320
Aprendendo Grego the joint association of classical teachers’ greek course textos e vocabulário Tradução Cecília Bartalotti Supervisão Flávio Ribeiro de Oliveira Luiz Alberto Machado Cabral

Aprendendo Grego

Embed Size (px)

Citation preview

  1. 1. Aprendendo Grego the joint association of classical teachers greek course textos e vocabulrio Traduo Ceclia Bartalotti Superviso Flvio Ribeiro de Oliveira Luiz Alberto Machado Cabral
  2. 2. Aprendendo Grego edio brasileir a Antes de iniciarmos a traduo da primeira edio do Aprendendo grego em 2004, solicitamos a opinio de professores e estudiosos de lngua grega antiga. A maioria dos professores questionados via a publicao como uma excelente contribuio ao seu trabalho, e boa parte j usava o mtodo, apesar da inexistncia de traduo. Dois anos mais tarde, quando concluamos os trabalhos de traduo, fomos surpreendi- dos pelo lanamento da segunda edio pela Cambridge University Press. Tendo a segunda edio recebido inmeras alteraes, e sendo estas fruto da reflexo e da uti- lizao do mtodo por educadores, decidimo-nos pela publicao da edio aprimo- rada, propiciando assim aos estudantes e professores brasileiros a verso atualizada de um recurso j consagrado para o ensino do grego em vrios pases. A traduo e publicao do livro de Textos e vocabulrio em forma de cd-rom, em vez do livro tradicional, tem unicamente em vista a reduo do preo final do conjunto, permitindo que o leitor imprima partes do livro conforme sua necessidade. Os trabalhos de traduo, superviso e reviso levados a cabo por Luiz Alberto M. Cabral, Ceclia Bartaloti e Flvio Ribeiro de Oliveira merecem os crditos de um trabalho esmerado. Agradecemos a vrios professores da rea que foram consul- tados no decorrer dos trabalhos e somos especialmente gratos pelas inmeras cor- rees e sugestes recebidas dos professores Paula da Cunha Correa e Jos Marcos Macedo. S.T.
  3. 3. Reading Greek TEXTOS E VOCABULRIO Publicado pela primeira vez no Reino Unido em 1978, Aprendendo Grego tornou-se um best-seller na categoria de curso introdutrio de grego antigo em um ano para estudantes e adultos. O livro combina o melhor das tcnicas modernas e tradicionais de aprendizagem e usado amplamente nas escolas, cursos de vero e universidades em todo o mundo. Foi tambm vertido em vrias lnguas estrangeiras. Este volume Texto e Vocabulrio, que acompanha o livro, contm uma narrativa inteiramente adaptada a partir de autores antigos a fim de estimular os estudantes a desenvolve- rem rapidamente suas habilidades, ao mesmo tempo em que recebem uma excelente introduo cultura grega.
  4. 4. Prefcio vii Prefcio segunda edio ix Agradecimentos xii Notas sobre as ilustraes xvi Notas sobre a segunda edio xvii Parte 1 Atenas no mar 1 Seo Um AJ: O golpe do seguro 4 Seo Dois AD: O passado glorioso 22 Seo Trs AE: Atenas e Esparta 30 Parte 2 Decadncia moral? 41 Seo Quatro AD: Desrespeito lei na vida ateniense 42 Seo Cinco AD e Seis AD: Scrates corrompe os jovens 53 Seo Sete AH: Scrates e a investigao intelectual 72 Parte 3 Atenas pelos olhos do poeta cmico 89 Seo Oito AC: As aves de Aristfanes e vises de Utopia 90 Seo Nove AJ: As vespas de Aristfanes 99 Seo Dez AE: Lisstrata de Aristfanes 120 Seo Onze AC: Os acarnenses de Aristfanes 130 Parte 4 As mulheres na sociedade ateniense 138 Sees Doze a Catorze: O processo contra Neera 140 Seo Doze AI: Neera como escrava 144 Seo Treze AI: Neera como mulher casada 161 Seo Catorze AF: Proteo da pureza de uma mulher 175 Seo Quinze AC: Alceste na pea de Eurpides 183 Parte 5 A viso ateniense de justia 190 Sees Dezesseis e Dezessete: Justia oficial e privada 191 Seo Dezesseis AH: Justia oficial: navios, Estado e indivduos 192 Seo Dezessete AE: Justia privada: problemas no campo 204 Seo Dezoito AE: Como Zeus deu a justia aos homens 214Sumrio
  5. 5. Parte 6 Deuses, destino e homem 225 Seo Dezenove AF: A histria de Adrasto 227 Parte 7 Heri e herona homricos 243 Seo Vinte AG: Odisseu e Nauscaa 246 Vocabulrio completo grego-portugus das palavras a aprender 267 Como encontrar a forma lexical de um verbo 267 Conveno 268 Lista de nomes prprios 287 vi Sumrio
  6. 6. H um critrio, e apenas um, pelo qual um curso para aprendizes de uma lngua no mais falada deve ser julgado: a eficincia e a velocidade com que esse curso os leva a ler textos na lngua original com preciso, entendimento e prazer. O estabelecimento de um Greek Project pela Joint Association of Classical Teachers foi produto da convico de que era possvel compor um curso de grego antigo que satisfizesse esse critrio melhor do que qualquer curso j existente. Haveria pouco sentido em um projeto desse tipo se o declnio atual do grego nas escolas tivesse sido reflexo claro de uma geral, crescente e irreversvel inca- pacidade da sociedade moderna de responder esteticamente e intelectualmente cultura grega; mas essa incapacidade de resposta no ocorreu, uma vez que a popularidade da literatura grega em tradues e de cursos de arte e histria gregas continuou a crescer. Pareceu Joint Association que havia uma lacuna precisando de uma ponte. Pontes custam dinheiro e, quando um pedido de 40.000 em contribuies foi feito no incio de 1974 pelo Dr. Michael Ramsey e outros, era legtimo ter dvidas quanto a como a causa do grego iria se sair em competio com outras causas mais populares. Mas os otimistas viram-se justi- ficados: em novembro, haviam sido obtidas contribuies na ordem de 63.000, uma soma que mais do que compensava o efeito da inflao depois do oramento inicial do projeto e, em 1976, um pedido de contribuies para manter um quarto e ltimo ano de trabalho resultou em mais de 15.000. Isso foi possvel graas a centenas de indivduos, muitas escolas, faculdades, instituies e fundos e, em particular ao Leverhulme Trust Fund, ao Ernest Cook Trust e Cambridge University Faculty of Classics. No teria sido difcil compilar mais uma gramtica descritiva sistemtica de grego e entreme-la com exerccios que testassem o progresso do aluno ao longo da gramtica, estgio por estgio. Nem teria sido difcil pr diante do aluno uma antologia da literatura grega, traduzir a maior parte para ele, oferecer a interva- los algumas regras gramaticais prticas e inspir-lo na esperana de que pegasse o jeito com a lngua e, com o tempo, conseguisse entender a essncia ou os pontos principais de qualquer texto grego. Qualquer um que aprenda grego pelo primeiro desses dois mtodos levar muito tempo para chegar ao ponto de ler um texto grego original; no caminho, ter adquirido muito mais conhecimento gramatical do que precisava e muito menos conhecimento do que o necessrio sobre o pensamento e o sentimento gregos. A tcnica de compilar uma gramtica descritiva para fins de referncia vii Prefcio
  7. 7. e a tcnica de apresentar um idioma a um estudante so totalmente diferentes, como os professores de lnguas modernas sabem. A noo de que se pode pegar o jeito de textos estrangeiros simplesmente lendo uma srie deles com a ajuda de tradues, mas sem uma orientao lingustica cuidadosa, igualmente ilusria. Podemos de fato esperar compreender boa parte do que nos dito em uma lngua moderna se formos colocados em um ambiente em que possamos ouvi-la o dia inteiro; mas nosso progresso depende de sermos participantes da situao em que as palavras so pronunciadas e da disposio do falante nativo de repetir, simplificar, falar mais devagar e comple- mentar a fala com sinais e gestos. Nossa relao com os autores gregos dife- rente; se abordarmos uma argumentao platnica ou um dilogo trgico apenas com uma vaga ideia de gramtica, as chances de um entendimento equivocado no marginalmente, mas totalmente equivocado so muito altas. O curso foi composto e revisado por pessoas que se preocupam basicamente com o que funciona melhor e no usam tradicional ou moderno como termos elogiosos ou depreciativos. Nas primeiras sees, predominam as palavras e cons- trues mais comuns e as oraes so curtas; mas a estrutura das oraes no foi adaptada ao idioma do aluno, e o teste de frequncia no foi aplicado de forma to rigorosa admisso de vocabulrio e expresses a ponto de roubar todo o colorido linguagem. No incio, o texto grego uma composio moderna, embora seu tema seja derivado de fontes gregas. Mas logo as vozes de Plato e Aristfanes comeam a ser ouvidas; os compositores modernos vo sendo afastados medida que os autores antigos, progressivamente menos reescritos para adequar-se s limitaes do aluno iniciante, assumem o comando. O contedo do texto deter- minado to raramente quanto possvel pela descomplicao lingustica e to fre- quentemente quanto possvel pela necessidade de familiarizar o estudante adulto ou quase adulto com os aspectos caractersticos da cultura grega. Nem todos acham que certo compor em grego ou adaptar textos originais. No h nada, em nenhum curso de lnguas, que todos considerem certo. A equipe do Projeto, o Comit Diretivo e o Conselho Consultivo foram obrigados a tomar muitas decises s vezes contra a opinio de uma minoria, mas nunca sem uma discusso paciente e amistosa que sofrero crticas. Pede-se que os crticos levem em conta que a experincia combinada de sala de aula, sala de palestras e atendi- mento pedaggico da Equipe, Comit e Conselho no apenas considervel, mas variada; que rascunhos sucessivos, tendo sido testados na JACT Summer School e em outros locais, neste pas e nos Estados Unidos, foram constantemente revi- sados diante dos resultados dos testes; e que, no aprendizado de lnguas, podem surgir ocasies em que a carne suculenta para um homem o repolho cru para outro. A Equipe foi, do incio ao fim, criativa e engenhosa, rpida e cordial nas respostas s crticas e infalivelmente determinada diante de dificuldades tcnicas. E tem boas razes para acreditar que o curso que produziu possa vir a representar, para a maioria dos estudantes, um caminho mais direto e curto do que qualquer outro para chegar literatura grega como os prprios gregos a conheciam.K.J. Dover viii Prefcio
  8. 8. O Curso de Grego Aprendendo Grego da Joint Association of Classical Teachers foi escrito para principiantes que estejam no ensino mdio, universidade ou edu- cao para adultos. Seu objetivo possibilitar que os estudantes leiam o grego tico dos sculos V e IV, Homero e Herdoto, com alguma fluncia e capacidade de compreenso, em um a dois anos. O mtodo consiste em um texto grego ade- quado ao nvel, adaptado de fontes originais (contido em Aprendendo Grego: Texto e vocabulrio), associado a um livro de gramtica (Aprendendo Grego: Gramtica e exerccios), que mantm correspondncia com o texto. Mtodo Os dois livros devem ser usados em conjunto. Estgio Um (usando o Texto e os vocabulrios especficos) Com a ajuda do professor e dos vocabulrios que acompanham o texto, ler e traduzir o grego do Texto at o ponto no livro de Gramtica em que comeam as explicaes grama- ticais referente s sees em questo. O texto foi escrito para estimular os princi- piantes a ler com crescente fluncia e segurana. Os vocabulrios especficos so escritos de modo a possibilitar que os estudantes leiam os textos antes da aula depois que os princpios gramaticais mais importantes tiverem sido aprendidos. fundamental incentivar os alunos a fazer isso. Estgio Dois Assegurar que os estudantes tenham aprendido os vocabulrios especficos. Estgio Trs Passar Gramtica, que expe e explica com clareza e pratici- dade os pontos gramaticais importantes que devem ser aprendidos no momento. Estgio Quatro Fazer tantos exerccios quanto o professor considerar neces- srio para esclarecer e reforar a gramtica. Aps isso, o aluno deve ser capaz de resolver com sucesso o Exerccio de Teste, que prope um texto novo. Depois, voltar ao Texto e repetir o processo. Conforme o aluno progride, a adap- tao do Texto diminui at dar lugar a textos gregos totalmente no-adaptados. No final da Gramtica, h uma Gramtica de Referncia que resume o material da Gramtica, um Panorama da Lngua que examina e expande temas encontrados na Gramtica, Vocabulrios e diversos ndices. O uso do Curso essencial que os alunos sejam estimulados a ler o Texto com tanta velocidade compatvel com um entendimento preciso quanto possvel. A quantidade ix Prefcio segunda edio
  9. 9. de leitura oferecida, seu grau de dificuldade controlado e o vocabulrio muito completo devem ajudar nisso. A Gramtica e os Exerccios contm o trabalho lingustico detalhado necessrio para completar as lies gramaticais do Texto. O formato do Curso faz com que ele seja ideal para estudantes que tenham pouco tempo para passar com o professor por semana. Como h muitas leituras com graus de dificuldade cuidadosamente planejados, apoiadas por vocabulrios completos, esses estudantes encontraro muito material para ler por conta prpria. Aprendizes independentes Estudantes que estejam trabalhando sozinhos encontraro auxlio ao longo do curso em An Independent Study Guide to Reading Greek (segunda edio, 2008). Ajuda adicional Peter Jones, Learn Ancient Greek (Duckworth/Barnes and Noble, 1998), uma introduo simples aos fundamentos do grego antigo que se mostrou um curso inicial muito til como preparao para o Aprendendo Grego. Os dois livros da Oxford a seguir so fortemente recomendados. James Morwood e John Taylor (orgs.), Pocket Oxford Classical Greek Dictionary (Oxford, 2002). James Morwood, Oxford Grammar of Classical Greek (Oxford, 2001). Depois de Aprendendo Grego Aprendendo Grego prepara os alunos para ler o tico dominante dos sculos V e IV, Homero e Herdoto. A segunda parte do Curso composta de trs volumes dois textos (far- tamente ilustrados) e um vocabulrio tambm publicados pela Cambridge University Press sob a rubrica geral da srie The Joint Association of Classical Teachers Greek Course. Cada texto constitudo de selees de 600-900 linhas de autores clssicos importantes, com vocabulrio e notas: A World of Heroes (1979): Homero, Herdoto e Sfocles. The Intellectual Revolution (1980): Eurpides, Tucdides e Plato. Greek Vocabulary (1980): este pequeno volume contm todo o vocabulrio no apresentado junto com os textos acima. O sucesso de Aprendendo Grego gerou a demanda por mais textos na srie, todos com notas e vocabulrios e com muitas ilustraes. Estes tambm so pro- jetados para uso imediatamente aps o Aprendendo Grego: The Triumph of Odysseus (1996): Odisseia 2122 (completos) de Homero. New Testament Greek: A Reader (2001). A Greek Anthology (2002): trechos de mais de mil anos de literatura grega. O mundo de Atenas (edio brasileira, 1997) Publicado originalmente em 1984, O mundo de Atenas oferece uma introduo atualizada, amplamente ilustrada e claramente escrita para a histria, cultura e sociedade da Atenas clssica. Nele so abordados de todos os temas apresenta- Prefcio segunda edio
  10. 10. dos no Texto de Aprendendo Grego. Referncias a O mundo de Atenas (edio brasileira) sero encontradas ao longo do Texto. De tempos em tempos, tambm citaremos trechos de O mundo de Atenas ajustados para se adaptar ao contexto ou associados a material relevante adicional. As convenes ortogrficas de O mundo de Atenas foram adequadas ao uso do AG nessas ocasies. Em 2007, foi publicada a segunda edio britnica de The World of Athens, totalmente revisada luz dos estudos mais recentes pelo Professor Robin Osborne (Kings College Cambridge). Prefcio segunda edio xi
  11. 11. Aprendendo Grego foi desenvolvido por uma Equipe de Projeto (Dr. P.V. Jones, Dr. K.C. Sidwell e Sra. F.E. Corrie) sob a orientao de um Comit Diretivo e um Conselho Consultivo, constitudos como se segue: Comit Diretivo: Professor J.P.A. Gould (Bristol University) (Chefe de depar- tamento); M.G. Balme (Harrow School); R.M. Griffin (Manchester Grammar School); Dr. J.T. Killen (Tesoureiro, Jesus College, Cambridge); Sir Desmond Lee (Tesoureiro, Reitor, Hughes Hall, Cambridge); A.C.F. Verity (Diretor, Leeds Grammar School); Sra. E.P. Story (Hughes Hall, Cambridge). Conselho Consultivo: G.L. Cawkwell (University College, Oxford); Dr. J. Chadwick (Downing College, Cambridge); Professora A. Morpurgo Davies (Somerville College, Oxford); Sir Kenneth Dover (Reitor, Corpus Christi College, Oxford); Professor E.W. Handley (University College, Londres); B.W. Kay (HMI); Dr. A.H. Sommerstein (Nottingham University); Dr. B. Sparkes (Southampton University); G. Suggitt (Diretor, Stratton School); A.F. Turberfield (HMI). O Comit e o Conselho completo reuniram-se trs vezes por ano durante o perodo de 1974-78, enquanto o Curso estava sendo desenvolvido, mas tambm dividiram-se em subcomits para dar auxlio especfico Equipe de Projeto quanto a alguns aspectos do Curso, a saber: Texto: K.J.D.; E.W.H. Gramtica: J.C.; A.M.D.; A.H.S. (que, com K.J.D., tiveram a gentileza de fazer contribuies individuais para a Gramtica de Referncia e os Panoramas da Lngua). Exerccios: M.G.B.; R.M.G.; A.C.F.V. Textos de apoio: G.L.C.; J.P.A.G.; B.S. Difuso: B.W.K.; H.D.P.L.; E.P.S.; G.S.; A.F.T. Tambm fomos orientados por vrios especialistas do exterior, que usaram o Curso ou apresentaram sugestes, a saber: J.A. Barsby (Dunedin, Nova Zelndia); S. Ebbesen (Copenhague, Dinamarca); B. Gollan (Queensland, Austrlia); Professor A.S. Henry (Monash, Austrlia); Dr.. D. Sieswerda (Holanda); Professor H.A. Thompson (Princeton, E.U.A.). Gostaramos de destacar nossa imensa dvida de gratido com o Comit Diretivo, o Conselho Consultivo e nossos consultores no exterior. Mas tambm gostaramos de deixar claro que as decises finais sobre todos os aspectos do Curso e qualquer erro de omisso e comisso so responsabilidade exclusiva da Equipe. xii Agradecimentos da edio original de Aprendendo Grego (1978)
  12. 12. Agradecemos a ajuda e os conselhos do Professor D. W. Packard (Chapel Hill, N. Carolina, E.U.A.) sobre o uso do computador para anlise e impresso em grego; e do Dr. John Dawson, do Cambridge University Literary and Linguistic Computing Laboratory, que disponibilizou para ns os recursos do Centro de Informtica para a impresso e exame do material de rascunho nos primeiros estgios do Projeto. Aprendemos muito com os membros da Equipe que produziu o Cambridge Latin Course e estamos extremamente gratos a eles pela ajuda, em especial nos primeiros estgios do Projeto. Se produzimos um Curso que adota uma viso mais tradicional do aprendizado de lnguas, ainda assim nossa dvida a muitos dos princpios e muito da prtica que o C.L.C. defendia muito grande. Por fim, nossos melhores agradecimentos a todos os professores de escolas, universidades e centros de educao para adultos, tanto no Reino Unido como no exterior, que usaram e comentaram o material preliminar. Devemos um agra- decimento especial aos organizadores da J.A.C.T. Greek Summer School em Cheltenham, que nos permitiram utilizar nosso material na escola durante os trs anos em que o Curso estava sendo desenvolvido. Peter V. Jones (Director) Keith C. Sidwell (Second Writer) Frances E. Corrie (Research Assistant) A segunda edio de Aprendendo Grego (2007) As principais caractersticas do curso revisado Aprendendo Grego foi originalmente escrito com o pressuposto de que seus usurios conhecessem latim. Tempora mutantur ele foi agora revisado sob o pressuposto de que isso no acontece e luz das experincias daqueles que vm usando o curso h quase trinta anos. Embora a estrutura geral do curso e seu material de leitura tenham permanecido os mesmos, as mudanas mais impor- tantes so: Texto 1. Os vocabulrios especficos e vocabulrios a serem aprendidos esto agora no Texto, nas mesmas pginas do grego a que se referem. O Texto tambm tem o Vocabulrio de Aprendizado Grego-Portugus completo no final, assim como a Gramtica. 2. H indicaes em todo o Texto do material de gramtica que est sendo introduzido e em que ponto; e h referncias s sees de O mundo de Atenas (edio brasileira) relevantes para o tema abordado nos textos e para as questes em discusso. Agradecimentos xiii
  13. 13. Como resultado dessas alteraes, o Texto pode agora funcionar como um instrumento de reviso de leitura independente para qualquer pessoa que tenha um conhecimento bsico de grego antigo, qualquer que tenha sido o curso para iniciantes utilizado. A segunda metade do Texto, em particu- lar, comeando por seus trechos cuidadosamente adaptados dos discursos jurdicos extremamente importantes contra a mulher Neera e prosseguindo at Plato e uma introduo aos dialetos de Herdoto e Homero, so uma introduo ideal a uma literatura soberba e a questes sociais, culturais, histricas e filosficas fundamentais relacionadas ao mundo grego antigo. 3. Vrios aspectos da base cultural e histrica do Texto so discutidos de tempos em tempos in situ. 4. A Seo Cinco original foi dividida em duas sees, Cinco e Seis. Como resultado, h agora vinte sees no curso. Gramtica A Gramtica foi totalmente reescrita e redesenhada. O objetivo foi tornar seu formato e seu contedo mais fceis de usar: 1. H uma introduo a alguns pontos bsicos da gramtica do portugus e sua terminologia e sua relao com o grego antigo. 2. As explicaes so mais claras e mais completas, compostas para aqueles que nunca aprenderam uma lngua com declinaes, e o formato mais agradvel aos olhos. 3. Exerccios curtos acompanham as explicaes de cada novo item de gramtica. Se o professor preferir, estes podem ser usados para proporcionar feedback instantneo sobre o entendimento do novo material pelo aluno. 4. As declinaes so apresentadas na pgina em sentido vertical, e no horizon- tal, e a prtica de sombrear os casos ainda no explicados foi abandonada. Agradecimentos A reviso foi realizada sob a gide de um subcomit do Comit de Grego da Joint Association of Classical Teachers, o grupo que teve a ideia do Projeto e o supervisionou desde o seu incio em 1974. O subcomit foi constitudo pelo Professor David Langslow (University of Manchester, diretor de departa- mento), Dr. Peter Jones (Diretor do Curso), Dr. Andrew Morrison (University of Manchester), James Morwood (Wadham College, Oxford), Dr. James Robson (Open University), Dr. John Taylor (Tonbridge School), Dr. Naoko Yamagata (Open University), Dr. James Clackson (Jesus College, Cambridge) e Adrian Spooner (Consultor administrativo). O subcomit reuniu-se aproximadamente uma vez em cada perodo letivo durante dois anos e tomou decises que afetaram todos os aspectos da segunda edio. Concentrou-se particularmente na Gramtica. As Sees 12 foram revisadas em primeiro lugar pelo Dr. Andrew Morrison, as Sees 39 pelo Dr. James Robson e as Sees 1020 pelo Dr. Peter Jones, enquanto os Panoramas da Lngua foram revisados pelo Professor David Langslow. Os membros do xiv Agradecimentos
  14. 14. subcomit leram e comentaram praticamente tudo. O Professor Brian Sparkes (University of Southampton) foi mais uma vez consultor para as ilustraes. Agradecemos aos estudantes e professores da JACT Greek Summer School de 2006, em Bryanston, por terem feito um teste completo da primeira metade do curso revisado em sua forma preliminar, especialmente a Anthony Bowen (Jesus College, Cambridge); e Dra. Janet Watson pelo trabalho com as provas. A Cambridge University Press deu total apoio reviso. Dr. Michael Sharp discutiu pacientemente conosco e atendeu maioria de nossas solicitaes, Peter Ducker resolveu os complicados problemas de formato com elegncia e habili- dade e Dra. Caroline Murray supervisionou competentemente a informatizao do texto. Dr. Peter Jones, como Diretor, tem a responsabilidade final por esta segunda edio. Peter Jones Newcastle on Tyne Setembro de 2006 Agradecimentos xv
  15. 15. p. 3 alto Mapa mostrando a rota de Bizncio a Atenas. p. 3 embaixo Vista de sudoeste da Acrpole de Atenas. esquerda esto o Propileu e o pequeno templo de Nke; no topo, ao centro, o Erecteion; o Partenon destaca-se ao sul. Foto: Alison Frantz (AT 71).CortesiadaAmericanSchoolofClassicalStudiesemAtenas. p. 5 Detalhe de um navio mercante da mesma taa mostrada na p. 7. p. 7 Taa tica de figuras negras representando um navio mercante esquerda e um navio de guerra de dois nveis direita. O navio mercante arredondado e espaoso e movido por velas; o navio de guerra estreito e baixo e movido por remos ou vela. Final do sculo VI a.C. Londres, British Museum (B 436). The Trustees of the British Museum. p. 11 esq. Detalhe de uma nfora nolana tica de figuras vermelhas, atri- buda ao Pintor de Enocles, que mostra Hracles destruindo a casa de Sileu; ele baixa seu machado sobre um capitel cado. Sileu da Ldia costumava obrigar os estranhos de passagem a cavar a sua vinha; Hracles arrancou as vinhas e/ou derrubou a casa. Segundo quarto do sculo V a.C. Paris, Louvre (G 210). Foto: RMN Herv Lewandowski. p. 11 dir. Detalhe de uma encoa tica de figuras negras, atribuda Classe Keyside, que mostra um navio com um homem de p na proa e outros na parte dianteira o tema incerto. Que o navio no est vindo para terra mostrado pelo mastro e vela levan- tados e pelo fato de que os navios entravam na praia de popa. Final do sculo VI a.C. Londres, British Museum (B 508). The Trustees of the British Museum. p. 16 nfora tica de figuras vermelhas de formato panatenaico, atribuda ao Pintor de Cleofrades, representando Posdon com alguns dos atributos de seus domnios: um tridente e um peixe. Posdon representado como um homem maduro de barba e cabelos longos. Incio do sculo V a.C. bpk, Berlim, 2006/ Antikensammlung, SMB (F 2164)/Jutta Tietz-Glagow. p. 19 nfora de gargalo estreito tica de figuras vermelhas, atribuda ao Pintor de Cleofrades, representando um rapsodo em uma plataforma. Ele est de p, segurando seu basto em destaque xvi Notas sobre as ilustraes
  16. 16. xvii frente, e o pintor acrescentou palavras diante de sua boca Era uma vez em Tirinto [sic]... provavelmente o incio de uma pica em hexmetros. Incio do sculo V a.C. Londres, British Museum (E 270). The Trustees of the British Museum. p. 22 esq. Skphos tico de figuras vermelhas, atribudo a um seguidor de Douris, representando um persa sentado em uma pedra, com a mo direita estendida para seu grande escudo de vime. Ele usa um traje com calas compridas e mangas longas e tem um chapu mole (tiara) na cabea. Esta uma de vrias repre- sentaes de persas que parecem ter sido influenciadas pelos contatos do incio do sculo V. Meados do sculo V a.C. bpk, Berlim, 2006/Antikensammlung, SMB (VI 3156). p. 22 dir. Desenho no interior de uma taa tica de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor de Triptlemo, representando uma luta entre um grego e um persa. feito um contraste entre o traje do guerreiro grego (elmo de bronze, proteo para as pernas e peitoral) e a veste com calas compridas do persa. Ambos os guerreiros portam espadas curvas, mas o grego tem um escudo e o persa traz um arco e aljava. Primeiro quarto do sculo V a.C. Edimburgo, National Museums of Scotland (1887.213). The Trustees of the National Museums of Scotland. p. 24 Friso entalhado do Tesouro no Palcio de Perspolis. Em uma plataforma no centro est Dario no trono, com Xerxes atrs. Ele est concedendo uma audincia a um oficial medo que faz um gesto de respeito; sua frente, h dois queimadores de incenso. As colunas do baldaquino agora ausente separam os guardas armados dos personagens centrais. Atrs de Xerxes h dois altos oficiais da corte. Boa parte da arquitetura e das esculturas do palcio de Perspolis revela a influncia e a mo de artesos gregos. Incio do sculo V a.C. Teer, Museu Arqueolgico. Copyright da foto de The Oriental Institute Museum, Chicago, todos os direitos reservados. p. 26 Desenho em um prato tico de figuras negras, atribudo a Psiax, representando um trombeteiro, de mo no quadril, instrumento levantado, soprando uma convocao. O trombeteiro est vestido com uma armadura. ltimo quarto do sculo VI a.C. Londres, British Museum (B 590). The Trustees of the British Museum. p. 28 Mapa de Atenas e Salamina. p. 32 Desenho no interior de uma taa tica de figuras vermelhas repre- sentando um guerreiro usando uma tanga e proteo nas pernas e portandoumescudo,elmoelana.Oguerreirocorreparaadireita, mas olha para a esquerda; estaria fugindo de uma luta? O pintor, Skthes(cita),tendeaterumavisohumorsticadavida.ltimo quarto do sculo VI a.C. Paris, Louvre (CA 1527). Foto: RMN. Notas sobre as ilustraes xvii
  17. 17. p. 38 esq. Mapa de Atenas e os portos do Pireu. p. 38 dir. Detalhe de uma encoa tica de figuras vermelhas represen- tando um jovem diante de um altar despejando uma liba- o de uma vasilha rasa. Primeiro quarto do sculo V a.C. Antikenmuseum Basel und Sammlun Ludwig, Inv. K 423. Foto: Andreas F. Vgelin e Claire Niggli. p. 40 FiguradebronzedeZeuspreparando-separalanarseuraio.Aobra provavelmente corntia. Segundo quarto do sculo V a.C. bpk, Berlim, 2006/Antikensammlung, SMB (10561)/Christa Begall. p. 42 Detalhe de cntaro tico de figuras negras com uma s ala mostrando um homem deitado em seu caixo. A mulher (pin- tada de branco) teve a tarefa de preparar o corpo para o sepul- tamento e os homens vm agora prestar homenagens e unir-se lamentao. Londres, British Museum (1899.7-21.1). The Trustees of the British Museum. p. 46 Desenho do santurio dos Doze Deuses no centro de Atenas. Situado perto do lado norte da gora, esse santurio, consti- tudo de um altar dentro de uma rea cercada, era um lugar de refgio e o ponto de onde eram medidas as distncias para outras partes da Grcia. O santurio foi fundado pelo jovem Pisstrato no ano de seu arcontado, 522/1 a.C. p. 52 esq. Skphos tico de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor de Evon, representando Teseu de manto e chapu de viagem. Ele segura duas lanas. Snis, o verga-pinheiros, mostrado no outro lado do skphos, sentado sob uma rvore e segurando um porrete. Essa uma das aventuras de Teseu em seu caminho de Trezena para Atenas. Meados do sculo V a.C. bpk, Berlim, 2006/Antikensammlung, SMB (F 2580)/Jutta Tietz-Glagow. p. 52 dir. Detalhe de uma pelk tica de figuras vermelhas, atribuda a um pintor que uma imitao ruim do Pintor de Chicago, mostrando Tlefo, rei dos msios, que tomou o beb Orestes como refm e buscou refgio em um altar como suplicante. Sua coxa esquerda enrolada em bandagens indica o local da ferida infligida pela lana de Aquiles. Agammnon (no mostrado) est diante dele esquerda. Segundo quarto do sculo V a.C. Londres, British Museum (E 382) The Trustees of the British Museum. p. 53 esq. Figura de bronze de um cavalo, parte de uma quadriga. Os arreios so particularmente ntidos, mostrando a parte com faceiras curvas e o peitoral a que eram presos os tirantes. Segundo quarto do sculo V a.C. Olmpia, Museu. Foto: DAI Athen (Olmpia 1808). p. 53 dir. Uma coleo de moedas de prata atenienses de vrias denomi- naes. Cambridge, Fitzwilliam Museum. Reproduzido com autorizao dos Syndics of the Fitzwilliam Museum. xviii Notas sobre as ilustraes
  18. 18. p. 57 Lamparina de argila com pavio aceso. Este pequeno recipiente para leo podia oferecer luz por 2-3 horas, com brilho maior que o de uma vela. Atenas, Museu da gora (L 4137). Foto: cortesia da American School of Classical Studies em Atenas. Escavaes na gora. p. 61 Essas duas redomas de forno eram pr-aquecidas e colocadas sobre a massa j preparada; eram usadas tambm para apagar o fogo. C. 500 a.C. (esquerda) e c. 400 a.C. (direita). Atenas, Museu da gora (P 8862 e P 10133). Foto: cortesia da American School of Classical Studies em Atenas. Escavaes na gora. p. 64 esq. Um par de botas de viagem modeladas em argila, encontrado em um tmulo de cremao de uma mulher do Geomtrico Antigo. Atenas, Museu da gora (P 19429). Foto: cortesia da American School of Classical Studies em Atenas. Escavaes na gora. p. 64 dir. Detalhe de uma nfora tica de figuras vermelhas, atribuda ao Pintor da nfora de Munique, representando um par de botas em um pequeno escabelo sob uma mesa; acima da mesa, um homem reclina-se em um sof. Incio do sculo V a.C. Munique. Antikensammlung (2303). Foto: Hirmer Fotoarchiv. p. 72 Vista de Delfos voltado para sudeste. A verso do sculo IV do tempo de Apolo encontra-se atrs do teatro no primeiro plano. Foto: Alison Frantz (ST 1b). Cortesia da American School of Classical Studies em Atenas. p. 73 Detalhe de uma cratera com volutas tica de figuras verme- lhas, atribuda ao Pintor de Cleofonte e encontrada em Spina, na Itlia, representando uma procisso em honra de Apolo em Delfos. Apolo est sentado direta, em um trono elevado sobre uma plataforma. O cenrio um templo representado por quatro colunas da ordem drica. Os atributos de Apolo so um ramo e uma coroa de louros e uma aljava e arco na parede; a localizao dlfica identificada pela pedra-umbigo e pela trpode diante das colunas. Uma autoridade espera a procisso chegar; esta liderada por uma jovem em traje de festa carregando um cesto sacrifical (kanoun) sobre a cabea. Terceiro quarto do sculo V a.C. Museo Archeologico Nazionale di Ferrara (T 57C VP). p. 76 esq. Opedestaldeumrelevovotivoticoemmrmore,mostrandouma sapataria com homens e uma criana trabalhando. A inscrio que comea abaixo dessa cena indica que a dedicatria de um sapa- teiro Dionsio e seus filhos para o heri Calistfano. O relevo prin- cipal acima do pedestal no foi preservado. Meados do sculo IV a.C. Atenas, Museu da gora (I 7396). Foto: cortesia da American School of Classical Studies em Atenas. Escavaes na gora. p. 76 dir. Cristal de rocha do leste da Grcia (Samos?) com um desenho talhado em relevo de um fabricante de elmos sentado em um Notas sobre as ilustraes xix
  19. 19. banco e batendo no alto de um elmo com um pequeno martelo. Esse um motivo comum no entalhe de pedras preciosas. Fim do sculo VI a.C. Munique, Staatliche Munzsammlung (36246). p. 81 Desenho no interior de uma taa tica de figuras vermelhas representando um homem sentado com tabuinhas e estilo, sem dvida corrigindo o exerccio do menino que est em p sua frente. Um estojo de flauta est dependurado na parede. Incio do sculo V a.C. Antikenmuseum Basel und Sammlung Ludwig, Inv. BS 465. Foto: Andreas F. Vgelin e Claire Niggli. p. 83 Extremidade decorada de um pente de ouro do tmulo real de Solokha, no baixo Dnieper. Acima de uma linha de lees dei- tados h uma cena de combate entre dois soldados a p e um a cavalo. As armas e armaduras so uma mistura de equipamen- tos gregos e citas e, como muitos objetos de tmulos citas, o pente provavelmente foi feito por um arteso grego residente em Panticapeu. Final do sculo V a incio do sculo IV a.C. The State Hermitage Museum, So Petersburgo (Dn. 1913.1/1). p. 84 Detalhe de uma pelk de figuras vermelhas representando uma amazona montada; ela est em combate, provavelmente com Teseu. Veste calas, uma blusa de mangas longas e um chapu de tecido mole. Sua arma uma lana; outras representaes incluem tambm um escudo lunado e um arco e aljava. As amazonas eram um tema comum na arte grega e so geral- mente vestidas em trajes vagamente orientais. Siracusa, Museo Archeologico Regionale Paolo Orsi (inv. 9317). C. 440 a.C. Foto: Hirmer Fotoarchiv. p. 88 Grupo de dois atores em terracota, atuando em uma comdia ateniense de meados do sculo IV a.C. Vestem tnicas curtas e as mscaras estilizadas de um escravo e um homem jovem (porm com barba); eles esto festejando. Segundo quarto do sculo IV a.C. bpk, Berlim, 2006/Antikensammlung. SMB (8405)/Johannes Laurentius. p. 90 Detalhe de um khos tico de figuras vermelhas represen- tando um homem de barba em traje festivo apontando para um cesto sacrifical (kanoun) segurado por uma segunda figura. O cenrio uma oficina de ferreiro, com o forno direita e uma bigorna entre as duas figuras. H algo nitidamente caricatural na cena. C. 400 a.C. Atenas, Museu da gora (P 15210). Foto: cortesia da American School of Classical Studies em Atenas. Escavaes na gora. p. 92 Desenho esquemtico de Atenas por volta de 425 a.C. p. 102 Detalhe de uma pelk tica de figuras vermelhas, atribuda ao Pintor de Cleofonte, representando uma mnade tocando um tamborim enquanto conduz o retorno de Hefesto. Terceiro xx Notas sobre as ilustraes
  20. 20. quarto do sculo V a.C. Munique, Antikensammlung (2361). Foto: Hirmer Fotoarchiv. p. 103 Detalhe no interior de uma taa tica de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor de Pentesileia, mostrando um jovem de p diante de outro que est sentado com uma lira. Acima de suas cabeas est a inscrio O menino belo (kals), um comen- trio comum tanto nessa forma geral ou usando um nome pr- prio especfico. Segundo quarto do sculo V a.C. Hamburgo, Museum fur Kunst und Gewerbe (1900.164). p. 105 esq. Desenho no interior de uma taa tica de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor de Antfon, representando uma mula com uma sela de carga com armao de madeira. A mula, que era o animal de carga habitual, no tem freio ou bocal. C. 480 a.C. Boston, Museum of Fine Arts (10.199). Compra do James Fund e do Museu com fundos doados por colaboradores. Fotografia 2006, Museum of Fine Arts, Boston. p. 105 dir. Pelk tica de figuras vermelhas, atribuda a um pintor prximo do Pintor de Gttingen, que representa Odisseu escapando sob um carneiro. Ele est de armadura e segura uma espada; est agarrado com as mos, mas as linhas no corpo do animal fazem aluso s amarras de seus companheiros. Nenhum ciclope mostrado; a histria era to bem conhecida e inconfundvel que era possvel apresentar apenas um pedao dela. C. 490-480 a.C. Boston, Museum of Fine Arts (61.384). Doao annima em memria de Laccy D. Caskey. Fotografia 2006, Museum of Fine Arts, Boston. p. 110 esq. Rplicas modernas de um relgio de gua (klepsdra) ateniense usado para cronometrar discursos nos tribunais. Uma tampa no tubo de bronze na base do recipiente era retirada no incio de um discurso. As duas letras khi indicam que o recipiente comportava dois khes (6,4 litros) e o recipiente era esvaziado em seis minu- tos. O nome Antiokhdos, que significa pertencente tribo de Antioquis, pode indicar que esse recipiente era usado quando a tribo estava presidindo a cmara do Conselho (Bouleutrion). Atenas, Museu da gora (P 2084). Foto: cortesia da American School of Classical Studies em Atenas. Escavaes na gora. p. 110 dir. Desenho no interior de uma taa tica de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor da Fundio, representando um participante de uma festa com um leno em torno da cabea, um manto sobre os ombros e um cajado sob o brao, urinando em um jarro. Primeiro quarto do sculo V a.C. bpk, Berlim, 2006/ Antikensammlung, SMB (VI 3198). p. 111 esq. Desenho no interior de uma taa tica de figuras vermelhas, atri- budo a Onsimo, representando um homem em incio de calv- Notas sobre as ilustraes xxi
  21. 21. cie caminhando com um cesto e um cajado na mo esquerda e um recipiente para lquidos (kdos), provavelmente de bronze, na mo direita. A grinalda em sua testa indica que ele participa de festejos. Primeiro quarto do sculo V a.C. Boston, Museum of Fine Arts (95.29). Catharine Page Perkins Fund. Fotografia 2006, Museum of Fine Arts, Boston. p. 111 dir. Um recipiente (kdos) de argila usado para tirar gua do poo, em contraste com o jarro de gua (hdria) que era usado na fonte. Na borda desse recipiente, foram inscritas as palavras eu sou um kdos; comum que os objetos recebam o poder da fala nesse tipo de inscries. A palavra kals tambm foi inscrita, como se o recipiente estivesse chamando a si prprio de belo. Final do sculo VI a.C. Foto: DAI Athen (Cermico 7357). p. 112 O julgamento de Labes em uma produo grega moderna de As Vespas de Aristfanes. Cortesia de D.H. Harrisiades e da Organizao Nacional de Turismo da Grcia. p. 114 Um conjunto de equipamentos de cozinha atenienses comuns: uma caarola sobre um forno alto, um forno em formato de barril e um braseiro. Sculos V e IV a.C. Atenas, Museu da gora (P 2306 sobre 16521, P 16512 sobre 16520, P 2362). Foto: cortesia da American School of Classical Studies em Atenas. Escavaes na gora. p. 117 Figura de terracota becia de uma mulher ralando alguma coisa em um recipiente de mistura. Incio do sculo V a.C. Boston, Museum of Fine Arts (01.7783). Compra do museu com fundos doados por colaboradores. Fotografia 2006, Museum of Fine Arts, Boston. p. 126 Detalhe de um skphos tico de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor de Brigos, representando um homem festejando e uma cortes (hetara). Incio do sculo V a.C. Paris, Louvre (G 156). Foto: RMN Chuzeville. p. 128 esq. Interior de uma taa tica de figuras vermelhas, atribuda a Onsimo, representando um homem calvo em uma festa convi- dando uma cortes (hetara) a se despir. O homem usa sapatos e segura uma bengala; um cesto e uma lira esto ao fundo. Primeiro quarto do sculo V a.C. Londres, British Museum (E 44). The Trustees of the British Museum. p. 128 dir. Detalhes de uma taa tica de figuras vermelhas, atribuda a Mcron, com um homem em uma festa e uma cortes (hetara) juntos em um sof. Primeiro quarto do sculo V a.C. Nova York, The Metropolitan Museum of Art, Rogers Fund, 1920 (20.246). Imagem The Metropolitan Museum of Art. p. 130 Desenho da gora ateniense vista de noroeste. xxii Notas sobre as ilustraes
  22. 22. p. 133 Prato tico de figuras vermelhas, atribudo a Epicteto, represen- tando um arqueiro tirando um arco de sua aljava enquanto vira a cabea para a direita, na direo de um perseguidor no mos- trado. Ele veste um traje oriental com mangas longas e calas e um chapu cita alto. ltimo quarto do sculo VI a.C. Londres, British Museum (E 135). The Trustees of the British Museum. p. 136 Interior de uma taa tica de figuras vermelhas, maneira do Pintor de Antfon, representando um jovem segurando uma taa na mo esquerda e uma concha de cozinha na direita. Atrs dele h uma vasilha contendo um recipiente para gelar o vinho. A grinalda em seus cabelos mais uma indicao de que essa uma cena de uma festa. Primeiro quarto do sculo V a.C. Compigne, Muse Vivenel (inv. 1102). p. 138 Taa tica de figuras vermelhas, atribuda ao Pintor de Anfitrite, representando um noivo conduzindo sua noiva para o lar. A noiva, que, como de hbito, usa um vu, seguida por uma mulher com uma tocha, enquanto, esquerda, a casa representada por uma porta e uma coluna e dentro est a me do noivo, tambm segu- rando tochas. Um jovem toca lira para o casal. Esta pode ser uma verso do casamento de Peleu e Ttis. Segundo quarto do sculo V a.C. bpk, Berlim, 2006/Antikensammlung, SMB (F 2530)/ Jutta Tietz-Glagow. p. 144 A rea da gora de Atenas, com o Hefstion na extremidade esquerda e a Acrpole na extremidade direita. O prdio longo no centro a recentemente reconstruda Sto de talo, erguida ori- ginalmente em meados do sculo II a.C.; ela formava, na poca, o lado oriental da gora. O lado ocidental ficava abaixo da colina em que estava o Hefstion. Os tribunais encontravam-se nessa rea e em torno dela. A meia distncia est o pico de Licabeto e, direita, as colinas de Himeto. Foto: DAI Athen. p. 148 Desenho reconstrudo do monumento dos Heris Epnimos. Este era constitudo de uma fileira de esttuas dos patronos das dez tribos em que Atenas e a tica foram divididas por Clstenes no final do sculo VI a.C. A base do monumento era usada para a exposio de anteprojetos de novas leis propostas, avisos de processos e listas para servio militar. Cortesia da American School of Classical Studies em Atenas. p. 152 Detalhe de uma placa tica de figuras vermelhas, encontrada em Elusis, mostrando partes do culto eleusino. No certa uma interpretao precisa das cenas, mas Demeter pode estar repre- sentada duas vezes no lado direito, com Persfone a seu lado no nvel superior e com Iaco sua frente com tochas no nvel inferior. As figuras esquerda podem ser iniciados se aproximando. Uma inscrio na placa diz que ela era dedicada s deusas por Niinon, Notas sobre as ilustraes xxiii
  23. 23. talvez a cortes Nanon daquele perodo. Meados do sculo IV a.C. Atenas, National Archaeological Museum (inv. 11036). p. 155 Discos de votao oficiais encontrados na gora ateniense. Cada jurado recebia dois discos, um com o eixo slido (para absolvio) e o outro com o eixo oco (para condenao); colo- cando o polegar e o indicador sobre os eixos, o jurado podia dar seu voto sem revelar sua preferncia. Alguns discos tm a ins- crio Votao oficial e alguns trazem uma letra em relevo, talvez para indicar a seo do jri. Um sistema menos sofisti- cado de seixos (psphoi) era utilizado antes do sculo IV a.C. Atenas, Museu da gora (B 1056, 146, 728, 1058, 1055). Foto: cortesia da American School of Classical Studies em Atenas, escavaes na gora. p. 156 Taa tica de figuras vermelhas, atribuda ao Pintor de Brigos, representando um banquete em andamento. Os homens recli- nam-se sobre sofs; uma jovem toca flautas, enquanto outra prepara-se para entregar uma taa de vinho a um dos homens. Um jovem segura uma lira perto de uma coluna, que indica uma cena em um recinto fechado. H cestas penduradas nas paredes. Primeiro quarto do sculo V a.C. Londres, British Museum (E 68). The Trustees of the British Museum. p. 162 Detalhe de um desenho estendido de um lcito tico de figuras negras, atribudo ao Pintor de masis, representando mulhe- res trabalhando em fiar, preparar a l e tecer. O lcito pode ter sido um presente de casamento para uma noiva. Meados do sculo VI a.C. Nova York, The Metropolitan Museum of Art, Fletcher Fund, 1931 (31.11.10). Imagem The Metropolitan Museum of Art. p. 174 Os relevos laterais de uma moldura de altar (?) de mrmore, o chamado Trono de Ludovisi. feito um contraste entre a mulher de vu junto ao queimador de incenso e a tocadora de flauta nua. O propsito, significado e local de produo so incertos. Segundo quarto do sculo V a.C. Roma, Museo Nazionale Romano (inv. 8670). Foto: Alinari Archives, Florena. p. 183 Detalhe de um vaso tico de figuras vermelhas (usado para trabalhar com l), atribudo ao Pintor de Ertria, representando preparativos para o casamento de Alceste ( direita). Ela representada na entrada de sua cmara nupcial e suas amigas enchem um lutrforo com murta (centro) e lbtes gamiko com ramos. Ambos os tipos de vasos esto relacionados cerimnia de casamento. Duas outras amigas brincam com um passa- rinho. O objeto pode ter sido um presente de casamento para uma noiva. Terceiro quarto do sculo V a.C. Atenas, Museu Arqueolgico Nacional (inv. 1629). xxiv Notas sobre as ilustraes
  24. 24. p. 187 Detalhe de um lutrforo de figuras vermelhas apuliano repre- sentando Alceste cercada por seus filhos e com seu marido Admeto esquerda. A mulher de cabelos brancos direita pode ser a me ou a ama de Admeto; o homem idoso o tutor (pai- dagogs) das crianas. Esta uma das melhores representaes sul-italianas de temas trgicos. Meados do sculo IV a.C. Antikenmuseum Basel und Sammlung Ludwig, Inv. S 21. Foto: Andreas F. Vgelin e Claire Niggli. P. 189 Taa tica de figuras vermelhas, atribuda ao Pintor de Pancio, representando uma briga entre folies. C. 480 a.C. The State Hermitage Museum, So Petersburgo (B-2100). p. 204 Reconstruo desenhada de uma casa de campo perto de Vari, na tica. De Annual of the British School at Athens 68 (1973), 355-452. p. 205 Uma hdria de bronze. Terceiro quarto do sculo V a.C. Cambridge, Mass., Fogg Museum (1949.89). Reproduzida por cortesia dos Trustees of the Harvard University Art Museum. p. 207 Detalhe de uma pelk tica de figuras vermelhas represen- tando um jovem carregando um div e uma pequena mesa em preparao para uma festa. Oxford, Ashmolean Museum (AN 1890.29 (V 282)). p. 209 Skphos tico de figuras vermelhas mostrando uma rara cena de natureza morta de objetos domsticos: abajur e baldes, caarola e grelha, arca, cesto, jarra de vinho e caneca. The J. Paul Getty Museum, Villa Collection, Malibu, Califrnia (86.AE.265). p. 214 Detalhe de um clice-cratera tico de figuras vermelhas, atribu- do ao Pintor de Dinos, representando Prometeu e stiros. Ele lhes entrega o dom do fogo, que os stiros pegam com suas tochas da haste de frula (nrthex). O nome de Prometeu est escrito ao lado dele e os stiros so chamados Como, Squinis e Simo. A inspirao para a cena (e outras como ela) pode ter vindo do drama satrico de squilo Promthes Pyrkais. ltimo quarto do sculo V a.C. Oxford, Ashmolean Museum (1937.983). p. 222 nfora ovoide de gargalo estreito tica de figuras negras, atri- buda ao Afetado, representando Zeus em um trono, esquerda, enviando Hermes em uma misso. Hermes est usando seus sapa- tos alados e chapu de viagem e segura o caduceu. Terceiro quarto do sculo VI a.C. Oxford, Ashmolean Museum (G 268/V 509). p. 224 nfora tica de figuras vermelhas, atribuda a Mson, repre- sentando Creso sentado sobre a sua pira fnebre. Sua posio de realeza mostrada pelo trono e pelo cetro. Ele despeja uma libao de um prato (phil), enquanto Eutimo (o nome est escrito ao lado) pe fogo na madeira. C. 500 a.C. Paris, Louvre (G 197). Foto: RMN Herv Lewandowski. Notas sobre as ilustraes xxv
  25. 25. p. 227 Mapa da Grcia e da sia Menor mostrando o Olimpo msio, local da caada ao javali em que o filho de Creso foi morto. p. 238 Dnos tico de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor de Agrigento, representando uma caada de javali. Esta pode ser uma verso da caada ao javali de Clidon, pois, embora Atalanta no esteja presente e nenhum dos participantes seja identificado pelo nome, um caador segura um machado de batalha que cos- tuma ser associado a Anceu. Segundo quarto do sculo V a.C. Atenas, Museu Arqueolgico Nacional (inv. 1489). p. 242 nfora de gargalo estreito tica de figuras vermelhas, atribu- da ao Pintor de Nauscaa, representando Odisseu aparecendo de trs de uma rvore em que Nauscaa e suas companheiras haviam estendido as roupas lavadas. Ele segura um ramo em cada mo e tm a aparncia adequadamente desalinhada. Atena posta-se entre ele e Nauscaa, que olha para trs enquanto foge com suas companheiras. Terceiro quarto do sculo V a.C. Munique, Antikensammlung (2322). p. 244 Stmnos tico de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor de Sereias, representando Odisseu e as sereias. Odisseu est amar- rado ao mastro e os ouvidos de seus companheiros esto presumi- velmente tampados com cera, j que o canto das sereias no est tendo nenhum efeito. Exasperada, uma das sereias cai das pedras para a morte. Primeiro quarto do sculo V a.C. Londres, British Museum (E 440). The Trustees of the British Museum. p. 247 Detalhesdeumaencoaticadefigurasnegras,atribudaaoGrupo de Burgon, representando dois jovens e um homem em um carro puxado por mulas. Segundo quarto do sculo VI a.C. Londres, British Museum (B 485). The Trustees of the British Museum. p. 255 Tampa de uma pxis tica de figuras vermelhas, atribuda a son, que representa Odisseu aparecendo diante de Nauscaa e suas companheiras, com Atena para ajud-lo. C. 420 a.C. Boston, Museum of Fine Arts (04.18a-b). Henry Lillie Pierce Fund. Fotografia 2006, Museum of Fine Arts, Boston. p. 257 esq. Lcito tico de figuras vermelhas atribudo ao Pintor de Ortia, representando rtemis com um arco e um prato de libao (phil): um cervo faz aluso ao seu domnio. C. 470 a.C. Chazen Museum of Art. University of Wisconsin-Madison, doao de Sr. e Sra. Arthur J. Frank (1985.93). p. 257 dir. Lcito tico de figuras vermelhas representando Apolo ves- tido em trajes de concertista e segurando uma ctara na mo esquerda e um plectro na direita. A palmeira faz aluso a Delos, sua terra natal. Nova York, The Metropolitan Museum of Art, doao de Sr. e Sra. Leon Pomerance, 1953 (53.224). Imagem The Metropolitan Museum of Art. xxvi Notas sobre as ilustraes
  26. 26. xxvii Notas sobre a segunda edio 1 Os vocabulrios acompanham o Texto. A gramtica e os exerccios, pro- jetados para uso concomitante com o Texto, encontram-se no volume Aprendendo Grego (Gramtica e exerccios) 2 Um sinal da ligao () usado s vezes no Texto. Sua finalidade mostrar palavras ou grupos de palavras que devem ser entendidos em conjunto, por haver concordncia entre eles ou por comporem uma expresso. Quando as palavras a ser ligadas estiverem separadas por outras palavras intermedirias, o sinal de ligao assume a forma . Esses sinais vo sendo eliminados medida que a gramtica que os explica for sendo aprendida. No vocabulrio, essas expresses ligadas aparecem de acordo com sua pri- meira palavra. 3 As fontes citadas na pgina de ttulo de cada Parte so as principais fontes (mas de forma alguma as nicas) de toda a Parte. 4 A pgina de ttulo de cada Parte traz recomendaes sobre o tempo a ser dedicado a ela. Essas recomendaes baseiam-se em uma semana com trs a quatro aulas e supe preparao pelos estudantes (em particular uma lei- tura por conta prpria, com a ajuda dos vocabulrios). Se as recomendaes forem seguidas, Aprendendo Grego ser completado em 37 semanas. H 118 subsees (isto , sees marcadas A, B, C, etc.) 5 Transcries dos nomes prprios para o portugus: (a)De maneira geral, os nomes prprios so traduzidos do grego para o por- tugus de acordo com as transcries apresentadas em Gramtica e exer- ccios, 342. Note-se que a transcrio no far distino entre e , e , ou outras vogais breves e longas. (b)H, porm, alguns nomes privilegiados, to comuns em sua forma rece- bida que alter-los segundo os princpios de transcrio que geralmente adotamos seria incmodo. Encontraremos, por exemplo, Atenas, no Athenai (), Homero, no Homeros (), e Plato, no Platon (). (c)Todos os nomes prprios encontrados no Texto so transcritos no voca- bulrio dos textos ou na Lista de Nomes Prprios no livro de Gramtica e exerccios. (A maioria das palavras gregas tem sido transcrita, tradicio- nalmente, de acordo com princpios latinos e os mais importantes deles so apresentados em Gramtica e exerccios, 454). 6 No havendo observao em contrrio, todas as datas so a.C.
  27. 27. Introduo Dicepolis navega em direo ao porto de Atenas, o Pireu. A bordo do navio, um plano criminoso frustrado e, depois, a his- tria da batalha naval de Salamina lembrada enquanto o barco passa pela ilha. Quando a embarcao chega ao porto, os esparta- nos lanam um ataque-surpresa. A histria ambientada no incio da Guerra do Peloponeso, que comeou em 431. Fontes Demstenes, Discursos 32 Plato, on 540ess. Um fragmento cmico, Com. Adespot. 340 (Edmonds) Lsias, Discurso fnebre 27 ss. Herdoto, Histria 8.83ss. Homero, Ilada (passim) squilo, Os persas 353ss. Tucdides, Histria 2.93-4, 1.142, 6.32 Xenofonte, Helnicas 5.i 19-23 Aristfanes, Os acarnenses 393ss. Eurpides, Helena 1577ss. Tempo necessrio Cinco semanas (= vinte sesses, com quatro sesses por semana) Nota importante sobre as listas de vocabulrio 1. Os vocabulrios aparecem em ordem alfabtica. 2. Muitas expresses no texto so unidas pelos sinais de ligao e , por ex., a primeira orao . . Tais expresses aparecero no vocabulrio pela ordem da primeira palavra da expresso.Assim, aparecer em ; aparecer em ; e assim por Parte Um Atenas no mar
  28. 28. Parte Um: Atenas no mar diante. Essas ligaes sero reduzidas conforme os nomes e os casos forem sendo aprendidos. 3. No final de cada lista de vocabulrio e nas explicaes de Gramtica voc encontrar listas de palavras a aprender. Essas palavras no sero repetidas nas listas de vocabulrio, mas so agrupadas na Gramtica de tempos em tempos (por ex., p. 23). Todo esse vocabulrio ser encontrado no Vocabulrio completo grego-portugus no final dos livros de Textos e de Gramtica. 4. Os acentos nas listas de vocabulrio que acompanham os textos so impressos da maneira como aparecem no texto. 5. Mcrons indicando que uma vogal pronunciada como longa so marcados apenas nos Vocabulrios a aprender e no Vocabulrio completo no fim do livro.
  29. 29. Seo Um AJ: O golpe do seguro A rota de Bizncio a Atenas
  30. 30. Parte Um: Atenas no mar Seo Um AJ: O golpe do seguro A Hegstrato e Zentemis so scios em um negcio de transporte de milho. Eles fizeram um seguro da carga de gros a bordo de seu navio por um valor muito acima do real e planejam perd-la em um acidente, obtendo, assim, um grande lucro. Embarcam em Bizncio, com a carga de gros, o capito e a tripulao. O barco navega para Quios (onde um rapsodo embarca) e Eubeia (onde Dicepolis entra) e, por fim, Atenas e seu porto, Pireu, aparecem ao alcance dos olhos. Enquanto Zentemis distrai a ateno dos passageiros admirando a vista, um estranho barulho ouvido embaixo Em O mundo de Atenas: navios e navegao 2.4, 19; rapsodos 3.44; comrcio de cereais 6.65-9; cargas em navios 5.59; Pireu 1.32, 2.23-5, 32, 5.58; o Partenon 1.51, 2.34, 8.92-9. . , , , . Xo. , . . , . . , . ; . . ; . . 5 10
  31. 31. Vocabulrio para a Seo Um A Gramtica para 1AB c O artigo definido: c O princpio da concordncia c Adjetivos como c O caso vocativo -() ouvem - vai, anda - olha -() olham e; mas para para a Eubeia - para o navio X-o para Quios -- embarca --() embarcam em em Bizncio na Eubeia em Quios de repente ento, depois () ; est; existe e . . . tanto . . . como . . . por um lado . . . por outro lado o Dicepolis Zentemis - Hegstrato o capito - o rapsodo o os o os marinheiros, a tripulao - v -() veem o pois, portanto - navega para, na direo de paraAtenas para a terra para o Pireu . . . tanto . . . como por fim a a Acrpole ; o qu? o o Partenon o - o navio, barco - um barulho Vocabulrio a ser aprendido e; mas ento, depois e . . . A e B, tanto A como B Seo Um AJ: O golpe do seguro
  32. 32. Parte Um: Atenas no mar B (apontando para a terra) , , . . ; (olhando para a terra) ; . . , . ; . . . . Z. , . (concordando) , . (com um sobressalto) , . ; ; , ; . (desviando depressa o assunto) , , . . . . ; . . . Z, , . . (concordando com impacincia) , . , . . . , , . . Vocabulrio para a Seo Um B - ouo - ouves - ouvimos - ouve! a verdade mas = pergunta outra vez - olha! pois o aqui Dicepolis eu eu ao menos - vem! () ; est; existe Zeus Zentemis a Acrpole ns a est! ei! olha! tambm - belo - bela - belo capito capito - voc diz por Zeus no 5 10 15 20
  33. 33. sim agora o Partenon o Pireu - vejo - vs o no nada pois, portanto no - o barulho ; onde? - claramente tu a Acrpole ; o qu? - o estaleiro o Partenon o Pireu - o barulho - (no) te preocupes! (sc. com isso) - um barulho como! Vocabulrio a ser aprendido indica pergunta o aqui eu tambm tu ; o qu? quem? (dirigindo-se a algum) Seo Um AJ: O golpe do seguro Um navio mercante e um navio de guerra
  34. 34. Parte Um: Atenas no mar C . (mais freneticamente) , . . , . . ; . . . ; . (tornando-se lrico) , , . , . ., , . . . ; . (apontando para baixo) , . ; , . (agora desesperado) ; ; , ; . Vocabulrio para a Seo Um C Gramtica para 1CD c Verbos terminados em (tempo presente, modo indicativo, voz ativa) c O conceito de tempo, modo, voz, pessoa e nmero c Verbos compostos (com prefixos) c O modo imperativo (ordens) c O caso vocativo as os navios mercantes - ouo - ouvimos - ouve! mas - estais indo - olhai! pois ; por qu? Dicepolis eu; quanto a mim () so; esto; existem - vem! - vinde! () so; esto; existem Zentemis ns - belas, bonitas - belos, bonitos -- descemos de baixo - fala! - ficais no - vejo - vemos - vedes no - o barulho ; de onde? ; para onde? 5 10 15
  35. 35. o Posdon (deus do mar) - claramente os - os mercados as os navios mercantes ; e da? - o barulho vs - amigos - (no) vos preo- cupeis! (sc. com isso) como! Vocabulrio a ser aprendido mas pois ns no o, o, no como! Transporte de mercadorias pesadas Antes do desenvolvimento do motor a vapor ou de estradas com superfcie e manuteno adequadas, ou na ausncia de camelos (apropriadamente chamados de navios do deserto), o transporte por terra de mercadorias pesadas por longas dis- tncias era de fato impossvel. O principal meio de deslocamento de cargas pesadas por terra era o boi, a 3 km/h, puxando carroas sem eixo giratrio para fazer curvas. Os navios eram a nica resposta quando a tarefa era transportar cargas pesadas por alguma distncia (como cereais, na nossa histria), e por isso que a maioria das grandes cidades antigas situava-se junto costa ou a um rio navegvel ou em suas proximidades. Nos sculos V e IV, Atenas era muito dependente de produtos trazidos por mar, no s porque a quantidade de cereais produzidos na tica era insuficiente para a populao urbana, mas tambm porque a reputao de ser um local para onde se podia vir em busca de produtos de todas as partes do mundo grego era essencial para a vida prspera de Atenas e do Pireu. Poucas viagens por mar eram feitas por prazer, j que piratas eram um perigo constante at os atenienses os terem expul- sado do Egeu na dcada de 470. E viagens por mar tambm no eram possveis em todas as pocas do ano. As ilhas do Egeu permitiam que os marinheiros demarcas- sem seu curso tendo pontos fixos como referncia, mas os comerciantes no evita- vam o mar aberto. Os lentos e largos navios de carga dependiam de velas e vento e viajavam a uma velocidade mdia de cinco ns. O Victory do Almirante Nelson, um navio de guerra movido a velas muito maior e mais pesado, fazia uma mdia de sete ns. Os navios movidos a remos eram mais rpidos que os veleiros, mas seu volume menor e a presena dos remadores tornavam-nos adequados para uso principalmente em tempos de guerra. A trirreme, com 170 remadores, era o mais rpido e melhor navio de guerra do perodo clssico e podia alcanar a velocidade de sete a oito ns com uma produo de energia constante, ou at treze ns por um curto intervalo de dez a vinte minutos. Os navios de carga gregos, com sua tripu- lao pequena e carga pesada, no precisavam racionar o suprimento de comida e gua e, assim, podiam navegar por muitos dias e noites sem atracar; navios de guerra, com uma tripulao de cerca de duzentas pessoas e a necessidade de ser to leves quanto possvel, levavam menos provises e tinham de atracar com frequn- cia para permitir que os remadores descansassem e comessem. O mundo de Atenas, 2.19 Seo Um AJ: O golpe do seguro
  36. 36. 10 Parte Um: Atenas no mar D O capito desce ao compartimento de carga seguido por Dicepolis e os tripulantes. L, encontram Hegstrato, o autor do barulho misterioso. Em O mundo de Atenas: piloto 7.347. , . . . . . , ; (percebendo de repente que Hegstrato) , ; ; (com ar inocente) , , . . . (olhando atrs das costas de Hegstrato) , . . . , ; . (tentando esconder desesperadamente) , . . . . . . . (espantado) , ; ; (chamando a tripulao) , ; , . . , , . . (pedindo ajuda tripulao) , , . 5 10 15 20 25
  37. 37. Vocabulrio para a Seo Um D - ouo verdade - olha! - ajudai! ; por qu? Dicepolis - persegui! (imper.) - est afundando eu, quanto a mim de, proveniente de do navio vem! - eu mesmo na mo direita - tenho/estou segurando - tens/ests segurando - tem/est segurando Z Zeus - Hegstrato -- desce -- descemos --() descem -- est afundando embaixo de baixo capito, piloto - pegais - ests dizendo - est dizendo . . . por um lado... por outro lado marinheiros - o homem Dicepolis - Hegstrato ai de mim! o os marinheiros, a tripulao o capito, piloto - vedes -() veem nem nada o pois, ento, portanto ei, tu! - o barulho um machado (nom.) um machado (ac.) - estou fazendo - ests fazendo - est fazendo - lano ; o qu? algo - o homem - Hegstrato - o barulho - o navio vs - fujo - amigo - (no) te preocupes! (sc. com isso) - o nenhum barulho Vocabulrio a ser aprendido a verdade eu, quanto a mim, eu pelo menos nada pois, ento, portanto ; o qu? vs Seo Um AJ: O golpe do seguro11
  38. 38. 12 Parte Um: Atenas no mar E , . . , . . . , ; . (correndo at Zentemis) , , . . , , . . . (olhando para os marinheiros em perseguio) . . ; . . . , . , . Vocabulrio para a Seo Um E Gramtica para 1EF c Verbos contratos (-, -, -): tempo presente e imperativo c Regras de contrao c Advrbios (mente) vai! -- esto subindo em cima - olha - ajudam ento; agora (enfatizando) -() perseguem para o mar do navio no mar () ; est; existe Zentemis agora; j de fato j olha! de baixo me por um lado... por outro lado - fica/est esperando - (no) fiques! Zentemis - Hegstrato o os homens ai de mim! o os marinheiros/a tripulao - o barco salva- vidas - vejo ; para onde? - ests fazendo na direo de Zentemis na direo dos marinheiros - lana! claramente - ti mesmo - salva! 5 10 15
  39. 39. o mar - Hegstrato os os marinheiros/ a tripulao - fujo - foges/ests fugindo - foge - foge! (imper.) Vocabulrio a ser aprendido . . . por um lado . . . por outro lado ; para onde? ti mesmo Trirremes A trirreme tinha mastros e, em uma viagem longa, era possvel aproveitar os ventos favorveis. Os remadores no remavam todos ao mesmo tempo, exceto em combate. No havia espao a bordo para comer ou dormir e pouco espao para suprimentos (uma tripulao precisaria de cerca de 300 kg de cereais e 500 litros de gua por dia). A trirreme, em geral, tinha de ser atracada noite para que a tripulao obtivesse provises, comesse e dormisse. O relato feito por Xenofonte da viagem de Ifcrates contornando o Peloponeso mostra qual era a prtica usual; Ifcrates estava com pressa e queria preparar sua tripulao ao mesmo tempo em que viajava, mas, pelo relato de Xenofonte, podemos inferir o que era habitual: Quando Ifcrates comeou sua viagem em volta do Peloponeso, levou consigo todo o equipamento de que necessitava para uma batalha naval. Deixou em casa suas velas grandes, como se estivesse navegando para o combate, e fez muito pouco uso das velas pequenas mesmo quando o vento era favorvel. Dessa maneira, navegando com remos, ele exercitou seus marinheiros e tornou seus navios mais rpidos. E, quando chegava a hora de a expedio parar para a refeio matinal ou noturna em algum lugar, ele ordenava que os navios da frente voltassem, fizessem a curva novamente para ficar de frente para a terra e, a um sinal, fazia-os apostar corrida at a praia... E, se estavam fazendo uma refeio em territrio hostil, ele posicionava os sentinelas habituais em terra, mas tambm fazia erguer os mastros de seus navios e colocava homens de vigia no alto deles. Estes tinham uma viso muito mais ampla em sua posio elevada do que teriam em terra... Quando nave- gava durante o dia, ele os treinava para formar em linhas ou colunas a seu sinal, de modo que, no curso da viagem, eles haviam praticado e se tornado hbeis nas manobras necessrias em uma batalha naval antes de chegar rea do mar que ima- ginavam estar sob controle inimigo. (Xenofonte, Helnicas 6.2.2730) Um ponto, que no aparece nesse relato, era de grande importncia: a trirreme era to leve que no podia ser usada quando o tempo estava muito ruim. Isso significava que operaes navais, de modo geral, no eram possveis no inverno, nem nas ms condies produzidas pelos ventos etsios. As condies meteoro- lgicas eram um fator limitante constante na estratgia naval. O mundo de Atenas, 7.35 Seo Um AJ: O golpe do seguro13
  40. 40. 14 Parte Um: Atenas no mar F Hegstrato e Zentemis pulam para o mar e nadam at o barco salva-vidas. Mas o capito tem outras ideias. Em O mundo de Atenas: amigos e inimigos 4.2, 14-16; oraes 3.34, 8.13; sacrifcio 3.28-32. . , . , . . . (debatendo-se nas ondas) , ; , ; . , . ., . , , . . . , ; . . . , , . Vocabulrio para a Seo Um F de do navio -- estou morrendo -- estamos morrendo --() esto morrendo -- solta -- afasta-se - ajudai! Dicepolis - se, si mesmos para o mar () so; esto; existem () ; est; existe Zentemis -() procuram H- Hegstrato - maus - mal (tr. morte ruim) capito, piloto -() esperam marinheiros H Hegstrato - os homens ai de mim! o os marinheiros/ a tripulao o capito, piloto - o barco salva- vidas - vejo - vs -() vem ; onde? 5 10 15
  41. 41. -() lanam claramente a fuga - o barco salva- vidas - os homens -() fogem - (no) te preocupes! (sc. com isso) Vocabulrio a ser aprendido ai de mim! ; onde? Pireu A cidade porturia do Pireu, 7-8 km a sudoeste de Atenas, foi criada apenas no sculo V. At ento, os atenienses usavam a baa de Falero para trazer os navios terra, mas o estabelecimento de uma frota ampliada e a crescente atividade comer- cial levaram criao do porto do Pireu no promontrio vizinho deActe. Havia trs ancoradouros: Cntaros, a oeste, que era o principal porto e entreposto comercial, com um mercado no lado leste e o degma, um local para expor as mercadorias; e os ancoradouros menores de Zea e Munquia, a leste, para os navios de guerra. Os trs eram famosos por seus esplndidos abrigos para navios. A cidade em si foi projetada segundo um padro quadriculado regular de ruas por Hipodamo, natural da cidade grega de Mileto, na costa oeste da sia Menor, onde um plano de ruas similar tambm era usado. Em contraste com Atenas, com suas ruas estreitas e cheias de curvas, a cidade porturia deve ter parecido rigidamente organizada, com ruas retas, casas bem posicionadas e reas pblicas abertas. Alm das insta- laes navais, a cidade contava com muitos dos recursos de que Atenas dispunha, incluindo um conjunto de fortificaes, que eram necessrias para proteger o comrcio de Atenas, e um teatro. Em meados do sculo V, o porto foi ligado a Atenas pelas Longas Muralhas, uma obra de construo notvel, dada a distncia percorrida e o carter pantanoso do terreno no extremo do Pireu. A populao do Pireu era mista, pois no s comerciantes de fora hospedavam-se ali temporaria- mente, como muitos dos estrangeiros residentes em Atenas (metecos mtoikoi) viviam no porto, alguns dos quais eram responsveis pelo comrcio de Atenas e dirigiam negcios como fbricas de armas e bancos; os metecos tambm podiam ser comerciantes de cereais ou ocupar-se de pisoagem ou fabricao de po. Essa mescla populacional fazia com que os templos e santurios que se espalha- vam pela cidade porturia exibissem uma variedade de culto maior do que locais menos acessveis a influncia estrangeira, e divindades no-gregas como Bndis e Cibele tinham santurios ali. Essas novidades religiosas atraam a curiosidade dos atenienses, e foi um festival da deusa trcia Bndis que ocasionou a visita de Scrates e Glauco ao Pireu no incio da Repblica de Plato (2.46): Desci ontem ao Pireu com Glauco, filho de Arston. Queria fazer uma orao Deusa e tambm ver como eles fariam o festival, j que era a primeira vez que o estavam realizando. Devo dizer que considerei a contribuio local para a pro- cisso esplndida... O mundo de Atenas, 2.23-4 Seo Um AJ: O golpe do seguro15
  42. 42. 16 Parte Um: Atenas no mar G (percebendo de repente o perigo) . , ; ; , . ( . .) . (orando com fervor) , , . , . oo , , . ( .) . (com alvio) , . , . . . . 5 10 15
  43. 43. Vocabulrio para a Seo Um G Gramtica para 1G c Substantivos como (homem, 2a) e (trabalho, 2b) c O conceito de declinao c Substantivos neutros como sujeito ou objeto c Adjetivos como c Preposies como para, de, em c Partculas e sua posio; enclticas sempre - precisamente, detalhadamente --sobe(aoconvs) em cima (no convs) -- estamos morrendo -- afasta-se garantida ; por qu? Dicepolis prximo para o mar para o porto do mar - meu em minhas mos (lit. em mim) em perigo somos; estamos () ; est; existe - - a nossa segurana/salvao nos - sacrificamos sacrifcios e alm disso - mal (tr. uma morte ruim) -- deso -- desce -- est afundando - fica agora Dicepolis o capito, o piloto - - o nosso barco salva-vidas o porto -- examino o Posdon (deus do mar) cala-te! - examina, olha a ti - salva! - salvas - salvos - salvo -o o trabalho, a tarefa - - o nosso navio - os homens Vocabulrio a ser aprendido ; por qu? agora Preces As preces, como os sacrifcios, era mais ou menos fixas em seu formato geral... O deus invocado por nome ou ttulos, que so, com frequncia, numerosos; so lembrados atos generosos passados do deus e, ento, feito o pedido. Sem alguma referncia aos vnculos que ligavam um deus a seus fiis, no havia base para esperar ajuda divina, pois o pressuposto bsico era de reciprocidade. Uma orao aos deuses olmpicos era feita em p, com as mos erguidas; ao mundo inferior, com as mos abaixadas em direo terra. O mundo de Atenas, 3.34 Seo Um AJ: O golpe do seguro17
  44. 44. 18 Parte Um: Atenas no mar H O capito leva o navio at o porto. J escureceu. Um rapsodo, que insiste em citar Homero em cada ocasio possvel, submetido por Dicepolis a um interrogatrio ao estilo socrtico a respeito de sua arte. Em O mundo de Atenas: Homero 8.1; Scrates 8.33-6; palavras e argumentao 8.18-21. . . . . . . . , ; ; . , . . , . (intrometendo-se na conversa com uma frase homrica) . NA. ; . . . . , . . , ; ; . , , . . . , . . , ; . . , . 5 10 15 20
  45. 45. Vocabulrio para a Seo Um H Gramtica para 1HJ c Verbos eu sou/estou e eu sei c Complemento e elipse com c Adjetivos usados como substantivos c Mais partculas sempre - precisamente () claro (+ ac.) por causa de s; ests () ; est; existe somos; estamos () so; esto; existem (+ ac.) sobre - perguntar nos o navio em um navio cncavo - pilotar capito (voc.) preta, negra (nom.) - - -o tolo marinheiro (voc.) marinheiros (voc.) um marinheiro (nom.) o um navio veloz um navio negro noite (nom.) o mar cor- de-vinho (ac.) o marinheiro Scrates sei sabes () sabe - citar Homero que - ( + ac.) brincar (com) /: + so as nicas formas de que so contratas no grego tico -, rapsodo (2a) - um rapsodo - claramente - calar-se caro amigo (com condescendncia) a noite/escuro o que isso? o capito o porto os alunos o navio como Vocabulrio a ser aprendido o claro; evidente que ( + ac.) brincar; fazer graa (com) Seo Um AJ: O golpe do seguro19 Rapsodos Enquanto ns lemos livros, era mais normal que os atenienses ouvissem recitaes ao vivo, com um poeta ou historiador ou cientista postado diante de uma plateia e dirigindo-se a ela (em pblico ou privadamente)... Os atenienses provavelmente ouviam a Ilada e a Odisseia apresentadas por rap- sodos [recitadores de poemas profissionais]... com muito mais frequncia do que se sentavam para de fato ler Homero. O mundo de Atenas, 8.17
  46. 46. 20 Parte Um: Atenas no mar I . , . . ; , . . . , . . . ; . ; . . ; , ; .. , . Vocabulrio para a Seo Um I - -o um ignorante - saber; conhecer porque sou; estou s; ests () ; est; existe - - - meu - -o experiente o navio ou - - veloz, rpido - - -o cncavo por Zeus negra, preta (nom.) ao contrrio - - -o tolo sim -, as coisas nuticas (2b) sabes O-, Homero (2a) (poeta pico, autor da Ilada e da Odisseia) (+ ac.) com respeito a sobre Homero - - - blico muitas coisas (ac.) ... ou . . . ou como? ;claro,comono? -, as coisas referentes ao general (2b) - - - prprio de um general -, as coisas referentes aos soldados (2b) ; o qu? Vocabulrio a ser aprendido (-) saber; conhecer; reconhecer; decidir o hbil, experiente o estpido; tolo (+ ac.) com respeito a muitas coisas (ac.) sim 5 10