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CURSO ON-LINE – EXERCÍCIOS COMENTADOS PARA AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES URBANAS – SEPLAG-DF LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 1 www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá! Seja bem-vindo(a) à nossa “sala de aula”. Aqui analisaremos algumas provas recentes da Fundação Universa (Funiversa). Hoje nosso estudo tem como ponto de partida as provas abaixo discriminadas, conforme anunciei na aula demonstrativa. Aula Órgão/Entidade Cargo Ano 1 Adasa-DF Técnico em Regulação 2009 Sejus-DF Técnico Administrativo 2010 Terracap Administrador 2010 Vamos, então, às respectivas questões. Sugiro que você mantenha consigo um bom dicionário e uma boa gramática. Texto I, para responder às questões de 1 a 4. Planeta azul 1 A vida e a natureza sempre a mercê da poluição Inverte as estações do ano, faz calor no inverno e frio no verão Os peixes morrendo nos rios, estão se extinguindo espécies animais, 4 E tudo que se planta colhe, O tempo retribui o mal que a gente faz. Onde a chuva caía, quase todo dia, já não chove nada, 7 O sol abrasador rachando os leitos dos rios secos, sem um pingo d´água Quanto ao futuro inseguro será assim de Norte a Sul. A Terra nua semelhante à Lua, o que será desse planeta azul? 10 O que será desse planeta azul? O rio que desce as encostas, já quase sem vida, parece que chora No triste lamento das águas, ao ver devastadas a fauna e a flora É tempo de pensar no verde, regar a semente que ainda não nasceu,

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Olá! Seja bem-vindo(a) à nossa “sala de aula”. Aqui

analisaremos algumas provas recentes da Fundação Universa (Funiversa).

Hoje nosso estudo tem como ponto de partida as provas abaixo

discriminadas, conforme anunciei na aula demonstrativa.

Aula Órgão/Entidade Cargo Ano

1

Adasa-DF Técnico em Regulação 2009

Sejus-DF Técnico Administrativo 2010

Terracap Administrador 2010

Vamos, então, às respectivas questões. Sugiro que você

mantenha consigo um bom dicionário e uma boa gramática.

Texto I, para responder às questões de 1 a 4.

Planeta azul

1 A vida e a natureza sempre a mercê da poluição

Inverte as estações do ano, faz calor no inverno e frio no verão

Os peixes morrendo nos rios, estão se extinguindo espécies animais,

4 E tudo que se planta colhe,

O tempo retribui o mal que a gente faz.

Onde a chuva caía, quase todo dia, já não chove nada,

7 O sol abrasador rachando os leitos dos rios secos, sem um pingo d´água

Quanto ao futuro inseguro será assim de Norte a Sul.

A Terra nua semelhante à Lua, o que será desse planeta azul?

10 O que será desse planeta azul?

O rio que desce as encostas, já quase sem vida, parece que chora

No triste lamento das águas, ao ver devastadas a fauna e a flora

É tempo de pensar no verde, regar a semente que ainda não nasceu,

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Deixar em paz a Amazônia, preservar a vida, estar de bem com Deus.

Rio Negro e Solimões.

1. (Funiversa/Adassa-DF/Técnico em Regulação/2009) Do texto I é

possível inferir que

(A) a vida e a natureza estão sempre à disposição da poluição.

(B) as consequências da degradação são sentidas em todo o planeta.

(C) a inversão das estações do ano foi promovida pela natureza.

(D) o tempo não responde pelo mal que recebe.

(E) o sol é tão quente quanto uma brasa.

Comentário – Alternativa A: estar à disposição de algo ou alguém é

permanecer disposto a cooperar ou colaborar com ele. Situação diferente é a

que foi indicada na primeira linha do texto. A vida e a natureza não estão

dispostas a cooperar com a poluição; a ideia é de sujeição. A vida e a

natureza estão ao sabor ou capricho da poluição. Item errado.

Alternativa B: uma inferência (interpretação indutiva)

baseia-se em indícios encontrados no texto. Não espere encontrar uma

resposta categórica nele. É preciso ampliar o raciocínio contido nas palavras

do autor, com o cuidado de não extrapolar os limites que ele nos impõe.

Não somos livres para empregar qualquer sentido; mas podemos construir o

sentido dentro de um conjunto de possibilidades que o texto permite.

Assim sendo, o terceiro parágrafo é decisivo. O autor

forneceu alguns elementos marcadores para a leitura: “de Norte a Sul”,

“Terra nua”, “o que será desse planeta azul?” (note a repetição desta no

texto), dando-nos a entender o que realmente está escrito no enunciado.

Alternativa C: a “natureza” é vítima da “poluição”, que de

fato é a responsável pela inversão das estações.

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Alternativa D: a informação na linha 5 é bastante clara a

esse respeito: “O tempo retribui o mal que a gente faz.”

Alternativa E: eis aqui um caso de extrapolação

(afirmação que vai além do que o texto nos autoriza). O vocábulo

“abrasador” (derivado de brasa) foi empregado para qualificar o substantivo

“sol” e nos dá a ideia de um aquecimento solar intenso. O examinador se

aproveitou da origem da palavra “abrasador” para forjar uma comparação

sem qualquer fundamento no texto.

Resposta – B

2. (Funiversa/Adasa-DF/Técnico em Regulação/2009) No trecho “Onde a

chuva caía, quase todo dia, já não chove nada”, a expressão sublinhada

desempenha a função de sintática de

(A) objeto direto.

(B) complemento nominal.

(C) conectivo conjuntivo.

(D) adjunto adnominal.

(E) adjunto adverbial.

Comentário – A banca “comeu mosca”! Ela não sublinhou a expressão que

permitira a correta análise da questão. Todavia vamos aproveitá-la para dar

uma “pincelada” em cada termo da oração.

Objeto Direto (OD) completa o sentido de um verbo

transitivo direto e, normalmente, aparece sem preposição (a preposição

não é obrigatória).

Quero glória e fama.

Os jornais nada publicaram.

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Às vezes, pode o objeto direto vir regido por preposição

(objeto direto preposicionado). São casos especiais de ocorrência. Seja

como for, esteja certo de que é a regência do verbo (e não a preposição)

que determinará se o complemento é ou não objeto direto.

Amamos a Deus. (quem ama ama alguém)

Bebeu da água. (quem bebe bebe algo)

Complemento Nominal (CN) termo que integra ou limita

o sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo abstrato; aparece

sempre preposicionado.

Agiu favoravelmente a ambos. (o termo em destaque

complementa o sentido do advérbio “favoravelmente”).

O fumo é prejudicial à saúde. (o termo em destaque

complementa o significado semântico do adjetivo “prejudicial”).

Tenho confiança em ti. (agora, é o substantivo abstrato

“confiança” que tem seu significado complementado pelo termo em negrito).

Conectivo Conjuntivo o examinador “pegou pesado”!

Será que ele conseguiu dá um “nó” na sua cabeça também? Em gramática,

essa expressão significa simplesmente elementos que juntam, reúnem,

conectam ou estabelecem relações entre palavras e orações, como as

conjunções e, nem, ou etc.

Par ou ímpar?

Ele possui coragem e determinação.

Adjunto Adnominal é termo de valor adjetivo que serve

para especificar ou delimitar o significado do substantivo, podendo ser

expresso por:

a) adjetivo: Compareceram pessoas interessadas.

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b) locução adjetiva: Era um homem de consciência.

c) artigo: O mar era um lago sereno e azul.

d) pronome adjetivo: Minha camisa é igual à sua.

e) numeral adjetivo: Casara-se havia duas semanas.

f) oração adjetiva: Os cabelos, que eram fartos e lisos,

caíram-lhe pelo rosto.

Adjunto Adverbial é termo de valor adverbial que denota

as circunstâncias em que se desenvolve o processo verbal, ou intensifica o

sentido deste, de um adjetivo ou de um advérbio, podendo ser expresso

por:

a) advérbio: Aqui não fica ninguém reprovado.

b) locução ou expressão adverbial: Lá embaixo, nós

começamos a dançar sob o sol do meio-dia.

c) oração subordinada adverbial: Quando acordou, não havia

mais ninguém por perto.

Resposta – Anulada

3. (Funiversa/Adasa-DF/Técnico em Regulação/2009) O sujeito do verbo

“parece”, no verso 11, é

(A) “as encostas”.

(B) “a vida”.

(C) “O rio”.

(D) “o lamento das águas”.

(E) “o triste lamento”.

Comentário – Você se lembra das aulas das tias dos primários sobre o

sujeito da oração? Como elas nos ensinavam a identificar o sujeito do verbo?

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– Joãozinho, meu filho, faça a pergunta ao verbo. A resposta

é o sujeito!

Pois bem, vamos aplicar isso aqui. Quem parece que chora?

O rio!

Eu confesso que a resposta melhor deveria incluir a oração

adjetiva restritiva: “o rio que desce as encostas”, pois ela funciona como um

adjetivo e particulariza “o rio”, como em:

O carro preto é mais valorizado do que o carro branco.

Nem todos os carros são mais valorizados do que o branco,

mais o preto sim. Portanto, à pergunta: “Qual carro é mais valorizado?”, a

resposta não poderia desprezar o adjetivo “preto”, sob pena de generalizar a

informação. A resposta deveria se dada assim: “O carro preto.”

Resposta – C

4. (Funiversa/Adasa-DF/Técnico em Regulação/2009) Observando a

significação das palavras, no contexto, pode-se afirmar que

(A) na expressão “Os peixes morrendo nos rios” (verso 3), entende-se que

a causa da morte fora afogamento .

(B) na interrogativa “O que será desse planeta azul?” (verso 10), está

subtendida a necessidade imediata da mudança de cor do planeta.

(C) a Lua será habitada, apesar da semelhança com a Terra.

(D) em “será assim de Norte a Sul” (verso 8), infere-se que a natureza

pedirá socorro em qualquer lugar do planeta.

(E) o futuro será seguro para os moradores do Leste e Oeste.

Comentário – Alternativa A: o termo “nos rios” expressa o local em que os

peixes estão morrendo. Não há como depreendermos a causa da morte na

expressão.

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Alternativa B: é sabido que a designação “azul” se deve à

aparência da Terra vista do espaço. Por causa dos oceanos que a recobrem,

a superfície do nosso planeta é azulada. A pergunta representa uma reflexão

sobre os problemas ambientais sofridos pelo “planeta azul”.

Alternativa C: em “A Terra nua semelhante à Lua”, os

autores indicam a condição que a Terra está adquirindo em virtude de

problemas ambientais: sem condições de vida, à semelhança da “Lua”.

Alternativa D: comumente, a expressão “de Norte a Sul”

representa extensão territorial. Em outras palavras, ela abrange os mais

diversos lugares do nosso país.

Muito cuidado agora! Observou o verbo inferir? Sim, não há

nada de maneira contundente no texto que diga que a natureza pedirá

socorro. No entanto, o contexto em que o trecho se insere – repare bem,

prezado(a) aluno(a) – fala da desolação que vem arruinando certos lugares.

Ao dizer “será assim”, os autores estendem essa ruína já presente em

algumas regiões a outras. A insegurança atual se expandirá, podendo haver

até mesmo escassez de vida na Terra. Em meio a esse contexto,

considerando os elementos marcadores (ou indícios), não é demais

interpretar que a natureza pedirá socorro em qualquer lugar do planeta.

Alternativa E: essa alternativa contraria, “de cara”, a

alternativa anterior. Se haverá segurança para os moradores de Leste e

Oeste, porque a natureza pedirá socorro em qualquer lugar do planeta?

Além disso, o aspecto desalentador quanto ao futuro abrange todo o

planeta. Repare: “A Terra nua semelhante à Lua, o que será desse planeta

azul? O que será desse planeta azul?”.

Resposta – D.

Texto II, para responder às questões de 5 a 8.

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Projeto Brasil da Águas

1 A segunda campanha do Projeto Brasil das Águas

foi realizada pela região Centro-Oeste em novembro.

Testemunhamos que muitos rios sofrem de sérios problemas

4 de assoreamento, rios outrora cristalinos agora são rios de

areia. Mas também encontramos muitos outros ainda

transparentes, como o Juruena e o Arraias, e visitamos uma

7 raridade, o rio Cristalino, perto de Alta Floresta (MT), ainda

intacto do começo (na Serra do Cachimbo) ao fim

(desemboca no rio Teles Pires).

10 Cientes da preocupação dos índios do Parque

Indígena do Xingu quanto à qualidade da água que bebem,

várias coletas foram feitas nos rios e em lagos do parque.

13 Ouvimos os comentários ansiosos dos caciques Aritana

(Yawalapiti) e Kotoky (Kamayurá) a respeito do

assoreamento e da deterioração dessas águas, algo que

16 percebem pela diminuição da quantidade de peixes. Nobre é

a preocupação demonstrada por eles, visando ao bem-estar

das futuras gerações; não pensando apenas na geração

19 presente.

No oeste do estado de Mato Grosso, descobrimos

rios belíssimos, como o Juruena, Papagaio e Buriti, faixas

22 azuis atravessando matas e cerrados intactos, descendo das

nascentes em áreas ainda não tomadas pela soja, na

Chapada dos Parecis. Brilhavam pequenas praias

25 convidativas. Bancos de areia submersa traçando desenhos

ondulados por baixo das águas transparentes. Corredeiras

alegres, cachoeiras escondidas e uma vegetação nativa

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28 ainda intacta. No dia em que voamos de Alta Floresta para

Vilhena (RO), a tentação era grande demais. Fizemos pit stop

para almoçar em uma praia deserta colada a uma ilha verde

31 em pleno Juruena. Só nós dois e, na areia, as pegadas das

capivaras.

Decolando de Cuiabá no dia 16 de novembro, rumo

34 ao Araguaia, houve um incidente que deixou o Talha-mar na

Chapada dos Guimarães. Ele vai ficar alguns meses fora de

serviço, mas o projeto não parou. O Brasil das Águas

37 continua. Já adotamos e adaptamos o Talha-marzinho.

Felizmente, nenhuma gota das amostras colhidas

durante a viagem perdeu-se durante o incidente na Chapada:

40 tudo foi entregue aos cientistas-parceiros para análise. Hoje,

podemos anunciar que 17% do projeto já está realizado!

Gérard e Margi Moss. Internet: <http://www.brasildasaguas.

com.br/brasil_das_aguas/centro_oeste> (com adaptações).

5. (Funiversa/Adasa-DF/Técnico em Regulação/2009) De acordo com as

ideias apresentadas no texto II, assinale a alternativa correta.

(A) Pelo contexto é possível concluir que Talha-mar é o nome da

embarcação marítima utilizada como transporte no dia 16 de novembro.

(B) Percebe-se no texto a intenção dos autores em narrar os

acontecimentos.

(C) No trecho “Ouvimos os comentários ansiosos dos caciques” (linha 13),

os índios descrevem a situação para evidenciar a preocupação com as

águas.

(D) A evidência de faixas azuis atravessando matas e cerrados é

relacionada a cordões de isolamento para a proteção de áreas já

depredadas.

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(E) Os cordões azuis são encontrados com mais frequência em regiões onde

há rios.

Comentário – Alternativa A: não menospreze o examinador, pois ele é

malicioso demais. Como a maior parte do texto trata da situação dos rios, o

examinador associou a eles o nome do meio de transporte utilizado pelos

protagonistas. Mas repare que, na linha 28, foi revelado que a tripulação

voou. Na linha 33, foi usado o verbo decolar. Portanto o “Talha-mar”

representa um avião.

Alternativa B: o texto é predominantemente narrativo,

modalidade de redação na qual contamos um ou mais fatos que ocorrem

em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.

Alternativa C: não é bem assim! Os índios estão mais

preocupados com o bem-estar das gerações futuras, por isso reclamam da

qualidade das águas que bebem.

Alternativa D: a informação contida na linha 22 desabona

esta assertiva da banca. As faixas azuis estão associadas a “matas e

cerrados intactos”.

Alternativa E: não existe no texto a ideia de frequência

quanto à existência dos cordões azuis. Os narradores apenas informam que

os descobriram “No oeste do estado de Mato Grosso”, onde há “rios

belíssimos, como o Juruena, Papagaio e Burit”.

Resposta – B

6. (Funiversa/Adasa-DF/Técnico em Regulação/2009) Assinale a

alternativa em que o termo sublinhado desempenha a função a ele

relacionada.

(A) “A segunda campanha do Projeto Brasil das Águas” (linha 1) – objeto

direto.

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(B) “Mas também encontramos muitos outros” (linha 5) – conectivo

prepositivo.

(C) “várias coletas foram feitas” (linha 12) – sujeito paciente.

(D) “Cientes da preocupação dos índios” (linha 10) – adjunto adnominal.

(E) “houve um incidente” (linha 34) – sujeito.

Comentário – Viu como foi bom darmos uma pincelada em alguns termos

da oração? Aqui a Funiversa cobrou esse conhecimento do candidato. Vamos

“dar nome aos bois”!

Alternativa A: adjunto adnominal. O numeral “segunda”

acompanha o substantivo “campanha”, o qual é núcleo de toda a expressão.

Alternativa B: conectivo conjuntivo de valor semântico

aditivo. A locução figura ao lado de e, nem, como também. Eis os

conectivos essencialmente prepositivos: a, ante, até, após, com, contra,

de, desde, entre, para, por, perante, em, sem, sob, sobre, trás.

Alternativa C: você já sabe como identificar o sujeito do

verbo. O que foi feito? Várias coletas foram feitas. Pronto, o termo “várias

coletas” é o sujeito. Deve saber ainda que o sujeito pode desencadear o

processo verbal (Ele fez várias coletas.) ou sofrê-lo (Várias coletas foram

feitas por ele.). No primeiro caso, o sujeito será o agente do processo; no

segundo, o paciente dele.

Alternativa D: você deve se recordar das explicações sobre

complemento nominal, pois essa é a função sintática do termo “da

preocupação”. Ele está preposicionado e complementa o sentido do adjetivo

“Cientes”.

Alternativa E: quem achou que esta alternativa foi o gabarito

se deixou levar pelo canto da sereia. Guarde duas coisas básicas:

I. Com sentido de existir, o verbo haver não possui

sujeito, visto que é verbo impessoal.

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sujeito

II. Aquilo que é sujeito para o verbo existir, é objeto

direto para o verbo haver.

Existem bons alunos neste curso.

Há bons alunos neste curso.

Resposta – C

7. (Funiversa/Adasa/DF/Técnico em Regulação/2009) Quanto ao trecho

“Bancos de areia submersa traçando desenhos ondulados por baixo das

águas transparentes.” (linhas 25 e 26), assinale a alternativa que

apresenta termos exercendo a mesma função sintática.

(A) “submersa” – “transparentes”

(B) “ondulados” – “traçando”

(C) “de areia” – “desenhos ”

(D) “por baixo” – “Bancos”

(E) “de areia” – “das águas”

Comentário – Você deve já ter percebido que análise dos termos da oração

é um assunto importante para a Funiversa. Estamos novamente às voltas

com ele.

Alternativa A: os adjetivos “submersas” e “transparentes”

especificam os significados dos substantivos “areia” e “águas”, funcionando

como adjuntos adnominais. Se você errou, sugiro que volta à página 23.

Alternativa B: semelhantemente, o adjetivo “ondulados” é

adjunto adnominal de “desenhos”; mas “traçando” é verbo transitivo direto.

Alternativa C: novamente estamos diante de um adjunto

adnominal, agora representado pela locução adjetiva “de areia”. Aqui vai

uma dica: substantivo concreto não tem complemento nominal.

obj. direto

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Quanto ao termo “desenhos”, você já se perguntou o que os bancos de areia

submersa traçam? Eles traçam “desenhos ondulados”. O verbo traçar é TD;

logo o termo “desenhos ondulados” é o seu OD, cujo núcleo é o substantivo

“desenhos”.

Alternativa D: “Bancos” é o núcleo do sujeito; “por baixo” é

adjunto adverbial, pois expressa o lugar em que os desenhos ondulados são

traçados.

Alternativa E: observe a maldade do examinador: a locução

“de areia”, eu já disse, é adjunto adnominal (substantivo concreto não

tem complemento nominal); a locução “das águas” complementa o

sentido da locução adverbial “por baixo”. Aposto como você se lembrou do

que falei sobre complemento nominal, na página 22. Não!? Tudo bem, vou

lhe dar uma “colher de chá”: complemento nominal é termo que integra ou

limita o sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo abstrato;

aparece sempre preposicionado.

Resposta – A

8. (Funiversa/Adasa/DF/Técnico em Regulação/2009) Acerca da expressão

destacada em “Fizemos um pit stop para almoçar em uma praia

deserta” (linhas 29 e 30), é correto afirmar que

(A) é evidente e exagerado o uso de palavras estrangeiras, pois o texto foi

escrito por estrangeiros.

(B) foi utilizado o estrangeirismo, uso de construções com palavras

estrangeiras.

(C) a língua estrangeira é predominante nos textos brasileiros.

(D) a expressão estrangeira poderia ser substituída pela expressão

brasileira “uma vaquinha”, ato de recolher dinheiro entre os presentes

para custear algo, sem acarretar prejuízo semântico para o texto.

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(E) a expressão em estudo já foi introduzida no vocabulário da língua

portuguesa, portanto não deve ser considerada como estrangeirismo.

Comentário – Não há exagero de vocabulário estrangeiro, que apareceu

apenas uma vez. É um absurdo pensar que nos textos brasileiros predomina

a língua estrangeira. A expressão “pit stop”, comum na fórmula 1, significa

parada rápida para trocar pneus e/ou colocar combustível; por extensão

pode significar qualquer intervenção rápida em uma atividade de rotina, seja

para almoçar, descansar, ir ao banheiro etc. Finalmente, a expressão ainda

não consta no vocabulário da língua portuguesa.

Resposta – B

Texto I, para responder às questões de 9 a 12.

1 A União Europeia inaugurou um novo patamar de

integração política e econômica no globo. A cooperação entre

seus países permitiria à região fazer frente a outras

4 potências, como os Estados Unidos e o Japão, e, assim,

assegurar o bem-estar social e a segurança de sua

população. Com o passar dos anos, o bloco incorporou

7 nações menos desenvolvidas do continente e instituiu uma

moeda única, o euro, que atraiu investidores e chegou a

ameaçar o domínio do dólar como reserva internacional de

10 valor. Mas a crise financeira mundial fez emergir as

fragilidades na estrutura econômica de algumas nações do

bloco. À medida que a turbulência dos mercados se

13 acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal de alguns

países, sobretudo a Grécia. Diante do risco de que o déficit

crescente no orçamento grego pudesse contaminar outros

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16 europeus com situação fiscal semelhante e pôr em xeque a

confiabilidade do bloco, líderes regionais reuniram-se às

pressas na semana passada. Ao fim do encontro, chegou-se

19 a um acordo para ajudar a Grécia. Ainda que não tenha sido

feita menção formal a um resgate financeiro, a reunião serviu

para acalmar o temor dos investidores internacionais.

22 A condição para que os gregos recebam a ajuda é

que eles apresentem um plano de ajuste orçamentário. Foi o

que fez o ministro de finanças, George Papaconstantinou,

25 que propôs enxugar os gastos e reduzir o deficit fiscal para

3% do PIB, como determina o Tratado de Maastricht. Hoje, o

rombo no orçamento é de 13% do PIB, um dos índices mais

28 elevados do planeta. As medidas de ajuste incluem o

congelamento dos salários dos servidores públicos e o

aumento da idade mínima para aposentadoria. Levar as

31 reformas adiante terá um custo político: na semana passada,

as ruas de Atenas foram tomadas por manifestantes, e os

funcionários públicos entraram em greve. Afirma Carlos

34 Langoni, da Fundação Getúlio Vargas: “Economias pequenas

se beneficiaram com a adoção do euro, mas tiveram de

abdicar do controle de sua política monetária, que fica a

37 cargo do Banco Central Europeu. Em um momento de crise,

não podem aumentar os juros ou desvalorizar a sua moeda,

o que dificulta a recuperação.”

In: Veja, 17/2/2010, p. 57 (com adaptações).

9. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Com relação às ideias

do texto I, assinale a alternativa correta.

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(A) A cooperação entre os países da União Europeia permitiria que cada

país estivesse à frente de potências como os Estados Unidos e o Japão.

(B) A instituição de moeda única, o euro, provocou duas situações: a

aproximação de investidores e a ameaça da predominância da moeda

americana como reserva internacional de valor.

(C) A crise financeira mundial recente provocou abalos na economia das

nações que integram o bloco, em especial na da Grécia.

(D) Por apresentar receitas superiores às despesas, a Grécia, como país-

membro da União Europeia, abalou a confiabilidade no bloco.

(E) Líderes regionais do bloco europeu entraram em consenso na ajuda à

Grécia, o que, de imediato, atrairá novos investidores internacionais.

Comentário – Alternativa A: tenha muita atenção com expressões que

possuem significados distintos e pronúncias ou construções parecidas. Estar

à frente de é o mesmo que estar na dianteira, na liderança (Marchava à

frente da tropa.). Fazer frente a significa defrontar, enfrentar, resistir

(Pediu reforço de caixa para fazer frente às despesas.).

Alternativa B: está fundamentada nas linhas 8 a 10.

Alternativa C: está escrito, nas linhas 10 a 12, que “a crise

financeira mundial fez emergir as fragilidades na estrutura econômica de

algumas nações do bloco” (grifo nosso).

Alternativa D: em relação à Grécia, a irresponsabilidade

fiscal do país, que apresentou “déficit crescente no orçamento”, ameaçou a

confiabilidade do bloco.

Alternativa E: a rapidez na atração de novos investidores

internacionais não é mencionada como consequência do acordo, repare: “Ao

fim do encontro, chegou-se a um acordo para ajudar a Grécia. Ainda que

não tenha sido feita menção formal a um resgate financeiro, a reunião

serviu para acalmar o temor dos investidores internacionais.”

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Resposta – B

10. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Ainda com relação ao

texto I, assinale a alternativa correta.

(A) O ministro de finanças grego, George Papaconstantinou, cumpriu o

necessário para que a Grécia recebesse ajuda, isto é, propôs plano de

adequação orçamentária, em que se previa diminuir gastos.

(B) Atualmente, o deficit orçamentário equivale a 13% do produto interno

bruto do país, o que corresponde ao índice mais elevado do planeta.

(C) Para conter a crise no orçamento, o governo terá, entre outras ações,

de reduzir os salários dos servidores públicos e rever os requisitos para

concessão de aposentadoria.

(D) Revoltada com o rombo no orçamento, a população ocupou as ruas da

capital grega e conclamou os servidores públicos a entrar em greve.

(E) Na opinião de especialistas, a crise na Grécia deve-se à sua adesão à

União Europeia, pois o país entregou o controle de sua política

monetária ao Banco Central Europeu, que deixou de aumentar os juros.

Comentário – Alternativa A: a proposição encontra apoio na seguinte

passagem do texto: “A condição para que os gregos recebam a ajuda é que

eles apresentem um plano de ajuste orçamentário. Foi o que fez o ministro

de finanças, George Papaconstantinou, que propôs enxugar os gastos e

reduzir o deficit fiscal para 3% do PIB, como determina o Tratado de

Maastricht.”

Alternativa B: não vá com tanta sede ao pote! Nas linhas

27 e 28, consta que o valor é “um dos índices mais elevados do planeta”

(grifo nosso). Percebeu o problema? O examinador afirmou que o índice,

sozinho, é o mais elevado de todos.

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Alternativa C: leiamos a informação contida nas linhas 28 a

30: “As medidas de ajuste incluem o congelamento dos salários dos

servidores públicos e o aumento da idade mínima para aposentadoria.”

(grifo nosso). Congelar é diferente de reduzir, concorda?

Alternativa D: não existe no texto a revelação de quem

conclamou os servidores a entrarem em greve; parece que eles mesmos

tiveram essa iniciativa, juntamente com outros manifestantes. A linha

argumentativa também indica que os atos de descontentamento decorrem

do congelamento dos salários dos funcionários públicos e da mudança das

regras para aposentadoria.

Alternativa E: aumentar os juros só complicaria a situação,

conforme a opinião de “Carlos Langoni, da Fundação Getúlio Vargas”. Na

opinião dele, “Em um momento de crise, não podem aumentar os juros ou

desvalorizar a sua moeda, o que dificulta a recuperação.”

Resposta – A

11. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Cada uma das

alternativas a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto I.

Assinale aquela em que a reescritura mantém a ideia original.

(A) A União Europeia lançou um novo andar para a integração política e

econômica no globo (linhas 1 e 2).

(B) A cooperação entre seus países faria que a região esbarrasse em outras

potências, como os Estados Unidos e o Japão (linhas de 2 a 4).

(C) A crise, contudo, trouxe à tona a solidez da economia de certos países

que integram a União Europeia (linhas de 10 a 12).

(D) Diante do risco de que o deficit crescente no orçamento grego pudesse

influenciar outros países europeus que apresentam situação fiscal

similar e comprometer a confiabilidade da União Europeia, líderes

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regionais encontraram-se às pressas na semana passada (linhas de 14

a 18).

(E) Ainda que não tenha sido discutida uma solução financeira, o encontro

teve como objetivo reduzir o medo dos investidores internacionais

(linhas de 19 a 21).

Comentário – Na reescritura (ou paráfrase), as palavras são mudadas,

porém a ideia do texto original é confirmada pelo novo texto; a alusão

ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto

citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. E não apenas com

outras palavras, mas também com outra estruturação sintática.

Normalmente as bancas indagam se, nesse processo de reescritura, a

coesão (correção gramatical) e a coerência (sentido original do texto)

foram mantidas. É muito importante que esses dois aspectos sejam

respeitados na hora de parafrasear o texto original.

Alternativa A: por motivos que ainda não conseguimos

compreender, a banca considerou errada esta opção. Se você conseguiu

perceber alguma variação de sentido, compartilhe-a conosco por favor.

Alternativa B: expliquei na questão 19, página 35, que

fazer frente a significa defrontar, enfrentar, resistir (Pediu reforço de caixa

para fazer frente às despesas.), o que destoa da ideia de “esbarrar” (fazer

parar; frear em decorrência de um obstáculo).

Alternativa C: a crise fez emergir fragilidades e não solidez.

Alternativa D: paráfrase perfeita; com ênfase no emprego

de vocábulos e expressões com sentidos semelhantes aos do texto original

(“contaminar”/influenciar; “semelhante”/similar; “pôr em

xeque”/comprometer; “bloco”/União Europeia; “reuniram-se”/

encontraram-se).

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Alternativa E: o objetivo foi ajudar a Grécia. A redução do

medo dos investidores internacionais foi uma consequência, ou seja, algo

derivado do verdadeiro propósito do encontro. Além disso, a informalidade

com que foi tratado o aspecto financeiro não nos permite afirmar que nada

foi falado a respeito do assunto.

Resposta – D, conforme o gabarito oficial.

12. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Cada uma das

alternativas a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto I.

Assinale aquela em que a reescritura não apresenta erro de

pontuação.

(A) A cooperação entre seus países, permitiria à região fazer frente a outras

potências, como os Estados Unidos e o Japão, e assim, assegurar o

bem-estar social e a segurança da população (linhas de 2 a 6).

(B) Com o passar dos anos o bloco incorporou nações menos desenvolvidas

do continente; e instituiu uma moeda única — o euro que atraiu

investidores e chegou a ameaçar o domínio do dólar como reserva

internacional de valor (linhas de 6 a 10).

(C) Mas, a crise financeira mundial fez emergir as fragilidades na estrutura

econômica de algumas nações do bloco: à medida que, a turbulência

dos mercados se acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal de

alguns países, sobretudo a Grécia (linhas de 10 a 14).

(D) Diante do risco de que o deficit crescente no orçamento grego pudesse

contaminar outros europeus com situação fiscal semelhante e pôr em

xeque a confiabilidade do bloco, líderes regionais reuniram-se, às

pressas, na semana passada (linhas de 14 a 18).

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(E) Levar as reformas adiante terá um custo político. Na semana passada,

as ruas de Atenas, foram tomadas por manifestantes e os funcionários

públicos entraram em greve (linhas de 30 a 33).

Comentário – Na questão anterior a reescritura foi cobrada do candidato

sob o aspecto semântico. Aqui, o mesmo assunto deve ser analisado sob o

aspecto sintático.

Alternativa A: a primeira vírgula separou erradamente o

sujeito e o verbo. A intercalação do elemento adverbial “assim” deveria ser

marcada por duas vírgulas: uma antes dele e outra depois.

Alternativa B: após o substantivo “anos”, tem lugar uma

vírgula para separar o adjunto adverbial antecipado. Após o vocábulo “euro”

deve ser utilizada outra vírgula, pois a oração seguinte é subordinada

adjetiva explicativa. Lembre-se de que a vírgula é proibida se a oração

adjetiva é restritiva.

Alternativa C: a primeira e a segunda vírgula causam

fragmentação indevida de frase. A conjunção “Mas” integra a oração

seguinte; a locução conjuntiva “à medida que” também.

Alternativa D: não se verifica erro aqui. O que foi? A

primeira vírgula marca a antecipação de orações subordinadas adverbiais. A

segunda e a terceira isolam corretamente o adjunto adverbial.

Alternativa E: o termo “as ruas de Atenas” funciona como

sujeito da forma verbal “foram”. Portanto entre eles não deve haver vírgula.

Resposta – D

Texto II, para responder às questões de 13 a 15.

1 A verdadeira consolidação do Direito Internacional

dos Direitos Humanos surge em meados do século XX, em

decorrência da Segunda Guerra Mundial. Nas palavras de

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4 Thomas Buergenthal: “O moderno Direito Internacional dos

Direitos Humanos é um fenômeno do pós-guerra. Seu

desenvolvimento pode ser atribuído às monstruosas

7 violações de direitos humanos da era Hitler e à crença de que

parte dessas violações poderia ser prevenida se um efetivo

sistema de proteção internacional de direitos humanos

10 existisse.”

A internacionalização dos direitos humanos constitui,

assim, um movimento extremamente recente na história,

13 surgido a partir do pós-guerra, como resposta às atrocidades

e aos horrores cometidos durante o nazismo. Apresentando o

Estado como o grande violador de direitos humanos, a Era

16 Hitler foi marcada pela lógica da destruição e da

descartabilidade da pessoa humana, o que resultou no

extermínio de onze milhões de pessoas. O legado do

19 nazismo foi condicionar a titularidade de direitos, ou seja, a

condição de sujeito de direitos à pertinência a determinada

raça — a raça pura ariana. No dizer de Ignacy Sachs, o

22 século XX foi marcado por duas guerras mundiais e pelo

horror absoluto do genocídio concebido como projeto político

e industrial.

25 No momento em que os seres humanos se tornam

supérfluos e descartáveis, no momento em que vige a lógica

da destruição, em que cruelmente se abole o valor da pessoa

28 humana, torna-se necessária a reconstrução dos direitos

humanos, como paradigma ético capaz de restaurar a lógica

do razoável. A barbárie do totalitarismo significou a ruptura

31 do paradigma dos direitos humanos, por meio da negação do

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valor da pessoa humana como valor-fonte do direito. Diante

dessa ruptura, emerge a necessidade de reconstruir os

34 direitos humanos, como referencial e paradigma ético que

aproxime o direito da moral. Nesse cenário, o maior direito

passa a ser, adotando a terminologia de Hannah Arendt, o

37 direito a ter direitos, ou seja, o direito a ser sujeito de direitos.

Flávia Piovesan. Direito constitucional internacional e os

direitos humanos. Saraiva, 2007 (com adaptações).

13. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Com relação às ideias

do texto II, assinale a alternativa correta.

(A) O Direito Internacional dos Direitos Humanos nasce por volta da década

de 50 do século XX, como resultado da Segunda Guerra Mundial.

(B) Como decorrência das práticas empregadas por seu regime, Hitler

defendeu a internacionalização dos direitos humanos.

(C) O estudo aprofundado da história revela que, na verdade, era o Estado

o responsável pelas constantes violações aos direitos humanos, e não o

regime nazista, cuja criação e difusão se devem a um de seus grandes

expoentes, Hitler.

(D) Para os nazistas, somente tinham direitos — sejam direitos humanos ou

quaisquer outros — os indivíduos pertencentes à raça ariana.

(E) Apenas duas guerras marcaram o século XX, mas elas foram suficientes

para incutir no ser humano a absoluta repulsa ao genocídio.

Comentário – Alternativa A: no período indicado, houve a “consolidação do

Direito Internacional” (linhas 1 a 3), e não o nascimento dele.

Alternativa B: a Hitler estão associadas “monstruosas

violações de direitos humanos” (linhas 5 a 7).

Alternativa C: é impossível concordar com o que é dito a

respeito do regime nazista e de Hitler diante da seguinte passagem:

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“Apresentando o Estado como o grande violador de direitos

humanos, a Era Hitler foi marcada pela lógica da destruição e

da descartabilidade da pessoa humana, o que resultou no

extermínio de onze milhões de pessoas. O legado do nazismo

foi condicionar a titularidade de direitos, ou seja, a condição

de sujeito de direitos à pertinência a determinada raça — a

raça pura ariana.” (linhas 14 a 21).

Alternativa D: a informação contida nas linhas 18 a 21

sustentam esta assertiva: “O legado do nazismo foi condicionar a

titularidade de direitos, ou seja, a condição de sujeito de direitos à

pertinência a determinada raça — a raça pura ariana.”

Alternativa E: o século XX também foi marcado “pelo horror

absoluto do genocídio concebido como projeto político e industrial” (linhas

21 a 24).

Resposta – D

14. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Ainda com relação ao

texto II, assinale a alternativa correta.

(A) A reconstrução dos direitos humanos apenas se faz necessária a partir

do momento em que o homem se torna supérfluo e descartável, isto é,

quando ele deixa de ter valor.

(B) É possível que o homem restabeleça a lógica do razoável a partir da

reconstrução dos direitos humanos.

(C) O totalitarismo não chega a negar o valor da pessoa humana, mas ele é

capaz de romper com o que se defende na área dos direitos humanos.

(D) Após a era nazista, a humanidade, naturalmente, deparou-se com os

direitos humanos reconstruídos.

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(E) Para Hannah Arendt, o indivíduo tem direito a ser propiciador de

direitos.

Comentário – Alternativa A: parece que o trecho contido nas linhas 25 a 30

sustentam esta opção. Parece, apenas parece! Observe que o examinador

introduziu o elemento “apenas”, que exclui a possibilidade de outras

situações darem causa à reconstrução. Releia o trecho indicado e constate

que não existe essa ideia exclusivista.

Alternativa B: sim, isso é possível e pode ser depreendido do

trecho “...a reconstrução dos direitos humanos, como paradigma ético capaz

de restaurar a lógica do razoável.” (linhas 29 a 31).

Alternativa C: nas linhas 30 a 32, lemos que o totalitarismo

nega o valor a pessoa humana: “A barbárie do totalitarismo significou a

ruptura do paradigma dos direitos humanos, por meio da negação do valor

da pessoa humana como valor-fonte do direito.” (grifo nosso).

Alternativa D: “A internacionalização dos direitos humanos

constitui (...) um movimento extremamente recente na história” (linhas 11 e

12); “o legado do nazismo foi condicionar a titularidade de direitos, ou seja,

a condição de sujeito de direitos à pertinência a determinada raça — a raça

pura ariana.” (linhas 18 a 21).

Alternativa E: o último período do texto, de maneira clara,

refuta esta proposição: Para Hannah Arendt, o indivíduo tem “o direito a ter

direitos, ou seja, o direito a ser sujeito de direitos.”

Resposta – B

15. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Cada uma das

alternativas a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto II.

Assinale aquela em que a reescritura apresenta erro relacionado ao

emprego ou à ausência do sinal indicativo de crase.

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(A) Seu desenvolvimento pode ser atribuído a violações de direitos

humanos (linhas de 5 a 7).

(B) O legado do nazismo foi condicionar a titularidade de direitos aquele

que pertencesse à raça ariana (linhas de 18 a 21).

(C) pelo horror absoluto à exterminação (linhas 22 e 23).

(D) a ruptura do paradigma deve-se à barbárie do totalitarismo (linhas 30 e

31).

(E) é necessária a reconstrução dos direitos humanos (linhas 33 e 34).

Comentário – Alternativa A: não há crase na seguinte estrutura: SINGULAR

+ PLURAL (“a violações”). Guarde isso, pois você precisará dessa informação

outras vezes. Item correto.

Alternativa B: aqui está o problema. O verbo condicionar é

TDI. Seu objeto direto é o termo “a titularidade de direitos”. Tudo bem até

agora. E o que dizer do objeto indireto? Quem condiciona condiciona algo a

alguém, não é mesmo? Notou que a preposição a é exigida pelo verbo para

reger o seu objeto indireto? Essa preposição contrai-se com o “a” inicial dos

pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo: àquele(s),

aquela(s), àquilo. Como isso não foi indicado, a opção incorreta é a B.

Veja outro exemplo: O aluno referia-se àquela questão

anulada da prova. ), a forma verbal “referia-se” (“se” é parte integrante do

verbo) é transitivo indireto. Seu complemento é regido pela preposição a,

que se une ao a inicial do pronome demonstrativo aquela.

Alternativa C: experimento trocar o substantivo feminino

“exterminação” por um substantivo masculino. Que tal “extermínio”?

“pelo horror absoluto ao extermínio”

Guarde outra dica: se usamos ao para o masculino,

devemos usar à para o feminino.

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Alternativa D: vamos repetir o raciocínio anterior e ver se ele

realmente funciona: “...deve-se à barbárie...” / “...deve-se ao

barbarismo...”. Portanto a crase foi corretamente indicada.

Alternativa E: aqui, o “a” é meramente artigo que

acompanha o substantivo “reconstrução”.

Resposta – B

Texto I, para responder às questões de 16 a 18.

1 No que se refere às práticas assistenciais, tem sido

comum a confusão na utilização dos termos assistência e

assistencialismo. Essa é uma questão delicada, daí a

4 importância que se tenha clareza sobre ela, pois, quando se

trabalha com a política de assistência social nos espaços em

que a intervenção se manifesta pelo caráter emergencial, é

7 comum taxar essa atuação como uma prática

assistencialista. Contudo, não se deve equiparar ou confundir

ação de emergência com assistencialismo. As ações

10 emergenciais são tão dignas e necessárias quanto as demais

ações. O que realmente faz a diferença são os objetivos

pelos quais são desenvolvidas.

13 Apesar de termos legislações que avançaram no

sentido do direito social, muitas ações desenvolvidas

segundo a ótica dos interesses de dirigentes do Estado

16 têm-se caracterizado como assistencialistas, ou seja, ações

que não emancipam os usuários, pelo contrário, reforçam

sua condição de subalternização perante os serviços

19 prestados.

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Essas ações constituem-se com base na troca de

favores, principalmente no que se refere às políticas

22 partidárias, em que parte da população torna-se receptora de

“benefícios” não no sentido do patamar do direito e, sim, na

perspectiva da troca votos-favores. Por outro lado, para a

25 população dependente dos serviços e dos benefícios

transmitidos por essas políticas de garantia da sobrevivência,

não importa com qual intenção tais ações estejam se

28 desenvolvendo. Na perspectiva de quem não tem o mínimo,

o fundamental é não morrer de fome e ver supridas certas

necessidades básicas.

Solange Silva dos Santos Fidelis. Conceito de assistência e

assistencialismo. In: 2º Seminário nacional estado e

políticas sociais no Brasil. Cascavel: Unioeste,

de 13 a 15 out./2005, p. 1-2 (com adaptações).

16. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) Com relação às ideias do

texto I, assinale a alternativa correta.

(A) A confusão na utilização dos termos assistência e assistencialismo está

definitivamente desfeita, a partir da divulgação do texto I, pois ele cuida

exatamente de elaborar os conceitos teóricos desses termos.

(B) A política de assistência social escraviza a população, mantendo-a em

posição inferior de dependência.

(C) Garantida a sobrevivência da população dependente dos serviços e

benefícios transmitidos pelas políticas assistencialistas e eleitoreiras,

resta descobrir os verdadeiros objetivos dos políticos, para que seja

estabelecida a troca de favores.

(D) As necessidades básicas de parcela da população brasileira são tão

prementes que o assistencialismo passa a ser bem-vindo, sendo

encarado como forma possível de garantir a sobrevivência.

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(E) As ações emergenciais são vis e deixam claros os objetivos mesquinhos

segundo os quais são desenvolvidas.

Comentário – Alternativa A: incorreta. O texto faz um alerta sobre a

importância da diferença entre os dois conceitos e fornece explicações sobre

eles; mas, ao mesmo tempo, admite que “tem sido comum a confusão” e

que “é comum” taxar de assistencialismo “a política de assistência social nos

espaços em que a intervenção se manifesta pelo caráter emergencial”.

Portanto a confusão não está definitivamente desfeita.

Alternativa B: incorreta. Lendo o segundo parágrafo,

verificamos que essa ideia se refere, na verdade, às ações assistencialistas,

“que não emancipam os usuários, pelo contrário, reforçam sua condição de

subalternização perante os serviços prestados”.

Alternativa C: incorreta . Para que seja estabelecida a

troca de favores, não resta mais nada. As políticas assistencialistas e

eleitoreiras já são baseadas nessa ideia e além, disso, está escrito no último

parágrafo que “não importa com qual intenção [ = objetivos dos políticos]

tais ações estejam se desenvolvendo”.

Alternativa D: correta. A declaração da banca é outra

maneira de dizer o que a autora do texto declarou: “Na perspectiva de quem

não tem o mínimo, o fundamental é não morrer de fome e ver supridas

certas necessidades básicas.”

Alternativa E: incorreta. Vil é a prática assistencialista, que

é comumente confundida com a intervenção manifestada pelo caráter

emergencial”. As ações emergenciais são dignas e necessárias.

Resposta – D

17. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) Com base no texto I, assinale

a alternativa correta.

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(A) A frase Essa é uma questão delicada, por isso é importante que

se tenha clareza sobre ela é uma reescrita adequada da original

registrada nas linhas 3 e 4.

(B) No fragmento “o fundamental é não morrer de fome e ver supridas

certas necessidades básicas” (linhas 29 e 30), o termo “supridas”

poderia ser usado no masculino singular, sem prejuízo gramatical.

(C) Na frase “o fundamental é não morrer de fome e ver supridas certas

necessidades básicas.” (linhas 29 e 30), os verbos “morrer” e “ver” têm

sujeitos diferentes.

(D) A frase parte da população torna-se receptora de “benefícios”

não somente no sentido do patamar do direito, mas também na

perspectiva da troca votos-favores é uma reescrita adequada da

original das linhas de 22 a 24.

(E) As aspas da linha 23 indicam a interferência de fala de personagem

oculto no texto.

Comentário – Alternativa A: correta. Originalmente, a ideia transmitida no

segmento “Essa é uma questão delicada, daí a importância que se tenha

clareza sobre ela” é de causa e consequência, que ganha evidência por meio

do conectivo “daí”. Na reescritura, a ideia foi mantida, mas a estruturação

sintática foi reformada. Usou-se a conjunção “por isso” em vez do conectivo

“daí” e a expressão substantivada “a importância” deu lugar ao segmento de

natureza verbal “é importante”. Todavia, a delicadeza da questão continua

sendo o motivo de tal importância.

Alternativa B: incorreta. O termo “supridas” concorda

obrigatoriamente em gênero e número com o substantivo “necessidades”.

Alternativa C: incorreta. Os verbos “morrer” e “ver” estão

no infinitivo impessoal. O sujeito de ambos classifica-se como

indeterminado.

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Alternativa D: incorreta. A correlação entre os elementos

sublinhados em “...não no sentido do patamar e, sim...” transmite ideias

adversas. Já em “...não somente no sentido..., mas também na

perspectiva...”, as ideias se somam, numa relação de adição.

Alternativa E: incorreta. As aspas indicam ironia, ou seja,

um sentido contrário daquele que naturalmente teria o vocábulo benefícios.

Resposta – A

18. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) A respeito de termos e

fragmentos do texto I, assinale a alternativa correta.

(A) Assistência e assistencialismo são palavras que, por serem formadas por

uma parte morfológica comum [assistencia], têm sentido semelhante e,

por isso, são classificadas como sinônimos idênticos.

(B) O fragmento ações que não lhes emancipam substitui corretamente

o original das linhas 16 e 17.

(C) O fragmento ações que não emancipam os usuários, pelo

contrário, reforçam a condição deles de subalternização perante

os serviços prestados substitui corretamente o original das linhas de

16 a 19.

(D) O fragmento Referindo-se às práticas assistenciais, era comum a

confusão na utilização dos termos assistência e assistencialismo

é uma reescrita correta, de acordo com as normas gramaticais, do

original das linhas de 1 a 3.

(E) No fragmento “Essa é uma questão delicada, daí a importância que se

tenha clareza sobre ela, pois, quando se trabalha com a política de

assistência social nos espaços” (linhas de 3 a 5), o verbo “trabalha”

poderia ser usado no plural, sem prejuízo gramatical.

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Comentário – Alternativa A: incorreta. Morfologicamente, as palavra são,

sim, formadas por uma parte comum. Porém, semanticamente, elas

expressam no contexto significados diferentes. Aliás, a primeira tem

conotação positiva no texto; a segunda, conotação negativa. Sendo assim,

não são sinônimas.

Alternativa B: incorreta. O verbo “emancipam” é transitivo

direto. O pronome oblíquo “lhe” não pode funcionar como objeto direto. O

correto é ações que não os emancipam.

Alternativa C: correta. O pronome possessivo “seu”, que

concorda gramaticalmente com a coisa possuída (“condição”), foi

adequadamente substituído pela expressão “dele” (contração da preposição

de com o pronome pessoal ele), que transmite o mesmo sentido.

Alternativa D: incorreta, conforme o gabarito da banca

examinadora; mas há controvérsias. Repare que o examinador pediu a

análise correta do ponto de vista gramatical. Não há erro gramatical no

trecho. Há, sim, alteração de sentido. A locução “tem sido” (pretérito

perfeito composto do indicativo) prolonga o fato até o presente, até o

momento atual da declaração. O pretérito perfeito do indicativo (era) indica

um fato completamente realizado, algo que iniciou e foi totalmente concluído

antes do momento da fala.

Alternativa E: incorreta. O pronome “se” é índice de

indeterminação do sujeito e, consequentemente, obriga o verbo a se manter

flexionado na terceira pessoa do singular.

Resposta – C

Texto II, para responder à questão 19.

1 Travestis e transexuais matriculados nas escolas

municipais de Fortaleza ou cadastrados em projetos sociais

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do município poderão ser agora oficialmente tratados por seu

4 nome social no lugar daquele que consta no registro de

nascimento. Isso é possível com a publicação de duas

portarias, uma da Secretaria de Educação e outra da

7 Secretaria de Assistência Social.

A medida garante que, logo no início das aulas, ao

se apresentar, o aluno tenha respeitada sua vontade de ser

10 chamado pelo nome social, informando isso ao professor

e(ou) ao diretor da escola, que farão a anotação em todos os

seus documentos.

13 “Essa é uma medida de acolhida afetuosa. Afinal, o

poder público não tem apenas o dever de dar acesso à

escola, mas também o de buscar a permanência do aluno e o

16 seu desenvolvimento. E o nome, muitas vezes, tem sido um

empecilho para isso”, disse Martír consultora jurídica

da Secretaria de Educação de Fortaleza.

Internet <http://www.clickpb.com.br/> (com adaptações).

19. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) Com base no texto II,

assinale a alternativa incorreta.

(A) O nome social pode ser o adotado pelo indivíduo, por sua própria

escolha, em substituição ao de registro de nascimento.

(B) A acolhida aos alunos travestis e transexuais nas escolas municipais de

Fortaleza é avaliada como afetuosa, porque o poder público, além da

obrigação social de dar acesso à escola, deve buscar a permanência do

aluno nela.

(C) Duas secretarias de estado se uniram para a adoção de medida

favorável aos travestis e transexuais matriculados nas escolas

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municipais de Fortaleza ou cadastrados em projetos sociais do

município.

(D) Infere-se do texto que a eventual incompatibilidade entre o nome e o

corpo de estudantes travestis e transexuais pode, muitas vezes, levar o

jovem a deixar a escola.

(E) Infere-se do texto que o preconceito contra o diferente está escondido

na obscuridade dos sentimentos humanos mais íntimos; por isso, o

homem nunca conseguirá se libertar dessa chaga moral.

Comentário – Alternativa A: correta, com base – sobretudo – no segundo

parágrafo: “A medida garante que, logo no início das aulas, ao se

apresentar, o aluno tenha respeitada sua vontade de ser chamado pelo

nome social”.

Alternativa B: correta. O terceiro parágrafo é aqui

parafraseado.

Alternativa C: correta, com fundamento no primeiro

parágrafo, e principalmente no trecho: “Isso é possível com a publicação de

duas portarias, uma da Secretaria de Educação e outra da Secretaria de

Assistência Social”.

Alternativa D: correta. Cuidado com o verbo inferir, que

nos permite interpretar o texto com base não naquilo que está claro,

evidente; mas, sim, naquilo que é possível entender com base simplesmente

em alguns indícios. Então, se é verdade que o nome tem sido um empecilho

para a permanência do aluno e o seu desenvolvimento, também é verdade

que a incompatibilidade mencionada pelo examinador é capaz de levar o

jovem a deixar a escola.

Alternativa E: incorreta, e por isso mesmo é o gabarito da

questão. Apesar da possibilidade de chegarmos a uma conclusão que não

está claramente exposta no texto, dele não devemos nos distanciar a tal

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ponto de perdermos o apoio mínimo e necessário para o interpretarmos. Não

há sequer indícios no texto de que “o homem nunca conseguirá se libertar

dessa chaga moral”, que é o preconceito contra o diferente.

Resposta – E

Texto III, para responder às questões 20 e 21.

1 Já existem vários portais ativos e em crescimento

que disponibilizam para o internauta canais de televisão.

O wwitv, por exemplo, oferece atualmente nada menos

4 de 1.827 estações on-line (número de 4 de dezembro,

crescendo à razão de duas por dia). São

emissoras transmitidas de qualquer país que passe pela

7 nossa mente — e alguns outros de cuja existência sequer

desconfiávamos.

Uma visita a qualquer um desses portais deixa

10 bastante claro que a televisão, tal como a conhecemos hoje,

distribuída pelo ar de forma gratuita, ou por meio de qualquer

mecanismo pago de distribuição, está em sérios apuros. Mil

13 batalhas jurídicas poderão acontecer nos próximos anos.

Mas frear a distribuição de sinais de TV pela Internet será tão

viável quanto impedir que chova. É mais sábio, portanto,

16 examinar como tirar proveito dos benefícios que a chuva

possa nos trazer.

Internet: <www.observatoriodaimprensa.com.br> (com adaptações).

20. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) Acerca da frase “São

emissoras transmitidas de qualquer país que passe pela nossa mente —

e alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.” (linhas de 5

a 8), do texto III, assinale a alternativa incorreta.

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(A) A forma verbal “São” é usada no plural porque concorda com o sujeito

implícito “duas por dia” (linha 5).

(B) A sequência “de qualquer país” pode ser reescrita, sem perda de

sentido, como por seja qual for o país.

(C) A forma verbal “passe”, se usada no plural, provocaria mudança

inaceitável de sentido, uma vez que remeteria a “emissoras”, e não

mais a “país”.

(D) A troca da preposição “de”, na segunda ocorrência, por em provocaria

uma falha na regência do verbo desconfiar.

(E) O travessão foi usado para enfatizar trecho do enunciado. Efeito similar

se conseguiria com o uso de negrito, ou, no discurso oral, com

entonações enfáticas.

Comentário – Alternativa A: incorreta. O sujeito do verbo “São” tem como

referência a expressão “canais de televisão”.

Alternativa B: correta. O sentido de indeterminação dos

países transmissores é preservado com a nova construção.

Alternativa C: correta. O verbo no singular concorda com o

substantivo “país”, representado pelo pronome relativo “que”, ideia que se

alinha ao sentido do texto. No plural (passem) a concordância seria feita

com “emissoras”, que então passariam pela nossa mente, ideia que não

guarda coerência com o restante do texto.

Alternativa D: correta. Quem desconfia desconfia de algo ou

de alguém. A preposição em não é requerida pelo verbo.

Alternativa E: correta. Os sinais de pontuação servem, entre

outras coisas, para assinalar as pausas e as inflexões da voz (a entonação)

na leitura. Na escrita, o mesmo efeito conseguido no texto também poderia

ser alcançado com a vírgula, por exemplo.

Resposta – A

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21. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) A respeito do fragmento

“qualquer país que passe pela nossa mente — e alguns outros de cuja

existência sequer desconfiávamos.” (linhas de 6 a 8) do texto III,

assinale a alternativa incorreta.

(A) A conjunção “e” poderia ser substituída, sem perda de sentido, pela

locução além de.

(B) O advérbio “sequer” pode ser reescrito, opcionalmente, como dois

verbetes: se quer, já que ambas são grafias aceitas pela gramática

como permutáveis.

(C) A forma verbal “desconfiávamos” indica a ideia de tempo passado

inacabado.

(D) O pronome “cuja” tem valor possessivo, já que equivale a sua.

(E) A forma verbal “passe” indica a ideia de possibilidade, um fato incerto

de acontecer.

Comentário – Alternativa A: correta. Os dois articuladores textuais

possuem sentido de adição, acréscimo, soma.

Alternativa B: incorreta. O vocábulo sequer (= ao menos,

pelo menos, nem mesmo) é escrito sem separação. Exemplos: Não deixou

cair uma lágrima sequer. Sequer um parente o visitou. A forma se quer é

conjunção condicional + verbo querer.

Alternativa C: correta. O verbo desconfiar foi conjugado no

pretérito imperfeito do indicativo, tempo que expressa uma ação inacabada,

não concluída.

Alternativa D: correta. Se reescrevermos a passagem de

outra forma, nosso entendimento será facilitado: ...sequer desconfiávamos

da sua existência... (isto é, da existência de alguns outros). O pronome cujo

(e variações) promove a ideia de posse e possuidor entre o termo

antecedente e o termo consequente.

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Alternativa E: correta. O verbo “passe” está conjugado no

presente do subjuntivo, modo que situa a ação no plano da hipótese, da

possibilidade, que expressa incerteza, dúvida.

Resposta – B

Texto IV, para responder às questões de 22 a 24.

Transplante de amor

1 Gastrite é uma inflamação do estômago. Apendicite

é uma inflamação do apêndice. Otite é uma inflamação dos

ouvidos. Paixonite é uma inflamação do quê? Do coração.

4 Cada órgão do nosso corpo tem uma função vital e

precisa estar 100% em condições. Ao coração, coube a

função de bombear sangue para o resto do corpo, mas é nele

7 que se depositam também nossos mais nobres sentimentos.

Qual é o órgão responsável pela saudade, pela adoração?

Quem palpita, quem sofre, quem dispara? O próprio.

10 Foi pensando nisso que me ocorreu o seguinte: se

alguém está com o coração dilacerado nos dois sentidos,

biológico e emocional, e por ordens médicas precisa de um

13 novo, o paciente irá se curar da dor de amor ao receber o

órgão transplantado?

Façamos de conta que sim. Você entrou no hospital

16 com o coração em frangalhos, literalmente. Além de

apaixonado por alguém que não lhe dá a mínima, você está

com as artérias obstruídas e os batimentos devagar quase

19 parando. A vida se esvai, mas localizaram um doador

compatível: já para a mesa de cirurgia.

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Horas depois, você acorda. Coração novo. Tum-tum,

22 tum-tum, tum-tum. Um espetáculo. O médico lhe dá uma

sobrevida de cem anos. Nada mal. Visitas entram e saem do

quarto. Até que anunciam o Jorge. Que Jorge? O Jorge,

25 minha filha, o homem que você sempre amou. Eu????

Você não reconhece o Jorge. Acha ele meio

baixinho. Um tom de voz estridente. Usa uma camisa cor-de-

28 laranja que não lhe cai bem. Mas foi você mesma que deu a

ele de aniversário, minha filha. Eu????

Seu coração ignorou o tal de Jorge. O mesmo Jorge

31 que quase te levou à loucura, o mesmo Jorge que fez você

passar noites insones, que fez você encher uma piscina

olímpica de lágrimas. Em compensação, aquele enfermeiro

34 ali é bem gracinha. Tem um sorriso cativante. E uma mão

que é uma pluma, você nem sentiu a aplicação da anestesia.

Bacana este cara. Quem é? O namorado da menina a quem

37 pertencia seu coração. Tum-tum, tum-tum, tum-tum.

Transplantes de amor. Garanto que fariam muito

mais sucesso que a safena.

Martha Medeiros. Non-Stop. Porto Alegre: L & PM, 2001, p. 43.

22. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) A respeito do texto IV,

assinale a alternativa incorreta.

(A) As palavras “Gastrite”, “Apendicite”, “Otite” e “Paixonite”, usadas no

primeiro parágrafo do texto, são formadas pelo mesmo processo de

derivação: a sufixal. Nessas palavras, usou-se o sufixo -ite, que indica

inflamação.

(B) A palavra “quê”, na frase “Paixonite é uma inflamação do quê? ”(linha

3) aparece acentuada porque está inserida em uma pergunta.

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(C) A expressão “Do coração.” (linha 3) constitui-se, no contexto textual,

uma frase nominal, que confere ao texto maior agilidade e leveza de

estrutura sintática.

(D) A expressão “em condições” (linha 5), segundo a gramática da língua

portuguesa, exige um complemento que integre o seu sentido. Porém,

no texto, a ausência desse complemento não promoveu prejuízo para a

compreensão da informação.

(E) A vírgula da frase “Ao coração, coube a função de bombear sangue para

o resto do corpo” (linhas 5 e 6) justifica-se pelo deslocamento do termo

“Ao coração”, com finalidade estilística de criar ênfase.

Comentário – Alternativa A: correta. Lembre-se de que derivação sufixal é

a que forma palavras por meio do acréscimo de um afixo após o radical

(lealdade, passageiro).

Alternativa B: incorreta. Preste atenção porque não é

exatamente como a banca afirma. O “quê” é acentuado por ser um

monossílabo tônico terminado em E. Isso poderá acontecer quando ele

estiver no final de frase, antes de ponto final, de interrogação, de

exclamação. É possível que ele integre uma pergunta e seja átono, situação

que rejeita o acento: O que você está pensando agora? Isso acontece

normalmente no início de frase.

Alternativa C: correta. Uma frase nominal é um enunciado

sem verbo capaz de transmitir satisfatoriamente uma mensagem (Olá!

Silêncio! Parada obrigatória.). Uma frase verbal, como o próprio nome

indica, é aquela constituída em torno de um verbo (Faça silêncio! Pare.).

Alternativa D: correta. O nome “condições” pede um

complemento preposicionado (em condições de que?) – complemento

nominal. O contexto permite-nos entender que cada órgão do nosso corpo

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precisa estar 100% em condições de funcionar, de desempenhar suas

funções.

Alternativa E: correta. A ortodoxia gramatical não prevê que

o verbo (“coube”) seja separado de seus complementos (“Ao coração”,

objeto indireto) por meio de vírgula. Somente com finalidade estilística a

referida vírgula pode ser explicada.

Resposta – B

23. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) Com relação ao texto IV,

assinale a alternativa incorreta.

(A) A repetição do pronome na frase da linha 9 “Quem palpita, quem sofre,

quem dispara?” cria destaque e certo suspense na informação.

(B) A resposta “O próprio.” (linha 9), dada às perguntas feitas

anteriormente, omite o nome (coração) ao qual se refere o adjetivo, o

que valoriza enfaticamente o termo “próprio”.

(C) O advérbio “sim” (linha 15) tem seu significado explicado nas

informações do parágrafo em que se insere.

(D) O pronome “Você” (linha 15) é empregado na frase como forma de

indeterminar o agente da ação, traço característico da oralidade

brasileira. Assim, “Você entrou no hospital” (linha 15) corresponde a

Entrou-se no hospital.

(E) A sequência “a mínima” (linha 17), à qual falta o nome importância,

faz do qualificativo “mínima” o núcleo, o foco da informação.

Comentário – O vocábulo “sim” é a resposta à pergunta retórica feita no

parágrafo anterior. As informações do parágrafo em que o “sim” está

inserido são insuficientes para explicá-lo, haja vista que o parágrafo não

apresenta sequer o desfecho da situação hipotética.

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Merece nosso comentário a alternativa D. Na linha 15, o

pronome “Você” refere-se ao leitor do texto, como uma tentativa de

envolvê-lo, persuadi-lo e prender a atenção dele. Mas quem é, de fato, esse

leitor? É possível especificá-lo? Não. Aqui, portanto, a análise proposta pelo

examinador é de natureza semântica (sentido) e pragmática (interacional), e

não sintática.

Resposta – C

24. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) Ainda com relação ao texto

IV, assinale a alternativa incorreta.

(A) A seguinte reescritura do trecho das linhas 19 e 20 está

gramaticalmente correta: localizaram um doador compatível;

portanto, vá urgente para a mesa de cirurgia. Porém, ela perde em

qualidade para a original, mais sintética e mais expressiva.

(B) Onomatopeia é uma figura de linguagem que consiste na formação de

palavras pela imitação de sons e ruídos. Nas linhas 21, 22 e 37, aparece

um exemplo dessa figura. Na primeira entrada, ela deixa entrever a

ideia de que o coração passou a funcionar no novo peito. Já, na

segunda, há a sugestão de que o coração da antiga dona dispara no

reconhecimento do namorado.

(C) No trecho “Até que anunciam o Jorge. Que Jorge? O Jorge, minha filha,

o homem que você sempre amou. Eu????” (linhas 24 e 25), aparece um

diálogo com apresentação gráfica inusitada.

(D) Com base nos fragmentos “Acha ele meio baixinho.” (linhas 26 e 27),

“Seu coração ignorou o tal de Jorge.” (linha 30), “Em compensação,

aquele enfermeiro ali é bem gracinha.” (linhas 33 e 34), “Bacana este

cara.” (linha 36) e “O namorado da menina a quem pertencia seu

coração.” (linhas 36 e 37) é correto afirmar que o texto é inteiramente

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construído com construções próprias de linguagem informal, sem

nenhuma preocupação com a formalidade da língua escrita padrão.

(E) Muito comum na fala cotidiana, a hipérbole, figura de linguagem que

consiste em exagerar intencionalmente uma ideia com a finalidade de

torná-la mais expressiva, é exemplificada no penúltimo parágrafo do

texto.

Comentário – Alternativa A: correta. Os dois pontos introduzem a

conclusão ou o desfecho da ideia anterior, após a localização do doador.

Observe que no texto reescrito há a conjunção “portanto” introduzindo a

mesma ideia.

Alternativa B: correta. A interpretação que o autor dá às

duas entradas da onomatopéia deve ser compreendida em relação ao

contexto. Veja outros exemplos dessa figura de linguagem: “Pedrinho, sem

mais palavras, deu rédea e, lept! lept! Arrancou estrada afora.” (Monteiro

Lobato); “O som, mais longe, retumba, morre.” (Gonçalves Dias).

Alternativa C: correta. Normalmente, um diálogo é

indicado, na escrita, por meio de travessões – que marcam a alternância da

fala dos personagens no discurso direto. A fala dos personagens pode ainda

surgir entre aspas, em meio ao texto. Mas esses recursos gráficos não foram

utilizados.

Alternativa D: incorreta. Falhou a tentativa de classificação

generalizada do texto com base apenas nos fragmentos separados. Há

diversas passagens ao longo do texto que refutam a ideia de que nele não

há “nenhuma preocupação com a formalidade da língua escrita padrão. O

terceiro parágrafo é um exemplo de que houve o cuidado de utilizar a norma

padrão (emprego adequado dos sinais de pontuação, colocação pronominal

correta, respeito às regras de concordância, etc.).

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Alternativa E: correta. A hipérbole pode ser exemplificada

por meio da seguinte passagem: “que fez você encher uma piscina olímpica

de lágrimas”, que indica exageradamente o quanto a personagem chorou.

Resposta – D

Por hoje é só. Não deixe de participar do fórum de dúvidas.

Dê sua contribuição para o bom andamento do nosso curso.

Fique com Deus e um forte abraço!

Professor Albert Iglésia

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

Texto I, para responder às questões de 1 a 4.

Planeta azul

1 A vida e a natureza sempre a mercê da poluição

Inverte as estações do ano, faz calor no inverno e frio no verão

Os peixes morrendo nos rios, estão se extinguindo espécies animais,

4 E tudo que se planta colhe,

O tempo retribui o mal que a gente faz.

Onde a chuva caía, quase todo dia, já não chove nada,

7 O sol abrasador rachando os leitos dos rios secos, sem um pingo d´água

Quanto ao futuro inseguro será assim de Norte a Sul.

A Terra nua semelhante à Lua, o que será desse planeta azul?

10 O que será desse planeta azul?

O rio que desce as encostas, já quase sem vida, parece que chora

No triste lamento das águas, ao ver devastadas a fauna e a flora

É tempo de pensar no verde, regar a semente que ainda não nasceu,

Deixar em paz a Amazônia, preservar a vida, estar de bem com Deus.

Rio Negro e Solimões.

1. (Funiversa/Adassa-DF/Técnico em Regulação/2009) Do texto I é

possível inferir que

(A) a vida e a natureza estão sempre à disposição da poluição.

(B) as consequências da degradação são sentidas em todo o planeta.

(C) a inversão das estações do ano foi promovida pela natureza.

(D) o tempo não responde pelo mal que recebe.

(E) o sol é tão quente quanto uma brasa.

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2. (Funiversa/Adasa-DF/Técnico em Regulação/2009) No trecho “Onde a

chuva caía, quase todo dia, já não chove nada”, a expressão sublinhada

desempenha a função de sintática de

(A) objeto direto.

(B) complemento nominal.

(C) conectivo conjuntivo.

(D) adjunto adnominal.

(E) adjunto adverbial.

3. (Funiversa/Adasa-DF/Técnico em Regulação/2009) O sujeito do verbo

“parece”, no verso 11, é

(A) “as encostas”.

(B) “a vida”.

(C) “O rio”.

(D) “o lamento das águas”.

(E) “o triste lamento”.

4. (Funiversa/Adasa-DF/Técnico em Regulação/2009) Observando a

significação das palavras, no contexto, pode-se afirmar que

(A) na expressão “Os peixes morrendo nos rios” (verso 3), entende-se que

a causa da morte fora afogamento .

(B) na interrogativa “O que será desse planeta azul?” (verso 10), está

subtendida a necessidade imediata da mudança de cor do planeta.

(C) a Lua será habitada, apesar da semelhança com a Terra.

(D) em “será assim de Norte a Sul” (verso 8), infere-se que a natureza

pedirá socorro em qualquer lugar do planeta.

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(E) o futuro será seguro para os moradores do Leste e Oeste.

Texto II, para responder às questões de 5 a 8.

Projeto Brasil da Águas

1 A segunda campanha do Projeto Brasil das Águas

foi realizada pela região Centro-Oeste em novembro.

Testemunhamos que muitos rios sofrem de sérios problemas

4 de assoreamento, rios outrora cristalinos agora são rios de

areia. Mas também encontramos muitos outros ainda

transparentes, como o Juruena e o Arraias, e visitamos uma

7 raridade, o rio Cristalino, perto de Alta Floresta (MT), ainda

intacto do começo (na Serra do Cachimbo) ao fim

(desemboca no rio Teles Pires).

10 Cientes da preocupação dos índios do Parque

Indígena do Xingu quanto à qualidade da água que bebem,

várias coletas foram feitas nos rios e em lagos do parque.

13 Ouvimos os comentários ansiosos dos caciques Aritana

(Yawalapiti) e Kotoky (Kamayurá) a respeito do

assoreamento e da deterioração dessas águas, algo que

16 percebem pela diminuição da quantidade de peixes. Nobre é

a preocupação demonstrada por eles, visando ao bem-estar

das futuras gerações; não pensando apenas na geração

19 presente.

No oeste do estado de Mato Grosso, descobrimos

rios belíssimos, como o Juruena, Papagaio e Buriti, faixas

22 azuis atravessando matas e cerrados intactos, descendo das

nascentes em áreas ainda não tomadas pela soja, na

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Chapada dos Parecis. Brilhavam pequenas praias

25 convidativas. Bancos de areia submersa traçando desenhos

ondulados por baixo das águas transparentes. Corredeiras

alegres, cachoeiras escondidas e uma vegetação nativa

28 ainda intacta. No dia em que voamos de Alta Floresta para

Vilhena (RO), a tentação era grande demais. Fizemos pit stop

para almoçar em uma praia deserta colada a uma ilha verde

31 em pleno Juruena. Só nós dois e, na areia, as pegadas das

capivaras.

Decolando de Cuiabá no dia 16 de novembro, rumo

34 ao Araguaia, houve um incidente que deixou o Talha-mar na

Chapada dos Guimarães. Ele vai ficar alguns meses fora de

serviço, mas o projeto não parou. O Brasil das Águas

37 continua. Já adotamos e adaptamos o Talha-marzinho.

Felizmente, nenhuma gota das amostras colhidas

durante a viagem perdeu-se durante o incidente na Chapada:

40 tudo foi entregue aos cientistas-parceiros para análise. Hoje,

podemos anunciar que 17% do projeto já está realizado!

Gérard e Margi Moss. Internet: <http://www.brasildasaguas.

com.br/brasil_das_aguas/centro_oeste> (com adaptações).

5. (Funiversa/Adasa-DF/Técnico em Regulação/2009) De acordo com as

ideias apresentadas no texto II, assinale a alternativa correta.

(A) Pelo contexto é possível concluir que Talha-mar é o nome da

embarcação marítima utilizada como transporte no dia 16 de novembro.

(B) Percebe-se no texto a intenção dos autores em narrar os

acontecimentos.

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(C) No trecho “Ouvimos os comentários ansiosos dos caciques” (linha 13),

os índios descrevem a situação para evidenciar a preocupação com as

águas.

(D) A evidência de faixas azuis atravessando matas e cerrados é

relacionada a cordões de isolamento para a proteção de áreas já

depredadas.

(E) Os cordões azuis são encontrados com mais frequência em regiões onde

há rios.

6. (Funiversa/Adasa-DF/Técnico em Regulação/2009) Assinale a

alternativa em que o termo sublinhado desempenha a função a ele

relacionada.

(A) “A segunda campanha do Projeto Brasil das Águas” (linha 1) – objeto

direto.

(B) “Mas também encontramos muitos outros” (linha 5) – conectivo

prepositivo.

(C) “várias coletas foram feitas” (linha 12) – sujeito paciente.

(D) “Cientes da preocupação dos índios” (linha 10) – adjunto adnominal.

(E) “houve um incidente” (linha 34) – sujeito.

7. (Funiversa/Adasa/DF/Técnico em Regulação/2009) Quanto ao trecho

“Bancos de areia submersa traçando desenhos ondulados por baixo das

águas transparentes.” (linhas 25 e 26), assinale a alternativa que

apresenta termos exercendo a mesma função sintática.

(A) “submersa” – “transparentes”

(B) “ondulados” – “traçando”

(C) “de areia” – “desenhos ”

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(D) “por baixo” – “Bancos”

(E) “de areia” – “das águas”

8. (Funiversa/Adasa/DF/Técnico em Regulação/2009) Acerca da expressão

destacada em “Fizemos um pit stop para almoçar em uma praia

deserta” (linhas 29 e 30), é correto afirmar que

(A) é evidente e exagerado o uso de palavras estrangeiras, pois o texto foi

escrito por estrangeiros.

(B) foi utilizado o estrangeirismo, uso de construções com palavras

estrangeiras.

(C) a língua estrangeira é predominante nos textos brasileiros.

(D) a expressão estrangeira poderia ser substituída pela expressão

brasileira “uma vaquinha”, ato de recolher dinheiro entre os presentes

para custear algo, sem acarretar prejuízo semântico para o texto.

(E) a expressão em estudo já foi introduzida no vocabulário da língua

portuguesa, portanto não deve ser considerada como estrangeirismo.

Texto I, para responder às questões de 9 a 12.

1 A União Europeia inaugurou um novo patamar de

integração política e econômica no globo. A cooperação entre

seus países permitiria à região fazer frente a outras

4 potências, como os Estados Unidos e o Japão, e, assim,

assegurar o bem-estar social e a segurança de sua

população. Com o passar dos anos, o bloco incorporou

7 nações menos desenvolvidas do continente e instituiu uma

moeda única, o euro, que atraiu investidores e chegou a

ameaçar o domínio do dólar como reserva internacional de

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10 valor. Mas a crise financeira mundial fez emergir as

fragilidades na estrutura econômica de algumas nações do

bloco. À medida que a turbulência dos mercados se

13 acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal de alguns

países, sobretudo a Grécia. Diante do risco de que o déficit

crescente no orçamento grego pudesse contaminar outros

16 europeus com situação fiscal semelhante e pôr em xeque a

confiabilidade do bloco, líderes regionais reuniram-se às

pressas na semana passada. Ao fim do encontro, chegou-se

19 a um acordo para ajudar a Grécia. Ainda que não tenha sido

feita menção formal a um resgate financeiro, a reunião serviu

para acalmar o temor dos investidores internacionais.

22 A condição para que os gregos recebam a ajuda é

que eles apresentem um plano de ajuste orçamentário. Foi o

que fez o ministro de finanças, George Papaconstantinou,

25 que propôs enxugar os gastos e reduzir o deficit fiscal para

3% do PIB, como determina o Tratado de Maastricht. Hoje, o

rombo no orçamento é de 13% do PIB, um dos índices mais

28 elevados do planeta. As medidas de ajuste incluem o

congelamento dos salários dos servidores públicos e o

aumento da idade mínima para aposentadoria. Levar as

31 reformas adiante terá um custo político: na semana passada,

as ruas de Atenas foram tomadas por manifestantes, e os

funcionários públicos entraram em greve. Afirma Carlos

34 Langoni, da Fundação Getúlio Vargas: “Economias pequenas

se beneficiaram com a adoção do euro, mas tiveram de

abdicar do controle de sua política monetária, que fica a

37 cargo do Banco Central Europeu. Em um momento de crise,

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não podem aumentar os juros ou desvalorizar a sua moeda,

o que dificulta a recuperação.”

In: Veja, 17/2/2010, p. 57 (com adaptações).

9. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Com relação às ideias

do texto I, assinale a alternativa correta.

(A) A cooperação entre os países da União Europeia permitiria que cada

país estivesse à frente de potências como os Estados Unidos e o Japão.

(B) A instituição de moeda única, o euro, provocou duas situações: a

aproximação de investidores e a ameaça da predominância da moeda

americana como reserva internacional de valor.

(C) A crise financeira mundial recente provocou abalos na economia das

nações que integram o bloco, em especial na da Grécia.

(D) Por apresentar receitas superiores às despesas, a Grécia, como país-

membro da União Europeia, abalou a confiabilidade no bloco.

(E) Líderes regionais do bloco europeu entraram em consenso na ajuda à

Grécia, o que, de imediato, atrairá novos investidores internacionais.

10. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Ainda com relação ao

texto I, assinale a alternativa correta.

(A) O ministro de finanças grego, George Papaconstantinou, cumpriu o

necessário para que a Grécia recebesse ajuda, isto é, propôs plano de

adequação orçamentária, em que se previa diminuir gastos.

(B) Atualmente, o deficit orçamentário equivale a 13% do produto interno

bruto do país, o que corresponde ao índice mais elevado do planeta.

(C) Para conter a crise no orçamento, o governo terá, entre outras ações,

de reduzir os salários dos servidores públicos e rever os requisitos para

concessão de aposentadoria.

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(D) Revoltada com o rombo no orçamento, a população ocupou as ruas da

capital grega e conclamou os servidores públicos a entrar em greve.

(E) Na opinião de especialistas, a crise na Grécia deve-se à sua adesão à

União Europeia, pois o país entregou o controle de sua política

monetária ao Banco Central Europeu, que deixou de aumentar os juros.

11. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Cada uma das

alternativas a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto I.

Assinale aquela em que a reescritura mantém a ideia original.

(A) A União Europeia lançou um novo andar para a integração política e

econômica no globo (linhas 1 e 2).

(B) A cooperação entre seus países faria que a região esbarrasse em outras

potências, como os Estados Unidos e o Japão (linhas de 2 a 4).

(C) A crise, contudo, trouxe à tona a solidez da economia de certos países

que integram a União Europeia (linhas de 10 a 12).

(D) Diante do risco de que o deficit crescente no orçamento grego pudesse

influenciar outros países europeus que apresentam situação fiscal

similar e comprometer a confiabilidade da União Europeia, líderes

regionais encontraram-se às pressas na semana passada (linhas de 14

a 18).

(E) Ainda que não tenha sido discutida uma solução financeira, o encontro

teve como objetivo reduzir o medo dos investidores internacionais

(linhas de 19 a 21).

12. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Cada uma das

alternativas a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto I.

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Assinale aquela em que a reescritura não apresenta erro de

pontuação.

(A) A cooperação entre seus países, permitiria à região fazer frente a outras

potências, como os Estados Unidos e o Japão, e assim, assegurar o

bem-estar social e a segurança da população (linhas de 2 a 6).

(B) Com o passar dos anos o bloco incorporou nações menos desenvolvidas

do continente; e instituiu uma moeda única — o euro que atraiu

investidores e chegou a ameaçar o domínio do dólar como reserva

internacional de valor (linhas de 6 a 10).

(C) Mas, a crise financeira mundial fez emergir as fragilidades na estrutura

econômica de algumas nações do bloco: à medida que, a turbulência

dos mercados se acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal de

alguns países, sobretudo a Grécia (linhas de 10 a 14).

(D) Diante do risco de que o deficit crescente no orçamento grego pudesse

contaminar outros europeus com situação fiscal semelhante e pôr em

xeque a confiabilidade do bloco, líderes regionais reuniram-se, às

pressas, na semana passada (linhas de 14 a 18).

(E) Levar as reformas adiante terá um custo político. Na semana passada,

as ruas de Atenas, foram tomadas por manifestantes e os funcionários

públicos entraram em greve (linhas de 30 a 33).

Texto II, para responder às questões de 13 a 15.

1 A verdadeira consolidação do Direito Internacional

dos Direitos Humanos surge em meados do século XX, em

decorrência da Segunda Guerra Mundial. Nas palavras de

4 Thomas Buergenthal: “O moderno Direito Internacional dos

Direitos Humanos é um fenômeno do pós-guerra. Seu

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desenvolvimento pode ser atribuído às monstruosas

7 violações de direitos humanos da era Hitler e à crença de que

parte dessas violações poderia ser prevenida se um efetivo

sistema de proteção internacional de direitos humanos

10 existisse.”

A internacionalização dos direitos humanos constitui,

assim, um movimento extremamente recente na história,

13 surgido a partir do pós-guerra, como resposta às atrocidades

e aos horrores cometidos durante o nazismo. Apresentando o

Estado como o grande violador de direitos humanos, a Era

16 Hitler foi marcada pela lógica da destruição e da

descartabilidade da pessoa humana, o que resultou no

extermínio de onze milhões de pessoas. O legado do

19 nazismo foi condicionar a titularidade de direitos, ou seja, a

condição de sujeito de direitos à pertinência a determinada

raça — a raça pura ariana. No dizer de Ignacy Sachs, o

22 século XX foi marcado por duas guerras mundiais e pelo

horror absoluto do genocídio concebido como projeto político

e industrial.

25 No momento em que os seres humanos se tornam

supérfluos e descartáveis, no momento em que vige a lógica

da destruição, em que cruelmente se abole o valor da pessoa

28 humana, torna-se necessária a reconstrução dos direitos

humanos, como paradigma ético capaz de restaurar a lógica

do razoável. A barbárie do totalitarismo significou a ruptura

31 do paradigma dos direitos humanos, por meio da negação do

valor da pessoa humana como valor-fonte do direito. Diante

dessa ruptura, emerge a necessidade de reconstruir os

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34 direitos humanos, como referencial e paradigma ético que

aproxime o direito da moral. Nesse cenário, o maior direito

passa a ser, adotando a terminologia de Hannah Arendt, o

37 direito a ter direitos, ou seja, o direito a ser sujeito de direitos.

Flávia Piovesan. Direito constitucional internacional e os

direitos humanos. Saraiva, 2007 (com adaptações).

13. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Com relação às ideias

do texto II, assinale a alternativa correta.

(A) O Direito Internacional dos Direitos Humanos nasce por volta da década

de 50 do século XX, como resultado da Segunda Guerra Mundial.

(B) Como decorrência das práticas empregadas por seu regime, Hitler

defendeu a internacionalização dos direitos humanos.

(C) O estudo aprofundado da história revela que, na verdade, era o Estado

o responsável pelas constantes violações aos direitos humanos, e não o

regime nazista, cuja criação e difusão se devem a um de seus grandes

expoentes, Hitler.

(D) Para os nazistas, somente tinham direitos — sejam direitos humanos ou

quaisquer outros — os indivíduos pertencentes à raça ariana.

(E) Apenas duas guerras marcaram o século XX, mas elas foram suficientes

para incutir no ser humano a absoluta repulsa ao genocídio.

14. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Ainda com relação ao

texto II, assinale a alternativa correta.

(A) A reconstrução dos direitos humanos apenas se faz necessária a partir

do momento em que o homem se torna supérfluo e descartável, isto é,

quando ele deixa de ter valor.

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(B) É possível que o homem restabeleça a lógica do razoável a partir da

reconstrução dos direitos humanos.

(C) O totalitarismo não chega a negar o valor da pessoa humana, mas ele é

capaz de romper com o que se defende na área dos direitos humanos.

(D) Após a era nazista, a humanidade, naturalmente, deparou-se com os

direitos humanos reconstruídos.

(E) Para Hannah Arendt, o indivíduo tem direito a ser propiciador de

direitos.

15. (Funiversa/Sejus-DF/Téc. Administrativo/2010) Cada uma das

alternativas a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto II.

Assinale aquela em que a reescritura apresenta erro relacionado ao

emprego ou à ausência do sinal indicativo de crase.

(A) Seu desenvolvimento pode ser atribuído a violações de direitos

humanos (linhas de 5 a 7).

(B) O legado do nazismo foi condicionar a titularidade de direitos aquele

que pertencesse à raça ariana (linhas de 18 a 21).

(C) pelo horror absoluto à exterminação (linhas 22 e 23).

(D) a ruptura do paradigma deve-se à barbárie do totalitarismo (linhas 30 e

31).

(E) é necessária a reconstrução dos direitos humanos (linhas 33 e 34).

Texto I, para responder às questões de 16 a 18.

1 No que se refere às práticas assistenciais, tem sido

comum a confusão na utilização dos termos assistência e

assistencialismo. Essa é uma questão delicada, daí a

4 importância que se tenha clareza sobre ela, pois, quando se

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trabalha com a política de assistência social nos espaços em

que a intervenção se manifesta pelo caráter emergencial, é

7 comum taxar essa atuação como uma prática

assistencialista. Contudo, não se deve equiparar ou confundir

ação de emergência com assistencialismo. As ações

10 emergenciais são tão dignas e necessárias quanto as demais

ações. O que realmente faz a diferença são os objetivos

pelos quais são desenvolvidas.

13 Apesar de termos legislações que avançaram no

sentido do direito social, muitas ações desenvolvidas

segundo a ótica dos interesses de dirigentes do Estado

16 têm-se caracterizado como assistencialistas, ou seja, ações

que não emancipam os usuários, pelo contrário, reforçam

sua condição de subalternização perante os serviços

19 prestados.

Essas ações constituem-se com base na troca de

favores, principalmente no que se refere às políticas

22 partidárias, em que parte da população torna-se receptora de

“benefícios” não no sentido do patamar do direito e, sim, na

perspectiva da troca votos-favores. Por outro lado, para a

25 população dependente dos serviços e dos benefícios

transmitidos por essas políticas de garantia da sobrevivência,

não importa com qual intenção tais ações estejam se

28 desenvolvendo. Na perspectiva de quem não tem o mínimo,

o fundamental é não morrer de fome e ver supridas certas

necessidades básicas.

Solange Silva dos Santos Fidelis. Conceito de assistência e

assistencialismo. In: 2º Seminário nacional estado e

políticas sociais no Brasil. Cascavel: Unioeste,

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de 13 a 15 out./2005, p. 1-2 (com adaptações).

16. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) Com relação às ideias do

texto I, assinale a alternativa correta.

(A) A confusão na utilização dos termos assistência e assistencialismo está

definitivamente desfeita, a partir da divulgação do texto I, pois ele cuida

exatamente de elaborar os conceitos teóricos desses termos.

(B) A política de assistência social escraviza a população, mantendo-a em

posição inferior de dependência.

(C) Garantida a sobrevivência da população dependente dos serviços e

benefícios transmitidos pelas políticas assistencialistas e eleitoreiras,

resta descobrir os verdadeiros objetivos dos políticos, para que seja

estabelecida a troca de favores.

(D) As necessidades básicas de parcela da população brasileira são tão

prementes que o assistencialismo passa a ser bem-vindo, sendo

encarado como forma possível de garantir a sobrevivência.

(E) As ações emergenciais são vis e deixam claros os objetivos mesquinhos

segundo os quais são desenvolvidas.

17. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) Com base no texto I, assinale

a alternativa correta.

(A) A frase Essa é uma questão delicada, por isso é importante que

se tenha clareza sobre ela é uma reescrita adequada da original

registrada nas linhas 3 e 4.

(B) No fragmento “o fundamental é não morrer de fome e ver supridas

certas necessidades básicas” (linhas 29 e 30), o termo “supridas”

poderia ser usado no masculino singular, sem prejuízo gramatical.

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(C) Na frase “o fundamental é não morrer de fome e ver supridas certas

necessidades básicas.” (linhas 29 e 30), os verbos “morrer” e “ver” têm

sujeitos diferentes.

(D) A frase parte da população torna-se receptora de “benefícios”

não somente no sentido do patamar do direito, mas também na

perspectiva da troca votos-favores é uma reescrita adequada da

original das linhas de 22 a 24.

(E) As aspas da linha 23 indicam a interferência de fala de personagem

oculto no texto.

18. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) A respeito de termos e

fragmentos do texto I, assinale a alternativa correta.

(A) Assistência e assistencialismo são palavras que, por serem formadas por

uma parte morfológica comum [assistencia], têm sentido semelhante e,

por isso, são classificadas como sinônimos idênticos.

(B) O fragmento ações que não lhes emancipam substitui corretamente

o original das linhas 16 e 17.

(C) O fragmento ações que não emancipam os usuários, pelo

contrário, reforçam a condição deles de subalternização perante

os serviços prestados substitui corretamente o original das linhas de

16 a 19.

(D) O fragmento Referindo-se às práticas assistenciais, era comum a

confusão na utilização dos termos assistência e assistencialismo

é uma reescrita correta, de acordo com as normas gramaticais, do

original das linhas de 1 a 3.

(E) No fragmento “Essa é uma questão delicada, daí a importância que se

tenha clareza sobre ela, pois, quando se trabalha com a política de

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assistência social nos espaços” (linhas de 3 a 5), o verbo “trabalha”

poderia ser usado no plural, sem prejuízo gramatical.

Texto II, para responder à questão 19.

1 Travestis e transexuais matriculados nas escolas

municipais de Fortaleza ou cadastrados em projetos sociais

do município poderão ser agora oficialmente tratados por seu

4 nome social no lugar daquele que consta no registro de

nascimento. Isso é possível com a publicação de duas

portarias, uma da Secretaria de Educação e outra da

7 Secretaria de Assistência Social.

A medida garante que, logo no início das aulas, ao

se apresentar, o aluno tenha respeitada sua vontade de ser

10 chamado pelo nome social, informando isso ao professor

e(ou) ao diretor da escola, que farão a anotação em todos os

seus documentos.

13 “Essa é uma medida de acolhida afetuosa. Afinal, o

poder público não tem apenas o dever de dar acesso à

escola, mas também o de buscar a permanência do aluno e o

16 seu desenvolvimento. E o nome, muitas vezes, tem sido um

empecilho para isso”, disse Martír consultora jurídica

da Secretaria de Educação de Fortaleza.

Internet <http://www.clickpb.com.br/> (com adaptações).

19. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) Com base no texto II,

assinale a alternativa incorreta.

(A) O nome social pode ser o adotado pelo indivíduo, por sua própria

escolha, em substituição ao de registro de nascimento.

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(B) A acolhida aos alunos travestis e transexuais nas escolas municipais de

Fortaleza é avaliada como afetuosa, porque o poder público, além da

obrigação social de dar acesso à escola, deve buscar a permanência do

aluno nela.

(C) Duas secretarias de estado se uniram para a adoção de medida

favorável aos travestis e transexuais matriculados nas escolas

municipais de Fortaleza ou cadastrados em projetos sociais do

município.

(D) Infere-se do texto que a eventual incompatibilidade entre o nome e o

corpo de estudantes travestis e transexuais pode, muitas vezes, levar o

jovem a deixar a escola.

(E) Infere-se do texto que o preconceito contra o diferente está escondido

na obscuridade dos sentimentos humanos mais íntimos; por isso, o

homem nunca conseguirá se libertar dessa chaga moral.

Texto III, para responder às questões 20 e 21.

1 Já existem vários portais ativos e em crescimento

que disponibilizam para o internauta canais de televisão.

O wwitv, por exemplo, oferece atualmente nada menos

4 de 1.827 estações on-line (número de 4 de dezembro,

crescendo à razão de duas por dia). São

emissoras transmitidas de qualquer país que passe pela

7 nossa mente — e alguns outros de cuja existência sequer

desconfiávamos.

Uma visita a qualquer um desses portais deixa

10 bastante claro que a televisão, tal como a conhecemos hoje,

distribuída pelo ar de forma gratuita, ou por meio de qualquer

mecanismo pago de distribuição, está em sérios apuros. Mil

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13 batalhas jurídicas poderão acontecer nos próximos anos.

Mas frear a distribuição de sinais de TV pela Internet será tão

viável quanto impedir que chova. É mais sábio, portanto,

16 examinar como tirar proveito dos benefícios que a chuva

possa nos trazer.

Internet: <www.observatoriodaimprensa.com.br> (com adaptações).

20. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) Acerca da frase “São

emissoras transmitidas de qualquer país que passe pela nossa mente —

e alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.” (linhas de 5

a 8), do texto III, assinale a alternativa incorreta.

(A) A forma verbal “São” é usada no plural porque concorda com o sujeito

implícito “duas por dia” (linha 5).

(B) A sequência “de qualquer país” pode ser reescrita, sem perda de

sentido, como por seja qual for o país.

(C) A forma verbal “passe”, se usada no plural, provocaria mudança

inaceitável de sentido, uma vez que remeteria a “emissoras”, e não

mais a “país”.

(D) A troca da preposição “de”, na segunda ocorrência, por em provocaria

uma falha na regência do verbo desconfiar.

(E) O travessão foi usado para enfatizar trecho do enunciado. Efeito similar

se conseguiria com o uso de negrito, ou, no discurso oral, com

entonações enfáticas.

21. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) A respeito do fragmento

“qualquer país que passe pela nossa mente — e alguns outros de cuja

existência sequer desconfiávamos.” (linhas de 6 a 8) do texto III,

assinale a alternativa incorreta.

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(A) A conjunção “e” poderia ser substituída, sem perda de sentido, pela

locução além de.

(B) O advérbio “sequer” pode ser reescrito, opcionalmente, como dois

verbetes: se quer, já que ambas são grafias aceitas pela gramática

como permutáveis.

(C) A forma verbal “desconfiávamos” indica a ideia de tempo passado

inacabado.

(D) O pronome “cuja” tem valor possessivo, já que equivale a sua.

(E) A forma verbal “passe” indica a ideia de possibilidade, um fato incerto

de acontecer.

Texto IV, para responder às questões de 22 a 24.

Transplante de amor

1 Gastrite é uma inflamação do estômago. Apendicite

é uma inflamação do apêndice. Otite é uma inflamação dos

ouvidos. Paixonite é uma inflamação do quê? Do coração.

4 Cada órgão do nosso corpo tem uma função vital e

precisa estar 100% em condições. Ao coração, coube a

função de bombear sangue para o resto do corpo, mas é nele

7 que se depositam também nossos mais nobres sentimentos.

Qual é o órgão responsável pela saudade, pela adoração?

Quem palpita, quem sofre, quem dispara? O próprio.

10 Foi pensando nisso que me ocorreu o seguinte: se

alguém está com o coração dilacerado nos dois sentidos,

biológico e emocional, e por ordens médicas precisa de um

13 novo, o paciente irá se curar da dor de amor ao receber o

órgão transplantado?

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Façamos de conta que sim. Você entrou no hospital

16 com o coração em frangalhos, literalmente. Além de

apaixonado por alguém que não lhe dá a mínima, você está

com as artérias obstruídas e os batimentos devagar quase

19 parando. A vida se esvai, mas localizaram um doador

compatível: já para a mesa de cirurgia.

Horas depois, você acorda. Coração novo. Tum-tum,

22 tum-tum, tum-tum. Um espetáculo. O médico lhe dá uma

sobrevida de cem anos. Nada mal. Visitas entram e saem do

quarto. Até que anunciam o Jorge. Que Jorge? O Jorge,

25 minha filha, o homem que você sempre amou. Eu????

Você não reconhece o Jorge. Acha ele meio

baixinho. Um tom de voz estridente. Usa uma camisa cor-de-

28 laranja que não lhe cai bem. Mas foi você mesma que deu a

ele de aniversário, minha filha. Eu????

Seu coração ignorou o tal de Jorge. O mesmo Jorge

31 que quase te levou à loucura, o mesmo Jorge que fez você

passar noites insones, que fez você encher uma piscina

olímpica de lágrimas. Em compensação, aquele enfermeiro

34 ali é bem gracinha. Tem um sorriso cativante. E uma mão

que é uma pluma, você nem sentiu a aplicação da anestesia.

Bacana este cara. Quem é? O namorado da menina a quem

37 pertencia seu coração. Tum-tum, tum-tum, tum-tum.

Transplantes de amor. Garanto que fariam muito

mais sucesso que a safena.

Martha Medeiros. Non-Stop. Porto Alegre: L & PM, 2001, p. 43.

22. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) A respeito do texto IV,

assinale a alternativa incorreta.

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(A) As palavras “Gastrite”, “Apendicite”, “Otite” e “Paixonite”, usadas no

primeiro parágrafo do texto, são formadas pelo mesmo processo de

derivação: a sufixal. Nessas palavras, usou-se o sufixo -ite, que indica

inflamação.

(B) A palavra “quê”, na frase “Paixonite é uma inflamação do quê? ”(linha

3) aparece acentuada porque está inserida em uma pergunta.

(C) A expressão “Do coração.” (linha 3) constitui-se, no contexto textual,

uma frase nominal, que confere ao texto maior agilidade e leveza de

estrutura sintática.

(D) A expressão “em condições” (linha 5), segundo a gramática da língua

portuguesa, exige um complemento que integre o seu sentido. Porém,

no texto, a ausência desse complemento não promoveu prejuízo para a

compreensão da informação.

(E) A vírgula da frase “Ao coração, coube a função de bombear sangue para

o resto do corpo” (linhas 5 e 6) justifica-se pelo deslocamento do termo

“Ao coração”, com finalidade estilística de criar ênfase.

23. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) Com relação ao texto IV,

assinale a alternativa incorreta.

(A) A repetição do pronome na frase da linha 9 “Quem palpita, quem sofre,

quem dispara?” cria destaque e certo suspense na informação.

(B) A resposta “O próprio.” (linha 9), dada às perguntas feitas

anteriormente, omite o nome (coração) ao qual se refere o adjetivo, o

que valoriza enfaticamente o termo “próprio”.

(C) O advérbio “sim” (linha 15) tem seu significado explicado nas

informações do parágrafo em que se insere.

(D) O pronome “Você” (linha 15) é empregado na frase como forma de

indeterminar o agente da ação, traço característico da oralidade

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brasileira. Assim, “Você entrou no hospital” (linha 15) corresponde a

Entrou-se no hospital.

(E) A sequência “a mínima” (linha 17), à qual falta o nome importância,

faz do qualificativo “mínima” o núcleo, o foco da informação.

24. (Funiversa/Terracap/Administrador/2010) Ainda com relação ao texto

IV, assinale a alternativa incorreta.

(A) A seguinte reescritura do trecho das linhas 19 e 20 está

gramaticalmente correta: localizaram um doador compatível;

portanto, vá urgente para a mesa de cirurgia. Porém, ela perde em

qualidade para a original, mais sintética e mais expressiva.

(B) Onomatopeia é uma figura de linguagem que consiste na formação de

palavras pela imitação de sons e ruídos. Nas linhas 21, 22 e 37, aparece

um exemplo dessa figura. Na primeira entrada, ela deixa entrever a

ideia de que o coração passou a funcionar no novo peito. Já, na

segunda, há a sugestão de que o coração da antiga dona dispara no

reconhecimento do namorado.

(C) No trecho “Até que anunciam o Jorge. Que Jorge? O Jorge, minha filha,

o homem que você sempre amou. Eu????” (linhas 24 e 25), aparece um

diálogo com apresentação gráfica inusitada.

(D) Com base nos fragmentos “Acha ele meio baixinho.” (linhas 26 e 27),

“Seu coração ignorou o tal de Jorge.” (linha 30), “Em compensação,

aquele enfermeiro ali é bem gracinha.” (linhas 33 e 34), “Bacana este

cara.” (linha 36) e “O namorado da menina a quem pertencia seu

coração.” (linhas 36 e 37) é correto afirmar que o texto é inteiramente

construído com construções próprias de linguagem informal, sem

nenhuma preocupação com a formalidade da língua escrita padrão.

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(E) Muito comum na fala cotidiana, a hipérbole, figura de linguagem que

consiste em exagerar intencionalmente uma ideia com a finalidade de

torná-la mais expressiva, é exemplificada no penúltimo parágrafo do

texto.

GABARITO

1. B

2. ANULADA

3. C

4. D

5. B

6. C

7. A

8. B

9. B

10. A

11. D, com ressalva

12. D

13. D

14. B

15. B

16. D

17. A

18. C, com ressalva

19. E

20. A

21. B

22. B

23. C

24. D