Aprendendo Grego the joint association of classical teachers’ greek course textos e vocabulário Tradução Cecília Bartalotti Supervisão Flávio Ribeiro de Oliveira Luiz Alberto Machado Cabral
1. Aprendendo Grego the joint association of classical teachers
greek course textos e vocabulrio Traduo Ceclia Bartalotti Superviso
Flvio Ribeiro de Oliveira Luiz Alberto Machado Cabral
2. Aprendendo Grego edio brasileir a Antes de iniciarmos a
traduo da primeira edio do Aprendendo grego em 2004, solicitamos a
opinio de professores e estudiosos de lngua grega antiga. A maioria
dos professores questionados via a publicao como uma excelente
contribuio ao seu trabalho, e boa parte j usava o mtodo, apesar da
inexistncia de traduo. Dois anos mais tarde, quando concluamos os
trabalhos de traduo, fomos surpreendi- dos pelo lanamento da
segunda edio pela Cambridge University Press. Tendo a segunda edio
recebido inmeras alteraes, e sendo estas fruto da reflexo e da uti-
lizao do mtodo por educadores, decidimo-nos pela publicao da edio
aprimo- rada, propiciando assim aos estudantes e professores
brasileiros a verso atualizada de um recurso j consagrado para o
ensino do grego em vrios pases. A traduo e publicao do livro de
Textos e vocabulrio em forma de cd-rom, em vez do livro
tradicional, tem unicamente em vista a reduo do preo final do
conjunto, permitindo que o leitor imprima partes do livro conforme
sua necessidade. Os trabalhos de traduo, superviso e reviso levados
a cabo por Luiz Alberto M. Cabral, Ceclia Bartaloti e Flvio Ribeiro
de Oliveira merecem os crditos de um trabalho esmerado. Agradecemos
a vrios professores da rea que foram consul- tados no decorrer dos
trabalhos e somos especialmente gratos pelas inmeras cor- rees e
sugestes recebidas dos professores Paula da Cunha Correa e Jos
Marcos Macedo. S.T.
3. Reading Greek TEXTOS E VOCABULRIO Publicado pela primeira
vez no Reino Unido em 1978, Aprendendo Grego tornou-se um
best-seller na categoria de curso introdutrio de grego antigo em um
ano para estudantes e adultos. O livro combina o melhor das tcnicas
modernas e tradicionais de aprendizagem e usado amplamente nas
escolas, cursos de vero e universidades em todo o mundo. Foi tambm
vertido em vrias lnguas estrangeiras. Este volume Texto e
Vocabulrio, que acompanha o livro, contm uma narrativa inteiramente
adaptada a partir de autores antigos a fim de estimular os
estudantes a desenvolve- rem rapidamente suas habilidades, ao mesmo
tempo em que recebem uma excelente introduo cultura grega.
4. Prefcio vii Prefcio segunda edio ix Agradecimentos xii Notas
sobre as ilustraes xvi Notas sobre a segunda edio xvii Parte 1
Atenas no mar 1 Seo Um AJ: O golpe do seguro 4 Seo Dois AD: O
passado glorioso 22 Seo Trs AE: Atenas e Esparta 30 Parte 2
Decadncia moral? 41 Seo Quatro AD: Desrespeito lei na vida
ateniense 42 Seo Cinco AD e Seis AD: Scrates corrompe os jovens 53
Seo Sete AH: Scrates e a investigao intelectual 72 Parte 3 Atenas
pelos olhos do poeta cmico 89 Seo Oito AC: As aves de Aristfanes e
vises de Utopia 90 Seo Nove AJ: As vespas de Aristfanes 99 Seo Dez
AE: Lisstrata de Aristfanes 120 Seo Onze AC: Os acarnenses de
Aristfanes 130 Parte 4 As mulheres na sociedade ateniense 138 Sees
Doze a Catorze: O processo contra Neera 140 Seo Doze AI: Neera como
escrava 144 Seo Treze AI: Neera como mulher casada 161 Seo Catorze
AF: Proteo da pureza de uma mulher 175 Seo Quinze AC: Alceste na
pea de Eurpides 183 Parte 5 A viso ateniense de justia 190 Sees
Dezesseis e Dezessete: Justia oficial e privada 191 Seo Dezesseis
AH: Justia oficial: navios, Estado e indivduos 192 Seo Dezessete
AE: Justia privada: problemas no campo 204 Seo Dezoito AE: Como
Zeus deu a justia aos homens 214Sumrio
5. Parte 6 Deuses, destino e homem 225 Seo Dezenove AF: A
histria de Adrasto 227 Parte 7 Heri e herona homricos 243 Seo Vinte
AG: Odisseu e Nauscaa 246 Vocabulrio completo grego-portugus das
palavras a aprender 267 Como encontrar a forma lexical de um verbo
267 Conveno 268 Lista de nomes prprios 287 vi Sumrio
6. H um critrio, e apenas um, pelo qual um curso para
aprendizes de uma lngua no mais falada deve ser julgado: a
eficincia e a velocidade com que esse curso os leva a ler textos na
lngua original com preciso, entendimento e prazer. O
estabelecimento de um Greek Project pela Joint Association of
Classical Teachers foi produto da convico de que era possvel compor
um curso de grego antigo que satisfizesse esse critrio melhor do
que qualquer curso j existente. Haveria pouco sentido em um projeto
desse tipo se o declnio atual do grego nas escolas tivesse sido
reflexo claro de uma geral, crescente e irreversvel inca- pacidade
da sociedade moderna de responder esteticamente e intelectualmente
cultura grega; mas essa incapacidade de resposta no ocorreu, uma
vez que a popularidade da literatura grega em tradues e de cursos
de arte e histria gregas continuou a crescer. Pareceu Joint
Association que havia uma lacuna precisando de uma ponte. Pontes
custam dinheiro e, quando um pedido de 40.000 em contribuies foi
feito no incio de 1974 pelo Dr. Michael Ramsey e outros, era
legtimo ter dvidas quanto a como a causa do grego iria se sair em
competio com outras causas mais populares. Mas os otimistas
viram-se justi- ficados: em novembro, haviam sido obtidas
contribuies na ordem de 63.000, uma soma que mais do que compensava
o efeito da inflao depois do oramento inicial do projeto e, em
1976, um pedido de contribuies para manter um quarto e ltimo ano de
trabalho resultou em mais de 15.000. Isso foi possvel graas a
centenas de indivduos, muitas escolas, faculdades, instituies e
fundos e, em particular ao Leverhulme Trust Fund, ao Ernest Cook
Trust e Cambridge University Faculty of Classics. No teria sido
difcil compilar mais uma gramtica descritiva sistemtica de grego e
entreme-la com exerccios que testassem o progresso do aluno ao
longo da gramtica, estgio por estgio. Nem teria sido difcil pr
diante do aluno uma antologia da literatura grega, traduzir a maior
parte para ele, oferecer a interva- los algumas regras gramaticais
prticas e inspir-lo na esperana de que pegasse o jeito com a lngua
e, com o tempo, conseguisse entender a essncia ou os pontos
principais de qualquer texto grego. Qualquer um que aprenda grego
pelo primeiro desses dois mtodos levar muito tempo para chegar ao
ponto de ler um texto grego original; no caminho, ter adquirido
muito mais conhecimento gramatical do que precisava e muito menos
conhecimento do que o necessrio sobre o pensamento e o sentimento
gregos. A tcnica de compilar uma gramtica descritiva para fins de
referncia vii Prefcio
7. e a tcnica de apresentar um idioma a um estudante so
totalmente diferentes, como os professores de lnguas modernas
sabem. A noo de que se pode pegar o jeito de textos estrangeiros
simplesmente lendo uma srie deles com a ajuda de tradues, mas sem
uma orientao lingustica cuidadosa, igualmente ilusria. Podemos de
fato esperar compreender boa parte do que nos dito em uma lngua
moderna se formos colocados em um ambiente em que possamos ouvi-la
o dia inteiro; mas nosso progresso depende de sermos participantes
da situao em que as palavras so pronunciadas e da disposio do
falante nativo de repetir, simplificar, falar mais devagar e
comple- mentar a fala com sinais e gestos. Nossa relao com os
autores gregos dife- rente; se abordarmos uma argumentao platnica
ou um dilogo trgico apenas com uma vaga ideia de gramtica, as
chances de um entendimento equivocado no marginalmente, mas
totalmente equivocado so muito altas. O curso foi composto e
revisado por pessoas que se preocupam basicamente com o que
funciona melhor e no usam tradicional ou moderno como termos
elogiosos ou depreciativos. Nas primeiras sees, predominam as
palavras e cons- trues mais comuns e as oraes so curtas; mas a
estrutura das oraes no foi adaptada ao idioma do aluno, e o teste
de frequncia no foi aplicado de forma to rigorosa admisso de
vocabulrio e expresses a ponto de roubar todo o colorido linguagem.
No incio, o texto grego uma composio moderna, embora seu tema seja
derivado de fontes gregas. Mas logo as vozes de Plato e Aristfanes
comeam a ser ouvidas; os compositores modernos vo sendo afastados
medida que os autores antigos, progressivamente menos reescritos
para adequar-se s limitaes do aluno iniciante, assumem o comando. O
contedo do texto deter- minado to raramente quanto possvel pela
descomplicao lingustica e to fre- quentemente quanto possvel pela
necessidade de familiarizar o estudante adulto ou quase adulto com
os aspectos caractersticos da cultura grega. Nem todos acham que
certo compor em grego ou adaptar textos originais. No h nada, em
nenhum curso de lnguas, que todos considerem certo. A equipe do
Projeto, o Comit Diretivo e o Conselho Consultivo foram obrigados a
tomar muitas decises s vezes contra a opinio de uma minoria, mas
nunca sem uma discusso paciente e amistosa que sofrero crticas.
Pede-se que os crticos levem em conta que a experincia combinada de
sala de aula, sala de palestras e atendi- mento pedaggico da
Equipe, Comit e Conselho no apenas considervel, mas variada; que
rascunhos sucessivos, tendo sido testados na JACT Summer School e
em outros locais, neste pas e nos Estados Unidos, foram
constantemente revi- sados diante dos resultados dos testes; e que,
no aprendizado de lnguas, podem surgir ocasies em que a carne
suculenta para um homem o repolho cru para outro. A Equipe foi, do
incio ao fim, criativa e engenhosa, rpida e cordial nas respostas s
crticas e infalivelmente determinada diante de dificuldades
tcnicas. E tem boas razes para acreditar que o curso que produziu
possa vir a representar, para a maioria dos estudantes, um caminho
mais direto e curto do que qualquer outro para chegar literatura
grega como os prprios gregos a conheciam.K.J. Dover viii
Prefcio
8. O Curso de Grego Aprendendo Grego da Joint Association of
Classical Teachers foi escrito para principiantes que estejam no
ensino mdio, universidade ou edu- cao para adultos. Seu objetivo
possibilitar que os estudantes leiam o grego tico dos sculos V e
IV, Homero e Herdoto, com alguma fluncia e capacidade de
compreenso, em um a dois anos. O mtodo consiste em um texto grego
ade- quado ao nvel, adaptado de fontes originais (contido em
Aprendendo Grego: Texto e vocabulrio), associado a um livro de
gramtica (Aprendendo Grego: Gramtica e exerccios), que mantm
correspondncia com o texto. Mtodo Os dois livros devem ser usados
em conjunto. Estgio Um (usando o Texto e os vocabulrios especficos)
Com a ajuda do professor e dos vocabulrios que acompanham o texto,
ler e traduzir o grego do Texto at o ponto no livro de Gramtica em
que comeam as explicaes grama- ticais referente s sees em questo. O
texto foi escrito para estimular os princi- piantes a ler com
crescente fluncia e segurana. Os vocabulrios especficos so escritos
de modo a possibilitar que os estudantes leiam os textos antes da
aula depois que os princpios gramaticais mais importantes tiverem
sido aprendidos. fundamental incentivar os alunos a fazer isso.
Estgio Dois Assegurar que os estudantes tenham aprendido os
vocabulrios especficos. Estgio Trs Passar Gramtica, que expe e
explica com clareza e pratici- dade os pontos gramaticais
importantes que devem ser aprendidos no momento. Estgio Quatro
Fazer tantos exerccios quanto o professor considerar neces- srio
para esclarecer e reforar a gramtica. Aps isso, o aluno deve ser
capaz de resolver com sucesso o Exerccio de Teste, que prope um
texto novo. Depois, voltar ao Texto e repetir o processo. Conforme
o aluno progride, a adap- tao do Texto diminui at dar lugar a
textos gregos totalmente no-adaptados. No final da Gramtica, h uma
Gramtica de Referncia que resume o material da Gramtica, um
Panorama da Lngua que examina e expande temas encontrados na
Gramtica, Vocabulrios e diversos ndices. O uso do Curso essencial
que os alunos sejam estimulados a ler o Texto com tanta velocidade
compatvel com um entendimento preciso quanto possvel. A quantidade
ix Prefcio segunda edio
9. de leitura oferecida, seu grau de dificuldade controlado e o
vocabulrio muito completo devem ajudar nisso. A Gramtica e os
Exerccios contm o trabalho lingustico detalhado necessrio para
completar as lies gramaticais do Texto. O formato do Curso faz com
que ele seja ideal para estudantes que tenham pouco tempo para
passar com o professor por semana. Como h muitas leituras com graus
de dificuldade cuidadosamente planejados, apoiadas por vocabulrios
completos, esses estudantes encontraro muito material para ler por
conta prpria. Aprendizes independentes Estudantes que estejam
trabalhando sozinhos encontraro auxlio ao longo do curso em An
Independent Study Guide to Reading Greek (segunda edio, 2008).
Ajuda adicional Peter Jones, Learn Ancient Greek (Duckworth/Barnes
and Noble, 1998), uma introduo simples aos fundamentos do grego
antigo que se mostrou um curso inicial muito til como preparao para
o Aprendendo Grego. Os dois livros da Oxford a seguir so fortemente
recomendados. James Morwood e John Taylor (orgs.), Pocket Oxford
Classical Greek Dictionary (Oxford, 2002). James Morwood, Oxford
Grammar of Classical Greek (Oxford, 2001). Depois de Aprendendo
Grego Aprendendo Grego prepara os alunos para ler o tico dominante
dos sculos V e IV, Homero e Herdoto. A segunda parte do Curso
composta de trs volumes dois textos (far- tamente ilustrados) e um
vocabulrio tambm publicados pela Cambridge University Press sob a
rubrica geral da srie The Joint Association of Classical Teachers
Greek Course. Cada texto constitudo de selees de 600-900 linhas de
autores clssicos importantes, com vocabulrio e notas: A World of
Heroes (1979): Homero, Herdoto e Sfocles. The Intellectual
Revolution (1980): Eurpides, Tucdides e Plato. Greek Vocabulary
(1980): este pequeno volume contm todo o vocabulrio no apresentado
junto com os textos acima. O sucesso de Aprendendo Grego gerou a
demanda por mais textos na srie, todos com notas e vocabulrios e
com muitas ilustraes. Estes tambm so pro- jetados para uso
imediatamente aps o Aprendendo Grego: The Triumph of Odysseus
(1996): Odisseia 2122 (completos) de Homero. New Testament Greek: A
Reader (2001). A Greek Anthology (2002): trechos de mais de mil
anos de literatura grega. O mundo de Atenas (edio brasileira, 1997)
Publicado originalmente em 1984, O mundo de Atenas oferece uma
introduo atualizada, amplamente ilustrada e claramente escrita para
a histria, cultura e sociedade da Atenas clssica. Nele so abordados
de todos os temas apresenta- Prefcio segunda edio
10. dos no Texto de Aprendendo Grego. Referncias a O mundo de
Atenas (edio brasileira) sero encontradas ao longo do Texto. De
tempos em tempos, tambm citaremos trechos de O mundo de Atenas
ajustados para se adaptar ao contexto ou associados a material
relevante adicional. As convenes ortogrficas de O mundo de Atenas
foram adequadas ao uso do AG nessas ocasies. Em 2007, foi publicada
a segunda edio britnica de The World of Athens, totalmente revisada
luz dos estudos mais recentes pelo Professor Robin Osborne (Kings
College Cambridge). Prefcio segunda edio xi
11. Aprendendo Grego foi desenvolvido por uma Equipe de Projeto
(Dr. P.V. Jones, Dr. K.C. Sidwell e Sra. F.E. Corrie) sob a
orientao de um Comit Diretivo e um Conselho Consultivo, constitudos
como se segue: Comit Diretivo: Professor J.P.A. Gould (Bristol
University) (Chefe de depar- tamento); M.G. Balme (Harrow School);
R.M. Griffin (Manchester Grammar School); Dr. J.T. Killen
(Tesoureiro, Jesus College, Cambridge); Sir Desmond Lee
(Tesoureiro, Reitor, Hughes Hall, Cambridge); A.C.F. Verity
(Diretor, Leeds Grammar School); Sra. E.P. Story (Hughes Hall,
Cambridge). Conselho Consultivo: G.L. Cawkwell (University College,
Oxford); Dr. J. Chadwick (Downing College, Cambridge); Professora
A. Morpurgo Davies (Somerville College, Oxford); Sir Kenneth Dover
(Reitor, Corpus Christi College, Oxford); Professor E.W. Handley
(University College, Londres); B.W. Kay (HMI); Dr. A.H. Sommerstein
(Nottingham University); Dr. B. Sparkes (Southampton University);
G. Suggitt (Diretor, Stratton School); A.F. Turberfield (HMI). O
Comit e o Conselho completo reuniram-se trs vezes por ano durante o
perodo de 1974-78, enquanto o Curso estava sendo desenvolvido, mas
tambm dividiram-se em subcomits para dar auxlio especfico Equipe de
Projeto quanto a alguns aspectos do Curso, a saber: Texto: K.J.D.;
E.W.H. Gramtica: J.C.; A.M.D.; A.H.S. (que, com K.J.D., tiveram a
gentileza de fazer contribuies individuais para a Gramtica de
Referncia e os Panoramas da Lngua). Exerccios: M.G.B.; R.M.G.;
A.C.F.V. Textos de apoio: G.L.C.; J.P.A.G.; B.S. Difuso: B.W.K.;
H.D.P.L.; E.P.S.; G.S.; A.F.T. Tambm fomos orientados por vrios
especialistas do exterior, que usaram o Curso ou apresentaram
sugestes, a saber: J.A. Barsby (Dunedin, Nova Zelndia); S. Ebbesen
(Copenhague, Dinamarca); B. Gollan (Queensland, Austrlia);
Professor A.S. Henry (Monash, Austrlia); Dr.. D. Sieswerda
(Holanda); Professor H.A. Thompson (Princeton, E.U.A.). Gostaramos
de destacar nossa imensa dvida de gratido com o Comit Diretivo, o
Conselho Consultivo e nossos consultores no exterior. Mas tambm
gostaramos de deixar claro que as decises finais sobre todos os
aspectos do Curso e qualquer erro de omisso e comisso so
responsabilidade exclusiva da Equipe. xii Agradecimentos da edio
original de Aprendendo Grego (1978)
12. Agradecemos a ajuda e os conselhos do Professor D. W.
Packard (Chapel Hill, N. Carolina, E.U.A.) sobre o uso do
computador para anlise e impresso em grego; e do Dr. John Dawson,
do Cambridge University Literary and Linguistic Computing
Laboratory, que disponibilizou para ns os recursos do Centro de
Informtica para a impresso e exame do material de rascunho nos
primeiros estgios do Projeto. Aprendemos muito com os membros da
Equipe que produziu o Cambridge Latin Course e estamos extremamente
gratos a eles pela ajuda, em especial nos primeiros estgios do
Projeto. Se produzimos um Curso que adota uma viso mais tradicional
do aprendizado de lnguas, ainda assim nossa dvida a muitos dos
princpios e muito da prtica que o C.L.C. defendia muito grande. Por
fim, nossos melhores agradecimentos a todos os professores de
escolas, universidades e centros de educao para adultos, tanto no
Reino Unido como no exterior, que usaram e comentaram o material
preliminar. Devemos um agra- decimento especial aos organizadores
da J.A.C.T. Greek Summer School em Cheltenham, que nos permitiram
utilizar nosso material na escola durante os trs anos em que o
Curso estava sendo desenvolvido. Peter V. Jones (Director) Keith C.
Sidwell (Second Writer) Frances E. Corrie (Research Assistant) A
segunda edio de Aprendendo Grego (2007) As principais
caractersticas do curso revisado Aprendendo Grego foi originalmente
escrito com o pressuposto de que seus usurios conhecessem latim.
Tempora mutantur ele foi agora revisado sob o pressuposto de que
isso no acontece e luz das experincias daqueles que vm usando o
curso h quase trinta anos. Embora a estrutura geral do curso e seu
material de leitura tenham permanecido os mesmos, as mudanas mais
impor- tantes so: Texto 1. Os vocabulrios especficos e vocabulrios
a serem aprendidos esto agora no Texto, nas mesmas pginas do grego
a que se referem. O Texto tambm tem o Vocabulrio de Aprendizado
Grego-Portugus completo no final, assim como a Gramtica. 2. H
indicaes em todo o Texto do material de gramtica que est sendo
introduzido e em que ponto; e h referncias s sees de O mundo de
Atenas (edio brasileira) relevantes para o tema abordado nos textos
e para as questes em discusso. Agradecimentos xiii
13. Como resultado dessas alteraes, o Texto pode agora
funcionar como um instrumento de reviso de leitura independente
para qualquer pessoa que tenha um conhecimento bsico de grego
antigo, qualquer que tenha sido o curso para iniciantes utilizado.
A segunda metade do Texto, em particu- lar, comeando por seus
trechos cuidadosamente adaptados dos discursos jurdicos
extremamente importantes contra a mulher Neera e prosseguindo at
Plato e uma introduo aos dialetos de Herdoto e Homero, so uma
introduo ideal a uma literatura soberba e a questes sociais,
culturais, histricas e filosficas fundamentais relacionadas ao
mundo grego antigo. 3. Vrios aspectos da base cultural e histrica
do Texto so discutidos de tempos em tempos in situ. 4. A Seo Cinco
original foi dividida em duas sees, Cinco e Seis. Como resultado, h
agora vinte sees no curso. Gramtica A Gramtica foi totalmente
reescrita e redesenhada. O objetivo foi tornar seu formato e seu
contedo mais fceis de usar: 1. H uma introduo a alguns pontos
bsicos da gramtica do portugus e sua terminologia e sua relao com o
grego antigo. 2. As explicaes so mais claras e mais completas,
compostas para aqueles que nunca aprenderam uma lngua com
declinaes, e o formato mais agradvel aos olhos. 3. Exerccios curtos
acompanham as explicaes de cada novo item de gramtica. Se o
professor preferir, estes podem ser usados para proporcionar
feedback instantneo sobre o entendimento do novo material pelo
aluno. 4. As declinaes so apresentadas na pgina em sentido
vertical, e no horizon- tal, e a prtica de sombrear os casos ainda
no explicados foi abandonada. Agradecimentos A reviso foi realizada
sob a gide de um subcomit do Comit de Grego da Joint Association of
Classical Teachers, o grupo que teve a ideia do Projeto e o
supervisionou desde o seu incio em 1974. O subcomit foi constitudo
pelo Professor David Langslow (University of Manchester, diretor de
departa- mento), Dr. Peter Jones (Diretor do Curso), Dr. Andrew
Morrison (University of Manchester), James Morwood (Wadham College,
Oxford), Dr. James Robson (Open University), Dr. John Taylor
(Tonbridge School), Dr. Naoko Yamagata (Open University), Dr. James
Clackson (Jesus College, Cambridge) e Adrian Spooner (Consultor
administrativo). O subcomit reuniu-se aproximadamente uma vez em
cada perodo letivo durante dois anos e tomou decises que afetaram
todos os aspectos da segunda edio. Concentrou-se particularmente na
Gramtica. As Sees 12 foram revisadas em primeiro lugar pelo Dr.
Andrew Morrison, as Sees 39 pelo Dr. James Robson e as Sees 1020
pelo Dr. Peter Jones, enquanto os Panoramas da Lngua foram
revisados pelo Professor David Langslow. Os membros do xiv
Agradecimentos
14. subcomit leram e comentaram praticamente tudo. O Professor
Brian Sparkes (University of Southampton) foi mais uma vez
consultor para as ilustraes. Agradecemos aos estudantes e
professores da JACT Greek Summer School de 2006, em Bryanston, por
terem feito um teste completo da primeira metade do curso revisado
em sua forma preliminar, especialmente a Anthony Bowen (Jesus
College, Cambridge); e Dra. Janet Watson pelo trabalho com as
provas. A Cambridge University Press deu total apoio reviso. Dr.
Michael Sharp discutiu pacientemente conosco e atendeu maioria de
nossas solicitaes, Peter Ducker resolveu os complicados problemas
de formato com elegncia e habili- dade e Dra. Caroline Murray
supervisionou competentemente a informatizao do texto. Dr. Peter
Jones, como Diretor, tem a responsabilidade final por esta segunda
edio. Peter Jones Newcastle on Tyne Setembro de 2006 Agradecimentos
xv
15. p. 3 alto Mapa mostrando a rota de Bizncio a Atenas. p. 3
embaixo Vista de sudoeste da Acrpole de Atenas. esquerda esto o
Propileu e o pequeno templo de Nke; no topo, ao centro, o
Erecteion; o Partenon destaca-se ao sul. Foto: Alison Frantz (AT
71).CortesiadaAmericanSchoolofClassicalStudiesemAtenas. p. 5
Detalhe de um navio mercante da mesma taa mostrada na p. 7. p. 7
Taa tica de figuras negras representando um navio mercante esquerda
e um navio de guerra de dois nveis direita. O navio mercante
arredondado e espaoso e movido por velas; o navio de guerra
estreito e baixo e movido por remos ou vela. Final do sculo VI a.C.
Londres, British Museum (B 436). The Trustees of the British
Museum. p. 11 esq. Detalhe de uma nfora nolana tica de figuras
vermelhas, atri- buda ao Pintor de Enocles, que mostra Hracles
destruindo a casa de Sileu; ele baixa seu machado sobre um capitel
cado. Sileu da Ldia costumava obrigar os estranhos de passagem a
cavar a sua vinha; Hracles arrancou as vinhas e/ou derrubou a casa.
Segundo quarto do sculo V a.C. Paris, Louvre (G 210). Foto: RMN
Herv Lewandowski. p. 11 dir. Detalhe de uma encoa tica de figuras
negras, atribuda Classe Keyside, que mostra um navio com um homem
de p na proa e outros na parte dianteira o tema incerto. Que o
navio no est vindo para terra mostrado pelo mastro e vela levan-
tados e pelo fato de que os navios entravam na praia de popa. Final
do sculo VI a.C. Londres, British Museum (B 508). The Trustees of
the British Museum. p. 16 nfora tica de figuras vermelhas de
formato panatenaico, atribuda ao Pintor de Cleofrades,
representando Posdon com alguns dos atributos de seus domnios: um
tridente e um peixe. Posdon representado como um homem maduro de
barba e cabelos longos. Incio do sculo V a.C. bpk, Berlim, 2006/
Antikensammlung, SMB (F 2164)/Jutta Tietz-Glagow. p. 19 nfora de
gargalo estreito tica de figuras vermelhas, atribuda ao Pintor de
Cleofrades, representando um rapsodo em uma plataforma. Ele est de
p, segurando seu basto em destaque xvi Notas sobre as
ilustraes
16. xvii frente, e o pintor acrescentou palavras diante de sua
boca Era uma vez em Tirinto [sic]... provavelmente o incio de uma
pica em hexmetros. Incio do sculo V a.C. Londres, British Museum (E
270). The Trustees of the British Museum. p. 22 esq. Skphos tico de
figuras vermelhas, atribudo a um seguidor de Douris, representando
um persa sentado em uma pedra, com a mo direita estendida para seu
grande escudo de vime. Ele usa um traje com calas compridas e
mangas longas e tem um chapu mole (tiara) na cabea. Esta uma de
vrias repre- sentaes de persas que parecem ter sido influenciadas
pelos contatos do incio do sculo V. Meados do sculo V a.C. bpk,
Berlim, 2006/Antikensammlung, SMB (VI 3156). p. 22 dir. Desenho no
interior de uma taa tica de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor
de Triptlemo, representando uma luta entre um grego e um persa.
feito um contraste entre o traje do guerreiro grego (elmo de
bronze, proteo para as pernas e peitoral) e a veste com calas
compridas do persa. Ambos os guerreiros portam espadas curvas, mas
o grego tem um escudo e o persa traz um arco e aljava. Primeiro
quarto do sculo V a.C. Edimburgo, National Museums of Scotland
(1887.213). The Trustees of the National Museums of Scotland. p. 24
Friso entalhado do Tesouro no Palcio de Perspolis. Em uma
plataforma no centro est Dario no trono, com Xerxes atrs. Ele est
concedendo uma audincia a um oficial medo que faz um gesto de
respeito; sua frente, h dois queimadores de incenso. As colunas do
baldaquino agora ausente separam os guardas armados dos personagens
centrais. Atrs de Xerxes h dois altos oficiais da corte. Boa parte
da arquitetura e das esculturas do palcio de Perspolis revela a
influncia e a mo de artesos gregos. Incio do sculo V a.C. Teer,
Museu Arqueolgico. Copyright da foto de The Oriental Institute
Museum, Chicago, todos os direitos reservados. p. 26 Desenho em um
prato tico de figuras negras, atribudo a Psiax, representando um
trombeteiro, de mo no quadril, instrumento levantado, soprando uma
convocao. O trombeteiro est vestido com uma armadura. ltimo quarto
do sculo VI a.C. Londres, British Museum (B 590). The Trustees of
the British Museum. p. 28 Mapa de Atenas e Salamina. p. 32 Desenho
no interior de uma taa tica de figuras vermelhas repre- sentando um
guerreiro usando uma tanga e proteo nas pernas e
portandoumescudo,elmoelana.Oguerreirocorreparaadireita, mas olha
para a esquerda; estaria fugindo de uma luta? O pintor,
Skthes(cita),tendeaterumavisohumorsticadavida.ltimo quarto do sculo
VI a.C. Paris, Louvre (CA 1527). Foto: RMN. Notas sobre as
ilustraes xvii
17. p. 38 esq. Mapa de Atenas e os portos do Pireu. p. 38 dir.
Detalhe de uma encoa tica de figuras vermelhas represen- tando um
jovem diante de um altar despejando uma liba- o de uma vasilha
rasa. Primeiro quarto do sculo V a.C. Antikenmuseum Basel und
Sammlun Ludwig, Inv. K 423. Foto: Andreas F. Vgelin e Claire
Niggli. p. 40
FiguradebronzedeZeuspreparando-separalanarseuraio.Aobra
provavelmente corntia. Segundo quarto do sculo V a.C. bpk, Berlim,
2006/Antikensammlung, SMB (10561)/Christa Begall. p. 42 Detalhe de
cntaro tico de figuras negras com uma s ala mostrando um homem
deitado em seu caixo. A mulher (pin- tada de branco) teve a tarefa
de preparar o corpo para o sepul- tamento e os homens vm agora
prestar homenagens e unir-se lamentao. Londres, British Museum
(1899.7-21.1). The Trustees of the British Museum. p. 46 Desenho do
santurio dos Doze Deuses no centro de Atenas. Situado perto do lado
norte da gora, esse santurio, consti- tudo de um altar dentro de
uma rea cercada, era um lugar de refgio e o ponto de onde eram
medidas as distncias para outras partes da Grcia. O santurio foi
fundado pelo jovem Pisstrato no ano de seu arcontado, 522/1 a.C. p.
52 esq. Skphos tico de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor de
Evon, representando Teseu de manto e chapu de viagem. Ele segura
duas lanas. Snis, o verga-pinheiros, mostrado no outro lado do
skphos, sentado sob uma rvore e segurando um porrete. Essa uma das
aventuras de Teseu em seu caminho de Trezena para Atenas. Meados do
sculo V a.C. bpk, Berlim, 2006/Antikensammlung, SMB (F 2580)/Jutta
Tietz-Glagow. p. 52 dir. Detalhe de uma pelk tica de figuras
vermelhas, atribuda a um pintor que uma imitao ruim do Pintor de
Chicago, mostrando Tlefo, rei dos msios, que tomou o beb Orestes
como refm e buscou refgio em um altar como suplicante. Sua coxa
esquerda enrolada em bandagens indica o local da ferida infligida
pela lana de Aquiles. Agammnon (no mostrado) est diante dele
esquerda. Segundo quarto do sculo V a.C. Londres, British Museum (E
382) The Trustees of the British Museum. p. 53 esq. Figura de
bronze de um cavalo, parte de uma quadriga. Os arreios so
particularmente ntidos, mostrando a parte com faceiras curvas e o
peitoral a que eram presos os tirantes. Segundo quarto do sculo V
a.C. Olmpia, Museu. Foto: DAI Athen (Olmpia 1808). p. 53 dir. Uma
coleo de moedas de prata atenienses de vrias denomi- naes.
Cambridge, Fitzwilliam Museum. Reproduzido com autorizao dos
Syndics of the Fitzwilliam Museum. xviii Notas sobre as
ilustraes
18. p. 57 Lamparina de argila com pavio aceso. Este pequeno
recipiente para leo podia oferecer luz por 2-3 horas, com brilho
maior que o de uma vela. Atenas, Museu da gora (L 4137). Foto:
cortesia da American School of Classical Studies em Atenas.
Escavaes na gora. p. 61 Essas duas redomas de forno eram
pr-aquecidas e colocadas sobre a massa j preparada; eram usadas
tambm para apagar o fogo. C. 500 a.C. (esquerda) e c. 400 a.C.
(direita). Atenas, Museu da gora (P 8862 e P 10133). Foto: cortesia
da American School of Classical Studies em Atenas. Escavaes na
gora. p. 64 esq. Um par de botas de viagem modeladas em argila,
encontrado em um tmulo de cremao de uma mulher do Geomtrico Antigo.
Atenas, Museu da gora (P 19429). Foto: cortesia da American School
of Classical Studies em Atenas. Escavaes na gora. p. 64 dir.
Detalhe de uma nfora tica de figuras vermelhas, atribuda ao Pintor
da nfora de Munique, representando um par de botas em um pequeno
escabelo sob uma mesa; acima da mesa, um homem reclina-se em um
sof. Incio do sculo V a.C. Munique. Antikensammlung (2303). Foto:
Hirmer Fotoarchiv. p. 72 Vista de Delfos voltado para sudeste. A
verso do sculo IV do tempo de Apolo encontra-se atrs do teatro no
primeiro plano. Foto: Alison Frantz (ST 1b). Cortesia da American
School of Classical Studies em Atenas. p. 73 Detalhe de uma cratera
com volutas tica de figuras verme- lhas, atribuda ao Pintor de
Cleofonte e encontrada em Spina, na Itlia, representando uma
procisso em honra de Apolo em Delfos. Apolo est sentado direta, em
um trono elevado sobre uma plataforma. O cenrio um templo
representado por quatro colunas da ordem drica. Os atributos de
Apolo so um ramo e uma coroa de louros e uma aljava e arco na
parede; a localizao dlfica identificada pela pedra-umbigo e pela
trpode diante das colunas. Uma autoridade espera a procisso chegar;
esta liderada por uma jovem em traje de festa carregando um cesto
sacrifical (kanoun) sobre a cabea. Terceiro quarto do sculo V a.C.
Museo Archeologico Nazionale di Ferrara (T 57C VP). p. 76 esq.
Opedestaldeumrelevovotivoticoemmrmore,mostrandouma sapataria com
homens e uma criana trabalhando. A inscrio que comea abaixo dessa
cena indica que a dedicatria de um sapa- teiro Dionsio e seus
filhos para o heri Calistfano. O relevo prin- cipal acima do
pedestal no foi preservado. Meados do sculo IV a.C. Atenas, Museu
da gora (I 7396). Foto: cortesia da American School of Classical
Studies em Atenas. Escavaes na gora. p. 76 dir. Cristal de rocha do
leste da Grcia (Samos?) com um desenho talhado em relevo de um
fabricante de elmos sentado em um Notas sobre as ilustraes xix
19. banco e batendo no alto de um elmo com um pequeno martelo.
Esse um motivo comum no entalhe de pedras preciosas. Fim do sculo
VI a.C. Munique, Staatliche Munzsammlung (36246). p. 81 Desenho no
interior de uma taa tica de figuras vermelhas representando um
homem sentado com tabuinhas e estilo, sem dvida corrigindo o
exerccio do menino que est em p sua frente. Um estojo de flauta est
dependurado na parede. Incio do sculo V a.C. Antikenmuseum Basel
und Sammlung Ludwig, Inv. BS 465. Foto: Andreas F. Vgelin e Claire
Niggli. p. 83 Extremidade decorada de um pente de ouro do tmulo
real de Solokha, no baixo Dnieper. Acima de uma linha de lees dei-
tados h uma cena de combate entre dois soldados a p e um a cavalo.
As armas e armaduras so uma mistura de equipamen- tos gregos e
citas e, como muitos objetos de tmulos citas, o pente provavelmente
foi feito por um arteso grego residente em Panticapeu. Final do
sculo V a incio do sculo IV a.C. The State Hermitage Museum, So
Petersburgo (Dn. 1913.1/1). p. 84 Detalhe de uma pelk de figuras
vermelhas representando uma amazona montada; ela est em combate,
provavelmente com Teseu. Veste calas, uma blusa de mangas longas e
um chapu de tecido mole. Sua arma uma lana; outras representaes
incluem tambm um escudo lunado e um arco e aljava. As amazonas eram
um tema comum na arte grega e so geral- mente vestidas em trajes
vagamente orientais. Siracusa, Museo Archeologico Regionale Paolo
Orsi (inv. 9317). C. 440 a.C. Foto: Hirmer Fotoarchiv. p. 88 Grupo
de dois atores em terracota, atuando em uma comdia ateniense de
meados do sculo IV a.C. Vestem tnicas curtas e as mscaras
estilizadas de um escravo e um homem jovem (porm com barba); eles
esto festejando. Segundo quarto do sculo IV a.C. bpk, Berlim,
2006/Antikensammlung. SMB (8405)/Johannes Laurentius. p. 90 Detalhe
de um khos tico de figuras vermelhas represen- tando um homem de
barba em traje festivo apontando para um cesto sacrifical (kanoun)
segurado por uma segunda figura. O cenrio uma oficina de ferreiro,
com o forno direita e uma bigorna entre as duas figuras. H algo
nitidamente caricatural na cena. C. 400 a.C. Atenas, Museu da gora
(P 15210). Foto: cortesia da American School of Classical Studies
em Atenas. Escavaes na gora. p. 92 Desenho esquemtico de Atenas por
volta de 425 a.C. p. 102 Detalhe de uma pelk tica de figuras
vermelhas, atribuda ao Pintor de Cleofonte, representando uma mnade
tocando um tamborim enquanto conduz o retorno de Hefesto. Terceiro
xx Notas sobre as ilustraes
20. quarto do sculo V a.C. Munique, Antikensammlung (2361).
Foto: Hirmer Fotoarchiv. p. 103 Detalhe no interior de uma taa tica
de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor de Pentesileia, mostrando
um jovem de p diante de outro que est sentado com uma lira. Acima
de suas cabeas est a inscrio O menino belo (kals), um comen- trio
comum tanto nessa forma geral ou usando um nome pr- prio especfico.
Segundo quarto do sculo V a.C. Hamburgo, Museum fur Kunst und
Gewerbe (1900.164). p. 105 esq. Desenho no interior de uma taa tica
de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor de Antfon, representando
uma mula com uma sela de carga com armao de madeira. A mula, que
era o animal de carga habitual, no tem freio ou bocal. C. 480 a.C.
Boston, Museum of Fine Arts (10.199). Compra do James Fund e do
Museu com fundos doados por colaboradores. Fotografia 2006, Museum
of Fine Arts, Boston. p. 105 dir. Pelk tica de figuras vermelhas,
atribuda a um pintor prximo do Pintor de Gttingen, que representa
Odisseu escapando sob um carneiro. Ele est de armadura e segura uma
espada; est agarrado com as mos, mas as linhas no corpo do animal
fazem aluso s amarras de seus companheiros. Nenhum ciclope
mostrado; a histria era to bem conhecida e inconfundvel que era
possvel apresentar apenas um pedao dela. C. 490-480 a.C. Boston,
Museum of Fine Arts (61.384). Doao annima em memria de Laccy D.
Caskey. Fotografia 2006, Museum of Fine Arts, Boston. p. 110 esq.
Rplicas modernas de um relgio de gua (klepsdra) ateniense usado
para cronometrar discursos nos tribunais. Uma tampa no tubo de
bronze na base do recipiente era retirada no incio de um discurso.
As duas letras khi indicam que o recipiente comportava dois khes
(6,4 litros) e o recipiente era esvaziado em seis minu- tos. O nome
Antiokhdos, que significa pertencente tribo de Antioquis, pode
indicar que esse recipiente era usado quando a tribo estava
presidindo a cmara do Conselho (Bouleutrion). Atenas, Museu da gora
(P 2084). Foto: cortesia da American School of Classical Studies em
Atenas. Escavaes na gora. p. 110 dir. Desenho no interior de uma
taa tica de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor da Fundio,
representando um participante de uma festa com um leno em torno da
cabea, um manto sobre os ombros e um cajado sob o brao, urinando em
um jarro. Primeiro quarto do sculo V a.C. bpk, Berlim, 2006/
Antikensammlung, SMB (VI 3198). p. 111 esq. Desenho no interior de
uma taa tica de figuras vermelhas, atri- budo a Onsimo,
representando um homem em incio de calv- Notas sobre as ilustraes
xxi
21. cie caminhando com um cesto e um cajado na mo esquerda e um
recipiente para lquidos (kdos), provavelmente de bronze, na mo
direita. A grinalda em sua testa indica que ele participa de
festejos. Primeiro quarto do sculo V a.C. Boston, Museum of Fine
Arts (95.29). Catharine Page Perkins Fund. Fotografia 2006, Museum
of Fine Arts, Boston. p. 111 dir. Um recipiente (kdos) de argila
usado para tirar gua do poo, em contraste com o jarro de gua
(hdria) que era usado na fonte. Na borda desse recipiente, foram
inscritas as palavras eu sou um kdos; comum que os objetos recebam
o poder da fala nesse tipo de inscries. A palavra kals tambm foi
inscrita, como se o recipiente estivesse chamando a si prprio de
belo. Final do sculo VI a.C. Foto: DAI Athen (Cermico 7357). p. 112
O julgamento de Labes em uma produo grega moderna de As Vespas de
Aristfanes. Cortesia de D.H. Harrisiades e da Organizao Nacional de
Turismo da Grcia. p. 114 Um conjunto de equipamentos de cozinha
atenienses comuns: uma caarola sobre um forno alto, um forno em
formato de barril e um braseiro. Sculos V e IV a.C. Atenas, Museu
da gora (P 2306 sobre 16521, P 16512 sobre 16520, P 2362). Foto:
cortesia da American School of Classical Studies em Atenas.
Escavaes na gora. p. 117 Figura de terracota becia de uma mulher
ralando alguma coisa em um recipiente de mistura. Incio do sculo V
a.C. Boston, Museum of Fine Arts (01.7783). Compra do museu com
fundos doados por colaboradores. Fotografia 2006, Museum of Fine
Arts, Boston. p. 126 Detalhe de um skphos tico de figuras
vermelhas, atribudo ao Pintor de Brigos, representando um homem
festejando e uma cortes (hetara). Incio do sculo V a.C. Paris,
Louvre (G 156). Foto: RMN Chuzeville. p. 128 esq. Interior de uma
taa tica de figuras vermelhas, atribuda a Onsimo, representando um
homem calvo em uma festa convi- dando uma cortes (hetara) a se
despir. O homem usa sapatos e segura uma bengala; um cesto e uma
lira esto ao fundo. Primeiro quarto do sculo V a.C. Londres,
British Museum (E 44). The Trustees of the British Museum. p. 128
dir. Detalhes de uma taa tica de figuras vermelhas, atribuda a
Mcron, com um homem em uma festa e uma cortes (hetara) juntos em um
sof. Primeiro quarto do sculo V a.C. Nova York, The Metropolitan
Museum of Art, Rogers Fund, 1920 (20.246). Imagem The Metropolitan
Museum of Art. p. 130 Desenho da gora ateniense vista de noroeste.
xxii Notas sobre as ilustraes
22. p. 133 Prato tico de figuras vermelhas, atribudo a
Epicteto, represen- tando um arqueiro tirando um arco de sua aljava
enquanto vira a cabea para a direita, na direo de um perseguidor no
mos- trado. Ele veste um traje oriental com mangas longas e calas e
um chapu cita alto. ltimo quarto do sculo VI a.C. Londres, British
Museum (E 135). The Trustees of the British Museum. p. 136 Interior
de uma taa tica de figuras vermelhas, maneira do Pintor de Antfon,
representando um jovem segurando uma taa na mo esquerda e uma
concha de cozinha na direita. Atrs dele h uma vasilha contendo um
recipiente para gelar o vinho. A grinalda em seus cabelos mais uma
indicao de que essa uma cena de uma festa. Primeiro quarto do sculo
V a.C. Compigne, Muse Vivenel (inv. 1102). p. 138 Taa tica de
figuras vermelhas, atribuda ao Pintor de Anfitrite, representando
um noivo conduzindo sua noiva para o lar. A noiva, que, como de
hbito, usa um vu, seguida por uma mulher com uma tocha, enquanto,
esquerda, a casa representada por uma porta e uma coluna e dentro
est a me do noivo, tambm segu- rando tochas. Um jovem toca lira
para o casal. Esta pode ser uma verso do casamento de Peleu e Ttis.
Segundo quarto do sculo V a.C. bpk, Berlim, 2006/Antikensammlung,
SMB (F 2530)/ Jutta Tietz-Glagow. p. 144 A rea da gora de Atenas,
com o Hefstion na extremidade esquerda e a Acrpole na extremidade
direita. O prdio longo no centro a recentemente reconstruda Sto de
talo, erguida ori- ginalmente em meados do sculo II a.C.; ela
formava, na poca, o lado oriental da gora. O lado ocidental ficava
abaixo da colina em que estava o Hefstion. Os tribunais
encontravam-se nessa rea e em torno dela. A meia distncia est o
pico de Licabeto e, direita, as colinas de Himeto. Foto: DAI Athen.
p. 148 Desenho reconstrudo do monumento dos Heris Epnimos. Este era
constitudo de uma fileira de esttuas dos patronos das dez tribos em
que Atenas e a tica foram divididas por Clstenes no final do sculo
VI a.C. A base do monumento era usada para a exposio de
anteprojetos de novas leis propostas, avisos de processos e listas
para servio militar. Cortesia da American School of Classical
Studies em Atenas. p. 152 Detalhe de uma placa tica de figuras
vermelhas, encontrada em Elusis, mostrando partes do culto
eleusino. No certa uma interpretao precisa das cenas, mas Demeter
pode estar repre- sentada duas vezes no lado direito, com Persfone
a seu lado no nvel superior e com Iaco sua frente com tochas no
nvel inferior. As figuras esquerda podem ser iniciados se
aproximando. Uma inscrio na placa diz que ela era dedicada s deusas
por Niinon, Notas sobre as ilustraes xxiii
23. talvez a cortes Nanon daquele perodo. Meados do sculo IV
a.C. Atenas, National Archaeological Museum (inv. 11036). p. 155
Discos de votao oficiais encontrados na gora ateniense. Cada jurado
recebia dois discos, um com o eixo slido (para absolvio) e o outro
com o eixo oco (para condenao); colo- cando o polegar e o indicador
sobre os eixos, o jurado podia dar seu voto sem revelar sua
preferncia. Alguns discos tm a ins- crio Votao oficial e alguns
trazem uma letra em relevo, talvez para indicar a seo do jri. Um
sistema menos sofisti- cado de seixos (psphoi) era utilizado antes
do sculo IV a.C. Atenas, Museu da gora (B 1056, 146, 728, 1058,
1055). Foto: cortesia da American School of Classical Studies em
Atenas, escavaes na gora. p. 156 Taa tica de figuras vermelhas,
atribuda ao Pintor de Brigos, representando um banquete em
andamento. Os homens recli- nam-se sobre sofs; uma jovem toca
flautas, enquanto outra prepara-se para entregar uma taa de vinho a
um dos homens. Um jovem segura uma lira perto de uma coluna, que
indica uma cena em um recinto fechado. H cestas penduradas nas
paredes. Primeiro quarto do sculo V a.C. Londres, British Museum (E
68). The Trustees of the British Museum. p. 162 Detalhe de um
desenho estendido de um lcito tico de figuras negras, atribudo ao
Pintor de masis, representando mulhe- res trabalhando em fiar,
preparar a l e tecer. O lcito pode ter sido um presente de
casamento para uma noiva. Meados do sculo VI a.C. Nova York, The
Metropolitan Museum of Art, Fletcher Fund, 1931 (31.11.10). Imagem
The Metropolitan Museum of Art. p. 174 Os relevos laterais de uma
moldura de altar (?) de mrmore, o chamado Trono de Ludovisi. feito
um contraste entre a mulher de vu junto ao queimador de incenso e a
tocadora de flauta nua. O propsito, significado e local de produo
so incertos. Segundo quarto do sculo V a.C. Roma, Museo Nazionale
Romano (inv. 8670). Foto: Alinari Archives, Florena. p. 183 Detalhe
de um vaso tico de figuras vermelhas (usado para trabalhar com l),
atribudo ao Pintor de Ertria, representando preparativos para o
casamento de Alceste ( direita). Ela representada na entrada de sua
cmara nupcial e suas amigas enchem um lutrforo com murta (centro) e
lbtes gamiko com ramos. Ambos os tipos de vasos esto relacionados
cerimnia de casamento. Duas outras amigas brincam com um passa-
rinho. O objeto pode ter sido um presente de casamento para uma
noiva. Terceiro quarto do sculo V a.C. Atenas, Museu Arqueolgico
Nacional (inv. 1629). xxiv Notas sobre as ilustraes
24. p. 187 Detalhe de um lutrforo de figuras vermelhas apuliano
repre- sentando Alceste cercada por seus filhos e com seu marido
Admeto esquerda. A mulher de cabelos brancos direita pode ser a me
ou a ama de Admeto; o homem idoso o tutor (pai- dagogs) das
crianas. Esta uma das melhores representaes sul-italianas de temas
trgicos. Meados do sculo IV a.C. Antikenmuseum Basel und Sammlung
Ludwig, Inv. S 21. Foto: Andreas F. Vgelin e Claire Niggli. P. 189
Taa tica de figuras vermelhas, atribuda ao Pintor de Pancio,
representando uma briga entre folies. C. 480 a.C. The State
Hermitage Museum, So Petersburgo (B-2100). p. 204 Reconstruo
desenhada de uma casa de campo perto de Vari, na tica. De Annual of
the British School at Athens 68 (1973), 355-452. p. 205 Uma hdria
de bronze. Terceiro quarto do sculo V a.C. Cambridge, Mass., Fogg
Museum (1949.89). Reproduzida por cortesia dos Trustees of the
Harvard University Art Museum. p. 207 Detalhe de uma pelk tica de
figuras vermelhas represen- tando um jovem carregando um div e uma
pequena mesa em preparao para uma festa. Oxford, Ashmolean Museum
(AN 1890.29 (V 282)). p. 209 Skphos tico de figuras vermelhas
mostrando uma rara cena de natureza morta de objetos domsticos:
abajur e baldes, caarola e grelha, arca, cesto, jarra de vinho e
caneca. The J. Paul Getty Museum, Villa Collection, Malibu,
Califrnia (86.AE.265). p. 214 Detalhe de um clice-cratera tico de
figuras vermelhas, atribu- do ao Pintor de Dinos, representando
Prometeu e stiros. Ele lhes entrega o dom do fogo, que os stiros
pegam com suas tochas da haste de frula (nrthex). O nome de
Prometeu est escrito ao lado dele e os stiros so chamados Como,
Squinis e Simo. A inspirao para a cena (e outras como ela) pode ter
vindo do drama satrico de squilo Promthes Pyrkais. ltimo quarto do
sculo V a.C. Oxford, Ashmolean Museum (1937.983). p. 222 nfora
ovoide de gargalo estreito tica de figuras negras, atri- buda ao
Afetado, representando Zeus em um trono, esquerda, enviando Hermes
em uma misso. Hermes est usando seus sapa- tos alados e chapu de
viagem e segura o caduceu. Terceiro quarto do sculo VI a.C. Oxford,
Ashmolean Museum (G 268/V 509). p. 224 nfora tica de figuras
vermelhas, atribuda a Mson, repre- sentando Creso sentado sobre a
sua pira fnebre. Sua posio de realeza mostrada pelo trono e pelo
cetro. Ele despeja uma libao de um prato (phil), enquanto Eutimo (o
nome est escrito ao lado) pe fogo na madeira. C. 500 a.C. Paris,
Louvre (G 197). Foto: RMN Herv Lewandowski. Notas sobre as
ilustraes xxv
25. p. 227 Mapa da Grcia e da sia Menor mostrando o Olimpo
msio, local da caada ao javali em que o filho de Creso foi morto.
p. 238 Dnos tico de figuras vermelhas, atribudo ao Pintor de
Agrigento, representando uma caada de javali. Esta pode ser uma
verso da caada ao javali de Clidon, pois, embora Atalanta no esteja
presente e nenhum dos participantes seja identificado pelo nome, um
caador segura um machado de batalha que cos- tuma ser associado a
Anceu. Segundo quarto do sculo V a.C. Atenas, Museu Arqueolgico
Nacional (inv. 1489). p. 242 nfora de gargalo estreito tica de
figuras vermelhas, atribu- da ao Pintor de Nauscaa, representando
Odisseu aparecendo de trs de uma rvore em que Nauscaa e suas
companheiras haviam estendido as roupas lavadas. Ele segura um ramo
em cada mo e tm a aparncia adequadamente desalinhada. Atena
posta-se entre ele e Nauscaa, que olha para trs enquanto foge com
suas companheiras. Terceiro quarto do sculo V a.C. Munique,
Antikensammlung (2322). p. 244 Stmnos tico de figuras vermelhas,
atribudo ao Pintor de Sereias, representando Odisseu e as sereias.
Odisseu est amar- rado ao mastro e os ouvidos de seus companheiros
esto presumi- velmente tampados com cera, j que o canto das sereias
no est tendo nenhum efeito. Exasperada, uma das sereias cai das
pedras para a morte. Primeiro quarto do sculo V a.C. Londres,
British Museum (E 440). The Trustees of the British Museum. p. 247
Detalhesdeumaencoaticadefigurasnegras,atribudaaoGrupo de Burgon,
representando dois jovens e um homem em um carro puxado por mulas.
Segundo quarto do sculo VI a.C. Londres, British Museum (B 485).
The Trustees of the British Museum. p. 255 Tampa de uma pxis tica
de figuras vermelhas, atribuda a son, que representa Odisseu
aparecendo diante de Nauscaa e suas companheiras, com Atena para
ajud-lo. C. 420 a.C. Boston, Museum of Fine Arts (04.18a-b). Henry
Lillie Pierce Fund. Fotografia 2006, Museum of Fine Arts, Boston.
p. 257 esq. Lcito tico de figuras vermelhas atribudo ao Pintor de
Ortia, representando rtemis com um arco e um prato de libao (phil):
um cervo faz aluso ao seu domnio. C. 470 a.C. Chazen Museum of Art.
University of Wisconsin-Madison, doao de Sr. e Sra. Arthur J. Frank
(1985.93). p. 257 dir. Lcito tico de figuras vermelhas
representando Apolo ves- tido em trajes de concertista e segurando
uma ctara na mo esquerda e um plectro na direita. A palmeira faz
aluso a Delos, sua terra natal. Nova York, The Metropolitan Museum
of Art, doao de Sr. e Sra. Leon Pomerance, 1953 (53.224). Imagem
The Metropolitan Museum of Art. xxvi Notas sobre as ilustraes
26. xxvii Notas sobre a segunda edio 1 Os vocabulrios
acompanham o Texto. A gramtica e os exerccios, pro- jetados para
uso concomitante com o Texto, encontram-se no volume Aprendendo
Grego (Gramtica e exerccios) 2 Um sinal da ligao () usado s vezes
no Texto. Sua finalidade mostrar palavras ou grupos de palavras que
devem ser entendidos em conjunto, por haver concordncia entre eles
ou por comporem uma expresso. Quando as palavras a ser ligadas
estiverem separadas por outras palavras intermedirias, o sinal de
ligao assume a forma . Esses sinais vo sendo eliminados medida que
a gramtica que os explica for sendo aprendida. No vocabulrio, essas
expresses ligadas aparecem de acordo com sua pri- meira palavra. 3
As fontes citadas na pgina de ttulo de cada Parte so as principais
fontes (mas de forma alguma as nicas) de toda a Parte. 4 A pgina de
ttulo de cada Parte traz recomendaes sobre o tempo a ser dedicado a
ela. Essas recomendaes baseiam-se em uma semana com trs a quatro
aulas e supe preparao pelos estudantes (em particular uma lei- tura
por conta prpria, com a ajuda dos vocabulrios). Se as recomendaes
forem seguidas, Aprendendo Grego ser completado em 37 semanas. H
118 subsees (isto , sees marcadas A, B, C, etc.) 5 Transcries dos
nomes prprios para o portugus: (a)De maneira geral, os nomes
prprios so traduzidos do grego para o por- tugus de acordo com as
transcries apresentadas em Gramtica e exer- ccios, 342. Note-se que
a transcrio no far distino entre e , e , ou outras vogais breves e
longas. (b)H, porm, alguns nomes privilegiados, to comuns em sua
forma rece- bida que alter-los segundo os princpios de transcrio
que geralmente adotamos seria incmodo. Encontraremos, por exemplo,
Atenas, no Athenai (), Homero, no Homeros (), e Plato, no Platon
(). (c)Todos os nomes prprios encontrados no Texto so transcritos
no voca- bulrio dos textos ou na Lista de Nomes Prprios no livro de
Gramtica e exerccios. (A maioria das palavras gregas tem sido
transcrita, tradicio- nalmente, de acordo com princpios latinos e
os mais importantes deles so apresentados em Gramtica e exerccios,
454). 6 No havendo observao em contrrio, todas as datas so
a.C.
27. Introduo Dicepolis navega em direo ao porto de Atenas, o
Pireu. A bordo do navio, um plano criminoso frustrado e, depois, a
his- tria da batalha naval de Salamina lembrada enquanto o barco
passa pela ilha. Quando a embarcao chega ao porto, os esparta- nos
lanam um ataque-surpresa. A histria ambientada no incio da Guerra
do Peloponeso, que comeou em 431. Fontes Demstenes, Discursos 32
Plato, on 540ess. Um fragmento cmico, Com. Adespot. 340 (Edmonds)
Lsias, Discurso fnebre 27 ss. Herdoto, Histria 8.83ss. Homero,
Ilada (passim) squilo, Os persas 353ss. Tucdides, Histria 2.93-4,
1.142, 6.32 Xenofonte, Helnicas 5.i 19-23 Aristfanes, Os acarnenses
393ss. Eurpides, Helena 1577ss. Tempo necessrio Cinco semanas (=
vinte sesses, com quatro sesses por semana) Nota importante sobre
as listas de vocabulrio 1. Os vocabulrios aparecem em ordem
alfabtica. 2. Muitas expresses no texto so unidas pelos sinais de
ligao e , por ex., a primeira orao . . Tais expresses aparecero no
vocabulrio pela ordem da primeira palavra da expresso.Assim,
aparecer em ; aparecer em ; e assim por Parte Um Atenas no mar
28. Parte Um: Atenas no mar diante. Essas ligaes sero reduzidas
conforme os nomes e os casos forem sendo aprendidos. 3. No final de
cada lista de vocabulrio e nas explicaes de Gramtica voc encontrar
listas de palavras a aprender. Essas palavras no sero repetidas nas
listas de vocabulrio, mas so agrupadas na Gramtica de tempos em
tempos (por ex., p. 23). Todo esse vocabulrio ser encontrado no
Vocabulrio completo grego-portugus no final dos livros de Textos e
de Gramtica. 4. Os acentos nas listas de vocabulrio que acompanham
os textos so impressos da maneira como aparecem no texto. 5. Mcrons
indicando que uma vogal pronunciada como longa so marcados apenas
nos Vocabulrios a aprender e no Vocabulrio completo no fim do
livro.
29. Seo Um AJ: O golpe do seguro A rota de Bizncio a
Atenas
30. Parte Um: Atenas no mar Seo Um AJ: O golpe do seguro A
Hegstrato e Zentemis so scios em um negcio de transporte de milho.
Eles fizeram um seguro da carga de gros a bordo de seu navio por um
valor muito acima do real e planejam perd-la em um acidente,
obtendo, assim, um grande lucro. Embarcam em Bizncio, com a carga
de gros, o capito e a tripulao. O barco navega para Quios (onde um
rapsodo embarca) e Eubeia (onde Dicepolis entra) e, por fim, Atenas
e seu porto, Pireu, aparecem ao alcance dos olhos. Enquanto
Zentemis distrai a ateno dos passageiros admirando a vista, um
estranho barulho ouvido embaixo Em O mundo de Atenas: navios e
navegao 2.4, 19; rapsodos 3.44; comrcio de cereais 6.65-9; cargas
em navios 5.59; Pireu 1.32, 2.23-5, 32, 5.58; o Partenon 1.51,
2.34, 8.92-9. . , , , . Xo. , . . , . . , . ; . . ; . . 5 10
31. Vocabulrio para a Seo Um A Gramtica para 1AB c O artigo
definido: c O princpio da concordncia c Adjetivos como c O caso
vocativo -() ouvem - vai, anda - olha -() olham e; mas para para a
Eubeia - para o navio X-o para Quios -- embarca --() embarcam em em
Bizncio na Eubeia em Quios de repente ento, depois () ; est; existe
e . . . tanto . . . como . . . por um lado . . . por outro lado o
Dicepolis Zentemis - Hegstrato o capito - o rapsodo o os o os
marinheiros, a tripulao - v -() veem o pois, portanto - navega
para, na direo de paraAtenas para a terra para o Pireu . . . tanto
. . . como por fim a a Acrpole ; o qu? o o Partenon o - o navio,
barco - um barulho Vocabulrio a ser aprendido e; mas ento, depois e
. . . A e B, tanto A como B Seo Um AJ: O golpe do seguro
32. Parte Um: Atenas no mar B (apontando para a terra) , , . .
; (olhando para a terra) ; . . , . ; . . . . Z. , . (concordando) ,
. (com um sobressalto) , . ; ; , ; . (desviando depressa o assunto)
, , . . . . ; . . . Z, , . . (concordando com impacincia) , . , . .
. , , . . Vocabulrio para a Seo Um B - ouo - ouves - ouvimos -
ouve! a verdade mas = pergunta outra vez - olha! pois o aqui
Dicepolis eu eu ao menos - vem! () ; est; existe Zeus Zentemis a
Acrpole ns a est! ei! olha! tambm - belo - bela - belo capito
capito - voc diz por Zeus no 5 10 15 20
33. sim agora o Partenon o Pireu - vejo - vs o no nada pois,
portanto no - o barulho ; onde? - claramente tu a Acrpole ; o qu? -
o estaleiro o Partenon o Pireu - o barulho - (no) te preocupes!
(sc. com isso) - um barulho como! Vocabulrio a ser aprendido indica
pergunta o aqui eu tambm tu ; o qu? quem? (dirigindo-se a algum)
Seo Um AJ: O golpe do seguro Um navio mercante e um navio de
guerra
34. Parte Um: Atenas no mar C . (mais freneticamente) , . . , .
. ; . . . ; . (tornando-se lrico) , , . , . ., , . . . ; .
(apontando para baixo) , . ; , . (agora desesperado) ; ; , ; .
Vocabulrio para a Seo Um C Gramtica para 1CD c Verbos terminados em
(tempo presente, modo indicativo, voz ativa) c O conceito de tempo,
modo, voz, pessoa e nmero c Verbos compostos (com prefixos) c O
modo imperativo (ordens) c O caso vocativo as os navios mercantes -
ouo - ouvimos - ouve! mas - estais indo - olhai! pois ; por qu?
Dicepolis eu; quanto a mim () so; esto; existem - vem! - vinde! ()
so; esto; existem Zentemis ns - belas, bonitas - belos, bonitos --
descemos de baixo - fala! - ficais no - vejo - vemos - vedes no - o
barulho ; de onde? ; para onde? 5 10 15
35. o Posdon (deus do mar) - claramente os - os mercados as os
navios mercantes ; e da? - o barulho vs - amigos - (no) vos preo-
cupeis! (sc. com isso) como! Vocabulrio a ser aprendido mas pois ns
no o, o, no como! Transporte de mercadorias pesadas Antes do
desenvolvimento do motor a vapor ou de estradas com superfcie e
manuteno adequadas, ou na ausncia de camelos (apropriadamente
chamados de navios do deserto), o transporte por terra de
mercadorias pesadas por longas dis- tncias era de fato impossvel. O
principal meio de deslocamento de cargas pesadas por terra era o
boi, a 3 km/h, puxando carroas sem eixo giratrio para fazer curvas.
Os navios eram a nica resposta quando a tarefa era transportar
cargas pesadas por alguma distncia (como cereais, na nossa
histria), e por isso que a maioria das grandes cidades antigas
situava-se junto costa ou a um rio navegvel ou em suas
proximidades. Nos sculos V e IV, Atenas era muito dependente de
produtos trazidos por mar, no s porque a quantidade de cereais
produzidos na tica era insuficiente para a populao urbana, mas
tambm porque a reputao de ser um local para onde se podia vir em
busca de produtos de todas as partes do mundo grego era essencial
para a vida prspera de Atenas e do Pireu. Poucas viagens por mar
eram feitas por prazer, j que piratas eram um perigo constante at
os atenienses os terem expul- sado do Egeu na dcada de 470. E
viagens por mar tambm no eram possveis em todas as pocas do ano. As
ilhas do Egeu permitiam que os marinheiros demarcas- sem seu curso
tendo pontos fixos como referncia, mas os comerciantes no evita-
vam o mar aberto. Os lentos e largos navios de carga dependiam de
velas e vento e viajavam a uma velocidade mdia de cinco ns. O
Victory do Almirante Nelson, um navio de guerra movido a velas
muito maior e mais pesado, fazia uma mdia de sete ns. Os navios
movidos a remos eram mais rpidos que os veleiros, mas seu volume
menor e a presena dos remadores tornavam-nos adequados para uso
principalmente em tempos de guerra. A trirreme, com 170 remadores,
era o mais rpido e melhor navio de guerra do perodo clssico e podia
alcanar a velocidade de sete a oito ns com uma produo de energia
constante, ou at treze ns por um curto intervalo de dez a vinte
minutos. Os navios de carga gregos, com sua tripu- lao pequena e
carga pesada, no precisavam racionar o suprimento de comida e gua
e, assim, podiam navegar por muitos dias e noites sem atracar;
navios de guerra, com uma tripulao de cerca de duzentas pessoas e a
necessidade de ser to leves quanto possvel, levavam menos provises
e tinham de atracar com frequn- cia para permitir que os remadores
descansassem e comessem. O mundo de Atenas, 2.19 Seo Um AJ: O golpe
do seguro
36. 10 Parte Um: Atenas no mar D O capito desce ao
compartimento de carga seguido por Dicepolis e os tripulantes. L,
encontram Hegstrato, o autor do barulho misterioso. Em O mundo de
Atenas: piloto 7.347. , . . . . . , ; (percebendo de repente que
Hegstrato) , ; ; (com ar inocente) , , . . . (olhando atrs das
costas de Hegstrato) , . . . , ; . (tentando esconder
desesperadamente) , . . . . . . . (espantado) , ; ; (chamando a
tripulao) , ; , . . , , . . (pedindo ajuda tripulao) , , . 5 10 15
20 25
37. Vocabulrio para a Seo Um D - ouo verdade - olha! - ajudai!
; por qu? Dicepolis - persegui! (imper.) - est afundando eu, quanto
a mim de, proveniente de do navio vem! - eu mesmo na mo direita -
tenho/estou segurando - tens/ests segurando - tem/est segurando Z
Zeus - Hegstrato -- desce -- descemos --() descem -- est afundando
embaixo de baixo capito, piloto - pegais - ests dizendo - est
dizendo . . . por um lado... por outro lado marinheiros - o homem
Dicepolis - Hegstrato ai de mim! o os marinheiros, a tripulao o
capito, piloto - vedes -() veem nem nada o pois, ento, portanto ei,
tu! - o barulho um machado (nom.) um machado (ac.) - estou fazendo
- ests fazendo - est fazendo - lano ; o qu? algo - o homem -
Hegstrato - o barulho - o navio vs - fujo - amigo - (no) te
preocupes! (sc. com isso) - o nenhum barulho Vocabulrio a ser
aprendido a verdade eu, quanto a mim, eu pelo menos nada pois,
ento, portanto ; o qu? vs Seo Um AJ: O golpe do seguro11
38. 12 Parte Um: Atenas no mar E , . . , . . . , ; . (correndo
at Zentemis) , , . . , , . . . (olhando para os marinheiros em
perseguio) . . ; . . . , . , . Vocabulrio para a Seo Um E Gramtica
para 1EF c Verbos contratos (-, -, -): tempo presente e imperativo
c Regras de contrao c Advrbios (mente) vai! -- esto subindo em cima
- olha - ajudam ento; agora (enfatizando) -() perseguem para o mar
do navio no mar () ; est; existe Zentemis agora; j de fato j olha!
de baixo me por um lado... por outro lado - fica/est esperando -
(no) fiques! Zentemis - Hegstrato o os homens ai de mim! o os
marinheiros/a tripulao - o barco salva- vidas - vejo ; para onde? -
ests fazendo na direo de Zentemis na direo dos marinheiros - lana!
claramente - ti mesmo - salva! 5 10 15
39. o mar - Hegstrato os os marinheiros/ a tripulao - fujo -
foges/ests fugindo - foge - foge! (imper.) Vocabulrio a ser
aprendido . . . por um lado . . . por outro lado ; para onde? ti
mesmo Trirremes A trirreme tinha mastros e, em uma viagem longa,
era possvel aproveitar os ventos favorveis. Os remadores no remavam
todos ao mesmo tempo, exceto em combate. No havia espao a bordo
para comer ou dormir e pouco espao para suprimentos (uma tripulao
precisaria de cerca de 300 kg de cereais e 500 litros de gua por
dia). A trirreme, em geral, tinha de ser atracada noite para que a
tripulao obtivesse provises, comesse e dormisse. O relato feito por
Xenofonte da viagem de Ifcrates contornando o Peloponeso mostra
qual era a prtica usual; Ifcrates estava com pressa e queria
preparar sua tripulao ao mesmo tempo em que viajava, mas, pelo
relato de Xenofonte, podemos inferir o que era habitual: Quando
Ifcrates comeou sua viagem em volta do Peloponeso, levou consigo
todo o equipamento de que necessitava para uma batalha naval.
Deixou em casa suas velas grandes, como se estivesse navegando para
o combate, e fez muito pouco uso das velas pequenas mesmo quando o
vento era favorvel. Dessa maneira, navegando com remos, ele
exercitou seus marinheiros e tornou seus navios mais rpidos. E,
quando chegava a hora de a expedio parar para a refeio matinal ou
noturna em algum lugar, ele ordenava que os navios da frente
voltassem, fizessem a curva novamente para ficar de frente para a
terra e, a um sinal, fazia-os apostar corrida at a praia... E, se
estavam fazendo uma refeio em territrio hostil, ele posicionava os
sentinelas habituais em terra, mas tambm fazia erguer os mastros de
seus navios e colocava homens de vigia no alto deles. Estes tinham
uma viso muito mais ampla em sua posio elevada do que teriam em
terra... Quando nave- gava durante o dia, ele os treinava para
formar em linhas ou colunas a seu sinal, de modo que, no curso da
viagem, eles haviam praticado e se tornado hbeis nas manobras
necessrias em uma batalha naval antes de chegar rea do mar que ima-
ginavam estar sob controle inimigo. (Xenofonte, Helnicas 6.2.2730)
Um ponto, que no aparece nesse relato, era de grande importncia: a
trirreme era to leve que no podia ser usada quando o tempo estava
muito ruim. Isso significava que operaes navais, de modo geral, no
eram possveis no inverno, nem nas ms condies produzidas pelos
ventos etsios. As condies meteoro- lgicas eram um fator limitante
constante na estratgia naval. O mundo de Atenas, 7.35 Seo Um AJ: O
golpe do seguro13
40. 14 Parte Um: Atenas no mar F Hegstrato e Zentemis pulam
para o mar e nadam at o barco salva-vidas. Mas o capito tem outras
ideias. Em O mundo de Atenas: amigos e inimigos 4.2, 14-16; oraes
3.34, 8.13; sacrifcio 3.28-32. . , . , . . . (debatendo-se nas
ondas) , ; , ; . , . ., . , , . . . , ; . . . , , . Vocabulrio para
a Seo Um F de do navio -- estou morrendo -- estamos morrendo --()
esto morrendo -- solta -- afasta-se - ajudai! Dicepolis - se, si
mesmos para o mar () so; esto; existem () ; est; existe Zentemis
-() procuram H- Hegstrato - maus - mal (tr. morte ruim) capito,
piloto -() esperam marinheiros H Hegstrato - os homens ai de mim! o
os marinheiros/ a tripulao o capito, piloto - o barco salva- vidas
- vejo - vs -() vem ; onde? 5 10 15
41. -() lanam claramente a fuga - o barco salva- vidas - os
homens -() fogem - (no) te preocupes! (sc. com isso) Vocabulrio a
ser aprendido ai de mim! ; onde? Pireu A cidade porturia do Pireu,
7-8 km a sudoeste de Atenas, foi criada apenas no sculo V. At ento,
os atenienses usavam a baa de Falero para trazer os navios terra,
mas o estabelecimento de uma frota ampliada e a crescente atividade
comer- cial levaram criao do porto do Pireu no promontrio vizinho
deActe. Havia trs ancoradouros: Cntaros, a oeste, que era o
principal porto e entreposto comercial, com um mercado no lado
leste e o degma, um local para expor as mercadorias; e os
ancoradouros menores de Zea e Munquia, a leste, para os navios de
guerra. Os trs eram famosos por seus esplndidos abrigos para
navios. A cidade em si foi projetada segundo um padro quadriculado
regular de ruas por Hipodamo, natural da cidade grega de Mileto, na
costa oeste da sia Menor, onde um plano de ruas similar tambm era
usado. Em contraste com Atenas, com suas ruas estreitas e cheias de
curvas, a cidade porturia deve ter parecido rigidamente organizada,
com ruas retas, casas bem posicionadas e reas pblicas abertas. Alm
das insta- laes navais, a cidade contava com muitos dos recursos de
que Atenas dispunha, incluindo um conjunto de fortificaes, que eram
necessrias para proteger o comrcio de Atenas, e um teatro. Em
meados do sculo V, o porto foi ligado a Atenas pelas Longas
Muralhas, uma obra de construo notvel, dada a distncia percorrida e
o carter pantanoso do terreno no extremo do Pireu. A populao do
Pireu era mista, pois no s comerciantes de fora hospedavam-se ali
temporaria- mente, como muitos dos estrangeiros residentes em
Atenas (metecos mtoikoi) viviam no porto, alguns dos quais eram
responsveis pelo comrcio de Atenas e dirigiam negcios como fbricas
de armas e bancos; os metecos tambm podiam ser comerciantes de
cereais ou ocupar-se de pisoagem ou fabricao de po. Essa mescla
populacional fazia com que os templos e santurios que se espalha-
vam pela cidade porturia exibissem uma variedade de culto maior do
que locais menos acessveis a influncia estrangeira, e divindades
no-gregas como Bndis e Cibele tinham santurios ali. Essas novidades
religiosas atraam a curiosidade dos atenienses, e foi um festival
da deusa trcia Bndis que ocasionou a visita de Scrates e Glauco ao
Pireu no incio da Repblica de Plato (2.46): Desci ontem ao Pireu
com Glauco, filho de Arston. Queria fazer uma orao Deusa e tambm
ver como eles fariam o festival, j que era a primeira vez que o
estavam realizando. Devo dizer que considerei a contribuio local
para a pro- cisso esplndida... O mundo de Atenas, 2.23-4 Seo Um AJ:
O golpe do seguro15
42. 16 Parte Um: Atenas no mar G (percebendo de repente o
perigo) . , ; ; , . ( . .) . (orando com fervor) , , . , . oo , , .
( .) . (com alvio) , . , . . . . 5 10 15
43. Vocabulrio para a Seo Um G Gramtica para 1G c Substantivos
como (homem, 2a) e (trabalho, 2b) c O conceito de declinao c
Substantivos neutros como sujeito ou objeto c Adjetivos como c
Preposies como para, de, em c Partculas e sua posio; enclticas
sempre - precisamente, detalhadamente --sobe(aoconvs) em cima (no
convs) -- estamos morrendo -- afasta-se garantida ; por qu?
Dicepolis prximo para o mar para o porto do mar - meu em minhas mos
(lit. em mim) em perigo somos; estamos () ; est; existe - - a nossa
segurana/salvao nos - sacrificamos sacrifcios e alm disso - mal
(tr. uma morte ruim) -- deso -- desce -- est afundando - fica agora
Dicepolis o capito, o piloto - - o nosso barco salva-vidas o porto
-- examino o Posdon (deus do mar) cala-te! - examina, olha a ti -
salva! - salvas - salvos - salvo -o o trabalho, a tarefa - - o
nosso navio - os homens Vocabulrio a ser aprendido ; por qu? agora
Preces As preces, como os sacrifcios, era mais ou menos fixas em
seu formato geral... O deus invocado por nome ou ttulos, que so,
com frequncia, numerosos; so lembrados atos generosos passados do
deus e, ento, feito o pedido. Sem alguma referncia aos vnculos que
ligavam um deus a seus fiis, no havia base para esperar ajuda
divina, pois o pressuposto bsico era de reciprocidade. Uma orao aos
deuses olmpicos era feita em p, com as mos erguidas; ao mundo
inferior, com as mos abaixadas em direo terra. O mundo de Atenas,
3.34 Seo Um AJ: O golpe do seguro17
44. 18 Parte Um: Atenas no mar H O capito leva o navio at o
porto. J escureceu. Um rapsodo, que insiste em citar Homero em cada
ocasio possvel, submetido por Dicepolis a um interrogatrio ao
estilo socrtico a respeito de sua arte. Em O mundo de Atenas:
Homero 8.1; Scrates 8.33-6; palavras e argumentao 8.18-21. . . . .
. . . , ; ; . , . . , . (intrometendo-se na conversa com uma frase
homrica) . NA. ; . . . . , . . , ; ; . , , . . . , . . , ; . . , .
5 10 15 20
45. Vocabulrio para a Seo Um H Gramtica para 1HJ c Verbos eu
sou/estou e eu sei c Complemento e elipse com c Adjetivos usados
como substantivos c Mais partculas sempre - precisamente () claro
(+ ac.) por causa de s; ests () ; est; existe somos; estamos () so;
esto; existem (+ ac.) sobre - perguntar nos o navio em um navio
cncavo - pilotar capito (voc.) preta, negra (nom.) - - -o tolo
marinheiro (voc.) marinheiros (voc.) um marinheiro (nom.) o um
navio veloz um navio negro noite (nom.) o mar cor- de-vinho (ac.) o
marinheiro Scrates sei sabes () sabe - citar Homero que - ( + ac.)
brincar (com) /: + so as nicas formas de que so contratas no grego
tico -, rapsodo (2a) - um rapsodo - claramente - calar-se caro
amigo (com condescendncia) a noite/escuro o que isso? o capito o
porto os alunos o navio como Vocabulrio a ser aprendido o claro;
evidente que ( + ac.) brincar; fazer graa (com) Seo Um AJ: O golpe
do seguro19 Rapsodos Enquanto ns lemos livros, era mais normal que
os atenienses ouvissem recitaes ao vivo, com um poeta ou
historiador ou cientista postado diante de uma plateia e
dirigindo-se a ela (em pblico ou privadamente)... Os atenienses
provavelmente ouviam a Ilada e a Odisseia apresentadas por rap-
sodos [recitadores de poemas profissionais]... com muito mais
frequncia do que se sentavam para de fato ler Homero. O mundo de
Atenas, 8.17
46. 20 Parte Um: Atenas no mar I . , . . ; , . . . , . . . ; .
; . . ; , ; .. , . Vocabulrio para a Seo Um I - -o um ignorante -
saber; conhecer porque sou; estou s; ests () ; est; existe - - -
meu - -o experiente o navio ou - - veloz, rpido - - -o cncavo por
Zeus negra, preta (nom.) ao contrrio - - -o tolo sim -, as coisas
nuticas (2b) sabes O-, Homero (2a) (poeta pico, autor da Ilada e da
Odisseia) (+ ac.) com respeito a sobre Homero - - - blico muitas
coisas (ac.) ... ou . . . ou como? ;claro,comono? -, as coisas
referentes ao general (2b) - - - prprio de um general -, as coisas
referentes aos soldados (2b) ; o qu? Vocabulrio a ser aprendido (-)
saber; conhecer; reconhecer; decidir o hbil, experiente o estpido;
tolo (+ ac.) com respeito a muitas coisas (ac.) sim 5 10