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Aula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - I

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DEBATER

• Qual mensagem Clemenceau quis passar com essa frase?

• Você concorda com tal afirmação?

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Camille Monet e a Criança

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Comedores de Batata

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Trabalhadores

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OBJETIVOS DA AULA Economia Forças Produtivas Modo de Produção Superestrutura Infraestrutura Luta de Classes

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O QUE É ECONOMIA?

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TRABALHO E PRODUÇÃO Primeiro momento: suprir necessidades Segundo momento (no capitalismo): Gerar o excedente, lucro e a acumulação...

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ECONOMIAConjunto de práticas que satisfazem nossas necessidades.Para Max Weber: administração de recursos escassos e dos meios de produção utilizados para se atingir determinados fins.

O estudo da economia é impulsionado por dois processos de transformação:

Após a revolução comercial “mercantilismo”.Revolução Industrial, o “liberalismo”.

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Atividades Econômicas são aquelas por meio das quais os indivíduos trabalham para produzir alimentos, roupas armas ou ferramentas!

Economia Política:Ramo das ciências humanas voltado à análise das ações destinadas à produção, distribuição e consumo dos bens que propiciam o desenvolvimento das sociedades.

O QUE É ECONOMIA?

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A evolução das trocas, do escambo direto, ao comércio mediado pela moeda, desempenhou papel preponderante nesse processo de transformação dos sistemas de produção e circulação de bens.

A Revolução Comercial, na transição do Feudalismo para o Capitalismo Mercantil, fez com que, da prática econômica, surgisse a Ciência da Economia.

A Revolução Industrial deu grande impulso à evolução do pensamento econômico e no século XX, o desafio de Planejar o Desenvolvimento.

ECONOMIA

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MEIOS DE PRODUÇÃO E FORÇAS PRODUTIVAS

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MEIOS DE PRODUÇÃOTodo utensílio utilizado na produção. Ex: matéria prima, máquinas, etc... Poder ser: comum ou privada como no caso do capitalismo.Em casos, como da escravidão, o próprio homem foi meio de produção, podendo até ser comercializado!!!

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MEIOS DE PRODUÇÃO

Quebradores de Pedra – 1850 - Gustav Coubert

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FORÇA DE TRABALHOÉ a capacidade humana de trabalho, a energia pessoal transformadora que gera o produto

O ser humano, através dos meios de produção (aproveitados da natureza ou criados pelo homem) transforma o meio natural de acordo com o seu interesse.

Ao transformar a natureza por meio do trabalho, o homem emprega sua energia pessoal e coletiva (força de trabalho) e gera o resultado (produto).

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FORÇA DE TRABALHO

Candido Portinari - Lavrador de Café - 1934

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FORÇAS PRODUTIVASMEIOS DE PRODUÇÃO + FORÇA DE TRABALHO = FORÇAS PRODUTIVAS Forças ProdutivasProduto do emprego da força de trabalho sobre os meios de produção. Corresponde ao desenvolvimento técnico de uma sociedade.Os grupos sociais empregam sua força de trabalho no manuseio dos meios de produção e estabelecem, assim, Relações Sociais de Produção.Esse processo define as Forças Produtivas!

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FORÇAS PRODUTIVAS

Cândido Portinari - Café - 1935

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MODOS DE PRODUÇÃOA maneira como as forças produtivas estão organizadas determinam o modo de produção da sociedade.

Organização dos indivíduos numa determinada sociedade em função da divisão do trabalho e das formas de propriedade.As Forças Produtivas nascem da combinação dos vários elementos que estão envolvidos no processo do trabalho (energia humana, terra, ferramentas, máquinas) e que são empregados em determinadas relações de produção (propriedade coletiva ou privada da terra) estabelecidas pelos indivíduos (divididos em classes sociais ou não).

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Meios de Produção e forças produtivas

Modos de Produção na História:

- Modo de Produção Asiático.- Modo de Produção

Escravista.- Modo de Produção Feudal.- Modo de Produção

Capitalista.- Modo de Produção

Socialista.

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Meios de Produção e forças produtivasAtenção:

Quando falamos em produção, a primeira ideia é a de Bens Materiais.

Mas, além dos bens que lhes permitem sobreviver, os homens produzem também obras de arte, religiões, política e leis.

Sobretudo, produzem Idéias e, por meio delas, interpretam tudo a sua volta.

É essa ampla produção que diferencia o ser humano dos demais seres vivos.

Mural - Di Cavalcanti

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ECONOMIA NA SOCIEDADENa análise marxista, a economia seria o principal elemento responsável pela determinação da organização social.

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SUPERESTRUTURA E INFRAESTRUTURA

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SUPERESTRUTURA E INFRAESTRUTURASUPERESTRUTURA: base jurídica,

política, ideologia, cultura, religião, educação, etc... INFRA-ESTRUTURA: modo de produção, economia.

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Meios de Produção e Infra-estrutura e SuperestruturaModos de Produção possuem:Infra-Estrutura:

relações materiais de produção; forças econômicas de uma sociedade (fundações, alicerce).

Superestrutura:espaço onde se dão as

relações não-econômicas – idéias, costumes, instituições (edifício). Toda a produção humana que não tem forma material e é imprescindível ao funcionamento da sociedade.

Esclarecendo: A infra-estrutura refere-se a base material das relações de produção entre homem e natureza e homem e homem (relação proprietário e proletariado, por exemplo).

A estrutura é o sistema produtivo. (capitalismo)

A superestrutura é a forma de dominação no sentido ideológico e institucional (direito, religião e Estado Moderno, por exemplo).

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LUTA DE CLASSES

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LUTA DE CLASSESConflito de interesses...Burguês X Proletário...Lucro X Salário“motor da História”Ocorre na infra e na superestrutura...Visão de mundo... Ideologia dominante... Feudal – católico / capitalismo – tecnologia e razão. Não é a consciência que determina a vida, mas sim a vida que determina a consciência.

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Meios de Produção e a Luta de Classes

Para Marx, a análise dos processos de transformação histórica das sociedades aponta a economia como determinante em última instância dos grandes fenômenos sociais, uma vez que é por meio dela que se definem as classes sociais e as formas de dominação de classe.

A Luta de Classes não está restrita a infra-estrutura do Modo de Produção, mas se dá também em todos níveis da superestrutura.

As lutas políticas, as expressões artísticas, as políticas de ensino, as ideologias norteadoras do Direito e até as atividades religiosas são reflexos da Luta de Classes.

A Luta de Classes, cuja origem primeira está na base econômica, projeta-se permanentemente em toda sociedade.

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Meios de Produção e a Luta de Classes As lutas políticas, as

expressões artísticas, as políticas de ensino, as ideologias norteadoras do Direito e até as atividades religiosas são reflexos da Luta de Classes.

A Luta de Classes, cuja origem primeira está na base econômica, projeta-se permanentemente em toda sociedade.

Barricadas nas Ruas de Paris Revolução de 1848 Horace Vernet (1758-1836)

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Meios de Produção e a Luta de Classes

Os homens fazem sua história, mas não como querem e sim dentro das condições herdadas das gerações precedentes;

Por isso a produção intelectual e as expressões da cultura desempenham papel fundamental.

A visão de mundo ou a ideologia predominante em um dado modo de produção tende a ser, em situações normais, a ideologia das Classes Dominantes!

No Moulin Rouge Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901)

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Meios de Produção e a Luta de Classes

As Classes Dominantes estão sempre preocupadas em gerar explicações úteis para a manutenção das características da sociedade.

A reprodução das relações de produção inclui a reprodução contínua da visão de mundo dominante.

Socialização é portanto, a absorção de idéias que influenciam nosso modo de pensar a vida social e os fenômenos políticos!

Socialização primária: família

Socialização secundária: contato com demais instituições

As Socializações são determinantes no

comportamento de Alienação ou Transgressão!

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Modos de Produção e a Formação Social Formação Social:

Totalidade social concreta, histórica e geograficamente determinada, isto é, uma organização social que pode abranger um só ou vários países.

As formações sociais capitalistas mais evoluídas são bastante diferentes das menos desenvolvidas.

Podemos notar na realidade das

formações sociais o fato de características de outros Modos de Produção coexistirem com o Modo de Produção dominante.

Ary Ferreira

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REFUTAÇÃO DA LUTA DE CLASSES

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REFUTAÇÃO DA LUTA DE CLASSESAté hoje vemos muitos crentes da ideologia marxista discursando

variantes da mesma ideia, apresentando modificações que surgiram para contornar os problemas da teoria marxista, que com o tempo iam se mostrando completamente equivocadas.

Talvez o melhor exemplo disso tudo seja a ideia de luta de classes entre proletários e burgueses que, gradualmente, abre alas para as mais distintas lutas de grupos: lutas de raça, lutas de gênero, lutas de credo, etc…

Altera-se a ideia marxista, mas a essência permanece a mesma: a sociedade é dividida em grupos (ou castas), em que uns são dominantes (opressores) e outros são subjugados (oprimidos). A ideia é lutar pelos interesses do segundo grupo para derrubar o primeiro.

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REFUTAÇÃO DA LUTA DE CLASSES O problema é que, ao contrário do que se acreditam, o capitalismo não

é um sistema dividido em castas rígidas, onde o grande culpado pelo indivíduo da base da pirâmide não subir nessa hierarquia seja o próprio sistema.

Ludwig von Mises explica que o capitalismo (de livre mercado), na verdade, permite que os indivíduos não apenas subam, como desçam nessa escala supostamente arbitrária de classes.

E essa era até então uma concepção inédita na história da humanidade: o capitalismo foi o primeiro sistema econômico adotado em larga escala a permitir a mobilidade social.

Membros da base da pirâmide (empreendedores) que obtém sucesso em atender as demandas da população, melhoram sua situação econômica.

O efeito contrário pode acontecer aos mais ricos.

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Como atesta Mises:

“Os ricos, que já estejam na posse de suas riquezas, não têm qualquer razão especial para desejar a preservação de um sistema de livre competição, aberto a todos; particularmente, se não ganharam, eles próprios, sua fortuna, mas a herdaram, têm mais a ter medo do que a esperar da concorrência. De fato, demonstram interesse especial no intervencionismo, que tem sempre a tendência de preservar a existente divisão das riquezas entre os que a possuem. Mas não podem esperar por qualquer tratamento especial do liberalismo, um sistema que não dá qualquer atenção a reivindicações de tradições consagradas pelo tempo, propostas por interesses investidos de riqueza estabelecida.”

REFUTAÇÃO DA LUTA DE CLASSES

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O capitalismo de livre mercado é um sistema dinâmico de ascensão e queda social. E mais do que isso: é um sistema que continuamente enriquece a sociedade como um todo. O cidadão mais pobre do atual continente europeu vive com mais conforto que qualquer rei da Idade Média.A sociedade não apenas não é composta por castas, como tampouco é conflitante entre si. O que temos são indivíduos trabalhando para atender as demandas de outros indivíduos para, através dessas trocas, melhorarem suas próprias condições.

REFUTAÇÃO DA LUTA DE CLASSES

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TITULO DO SLIDEA base para o pensamento marxista é a suposição da existência no modelo capitalista de duas classes sociais antagônicas e que estariam em constante conflito: burguesia (empregadores) x proletariado (assalariados). No que concerne a historia da cultura ocidental, as estratificações antes existentes na cultura ocidental (nobreza/clero/servos), teriam desaparecido com a Revolução Francesa. A revolução trouxe consigo a ascensão de uma nova classe: a burguesia. Os burgos surgem na Europa medieval e recebe todos os que se afastavam do domínio feudal, após a solidificação das fronteiras europeias, e a expulsão dos bárbaros. Deste modo, tornou-se possível o ressurgimento das cidades europeias ao redor dos castelos através do sistema de troca, conhecido como mercantilismo.

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TITULO DO SLIDEEsta nova classe é oriunda dos antigos servos feudais que antes estavam sob a tutela da monarquia, e que agora poderiam então sobreviver a partir de suas livres relações. O que temos no mundo moderno é a extensão desta única classe apenas diferenciada entre níveis econômicos, e que variam de acordo com procedimentos administrativos. Portanto qualquer indivíduo dentro do sistema de livre-mercado pode assumir papel de empregador ou assalariado; um direito que é assegurado juridicamente (no Brasil cpf/cnpj). Para isto, necessitara de uma reserva financeira e que dependerá do tipo de investimento. Sua evolução econômica dependera em grande parte da qualidade de seu serviço e de sua capacidade administrativa e conhecimento de livre-mercados (tendências).

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TITULO DO SLIDE Este será o ponto culminante para a permanência ou desobrigação de um individuo como empregador, cabendo ao mesmo:

a) Optar em se tornar um empregador, com a obrigação de economizar para posteriormente investir seu capital em seu empreendimento para assim correr os riscos do empreendedorismo que incluem a possibilidade de lucros e/ou prejuízos grandiosos;

b) Optar por ser um trabalhador assalariado, isento da obrigação de acumular capital com a finalidade de posteriormente investir em seu trabalho, livre de riscos de prejuízo e com a garantia de um salário - mesmo que acabe recebendo um rendimento bem mais baixo do que o do empregador.

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