas pequenas

disponível paramoléculasmuito pequenas

moléculas grandes

moléculas pequenas

disponível paramoléculasmuito pequenas

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

FILTROS P1

FILTROS P2

FILTROS P3

AEROSSÓIS UTILIZADOS NOS ENSAIOS

Eficiência Mínima Cloreto de SódioAerossol Não Oleoso

Óleo de ParafinaAerossol Oleoso

80% P1 -94% P2 P2 S/L

99.95% P3 P3 S/L

EFICIÊNCIAS EXIGIDAS DOS FILTROS

P1 – 80%

P2 – 94%

P3 – 99.95%

COMO COLOCAR ADEQUADAMENTE UM RESPIRADOR

Sem manutenção:

1. leve o respirador ao rosto, apoiando-o inicialmente no queixo e depois

cobrindo a boca e o nariz. Puxe o elástico superior, ajustando-o bem acima

das orelhas. Depois, faça o mesmo com o elástico de baixo, passando-o pela

cabeça e ajustando-o na nuca.

2. com os dedos de cada mão pressione a peça de alumínio de forma a molda-

lo ao seu formato de nariz.

3. para verificar o ajuste, coloque as mãos na frente do respirador cobrindo

toda a superfície e inale. O ar não deve passar pelas laterais.

4. esta é a forma correta de colocação do respirador.

De borracha, silicone ou elastômero:

1. coloque o respirador no rosto e posicione o elástico superior sobre a cabeça.

Encaixe os elásticos inferiores (de baixo) ligando as presilhas atrás do

pescoço.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

81

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

2. puxe as extremidades dos elásticos superiores, e depois os inferiores, para

fazer o ajuste do respirador ao rosto.

3. verificação de vedação com pressão positiva: coloque a palma da mão sobre

a válvula de exalação e assopre suavemente várias vezes. A peça facial

deverá se expandir suavemente sem ocorrer vazamento.

4. teste de pressão negativa: coloque as mãos sobre os cartuchos e/ou filtros e

inale profundamente várias vezes. A peça facial deverá comprimir

levemente contra o rosto sem ocorrer vazamento.

CUIDADOS COM O RESPIRADOR

Para que o respirador possa ter um bom tempo de duração e conservação, são

necessários alguns cuidados do usuário.

Antes de entrar em uma área contaminada, inspecione se o respirador não está

danificado.

No caso de respiradores com filtros recambiáveis, lave o respirador em água

corrente com detergente neutro, como indicam as instruções; retirando as peças se

necessário. Caso os filtros e cartuchos estiverem saturados troque-os por novos. Não suje

nem danifique a parte interna do respirador, que ficará em contato com a região da boca e

do nariz.

Se tiver de manusear seu respirador com as mãos sujas, pegue-o pela parte externa.

Não o deixe sobre equipamentos ou lugares sujeitos a poeira ou contaminantes.

Ao fim do trabalho ou nos intervalos de descanso, guarde o respirador em um saco

plástico e coloque-o em lugar apropriado (gaveta, armário etc...).

Se sentir dificuldade na respiração, cheiro ou gosto do produto que está trabalhando,

pode ser que esteja na hora de trocar de respirador (respiradores sem manutenção) por um

novo, ou substituir os filtros (respiradores com manutenção).

A barba impede o ajuste e vedação adequada do respirador, facilitando a passagem

dos contaminantes. Por isso pessoas com barba não devem usar respiradores que

necessitem de vedação facial.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

82

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Um respirador só é eficiente e útil se estiver no rosto do usuário, protegendo

suas vias respiratórias, bem colocado e ajustado.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

83

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

MÓDULO IV

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

84

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

3. ESPAÇOS CONFINADOS

Cuidado com os espaços confinados!Os acidentes em espaços confinados vêm preocupando autoridades, especialistas,

empresários e trabalhadores. Estudiosos no assunto alertam que cerca de 90% das

ocorrências nesses locais são fatais.

Quais locais são considerados espaços confinados?

Dutos de ventilação, caldeiras, bueiros, caixas d’água, porões de navios, tanques em

geral, redes de gás, eletricidade, água e esgoto, galerias por onde passam cabos telefônicos

e de TV a cabo, tonéis, contêineres, poços, cisternas, minas e valas. O espaço confinado

não está restrito apenas ao setor industrial. No campo também existem locais com as

mesmas características, como silos e porões de armazenamento de cereais, também sujeitos

a acidentes graves.

O QUE MAIS ACONTECE NESTES ESPAÇOS?

Um trabalhador desmaia por falta de oxigênio ou presença de gases e vapores

tóxicos, e outro tenta resgatá-lo, sem as condições de segurança adequadas. O resultado é

que os dois acabam sendo vitimados. Outra situação de risco é a presença de gases ou

vapores inflamáveis que ocasionam acidentes de grandes proporções como explosões ou

incêndios, causando danos ao meio ambiente e à população ao redor. Alguns gases tóxicos

ou inflamáveis são inodoros e transparentes. A produção de faíscas é outro problema, pois o

acúmulo de gases inflamáveis e o excesso de oxigênio causam explosões. A falta de

oxigênio também é imperceptível. Sob certas circunstâncias, o seu nível pode cair

rapidamente, provocando asfixia no trabalhador. Há ainda riscos de soterramento, choques

elétricos, afogamento, quedas, queimaduras, entre outros.

COMO ENFRENTAR OS RISCOS?

Com treinamento e cuidados de uma “verdadeira operação de guerra”. Deve se

utilizar detectores de gases para saber se o local é perigoso ou não. Deve-se fazer também o

isolamento da área, testes e descontaminação da atmosfera local, ventilação, bloqueios de

circuitos elétricos e mecânicos para se evitar choques e ferimentos; colocar iluminação Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

85

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

adequada. Deve se utilizar sempre equipamentos de proteção individual e equipe de

resgate.

o reconhecimento do espaço confinado

Nem sempre é fácil. tanques abertos podem ser considerados como espaços

confinados, pois a ventilação natural inexiste, o potencial de acúmulo de fontes geradoras

ou de escape de gás, torna a atmosfera perigosa. para reconhecermos um espaço confinado,

é preciso conhecer o potencial de risco de ambientes, processos, produtos, etc., porém o

mais sério risco se concentra na atmosfera do ambiente confinado.

condição ambiental aceitávelÉ o ambiente confinado onde não existam riscos atmosféricos e onde critérios

técnico de proteção permite a entrada e permanência para trabalho em seu interior.

vigiaÉ o indivíduo treinado e equipado corretamente, que permanece o tempo de duração

do trabalho, do lado de fora do ambiente confinado, de forma a intervir em socorro dos

executantes do trabalho, caso seja preciso.

emergênciaÉ qualquer tipo de ocorrência anormal que gera danos pessoais, ao meio ambiente e

às propriedades, incluindo as falhas dos equipamentos de controle ou monitoramento dos

riscos.

permissão de entradaÉ um documento padronizado na empresa, reconhecido por todos os direta ou

indiretamente envolvidos com este tipo de trabalho que autoriza o empregado ou

empregados relacionado(s) a entrar em um ambiente confinado. esta permissão define as

condições para a entrada. Lista os riscos da entrada e estabelece a validade da permissão

(não pode ser superior a uma jornada de trabalho).

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

86

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

riscos ambientaisÉ a atmosfera a que estão expostos os trabalhadores, com riscos à saúde, à vida

gerando incapacitação física ou psicológica, e ao meio ambiente e às propriedades, por

uma ou mais das seguintes causas:

misturas inflamáveis, isto é, aquelas cujas concentrações estejam entre o limite

inferior de explosividade (l.i.e.) e o limite superior de explosividade (l.s.e.);

fumaça que obstrua a visão a uma distância de 1,52m ou menos;

concentração de O2 (oxigênio) abaixo de 19,5% ou acima de 22%;

concentração de qualquer substância acima do limite de tolerância;

qualquer condição reconhecida como imediatamente perigosa à saúde ou à vida.

GÁS PONTO DE PONTO DE LIE LSE DENSIDADE

IGNIÇÃO (°C) FLASH (°C)

ACETONA 535 -19 2,15 13 2,02

AMÔNIA 630 GÁS 15,0 28 0,53

CO 605 GÁS 12,5 74 0,97

ETANOL 425 12 3,3 19 1,59

ETANO 515 GÁS 3,0 15,5 1,04

ETILENO 425 GÁS 2,7 34 0,97

TOLUENO 535 6 1,2 7 3,18

BUTANO 365 GÁS 1,5 8,5 2,05

PROPANO 470 GÁS 2,0 9,5 1,56

HEXANO 233 -21 1,2 7,4 2,79

BENZENO 555 -11 1,2 8 2,70

METANO 537 GÁS 5,0 15 0,55

permissão para trabalhos a quenteÉ um documento escrito, que autoriza as operações que necessitam de fontes de

ignição (solda, corte, revestimento, tratamento térmico, desbaste, usinagem,

rebitamento, etc).

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

87

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

PERIGO IMEDIATO À SAÚDE OU À VIDA (IDHL)

É qualquer condição que venha trazer perdas à vida ou mesmo com resultados

irreversíveis à saúde. Efeitos imediatamente severos à saúde: quando efeitos clínicos

agudos se manifestam após 72 horas de exposição.

isolamentoÉ a separação física de uma área ou espaço considerado próprio e permitido ao

adentramento, de uma área ou espaço considerado impróprio (perigoso) e não preparado ao

adentramento.

riscos atmosféricosVentilação deficiente propicia além da deficiência de oxigênio, o acúmulo de gases

nocivos como principalmente o h2s (gás sulfídrico) e o co (monóxido de carbono), que

são responsáveis por 60% das vítimas dos acidentes em ambientes confinados.

os efeitos da deficiência de oxigênio: como sabemos, o mínimo permissível para a

respiração segura gira em torno de 19,5% de O2. Teores abaixo deste podem causar

problemas de descoordenação (15 a 19%), respiração difícil (12 a 14%), respiração

bem fraca (10 a 12%), falhas mentais, inconsciência, náuseas e vômitos (8 a 10%),

morte após 8 minutos (6 a 8%) e coma em 40 segundos (4 a 6%). convém salientarmos

que a presença de gases considerados inertes ou mesmo de inflamáveis, considerados como

asfixiantes simples, deslocam o oxigênio e por conseguinte tornam o ambiente impróprio e

muito perigoso para a respiração. logo, antes de entrarmos no interior de espaços

confinados devemos monitorá-lo e garantir a presença de oxigênio em concentrações na

faixa de 19,5 e 22%.

os efeitos do monóxido de carbonoPor não possuir odor e cor este nocivo gás pode permanecer por muito tempo em

ambientes confinados sem que o ser humano tome providências de ventilar ou exaurir o

local e conseqüentemente, em caso de entrada nestes locais, poderemos ter conseqüências

danosas ao homem. em concentrações superiores ao seu limite de tolerância

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

88

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

(concentração acima da qual poderão ocorrer danos à saúde do trabalhador), que é de

39 ppm:

o exposto poderá sentir desde uma simples dor de cabeça (200 ppm);

palpitação (1000 a 2000 ppm);

inconsciência (2000 a 2500 ppm);

morte (4000 ppm).

OS EFEITOS DO H2S

Este é um dos piores agentes ambientais agressivos ao ser humano, justamente pelo

fato de que em concentrações médias e acima, o nosso sistema olfativo não consegue

detectar a sua presença. em concentrações superiores a 8,0 ppm (partes do gás por milhões

de partes de ar) - que é o seu limite de tolerância, o gás sulfídrico causa:

irritações (50 - 100 ppm);

problemas respiratórios (100 - 200 ppm);

inconsciência (500 a 700 ppm);

morte (acima de 700 ppm).

Sempre durante os trabalhos de drenagem, limpeza, lavagem e purga de um tanque, gases

nocivos aparecem tornando o ambiente insustentável da vida e da saúde. os teores de

oxigênio, normalmente diminuem pelo deslocamento deste, pelos gases oriundos das

atividades de limpeza. os gases combustíveis são liberados das superfícies sob as

encrustações orgânicas, são liberados dos pontos baixos ou altos, das flanges e demais

conexões ou válvulas. da mesma forma os gases tóxicos pela ação de solventes ou

produzidos pela reação química entre estes e outros materiais utilizados na limpeza.

pós e poeiras inflamáveis

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

89

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Produtos como o carvão, trigo, celulose, fibras, plásticos em partículas finamente divididas,

criam atmosferas explosivas no interior de ambientes confinados.

atividades agravantes

Os trabalhos de solda, cortes a quente, tratamento térmico, funcionamento de motores a

combustão no interior de espaços confinados, pode criar atmosferas de alto risco ou

perigosas. a deficiência de oxigênio é causada pelo seu consumo, nas reações de

combustão ou nos processos de oxidação, ou ainda deslocado pelos produtos de

combustão. Os gases tóxicos, como o co, são produzidos pela incompleta combustão.

outros gases podem ser produzidos pelo material aquecido; cádmio, por exemplo, vapores

de mercúrio, chumbo e outros metais pesados.

serviço perigoso

É todo aquele que implica em risco potencial, independente da área ou setor, conforme

abaixo já descrito neste procedimento, isto é: - entrada em tanques, fossas que contenham

ou tenham contido qualquer produto nocivo à saúde ou inflamável, explosivo, reativo etc; -

serviços em equipamentos elétricos energizados de alta voltagem (superior a 600v);

serviços sob alturas superiores a 2,5 m; - serviços em galerias pluviais, poços etc; - raios-x

industrial e gamagrafia; - demolições; - escavações ou perfurações profundas.

Inertização

É a operação realizada com a finalidade de transformar uma atmosfera em não inflamável,

não explosiva, não reativa, através da diluição da atmosfera original, com um gás

considerado como inerte ou não reativo.

o empobrecimento de oxigênio torna o espaço confinado perigoso:

pois torna o ambiente impróprio à respiração, como já visto anteriormente. isto pode

também ser causado pela absorção de o2 pelas paredes do vaso ou mesmo pelo produto

estocado no tanque ou no espaço confinado.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

90

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

o enriquecimento de oxigênio torna o espaço confinado perigoso:

pois causa incrementos na faixa de explosividade dos gases combustíveis, propiciando

queimas violentas. Assim nunca acenda o maçarico oxi-acetilênico, no interior de tanques

ou outros espaços confinados, após a permissão, acenda-o do lado de fora e, adentre com o

maçarico aceso e já regulado.

acidentesO monitoramento citado pode ser feito por diferentes maneiras:

através de instrumentos portáteis de detecção/alarme, medição e registro de

substâncias inflamáveis e/ou tóxicas;

através de aparelhos/equipamentos, para captação do ar contaminado para posterior

análise em laboratório;

através de sistemas fixos de detecção/alarme, medição e/ou registro de substâncias

inflamáveis e/ou tóxicas;

tubos colorimétricos;

adsorvedores/absorvedores, etc.

reinício dos trabalhos

O reinício dos trabalhos, após uma paralisação, em função de anormalidades que coloquem

em risco a segurança do trabalho, deverá ser precedido de uma reavaliação geral por todos

os envolvidos, das condições ambientais de forma a garantir a segurança das atividades e

dos seus executantes.

o programa de permissão para a entrada em espaços confinados2. identificar os riscos

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

91

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

3. controlar os riscos

4. sistema de permissão

5. informações

1. prevenção complementar

2. equipamento

3. resgate

4. proteção contra riscos externos

conheça em detalhes o seu aparelho de monitoramento ou testes*

garanta que seu aparelho esteja funcionando corretamente;

* siga as recomendações do fabricante;

* zere o seu instrumento em atmosfera de ar fresco e isento de gases ou vapores;

* antes de abrir a boca de visita totalmente, para monitorar o interior de um espaço

confinado, faça a ventilação através de uma pequena abertura, com a ajuda da extensão que

acompanha o aparelho. isto pode ser a diferença entre a vida e a morte.

* monitore o interior do espaço confinado em todos os níveis de altura e comprimento.

* lembre-se que em caso de exaustão de gases mais leves que o ar, devemos instalar o

exaustor no topo do tanque ou ambiente confinado e no caso de gases mais pesados que o

ar, devemos instalar o exaustor na base do tanque. no caso de ventilação, devemos, quando

lidarmos com gases mais leves que o ar, injetar o ar da base para o topo e vice-versa,

quando lidarmos com gases mais pesados que o ar.

* o que é muito importante para que o trabalhador saiba é que um ambiente confinado

muda suas condições, com a sequência dos trabalhos, portanto monitoramento,

acompanhamento e observações periódicas são imprescindíveis.

treinamento pessoal1. RECONHECIMENTO DOS RISCOS

2. PREPARAÇÃO DO TRABALHOEngº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

92

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

3. COMUNICAÇÃO

4. EPI’S

5. ABANDONO DO LOCAL

3.1 PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA PARA “AMBIENTES CONFINADOS”

DEFINIÇÃO

É todo lugar que possui entradas ou saídas limitadas ou restritas, ou ainda que

possui uma ou mais das seguintes características: contém ou conteve potencial de risco na

atmosfera, possui atmosfera com deficiência de O² (menos de 19,5%) ou excessos de O²

(mais de 22%), possui configuração interna tal que possa provocar asfixia, claustrofobia, e

até mesmo medo, ou insegurança e possui agentes contaminantes agressivos à segurança

ou a saúde.

CAMPO DE APLICAÇÃO

Tanques, reservatórios, tanques de aeração, caixas subterrâneas, contêiners tanques, box contêiners, diques, vasos, colunas, dutos de ventilação, bueiros, caixas d’água, porões de navios, redes de gás, eletricidade, água, esgoto, galerias por onde passam cabos telefônicos e de TV a cabo, tonéis, contêiners, poços, cisternas, minas e valas, porões de armazenamento de cereais, decantadores, digestores, tubulações, silos, elevadores, caldeiras, túneis e outros locais confinados.

OBJETIVOEstabelecer exigências, definir práticas de trabalho seguro para evitar acidentes,

treinamento necessário e funcionários responsáveis.

TREINAMENTO DE SEGURANÇAPara a realização de trabalhos nos locais acima citados, os funcionários deverão ser

treinados.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

93

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

COMUNICAÇÃO INTERNA DE TRABALHO (CIT) – ANEXO 01

O chefe do setor onde será realizado o trabalho, com no mínimo 48 hs (quarenta e

oito horas) de antecedência, deverá informar ao SESMT sobre o trabalho mediante

preenchimento completo da CIT.

PERMISSÃO PARA O TRABALHO (PT) – ANEXO 02

Após recebimento da Comunicação Interna de Serviço, o SESMT fará Avaliação

Quantitativa e/ou Qualitativa dos Agentes Ambientais (Anexos) emitindo uma PT

autorizando o trabalho desde que cumpridas as exigências da mesma.

FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEISOs chefes dos setores envolvidos serão responsáveis diretos quanto ao cumprimento

de todas as exigências observadas na PT, cumpridas as mesmas pode-se realizar o trabalho.

SERVIÇO TERCEIRIZADO

A prestadora de serviços não poderá iniciar seu trabalho antes de receber a devida

autorização do SESMT. De igual forma, o chefe do setor que requisitou o serviço de

terceiros deverá informar, com no mínimo 48 hs (quarenta e oito horas) de antecedência,

fazendo uso da Comunicação Interna de Trabalho, porém discriminando na RELAÇÃO DE

FUNCIONÁRIOS se tratar de serviço de terceiros. Fica proibida a subcontratação, ou seja,

que a empresa terceirizada contrate serviços de outra. Conforme procedimento habitual o

SESMT analisando a CIT emitirá a Permissão para o Trabalho.

ANEXO 01 - AVALIAÇÃO QUANTITATIVA E QUALITATIVA DOS

AGENTES AMBIENTAIS

Referente CIT nº_______

A avaliação quantitativa e/ou qualitativa bem como o monitoramento dos agentes

ambientais ruído, calor e produtos químicos é realizado através do Programa de Prevenção

de Riscos Ambientais – PPRA - podendo assim controlar as atividades de rotina através de

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

94

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Procedimentos e Treinamentos de Segurança. Porém em casos excepcionais, ou seja, onde

não existem disponíveis dados sobre os agentes ambientais, será analisada a Comunicação

Interna de Trabalho – CIT – seguindo da avaliação quantitativa e/ou qualitativa dos agentes

ambientais.

AVALIAÇÃO QUALITATIVA

Riscos encontrados:

Equipamentos de Proteção Individual recomendados:

AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

Riscos avaliados:

Equipamentos de Proteção Individual recomendados:

OBSERVAÇÕES:

RESPONSÁVEL:

ANEXO 03 - PERMISSÃO PARA O TRABALHO PT referente CIT Nº _________

Todos os itens assinalados devem ser cumpridos antes de entrar no ambiente:1.PRECAUÇÕES Sim Não N.A.1.1 Isolamento da área............................................................................................... ( ) ( ) ( )1.2 Desligamento energia elétrica............................................................................... ( ) ( ) ( )1.3 Desligamento sistema hidráulico........................................................................... ( ) ( ) ( )1.4 Desligamento sistema pneumático....................................................................... ( ) ( ) ( )1.5 Linhas Bloqueadas / Quebradas........................................................................... ( ) ( ) ( )1.6 Etiquetas de Advertência (Placas)........................................................................ ( ) ( ) ( )1.7 Todas as instalações elétricas foram adequadamente desenergizadas...................( ) ( ) ( )1.8 Tanque vazio e limpo............................................................................................ ( ) ( ) ( )

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

95

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

1.9 Lavar..................................................................................................................... ( ) ( ) ( )1.10 Ventilar................................................................................................................ ( ) ( ) ( )1.11 Iluminação 12 Volts............................................................................................. ( ) ( ) ( )1.12 Equipamentos de Combate a Incêndio disponíveis............................................ ( ) ( ) ( )1.13 O trabalho a ser executado foi verificado em conjunto com o executante.......... ( ) ( ) ( )1.14 Foi verificada a presença de tubulações subterrâneas....................................... ( ) ( ) ( )1.15 Foi constatado que não existem eletrodutos ou outras canalizações que podemser comprometidos com o trabalho............................................................................. ( ) ( ) ( )1.16 Os equipamentos e/ou instalações que contém ou tenham contido produtosquímicos foram purgados e estão limpos, não oferecendo risco.................................( ) ( ) ( )1.17 Outras medidas especificar_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL TIPO

( ) Contra queda ___________________________

( ) Vias respiratórias ____________________________

( ) Cabeça ____________________________

( ) Membros Superiores ____________________________

( ) Corpo ___________________________

( ) Olhos ____________________________

( ) Audição ____________________________

( ) Membros Inferiores ____________________________

Outros: ______________________________________________________________________

Observações:_________________________________________________________________

3. SALVAMENTO

( ) Deverão permanecer do lado de fora no mínimo 02 (dois) funcionários.

( ) Socorrista. Nome:___________________________________________________

Nome Assinatura

Chefe Setor: _______________________ _______________________

SESMT: _______________________ _______________________

Observações• A opção N.A. designa que nenhuma das alternativas contemplam a PT.• No caso de haver afirmativa negativa (Não) para os itens acima essas afirmativas deverão ser justificadas no

verso.• Caso qualquer um dos itens exigidos não for cumprido o técnico de segurança do trabalho poderá interditar

imediatamente o serviço.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

96

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

MÓDULO V

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

97

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

6. NR-9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

9.1. Do objeto e campo de aplicação.

9.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e

implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam

trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA,

visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,

reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais

existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a

proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

9.1.2. As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da

empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores,

sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das

necessidades de controle.

9.1.2.1. Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação ou

reconhecimento, descritas no itens 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA poderá resumir-se às etapas

previstas nas alíneas "a" do subitem 9.3.1.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

98

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

COMENTÁRIOS:

Todo trabalhador, independente do tamanho da empresa em que trabalhe e do grau

de risco em que ela esteja enquadrada, tem direito à preservação da sua saúde.

Assim, a Norma torna obrigatórias a elaboração e a implementação do Programa

de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA para todas as empresas que tenham

empregados, independente do seu porte ou grau de risco.

Muitas vezes uma empresa com apenas 1, 2 ou 3 empregados pode expor os seus

trabalhadores a risco grave à saúde. Isto pode ocorrer, por exemplo, em uma serralheria,

uma marmoraria, carpintaria, oficinas de manutenção de veículos, que freqüentemente

possuem poucos trabalhadores.

Quanto ao grau de risco definido em nossa legislação, em primeiro lugar, é

importante destacar que ele foi estabelecido com base, essencialmente, nos aspectos de

segurança, isto é, em função dos acidentes de trabalho. Desta forma, não é possível,

garantir a inexistência de exposição a riscos ambientais em empresas com baixo grau de

risco.

Além disso, o grau de risco conjugado a um numero mínimo de trabalhadores tem sido

adotado na legislação como referência para estabelecer a exigência – ou não – de uma

determinada estrutura, como por exemplo, a obrigatoriedade de CIPA, SESMT, refeitório.

Mas em nenhum momento, a não obrigatoriedade de algum tipo de estrutura desobriga o

cumprimento das NR’s específicas, como atendimento às exigências no que tange à

eletricidade, caldeira, insalubridade, periculosidade, aos exames médicos, etc.

O PPRA não exige a constituição na empresa de qualquer estrutura física,

organizacional ou de pessoal, mas apenas o tratamento e a solução dos problemas de

exposição a riscos ambientais.

Assim é lógica a não existência de nenhuma restrição relacionada ao tamanho e ao

grau de risco. O tamanho e a complexidade do PPRA irão depender exclusivamente da

dimensão, abrangência e complexidade dos riscos. Quando se tratar apenas de trabalhos

simples e pontuais, o PPRA será constituído de ação ou ações diretas e objetivas (bem

simples) suficientes para controlar o risco.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

99

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

No caso de inexistência de risco, a própria norma prevê que o PPRA se resumirá

apenas às fases de antecipação e de reconhecimento, com registro das informações

colhidas, que constatam e documentam esta inexistência.

Outro aspecto a ser esclarecido se refere ao desenvolvimento do PPRA no âmbito

de cada estabelecimento da empresa. Deve ser destacado que isto não significa que seja

obrigatória a elaboração de um PPRA para cada estabelecimento. O PPRA poderá ser

único, desde que as ações a serem desenvolvidas em cada estabelecimento estejam

claramente explicitadas no planejamento e cronograma do Programa.

9.1.3. O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no

campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado

com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional - PCMSO previsto na NR 7.

COMENTÁRIOS:

O PPRA abrange apenas os riscos ambientais, tendo sua estrutura, planejamento e

etapas baseados na linguagem e ferramentas utilizadas em higiene ocupacional, ciência

voltada para a prevenção e controle da exposição ocupacional aos riscos químicos, físicos

e biológicos, que são os riscos ambientais objetos da Norma, estando nela claramente

definidos.

Dessa forma, o programa não deve incluir outros riscos que não sejam definidos

nesta NR, pois ela não possui a filosofia e as ferramentas necessárias para o devido e

adequado tratamento de outros riscos ocupacionais existentes nos ambientes de trabalho.

Obviamente, estes outros riscos devem ser tratados em programa próprio,

planejado especificamente para este fim, como, por exemplo, o PCMSO, que possui uma

estrutura própria para o controle médico da saúde do trabalhador.

O PPRA deve estar articulado com o disposto nas demais NR’s e estar integrado

aos demais programas ou ações existentes na empresa, na forma e medida que sejam

necessárias e suficientes para promover maior eficiência no seu desenvolvimento e

garantir que seus objetivos sejam alcançados.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

100

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

No que tange ao PCMSO, a integração com o PPRA deve envolver um forte

sincronismo, uma vez que um programa fornece subsídio ao outro, subsídios estes

essenciais para o desenvolvimento pleno de cada um deles.

9.1.4. Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na

execução do PPRA, podendo os mesmos ser ampliados mediante

negociação coletiva de trabalho.

COMENTÁRIOS:

Como já dito anteriormente, esta Norma é de aplicação geral, para toda e qualquer

empresa, independentemente do seu tamanho, sua complexidade, ramo e atividade, ou

outras características individualizadas. Assim, ela apresenta os requisitos mínimos

necessários para uma atuação eficiente na prevenção e controle da exposição aos riscos

ambientais.

Sempre que houver a necessidade de uma atuação mais personalizada, para

atender aos interesses de uma categoria de trabalhadores ou de um determinado ramo de

atividade, a Norma já prevê a possibilidade de ampliação através de negociação coletiva.

Este critério de abordagem ampla deixa a norma mais versátil, reduzindo o risco

de desatualização, e evitando, assim, a necessidade de revisões ou alterações constantes

voltadas para a sua adequação à questões específicas.

9.1.5. Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e

biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,

concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do

trabalhador.

9.1.5.1. Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar

expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas

extremas, radiações ionizantes, radiações ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.

9.1.5.2. Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

101

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas,

neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter

contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.

9.1.5.3. Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas,

protozoários, vírus, entre outros.

COMENTÁRIOS:

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é, na sua essência, um programa

de higiene ocupacional, ciência que visa a proteção da saúde do trabalhador através da

prevenção e controle da exposição ocupacional aos riscos físicos, químicos e biológicos,

claramente definidos no contexto desta Norma.

É importante ressaltar que todos os conceitos, metodologias e princípios

preconizados nesta Norma estão voltados exclusivamente para o tratamento destes riscos.

Este fato pode ser observado quando a Norma detalha as etapas a serem cumpridas no

desenvolvimento do PPRA, como por exemplo, os itens que compõem a etapa do

reconhecimento, os limites de tolerância adotados para análise e interpretação dos

resultados obtidos na etapa de avaliação e os conceitos que envolvem as medidas de

controle.

9.2. Da estrutura do PPRA.

9.2.1. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a

seguinte estrutura:

a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;

b) estratégia e metodologia de ação;

c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;

d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

9.2.1.1. Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma

análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes

necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

102

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

COMENTÁRIOS:

Não existe um modelo obrigatório de PPRA. A NR-9 apenas estabelece o mínimo

que o Programa deve conter em termos de conteúdo, não definido quando e como deve ser

feito. A filosofia deste texto legal visa essencialmente a busca de resultados. A empresa

pode elaborar e desenvolver o seu programa na forma mais adequada a sua realidade

ocupacional, organizacional e econômica. Para isso, deve fazer um planejamento anual

das etapas e atividades que serão desenvolvidas, estabelecendo prioridades e metas a

serem alcançadas, bem como o cronograma que será cumprido. O cronograma é

fundamental no PPRA, e deve indicar claramente os prazos para desenvolvimento das

etapas e cumprimento das metas estabelecidas.

Também devem ser definidas as estratégias e metodologias que serão utilizadas

para o desenvolvimento das ações, bem como a forma de registro, manutenção e

divulgação de dados.

Cabe a própria empresa estabelecer as estratégias que serão adotadas para

cumprir as metas e alcançar os objetivos do programa, assim como selecionar as

metodologias que julgar mais adequadas às condições existentes na empresa.

É prerrogativa da empresa, também, definir a forma como vai efetuar o registro e a

manutenção dos dados gerados no desenvolvimento do Programa, desde um simples

registro em livros, até a implantação de um sistema informatizado, dependendo da

complexidade do Programa e das ferramentas disponíveis na empresa.

Fica também, a critério da empresa, a seleção dos mecanismos a serem utilizados

na divulgação destes dados aos seus trabalhadores, que pode ser feita, por exemplo,

através de boletim interno, ciclo de palestras, ou mesmo parte integrante dos programas

de treinamento.

Para garantir que o PPRA esteja atingindo o seu objetivo e que as metas propostas

estejam sendo alcançadas, devem ser estabelecidos mecanismos de avaliação do

Programa, visando analisar o seu desenvolvimento. A empresa irá estabelecer um

procedimento de auditoria interna que permita verificar o cumprimento das etapas, das

ações previstas, da adequação das estratégias e metodologias escolhidas, e se as metas

estão sendo atingidas, efetuando, sempre que necessário, ajustes no Programa, além de

estabelecer novas metas e prioridades.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

103

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

É importante que desta avaliação resulte um documento a ser incorporado no

histórico documental do Programa.

Este documento de avaliação periódica do PPRA deveria relatar as etapas, metas e

ações que foram cumpridas, aquelas que não foram cumpridas, de forma integral ou

parcial, ou ainda aquelas que sofreram alterações. Todas as alterações e todos os

descumprimentos devem ser muito bem justificados, pois poderão ensejar autuações

quando da fiscalização pelos órgãos competentes, um vez que a proposta original foi

estabelecida pela própria empresa, atendendo a sua realidade.

9.2.2. O PPRA deverá estar descrito num documento-base contendo todos os aspectos

estruturais constantes do item 9.2.1.

9.2.2.1. O documento-base e suas alterações e complementações deverão ser apresentados

e discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR 5, sendo sua cópia

anexada ao livro de atas desta Comissão.

9.2.2.2. O documento-base e suas alterações deverão estar disponíveis de modo a

proporcionar o imediato acesso às autoridades competentes.

COMENTÁRIOS:

O programa deve ser formalizado através de um documento, denominado pela NR-9 de

documento base. Todos os elementos e aspectos estruturais que compõem o programa, já

referido no item anterior, devem estar descritos nesse documento. A empresa deve

desenvolver o PPRA cumprindo o cronograma proposto e os demais critérios

estabelecidos no documento base.

É através deste documento que a empresa assume, formalmente, o compromisso de

estudar, equacionar e controlar as condições de exposição ocupacional a que estão

submetidos os trabalhadores da empresa. assim, por ser responsabilidade do empregador

a implementação e implantação do PPRA, este documento base deveria ser assinado por

ele, juntamente com os técnicos envolvidos na sua elaboração, endossando, desta forma,

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

104

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

todas as metas, etapas e ações planejadas, o cronograma a ser cumprido, e os possíveis

desembolsos financeiros.

É importante que a CIPA seja ouvida antes da finalização do documento base e de suas

revisões posteriores, apresentando suas preocupações e seus conhecimentos no que tange

aos riscos ambientais, que deverão ser considerados na elaboração dos respectivos

documentos.

Posteriormente, os responsáveis pela elaboração do Programa deverão apresentar o

resultado final aos membros da CIPA, em especial mostrando as metas, etapas e ações

previstas no cronograma, esclarecendo as eventuais dúvidas, para que eles possam

acompanhar ativamente o desenvolvimento do Programa e, inclusive, colaborar na sua

execução e divulgação.

A linguagem utilizada no subitem 9.2.2.1, “...cópia anexada ao livro de atas...”, tem

gerado dúvidas, uma vez que isto é praticamente inviável e efetivamente desnecessário. Na

verdade, o que se pretende é que uma cópia do documento final faça parte do acervo da

CIPA, de forma a facilitar o acompanhamento do Programa por esta Comissão.

Este documento base também servirá de referência para as autoridades competentes

acompanharem e fiscalizarem a empresa no desenvolvimento do PPRA.

9.2.3. O cronograma previsto no item 9.2.1 deverá indicar claramente os prazos para o

desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA.

COMENTÁRIOS:

Um aspecto fundamental do PPRA é a obrigatoriedade do empregador em assumir

prazos para equacionar e dar soluções às questões relativas aos riscos ambientais, através

da formalização de cronogramas anuais, com estabelecimento das ações a serem

executadas e as metas a serem alcançadas no período. Isso permite um melhor

acompanhamento do Programa por parte da empresa, dos trabalhadores e da fiscalização.

O PPRA é um programa permanente da empresa, devendo ser entendido que nem

todas as ações necessárias para alcançar o seu objetivo de prevenção e controle de todos

os riscos ambientais precisam ser obrigatoriamente adotadas em um período de 12 meses.

É exatamente por isto que o Programa exige o estabelecimento de prioridades. Com bases Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

105

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

nestas prioridades devem ser estabelecidas metas anuais e realizado um planejamento,

com definição das ações necessárias para o alcance dessas metas, claramente definido em

um cronograma anual.

Dessa forma, para cada período de 12 meses deverá ser elaborado um

cronograma. Estes cronogramas deverão seguir uma seqüência lógica que promova a

implantação de medidas definitivas de controle coletivo para todas as condições de

exposição ocupacional aos riscos ambientais existentes na empresa.

É importante destacar que todo este princípio de planejamento de ações de curto,

médio e longo prazos, necessário para se alcançar o controle efetivo dos riscos

ambientais, só terá validade se, ao longo de todo o processo, a saúde do trabalhador

estiver sendo preservada, mesmo que, provisoriamente, com medidas de caráter individual.

9.3. Do desenvolvimento do PPRA.

9.3.1. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:

a) antecipação e reconhecimento dos riscos;

b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;

c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;

d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;

e) monitoramento da exposição aos riscos;

f) registro e divulgação dos dados.

COMENTÁRIOS:

Como já destacado anteriormente, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

é um programa de higiene ocupacional que, portanto, deve envolver a antecipação, o

reconhecimento, a avaliação e o controle dos riscos ambientais. Este item da NR-9

estabelece etapas mínimas que devem compor o PPRA, etapas estas que serão comentadas

nos próximos itens.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

106

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

9.3.1.1. A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser

feitas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

- SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes

de desenvolver o disposto nesta NR.

COMENTÁRIOS:

A matéria abrangida pelo PPRA é revestida de um caráter multidisciplinar, uma

vez que envolve a antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o controle dos agentes

químicos, físicos e biológicos. Portanto, o estudo e o equacionamento desta matéria podem

ser restritos apenas aos ramos da engenharia e da medicina, exigindo outras áreas de

conhecimento como física, química, biologia, dentre outras. Também deve – se ressaltar

que a responsabilidade pela implantação e implementação do PPRA é inteiramente do

empregado. Para isso, existe a autorização para a empresa utilizar seu próprio SESMT ou

uma consultoria externa de profissionais especializados, da forma que julgar mais

conveniente para atender os objetivos e metas do Programa.

Deve ser destacado que, independentemente da sua formação básica, o profissional

deverá possuir os conhecimentos de higiene ocupacional necessários para promover o

desenvolvimento do PPRA.

As diretrizes para avaliação de riscos nos locais de trabalho, adotadas pela

Comunidade Européia, vem reforçar o posicionamento adotado pela NR-9, quando

estabelecem que, em qualquer tipo de organização, o empregador é quem deverá decidir

quem efetuará as avaliações e o gerenciamento dos riscos ambientais de trabalho.

Segundo esta Diretiva, estas pessoas podem ser os próprios empregadores, empregados

por eles designados ou serviços de terceiros que possuam capacitação necessária para

estas tarefas.

A mesma Diretiva estabelece que, na prática, pode ser necessário que as avaliações

e o controle dos riscos sejam realizados por uma equipe de especialistas em distintas

disciplinas.

Contata-se que os critérios adotados na Europa, que vem se destacando pelo

grande avanço na área de segurança e saúde, harmonizam-se plenamente com a linha

adotada no atual texto da NR-9.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

107

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

9.3.2. A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou

processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando a identificar os riscos

potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.

COMENTÁRIOS:

Visando a prevenção, o PPRA exige que seja feita a antecipação dos riscos através

da análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou ainda

da análise de projetos, propostas ou intenções de modificações dos já existentes, tudo com

o objetivo de identificar os riscos potenciais, ou seja, riscos que ainda não existem mas

poderão surgir em decorrência da implementação das alterações pretendidas. Assim, com

base na referida análise pode-se adotar alterações no projeto visando a redução ou a

eliminação do risco em potencial, antes de sua existência. A introdução deste conceito é

uma inovação em nossa legislação, e o cumprimento desta etapa deverá minimizar o

aparecimento de futuras condições de exposição a riscos ambientais nos locais de

trabalho.

É importante ressaltar que a antecipação permite a promoção do controle durante

a fase do projeto, que geralmente é mais factível e de custo mais baixo.

A empresa deve estabelecer critérios internos para garantir que esta etapa do

PPRA seja efetivamente cumprida, visto que seu sucesso pleno depende de uma perfeita

harmonização entre as áreas responsáveis pela segurança, higiene e medicina do trabalho

e as demais áreas da empresa, notadamente as áreas de projeto, produção, manutenção e

outras áreas administrativas que possam estar envolvidas, direta ou indiretamente, nos

processos de alterações que devem ser promovidos na empresa.

9.3.3. O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando

aplicáveis:

a) a sua identificação;

b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;

c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no

ambiente de trabalho; Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

108

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;

e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;

f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da

saúde decorrente do trabalho;

g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura

técnica;

h) a descrição das medidas de controle já existentes.

COMENTÁRIOS:

Um bom trabalho de prevenção e controle inicia-se com um reconhecimento bem

feito dos locais de trabalho. Visando orientar os profissionais responsáveis pela

elaboração e implementação do PPRA, a NR-9 estabelece os aspectos mínimos que devem

ser observados por ocasião deste levantamento preliminar, tudo dentro dos critérios

técnicos e científicos da higiene ocupacional.

O reconhecimento dos riscos ambientais não envolve a avaliação quantitativa dos

agentes presentes no ambiente de trabalho. Na verdade, o reconhecimento é uma etapa

que precede a quantificação dos riscos e visa, efetivamente, identificar quais os riscos

presentes no ambiente de trabalho e outros parâmetros, tais como: as fontes geradoras,

possíveis trajetórias e meios de propagação.

Os dados obtidos no reconhecimento servirão de subsídios para a definição e

programação de avaliações quantitativas, assim como planejamento e implantação de

medidas de controle, sempre que sejam necessárias.

9.3.4. A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para:

a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos identificados na etapa de

reconhecimento;

b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;

c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.

COMENTÁRIOS:

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

109

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Antes da edição da NR-9, avaliação quantitativa era tida como etapa essencial

para qualquer atividade relacionada a exposição ocupacional aos agentes ambientais.

Freqüentemente, esta avaliação era utilizada para caracterizar a existência do risco, que

muitas vezes já era evidente, sem gerar nenhuma conseqüência posterior no sentido de

promover a adoção de medidas de proteção da saúde dos trabalhadores expostos.

Atualmente, a realização de avaliações quantitativas não é mais sistematicamente

obrigatória. Com a postura adotada pela NR, ficaram bem definidas as situações em que

ela passa a ser necessária. Assim a Norma inova quando dispensa a avaliação quantitativa

de forma obrigatória para o controle dos riscos ambientais. Com este novo texto, inverte-

se o conceito, tornando obrigatória a avaliação apenas quando se quer comprovar a

inexistência do risco ou o controle da exposição e na verificação da eficácia das medidas.

A avaliação quantitativa passa a ser utilizada como uma ferramenta técnica de

apoio no processo de estudo e implantação de medidas de controle.

9.3.5. Das medidas de controle.

9.3.5.1. Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a eliminação, a

minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou

mais das seguintes situações:

a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;

b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde;

c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores

excederem os valores dos limites previstos na NR 15 ou, na ausência destes os valores

limites de exposição ocupacional adotados pela American Conference of Governmental

Industrial Higyenists-ACGIH, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação

coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais

estabelecidos;

d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre

danos observados na saúde os trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam

expostos.

COMENTÁRIOS:Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

110

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Um grande avanço da NR-9 é a obrigatoriedade de implantação de medidas de

controle sempre que seja identificado um risco potencial ou efetivo à saúde do

trabalhador, independentemente da etapa do desenvolvimento do Programa em que isto

tenha ocorrido.

A adoção de controle na fase de antecipação, ocasião em que o risco ainda

efetivamente não existe, consiste em uma ação essencialmente preventiva, uma vez que o

risco é previsto antes da sua existência real, e são tomadas todas as providencias

necessárias para que ele não seja incorporado às condições de trabalho.

Esta é a característica mais importante do PPRA que, se cumprida a risca, fará

com que, no futuro, todos os ambientes sejam saudáveis.

Muitas vezes, no reconhecimento, são constatadas situações que, com base na

experiência do higienista ocupacional, independentemente da avaliação quantitativa,

sabidamente apresentam condições de exposição de risco à saúde. Nos termos da NR-9,

este quadro é suficiente para obrigar o empregador a adotar medidas de controle, não

precisando, para solucionar o problema existente, investir tempo e dinheiro em avaliações

quantitativas.

Com a adoção dos Limites de Exposição TLV’s da ACGIH para os casos que não

existam Limites de Tolerância fixados pela NR-15, ficou ampliado o campo dos agentes

ambientais que passam a ter parâmetros de referencia para o estabelecimento de medidas

de controle. Os limites da ACGIH são anualmente revisados e, sempre que necessário,

atualizados, mantendo a referencia de existência ou não de risco de risco à saúde, sempre

dentro dos mais recentes conhecimentos técnico-científicos. A Norma avança ainda mais

quando permite, através da negociação coletiva, a adoção de outros valores de referencia,

que melhor se adaptem a realidade de um determinado ramo de atividade, desde que mais

rigoroso que os estabelecidos em nossa legislação (NR-15) ou pela ACGIH (critério

técnico).

Ainda, independente de qualquer resultado decorrente da análise das condições ou

dos ambientes de trabalho, e mesmo que os limites de exposição preconizados ou adotados

estejam sendo respeitados, deverão ser tomadas as medidas de controle sempre que o

controle médico da saúde caracterizar u nexo causal entre os danos à saúde do

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

111

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

trabalhador e à sua situação de trabalho. Para o cumprimento deste item, passa a ser

fundamental a perfeita integração do PPRA com o PCMSO.

9.3.5.2. O estudo desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverão

obedecer à seguinte hierarquia:

a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à

saúde;

b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes prejudiciais à saúde;

c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de

trabalho.

COMENTÁRIOS:

O PPRA é um programa que tem como premissa promover a prevenção e implantar

medidas de controle de caráter coletivo, como solução definitiva dos problemas de

exposição ocupacional aos riscos ambientais, não sendo admitidas adoções sistemáticas

de medidas de controle de caráter individual.

Mesmo na adoção de medidas coletivas, a Norma estabelece uma hierarquia

quanto ao tipo de medida a ser implantada, prevalecendo inicialmente o controle na fonte,

ficando como segunda alternativa o controle na trajetória ou no ambiente de trabalho.

A adoção de uma hierarquia visa priorizar as medidas que sejam mais efetivas e

permanentes, em relação aquelas mais suscetíveis aos efeitos degenerativos, passivos ao

longo do tempo.

9.3.5.3. A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de

treinamento dos trabalhadores quanto os procedimentos que assegurem a sua eficiência e de

informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam.

COMENTÁRIOS:

A NR-9 dá um enfoque bastante forte para o treinamento em todos os seus aspectos.

Neste subitem estabelece a obrigatoriedade de treinamento do trabalhador quanto

à utilização e as limitações do controle coletivo. Isto é importante para melhor adequar o Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

112

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

trabalhador à nova condição do seu equipamento, posto ou ambiente de trabalho e buscar

o máximo da eficiência esperada para a medida adotada. Esta conduta também contribui

para que o trabalhador tenha uma atuação participativa no desenvolvimento do programa

e na própria implantação das medidas de controle.

9.3.5.4. Quando comprovado pelo empregador ou instituição, a inviabilidade técnica da

adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou

encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação ou ainda em caráter

complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas obedecendo-se à

seguinte hierarquia:

a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;

b) utilização de Equipamento de Proteção Individual - EPI.

COMENTÁRIOS:

A utilização de equipamento de proteção individual ou de medidas de caráter

administrativo ou de organização do trabalho, são medidas apenas paliativas, impondo

restrições individuais, muitas vezes desconfortáveis, e com eficiência bastante vulnerável,

porque depende constantemente do esforço e da conduta individual dos trabalhadores.

Estas medidas,no entanto, são importantes em caráter provisório, face à maior

facilidade e rapidez para a sua implantação, podendo, a curto prazo, proteger a saúde do

trabalhador, até que se implante medidas definitivas, que mantenham o ambiente saudável.

Nesse sentido é que a Norma estabelece que as medidas de controle deverão ser da

ordem coletiva, só sendo permitidas medidas de caráter administrativo ou de organização

de trabalho, ou a utilização de equipamento de proteção individual em situações de

emergência, ou quando ficar comprovada a inviabilidade técnica da adoção da medida de

ordem coletiva, ou quando esta não for suficiente ou estiver em fase de estudo ou

implantação.

9.3.5.5. A utilização de EPI no âmbito do programa deverá considerar as Normas Legais e

Administrativas em vigor e envolver no mínimo:

a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

113

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao

risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;

b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e orientação

sobre as limitações de proteção que o EPI oferece;

c) estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento, o uso, a

guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando a

garantir a condições de proteção originalmente estabelecidas;

d) caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva

identificação dos EPI utilizado para os riscos ambientais.

COMENTÁRIOS:

Quando a alternativa for o uso de equipamento de proteção individual, o primeiro

passo a ser seguido é a seleção de um EPI que ofereça a proteção necessária e suficiente

com relação ao risco a que se destina. Com esse objetivo devem ser utilizados critérios

técnicos de qualificação de EPI, atualmente disponíveis na literatura nacional e

internacional. Uma vez definidos os possíveis modelos ou tipos de EPI’s que sejam

tecnicamente adequados ao risco, é de fundamental importância a participação do

trabalhador na escolha, dentre o conjunto selecionado, daquele que lhe seja mais

confortável. Deve ser lembrado que o conforto é uma variável subjetiva e, portanto, a

escolha pode variar de um trabalhador para outro.

Este aspecto de conforto, previsto na Norma, é um elemento imprescindível para

que o trabalhador consiga utilizar o equipamento de proteção individual durante toda a

sua jornada de trabalho, condição necessária para se atingir a eficiência atribuída ao

protetor.

A proteção efetiva será sensivelmente reduzida com a utilização descontinuada do

EPI, gerando uma falsa sensação de proteção, podendo colocar em risco a saúde do

trabalhador.

Deve ser lembrado, também, que os EPI’s são uma medida de controle que sofrem

uma degeneração natural com o tempo, comprometendo a eficácia oferecida. Portanto, a

adoção de EPI como medida de controle de riscos ambientais deve envolver um conjunto Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

114

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

de ações para garantir que as condições de proteção sejam constantemente mantidas. Os

procedimentos mínimos que deverão compor este conjunto de ações estão estabelecidos na

NR-9 e devem ser implementados na empresa através de norma interna.

Neste conjunto de ações a serem desenvolvidas pela empresa, uma parte essencial é

o treinamento de todos os trabalhadores usuários de EPI’s.

O conhecimento da forma correta de uso e colocação, da importância da utilização

contínua por toda a jornada de trabalho, dos procedimentos de conservação dos

equipamentos de proteção individual e do risco a que ele se destina devem ser transmitidos

aos trabalhadores através de treinamento específico. A promoção deste tipo de

treinamento prepara o trabalhador para participar ativamente no processo de

implementação deste tipo de medida de controle, colaborando sobremaneira na qualidade

e eficiência da proteção oferecida.

9.3.5.6. O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das

medidas de proteção implantadas considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e

no controle médico da saúde previsto na NR 7.

COMENTÁRIOS:

Nesta etapa do desenvolvimento do programa a avaliação quantitativa torna-se

ferramenta fundamental para dimensionar a efetiva proteção oferecida pelas medidas de

controle coletivas adotadas para a redução dos riscos existentes. Se os resultados das

avaliações mostrarem que as medidas de controle adotadas não foram suficientes para

oferecer a proteção adequada ao trabalhador, deve ser efetuada uma análise do projeto e

de sua execução para identificar a eventual necessidade de adoção de medidas

complementares.

Quando as informações oriundas do programa de controle médico apontarem

alterações na saúde do trabalhador – relacionadas aos riscos ambientais a que ele fica

exposto durante o exercício de suas funções, independente dos resultados obtidos nos

estudos de campo – deve ser iniciada uma atuação conjunta entre a área médica e a área

de higiene ocupacional de forma a identificar se estas alterações são decorrentes de uma

hipersusceptibilidade individual ou de falhas no sistema de controle adotado.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

115

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Esta conduta é particularmente importante quando a medida utilizada é o EPI,

onde os procedimentos disponíveis são para estimar teoricamente a eficácia de proteção,

não sendo possível quantificar a proteção que efetivamente está sendo oferecida.

9.3.6. Do nível de ação.

9.3.6.1. Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser

iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a

agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devem incluir o

monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle

médico.

9.3.6.2. Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição

ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:

a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional considerados de

acordo com a alínea "c" do subitem 9.3.5.1;

b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR

15, Anexo I, item 6.

COMENTÁRIOS:

Outro avanço significativo da NR-9 é o estabelecimento de níveis de ação: acima

dos valores iguais a 50% dos limites de tolerância dos agentes químicos e de ruído, o

empregador já é obrigado a iniciar ações preventivas.

Este conceito á é amplamente utilizado, há muito tempo, pela Comunidade

Européia e pelos estados Unidos. Trata-se de parâmetro que não deve ser confundido com

limite de exposição, pois este último, quando ultrapassado, exige obrigatoriamente uma

intervenção imediata, visando a implantação de medidas de controle corretivo.

Já o nível de ação, quando ultrapassado, estabelece um compromisso de

acompanhamento mais apurado das condições de exposição ocupacional, não para reduzir

os valores existentes, mas sim com a intenção de adotar medidas preventivas que, no

mínimo, garantam a manutenção das condições existentes, de forma a não permitir

degenerações próprias de qualquer processo dinâmico, especialmente quando possam

conduzir a condições que se aproximem ou ultrapassem os limites de exposição. Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

116

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

9.3.7. Do monitoramento.

9.3.7.1. Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle

deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco,

visando à introdução ou modificação das medidas de controle, sempre que necessário.

COMENTÁRIOS:

Outra etapa do desenvolvimento do PPRA voltada para a prevenção é o

monitoramento, ou uma avaliação periódica feita de forma planejada e padronizada,

visando compor um banco de dados que permita visualizar o histórico das condições de

trabalho ao longo do tempo. Através desta etapa, é possível acompanhar os trabalhadores

que já se encontram em condições de exposição controlada, a fim de detectar

precocemente qualquer alteração que possa caminhar para uma exposição inaceitável.

A periodicidade do monitoramento dependerá das concentrações ou intensidades

dos agentes ambientais. O nível de ação é o primeiro referencial que deve ser considerado

no planejamento do monitoramento. Quanto mais próximo do limite estiverem as

condições de exposição, mais freqüente e mais apurado deverá ser o monitoramento.

A periodicidade dependerá também das diversidades de variáveis ambientais e

operacionais que cercam as condições de exposição. As situações mais estanques

permitem uma periodicidade maior, enquanto que situações mais susceptíveis à oscilações,

exigem intervalos menores entre avaliações sucessivas.

O monitoramento também é uma ferramenta para o acompanhamento da

performance das medidas de controle, acompanhamento da performance das medidas de

controle implantadas, uma vez permite identificar eventuais evoluções degenerativas nos

dispositivos de proteção implantados.

O higienista deverá considerar todos os aspectos ora apresentados na montagem

do plano global de monitoramento a ser seguido pela empresa.

9.3.8. Do registro de dados.

9.3.8.1. Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de dados,

estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

117

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

do PPRA.

9.3.8.2. Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos.

9.3.8.3. O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados

ou seus representantes e para as autoridades competentes.

COMENTÁRIOS:

A manutenção de um histórico que retrate a realidade ocupacional da empresa ao

longo dos anos permite verificar e comprovar tecnicamente a evolução ou a regressão da

qualidade das condições de exposição a agentes ambientais.

O banco de dados acumulado vai retratar, ao longo dos anos, os resultados

alcançados no desenvolvimento do Programa, sendo um recurso importante na avaliação

da qualidade do PPRA.

Devem ser objeto de registro não apenas os resultados obtidos, mas também os

critérios e as metodologias utilizadas, bem como as transformações operacionais e

ambientais ocorridas, de forma a permitir que os dados registrados disponíveis sejam

comparáveis, possibilitando a identificação das causas ou justificativas para as eventuais

discrepâncias observadas.

Somente quando se dispõe de todas estas informações é possível verificar se as

variações de resultados se devem a mudanças ambientais ou operacionais, como, por

exemplo, pela adoção de medidas de controle, ou se referem apenas a uma mudança de

critério ou de metodologia.

A alteração de um limite de exposição, ou a utilização de uma metodologia

analítica mais moderna, por exemplo, podem fazer com que a conclusão mude, sem

necessariamente ter havido mudança nas condições existentes.

Outra situação que poderia ensejar variações de resultado, às vezes bastante

grandes, seria a utilização de critérios técnicos diferenciados para avaliação de ruído,

como pro exemplo a adoção do incremento de duplicação de dose igual a 5 ou igual a 3 (q

= 5 ou q = 3), que poderiam implicar valores de doses bastantes distintas para a mesma

condição de exposição avaliada.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

118

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Todos esses dados e informações permitirão ao higienista ocupacional, profissional

qualificado a analisa-los e interpreta-los, ter em uma real dimensão da evolução das

condições de exposição.

O tempo de 20 anos estabelecido na NR-9 é o tempo mínimo que os registros

deverão ser guardados contados a partir da data de sua geração. Tecnicamente é

recomendável que esse tempo seja maior, uma vez que estes dados poderão ser

importantes para esclarecer observações médicas sobre a saúde dos trabalhadores, pois

muitos agentes ambientais podem causar efeitos crônicos que só se manifestam após

décadas de exposição.

Uma coletânea de dados, obtida a partir de registros de um grupo de empresas,

poderá, inclusive, servir de subsídio, para uma eventual adequação dos limites de

exposição.

Como já dito anteriormente, a forma como esse registro será feito é de total

liberdade da empresa, desde que seja confiável e facilmente disponibilizável para os

trabalhadores, para seus representantes ou para autoridades competentes.

9.4. Das responsabilidades.

9.4.1. Do empregador:

I - estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade

permanente da empresa ou instituição.

COMENTÁRIOS:

É de fundamental importância observar a total e ampla responsabilidade do

empregador quanto à implantação e o efetivo desenvolvimento do PPRA. A norma não

poderia seguir outro caminho, uma vez que o empregador é realmente o único que reúne

os poderes para viabilizar as ações que devem ser adotadas no decorrer do Programa,

inclusive as alterações operacionais e de procedimentos, bem como a destinação de

recursos e investimentos necessários para a realização de avaliações, treinamentos e, em

especial, a implantação de medidas de controle.

É responsabilidade do empregador evitar que a saúde de seus empregados seja

comprometida em função do trabalho que exercem a seu comando.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

119

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Este fato explica e justifica a total liberdade que a NR-9 concede ao empregador na

escolha da equipe que desenvolverá o Programa, bem como as demais ferramentas e

mecanismos necessários para o desenvolvimento do PPRA, pois o que será cobrado dele

serão os resultados que o Programa deve oferecer para alcançar a prevenção e o controle

da exposição ocupacional aos riscos ambientais.

Deve ser entendido também que o PPRA é um Programa permanente e, portanto,

deverá ser mantido durante todo o período de existência na empresa.

9.4.2. Dos trabalhadores:

I - colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;

II - seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA;

III- informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam

implicar risco à saúde dos trabalhadores.

COMENTÁRIOS:

É muito importante que os trabalhadores apresentem suas contribuições ao

Programa, levando todo o conhecimento que detêm do seu trabalho, as alterações que

julgam não serem viáveis, as medidas que entendem necessárias, uma vez que convivem

dia a dia com a sua realidade ocupacional, o que permite ao longo do tempo observar

detalhes que poderiam passar desapercebidos por outros profissionais não intimamente

envolvidos com a situação em estudo.

Os treinamentos visam passar formas de procedimentos e de condutas voltadas

para buscar a eficácia do Programa. Assim, o trabalhador que deve estar bastante

envolvido com o PPRA, ao seguir as orientações recebidas estará colaborando na busca

deste objetivo. Sempre que, no desenvolvimento de suas atividades, julgar que as

orientações fornecidas não são as mais adequadas, que seu cumprimento pode vir a

comprometer seu trabalho ou oferecer outros riscos, o trabalhador deverá informar os

técnicos envolvidos com o desenvolvimento do Programa, para que eles possam buscar a

solução.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

120

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Outra forma do trabalhador colaborar com o desenvolvimento do PPRA é sempre

informar ao seu superior sobre condições ambientais ou operacionais que a seu ver

poderiam implicar risco à sua saúde ou à de seus colegas.

É fundamental que todos os líderes, em qualquer nível hierárquico, sejam

orientados a repassar para os responsáveis pelo Programa as informações oriundas dos

trabalhadores, pois só assim será possível registra-las e verificar a existência efetiva do

risco, incluindo a situação como objeto de estudo no PPRA, caso ainda não esteja

incluída.

É recomendável que a curto prazo seja feito, no âmbito do PPRA, um

reconhecimento da questão levantada, para aquilatar a real dimensão do problema. Deve

ser dado ao trabalhador um breve retorno sobre a condição observada, mesmo quando sua

preocupação seja infundada.

Esta conduta é importante para mostrar ao trabalhador que a preocupação por ele

manifestada está sendo analisada, e que serão tomadas as providências necessárias,

estimulando-o desta forma a continuar colaborando e participando do desenvolvimento do

programa.

9.5. Da informação.

9.5.1. Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentar propostas e receber

informações e orientações a fim de assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados

na execução do PPRA.

9.5.2. Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira apropriada e

suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre

os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.

COMENTÁRIOS:

Conforme estabelecido no item 9.2.1, a forma como os dados serão divulgados deve

estar prevista na estrutura do Programa, sendo que a empresa tem total liberdade para

defini-la.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

121

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Deve ser observado, no entanto, que o empregador tem a obrigação de repassar

para seus trabalhadores, todas as informações sobre os riscos a que eles estão ou possam

vir a estar expostos quando no exercício de suas funções.

É imprescindível, por exemplo, apresentar os efeitos que cada agente ambiental

pode causar à saúde, de que forma ele atua no organismo, as medidas de proteção mais

adequadas, as medidas disponíveis na empresa, as condutas em casos de emergência e em

que condições de trabalho ele poderá ficar mais exposto ao risco.

9.6. Das disposições finais.

9.6.1. Sempre que vários empregadores realizem, simultaneamente, atividades no mesmo

local de trabalho terão o dever de executar ações integradas para aplicar as medidas

previstas no PPRA visando à proteção de todos os trabalhadores expostos aos riscos

ambientais gerados.

COMENTÁRIOS:

Em princípio, cada empregador tem um maior domínio dos riscos inerentes às suas

atividades profissionais e um maior conhecimento das medidas de controle que devem ser

utilizadas.

Assim, cada empresa deverá ter o seu próprio PPRA, sendo que em cada um deles

as ações que tangem as atividades que envolvam as duas ou mais empresas, devido ao

compartilhamento de espaço físico ou de mão de obra, devem estar perfeitamente

integradas e harmonizadas entre si.

Os técnicos envolvidos no desenvolvimento do Programa de cada empresa devem

estabelecer conjuntamente as ações e etapas a serem cumpridas em cada um dos

Programas.

Deve ser destacado que os riscos gerados pelas atividades de cada uma das

empresas podem vir a atingir os trabalhadores das demais empresas envolvidas. Assim, a

ação integrada entre os corpos técnicos das empresas permitirá um intercâmbio de

conhecimentos e o estabelecimento de procedimentos e responsabilidades de forma que

todos os trabalhadores sejam protegidos de todos os riscos existentes.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

122

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

9.6.2. O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do processo de trabalho e

dos riscos ambientais presentes, incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos,

previsto na NR 5, deverão ser considerados para fins de planejamento e execução do PPRA

em todas as suas fases.

COMENTÁRIOS:

Na análise de vários itens, deixamos claro que é fundamental a participação dos

trabalhadores trazendo as informações e observações do seu envolvimento diário e

sistemático com as condições ambientais e operacionais que cercam a sua rotina de

trabalho.

O Mapa de Risco sintetiza as percepções dos trabalhadores quanto aos riscos

operacionais e ambientais e as condições ergonômicas que envolvem o seu trabalho. As

informações relativas aos riscos ambientais nele contidas devem ser utilizadas quando do

planejamento e da execução do PPRA em todas as suas fases.

9.6.3. O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais de

trabalho que coloquem em situação de grave e iminente risco um ou mais trabalhadores, os

mesmos possam interromper de imediato as suas atividades, comunicando o fato ao

superior hierárquico direto para as devidas providências.

COMENTÁRIOS:

É um direito do trabalhador não expor sua vida a um grave e iminente risco.

Desde 1978 está previsto na NR-3 da Portaria 3214/78 a interdição de

estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargo da obra, sempre

que ficar demonstrada a existência de grave e iminente risco para o trabalhador.

A NR-15, desde aquela época, também, já explicita algumas condições de

exposição a riscos ambientais que caracterizam este tipo de situação.

No entanto, a interdição ou embargo depende, primeiro, de um laudo técnico do

serviço competente da Delegacia Regional do Trabalho ou da Delegacia do Trabalho

Marítimo e, depois, de um ato do respectivo Delegado do órgão competente.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

123

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Assim, entre a presença evidente de um risco grave e iminente e a efetiva

interdição, há um lapso de tempo em que o trabalhador ficaria exposto ao referido risco.

Uma vez evidente a presença de um risco grave e iminente, a NR-9 vem permitir

que mesmo sem a interveniência de qualquer autoridade pública, o trabalhador

interrompa de imediato suas atividades, sem que isto signifique um ato de insubordinação

revestido de ilegalidade. A única exigência feita é a comunicação do fato ao seu superior

hierárquico, para que este possa tomar as providências cabíveis.

ANEXO 01 – MODELO DE PPRA

PROGRAMA DE PREVENÇÃO

DE RISCOS AMBIENTAIS

P.P.R.A. 2006

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

124

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

EMPRESA: ACIDENTE ZERO

ENDEREÇO:

1) OBJETIVO

O P.P.R.A. tem por objetivo atender o que preceitua a Portaria MTb/SSST no 025 de

29/12/94, publicada no D.O.U. do dia 30/12/94, a qual modifica a NR-9 da Portaria

3.214/78. Esta NR visa estabelecer a obrigatoriedade da elaboração e implementação de

um programa, visando a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através

da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da ocorrência dos riscos ambientais

existentes ou que venham a existir futuramente no ambiente de trabalho, levando em

consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

Este trabalho visa atender o item 9.2.1.1 desta NR, que define que deverá ser efetuado,

sempre que necessário e pelo menos uma vez por ano, uma análise global do PPRA para

avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários, estabelecimentos

de novas metas e prioridades.

SUMÁRIO

1. OBJETIVO............................................................................................................. PÁG.

2. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA......................................................................... PÁG.

3. AVALIADOR RESPONSÁVEL............................................................................... PÁG.

4. LEVANTAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS..................................................... PÁG.

4.1. Considerações Preliminares................................................... PÁG. Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

125

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

4.2. Análise da Nrs......................................................................... PÁG

4.3. Atividades exercidas nos vários setores................................. PÁG.

4.4. Reconhecimento dos Riscos Ambientais................................. PÁG.

5. MEDIDAS DE CONTROLE................................................................................... PÁG.

6. PLANEJAMENTO E CRONOGRAMA DAS MEDIDAS DE CONTROLE............ PÁG.

7. DIVULGAÇÃO DOS DADOS................................................................................ PÁG.

8. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................... PÁG.

9. ANEXOS ....................................................................................................... PÁG.

9.1 AVALIAÇÃO RUÍDO............................................................... PÁG.

9.2 AVALIAÇÃO CALOR.............................................................. PÁG.

9.3 AVALIAÇÃO ILUMINAMETO................................................ PÁG.

9.4 PROCEDIMENTO AMBIENTES CONFINADOS................... PÁG.

2) IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

RAZÃO SOCIAL: ACIDENTE ZERO

CGC/MF: 00000000/0001-20

ENDEREÇO: Rua Porto Alegre - RS

CLASSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES:

D - FABRICAÇÃO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS E BEBIDAS

15.5 MOAGEM, FABRICAÇÃO DE PRODUTOS AMILÁCEOS E DE RAÇÕES

BALANCEADAS PARA ANIMAIS

15.56-3 Fabricação de rações balanceadas para animais

GRAU DE RISCO: 3

3) AVALIADOR RESPONSÁVEL

Engenheiro de Segurança do Trabalho

Técnico de Segurança do Trabalho

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

126

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

4) LEVANTAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS

Relatório conclusivo da inspeção realizada na sede da empresa ACIDENTE ZERO,

através da análise dos riscos ambientais, com observância dos dispositivos legais vigentes.

4.1) CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES:

A matéria relativa à Segurança e Medicina do Trabalho está disciplinada no capítulo V do

Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, alterado pela Lei nº 6.514/77, e

regulamentada pela Portaria 3.214/78, através das respectivas Normas Regulamentadoras

(NR’s).

Com base nos preceitos legais vigentes, passamos a analisar os aspectos relativos à

matéria, objetivo do presente trabalho, aplicáveis à empresa inspecionada, considerando

sua classificação de acordo com as normas expedidas pelo Ministério do Trabalho, em

razão do número de empregados e a natureza do risco de suas atividades.

Para tanto, foram efetuados os devidos levantamentos, em todos os setores da empresa,

sempre na companhia dos empregados que prestaram informações a respeito das

atividades desenvolvidas.

O levantamento foi realizado nos meses de Agosto e Setembro de 2006.

4.2) ANÁLISE DAS NORMAS RELATIVAS À SEGURANÇA E MEDICINA DO

TRABALHO

Através da Portaria 3.214, de 08 de Junho de 1978, foram aprovadas as Normas

Regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da CLT, relativas à Segurança e Medicina do

Trabalho, disciplinando sua aplicação às empresas. Sendo assim, passaremos a analisar

as NR’s e sua aplicabilidade na empresa em questão, onde temos:

NR-4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM

MEDICINA DO TRABALHO

A empresa em questão necessita manter este tipo de serviço de acordo com o quadro II da

norma, haja visto que o dimensionamento do mesmo, vincula-se a gradação de risco da

atividade e ao número total de funcionários.

- Grau de risco da empresa = 3Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

127

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

- Número de funcionários = 137

A Empresa mantém um SESMT composto com o seguinte profissional: (Técnico em

Segurança do Trabalho - tempo integral).

NR-5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA

O dimensionamento da referida comissão está vinculado à Classificação Nacional de

Atividades Econômicas - CNAE e ao número de funcionários. Vide quadro I abaixo.

Grupo Nº de empregados no

Estabelecimento ⇒

Nº de membros da CIPA ⇓

51

A

80

81

A

100

101

A

120

121

A

140

C-2 Representante do Empregador

Representante dos Empregados

2

2

2

2

3

3

4

4

- Grupo ⇒ C-2

- Número de funcionários ⇒ 137

- Número de membros da CIPA representante do empregador ⇒ 4

- Número de membros da CIPA representante dos empregados ⇒4

De acordo com o grupo e número de funcionários, esta empresa deverá constituir uma

CIPA com quatro membros representantes dos empregados e quatro representantes do

empregador.

A CIPA tem como objetivo observar e relatar condições de risco nos ambientes de trabalho

e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os

mesmos, discutir os acidentes ocorridos, encaminhando aos Serviços Especializados em

Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e ao empregador o resultado da

discussão, solicitando medidas que previnam acidentes semelhantes e, ainda, orientar os

demais trabalhadores quanto à prevenção de acidentes.

NR-6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

Considera-se equipamento de proteção individual (EPI), todo o dispositivo de uso

individual destinado a proteger a integridade física do trabalhador.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

128

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

O EPI só poderá ser comercializado ou utilizado se possuir Certificado de Aprovação

(CA), expedido pelo Ministério do Trabalho.

Este assunto também está comentado nas análises e orientações efetuadas na norma NR-

15 deste levantamento.

A empresa fornece, para os funcionários somente EPI’s homologados pelo Mtb, ou seja,

todos os equipamentos fornecidos possuem C.A., conforme preceitua a esta NR.

O fornecimento do EPI é obrigatório, eis que não é possível adotar medidas de proteção

coletiva.

A empresa fornece os EPI’s (protetor auricular, creme protetor para as mãos, botinas de

couro, luvas de raspa de couro, luvas nitrílicas, botas de borracha, óculos de proteção,

cinto de segurança, respiradores, protetor facial, etc.) aos empregados gratuitamente e em

perfeito estado de funcionamento e conservação, adequando os mesmos aos riscos

inerentes às atividades exercidas pelos mesmos. Salientamos que o empregado deve

trabalhar calçado ficando proibido o uso de tamancos, sandálias e chinelos. Salientamos

também que os funcionários que realizam serviços em altura superior a 2 (dois) metros

deverão receber equipamentos e treinamento quanto ao uso correto.

A comprovação do fornecimento se dá através do "Recibo de EPI", onde consta a relação

dos EPI’s entregues ao empregado, a data da entrega, orientações sobre a

obrigatoriedade, o modo de uso e informações sobre as sanções impostas no caso do não

uso, que constitui ato faltoso, passível de rescisão por justa causa, devidamente assinado

pelo empregado, atestando o efetivo recebimento.

Sabemos que não basta, entretanto, a empresa fornecer os EPI’s adequados, é necessário

que determine, controle e fiscalize o uso dos mesmos, sob pena de ser autuada pelo

descumprimento da NR-6.

Recomendações

a) Fazer reciclagem de treinamento para todos os funcionários sobre utilização de

EPIs.

b) Fazer obrigatório o uso do cinto de segurança para todo o trabalho realizado acima

de 2m de altura.

c) Tornar obrigatório o uso de EPIs, principalmente para funcionários tercerizados.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

129

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

NR-7 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E SAÚDE OCUPACIONAL

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e

implementação, por parte de todos os empregados e instituições que admitam

trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

- PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus

trabalhadores.

A empresa, preocupada com a saúde de seus funcionários, possui PCMSO e realiza os

exames necessários.

NR-8 - EDIFICAÇÕES

Estabelece os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações, para

garantir segurança e conforto aos que nela trabalham. Assim, temos:

• altura mínima de 3 metros de pé direito, do piso ao teto;

• pisos sem saliências nem depressões, possibilitando a circulação das pessoas e a

movimentação dos materiais;

• aberturas nos pisos e paredes, protegidas, impedido a queda de pessoas ou

objetos;

• os pisos, escadas e rampas devem oferecer resistência suficiente para suportar

cargas móveis e fixas;

• escadas e rampas fixas devem ser construídas, de acordo com as normas

técnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de conservação;

• nos locais (corredores, passagens, escadas, etc...) onde houver perigo de

escorregamento, devem ser empregados materiais antiderrapantes;

• os andares acima do solo, que não forem vedados por paredes externas, devem

dispor de guarda corpo de proteção contra quedas.

Além destes requisitos técnicos, deverão ser observadas também, formas de proteção

contra intempéries, de acordo com as normas relativas à resistência ao fogo, isolamento

térmico, isolamento e condicionamento acústico, resistência estrutural e

impermeabilidade.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

130

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Recomendações

a) Proibir que todo e qualquer material fique jogado pelo chão provocando acidente de

trabalho, principalmente fios de energia elétrica;

b) Instalar proteção contra queda ao redor da caldeira H. Bremer e todo e qualquer

lugar que apresente o mesmo risco;

c) Colocar grade junto as canaletas do piso, principalmente na área de lavagem;

d) Colocar corrimão nas escadas que faltam;

e) Colocar guarda corpo lateral nas prensas – parte superior;

f) Colocar guarda corpo na escada de ferro ( prensa ao lado dos tanques), nas escadas

dos silos de farinha a granel e elevadores (guarda corpo e proteção tipo escada de

marinheiro);

g) Colocar corrimão na plataforma das bocas dos silos a granel.

NR-10 - INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

Esta norma fixa condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados

que trabalham em instalações elétricas e em suas diversas etapas.

Observações importantes desta norma que servem para orientação:

Quanto as instalações:

• Conforme ítem 10.2.1.3, as partes das instalações elétricas, não cobertas por

material isolante, na impossibilidade de se conservarem distâncias que evitem

contatos casuais, devem ser isoladas por obstáculos que ofereçam, de forma

segura, resistência a esforços mecânicos usuais.

• Conforme item 10.2.1.4, toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos

circuitos elétricos, mas que, eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser

aterrada, desde que esteja em local acessível a contatos.

• Quanto aos equipamentos de utilização de energia elétrica:

• Conforme item 10.2.4.1.1, é proibida a ligação simultânea de mais de um aparelho

à mesma tomada de corrente, com o emprego de acessórios que aumentem o

número de saídas, salvo se a instalação for projetada com essa finalidade.

• Quanto a proteção do trabalhador:

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

131

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

• Conforme item 10.3.1.1, no desenvolvimento de serviços em instalações elétricas

devem ser previstos Sistemas de Proteção Coletivas (SPC), através de isolamento

físico de áreas, sinalização, aterramento provisório, nos trechos onde os serviços

estão sendo desenvolvidos.

• Conforme ítem 10.3.1.1.1, quando, no desenvolvimento dos serviços, os sistemas de

proteção coletivas forem insuficientes para o controle de todos os riscos de

acidentes pessoais, devem ser utilizados Equipamentos de Proteção Coletiva

(EPC), e Equipamentos de Proteção Individual (varas de manobra, escadas,

detectores de tensão, cintos de segurança, capacetes e luvas).

• Quanto aos procedimentos:

• Conforme ítem 10.3.2.6, os serviços de manutenção e/ou reparos em partes de

instalações elétricas, sob tensão, só podem ser executados por profissionais

qualificados, devidamente treinados, em cursos especializados, com emprego de

ferramentas e equipamentos especiais.

• Conforme item 10.3.2.7, as instalações elétricas devem ser inspecionadas por

profissional qualificado, designado pelo responsável pelas instalações elétricas nas

fases de execução, operação, manutenção, reforma e ampliação.

• Quanto às situações de emergência:

• Conforme o item 10.3.3.1, todo o profissional para instalar, operar, inspecionar ou

reparar instalações elétricas, deve estar apto a prestar primeiros socorros a

acidentados, especialmente através de técnicas de reanimação cárdio-respiratória,

como também deve saber manusear e operar equipamentos de combate a incêndio

utilizados nas instalações.

• Quanto ao pessoal:

• Conforme item 10.4.1.2, são considerados profissionais qualificados aqueles que

comprovem, perante o empregador, uma das seguintes condições:

a) Capacitação, através de curso específico do sistema oficial de ensino;

b) Capacitação através de curso especializado ministrado por centros de

treinamento e reconhecido pelo sistema oficial de ensino;

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

132

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

c) Capacitação através de treinamento na empresa, conduzido por profissional

autorizado.

- Conforme item 10.4.1.4, todo profissional qualificado, autorizado a trabalhar em

instalações elétricas, deve ter esta condição anotada no seu registro de empregado.

- A empresa possui 2 eletricistas, são eles : Alberto Acidentado e Tonio Apressado.

Os eletricistas possuem as seguintes habilitações:

Alberto Acidentado:

- Instalador Industrial, Predial e Rebobinagem de motores( Senai);

- Montagem e Manutenção de Microcomputadores;

- Telemática com ênfase em eletrônica.

Tonio Apressado:

- Eletricista Instalações Módulo 1

- Técnico em Eletrônica

- Eletrônica industrial

- Linhas de Produtos (chaves)

- Instrumentação Básica 1

- Rádio, Televisão e Transmissores.

Recomendações

a) Revisar todo o sistema de aterramento da empresa, para maquinas estruturas

metálicas, transformadores, etc.

b) Proibir que fios de energia elétrica fiquem jogados pelo chão, provocando acidentes

de trabalho.

NR- 11- TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE

MATERIAIS

Esta NR determina normas de segurança para a operação de equipamentos utilizados para

a movimentação de materiais tais como talhas, empilhadeiras, transportadores de diversos

tipos, elevadores de carga, etc.

• Subitem 11.1.6 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão

ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho, portarem um

cartão de identificação com o nome e fotografia em lugar visível.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

133

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

• Subitem 11.1.8 Todos os transportadores industriais serão permanentemente

inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentarem deficiências, deverão

ser imediatamente substituídas.

A empresa possui os seguintes profissionais operadores Habilitados de Empilhadeira:

A empresa possui os seguintes profissionais operadores Habilitados de Retroescavadeira:

-

-

-

Operador de Trator:

-

Recomendações

a) Providenciar Cartão de Identificação para os operadores habilitados. Somente estes

operadores poderão operar as máquinas conforme habilitações.

b) A empresa deverá manter uma manutenção preventiva periódica nas

empilhadeiras (verificar freios, instalação de faróis, extintor de incêndio, sistema

hidráulico e espelhos retrovisores, etc.).

c) Colocar placas de advertência nas empilhadeiras: “CUIDADO MANTENHA

DISTÂNCIA” bem como a carga máxima de trabalho permitida;

d) Diminuir altura do depósito de sacarias para no máximo 20 sacos;

e) Afastar empilhamento das sacarias da parede (afastar no mínimo 0,50 metros);

f) No empilhamento, não usar sacos furados, usar pallets em bom estado e não

depositar junto ao piso em cima de lonas, pois, além da umidade, há também um

local próprio para proliferação de insetos e ratos.

NR-12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

134

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Dispõe sobre os critérios de segurança para a instalação de máquinas e equipamentos e

das áreas de trabalho onde são instalados.

Desta forma temos:

• as áreas de circulação e espaços em torno das máquinas e equipamentos

possuem dimensões suficientes (em torno de 01 metro) para possibilitar que os

empregados e transportadores mecanizados possam se movimentar com

segurança;

• as áreas reservadas para corredores e armazenamento de materiais serão

demarcadas com faixas brancas;

• as transmissões de força (partes móveis) das máquinas que não estão

devidamente enclausuradas com o uso de anteparos serão protegidas;

• os reparos, a limpeza, os ajustes e a inspeção somente serão executados por

pessoas devidamente credenciadas (mecânicos da manutenção), sendo

expressamente proibido aos funcionários que trabalham em máquinas e

equipamentos realizarem qualquer tipo de reparo emergencial.

Recomendações

a) Colocar proteção nas correias e em partes móveis de bombas (rampa de lavagem,

tanque, caldeira Alterma, recebimento-sangue);

b) Colocar proteção nas correias e partes móveis dos motores (decanter, polias,

prensas-parte superior, prensas parte-inferior, misturador, quebrador, peneiras,

sebo);

c) Colocar proteção na frente do 1º transportador (decanter);

d) Colocar proteção na polia do motobomba (decanter);

e) Colocar proteção nas correias, engrenagens do motor da rosca helicoidal;

f) Colocar proteção nas partes móveis em 02 motobombas ( depósito);

g) Colocar proteção junto às cabeceiras da esteira (esteira transportadora);

h) Colocar proteção no disco de corte e esmeril (oficina);

i) Colocar 02 tampas nas roscas helicoidais;

j) Colocar proteção 04 roscas helicoidais (sebo);

k) Colocar proteção na serra circular ( serra circular).Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

135

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

h) Arrumar cano de fumaça da casa de geradores;

NR-13 - CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO

Trata dos aspectos relativos à utilização de equipamentos que trabalham sob pressão,

impondo para tanto: a observância de limite de tolerância permissível quanto ao maior

valor de pressão efetiva; a utilização de dispositivos de segurança; a freqüente atualização

dos dados que constituem o histórico da vida útil dos equipamentos e especificações

técnicas relativas para fins de segurança; critérios para instalação dos equipamentos;

exigência de inspeções periódicas nos equipamentos por profissional habilitado e

treinamento obrigatório para operadores.

A empresa possui 12 (doze) equipamentos que se enquadram na referida norma e que

deverão ser inspecionados por profissional habilitado para tal, conforme preceitua a

Portaria 025/94 em sua NR-13, a qual modificou o teor da Portaria 3.214/78.

Os equipamentos são:

- Caldeira Alterma (6.000 kg/h), deverá ser inspecionada, pois poderá operar em regime

de prontidão;

- Caldeira H. Bremmer (15.000kg/h), atualmente está sendo inspecionada;

- Mernak, está fora de operação;

- Reservatório de Ar Vertical (1), está sendo inspecionado;

- Vasos schulz (2), não estão sendo inspecionados;

- Digestor (1), não está sendo inspecionado. Outros (5) estão fora de operação;

A empresa possui os seguintes profissionais com o Curso Segurança e Operação de

Caldeira.

Operadores:

Recomendações:

a) Inspecionar caldeira Alterma, vasos Schulz e Digestor;

b) Os operadores devem fazer estágio para caldeira H. Bremer a lenha.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

136

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

NR-15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES (Anexos 1 a 14)

Consideram-se atividades insalubres aquelas, que, por sua natureza, condições ou

métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos

limites de tolerância fixados em razão da natureza, intensidade do agente e do tempo de

exposição aos seus efeitos. Posteriormente faremos a análise destes agentes, com as

possíveis soluções coletivas e/ou individuais para neutralizá-los.

NR-16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS

São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos nº 1 e 2 desta

NR, EXPLOSIVOS e INFLAMÁVEIS, respectivamente.

As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em quaisquer

vasilhames e a granel, são considerados em condição de periculosidade, com exclusão

para o transporte em pequenas quantidades, até o limite de 200 litros para os inflamáveis

líquidos e 135 kg para os inflamáveis gasosos liquefeitos.

As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo próprio dos veículos não

serão consideradas para efeito desta Norma.

A Portaria nº 545 de 10 de julho de 2000 que passou a vigorar em 11.07.2000 (DOU)

incluiu o item nº 4 no anexo 2 da NR-16 com a seguinte redação:

4 – Não caracterizam periculosidade, para fins de percepção de adicional:

4.1 – o manuseio, a armazenagem e o transporte de líquidos inflamáveis em

embalagens certificadas, simples, compostas ou condicionadas, desde que obedecidos os

limites consignados no Quadro I abaixo, independentemente do número total de

embalagens manuseadas, armazenadas ou transportadas, sempre que obedecidas as

Normas Regulamentadoras expedidas pelo ministério do Trabalho e Emprego, a Norma

NBR 11.564/91 e a legislação sobre produtos perigosos relativa a meios de transporte

utilizados.

4.2 – o manuseio, a armazenagem e o transporte de recipientes de até cinco

litros, lacrados na fabricação, contendo líquidos inflamáveis, independente do número

total de recipientes manuseados, armazenados ou transportados, sempre que obedecidas

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

137

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

as Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e a

legislação sobre produtos perigosos relativa aos meios de transporte utilizados.

ALMOXARIFADOPRODUTOS ESTOCADOS QUANTIDADE (litros)Gasolina 8Solventes (latas lacradas de 18 e de 1litro) 110 Tintas (60 latas de 3,6 litros) 216Estes produtos, serão transportados futuramente para um local apropriado, ou seja,

Depósito de inflamáveis. A quantidade de inflamáveis no almoxarifado não caracteriza o

local como área de risco conforme NR-16.

DEPÓSITO DE ÓLEO DIESELPRODUTOS ESTOCADOS QUANTIDADEÓleo diesel 1 4.500 litrosÓleo diesel 2 3.000 litrosO primeiro reservatório possui capacidade para 4.500 litros de óleo diesel e o segundo

reservatório possui capacidade para 3.000 litros, os quais possuem uma bacia de

contenção de concreto cada um e o seu abastecimento é realizado quando necessário,

horário em que somente os funcionários Rogério Rodrigues ou Vanderlei Waz

encontram-se na área de risco. Estes funcionários também são responsáveis pela troca

dos filtros do reservatório.

GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEOLOCAL QUANTIDADE (Kg)Empilhadeira 1 1 cilindros de 20 KgDepósito (pátio) 2 x 4 cilindros de 20 Kg

1 cilindro de 13 KgRefeitório 2 cilindros de 45 kg no refeitório e 2 no

depósito

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Os funcionários responsáveis pelos Reservatórios de Diesel, recebimento/troca de GLP e

futuramente pelo Depósito de Inflamáveis são: XXXXXXXX e YYYYYYY. Passaram a

receber o adicional de periculosidade a partir de 05/2001( XXXXXXX) e 02/1999

(YYYYYYYY), quando foram designados pela empresa para tal atividade. Estes

funcionários também executam a atividade de abastecimento de máquinas na empresa, Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

138

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

onde os operadores ou motoristas devem manter um afastamento mínimo de 15 metros do

local do abastecimento.

Recomendações

a) Aterrar o tanque de óleo diesel e após o atendimento desta recomendação exigir do

fornecedor de óleo diesel para que seja adotado os princípios de segurança a seguir: ligar o

tanque do caminhão ao tanque que óleo diesel a fim de hemogenizar o potencial

eletrostático através do cabo terra, colocar a disposição ao alcance das mãos uma unidade

extintora portátil, isolar a área.

b) Retirar de oficina mecânica os cilindros de GLP que não estão sendo usados para

oxicorte e armazena-los no depósito de GLP.

NR-17 - ERGONOMIA

Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer os parâmetros que possibilitam a

adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos

trabalhadores, de forma a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho

eficiente. Trata dos aspectos que envolvem o levantamento, transporte e descarga de

materiais, o mobiliário, os equipamentos, as condições ambientais do posto de trabalho e a

própria organização do trabalho. Consta no item “Reconhecimento dos Riscos

Ambientais” deste PPRA somente a questão do iluminamento.

NR-23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Esta norma especifica que as empresas deverão possuir:

a) Proteção contra incêndios;

b) Saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio;

c) Equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;

d) Pessoas treinadas no uso correto desses equipamentos.

Atualmente a empresa possui os seguintes extintores:

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

139

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Nº SETOR QUANTIDADE EXTINTOR01 ENTRADA ALMOXARIFADO 01 PÓ Q. 8KG02 ELETRICIDADE 01 PO Q. 8KG03 SACARIAS 01 PO Q. 8KG04 ALMOXARIFADO 01 PO Q. 8KG05 OFICINA 01 CO2 12KG06 QUADROS DE COMANDO 01 CO2 8KG07 MOEGA NOVA 01 PO Q. 8KG08 MOEGA 01 PO Q. 8KG09 GERADORES 01 CO2 6KG10 CALDEIRA 01 CO2 4KG11 CALDEIRA 01 CO2 6KG12 PAINÉIS EXCRUZORA 01 CO2 6KG13 ESCRITÓRIO 01 CO2 12KG

Recomendações

a) Proibir de fumar em todos os setores da empresa.

b) Sinalizar com placas proibição de fumar.

c) Alguns extintores deverão ser redimensionados conforme legislação vigente.

d) Manter pessoas treinadas para a utilização de extintores.

e) Evitar que os extintores fiquem no piso e também manter desobstruídos.

f) Colocar extintor nos setores Jato e Pintura.

NR-24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE

TRABALHO

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

A empresa possui nas suas unidades banheiros a fim de atender às dimensões mínimas, ou

seja, 1 metro quadrado para cada sanitário, por 20 operários em atividade e estão

separadas por sexo.

Diariamente os sanitários deverão ser submetidos a processo de higienização por

funcionários treinados para esta função.

REFEITÓRIO

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

140

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

A empresa possui refeitório amplo e bem arejado e dentro das condições de higiene

exigidos pelo órgão de saúde competente. As refeições são confeccionadas na cozinha da

empresa.

BEBEDOUROS

A empresa possui 2 bebedouros com jato inclinado e também é utilizado com copo

coletivo. Conforme legislação vigente não é permitido o uso de copos coletivos.

Recomendações

a) Recomendamos a eliminação de copo coletivo e a utilização do jato inclinado;

b) Eliminar também uso coletivo de toalhas e substituí-las por toalhas de papel, (pia

do refeitório e banheiros em geral).

NR-25 – RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer que os resíduos gasosos deverão ser

eliminados dos locais de trabalho através de métodos, equipamentos ou medidas

adequadas, sendo proibido o lançamento ou a liberação nos ambientes de trabalho de

quaisquer contaminantes gasosos sob a forma de matéria ou energia, direta ou

indiretamente, de forma a serem ultrapassados os limites de tolerância estabelecidos pela

Norma Regulamentadora (NR-15) e que os resíduos líquidos e sólidos produzidos por

processos e operações industriais deverão ser convenientemente tratados e/ou dispostos

e/ou retirados dos limites da indústria, de forma a evitar riscos à saúde a à segurança dos

trabalhadores.

A empresa, preocupada com esta situação, trata adequadamente seus resíduos e o

responsável técnico é:

- Engº .......... ............. – responsável técnico junto a Fepam.

NR-26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

141

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

A empresa está adotando as cores padrões para sinalização de segurança, conforme

preceitua esta NR, tais como: equipamentos de combate a incêndio, passarelas e

corredores de circulação, etc.

ROTULAGEM PREVENTIVA DE PRODUTOS QUÍMICOS

A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde deverá ser feita segundo as

normas previstas nesta NR.

Para tal, a empresa deverá executar levantamento de todos os produtos químicos

utilizados na mesma e efetuar a sua rotulagem de forma que estes sejam breves, precisos,

redigidos em termos simples e de fácil compreensão.

O rótulo deverá conter os seguintes tópicos:

1. NOME TÉCNICO DO PRODUTO;

2. PALAVRA DE ADVERTÊNCIA (PERIGO para produtos de alto risco, CUIDADO para

produtos de médio risco e ATENÇÃO para produtos de leve risco);

3. INDICAÇÕES DE RISCO (Exemplo: EXTREMAMENTE INFLAMÁVEIS, NOCIVO SE

INALADO OU EM CONTATO COM A PELE, etc.);

4. MEDIDAS PREVENTIVAS (Exemplo: EVITAR INALAR A POEIRA, EVITAR INALAR

SEUS VAPORES, etc.)

5. PRIMEIROS SOCORROS;

6. INFORMAÇÕES PARA OS MÉDICOS

7. INSTRUÇÕES EM CASO DE FOGO, DERRAMAMENTO E/OU VAZAMENTO.

A empresa deverá executar tal rotulagem em todos os recipientes de uso no processo de

produção, baseada nas fichas de emergência dos produtos químicos utilizados pela mesma

em seu processo de produção.

Recomendações

a) Isolar com sinalização toda e qualquer área de reformas ou que apresente risco de

acidente de trabalho.

b) Instalar placas de sinalização dentro de toda a empresa nos seus respectivos setores,

como:

- “PENSE, A Segurança depende de nós.”

- “PENSE, As ferramentas são seguras se você souber usar.”Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

142

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

- “ATENÇÃO, Ao manusear produtos químicos use equipamentos de

proteção.”

- “ATENÇÃO, Água potável.”

- “ATENÇÃO, Mantenha os cilindros presos.”

- LEMBRE-SE, É obrigatório o uso de crachá.”

- “AVISO, Área de empilhadeira, ande atento.”

- “AVISO, É proibido entrada de pessoas não autorizadas.”

- “AVISO, Obedeça a sinalização evite acidentes.”

- “CUIDADO, Área escorregadia.”

- “CUIDADO, Homens trabalhando.”

- “CUIDADO, Trânsito de empilhadeiras.”

- “PERIGO, Não use luvas ao trabalhar com esta máquina.”

- “PERIGO, Olhar para chama sem óculos pode provocar cegueira.”

- “É proibido conduzir acesos cigarros ou assemelhados.”

c) Delimitar, com pintura no piso, áreas de circulação e de depósito.

d) Cercar as lagoas e sinaliza-las com placas de aviso: “ Perigo - Proibida a entrada de

pessoas não autorizadas”.”

4.3) ATIVIDADES EXERCIDAS NOS VÁRIOS SETORES

A empresa possui 137 funcionários distribuídos pelos vários setores. A seguir

procuraremos definir as tarefas executadas nas diversas funções:

1) Laboratoristas

- análises de matéria prima;

- análises de matéria industrializada;

- análises de água estação de tratamento;

2) Auxiliar de Escritório

- desenvolver atividades do escritório;

- recepção;Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

143

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

3) Técnico de segurança do trabalho

- desenvolver todas as atividades na área de segurança;

4) Motorista

- dirigir caminhão;

- controlar as manutenções do veículo;

- eventualmente auxilia a carregar ossos ou sebo;

5) Secretário de Motorista

- auxiliar a carregar ossos, sebo dos frigoríficos, açougues e mercados.

6) Operador de Prensa

- encher a prensa com massa (produto que sai do digestor);

- acionar a prensa;

- acionar o moinho, cuja finalidade é moer a farinha.

7) Auxiliar de prensa

- encher a prensa com massa (produto que sai do digestor);

- acionar a prensa;

- acionar o moinho, cuja finalidade é moer a farinha.

8) Encarregado Pessoal

- controlar o pessoal;

- controlar a produção;

- controlar a manutenção de máquinas;

- operar a retroescavadeira.

9) Auxiliar de Encarregado

- responsável pela produção;

- auxiliar nos diversos postos de trabalho.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

144

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

10) Mecânico

- lubrificar máquinas;

- realizar todas as manutenções necessárias;

11) Chefe de Almoxarifado

- entregar ferramentas aos mecânicos;

- receber mercadorias diversas;

- controlar estoques de peças.

12) Operador de Caldeira

- abastecer a caldeira com ossos e lenha;

- controlar nível de água e pressão;

- dosar produtos químicos para o tratamento da água da caldeira.

13) Auxiliar de Operador de Caldeira

- abastecer a caldeira com ossos e lenha;

- controlar nível de água e pressão;

- dosar produtos químicos para o tratamento da água da caldeira.

14) Gerente de Produção

- controlar o pessoal;

- controlar a produção;

- controlar a manutenção de máquinas;

- eventualmente operar a retroescavadeira.

4.4) RECONHECIMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS

4.4.1) ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES (NR-15)

4.4.1.1) RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE (Anexo 1)

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

145

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

A exposição prolongada a um ambiente ruidoso, durante o exercício de qualquer trabalho,

resulta em prejuízo da audição por lesão nas zonas de percepção neurosensoriais, que

condiciona a chamada "Surdez Ocupacional".

Os níveis elevados de ruído, incidindo por tempos prolongados, produzem um esgotamento

enzimático; a falta da adequada reposição da enzima se traduz pela perda auditiva que se

torna irreversível e progressiva e de caráter incapacitante. Constatado o dano, resta

apenas afastar a causa para evitar prejuízos maiores.

Foram realizadas medições de ruído contínuo nos diversos setores da empresa, onde as

medições encontradas foram fixadas em uma faixa com o nível mínimo e o nível máximo de

ruído. Os níveis encontrados estão no ANEXO 1 deste programa.

Para verificação dos níveis de ruído foi utilizado um dosímetro/decibelímetro de marca

Quest, modelo Q - 300 devidamente calibrado.

As leituras foram feitas no circuito de ponderação “A”, usando o circuito de resposta

lenta (SLOW), e próximo ao ouvido dos trabalhadores.

4.4.1.2) RUÍDO DE IMPACTO (Anexo 2)

Não constatamos a existência deste agente nos diversos setores de trabalho.

4.4.1.3) CALOR (Anexo 3)

A exposição ao calor deve ser avaliada através do “Índice de Bulbo Úmido - Termômetro

de globo” (IBUTG) definido pelas equações que seguem;

Ambientes internos ou externos sem carga solar;

IBUTG= 0,7 tbn + 0,3 tg

Ambientes externos com carga solar;

IBUTG= 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

onde:

tbn= temperatura de búlbo úmido natural;

tg= temperatura de globo;

Tbs= temperatura de bulbo seco

Foi realizado medição no setor de caldeira no dia 06/07/06, no seguinte horário: 9:10

às 9:40 e os resultados obtidos foram (conforme ANEXO 2 deste programa):Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

146

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

- Caldeiras

Regime de Trabalho: 15 minutos trabalho e 45 minutos descanso

Classificação da atividade: TRABALHO MODERADO – Em movimento, trabalho

moderado de levantar ou empurrar.

Neste caso os limites de Tolerância são dados segundo o quadro nº 1 deste anexo,

onde:

IBUTG=0,7x21,3+0,3x32,4=24,63

Valor do IBUTG máximo conforme NR-15, Anexo 3, quadro nº 1 = 26,8 à 28,0

Conclusão: Esta atividade é considerada salubre quanto ao aspecto do calor, pois não

ultrapassou o limite de tolerância.

4.4.1.4) ILUMINAMENTO (Anexo 4)

O Anexo 04 da NR-15, Portaria 3.214/78 vigorou até 25/02/91, data em que se esgotou o

prazo de 90 dias a que se refere o Parágrafo Único da Portaria nº 3.751 de 23/11/90, a

qual revoga o referido anexo. A Portaria 3.751/90 alterou a NR-17 "ERGONOMIA" onde

se encontra o subitem 17.5.3.3 que estabelece:

"Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho

são os valores de iluminância estabelecidas na NBR-5413, norma esta

registrada no INMETRO."

Analisaremos a questão do iluminamento junto com a NR-17.

4.4.1.5) RADIAÇÕES IONIZANTES (Anexo 5)

Não constatamos a existência deste agente nos diversos setores de trabalho.

4.4.1.6) PRESSÕES HIPERBÁRICAS (Anexo 6)

Não constatamos a existência deste agente nos diversos setores de trabalho.

4.4.1.7) RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (Anexo 7)

Constatamos a existência de atividades com soldas elétricas. Estas atividades são

realizadas por empresas terceirizadas. Os EPI’s utilizados pelos funcionários são

fornecidos pela própria empresa terceirizada. Os EPI’s devem ser os seguintes: calçado de

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

147

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

segurança, luvas de couro, mangas de couro, máscara para soldas, respirador P2 par

fumos metálicos, avental e perneiras de couro.

4.4.1.8) VIBRAÇÕES (Anexo 8)

Não constatamos a existência deste agente nos diversos setores de trabalho.

4.4.1.9) FRIO (Anexo9)

Não constatamos a existência deste agente nos diversos setores de trabalho.

4.4.1.10) UMIDADE (Anexo 10)

Este anexo considera as atividades ou operações executadas em locais alagados ou

encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos

trabalhadores, insalubre em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de

trabalho.

Algumas atividades desenvolvidas nos setores de lavagem de caminhões e

descarregamento de sebo existe grande presença de umidade. As atividades em que os

empregados tem contato cutâneo direto com umidade são consideradas insalubres em grau

médio. A insalubridade é elidida com o uso de EPIs adequados e com os devidos

Certificados de Aprovação. Os EPIs são: botas de borracha, luvas de látex ou nitrílicas e

avental impermeável.

4.4.1.11) AG. QUÍM. - LIM. TOLERÂNCIA (Anexo 11)

Segundo este anexo, todos os valores fixados no quadro nº 1 (tabela de limites de

tolerância), são válidos para absorção apenas por via respiratória. Na coluna absorção

também pela pele estão assinalados os agentes químicos que podem ser absorvidos por via

cutânea, e portanto exigindo na sua manipulação, o uso de luvas adequadas, além do EPI

necessário à proteção de outras partes do corpo.

Os ambientes de trabalho inspecionados bem como as atividades realizadas não causaram

preocupação neste particular.

4.4.1.12) POEIRAS MINERAIS (Anexo 12)Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

148

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Constatamos a existência de atividades com jato de areia. Os funcionários utilizam os

EPIs necessários, fornecidos pela empresa e também receberam treinamento para uso

correto destes EPIs.

4.4.1.13) AGENTES QUÍMICOS (Anexo 13)

O contato com óleos minerais é considerado como atividade insalubre, pois estes produtos,

além de serem responsáveis por freqüentes dermatoses profissionais, também possuem a

potencialidade de ocasionar câncer cutâneo em número significativo de pessoas expostas.

As atividades de lubrificação e manutenção de máquinas são realizadas por funcionários

da empresa. Estes funcionários manipulam de forma intermitente ou eventual óleos

minerais e graxas quando no desenvolvimento de suas atividades, os quais possuem

hidrocarbonetos em sua formulação. Logo, a exposição a estes agentes são consideradas

insalubres em grau máximo.

Por outro lado, a empresa forneceu e treinou os funcionários que mantém contato cutâneo

com tais produtos o creme protetor para as mãos, bem como luvas adequadas. Diante do

exposto, somos de parecer que as atividades não são consideradas insalubres.

Junto ao setor de moagem de farinha de carne e ossos, existe o produto chamado SAL ZAP

(produto a base de ácidos e solventes orgânicos), que é manuseado por um funcionário da

manutenção. Este funcionário utiliza luvas nitrílicas, avental, óculos de proteção e

respirador facial com filtro para vapores orgânicos e gases ácidos.

Produtos Químicos utilizados no laboratório:

- Hexano

- Ácido acético

- Ácido sulfúrico

- Ácido clorídrico

- Álcool etílico

- Éter etílico

- Acetona

- Amido

- Iodeto de potássio

- Dicromato de potássioEngº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

149

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

- Calcon

- Metavanodato de amônio

- Hidróxido de potássio

- EDTA sal dissódico

- Cloreto de amônio

- Sulfato de sódio anidro

- Molibdato de potássio

- Fenolftaleina

Os funcionários que realizam a limpeza da fábrica e banheiros também utilizam luvas

nitrílicas.

Orientação:

Toda vez que o trabalhador entrar em contato com produtos químicos, deverá adotar

medidas de proteção individual, tais como o uso de luvas adequadas, respiradores ou

cremes protetores capazes de neutralizar o agente insalubre. O equipamento de proteção

individual deve possuir Certificado de Aprovação e o seu uso deverá ser obrigatório.

4.4.1.14) AGENTES BIOLÓGICOS (Anexo 14)

Constatamos que a empresa possui funcionários que efetuam a limpeza dos banheiros.

Estes funcionários recebem EPI’s e foram treinados sobre a utilização. Os EPI’s são luvas

nitrílicas e botas de borracha. O uso correto de tais EPI’s elide a ação de tal agente.

4.4.2) ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS (NR-16)

Nos termos da legislação vigente, quatro são as hipóteses de enquadramento das

atividades dos trabalhadores em geral:

• Anexo 1 da NR-16: Atividades e operações perigosas com explosivos.

• Anexo 2 da NR-16: Atividades e operações perigosas com inflamáveis.

• Decreto 93412/86: Trabalhos no setor de energia elétrica.

• Portaria 3393/87: Trabalhos com radiações ionizantes ou substância

radioativas.

4.4.2.1) EXPLOSIVOS (Anexo 1)

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

150

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Não constatamos a existência deste agente nos diversos setores de trabalho.

4.4.2.2) INFLAMÁVEIS (Anexo 2)

Recomendamos atender as orientações citadas no item 4.2 (NR-16) deste programa.

4.4.2.3) RADIAÇÕES IONIZANTES OU SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS (Portaria

3393/87)

Não constatamos a existência deste agente.

4.4.2.4) TRABALHOS NO SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA

A empresa não possui nenhum funcionário que trabalhe habitualmente em atividades de

construção, operação e manutenção de redes e linhas aéreas de alta e baixa tensões

integrantes de sistemas elétricos de potência.

4.4.3) RISCOS ERGONÔMICOS (NR-17)

Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das

condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a

proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

Esta norma salienta que em todos os locais de trabalho, deve haver iluminação adequada,

natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à atividade.

Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são aqueles

estabelecidos na Norma Brasileira 5413 registrada no INMETRO.

Análise do Iluminamento:

Objetivos:

Adequar a luminosidade a cada tipo de atividade, proporcionando as melhores condições

de trabalho, evitando a fadiga ocular , maior segurança e eficiência.

Instrumental Utilizado:

Na avaliação dos níveis de iluminamento foi utilizado o Luxímetro LD 500 da ICEL,

dotado de fotocélula independente do corpo do aparelho, e nível de precisão de 5%, junto

aos campos de trabalho. Quando estes campos não estavam perfeitamente definidos, as

medições se realizaram a 75 cm do piso.

Define-se “campo de trabalho” campo sendo, toda a região do espaço onde, para

qualquer superfície nela situada, sejam exigidas condições de iluminamento, apropriadas

ao trabalho a ser realizado.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

151

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Os níveis medidos encontram-se no ANEXO 3 deste programa.

Orientações para melhorias no iluminamento:

Devem ser efetuadas manutenções periódicas das instalações, incluindo-se:

- A substituição de lâmpadas queimadas ou deficientes.

- A limpeza das lâmpadas com o intiuto de aumentar a iluminação.

Nos locais em que o nível de iluminamento não atingir o mínimo, as luminárias deverão

ser abaixadas e/ou aumentadas conforme o caso.

O nível de iluminamento correto é importante, porque além de proporcionar ambiente

claro e agradável, pode interferir na produtividade, reduzindo prováveis erros e defeitos

de fabricação, além de evitar situações propícias à ocorrência de acidentes.

Os principais sintomas de fadiga visual são: lacrimejamento, sensação de peso e ardor nos

olhos, piscar frequente, desconforto, visão nebulosa, dores de cabeça, tonturas e

irritabilidade.

5) MEDIDAS DE CONTROLE

Após levantarmos todos os possíveis agentes que podem prejudicar a saúde dos

trabalhadores e estudá-los de forma científica, podemos adotar, quando possível, medidas

de proteção e controle coletivas e/ou individuais, conforme a forma de atuação,

concentração, meio de propagação, etc.

Para eliminação ou neutralização dos agentes acima descritos são fornecidas idéias sobre

medidas de controle de caráter geral que poderão ser estudadas pela empresa, verificando

sua aplicabilidade.

5.1) RUÍDO

-Manutenção das máquinas e equipamentos, com ajustes de folgas, lubrificações, etc.;

-Limitação do tempo de exposição;

-Adotar medidas de proteção individual (protetores auriculares tipo plug ou tipo conchas

acústicas) nos locais onde não são possíveis as medidas de proteção coletiva. A empresa

forneceu, treinou, tornou obrigatório e fiscaliza a utilização por parte dos funcionários

que ali trabalham dos protetores auriculares, todos com Certificado de Aprovação do Mtb.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

152

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

5.2) UMIDADE

Os funcionários que trabalham nos setores de lavagem de caminhões e

descarregamento de sebo utilizam botas de borracha, avental e luvas. Os EPIs

recomendados são: botas de borracha, aventais e luvas.

5.3) AGENTES QUÍMICOS

O fornecimento, treinamento e fiscalização de creme protetor para a pele, luvas nitrílicas,

óculos de proteção, respiradores, botas de borracha e botinas adequadas para cada caso,

eliminam a ação de tais agentes.

5.4) AGENTES BIOLÓGICOS

A empresa fornece luvas e botas de borracha para os funcionários que mantém contatos

com tais agentes. Os funcionários também receberam um treinamento sobre o uso de tais

EPI’s.

5.5) EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL:

1) Laboratoristas

- uniforme;

- luvas nitrílicas;

- protetor auricular;

- calçado de segurança;

- óculos de segurança;

- capacete.

2) Técnico de Segurança do Trabalho

- uniforme;

- luvas nitrílicas;

- protetor auricular;

- calçado de segurança;Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

153

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

- capacete;

- óculos de proteção;

- creme de proteção.

3) Motorista

- calçado de segurança;

- luvas nitrílicas;

- luvas de raspa de couro;

- uniforme.

4) Secretário de motorista

- bota de borracha;

- calçado de segurança;

- luvas nitrílicas;

- luvas de raspa de couro;

- uniforme.

Para um controle e fiscalização eficaz, deve a empresa registrar o recebimento por parte

dos funcionários de todos os EPI’s fornecidos, bem como renovar os mesmos quando

necessário, mediante registro e assinatura dos funcionários nas fichas de registro de

EPI’s. Esta deve ser individual, ou seja, cada funcionário de deve ter sua ficha de registro

de EPI’s. É obrigação da empresa fornecer, treinar, tornar obrigatório e fiscalizar o uso

correto dos EPI’s.

6) PLANEJAMENTO E CRONOGRAMA DE MEDIDAS

DE CONTROLE A SEREM ADOTADAS PELA EMPRESA

Baseado nos dados levantados acima, bem como a adoção já feita pela empresa em

questão de algumas medidas de controle individuais, procuraremos estipular um

cronograma de ação e a elaboração de programas que visem a conscientização e

treinamento de todos os funcionários quanto às condições do seu ambiente de trabalho, Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

154

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

assim como, prevenir possíveis acidentes, perdas auditivas, doenças profissionais ou

qualquer outro inconveniente que possa vir a aparecer em decorrência do ambiente ou

condições de trabalho dos mesmos.

6.1) RUÍDO

6.2) PRODUTOS QUÍMICOS

6.3) UMIDADE

6.4) AGENTES BIOLÓGICOS (Anexo 14)

6.5) ILUMINAÇÃO

6.6) SERVIÇOS TERCEIRIZADOS

6.7) TREINAMENTO

6.8) AMBIENTES CONFINADOS

6.9) OUTRAS RECOMENDAÇÕES

Nº RECOMENDAÇÕES PRAZO RESPONSÁVEL CONCLUSÃO

01 FAZER RECICLAGEM DE

TREINAMENTO

PARA TODOS OS FUNCIOÁRIOS

SOBRE UTILIZAÇÃO DE EPIS.

OUT/02 TÉCNICO.

TRABALHO)

02 ARRUMAR CANO DE SAÍDA DE

FUMAÇA DA CASA DE GERADORES.

SET/02 MANUTENÇÃO

03 FAZER OBRIGATÓRIO O USO DO

CINTO DE SEGURANÇA PARA TODO O

TRABALHO REALIZADO ACIMA DE

JUL/02 DIREÇÃO

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

155

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

2METROS DE ALTURA.04 ISOLAR COM SINALIZAÇÃO TODA E

QUALQUER ÁREA DE REFORMAS OU

QUE APRESENTE RISCO DE ACIDENTE

DE TRABALHO.

JUL/02 FERNANDO

(TEC. SEG. DO

TRAB).

05 PROIBIR QUE TODO E QUALQUER

MATERIAL FIQUE JOGADO PELO

CHÃO PROVOCANDO ACIDENTE DE

TRABALHO PRINCIPALMENTE

FIOS DE ENERGIA ELÉTRICA.

JUL/02 DIREÇÃO

06 INSTALAR PLACAS DE SINALIZAÇÃO

DENTRO DE TODA A EMPRESA NOS

SEUS RESPECTIVOS SETORES, COMO:

“PENSE, A SEGURANÇA DEPENDE DE

NÓS.”.......ETC.

AGOS/02 DIREÇÃO

07 INSTALAR PROTEÇÃO CONTRA

QUEDA AO REDOR DA CALDEIRA

H.BREMER E TODO E QUALQUER

LUGAR QUE APRESENTE O

MESMO RISCO.

AGOST/02 MANUTENÇÃO

08 COLOCAR PROTEÇÃO NO

VENTILADOR DO SETOR DE PINTURAS

E EVITAR QUE ESTE FIQUE

ATRAPALHANDO A ENTRADA NO

MESMO.

JULH/02 MANUTENÇÃO

E DIREÇÃO

09 COLOCAR GUARDA - CORPO LATERAL

NAS PRENSAS – PARTE SUPERIOR.

OUT/02 MANUTENÇÃO

10 TORNAR OBRIGATORIO USO DE

EPIS INCLUSIVE PARA FUNCIONARIOS

TERCERIZADOS EM TODOS OS

SETORES QUE SEJAM NECESSÁRIOS.

JUL/02 DIREÇÃO

7) ANTECIPAÇÃO DE RISCOS

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

156

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Este PPRA foi elaborado baseado nas informações fornecidas pelos representantes da

empresa e está baseado nas atividades exercidas atualmente na empresa. Conforme

informado, a empresa não tem previsão de alterar setores e ou atividades.

Se a empresa (ou funcionário da empresa ou contratado) realizar qualquer atividade

que não está citada neste PPRA, deverá consultar antecipadamente um profissional

da área de segurança do trabalho para executar a avaliação prévia da atividade,

definindo procedimentos de segurança, com o objetivo de evitar acidentes do trabalho

e ou doenças profissionais.

8)DIVULGAÇÃO DOS DADOS E ADEQUAÇÃO DO PPRA

Este PPRA deverá ser discutido em conjunto com a CIPA.

Por outro lado, este plano é elástico e, provavelmente receberá várias modificações e

implantação de medidas complementares, eis que as atividades são bastantes

diversificadas e dinâmicas.

9)BIBLIOGRAFIA

- Manual de Legislação Atlas - Segurança e Medicina do Trabalho, Editora Atlas, 38º

Edição

- Revista Proteção

- Revista Cipa

A empresa AVIPAL S/A tem como Gerentes os Srs. Leandro e Cledir que serão os

responsáveis pela execução das medidas propostas, assim como pela efetiva implantação e

execução do programa, como também pela sua eficácia. Além dos gerentes, a implantação

do programa será de responsabilidade dos supervisores, chefe de setores e do Técnico de

Segurança.

__________________________ __________________________

Gerente GerenteEngº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

157

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

__________________________

Técnico em Segurança do Trabalho

Porto Alegre, de agosto de 2006.

ANEXO 1 – AVALIAÇÃO DE RUÍDO

Empresa:

Endereço: Rua

Município: Porto Alegre – RS

Data: 02/07/2006

Instrumental Utilizado

Para verificação dos níveis de ruído foi utilizado um dosímetro/decibelímetro de marca

Quest, modelo Q - 300 devidamente calibrado.

As leituras foram feitas no circuito de ponderação “A”, usando o circuito de resposta

lenta (SLOW), e próximo ao ouvido dos trabalhadores.

Nº SETOR NÍVEL MEDIDO dB(A)ADMINISTRATIVO

01 SALA DOS DIRETORES 6802 SALA DO ALMOX. 6403 BANHEIRO DIRETORIA 7304 MESA TELEFONISTA 6705 MESA CLARICE 6406 SALA CONTABILIDADE 5807 SALA BALANÇÃ 65 a 8008 SALA CAFÉ 6509 SALA LABORATÓRIO 6010 CORREDOR 64

BANHEIROS11 FEMININO 6512 MASCULINO 65

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

158

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ALMOXARIFADO13 SALA ROGERIO 7714 SALA ALMOXARIFADO 7415 DEPOSITO ALMOX. 2 76

OFICINAS16 OFICINA SOLDA 7117 FURADEIRA BANCADA 8118 OFICINA MANUTENÇÃO 8519 POLICORTE 9520 TORNO 8521 ESMIRILHADEIRA 99

CALDEIRA ALTERMA 22 PARTE FRONTAL 80 a 8623 PARTE LATERAL 80 a 8624 PARTE INFERIOR 86

FARINHA OSSO25 SALA FAR. OSSO 81

Conforme informado, os trabalhadores ficam expostos a estes níveis de ruído de forma

eventual, intermitente ou permanente durante toda a jornada de trabalho.

Logo, nos locais onde o nível de ruído for superior a 85 dB e a exposição superior ao

quadro do anexo 01 desta NR, serão consideradas as atividades como insalubres em grau

médio. A empresa fornece protetores auriculares adequados para seus funcionários com o

devido C.A. expedido pelo Mtb. A empresa fiscaliza e tornou obrigatório o uso de

protetores auriculares tipo plug (intra-auriculares) ou protetores auriculares do tipo

concha, a fim de atenuar (minimizar) a ação de tal agente. Diante do exposto, somos de

parecer que as atividades não são insalubres.

_________________________

Engenheiro de Segurança do Trabalho

CREA/RS

ANEXO 2 – AVALIAÇÃO DE CALOR

Empresa:

Endereço: Rua

Município: Porto Alegre – RS

Data: 06/07/2006

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

159

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Instrumental Utilizado

Para avaliação do calor foi utilizado o termômetro Instrutherm.

A exposição ao calor deve ser avaliada através do “Índice de Bulbo Úmido - Termômetro

de globo” (IBUTG) definido pelas equações que seguem;

Ambientes internos ou externos sem carga solar;

IBUTG= 0,7 tbn + 0,3 tg

Ambientes externos com carga solar;

IBUTG= 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

onde:

tbn= temperatura de búlbo úmido natural;

tg= temperatura de globo;

Tbs= temperatura de bulbo seco

Foi realizado medição no setor de caldeira no dia 06/07/06, no seguinte horário: 9:10

às 9:40 e os resultados obtidos foram:

- Caldeiras

Regime de Trabalho: 15 minutos trabalho e 45 minutos descanso

Classificação da atividade: TRABALHO MODERADO – Em movimento, trabalho

moderado de levantar ou empurrar.

Neste caso os limites de Tolerância são dados segundo o quadro nº 1 deste anexo,

onde:

IBUTG=0,7x21,3+0,3x32,4=24,63

Valor do IBUTG máximo conforme NR-15, Anexo 3, quadro nº 1 = 26,8 à 28,0

Conclusão: Esta atividade é considerada salubre quanto ao aspecto do calor, pois não

ultrapassou o limite de tolerância.

_________________________

Engenheiro de Segurança do Trabalho

CREA/RS

ANEXO 3 – AVALIAÇÃO ILUMINAMENTO

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

160

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Empresa:

Endereço: Rua

Município: Porto Alegre – RS

Data: 02/07/2006

Instrumental Utilizado

Na avaliação dos níveis de iluminamento foi utilizado o Luxímetro LD 500 da ICEL,

dotado de fotocélula independente do corpo do aparelho, e nível de precisão de 5%, junto

aos campos de trabalho. Quando estes campos não estavam perfeitamente definidos, as

medições se realizaram a 75 cm do piso.

Define-se “campo de trabalho” campo sendo, toda a região do espaço onde, para

qualquer superfície nela situada, sejam exigidas condições de iluminamento, apropriadas

ao trabalho a ser realizado.

Níveis Medidos em Lux:

Nº SETOR NÍVEL NIVEL

MÍNIMO

EXIGIDOADMINISTRATIVO

SALA DIRETORES01 MESA VALDIR FEDERHEN 424 50002 MESA VALDIR ZART 656 50003 SALA ALMOXARIFADO 202 15004 BANHEIRO DIREÇÃO 137 150

SALA RECEPÇÃO05 MESA TELEFONISTA 230 50006 MESA CLARICE 726 500

SALA CONTABILIDADE07 MESA CONTABILIDADE 147 50008 MICRO CONTABILIDADE 157 500

SALA BALANÇA09 MESA DANIEL 510 50010 MESA ELIARA 179 50011 MESA FRANCISCO 232 50012 MESA JUNIOR 124 500

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

161

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

13 SALA CAFÉ 380 50014 SALA LABORATORIO 635 50015 CORREDOR 65 150

BANHEIROS16 FEMININO 145 15017 MASCULINO 82 150

ALMOXARIFADO18 SALA/MESA ROGERIO 118 150

Orientações para melhorias no iluminamento:

Devem ser efetuadas manutenções periódicas das instalações, incluindo-se:

- A substituição de lâmpadas queimadas ou deficientes.

- A limpeza das lâmpadas com o intuito de aumentar a iluminação.

Nos locais em que o nível de iluminamento não atingir o mínimo, as luminárias deverão

ser abaixadas e/ou aumentadas conforme o caso.

O nível de iluminamento correto é importante, porque além de proporcionar ambiente

claro e agradável, pode interferir na produtividade, reduzindo prováveis erros e defeitos

de fabricação, além de evitar situações propícias à ocorrência de acidentes.

Os principais sintomas de fadiga visual são: lacrimejamento, sensação de peso e ardor nos

olhos, piscar freqüente, desconforto, visão nebulosa, dores de cabeça, tonturas e

irritabilidade.

_________________________

Engenheiro de Segurança do Trabalho

CREA/RS

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

162

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ANEXO 02 – TABELA DE LEVANTAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

SETOR:

Descrição do setor:

Riscos ambientais:

Equipamentos de proteção individual:

Medições de ruído:

Medições de iluminação:

Recomendações:

163

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

MÓDULO VI

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

164

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

7. DIRBEN 8030 x PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - PPP

7.1 MODELO DIRBEN 8030

O formulário Dirben 8030 deve ser preenchido no campo 1 com informações

administrativas do funcionário (nome da empresa, ramo de atividade, endereço, nome

do segurado, denominação da atividade profissional do segurado, setores onde

trabalhou durante a jornada, duração da jornada e período em que exerceu a

atividade.

Os campos 2 (Localização e descrição do setor onde trabalha), 3 (Atividades que

executa), 4 (Agentes Nocivos), 5 (Exposição a Agente Nocivo?), 6 (Classificação da

Exposição), 7 (Conclusão do Laudo) trazem informações técnica, normalmente,

baseadas no Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT).

A obrigação de apresentação de laudo técnico deve ser analisada levando-se em

consideração o período de trabalho e o seu respectivo enquadramento:

PERÍODO DE TRABALHO ENQUADRAMENTO

Até 28/04/95 Anexos I e II do Decreto 83.080/79Anexo ao Decreto 53.831/64Lei 7.850/79 (telefonista)Sem apresentação de laudo técnico, exceto para o ruído.

De 29/04/95 a 05/03/97 Anexo I do Decreto 83.080/79, Código 1.0.0 do Anexo ao Decreto 53.831/64. Com apresentação de laudo técnico.

A partir de 06/03/97 Anexo IV do Decreto 2.172/97, substituído pelo Decreto 3.048/99. Com apresentação de laudo técnico.

O fornecimento do formulário para os funcionários, normalmente é realizado

mediante a solicitação do próprio funcionário para encaminhamento do processo de

aposentadoria.

O modelo do formulário DIRBEN 8030 pode ser visualizado a seguir: ANEXO 01.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

165

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

7.2. PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO

• Perfil Profissiográfico :

Documento próprio das empresas, que deve conter o registro de todas as

informações de forma clara e precisa, sobre as atividades do trabalhador no

desempenho de funções exercidas em condições especiais.

Base legal: Art. 190 da IN 57 de 10.10.2001.

• Modelo de Perfil Profissiográfico:

Até que seja definido modelo próprio, o formulário DIRBEN-8030 poderá ser

utilizado como perfil profissiográfico.

Base legal: § 1º do inciso V do Art. 180 da IN 57 (10.10.2001)

A IN INSS/DC Nº 78 de 05.12.2003 instituiu o modelo de PPP = Perfil

Profissiográfico Previdenciário de uso obrigatório a partir de 01.01.2004.

Conforme In 99 de 05 de dezembro de 2003:

Art. 148. A partir de 1º de janeiro de 2004, a empresa ou equiparada à empresa

deverá elaborar PPP, conforme Anexo XV, de forma individualizada para seus

empregados, trabalhadores avulsos e cooperados, que laborem expostos a agentes

nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde

ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria

especial, ainda que não presentes os requisitos para a concessão desse benefício, seja

pela eficácia dos equipamentos de proteção, coletivos ou individuais, seja por não se

caracterizar a permanência.

GFIP

• Incorreções / Inadequações:

Falta de recolhimento quando ele é devido:

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

166

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Risco de autuação e multa pelas alíquotas de 6, 9 ou 12% sobre o total das

remunerações para todos os empregados e avulsos da folha de pagamento e não

apenas para os expostos.

Base legal: § 3º do Art. 58 – Lei 8.213/91.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

167

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

EVOLUÇÃO

Tendo como origem o perfil profissiográfico objeto do § 6º do Art. 68 do Dec.

3048, de 06/05/99, o PPP uma vez instituído e com modelo definido pela IN INSS/DC n°

78 de 16.07.2002, introduz informações do PCMSO e do PPRA num único documento,

permitindo análises médico-periciais e pelos AFPS das condições ambientais da empresa

bem como a exposição dos trabalhadores aos agentes nocivos.

CONCEITO

“Documento histórico-laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo

INSS, que, entre outras informações, deve conter registros ambientais, resultados de

monitoração biológica e dados administrativos”.

Base Legal: § 8º do Art. 68-Dec. 4032 de 26/11/01.

ELABORAÇÃO E ATUALIZAÇÃO

“A empresa deverá elaborar e manter atualizado o PPP abrangendo as atividades

desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de

trabalho, cópia autêntica deste documento, sob pena de multa no Art. 283”.

Base Legal: § 6º do Art. 68-Dec. 4032 de 26/11/01.

ABRANGÊNCIA

Deverá ser renovado anualmente na mesma época do PPRA. (Art. 188 inciso VI

§2º letra a).

Deverá ser mantido atualizado refletindo todas as alterações havidas nas funções

exercidas pelo trabalhador. (Art. 188 inciso VI § 4º )

Deverá ser exigido quando se requerer auxílio-doença (Art. 188 inciso VI § 3º letra b)

Deverá ser entregue ao trabalhador por ocasião do encerramento contratual (Art. 188

inciso VI § 3º letra a)

CODIFICAÇÃO DA GFIP

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

168

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

O modelo PPP que acompanha IN INSS/DC n° 78 do INSS tem campo para

codificação da GFIP, indicando se a empresa recolhe ou não valores decorrentes da

exposição dos trabalhadores aos agentes nocivos.

IMPLICAÇÕES LEGAIS E SOCIAIS

IMPLICAÇÃO LEGAL “1” DA CODIFICAÇÃO DA GFIP

O oferecimento de informações ambientais no PPP indicando contradições entre

eventuais isenções de contribuições das alíquotas suplementares do SAT e agravos à

saúde dos trabalhadores, demonstrados por piora de exames seqüenciais, possibilitará

notificação pelos AFPS.

IMPLICAÇÃO LEGAL “2” DA CODIFICAÇÃO DA GFIP

O oferecimento no PPP de informações ambientais com progressiva piora

na saúde dos trabalhadores, demonstrados por agravamento de exames

seqüenciais, possibilitará também o aumento das ações cíveis de reparação

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

169

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ANEXO 01 – DIRBEN 8030

1. NOME DA EMPRESA

-RAMO DE ATIVIDADE QUE EXPLORA

ENDEREÇO

NOME DO SEGURADO CTPS

DENOMINAÇÃO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL DO SEGURADO SETOR ONDE TRABALHA DURANTE A JORNADA

DURAÇÃO DA JORNADA PERÍODO EM QUE EXERCEU A ATIVIDADE

2) LOCALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DO SETOR ONDE TRABALHA

3) ATIVIDADES QUE EXECUTA

4) AGENTES NOCIVOS

5) NO CASO DE EXPOSIÇÃO À AGENTE NOCIVO. A EMPRESA POSSUI LAUDO ? SIM NÃO5) INFORMAR SE ATIVIDADE EXERCIDA COM EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS OCORRE DE MODO HABITUAL E

PERMANENTE, NÃO OCASIONAL NEM INTERMITENTE.

7) CONCLUSÃO DO LAUDO

Esta empresa se responsabiliza, para todos os efeitos, pela verdade da presente declaração, ciente de que qualquer informação falsa importa em responsabilidade criminal nos termos do art. 299 do Código Penal estando sujeito também à penalidade prevista no art. 133 da Lei 8.213/91, quando não mantiver laudo técnico atualizado ou quando emitir este documento em desacordo com o laudo técnico pericial.CARIMBO DA EMPRESA, N° CGC OU MATR. NO IAPAS LOCAL, DATA E ASSINATURA DO RESPONSÁVEL, COM

IDENTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO.

DIRBEN – 8030INFORMAÇÕES SOBRE ATIVIDADES EXERCIDAS EM CONDIÇÕES ESPECIAIS

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

170

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ANEXO 02 – PPPANEXO XV

INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/DC Nº 99/03PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO – PPP

I SEÇÃO DE DADOS ADMINISTRATIVOS1- CNPJ do DomicílioTributário/CEI

2- Nome Empresarial 3- CNAE

4- Nome do Trabalhador 5- BR/PDH 6- NIT

7- Data do Nascimento 8- Sexo (F/M) 9- CTPS (Nº, Série e UF) 10- Data de Admissão 11- Regime

Revezamento

12 CAT REGISTRADA 12.1- Data do Registro 12.2- Número da CAT 12.1- Data do Registro 12.2- Número da CAT

13 LOTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO 13.1- Período 13.2- CNPJ/CEI 13.3- Setor 13.4- Cargo 13.5- Função 13.6- CBO 13.7- Cód. GFIP__/__/__a__/__/____/__/__a__/__/____/__/__a__/__/____/__/__a__/__/__14 PROFISSIOGRAFIA14.1- Período 14.2- Descrição das Atividades

__/__/__a__/__/__

__/__/__a__/__/__

__/__/__a__/__/__

__/__/__a__/__/__

II SEÇÃO DE REGISTROS AMBIENTAIS 15 EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCOS15.1- Período 15.2- Tipo 15.3- Fator

de Risco15.4- Intens./Conc.

15.5- Técnica Utilizada

15.6- EPCEficaz (S/N)

15.7- EPIEficaz (S/N)

15.8-CA EPI

__/__/__a__/__/____/__/__a__/__/____/__/__a__/__/____/__/__a__/__/__ 16 RESPONSÁVEL PELOS REGISTROS AMBIENTAIS16.1- Período 16.2- NIT 16.3- Registro Conselho de Classe 16.4- Nome do Profissional Legalmente Habilitado__/__/__a__/__/____/__/__a__/__/____/__/__a__/__/__

III SEÇÃO DE RESULTADOS DE MONITORAÇÃO BIOLÓGICAEngº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

171

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

17 EXAMES MÉDICOS CLÍNICOS E COMPLEMENTARES (Quadros I e II, da NR-07)17.1- Data 17.2- Tipo 17.3- Natureza 17.4- Exame (R/S) 17.5- Indicação de Resultados

__/__/__

( ) Normal ( ) Alterado( ) Estável( ) Agravamento( ) Ocupacional( ) Não Ocupacional

__/__/__

( ) Normal ( ) Alterado( ) Estável( ) Agravamento( ) Ocupacional( ) Não Ocupacional

__/__/__

( ) Normal ( ) Alterado( ) Estável( ) Agravamento( ) Ocupacional( ) Não Ocupacional

__/__/__

( ) Normal ( ) Alterado( ) Estável( ) Agravamento( ) Ocupacional( ) Não Ocupacional

18 RESPONSÁVEL PELA MONITORAÇÃO BILÓGICA18.1- Período 18.2- NIT 18.3- Registro Conselho de Classe 18.4- Nome do Profissional Legalmente Habilitado__/__/__a__/__/____/__/__a__/__/____/__/__a__/__/__

IV RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕESDeclaramos, para todos os fins de direito, que as informações prestadas neste documento são verídicas e foram transcritas fielmente dos registros administrativos, das demonstrações ambientais e dos programas médicos de responsabilidade da empresa. É de nosso conhecimento que a prestação de informações falsas neste documento constitui crime de falsificação de documento público, nos termos do art. 297 do Código Penal e, também, que tais informações são de caráter privativo do trabalhador, constituindo crime, nos termos da Lei nº 9.029/95, práticas discriminatórias decorrentes de sua exigibilidade por outrem, bem como de sua divulgação para terceiros, ressalvado quando exigida pelos órgãos públicos competentes.19- Data Emissão PPP 20 REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA

__/__/__

20.1- NIT 20.2- Nome

(Carimbo) ________________________________

(Assinatura)

OBSERVAÇÕESA seção III, campo 17 “SEÇÃO DE RESULTADOS DE MONITORAÇÃO BIOLÓGICA” não serão preenchidos conforme Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1.715 de 08/01/2004 – DOU 12/01/2004.

Entregue para:_________________________________

Data: ___/___/___

Assinatura: ___________________________________

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

172

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ANEXO 03 – INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

SEÇÃO I SEÇÃO DE DADOS ADMINISTRATIVOSCAMPO DESCRIÇÃO INSTRUÇÃO DE PREENCHIMENTO

1 CNPJ do Domicílio Tributário/CEI CNPJ relativo ao estabelecimento escolhido como domicílio tributário, nos termos do art. 127 do CTN, no formato XXXXXXXX/XXXX-XX; ou Matrícula no Cadastro Específico do INSS (Matrícula CEI) relativa à obra realizada por Contribuinte Individual ou ao estabelecimento escolhido como domicílio tributário que não possua CNPJ, no formato XX.XXX.XXXXX/XX, ambos compostos por caracteres numéricos.

2 Nome Empresarial Até 40 (quarenta) caracteres alfanuméricos.3 CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas da

empresa, completo, com 7 (sete) caracteres numéricos, no formato XXXXXX-X, instituído pelo IBGE através da Resolução CONCLA nº 07, de 16/12/2002. A tabela de códigos CNAE-Fiscal pode ser consultada na Internet, no site www.cnae.ibge.gov.br.

4 Nome do Trabalhador Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos.5 BR/PDH BR – Beneficiário Reabilitado; PDH – Portador de

Deficiência Habilitado; NA – Não Aplicável. Preencher com base no art. 93, da Lei nº 8.213, de 1991, que estabelece a obrigatoriedade do preenchimento dos cargos de empresas com 100 (cem) ou mais empregados com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:I - até 200 empregados...................................................2%;II - de 201 a 500.............................................................3%;III - de 501 a 000...........................................................4%;IV - de 1.001 em diante. ...............................................5%.

6 NIT Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) caracteres numéricos, no formato XXX.XXXXX.XX-X. O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, no caso de Contribuinte Individual (CI), pode ser utilizado o número de inscrição no Sistema Único de Saúde (SUS) ou na Previdência Social.

7 Data de Nascimento No formato DD/MM/AAAA.8 Sexo (F/M) F – Feminino; M – Masculino.9 CTPS (Nº, Série e UF) Número, com 7 (sete) caracteres numéricos, Série, com 5

(cinco) caracteres numéricos e UF, com 2 (dois) caracteres alfabéticos, da Carteira de Trabalho e Previdência Social.

10 Data de Admissão No formato DD/MM/AAAA.11 Regime de Revezamento Regime de Revezamento de trabalho, para trabalhos em

turnos ou escala, especificando tempo trabalhado e tempo de descanso, com até 15 (quinze) caracteres alfanuméricos. Exemplo: 24 x 72 horas; 14 x 21 dias; 2 x 1 meses. Se inexistente, preencher com NA – Não Aplicável.

12 CAT REGISTRADA Informações sobre as Comunicações de Acidente do Trabalho registradas pela empresa na Previdência Social, nos termos do art. 22 da Lei nº 8.213, de 1991, do art. 169

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

173

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

da CLT, do art. 336 do RPS, aprovado pelo Dec. nº 3.048, de 1999, do item 7.4.8, alínea “a” da NR-07 do MTE e dos itens 4.3.1 e 6.1.2 do Anexo 13-A da NR-15 do MTE, disciplinado pela Portaria MPAS nº 5.051, de 1999, que aprova o Manual de Instruções para Preenchimento da CAT.

12.1 Data do Registro No formato DD/MM/AAAA.12.2 Número da CAT Com 13 (treze) caracteres numéricos, com formato

XXXXXXXXXX-X/XX. Os dois últimos caracteres correspondem a um número seqüencial relativo ao mesmo acidente, identificado por NIT, CNPJ e data do acidente.

13 LOTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO Informações sobre o histórico de lotação e atribuições do trabalhador, por período. A alteração de qualquer um dos campos - 13.2 a 13.7 - implica, obrigatoriamente, a criação de nova linha, com discriminação do período, repetindo as informações que não foram alteradas.

13.1 Período Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser preenchida.

13.2 CNPJ/CEI Local onde efetivamente o trabalhador exerce suas atividades. Deverá ser informado o CNPJ do estabelecimento de lotação do trabalhador ou da empresa tomadora de serviços, no formato XXXXXXXX/XXXX-XX; ou Matrícula CEI da obra ou do estabelecimento que não possua CNPJ, no formato XX.XXX.XXXXX/XX, ambos compostos por caracteres numéricos.

13.3 Setor Lugar administrativo na estrutura organizacional da empresa, onde o trabalhador exerce suas atividades laborais, com até 15 (quinze) caracteres alfanuméricos.

13.4 Cargo Cargo do trabalhador, constante na CTPS, se empregado ou trabalhador avulso, ou constante no Recibo de Produção e Livro de Matrícula, se cooperado, com até 30 (trinta) caracteres alfanuméricos.

13.5 Função Lugar administrativo na estrutura organizacional da empresa, onde o trabalhador tenha atribuição de comando, chefia, coordenação, supervisão ou gerência. Quando inexistente a função, preencher com NA – Não Aplicável, com até 30 (trinta) caracteres alfanuméricos.

13.6 CBO Classificação Brasileira de Ocupação vigente à época, com 6 (seis) caracteres numéricos:

1- No caso de utilização da tabela CBO relativa a 1994, utilizar a CBO completa com 5 (cinco) caracteres, completando com “0” (zero) a primeira posição;

2- No caso de utilização da tabela CBO relativa a 2002, utilizar a CBO completa com 6 (seis) caracteres.

Alternativamente, pode ser utilizada a CBO, com 5 (cinco) caracteres numéricos, conforme Manual da GFIP para usuários do SEFIP, publicado por Instrução Normativa da Diretoria Colegiada do INSS:

1- No caso de utilização da tabela CBO relativa a 1994, utilizar a CBO completa com 5 (cinco) caracteres;

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

174

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

2- No caso de utilização da tabela CBO relativa a 2002, utilizar a família do CBO com 4 (quatro) caracteres, completando com “0” (zero) a primeira posição.

A tabela de CBO pode ser consultada na Internet, no site www.mtecbo.gov.br.OBS: Após a alteração da GFIP, somente será aceita a CBO completa, com 6 (seis) caracteres numéricos, conforme a nova tabela CBO relativa a 2002.

13.7 Código Ocorrência da GFIP Código Ocorrência da GFIP para o trabalhador, com 2 (dois) caracteres numéricos, conforme Manual da GFIP para usuários do SEFIP, publicado por Instrução Normativa da Diretoria Colegiada do INSS.

14 PROFISSIOGRAFIA Informações sobre a profissiografia do trabalhador, por período. A alteração do campo 14.2 implica, obrigatoriamente, a criação de nova linha, com discriminação do período.

14.1 Período Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser preenchida.

14.2 Descrição das Atividades Descrição das atividades, físicas ou mentais, realizadas pelo trabalhador, por força do poder de comando a que se submete, com até 400 (quatrocentos) caracteres alfanuméricos. As atividades deverão ser descritas com exatidão, e de forma sucinta, com a utilização de verbos no infinitivo impessoal.

SEÇÃO II SEÇÃO DE REGISTROS AMBIENTAIS15 EXPOSIÇÃO A FATORES DE

RISCOSInformações sobre a exposição do trabalhador a fatores de riscos ambientais, por período, ainda que estejam neutralizados, atenuados ou exista proteção eficaz. Facultativamente, também poderão ser indicados os fatores de riscos ergonômicos e mecânicos. A alteração de qualquer um dos campos - 15.2 a 15.8 - implica, obrigatoriamente, a criação de nova linha, com discriminação do período, repetindo as informações que não foram alteradas.OBS.: Após a implantação da migração dos dados do PPP em meio magnético pela Previdência Social, as informações relativas aos fatores de riscos ergonômicos e mecânicos passarão a ser obrigatórias.

15.1 Período Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser preenchida.

15.2 Tipo F – Físico; Q – Químico; B – Biológico; E – Ergonômico/Psicossocial, M – Mecânico/de Acidente, conforme classificação adotada pelo Ministério da Saúde, em “Doenças Relacionadas ao Trabalho: Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde”, de 2001.A indicação do Tipo “E” e “M” é facultativa. O que determina a associação de agentes é a superposição de períodos com fatores de risco diferentes.

15.3 Fator de Risco Descrição do fator de risco, com até 40 (quarenta) caracteres alfanuméricos. Em se tratando do Tipo “Q”, deverá ser informado o nome da substância ativa, não

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

175

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

sendo aceitas citações de nomes comerciais.15.4 Intensidade / Concentração Intensidade ou Concentração, dependendo do tipo de

agente, com até 15 (quinze) caracteres alfanuméricos. Caso o fator de risco não seja passível de mensuração, preencher com NA – Não Aplicável.

15.5 Técnica Utilizada Técnica utilizada para apuração do item 15.4, com até 40 (quarenta) caracteres alfanuméricos. Caso o fator de risco não seja passível de mensuração, preencher com NA – Não Aplicável.

15.6 EPC Eficaz (S/N) S – Sim; N – Não, considerando se houve ou não a eliminação ou a neutralização, com base no informado nos itens 15.2 a 15.5, assegurada as condições de funcionamento do EPC ao longo do tempo, conforme especificação técnica do fabricante e respectivo plano de manutenção.

15.7 EPI Eficaz (S/N) S – Sim; N – Não, considerando se houve ou não a atenuação, com base no informado nos itens 15.2 a 15.5, observado o disposto na NR-06 do MTE, assegurada a observância:

1- da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do MTE (medidas de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho e utilização de EPI, nesta ordem, admitindo-se a utilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade à implementação do EPC, ou ainda em caráter complementar ou emergencial);

2- das condições de funcionamento do EPI ao longo do tempo, conforme especificação técnica do fabricante ajustada às condições de campo;

3- do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE;

4- da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, devendo esta ser comprovada mediante recibo; e

5- dos meios de higienização.15.8 C.A. EPI Número do Certificado de Aprovação do MTE para o

Equipamento de Proteção Individual referido no campo 15.7, com 5 (cinco) caracteres numéricos. Caso não seja utilizado EPI, preencher com NA – Não Aplicável.

16 RESPONSÁVEL PELOS REGISTROS AMBIENTAIS

Informações sobre os responsáveis pelos registros ambientais, por período.

16.1 Período Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo sem alteração do responsável, a data de fim do último período não deverá ser preenchida.

16.2 NIT Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) caracteres numéricos, no formato XXX.XXXXX.XX-X. O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, no caso de Contribuinte Individual (CI), pode ser utilizado o número de inscrição no Sistema Único de Saúde (SUS) ou na Previdência Social.

16.3 Registro Conselho de Classe Número do registro profissional no Conselho de Classe,

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

176

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

com 9 (nove) caracteres alfanuméricos, no formato XXXXXX-X/XX ou XXXXXXX/XX. A parte “-X” corresponde à D – Definitivo ou P – Provisório. A parte “/XX” deve ser preenchida com a UF, com 2 (dois) caracteres alfabéticos. A parte numérica deverá ser completada com zeros à esquerda.

16.4 Nome do Profissional Legalmente Habilitado

Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos.

SEÇÃO III SEÇÃO DE RESULTADOS DE MONITORAÇÃO BIOLÓGICA17 EXAMES MÉDICOS CLÍNICOS E

COMPLEMENTARESInformações sobre os exames médicos obrigatórios, clínicos e complementares, realizados para o trabalhador, constantes nos Quadros I e II, da NR-07 do MTE.

17.1 Data No formato DD/MM/AAAA.17.2 Tipo A – Admissional; P – Periódico; R – Retorno ao Trabalho;

M – Mudança de Função; D – Demissional.17.3 Natureza Natureza do exame realizado, com até 50 (cinqüenta)

caracteres alfanuméricos. No caso dos exames relacionados no Quadro I da NR-07, do MTE, deverá ser especificada a análise realizada, além do material biológico coletado.

17.4 Exame (R/S) R – Referencial; S – Seqüencial.17.5 Indicação de Resultados Preencher Normal ou Alterado. Só deve ser preenchido

Estável ou Agravamento no caso de Alterado em exame Seqüencial. Só deve ser preenchido Ocupacional ou Não Ocupacional no caso de Agravamento. OBS: No caso de Natureza do Exame “Audiometria”, a alteração unilateral poderá ser classificada como ocupacional, apesar de a maioria das alterações ocupacionais serem constatadas bilateralmente.

18 RESPONSÁVEL PELA MONITORAÇÃO BIOLÓGICA

Informações sobre os responsáveis pela monitoração biológica, por período.

18.1 Período Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo sem alteração do responsável, a data de fim do último período não deverá ser preenchida.

18.2 NIT Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) caracteres numéricos, no formato XXX.XXXXX.XX-X. O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, no caso de Contribuinte Individual (CI), pode ser utilizado o número de inscrição no Sistema Único de Saúde (SUS) ou na Previdência Social.

18.3 Registro Conselho de Classe Número do registro profissional no Conselho de Classe, com 9 (nove) caracteres alfanuméricos, no formato XXXXXX-X/XX ou XXXXXXX/XX.A parte “-X” corresponde à D – Definitivo ou P – Provisório A parte “/XX” deve ser preenchida com a UF, com 2 (dois) caracteres alfabéticos.A parte numérica deverá ser completada com zeros à esquerda.

18.4 Nome do Profissional Legalmente Habilitado

Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos.

SEÇÃO IV RESPONSÁVEIS PELAS INFORMAÇÕES19 Data de Emissão do PPP Data em que o PPP é impresso e assinado pelos

responsáveis, no formato DD/MM/AAAA.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

177

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

20 REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA

Informações sobre o Representante Legal da empresa, com poderes específicos outorgados por procuração.

20.1 NIT Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) caracteres numéricos, no formato XXX.XXXXX.XX-X.O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, no caso de contribuinte individual (CI), pode ser utilizado o número de inscrição no Sistema Único de Saúde (SUS) ou na Previdência Social.

20.2 Nome Até 40 caracteres alfabéticos.Carimbo e Assinatura Carimbo da Empresa e Assinatura do Representante Legal.

OBSERVAÇÕESDevem ser incluídas neste campo, informações necessárias à análise do PPP, bem como facilitadoras do requerimento do benefício, como por exemplo, esclarecimento sobre alteração de razão social da empresa, no caso de sucessora ou indicador de empresa pertencente a grupo econômico.OBS: É facultada a inclusão de informações complementares ou adicionais ao PPP.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

178

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

MÓDULO VII

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

179

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

8. NR-5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA

DO OBJETIVO

5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a

prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível

permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do

trabalhador.

DA CONSTITUIÇÃO

5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as

empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta

e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras

instituições que admitam trabalhadores como empregados.

5.3 As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos

e às entidades que lhes tomem serviços, observadas as disposições estabelecidas em

Normas Regulamentadoras de setores econômicos específicos.

5.4 A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabelecimentos, deverá

garantir a integração das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de

harmonizar as políticas de segurança e saúde no trabalho.

5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através de

membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo de promover o

desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambiente e

instalações de uso coletivo, podendo contar com a participação da administração do

mesmo.

DA ORGANIZAÇÃO

5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo

com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações

disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

180

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles designados.

5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio

secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os

empregados interessados.

5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem

decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta

NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos de setores econômicos

específicos.

5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um

responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos

de participação dos empregados, através de negociação coletiva.

5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma

reeleição.

5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de

direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua

candidatura até um ano após o final de seu mandato.

5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas

atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento

sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469,

da CLT.

5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária

para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no

trabalho analisadas na CIPA.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

181

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os

representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.

5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no primeiro dia útil após

o término do mandato anterior.

5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu

substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a

concordância do empregador.

5.14 Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez dias, na

unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de eleição e de posse e

o calendário anual das reuniões ordinárias.

5.15 Protocolizada na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, a

CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá ser

desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja

redução do número de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das

atividades do estabelecimento.

DAS ATRIBUIÇÕES

5.16 A CIPA terá por atribuição:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a

participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde

houver;

b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de

problemas de segurança e saúde no trabalho;

c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção

necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

182

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho

visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e

saúde dos trabalhadores;

e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu

plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;

f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;

g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo

empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de

trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;

h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina

ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos

trabalhadores;

i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros

programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;

j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como

cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e

saúde no trabalho;

l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da

análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução

dos problemas identificados;

m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham

interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

183

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana

Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;

p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção

da AIDS.

5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao

desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas

constantes do plano de trabalho.

5.18 Cabe aos empregados:

a. participar da eleição de seus representantes;

b. colaborar com a gestão da CIPA;

c. indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar

sugestões para melhoria das condições de trabalho;

d. observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto a prevenção de

acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:

a. convocar os membros para as reuniões da CIPA;

b. coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando

houver, as decisões da comissão;

c. manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;

d. coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;

e. delegar atribuições ao Vice-Presidente;

5.20 Cabe ao Vice-Presidente:

a. executar atribuições que lhe forem delegadas;

b. substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos

temporários;

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

184

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes

atribuições:

a. cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento

de seus trabalhos;

b. coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos

propostos sejam alcançados;

c. delegar atribuições aos membros da CIPA;

d. promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;

e. divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;

f. encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;

g. constituir a comissão eleitoral.

5.22 O Secretário da CIPA terá por atribuição:

a. acompanhar as reuniões da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para aprovação e

assinatura dos membros presentes;

b. preparar as correspondências; e

c. outras que lhe forem conferidas.

DO FUNCIONAMENTO

5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido.

5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da

empresa e em local apropriado.

5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de

cópias para todos os membros.

5.26 As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do Trabalho

- AIT.

5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

185

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de

medidas corretivas de emergência;

b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;

c) houver solicitação expressa de uma das representações.

5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.

5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com

mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da reunião.

5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento

justificado.

5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião

ordinária, quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os

encaminhamentos necessários.

5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a

mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.

5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente,

obedecida à ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição, devendo o

empregador comunicar à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego as

alterações e justificar os motivos.

5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto,

em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.

5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da

representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois dias

úteis.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

186

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

DO TREINAMENTO

5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e

suplentes, antes da posse.

5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de

trinta dias, contados a partir da data da posse.

5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente

treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.

5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:

a. estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do

processo produtivo;

b. metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;

c. noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos

existentes na empresa;

d. noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e medidas de

prevenção;

e. noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde

no trabalho;

f. princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;

g. organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da

Comissão.

5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas

diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa.

5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal,

entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre aos temas

ministrados.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

187

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade

ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à empresa

escolher a entidade ou profissional que ministrará o treinamento.

5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao

treinamento, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, determinará

a complementação ou a realização de outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta

dias, contados da data de ciência da empresa sobre a decisão.

DO PROCESSO ELEITORAL

5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos

empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato

em curso.

5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao

sindicato da categoria profissional.

5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo

mínimo de 55 (cinqüenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão

Eleitoral - CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo

eleitoral.

5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída

pela empresa.

5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:

a. publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo

mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso;

b. inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de

quinze dias;

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

188

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

c. liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,

independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de

comprovante;

d. garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;

e. realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do

mandato da CIPA, quando houver;

f. realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e

em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados.

g. voto secreto;

h. apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de

representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela

comissão eleitoral;

i. faculdade de eleição por meios eletrônicos;

j. guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um

período mínimo de cinco anos.

5.41 Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na votação, não

haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação que

ocorrerá no prazo máximo de dez dias.

5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade

descentralizada do MTE, até trinta dias após a data da posse dos novos membros da CIPA.

5.42.1 Compete a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego,

confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou proceder a

anulação quando for o caso.

5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco dias, a

contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

189

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará assegurada a

prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a complementação do processo

eleitoral.

5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados.

5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no

estabelecimento.

5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e apuração,

em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso de vacância de

suplentes.

DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS

5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-se

estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus empregados

estiverem exercendo suas atividades.

5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA

ou designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das contratadas ou com

os designados, definir mecanismos de integração e de participação de todos os

trabalhadores em relação às decisões das CIPA existentes no estabelecimento.

5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, deverão

implementar, de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças do

trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo nível de proteção em

matéria de segurança e saúde a todos os trabalhadores do estabelecimento.

5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas contratadas,

suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele estabelecimento

recebam as informações sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem como

sobre as medidas de proteção adequadas.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

190

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o

cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das medidas

de segurança e saúde no trabalho.

DISPOSIÇÕES FINAIS

5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de portaria

específica.

ANEXO 01 – METODOLOGIAS DE IMPLANTAÇÃO DA CIPA

DE :

PARA:

REF. :

DATA:

C O M U N I C A D O

De acordo com a Norma Regulamentadora NR-5, aprovada pela

Portaria 3.214, de 08.06.78, baixada pelo Ministério do Trabalho, convidamos todos os

empregados da __________________________________, que estão interessados em

participar como candidatos a eleição da CIPA - Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes do Trabalho, gestão 2.001/2.002, a se inscreverem junto ao setor de Segurança

do Trabalho - SESMT, até o dia ______________________.

ASSINATURA Data ___/___/___

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

191

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

DE :

PARA:

REF. : EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ELEIÇÃO DA CIPA

De acordo com a Norma Regulamentadora NR-5, aprovada pela Portaria n°

3.214, de 08.06.78, baixada pelo Ministério do Trabalho, convidamos a todos os

empregados da _________________________________, para a eleição dos Membros da

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalhado, representantes dos

Empregados, que será realizada no dia _____________, na empresa.

Abaixo segue a relação dos candidatos que se apresentaram e que

serão votados.

• Nomes completos Setores

Sem mais,

Atenciosamente

ASSINATURA

ATA DE ELEIÇÃO DOS REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS DA CIPA –

Empresa______________________________________.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

192

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

=================================================================

Ao ___________________________________ de Dois mil e dois, com a presença dos

senhores _______________________________________________________________

_________________________________________________________________________

________________________________, instalou-se a urna receptora e apuradora dos votos.

O senhor presidente da mesa, declarou iniciados os trabalhos de eleição às _________

horas às ________horas, ___________horas às _________horas e _________horas às

_________horas do dia seguinte, encerraram-se os trabalhos de eleição, verificando-se que

votaram ____________funcionários e ________funcionários encontravam-se de férias ou

atestado.

Durante a votação não se verificaram quaisquer ocorrências.

Após a apuração, chegou-se aos seguintes resultados:

TITULARES VOTOS12345SUPLENTES VOTOS1

2

3

4

5

Após a classificação dos representantes dos empregados por ordem de votação, dos titulares

e suplentes, esses representantes elegeram o Sr. _____________________ a Vice-

presidência da CIPA .

A seguir, a relação e número de votos dos candidatos suplentes que assumirão em

caso de vacância dos titulares e 1° suplentes da CIPA – gestão 2001/2002.

Votados em ordem decrescente de votos:

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

193

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

CANDITADOS VOTO

1

2

3

4

5

E, para constar, mandou o Sr. Presidente da Mesa fosse lavrada a presente ata, que será por

mim assinada, pelos membros da mesa e pelos eleitos, titulares e suplentes.

Membros eleitos CIPA 2002/2003

TITULARES SUPLENTES

____________________________ ___________________________

____________________________ ___________________________

____________________________ ___________________________

____________________________ ___________________________

Data _____________________________.

Técnico de Segurança Técnico de Segurança Presidente de Mesa Secretário

ATA DE INSTALAÇÃO E POSSE DA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO

DE ACIDENTES DO TRABALHADO –

Empresa________________________________

===============================================================

Ao ______________________________de Dois mil e dois, na Sala de Reuniões da

_____________________., nesta cidade, presentes os Srs. Gerentes da empresa, bem como Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

194

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

os demais presentes conforme folha de presenças, reuniram-se para a instalação e a posse

da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalhado, conforme o estabelecido

pela Portaria 3.214 de 08.06.78, NR-5. O Sr. _____________________, Presidente da

sessão, convidou o Secretário da mesma, o Sr. ________________________, para fazer

parte da mesa, declarando aberto os trabalhos, lembrando a todos os objetivos da reunião,

quais sejam: Instalação e Posse dos componentes da CIPA. Isto posto, declarou instalada a

comissão e empossados os representantes do Empregador:

TITULARES: SUPLENTES:

Da mesma forma, declarou empossados os representantes eleitos pelos Empregados:

TITULARES: SUPLENTES:

A seguir, foi designado para Presidente da CIPA o Sr. ________________________, tendo

sido escolhido entre os representantes dos Empregados o Sr.

_____________________________para ocupar a Vice-presidência.

Nada mais havendo para tratar, o Sr. Presidente da sessão deu por encerrada a mesma,

lembrando a todos que o período da gestão da Comissão ora instalada será de 01 ano a

contar da presente data. Para constar, lavrou-se a presente ata, que lida e aprovada, vai

assinada por mim, Secretário, pelo Presidente da sessão, por todos os representantes eleitos

ou designados, inclusive os suplentes.

Presidente de Mesa Secretário

TITULARES DO EMPREGADOR:______________________________ ______________________________

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

195

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

______________________________ ______________________________

______________________________ ______________________________

SUPLENTES DO EMPREGADOR:______________________________ ______________________________

______________________________ ______________________________

______________________________ ______________________________

TITULARES DOS EMPREGADOS:_______________________________ _______________________________

_______________________________ _______________________________

______________________________ ______________________________

SUPLENTES DOS EMPREGADOS:_______________________________ _______________________________

_______________________________ _______________________________

_______________________________ _______________________________Relação e assinaturas dos funcionários presentes na Reunião de Instalação e Posse da CIPA _______________________________________, na sala de reuniões - _________.

________________________________________________________________________________________________________________________________________

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

196

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Calendário Anual das reuniões Ordinárias da CIPA _________________________ - gestão 2002/2003.=================================================================

Horário: ______hs

Local: ___________________________________

Ano 2002

MESES DIA DO MÊS DIA DA SEMANA

JUNHO

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

197

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

Ano 2003

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

MAIO

Ilmo Sr.Sub Delegado Regional do TrabalhoD. R. T. - Lajeado - RS

Prezado Senhor:

Procurando atender as exigências legais contidas na Lei 6.514, Portaria 3.214 de 08.06.78, NR-5, referente a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalhado - CIPA, estamos encaminhando à V. Sª., documentação referente a composição dos membros da CIPA, bem como anexando cópias das Atas de Eleição , Instalação e Posse e o Calendário Anual das Reuniões Ordinárias da CIPA da _______________________________ - Gestão 2002/2003, localizada à rua

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

198

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

_____________________________, bairro ____________________, Cidade ________________/RS.

O código da atividade principal é _________________ - ___________________________________________________________________.

Nestes Termos.

Pedimos Deferimento.

Lajeado/RS, _____________________________.

CIPA - ______________________ - gestão 2002/2003

Presidente: ___________________________Secretário: __________________________

REPRESENTANTES DO EMPREGADOR

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

199

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

TITULARES SUPLENTES

REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS

TITULARES SUPLENTES

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

200

ANEXO 02 - Mapa de RiscosPRODUÇÃO – ESTEIRA 1

N.º de funcionários: ______ Sexo: Masculino e Feminino Jornada diária: __hs e ___ min

Riscos Grande MÉDIO Pequeno

Físicos

QUÍMICOS

BIOLÓGICOS

ERGONÔMICOS

MECÂNICOS

Ruído e calor

Controle rígido de produtividade

Arranjo Físico Deficiente

Solventes

Armazenamento

Monotonia

EPI’s Utilizados

Proteção Coletiva

Máquinas Ferramentas Utilizadas Atividades Exercidas

CIPAGestão 02/03

Presidente:

__________________________

Vice Presidente:

__________________________

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

ANEXO 03 - EXERCÍCIO DE CIPA

1. Complete as lacunas

1.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA - tem como objetivo a

_____________________________________________, de modo a tornar compatível

permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do

trabalhador.

1.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento,

as_______________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

_________________________, bem como outras instituições que admitam trabalhadores

como empregados.

1.3 A CIPA será composta de ___________________________________________, de

acordo com o dimensionamento previsto no Quadro _____ desta NR, ressalvadas as

alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.

1.4 Os representantes dos empregados, ________________________, serão eleitos em

escrutínio ________________, do qual participem, independentemente de filiação sindical,

exclusivamente os empregados interessados.

1.5 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem

___________________ de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no

Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos de setores

econômicos específicos.

1.6 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um

___________________________________________ desta NR, podendo ser adotados

mecanismos de participação dos empregados, através de negociação coletiva.

1.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de ________, permitida ____

reeleição.

1.8 É vedada a dispensa _________________________ causa do empregado eleito para

cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua

candidatura até um ano após o final de seu mandato.

1.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000

Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

202

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

atividades _________________________, sendo vedada a transferência para outro

estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e

segundo do artigo 469, da CLT.

1.10 O empregador designará entre seus representantes o _____________ da CIPA, e os

representantes dos empregados escolherão entre os titulares o ____________________.

2. MARQUE VERDADEIRO (V) OU FALSO (F):

2.1 ( ) Os membros da CIPA, eleitos e designados, serão empossados no décimo dia útil

após o término do mandato anterior.

2.2 ( ) Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu

substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a

concordância do empregador;

2.3 ( ) Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até quinze

dias, na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de eleição e de

posse e o calendário anual das reuniões ordinárias.

2.4 ( ) 5.15 Protocolizada na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e

Emprego, a CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não

poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros,

ainda que haja redução do número de empregados da empresa, exceto no caso de

encerramento das atividades do estabelecimento.

2.5 ( ) A CIPA terá reuniões ordinárias bimensais, de acordo com o calendário

preestabelecido e as reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente

normal da empresa e em local apropriado.

2.6 ( ) As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de

cópias para todos os membros.

2.7 ( ) Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:

a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de

medidas corretivas de emergência;

b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;

c) houver solicitação expressa de uma das representações.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000

Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

203

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

2.8 ( ) As decisões da CIPA serão preferencialmente por unanimidade.

2.9 ( ) Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com

mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da reunião.

2.10 ( ) O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando

faltar a mais de cinco reuniões ordinárias sem justificativa.

2.11 ( ) A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por

suplente, obedecida à ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição, devendo

o empregador comunicar à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego

as alterações e justificar os motivos.

2.12 ( ) No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da

representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em cinco dias

úteis.

2.13 ( ) A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e

suplentes, após da posse.

2.14 ( ) O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de

trinta dias, contados a partir da data da posse.

2.15 ( ) As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente

treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.

2.16 ( ) O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal,

entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre aos temas

ministrados.

2.17 ( ) A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à

entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à

empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o treinamento.

2.18 ( ) Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos

empregados na CIPA, no prazo mínimo de 70 (setenta) dias antes do término do mandato

em curso.

2.19 ( ) A empresa não necessita comunicar o início do processo eleitoral ao sindicato da

categoria profissional.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000

Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

204

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

2.20 ( ) A apuração dos votos deverá ser em horário normal de trabalho, com

acompanhamento de representante do empregador e dos empregados, em número a ser

definido pela comissão eleitoral;

2.21 ( ) Deve-se guardar todos os documentos relativos à eleição, por um período

mínimo de seis anos.

2.22 ( ) Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na votação,

não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação que

ocorrerá no prazo máximo de dez dias.

2.23 ( ) Compete a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego,

confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou proceder a

anulação quando for o caso. Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no

prazo de dez dias, a contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.

2.24 ( ) Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais

votados. Em caso de empate, assumirá aquele que tiver menor tempo de serviço no

estabelecimento.

2.25 ( ) Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e

apuração, em ordem crescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso de

vacância de suplentes.

2.26 ( ) Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a

CIPA ou designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das contratadas ou

com os designados, definir mecanismos de integração e de participação de todos os

trabalhadores em relação às decisões das CIPA existentes no estabelecimento.

2.27 ( ) A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o

cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das medidas

de segurança e saúde no trabalho.

2.28 Marque as atribuições da CIPA:

( ) Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a

participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;

( ) Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas

de segurança e saúde no trabalho;

( ) Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevençãoEngº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

205

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;

( ) Realizar, anualmente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a

identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos

trabalhadores;

( ) Realizar, diariamente, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de

trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;

( ) Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou

setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;

( ) Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros

programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;

( ) Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise

das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas

identificados;

( ) Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de

Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;

( ) Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da

AIDS.

2.29 ( ) Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao

desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas

constantes do plano de trabalho.

2.30 Cabe aos empregados:

( ) Participar eventualmente da eleição de seus representantes;

( ) Colaborar com a gestão da CIPA;( ) Indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho;

( ) Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000

Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

206

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

MÓDULOVIII

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000

Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

207

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

9. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

A LEGISLAÇÃO VIGENTELEI Nº 6.514, de 22/12/77 (que altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das

Leis do Trabalho – CLT)

Capítulo V – Da segurança e da medicina do trabalho

Seção XIII – Das atividades insalubres ou perigosas

Artigo nº 189 – Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que,

por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes

nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da

intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Artigo nº 190 – O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e

operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade,

os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de

exposição do empregado a esses agentes. PORTARIA Nº 3.214/78

Artigo nº 191 – A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:I – com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;

II – Com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador que diminuam a intensidade do agente agressiva a limites de tolerância.

Artigo nº 192 – O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites

de tolerância estabelecidos pelo Mtb. assegura a percepção de adicional respectivamente de

40%, 20% e 10% do salário mínimo da região, segundo se classifiquem os graus máximo,

médio e mínimo.

Artigo nº 193 – São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da

regulamentação aprovada pelo Mtb., aquelas que por sua natureza ou métodos de trabalho,

impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco

acentuado. § 1º O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações lucros da empresa.

§ 2º O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja

devido.

PORTARIA Nº 3.214/78Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

208

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Aprova as Normas Regulamentadoras – NR´s – do Capítulo V, Título II, da

Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.

NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

Os fatores determinantes e caracterizadores de condições de trabalho insalubres,

podem ser agentes físicos, químicos e biológicos.

AGENTES FÍSICOS

ANEXO Nº 1 – RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTEDe acordo como Anexo Nº1, da NR-15, caracterizam-se como insalubre, em grau médio, as atividades laborais desenvolvidas

sob níveis de ruído superiores aos limites de tolerância, sem o uso de proteção adequada, caracterizarão insalubridade em grau médio.

ANEXO Nº 2 – RUÍDO DE IMPACTO

As atividades ou operações que exponham os trabalhadores sem proteção

adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 130 dB (Linear) e circuito de

resposta para impacto, ou 120 dB (C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST)

e circuito de compensação “C”, caracterizarão insalubridade em grau médio.

ANEXO Nº 3 – CALORAs atividades ou operações que exponham os trabalhadores, a fontes geradoras de

calor mais elevado que os Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de

trabalho intermitente ou contínuo, em ambiente interno ou externo, classificam-se como

insalubres em grau médio.

IBUTG – Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo

Ambiente interno ou externo sem carga solar:

IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tgAmbiente externo com carga solar:

IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tgTbn -> temperatura de bulbo úmido natural

Tg -> temperatura de globo

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000

Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

209

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Tbs -> temperatura de bulbo seco

Há limites de tolerância para exposição a calor com descanso no próprio local de serviço –

Quadro nº 1 e com descanso em outro local – Quadro nº 2.

ANEXO Nº 4 – ILUMINAMENTO (Revogado pela Portaria n° 3.751, de 23/11/1990)

ANEXO Nº 5 – RADIAÇÕES IONIZANTESNas atividades ou operações onde trabalhadores ficam expostos a radiações

ionizantes os limites de tolerância são os constantes da Resolução – CNEN – 06/73:

NORMAS BÁSICAS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA. Insalubridade em grau máximo.

Raios gama, x e beta.

ANEXO Nº 6 – TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIEPERBÁRICASEste Anexo trata dos trabalhos sob ar comprimido e dos trabalhos submersos.

Trabalhos sob ar comprimido -> São os efetuados em ambientes onde o trabalhador é

obrigado a suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se exige cuidadosa

descompressão, de acordo com as tabelas. Insalubridade em grau máximo.

Trabalhos submersos.

ANEXO Nº 7 – RADIAÇÔES NÃO IONIZANTESAs operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não

ionizantes, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres, em decorrência de

laudo de inspeção realizada no local de trabalho. Insalubridade em grau médio.

Radiações de microondas, ultravioletas e laser.

As radiações da luz negra – ultravioletas na faixa de 400 a 300 nanômetros – não

são consideradas insalubres.

ANEXO Nº 8 – VIBRAÇÕESEngº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

210

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem a proteção

adequada, às vibrações localizadas ou de corpo inteiro, serão caracterizadas como

insalubres, através de perícia realizada no local de trabalho. Insalubridade em grau médio.

ANEXO Nº 9 – FRIO

O Anexo Nº 9, da NR-15, classifica “As atividades ou operações executadas no

interior de câmaras frigoríficas, ou em locais eu apresentem condições similares, que

exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão considerados insalubres

em grau médio, em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho”. O

parâmetro normalmente utilizado é de temperaturas inferiores a 10°C, serem classificadas

como frio. Porém a ACGIH, estabelece outros parâmetros, como de 4°C, abaixo do qual o

trabalhador deve ser protegido no corpo inteiro.

ANEXO Nº 10 – UMIDADE

O Anexo Nº 10, da NR-15, classifica “As atividades ou operações executadas em

locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde

dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em grau médio, em decorrência de laudo

de inspeção realizado no local de trabalho”.

AGENTES QUÍMICOS

ANEXO Nº 11 – AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É

CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL

DE TRABALHO

Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes

químicos, a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites

de tolerância constantes no quadro Nº1 da legislação. Insalubridade em graus, mínimo,

médio e máximo. (Observar colunas “Valor teto” e Absorção também p/pele”)

ANEXO Nº 12 – POEIRAS MINERAISEngº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

211

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

Aplica-se a todas e quaisquer atividades nas quais os trabalhadores estão expostos a

Asbestos, Manganês e seus Compostos e Sílica Livre Cristalizada, no exercício do trabalho.

Considera-se como insalubre, em grau máximo, a exposição a esses agentes, a

concentrações superiores aos limites de tolerância, fixados.

ANEXO Nº 13 – AGENTES QUÍMICOS (de avaliação qualitativa)

Atividades e operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em

decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Insalubridade em graus, mínimo,

médio e máximo de acordo com o agente e atividade executada.

Excluem-se desta relação as atividades ou operações com os agentes químicos

constantes dos Anexos 11 e 12.

AGENTES BIOLÓGICOS

ANEXO Nº 14 – AGENTES BIOLÓGICOS

Atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela

avaliação qualitativa. Porém, sempre requer a exposição ou contato permanente com os

agentes ou condições potencialmente nocivas, relacionadas neste Anexo. Insalubridade em

graus, médio e máximo de acordo com o agente e atividade executada.

AGENTES GERADORES DE INSALUBRIDADE CUJA AVALIAÇÃO

DEVE SER NECESSARIAMENTE QUANTITATIVA

- RUÍDO (Anexos 1 e 2)

- CALOR (Anexo 3)

- RADIAÇÕES IONIZANTES (Anexo 5)

- PRESSÕES HIPERBÁRICAS (Anexo 6)

- VIBRAÇÕES (Anexo 8)

- FRIO (Anexo 9)

- AGENTES QUÍMICOS (Anexo 11)

- POEIRAS MINERAIS (Anexo 12)

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000

Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

212

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

AGENTES GERADORES DE INSALUBRIDADE CUJA AVALIAÇÃO É

QUALITATIVA

- RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES (Anexo 7)

-UMIDADE (Anexo 10)

- AGENTES QUÍMICOS (Anexo 13)

AGENTES BIOLÓGICOS (Anexo 14)

AGENTES ERGONÔMICOS

NR-17 – ERGONOMIA

Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que permitam a

adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores,

de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

ILUMINAMENTO – Os níveis de iluminamento mínimos requeridos em cada área

de trabalho, conforme previsto pela NR-17, refere-se às condições ergonômicas dos postos

de trabalho, não mais caracterizando-se como condição insalubres. Os parâmetros mínimos

de iluminamento para cada tipo de atividade, são dados pela NBR-5.413, da ABNT.

9.1 PERICULOSIDADE

NR 16 – ATIVIDADE E OPERAÇÕES PERIGOSAS

Anexo 1 – Atividades e operações perigosas com explosivos

Anexo 2 – Atividades e operações perigosas com inflamáveis

De acordo com a Portaria Nº 3.214/78 e o disposto na NR-16 – Norma

Regulamentadora Nº 16, que define as condições de trabalho periculosos, podem ser os

inflamáveis e os explosivos.

DECRETO Nº 93.412/86 E ANEXO – Trabalhos no setor de energia elétrica

O Decreto Nº 93.412/86, regulamenta a Lei 7.369/85, que institui o adicional de

periculosidade, para trabalhadores expostos a riscos de energia elétrica, no desempenho de

atividades relacionadas no Quadro de Atividades / Áreas de Risco, anexo ao Decreto.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000

Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

213

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

PORTARIA Nº 3.393/87 – Atividades e operações perigosas com radiações ionizantes ou

substâncias radioativas (Atividades / áreas de risco)

A Portaria não apresenta sustentação legal devido ao artigo 193 da CLT e confronta o

Anexo 5 da NR-15, pois um mesmo agente não pode ser considerado como insalubre e

periculoso ao mesmo tempo.

Exceção: Lei Regulamentada de Técnicos de Radiologia com adicional de periculosidade e

risco de vida de 40%.

Lei Nº 6.514/77, Capítulo V – DA SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – Seção XIII – das atividades insalubres ou perigosas.

ARTIGO 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da

regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou

métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos, em

condições de risco acentuado.

§ 1º O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de

30% sobre salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações

nos lucros das empresas.

§ 2º O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja

devido.

NR-16 - Atividades e Operações Perigosas

Obs.: No quadro de atividades, letra j foi alterada pela Portaria 545 de 10/07/2000.

NR-20 – Líquidos combustíveis e inflamáveis

20.1.1 LÍQUIDO COMBUSTÍVEL – é aquele que possua ponto de fulgor igual ou

superior a 70°C e inferior a 93°C.

20.2.1 LÍQUIDO INFLAMÁVEL – é aquele que possua ponto de fulgor inferior a 70°C e

pressão de vapor que não exceda 2,8 kg/cm², absoluta, a 37,7 °C.

20.2.13 O armazenamento de líquidos inflamáveis dentro do edifício só poderá ser

feito com recipientes cuja capacidade máxima seja de 250 litros por recipiente.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000

Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

214

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

20.3.1 GASES LIQUEFEITOS DE PETRÓLEO – é o produto constituído, predominantemente pelo hidrocarboneto propano, propeno, butano e buteno.

NB 98 – ARMAZENAMENTO E MANUSEIO DE LÌQUIDOS

INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS

LÍQUIDO COMBUSTÍVEL – é aquele que possua ponto de fulgor igual ou

superior a 60°C e inferior a 93,3°C.

LÍQUIDO INFLAMÁVEL – é aquele que possua ponto de fulgor inferior a 60°C e

pressão de vapor que não exceda 2,8kg/cm², absoluta, a 37,7°C.

LOCAL DE RISCO – áreas nas quais poderá haver risco decorrente da liberação

normal ou anormal de líquidos inflamáveis, vapores ou gases inflamáveis.

PONTO DE FULGOR – de um líquido, é a menor temperatura na qual o mesmo

libera uma quantidade de vapor suficiente para formar uma mistura inflamável com o ar,

perto da superfície do líquido ou dentro do recipiente usado, de acordo com o procedimento

de teste e a aparelhagem especificada abaixo. O ponto de fulgor dos líquidos que possuem

ponto de fulgor igual ou inferior a 79°C, exceto os óleos combustíveis e certos materiais

viscosos, é determinado de acordo com o Método Brasileiro MB-42, da ABNT-IBP,

“Determinação do ponto de fulgor aparelho TAG – fechado”.

PRESSÃO DE VAPOR – é a pressão exercida pelos vapores de um líquido em

equilíbrio dentro de um vaso fechado, à temperatura de 37,7°C. A pressão de vapor está

relacionada com a capacidade dos líquidos passarem à atmosfera na forma de vapor.

QUAIS AS CONDIÇÕES EM QUE OS INFLAMÁVEIS SÃO ENQUADRÁVEIS

COMO GERADORES DE CONDIÇÃO DE TRABALHO PERICULOSO?

- Existência de risco acentuado no ambiente de trabalho

- Contato ou exposição permanente

CONDIÇÕES DE RISCO ACENTUADO

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO FOGO – Triângulo do fogo

COMBUSTÍVEL – sólido, líquido ou gasoso

COMBURENTE – oxigênio – mistura gasosa que contém o oxidante em concentração

suficiente para que em seu meio se desenvolva a reação de combustão. O ar contém 215 de

O2.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

215

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

CALOR/IGNIÇÃO

CONDIÇÕES BÁSICAS OU PROPÍCIAS PARA COMBUSTÃOSomente quando o combustível se apresentar sob a forma de vapor (ou gás), ele

poderá, normalmente, entrar em ignição. Se esse combustível estiver no estado sólido ou

líquido, haverá necessidade de que seja aquecido, para que comece a liberar vapores ou

gases.

Quanto ao oxigênio, ele deverá estar presente no ambiente, em porcentagens

adequadas.

Para cada combustível haverá a necessidade da presença de uma porcentagem

mínima de oxigênio, a partir da qual a mistura poderá entrar em combustão.

RELAÇÃO EM CADEIA – energia necessária para manter a combustão –

Tetraedro do fogo.

TIPOS DE COMBUSTÃO- Lenta – oxidação (ferro)

- Simples – queima de sólidos (madeira, algodão, papel).

- Deflagração – velocidade superior a 1m/s e inferior a 400m/s, com elevação da

pressão de até dez vezes (pólvora, misturas de pós combustíveis e vapores de líquidos

inflamáveis).

- Detonação – velocidade de propagação > 400m/s e pressão até 100 vezes maior

(explosivos industriais, nitroglicerina e gases de vapores confinados).

- Explosão – surgimento de ondas de pressão de efeitos destrutivos, quando o

ambiente onde ocorre, não pode suportar a pressão gerada.

LIMITE DE INFLAMABILIDADE OU EXPLOSIVIDADE

São concentrações de vapor ou gás no ar, abaixo ou acima das quais a propagação

da chama não ocorre, quando em presença de fonte de ignição. O limite inferior é a

concentração mínima, abaixo da qual a mistura é pobre e o superior é a concentração

máxima acima da qual a mistura é rica.

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000

Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

216

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

CONTATO OU EXPOSIÇÃO PERMANENTEConceito de exposição permanente, vinculado às atribuições da função/cargo e fazer

parte da rotina de trabalho.

Portaria Nº 3.311 de 29/11/89 – Instrução para elaboração de laudo de insalubridade

e periculosidade.

PORTARIA Nº 3.311/89

A Portaria Nº3.311, de 29/11/89, que “Estabelece os princípios norteadores de

desenvolvimento do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho e dá outras providências”.

INSTRUÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE LAUDO DE INSALUBRIDADE E

PERICULOSIDADE

Item 4 – Análise Qualitativa:

4.4 – do tempo de exposição ao risco – a análise do tempo de exposição traduz a

quantidade de exposições em tempo (horas, minutos, segundos) a determinado risco

operacional sem proteção, multiplicado pelo número de vezes que esta exposição ocorre ao

longo da jornada de trabalho. Assim, se o trabalhador ficar exposto durante 5 minutos, por

exemplo, a vapores de amônia, e esta exposição se repete por 5 ou 6 vezes durante a

jornada de trabalho, então seu tempo de exposição é de 25 a 30 min/dia, o que traduz a

eventualidade do fenômeno. Se, no entanto, ele se expõe ao mesmo agente durante 20

minutos e o ciclo se repete por 15 a 20 vezes, passa a contar com 300 a 400 min/dia de

trabalho, o que caracteriza uma situação de intermitência. Se, ainda, a exposição se

processa durante quase todo ou todo o dia de trabalho, sem interrupção, diz-se que a

exposição é de natureza contínua.

EXPLOSIVOS:

Caracterização da periculosidade:

Lei Nº 6.514/77, Capítulo V – DA SEGURANÇA E MEDICINA DO

TRABALHO – Seção XIII – das atividades insalubres ou perigosas.

ARTIGO 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da

regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000

Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

217

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos, em

condições de risco acentuado.

§ 1º O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um

adicional de 30% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios

ou participações nos lucros das empresas.

§ 2º O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que

porventura lhe seja devido.

ARTIGO 195 – A caracterização e a classificação da insalubridade e da

periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a

cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do

Trabalho.

§ 1º É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais

interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em

estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as

atividades insalubres ou perigosas.

§ 2º Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por

Sindicato em favor de grupo de associados, o Juiz designará perito habilitado na forma

deste artigo, e onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do MTb.

ARTIGO 197 – os materiais e substâncias empregados, manipulados ou

transportados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter

no rótulo sua composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo

correspondente, segundo a padronização internacional.

NR-16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS 16.1 São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos

números 1 e 2 desta Norma Regulamentadora – (NR);

16.5 Para fins desta Norma Regulamentadora (NR) são consideradas atividades

operações perigosas as executadas com explosivos sujeitos à:

a) Degradação química ou autocatalítica

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000

Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

218

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

b) Ação de agentes exteriores, tais como calor, umidade, faíscas, fenômenos sísmicos,

choque e atritos.

ANEXO Nº 1 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM

EXPLOSIVOS

Item 1 – define as atividades e operações periculosas e quais trabalhadores estão

incluídos na condição de risco (Quadro Nº 1).

Item 2 – atribui adicional de 30% sobre o salário como indenização prévia ao risco

potencial a que se expõe o trabalhador nessa condição.

Item 3 – São consideradas áreas de risco:

a) nos locais de armazenagem de pólvoras químicas, artifícios pirotécnicos e produtos

químicos usados na fabricação de misturas explosivas ou de fogos de artifício, a

área compreendida no Quadro nº 2.

b) Locais de armazenagem de explosivos iniciadores, a área compreendida no Quadro

nº 3.

c) Nos locais de armazenagem de explosivos de ruptura e pólvoras mecânicas (Pólvora

negra e chocolate ou parda), área de operação compreendida no Quadro 4.

d) Quando se tratar de depósitos barricados ou entrincheirados, para o efeito da

delimitação de área de risco, as distâncias previstas no Quadro nº 4 podem ser

reduzidas à metade.

e) Será obrigatória a existência física de delimitação da área de risco, assim entendido

qualquer obstáculo que impeça o ingresso de pessoas não autorizadas.

NR –19 EXPLOSIVOS

19.1.1 Explosivos são substâncias capazes de rapidamente se transformarem em

gases, produzindo calor intenso e pressões elevadas, subdividindo-se em:

a) Explosivos iniciadores: aqueles que são empregados para excitação de cargas

explosivas, sensível ao atrito, calor e choque. Sob efeito do calor explodem sem se

incendiar;

b) Explosivos reforçadores: os que servem como intermediário entre o iniciador e a

carga explosiva propriamente dita;Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

219

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

c) Explosivos de ruptura: são os chamados alto explosivos, geralmente tóxicos;

d) Pólvoras: que são utilizadas para propulsão ou projeção.

OUTRAS TERMINOLOGIAS TÉCNICAS:

Explosivos -> São substâncias ou misturas que quando sujeitas a um adequado

estímulo, sofre uma reação auto-propagável extremamente rápida, caracterizada pela

formação de produtos mais estáveis (normalmente gases), desenvolvimento de calor e de

um rápido efeito de pressão em razão da ação do calor produzido nos gases formados e

adjacentes. Inclui a dinamite, a pólvora negra, detonadores, estopins, pavios, etc.

Propelente -> São os materiais explosivos que funcionam normalmente por

deflagração (queima) e é usado como propelente.

Detonadores -> São denominados detonadores quaisquer engenhos contendo uma

carga detonante utilizada para iniciar a detonação de um explosivo. Inclui, além de outros,

detonadores elétricos de tipo instantâneo ou retardado, detonadores para uso em cápsulas de

espoleta, estopim, etc.

Explosões -> Uma explosão é o efeito produzido pela súbita e violenta produção ou

expansão de gases. Pode ser acompanhada de ondas de choque e/ou ruptura dos materiais

que os envolvem, incluindo estruturas.

TIPOS DE MATERIAIS EXPLOSIVOS

As principais diferenças entre explosivos comerciais e militares, são que estes têm:

alto poder de estilhaçamento e alta maior velocidade de detonação; precisam ter boa

estabilidade, em função da armazenagem por tempo maior; precisam detonar facilmente

mesmo após armazenagem nas mais variadas condições. Os dinamites comerciais podem

ser estocados por um bom tempo, entretanto os agentes explosivos devem ser usados logo

após sua fabricação, em função de deteriorização que sofrem, principalmente em clima

quente e úmido.

Os explosivos comerciais classificados segundo o risco, como:

ALTOS EXPLOSIVOS PRIMÁRIOS – raramente são usados sós, por isso sua

principal função é de início de detonação de explosivos menos sensíveis. São facilmente

Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-DRua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000

Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

220

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARTIN LUTHERCurso Técnico em Segurança do Trabalho

detonados por adição de calor e choque mecânico. Ex.: Fulminato de mercúrio e estefanato

de chumbo.

ALTOS EXPLOSIVOS SECUNDÁRIOS – São relativamnete insensíveis a

choques mecânicos e ao calor, porém são facilmente detonados pelo choque de um

explosivo primário. Quando não confinados, geralmente queimam sem detonar.

Ex.: Dinamite, nitroglicerina, TNT PETN (tetranitrato de pentaritritol) e RDX...A

nitroglicerina, por ser altamente sensível, nunca deve ser detonada só.

BAIXOS EXPLOSIVOS OU PROPELENTES – São utilizados mais em

trabalhos de propulsão. Funcionam mais pela queima do material, que pela detonação. Ex.:

Pólvora sem fumaça e combustíveis sólidos de foguetes. O maior risco com estes

explosivos é o incêndio.

AGENTES EXPLOSIVOS (Blasting Agent) – A maioria dos agentes explosivos

são constituídos de uma mistura de um combustível com um oxidante, normalmente o

nitrato de amônio, sendo o combustível o óleo diesel.

EXPLOSIVOS GELATINOSOS – O elemento básico é nitrato de amônio,

sensibilizado por pó de alumínio, ou outros materiais. A adição de tinta de alumínio à

mistura, o torna um alto explosivo.

CLASSIFICAÇÃO DOS EXPLOSIVOS

CLASSE A – São os detonantes, isto é, os de maior risco. Dinamite, nitroglicerina

desinsebilizada, fulminato de mercúrio, pólvora negra, cápsulas explosivas, escorvas

detonantes, e certos propelentes sem fumaça.

CLASSE B – Tem grande risco de inflamabilidade e inclui a maioria dos materiais

propelentes. São menos perigosos que os de Classe A

CLASSE C – São os produtos manufaturados, que contém como componentes,

limitadas quantidades de explosivos Classe A ou de B. Inclui pavios estopins, espoletas

explosivas. Não possuem normalmente massa detonante em casos de incêndio.

AGENTES EXPLOSIVOS (Blasting Agent) – Embora reconhecidos como

material explosivo, não integram a classificação dos mesmos. São considerados mais

seguros que os de classe A, B e C, mas em condições adequadas, funcionam tal qual os de

classe A.Engº Seg. do Trabalho Eduardo Becker Delwing – CREA 83.812-D

Rua: Borges de Medeiros, 267, sala 201 - Lajeado / RS - CEP: 95900-000Fone/Fax: (0XX) 51 3748-1269 - e-mail – [email protected]

221