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Jorge Marcos de Oliveira, Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe. Professor da Rede Pública e Particular de Ensino e Técnico em Assuntos Historiográfico (Prefeitura de Aracaju/FUNCAJU/Arquivo da Cidade de Aracaju/Biblioteca “Clodomir Silva”. ARIBÉ BANESE 12 Segundo a Gazeta de Sergipe, no Siqueira Campos vivem cerca de 80 mil habitantes, e ás vistas de todos, dia a dia, vai se transformando numa cidade-apêndice: Naquele progressista bairro se constrói atualmente, o maior cinema do Estado e um dos maiores do nordeste - o Cine Plaza, com seus 1.800 lugares, numa área de três mil metros quadrados, é o reconhecimento do empresário sergipano, a uma faixa da Capital que merece, da poder público, um melhor tratamento3 . A Gazeta de Sergipe, como porta-voz dos reclamos da sociedade, em 1972 4 , em nota intitulada “AGENCIA BANCÁRIA” faz um apelo ao poder público do Estado e do Município, afirmando que o “Bairro Siqueira Campos para completar seu desenvolvimento global, necessita de uma agência bancaria5 . Já naquele ano no Siqueira Campos estão localizadas “grandes indústrias, hotéis maternidade, grandes depósitos, além da proximidade das instalações da PETROBRAS6 . O Aribé, um bairro que já dispõe de com três cinemas, enquanto toda a cidade dispõe de seis, possui uma população que equivale a metade da capital, tem vida própria, vive às suas custas, da iniciativa privada, necessita urgentemente de uma agencia bancária. Segundo a Gazeta de Sergipe, apesar de tudo isto, no Aribé “poder púbico ali aparece com minguada parcela. O resultado daquele apelo do periódico no ano de 1972, foi a inauguração, em 1977, da agência do BANESE. Sem grandes alardes, o 1 Gazeta de Sergipe, 01 de maio de 1977, 8 2 Texto produzido por Jorge Marcos de Oliveira, Professor de História e Técnico em Assuntos Historiográfico 3 Gazeta de Sergipe, 22 de fevereiro de 1972, 4. 4 Gazeta de Sergipe, 22 de fevereiro de 1972, 4. 5 Gazeta de Sergipe, 01 de maio de 1977, 8. 6 Gazeta de Sergipe, 01 de maio de 1977, 8.

Aribé banese

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Artigo sobre a chegada do Banese no Aribé

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Page 1: Aribé banese

Jorge Marcos de Oliveira, Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe. Professor da

Rede Pública e Particular de Ensino e Técnico em Assuntos Historiográfico (Prefeitura de

Aracaju/FUNCAJU/Arquivo da Cidade de Aracaju/Biblioteca “Clodomir Silva”.

ARIBÉ – BANESE12

Segundo a Gazeta de Sergipe, no Siqueira Campos vivem cerca

de 80 mil habitantes, e ás vistas de todos, dia a dia, vai se transformando

numa cidade-apêndice: “Naquele progressista bairro se constrói atualmente, o

maior cinema do Estado e um dos maiores do nordeste - o Cine Plaza, com

seus 1.800 lugares, numa área de três mil metros quadrados, é o

reconhecimento do empresário sergipano, a uma faixa da Capital que merece,

da poder público, um melhor tratamento” 3.

A Gazeta de Sergipe, como porta-voz dos reclamos da

sociedade, em 19724, em nota intitulada “AGENCIA BANCÁRIA” faz um

apelo ao poder público do Estado e do Município, afirmando que o “Bairro

Siqueira Campos para completar seu desenvolvimento global, necessita de

uma agência bancaria” 5.

Já naquele ano no Siqueira Campos estão localizadas “grandes

indústrias, hotéis maternidade, grandes depósitos, além da proximidade das

instalações da PETROBRAS” 6. O Aribé, um bairro que já dispõe de com três

cinemas, enquanto toda a cidade dispõe de seis, possui uma população que

equivale a metade da capital, tem vida própria, vive às suas custas, da

iniciativa privada, necessita urgentemente de uma agencia bancária. Segundo

a Gazeta de Sergipe, apesar de tudo isto, no Aribé “poder púbico ali aparece

com minguada parcela”.

O resultado daquele apelo do periódico no ano de 1972, foi a

inauguração, em 1977, da agência do BANESE. Sem grandes alardes, o

1 Gazeta de Sergipe, 01 de maio de 1977, 8 2 Texto produzido por Jorge Marcos de Oliveira, Professor de História e Técnico em Assuntos

Historiográfico 3 Gazeta de Sergipe, 22 de fevereiro de 1972, 4. 4 Gazeta de Sergipe, 22 de fevereiro de 1972, 4. 5 Gazeta de Sergipe, 01 de maio de 1977, 8. 6 Gazeta de Sergipe, 01 de maio de 1977, 8.

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Jorge Marcos de Oliveira, Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe. Professor da

Rede Pública e Particular de Ensino e Técnico em Assuntos Historiográfico (Prefeitura de

Aracaju/FUNCAJU/Arquivo da Cidade de Aracaju/Biblioteca “Clodomir Silva”.

Jornal Gazeta de Sergipe, edição do dia primeiro de maio de 1977, divulga em

sua oitava página, material publicitário do Banco do Estado intitulado “EM

SUAS MÃOS A PRIMEIRA AGENCIA DO S. CAMPOS”.

Esta primeira

agencia urbana de Aracaju estava

localizada na Rua Santa Catarina,

esquina com a Rua Bahia7. A

inauguração da nova agencia

bancária no bairro resolvia parte

dos muitos problemas dos

moradores do Siqueira Campos.

Segundo o jornal, “você que mora

ou trabalha na região mais

densamente habitada da capital

não precisa vir ao centro da cidade para resolver todos os seus problemas

bancários. Basta dar uma passadinha na nova agencia do BANESE que ela

resolve tudo. Somos amigos para essas coisas mesmo, não é?

Agencia Siqueira Campos. Oficialmente, a

Agencia se chama “Agencia Gileno da Silveira Lima”.

Seu funcionamento foi autorizado por Carta Patente

número I-8347, em sessão de 10 de dezembro de

1975.8 Conforme alvará de funcionamento, seu

primeiro endereço foi a Rua Bahia, 619, Edifício

Gracho Cardoso, pavimento térreo, onde hoje funciona

7 No local, hoje, funciona a Biblioteca Municipal “Clodomir Silva”, prédio inaugurado em 31 de janeiro de

1961, durante a gestão do Prefeito José Conrado Araujo. 8 Ver Processo nº DF 1444/75, publicado no Diário Oficial da União em 29 de dezembro de 1975.

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Jorge Marcos de Oliveira, Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe. Professor da

Rede Pública e Particular de Ensino e Técnico em Assuntos Historiográfico (Prefeitura de

Aracaju/FUNCAJU/Arquivo da Cidade de Aracaju/Biblioteca “Clodomir Silva”.

a Biblioteca Clodomir Silva. Era um espaço acanhado, pequeno para a grandeza do

bairro. Passados alguns anos, a Agencia do Banese passou a funcionar na Rua

Sergipe, 4329, desde 21 de abril de 1977.

O Patrono – Gileno da Silveira Lima (1920-2006)

Foto reproduzida do site: www.infonet.com.br10

Gileno “nasceu em 3 de abril de 1920 na cidade de Cachoeira, Bahia,

filho de Genésio Fernandes Lima e Domecília da Silveira Lima. Formou-se pela

Faculdade de Medicina da Bahia em 1944. Clinicou inicialmente em Laranjeiras.

Transferiu-se para Aracaju, onde passou a atuar também no setor bancário,

industrial e comercial. Foi presidente da Associação Comercial de Sergipe e

Diretor do Hospital Santa Isabel e da Maternidade do mesmo hospital, onde fez, a

exemplo de Carlos Firpo, uma grande e transformadora reforma. Foi Diretor do

Serviço de Saúde e Higiene do Trabalho do SESI. Secretário de Medicina Social do

INAMPS. Pró-Reitor de Administração da UFS e Delegado Federal do Ministério

da Saúde. Idealizou e comandou o processo de fundação da Academia Sergipana de

9 Ver Alvara de funcionamento expedido pela Prefeitura de Aracaju em 22 de outubro de 1991. 10 Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE, em 3 de maio de 2013.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=585749931444125&set=o.259696634059007&type=1&theater

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Jorge Marcos de Oliveira, Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe. Professor da

Rede Pública e Particular de Ensino e Técnico em Assuntos Historiográfico (Prefeitura de

Aracaju/FUNCAJU/Arquivo da Cidade de Aracaju/Biblioteca “Clodomir Silva”.

Medicina, sendo seu Presidente de Honra e assessorou os governos de João Alves

Filho e Albano Franco. Faleceu em 5 de maio de 2006, em Aracaju. 11

No ano de 2006, o então prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira, sanciona

lei denominando rua no Conjunto Brisa Mar, bairro Aruanda, com o nome de

Gileno da Silveira Lima12

Banese atual

11 Publicado em 16/03/2007 pelo Portal Infonet. www.infonet.com.br 12 Lei nº 3375, de 27 de novembro de 2006.

Art. 1º - Fica denominada Rua Prefeito Gileno da Silveira Lima, a atual Rua "G", situada no Conjunto Brisa

Mar, Bairro Aruana, nesta Capital.

Art. 2º - A Empresa Municipal de Obras e Urbanização - EMURB, tomará as providências necessárias para

aposição da placa na mencionada artéria.

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.