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CURSO ON-LINE – PACOTE DE QUESTÕES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES
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Aula 5 CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS
Olá amigos! Como é bom estar aqui!
No âmbito dos concursos públicos, é fácil ver como há pessoas que se
sobressaem pela sua perseverança e dedicação ao estudo, e isso faz com que
superem outros colegas que aparentemente possuem uma capacidade
intelectual mais elevada. Por que isso acontece? Por que uns conseguem
manter esse esforço durante anos e outros não, ainda que o desejem?
Quase todas as pessoas desejariam chegar a uma situação profissional mais
elevada, e a maioria delas tem talento pessoal de sobra para o conseguir.
Porque é que uns conseguem transformar esse desejo numa motivação diária
que os faz vencer a inércia da vida, e outros, pelo contrário, não?
Parece claro que estamos falando de algo que não é questão de coeficiente
intelectual. É fácil verificar que as pessoas mais esforçadas e motivadas muitas
vezes não coincidem com as que aparentam maior coeficiente intelectual.
O importante é a motivação! Para ser capaz de superar as dificuldades e os
cansaços próprios da vida, é preciso ver cada meta como algo de grande e
positivo que podemos e devemos conseguir. Por isso, nas pessoas motivadas
sempre há “alguma coisa” que lhes permite obter satisfação onde os outros não
a encontram; ou alguma coisa que lhes permite adiar essa satisfação. A
maioria das vezes a motivação implica um adiamento, pois supõe sacrificar-se
agora com o fim de conseguir mais tarde algo que consideramos mais valioso.
(trecho adaptado de um texto de Alfonso Aguilló)
“Merecem louvor os homens que em si mesmos encontraram o impulso, e
subiram nos seus próprios ombros” (Sêneca)
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Nesta aula estudaremos a classificação dos gastos públicos. Ao final,
apresentarei duas questões discursivas para treinamento.
CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS
1) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008)
Entre os componentes da programação qualitativa do orçamento está a
classificação por esfera orçamentária, que pode ser dividida em orçamento
fiscal, orçamento de investimento, orçamento da seguridade social e orçamento
monetário.
O orçamento é instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou
privada, e representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em
determinado período. Dessa forma, despesa orçamentária é fluxo que deriva
da utilização de crédito consignado no orçamento da entidade, podendo ou não
diminuir a situação líquida patrimonial.
Segundo Aliomar Baleeiro, despesa pública é a aplicação de certa quantia em
dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma
autorização legislativa, para execução de fim a cargo do governo.
A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em:
Programação qualitativa: o Programa de Trabalho define qualitativamente a
programação orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às
perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista
operacional, composto dos seguintes blocos de informação: Classificação por
Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional e Estrutura
Programática.
Programação quantitativa: compreende a programação física e financeira. A
programação física define quanto se pretende desenvolver do produto por
meio da meta física, que corresponde à quantidade de produto a ser ofertado
por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num determinado período e
instituída para cada ano. Já a programação financeira define o que adquirir e
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com quais recursos, por meio da natureza da despesa, identificador de uso,
fonte de recursos, identificador de operações de crédito, identificador de
resultado primário, dotação e justificativa.
CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA: a primeira classificação da programação
qualitativa é a classificação por esfera orçamentária. A esfera orçamentária
tem por finalidade identificar se o orçamento é fiscal, da seguridade social ou
de investimento das empresas estatais, conforme disposto no § 5.º do art. 165
da CF/1988:
• Orçamento Fiscal: referente aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
• Orçamento de Investimento: orçamento das empresas em que a
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto; e
• Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
A classificação por esfera aponta “em qual orçamento” será alocada a despesa.
Na base do Sistema de Orçamento o campo destinado à esfera orçamentária é
composto de dois dígitos e será associado à ação orçamentária, com os
seguintes códigos:
CÓDIGO ESFERA ORÇAMENTÁRIA
10 Orçamento Fiscal
20 Orçamento da Seguridade Social
30 Orçamento de Investimentos
Logo, entre os componentes da programação qualitativa do orçamento está a
classificação por esfera orçamentária, que pode ser dividida em orçamento
fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de investimento.
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Atenção: o orçamento monetário não existe mais, porém ele aparece nas
provas para confundir o estudante.
Resposta: Errada.
2) (CESPE - Analista Judiciário – TRT - 17ª Região - 2009) No SIAFI, os
conceitos de órgão e unidade orçamentária podem ser considerados
sinônimos.
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL: reflete a estrutura organizacional de
alocação dos créditos orçamentários, e está estruturada em dois níveis
hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária.
Segundo o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o
agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que
serão consignadas dotações próprias. As dotações orçamentárias,
especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são
consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas
responsáveis pelas dotações e pela realização das ações. Órgão orçamentário é o agrupamento de unidades orçamentárias. A classificação institucional aponta “quem faz” a despesa. Ela permite
comparar imediatamente as dotações recebidas por cada órgão ou unidade
orçamentária, pois identifica o agente responsável pelas dotações autorizadas
pelo Legislativo, para dado programa. Assim, o agente encarregado do gasto
pode ser identificado na classificação institucional.
Logo, os conceitos de órgão e unidade orçamentária não são considerados
sinônimos.
Resposta: Errada.
3) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) Um órgão
orçamentário ou unidade orçamentária pode, eventualmente, não corresponder
a uma estrutura administrativa, existindo tão-somente para individualizar
determinado conjunto de despesa e atender à necessidade de clareza e
transparência orçamentária. São exemplos dessa situação os órgãos
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orçamentários Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios,
Encargos Financeiros da União, Operações Oficiais de Crédito,
Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal e Reserva de
Contingência.
Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a
uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos
especiais e com os “órgãos” “Transferências a Estados, Distrito Federal e
Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”,
“Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de
Contingência”. No entanto, são um conjunto de dotações administradas por
órgãos do governo que também têm suas próprias dotações.
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os
dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade
orçamentária:
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º
Órgão Orçamentário Unidade Orçamentária
Exemplos: O Órgão 26.000 – Ministério da Educação tem diversas Unidades
Orçamentárias, como 26.105 – Instituto Benjamin Constant; 26.237 –
Universidade Federal de Juiz de Fora; 26.290 – INEP. Todas essas
correspondem a uma estrutura administrativa, com pessoal, espaço físico, etc.
Mas também têm outras Unidades Orçamentárias sob sua supervisão, como
74.902 – Recursos sob Supervisão do Fundo de Financiamento ao Estudante
do Ensino Superior/FIEES – Min. da Educação (Órgão Operações Oficiais de
Crédito) e 73.107 – Recursos sob Supervisão do Ministério da Educação
(Órgão Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios).
São Unidades Orçamentárias, mas não correspondem a uma estrutura
administrativa, são somente fundos que geram recursos.
Resposta: Certa
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4) (CESPE –Planejamento e Execução Orçamentária –Min. da Saúde – 2008)
As unidades orçamentárias correspondem, necessariamente, a cada órgão da
administração pública federal direta que recebe recursos do orçamento da
União.
Novamente: Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde
necessariamente a uma estrutura administrativa.
Resposta: Errada
5) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Na classificação
institucional há órgãos setoriais e unidades orçamentárias que não
correspondem aos órgãos e entidades que compõem a administração pública.
Essas unidades orçamentárias, todavia, são um conjunto de dotações que são
administradas por órgãos do governo que também têm suas próprias dotações.
Mais uma vez: Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde
necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo,
com alguns fundos especiais e com os “órgãos” “Transferências a Estados,
Distrito Federal e Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações
Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e
“Reserva de Contingência”. No entanto, são um conjunto de dotações
administradas por órgãos do governo que também têm suas próprias dotações.
Resposta: Certa
6) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) A classificação por esfera aponta em
qual orçamento será alocada a despesa, ao passo que a classificação
institucional aponta em que área da despesa a ação governamental será
realizada.
Até agora vimos a classificação por esfera e a classificação institucional. Está
questão aborda as duas.
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A classificação por esfera aponta “em qual orçamento” será alocada a despesa.
No entanto, a classificação institucional aponta “quem faz” a despesa. A
classificação funcional é a que aponta “em que” área da despesa a ação
governamental será realizada (veremos nas próximas questões).
Resposta: Errada
7) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008)
A classificação funcional é composta por um rol de funções e subfunções
prefixadas e padronizadas para a União, os estados, o DF e os municípios, as
quais servirão de agregador dos gastos públicos por área de ação
governamental.
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL: é composta por funções e subfunções e
busca responder basicamente à indagação “em que” área de ação
governamental a despesa será realizada.
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria 42, de 14 de abril de
1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta por um rol de
funções e subfunções prefixadas, que serve como agregador dos gastos
públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. A
Portaria 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata
a Lei 4.320/1964; estabelece os conceitos de função, subfunção, programa,
projeto, atividade, operações especiais; e dá outras providências.
Trata-se de uma classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos
Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a
consolidação nacional dos gastos do setor público.
Essa Portaria dispõe em seu art. 4.o que:
Art. 4.º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em
termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações
especiais.
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A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros
referem-se à função, enquanto os três últimos representam a subfunção, e
podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do
setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária.
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º
Função Subfunção
Resposta: Certa
8) (CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) A função representa o maior
nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor
público. A subfunção identifica a natureza básica dos projetos que se aglutinam
em torno da unidade orçamentária e não pode ser combinada com funções
diferentes daquelas a que estejam vinculadas.
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas
áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional
do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação
com os respectivos Ministérios.
A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função
e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da
agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da
natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As
subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais
estão relacionadas na Portaria 42/1999.
As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua
área específica. Existe a possibilidade de matricialidade na conexão entre
função e subfunção, ou seja, combinar qualquer função com qualquer
subfunção, mas não na relação entre ação e subfunção.
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Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim,
a programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma única função,
ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada
ação.
A exceção à matricialidade encontra-se na função 28 – Encargos Especiais e
suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas.
Atenção: assunto muito cobrado em provas! As subfunções poderão ser
combinadas com funções diferentes daquelas às quais estejam vinculadas.
Exemplos:
FUNÇÃO SUBFUNÇÃO
12 – Educação
361 – Ensino Fundamental
362 – Ensino Médio
363 – Ensino Profissional
364 – Ensino Superior
365 – Educação Infantil
366 – Educação de Jovens e Adultos
367 – Educação Especial
01 – Legislativa 031 – Ação Legislativa
032 – Controle Externo
Podemos combinar a subfunção com a função vinculada, como 12.364 –
Educação e Ensino superior; 01.031 – Legislativa e Ação Legislativa.
No entanto, pela regra da matricialidade, também podemos combinar as
subfunções com funções diferentes daquelas vinculadas, como: 01.365 –
Legislativa e Educação infantil, usada na classificação da assistência pré-
escolar aos dependentes de servidores e empregados do Legislativo.
Logo, a função representa o maior nível de agregação das diversas áreas de
despesa que competem ao setor público. Já a subfunção representa um nível
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de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da
atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado
subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se
aglutinam em torno das funções e pode ser combinada com funções diferentes
daquelas a que estejam vinculadas.
Resposta: Errada
9) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008)
A função encargos especiais, que engloba despesas em relação às quais não
se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo
corrente, deve estar associada aos programas do tipo operações especiais e
não pode integrar o PPA.
Vimos que a função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das
diversas áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão
institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que
guarda relação com os respectivos Ministérios.
No entanto, tem-se a função “Encargos Especiais”, a qual engloba as
despesas em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser
gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos,
indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra.
Nesse caso, as ações estarão associadas aos programas do tipo “Operações Especiais”, que constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA.
Segundo o art. 1.º, § 2.o, da Lei 11.653/2008 (Lei do PPA 2008-2011):
§ 2.o Não integram o Plano Plurianual os programas destinados exclusivamente
a operações especiais.
Resposta: Certa
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10) (CESPE – Analista – INSS – 2008) De acordo com as classificações
orçamentárias, o programa, que constitui o elo entre o plano plurianual e os
orçamentos anuais, corresponde à articulação de um conjunto de ações, cujo
resultado esperado é expresso por indicadores que permitem avaliar o
desempenho da administração.
ESTRUTURA PROGRAMÁTICA: toda ação do Governo está estruturada em
programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos
para o período do Plano Plurianual – PPA, que é de quatro anos.
O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que
articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um
objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no
plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada
necessidade ou demanda da sociedade. É um módulo integrador entre o plano
e o orçamento e tem como instrumento de sua realização as ações de governo.
A estrutura programática também tem previsão na Portaria 42/1999. A
finalidade essencial da classificação programática é demonstrar as realizações
do Governo e a efetividade de seu trabalho em prol da população. É a mais
moderna das classificações orçamentárias da despesa, tendo surgido visando
permitir a representação do programa de trabalho.
A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade,
bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos.
Resposta: Certa
11) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) A ação orçamentária
articula um conjunto de programas que concorrem para a concretização de um
objetivo comum.
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O programa articula um conjunto de ações orçamentárias que concorrem
para a concretização de um objetivo comum.
Resposta: Errada.
12) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) Os programas dos quais resultam
bens ou serviços públicos diretamente à sociedade são classificados como
programas de apoio às políticas públicas e áreas especiais.
Os Programas são classificados em dois tipos:
• Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados
diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de
mensuração. Exemplos: Brasil Universitário, Calha Norte, Cidadania e
Efetivação do Direito das Mulheres.
• Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são
programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à
formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao
controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços
ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por
despesas de natureza tipicamente administrativas. Exemplos:
Administração Tributária e Aduaneira, Controle Externo,
Desenvolvimento de Competências em Gestão Pública.
Cuidado: essa é a classificação atual! Alguns livros antigos ainda trazem a
antiga classificação em 4 tipos que não existem mais!
Logo, os programas dos quais resultam bens ou serviços públicos diretamente
à sociedade são classificados como programas finalísticos.
Resposta: Errada
13) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) Os programas,
conforme suas características, podem ser classificados em atividades, projetos
e operações especiais.
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A partir do programa são identificadas as ações sob a forma de atividades,
projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas
e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada
projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado
por sua unidade de medida, dará origem à meta. A finalidade do gasto pode
ser observada na estrutura programática.
As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que
contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes
da federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios,
subvenções, auxílios, contribuições, financiamentos, etc.
As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais, segundo a Portaria 42/1999:
• Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se
realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um
produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.
Exemplos: “Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e
Seguros Privados de Assistência à Saúde”, “Manutenção de Sistema de
Transmissão de Energia Elétrica”; “Vigilância Sanitária em Serviços de
Saúde”.
• Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações,
limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a
expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplos:
“Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”, “Implantação
de Poços Públicos”, “Construção da Interligação das Rodovias
BR 040/262/381 no Estado de Minas Gerais”.
• Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção,
expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de
bens ou serviços. Exemplos: Amortização, juros, encargos e rolagem da
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dívida contratual e mobiliária; Pagamento de aposentadorias e pensões;
etc.
Logo, as ações (e não os programas), conforme suas características, podem
ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais.
Resposta: Errada
14) (CESPE – Analista - INMETRO – 2009) Cada ação orçamentária do
INMETRO, entendida como a atividade, o projeto ou a operação especial, deve
identificar a função e a subfunção às quais se vincula. Nesse sentido, a
operação especial refere-se às despesas do órgão diretamente relacionadas ao
aperfeiçoamento das ações do governo federal.
A Operação Especial refere-se às despesas que não contribuem para a
manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais
não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens
ou serviços.
O projeto é que se refere às despesas do órgão diretamente relacionadas ao
aperfeiçoamento das ações do governo federal
Resposta: Errada
(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Acerca da
padronização dos procedimentos orçamentários e contábeis nos três níveis de
governo, julgue o item abaixo.
15) Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza,
será feita, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa
e modalidade de aplicação.
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA DESPESA: a Lei 4.320/1964 trata da
classificação da despesa por categoria econômica e elementos nos arts. 12 e
13. Assim como no caso da receita, o art. 8.º estabelece que os itens da
discriminação da despesa mencionados no art. 13 serão identificados por
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números de código decimal, na forma de anexos dessa Lei. No entanto,
atualmente, devemos seguir o que está consubstanciado no Anexo II da
Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001.
O conjunto de informações que formam o código é conhecido como
classificação por natureza de despesa e informa a categoria econômica, o
grupo a que pertence, a modalidade de aplicação e o elemento. Temos ainda o
desdobramento facultativo do elemento da despesa.
1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º
Categoria Econômica
Grupo de natureza
Modalidade de Aplicação
Elemento de despesa
Desdobramento facultativo do
elemento
Atenção: o art. 6.º da referida Portaria dispõe que, na lei orçamentária, a
discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por
categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
Veremos nas próximas questões todos os níveis da classificação por natureza.
Resposta: Certa
16) (CESPE – Analista - INMETRO – 2009) A despesa orçamentária é
classificada pelas categorias econômicas função e subfunção.
Categoria econômica – 1.º nível: assim como a receita, este nível da
classificação por natureza obedece ao critério econômico. Permite analisar o
impacto dos gastos públicos na economia do país. A despesa é classificada em
duas categorias econômicas, com os seguintes códigos:
• 3 - Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa
categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a
formação ou aquisição de um bem de capital;
• 4 - Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa
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categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a
formação ou aquisição de um bem de capital.
Logo, a despesa orçamentária é classificada pelas categorias econômicas
Correntes e de Capital. As funções e subfunções compõem a classificação
funcional.
Resposta: Errada.
17) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) Segundo a natureza da despesa,
amortização, juros e encargos da dívida deverão ser classificados na categoria
econômica de despesas de capital.
Grupo de Natureza da Despesa (GND) – 2.º nível: é um agregador de
elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de
gasto, conforme discriminado a seguir:
GND das despesas correntes
• 1- Pessoal e Encargos Sociais: despesas de natureza remuneratória
decorrente do efetivo exercício de cargo, emprego ou função de
confiança no setor público, do pagamento dos proventos de
aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de
responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários,
contribuição a entidades fechadas de previdência, outros benefícios
assistenciais classificáveis neste grupo de despesa, bem como soldo,
gratificações, adicionais e outros direitos remuneratórios, pertinentes a
este grupo de despesa, previstos na estrutura remuneratória dos
militares, e, ainda, despesas com o ressarcimento de pessoal
requisitado, despesas com a contratação temporária para atender a
necessidade de excepcional interesse público e despesas com
contratos de terceirização de mão de obra que se refiram à substituição
de servidores e empregados públicos, em atendimento ao disposto no
art. 18, § 1.º, da LRF.
• 2 - Juros e Encargos da Dívida: despesas com o pagamento de juros,
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comissões e outros encargos de operações de crédito internas e
externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.
• 3. Outras Despesas Correntes: despesas com aquisição de material de
consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-
alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria
econômica “Despesas Correntes” não classificáveis nos demais grupos
de natureza de despesa.
GND das despesas de capital
• 4 - Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o
planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de
imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a
aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
• 5 - Inversões Financeiras: despesas orçamentárias com a aquisição de
imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos
representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do
capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além
de outras despesas classificáveis neste grupo.
• 6 - Amortização da Dívida: despesas com o pagamento e/ou
refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da
dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.
Cuidado: assunto muito cobrado em provas! Consoante a natureza da
despesa, o grupo “amortização da dívida” deverá ser classificado na categoria
econômica de despesas de capital. No entanto, o grupo “juros e encargos da dívida” deverá ser classificado na categoria econômica de despesas
correntes.
Resposta: Errada
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18) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) Na instalação de um órgão
público recentemente criado, para que haja contribuição do setor público para a
formação do Produto Interno Bruto, deve-se optar pela construção de um
prédio, em vez de, simplesmente, adquirir um imóvel já construído.
Atenção: Diferenças entre investimentos e inversões financeiras nas
aplicações em imóveis relacionadas ao PIB: o Produto Interno Bruto (PIB)
se refere ao valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos
dentro do território econômico do país, independentemente da nacionalidade
dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços.
Podemos concluir dos conceitos de investimentos e inversões financeiras que
as despesas do grupo investimento contribuem para a formação do Produto
Interno Bruto. A inversão financeira é a despesa de capital que, ao contrário de
investimentos, não gera serviços e incremento ao PIB. Por exemplo, a
aquisição de um prédio já pronto para a instalação de um serviço público é
inversão financeira, pois se mudou a estrutura de propriedade do bem, mas
não a composição do PIB. Já investimentos são as despesas de capital que
geram serviços e, em consequência, acréscimos ao PIB. Por exemplo, a
construção de um novo edifício é um investimento, pois além de gerar serviços
provoca incremento no PIB.
Assim, na instalação de um órgão público recentemente criado, para que haja
contribuição do setor público para a formação do Produto Interno Bruto, deve-
se optar pela construção de um prédio (investimento), em vez de,
simplesmente, adquirir um imóvel já construído (inversão financeira).
Resposta: Certa
19) (CESPE – TFCE - TCU – 2009) Com base na Lei nº 4.320/1964 e nos
conceitos e aplicações dela decorrentes, julgue o item: A lei em questão distinguiu as aplicações em imóveis ora como investimentos
ora como inversões financeiras. Daí a diferença entre a construção e a simples
aquisição para uso de imóveis já concluídos e em utilização. No primeiro caso,
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gera-se um incremento no PIB; no segundo, mera transferência da propriedade
de bens já produzidos.
Novamente: a inversão financeira é a despesa de capital que, ao contrário de
investimentos, não gera serviços e incremento ao PIB. Já investimentos são as
despesas de capital que geram serviços e, em consequência, acréscimos ao
PIB.
Assim, para que haja contribuição do setor público para a formação do Produto
Interno Bruto, deve-se optar pela construção (investimento), em vez de,
simplesmente, adquirir um imóvel já concluído e em utilização (inversão
financeira).
Resposta: Certa
20) (CESPE–Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde- 2008)
Quando um ente de determinada esfera efetua uma transferência para ente de
outra esfera da administração, a classificação da respectiva despesa, baseada
no critério de modalidade de aplicação, é satisfatória do ponto de vista da
classificação econômica, pois permite associar essa transferência à
contrapartida necessária em bens e serviços.
Modalidade de aplicação – 3.º nível: destina-se a indicar se os recursos
serão aplicados mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de
descentralização orçamentária para outras esferas de Governo, seus órgãos ou
entidades, ou diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras
instituições; ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito
orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de
Governo. Também indica se tais recursos são aplicados mediante transferência
para entidades privadas sem fins lucrativos, outras instituições ou ao exterior.
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Modalidades de Aplicação
20 transferências à união
30 transferências a estados e ao Distrito Federal
40 transferências a municípios
50 transferências a instituições privadas sem fins lucrativos
60 transferências a instituições privadas com fins lucrativos
70 transferências a instituições multigovernamentais
71 transferências a consórcios públicos
80 transferências ao exterior
90 aplicações diretas
91 aplicação direta decorrente de operação entre órgãos, fundos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social
99 a definir
Temos ainda:
Elemento de despesa – 4.º nível: tem por finalidade identificar os objetos de
gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de
consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções
sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios,
amortização e outros que a administração pública utiliza para a consecução de
seus fins.
Desdobramento facultativo do elemento da despesa – 5.º nível: conforme
as necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária,
fica facultado por parte de cada ente o desdobramento dos elementos de
despesa.
Na questão, a modalidade de aplicação é uma informação gerencial que
objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos
ou descentralizados. Ela não permite associar transferência à contrapartida
necessária em bens e serviços.
Resposta: Errada
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21) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) A classificação
por fonte de recursos é, a um só tempo, uma classificação da receita e da
despesa.
CLASSIFICAÇÃO POR FONTES: é uma classificação tanto da receita como da despesa. Vimos que a classificação por natureza da receita busca a
melhor identificação da origem do recurso segundo seu fato gerador. No
entanto, existe a necessidade de classificar a receita conforme a destinação
legal dos recursos arrecadados.
As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de
naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação
legal, e servem para indicar como são financiadas as despesas orçamentárias.
É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo
a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e
da despesa.
A classificação por fontes de recursos consiste em um código de três dígitos:
1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS
1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente
2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente
3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores
6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores
9 – Recursos Condicionados
Os dígitos seguintes são bastante variados. O estudante deve saber que a
fonte de recursos é composta por 3 dígitos e quais são os grupos do 1.° dígito.
Logo, a classificação por fonte de recursos é, a um só tempo, uma
classificação da receita e da despesa.
Resposta: Certa
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22) (CESPE– Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde-2008)
O objetivo do código de fontes de recursos é discriminar as verbas que serão
utilizadas diretamente pelo governo federal daquelas que serão transferidas a
outros entes da Federação.
As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de
naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação
legal, e servem para indicar como são financiadas as despesas orçamentárias.
É a modalidade de aplicação que se destina a indicar se os recursos serão
aplicados mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização orçamentária para outras esferas de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para entidades privadas sem fins
lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade detentora
do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo
nível de Governo. Também indica se tais recursos são aplicados mediante
transferência para entidades privadas sem fins lucrativos, outras instituições ou
ao exterior.
Resposta: Errada
23) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) Na execução
orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a vinculação,
evidenciando-se, a partir do ingresso, as destinações dos valores. Ao se
realizar despesa, deve-se demonstrar a sua fonte de financiamento (fonte de
recursos), estabelecendo-se, desse modo, a interligação entre receita e
despesa.
O argumento utilizado na criação de vinculações para as receitas é o de
garantir a despesa correspondente, seja para funções essenciais, seja para
entes, órgãos, entidades e fundos. Deve ser pautada em mandamentos legais
que regulamentam a aplicação de recursos. Outro tipo de vinculação é aquela
derivada de convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos
recursos são obtidos com finalidade específica.
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Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a
vinculação, evidenciando, a partir do ingresso, as destinações dos valores.
Quando da realização da despesa, deve estar demonstrada qual sua fonte de
financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se a interligação entre a
receita e a despesa.
Resposta: Certa
24) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) O controle das
disponibilidades financeiras por destinação/fonte de recursos deve ser feito
apenas durante a execução orçamentária.
O controle das disponibilidades financeiras por fonte de recursos deve ser feito
desde a elaboração do orçamento até a sua execução, incluindo o ingresso, o comprometimento e a saída dos recursos orçamentários.
Resposta: Errada
25) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Suponha que a
União tenha assinado contrato com um organismo internacional para a
realização de um programa de conscientização da população em relação à
disseminação de doenças sexualmente transmissíveis. Parte do programa será
financiado por recursos externos, enquanto outra parte ficará sob a
responsabilidade da União, a título de contrapartida. Nessa situação, o registro
da parcela custeada pela União, a natureza de contrapartida do gasto será
especificada na classificação da despesa correspondentes à fonte de recursos.
CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO: esse código vem
completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se a
indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos,
doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da lei orçamentária e
de seus créditos adicionais.
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Identificador de Uso – IDUSO
0 Recursos não destinados à contrapartida
1 Contrapartida – Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento – BIRD
2 Contrapartida – Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID
3 Contrapartida de empréstimos com enfoque setorial amplo
4 Contrapartida de outros empréstimos
5 Contrapartida de doações
Logo, a natureza de contrapartida do gasto será especificada na classificação
da despesa por Identificador de Uso – IDUSO. Resposta: Errada
26) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) O princípio da legalidade em
matéria de despesa pública significa que se exige a inclusão da despesa em lei
orçamentária para que ela possa ser realizada, com exceção dos casos de
restituição de valores ou pagamento de importância recebida a título de
caução, depósitos, fiança, consignações, ou seja, advindos de receitas
extraorçamentárias que, apesar de não estarem fixados na lei orçamentária,
sejam objeto de cumprimento de outras normas jurídicas.
Segundo a doutrina, a despesa pública pode também ser classificada em
outros aspectos, como quanto a sua forma de ingresso ou natureza:
• Orçamentária: são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas
de créditos adicionais, instituídas em bases legais. Obedecem aos
estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento.
Exemplos: construção de prédios públicos, manutenção de rodovias,
pagamento de servidores, etc.
• Extraorçamentária: são as despesas não consignadas no orçamento
ou nas leis de créditos adicionais. Correspondem à devolução de
recursos transitórios que foram obtidos como receitas
extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos
públicos, como as restituições de cauções, pagamentos de restos a
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pagar, resgate de operações por antecipação de receita orçamentária,
etc.
Vários autores utilizam o termo “natureza” nesta classificação. Atente para não
confundir com a classificação por natureza da despesa. Entendo que o termo
“forma de ingresso” é o mais apropriado neste caso.
Assim, para que uma despesa possa ser realizada, é necessária sua inclusão
na lei orçamentária. A exceção ocorre com as despesas extraorçamentárias, as
quais correspondem à devolução de recursos transitórios que foram obtidos
como receitas extraorçamentárias. Tais despesas, apesar de não estarem
fixadas na lei orçamentária, são objetos de cumprimento de outras normas
jurídicas, como a Lei de Licitações e Contratos, que trata da exigência ao
licitante do depósito em caução em determinados casos.
Resposta: Certa
27) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) Suponha que a
ANTAQ, de acordo com o orçamento aprovado, efetue uma transferência para
determinada unidade da Federação, com vistas à realização, por essa unidade,
de investimentos no setor aquaviário. Nesse caso, a transferência efetuada
constitui uma despesa orçamentária de capital efetiva.
A despesa pública pode ainda ser classificada quanto a sua afetação patrimonial:
• Despesa Orçamentária Efetiva: aquela que, no momento da sua
realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade (diminui o
patrimônio). Exemplos: despesas correntes, exceto aquisição de
materiais para estoque e a despesa com adiantamento, que
representam fatos permutativos e, assim, são não efetivas.
• Despesa Orçamentária Não Efetiva: aquela que, no momento da sua
realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e
constitui fato contábil permutativo (não diminui o patrimônio). Exemplo:
despesas de capital, exceto as transferências de capital que causam
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decréscimo patrimonial e, assim, são efetivas.
Supondo que a ANTAQ, de acordo com o orçamento aprovado, efetue uma
transferência para determinada unidade da Federação, com vistas à realização,
por essa unidade, de investimentos no setor aquaviário, teremos a
caracterização de uma transferência de capital. Relembro que a transferência
de capital consiste no ingresso proveniente de outros entes ou entidades,
referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente
ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou
mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital.
Logo, de acordo com a classificação quanto à afetação patrimonial, a
transferência de capital constitui uma despesa orçamentária efetiva.
Resposta: Certa.
28) (CESPE – Especialista em Regulação - ANATEL – 2009) As transferências
de capital efetuadas pela União aos demais entes, ainda que destinadas à
realização de investimentos e inversões financeiras pelos beneficiários,
constituem despesas orçamentárias efetivas.
Novamente: de acordo com a classificação quanto à afetação patrimonial, a
transferência de capital constitui uma despesa orçamentária efetiva.
Resposta: Certa
ESTÁGIOS DA DESPESA
29) (CESPE– Gestão Econômico-Financeira e de Custos-Min. da Saúde- 2008)
Embora o Regulamento de Contabilidade Pública somente reconheça como
estágios da despesa pública o empenho, a liquidação e o pagamento, muitos
especialistas da área defendem a necessidade de se considerarem, pelo
menos, mais dois estágios antes do empenho: a programação (ou fixação) da
despesa e a licitação.
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O assunto estágios da receita e da despesa pode ser cobrado dentro do ciclo
orçamentário. Portanto, para evitar imprevistos, estudamos na aula anterior os
estágios da receita e nesta veremos os estágios da despesa.
Ao longo do exercício financeiro, ao mesmo tempo, as receitas são
arrecadadas e as despesas são executadas. Assim como ocorre com as
receitas, cujos estágios já estudamos, para que se execute uma despesa do
Poder Público ela deve passar por estágios, os quais devem ser seguidos com
rigor.
Uma vez publicada a LOA, observadas as normas de execução orçamentária e
de programação financeira da União, estabelecidas para o exercício, e
lançadas as informações orçamentárias, fornecidas pela Secretaria de
Orçamento Federal, no Sistema Integrado de Administração Financeira do
Governo Federal – SIAFI, por intermédio da geração automática do documento
Nota de Dotação – ND, cria-se o crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o
A doutrina majoritária considera que os estágios da despesa são fixação (ou programação), empenho, liquidação e pagamento. São eles que
estudaremos nas próximas questões.
Acrescento que há praticamente consenso que empenho, liquidação e
pagamento são estágios da execução da despesa. Atualmente se encontra
em aplicação a sistemática do pré-empenho antecedendo esses estágios, já
que, após o recebimento do crédito orçamentário e antes do seu
comprometimento para a realização da despesa, existe uma fase geralmente
demorada de licitação obrigatória junto a fornecedores de bens e serviços que
impõe a necessidade de se assegurar o crédito até o término do processo
licitatório.
FIXAÇÃO OU PROGRAMAÇÃO DA DESPESA: insere-se no processo de
planejamento. É a dotação inicial da LOA que, segundo o princípio do
início da execução orçamentária propriamente dita.
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equilíbrio, visa assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à
previsão das receitas.
Assim, a fixação é concluída com a autorização dada pelo poder legislativo por
meio da lei orçamentária anual, ressalvadas as eventuais aberturas de créditos
adicionais no decorrer da vigência do orçamento.
A legislação não permite a inversão de qualquer estágio. O que pode ocorrer é
exceção quanto ao estágio da programação, como acontece com as despesas
realizadas por meio da abertura de créditos extraordinários. Esse tipo de
despesa não passa pelo estágio da programação, em virtude de sua
imprevisibilidade e urgência.
LICITAÇÃO: é considerada por parte da doutrina como estágio da despesa. A
licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar, entre
vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para
a aquisição de bem ou serviço.
A licitação é regra para a Administração Pública. No entanto, a lei apresenta
exceções a esta regra. São as situações em que ela é inexigível, dispensável
ou dispensada, conforme a Lei 8.666/1993 (estudada pelo direito
administrativo), que regulamenta o art. 37, XXI, da CF/1988, estabelecendo
normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras,
serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações.
Logo, além de empenho, liquidação e pagamento, podem ser considerados
mais dois estágios antes do empenho: a programação (ou fixação) da despesa
e a licitação.
Resposta: Certa
30) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) Apesar de
não criar obrigação para o Estado, o empenho assegura dotação orçamentária
objetivando garantir o pagamento estabelecido na relação contratual entre a
administração pública e seus fornecedores e prestadores de serviços.
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EMPENHO: é o primeiro estágio da execução da despesa. Segundo o art. 58
da Lei 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que
cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento
de condição. Tal artigo deve ser entendido como uma garantia ao credor que,
se ele cumprir os termos do que foi tratado com a Administração, receberá o
pagamento que estará reservado para ele.
Resposta: Certa 31) (CESPE – Analista Judiciário – TST - 2008) O empenho é prévio, ou seja,
precede a realização da despesa, e está restrito ao limite de crédito
orçamentário.
O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.
Por exemplo, se o crédito é no valor de R$ 100.000,00, o empenho não poderá
ser superior a esse valor. Assim, o empenho precede a realização da despesa
e está restrito ao limite do crédito orçamentário.
Resposta: Certa
32) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) Ao se realizar a
execução orçamentária da despesa, deve haver, no momento da liquidação, a
baixa do crédito disponível de acordo com sua a destinação.
O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a
realizar, por força do compromisso assumido. Se na mesma dotação de
R$ 100.000,00 forem empenhados R$ 40.000,00; ocorrerá a baixa desse valor
do crédito disponível de acordo com a sua destinação. Assim, restará o valor
de R$ 60.000,00 para novos empenhos nessa dotação.
Logo, ao se realizar a execução orçamentária da despesa, deve haver, no
momento do empenho, a baixa do crédito disponível de acordo com sua a
destinação.
Resposta: Errada
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33) (CESPE– Analista Ambiental- Administração e Planejamento– MMA- 2008)
Quando a vigência de convênios e contratos de repasse, em que há
transferência de recursos da União, for plurianual, deverá ser feito um
empenho global, correspondente ao total do convênio ou contrato, mas, a cada
ano, a execução dependerá da consignação de crédito específico.
Os empenhos são classificados consoante sua natureza e finalidade. São modalidades de empenho:
• Empenho ordinário: para as despesas com montante previamente
conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
• Empenho por estimativa: a característica desta modalidade é a
existência de despesa cujo montante não se possa determinar.
Normalmente possui base não homogênea, ou seja, o valor sempre
varia. São exemplos as contas de água, luz e telefone; diárias,
gratificações, etc.
• Empenho global: para atender às despesas com montante também
definido. A especificidade é que tal modalidade é permitida para
atender despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento. São
exemplos os aluguéis, salários, prestação de serviços, etc.
As despesas relativas a contratos ou convênios de vigência plurianual serão
empenhadas em cada exercício financeiro pela parte a ser executada no
referido exercício.
Segundo o art. 27 do Decreto 93.872/1986:
Art. 27. As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de
vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte
nele a ser executada.
Logo, quando a vigência de convênios e contratos de repasse, em que há
transferência de recursos da União, for plurianual, deverá ser feito um
empenho global, correspondente à parte a ser executada no exercício. Não
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deverá ser empenhado o valor correspondente ao total do convênio ou
contrato.
Resposta: Errada
34) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Em caso de urgência caracterizada
na legislação em vigor, é permitida a realização de despesa sem prévio
empenho.
As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, consoante o
art. 60, § 1.º, da Lei 4.320/1964, a qual veda a realização de despesa sem
prévio empenho:
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
§ 1.º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a
emissão da nota de empenho.
O Decreto 93.872/1986 dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do
Tesouro Nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente, bem como trata
dos estágios da despesa. Reforça em seu art. 24 que é vedada a realização de
despesa sem prévio empenho e acrescenta que, em caso de urgência
caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á que o ato do empenho seja
contemporâneo à realização da despesa.
O que pode ser dispensada é a nota de empenho e nunca o empenho. A nota de empenho (NE) é a materialização do empenho. É um documento extraído
para cada empenho, utilizado para registrar as operações que envolvem
despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública federal, ou
seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o
nome do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução
desse valor do saldo da dotação própria. Embora exista obrigatoriedade do
nome do credor no documento nota de empenho, em alguns casos torna-se
impraticável a emissão de empenhos individuais, tendo em vista o número
excessivo de credores.
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Na União, a NE é elaborada no SIAFI e impressa após o empenho da despesa.
É a emissão da nota de empenho que poderá ser dispensada em casos
especiais previstos na legislação específica. Por exemplo, as NEs são
dispensadas em despesas com sentenças judiciais, pessoal e encargos
sociais, juros e encargos da dívida, etc.
Logo, é vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Em casos
especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da
nota de empenho. Resposta: Errada
35) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008)
Quando uma despesa for anulada dentro do mesmo exercício financeiro em
que foi realizada, a dotação orçamentária correspondente será recomposta em
valor idêntico.
Consoante o art. 28 do Decreto 93.872/86:
Art. 28 A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso
que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total,
revertendo a importância correspondente à respectiva dotação, pela qual ficará
automaticamente desonerado o limite de saques da unidade gestora.
Assim, a redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso
que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total. A
importância correspondente será revertida à respectiva dotação orçamentária. Quando a anulação ocorrer após o encerramento do exercício,
considerar-se-á receita orçamentária do ano em que se efetivar.
Vimos como exemplo que se na dotação de R$ 100.000,00 forem empenhados
R$ 40.000,00, este valor será deduzido do total. Assim, restará o valor de
R$ 60.000,00 para novos empenhos nessa dotação. No entanto, se por algum
motivo o empenho de R$ 40.000,00 for anulado no mesmo exercício financeiro
em que foi gerado, esse valor será revertido à respectiva dotação
orçamentária, ou seja, a dotação voltará ao valor original de R$ 100.000,00.
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Logo, quando uma despesa for anulada dentro do mesmo exercício financeiro
em que foi realizada, a dotação orçamentária correspondente será recomposta
em valor idêntico.
Resposta: Certa
36) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) A
liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor
ou entidade beneficiária com base nos títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito ou da habilitação ao benefício.
LIQUIDAÇÃO: segundo o art. 63 da Lei 4.320/1964, a liquidação da despesa
consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos
e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Assim, a despesa deve
passar pelo processo de verificação do direito adquirido do credor denominado
liquidação antes de ser paga. Esse procedimento tem como objetivo verificar a
importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação.
A liquidação também é realizada no SIAFI, por meio da Nota de Liquidação
(NL) e tem por finalidade reconhecer ou apurar:
• a origem e o objeto do que se deve pagar;
• a importância exata a pagar; e
• a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.
Resposta: Certa
(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Considerando os
dados da tabela, extraídos da contabilidade de determinada entidade
governamental, julgue os itens seguintes com relação aos estágios da despesa
pública à luz da Lei n.º 4.320/1964.
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37) Foi criada para o Estado a obrigação de pagamento no valor de
R$ 110.000,00, ainda que esteja pendente o implemento de condição.
Relembro que o empenho é o primeiro estágio da execução da despesa.
Segundo o art. 58 da Lei 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de
autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemento de condição. Tal artigo deve ser entendido
como uma garantia ao credor que, se ele cumprir os termos do que foi tratado
com a Administração, receberá o pagamento que estará reservado para ele.
Logo, foi criada para o Estado a obrigação de pagamento no valor de
R$ 110.000,00, ainda que esteja pendente o implemento de condição.
Resposta: Certa
38) A liquidação da despesa no valor de R$ 108.000,00 só será efetuada após
seu regular pagamento.
PAGAMENTO: consiste na entrega de numerário ao credor mediante cheque
nominativo, ordens de pagamentos ou crédito em conta. No SIAFI, é realizado
mediante ordem bancária, equivalente à dívida líquida. É o último estágio da
despesa.
O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular
liquidação. Desta forma, nenhuma despesa poderá ser paga sem estar
devidamente liquidada.
Logo, o pagamento da despesa no valor de R$ 108.000,00 só será efetuado
após sua regular liquidação.
Resposta: Errada
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(CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008)
Considerando a Lei n.º 4.320/1964 e as informações apresentadas acima no
excerto do extrato de despesa do Ministério do Esporte (ME), relativo ao ano
de 2007, julgue os próximos itens.
39) O ME recebeu, no ano de 2007, créditos orçamentários inferiores a R$
3.780.000.000,00.
Somando-se os valores liquidados, temos (em R$ mil):
2.039.874.000+1.467.534.000+274.054.000 = 3.781.462.000
Logo, se o valor liquidado foi superior a R$ 3.780.000.000,00, é impossível que
os créditos orçamentários previstos sejam inferiores a este valor.
Resposta: Errada
40) A diferença existente entre o valor pago e o valor liquidado que se observa
para as despesas de códigos 339033 e 339036 pode ser justificada pela falta
de cumprimento dos serviços pelo fornecedor.
A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo
credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo
crédito. Esse procedimento tem como objetivo verificar a importância exata a
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pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação. Logo, se houve a liquidação, é porque o serviço foi prestado e esta diferença existente entre
o valor pago e o valor liquidado não pode ser justificada pela falta de
cumprimento dos serviços pelo fornecedor.
Resposta: Errada
QUESTÕES DISCURSIVAS
Proposta I
(CESPE – AFCE – TCU – 2009) Em maio de 2009, pela primeira vez em sua
história, a universidade pública X foi contratada pela universidade particular Y
para realizar o vestibular em benefício da contratante. Todos os custos foram
pagos diretamente pela universidade privada, ficando a cargo da universidade
pública X apenas a administração do empreendimento e a alocação de pessoal
para realizar todo o processo. Em face da prestação do referido serviço, a
universidade pública auferiu da contratante uma receita de prestação de
serviços que não estava prevista na lei orçamentária federal.
Diante dessa situação hipotética, discorra, de modo fundamentado, se a receita
auferida pela universidade pública X é orçamentária ou extraorçamentária e
esclareça, também de modo fundamentado, sob que tipo de classificação essa
receita deveria ser contabilizada.
Esboço:
A receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não
estiver incluída na lei orçamentária anual. O que a define é o fato de tal receita
integrar em definitivo o patrimônio público. Já as receitas extraorçamentárias
constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não
está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter
temporário, não se incorporando ao patrimônio público.
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A receita auferida pela universidade pública X é orçamentária, pois são
entradas de recursos que o Estado poderá utilizar para financiar seus gastos,
transitando e incorporando em definitivo ao patrimônio público. Segundo o art.
57 da Lei 4320/64, serão classificadas como receita orçamentária, sob as
rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de
operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.
Na classificação por natureza, a receita auferida pela prestação de
serviços pertence à origem receita de serviços, a qual compõe a categoria
econômica das receitas correntes. Quanto à afetação patrimonial, são receitas
efetivas, pois contribuem para o aumento do patrimônio líquido, sem
correspondência no passivo.
Proposta II
(FCC - Especialista em Adm, Orçamento e Fin. Públicas – Pref. de SP - 2010)
Considere as seguintes medidas introduzidas pela Prefeitura de Guaxumão, na
execução orçamentária do exercício de 2010:
a. Vinculação de 5% da receita de IPTU para garantir a sustentabilidade
financeira da sua secretaria de obras.
b. Autorização na Lei Orçamentária para concessão de reajuste salarial.
c. Concessão de Crédito ilimitado para Saúde e Educação.
d. Contratação de operação de crédito para cobertura de despesas de custeio.
e. Constituição de Reserva de Contingência destinada para cobertura de
possível déficit orçamentário.
Pede-se:
Avaliar a legalidade, ou não, com a devida justificativa, de cada uma das
medidas introduzidas pela Prefeitura de Guaxumão.
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Esboço: Vou dar uma resposta bem completa, mas não há a necessidade de usar
palavras idênticas à legislação. Claro que, quanto mais próximo, menor a
chance de interpretação divergente por parte do examinador. Achei
interessante também abordar os princípios orçamentários, mas poderia ser
explicado também apenas pelas vedações constitucionais e pela reserva de
contingência, sem citar os princípios. Tais temas estudamos na aula 3. Se há
dúvidas se os princípios estão ou não no edital, observe que as cinco medidas
citadas pela questão estão contempladas claramente nos tópicos Orçamento
na Constituição Federal e Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF.
A Prefeitura de Guaxumão, na execução orçamentária do exercício de
2010, introduziu algumas medidas que serão analisadas a seguir.
A vinculação de 5% da receita de IPTU para garantir a sustentabilidade
financeira da sua secretaria de obras viola o princípio da não afetação de
receitas, pois é vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos
previstas na Constituição Federal, a destinação de recursos para as ações e
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e
para realização de atividades da administração tributária, a prestação de
garantias às operações de crédito por antecipação de receita e a garantia,
contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta.
No que tange à autorização na Lei Orçamentária para concessão de
reajuste salarial, tal fato vai de encontro ao princípio da exclusividade, o qual
dispõe que a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão
da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Quanto à concessão de crédito ilimitado para Saúde e Educação, tal
medida contraria o princípio da quantificação dos créditos orçamentários, o
qual veda a concessão ou utilização de créditos ilimitados.
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No que se refere à contratação de operação de crédito para cobertura de
despesas de custeio, tal fato não se traduz em ilegalidade por si só. No
entanto, deve-se observar a regra de ouro, a qual dispõe que é vedada a
realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas
de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria
absoluta. Logo, se a operação de crédito não exceder as despesas de capital,
não há ilegalidade.
Já apenas a constituição de Reserva de Contingência é legal. No
entanto, a sua destinação para cobertura de possível déficit orçamentário viola
o princípio do equilíbrio, o qual determina que, na Lei Orçamentária Anual, as
despesas autorizadas não serão superiores à previsão das receitas. A
finalidade da reserva de contingência é o atendimento de passivos
contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos, bem como poderá
ser utilizada para abertura de créditos adicionais, desde que definida na lei de
diretrizes orçamentárias.
E aqui terminamos a nossa aula 5.
Até o próximo encontro!
Forte abraço!
Sérgio Mendes
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MEMENTO V
CLASSIFICAÇÕES:
CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA
10 – Orçamento Fiscal
20 – Orçamento da Seguridade Social
30 – Orçamento de Investimentos
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
1.º e 2.º dígitos: Órgão orçamentário 3.º, 4.º e 5.º dígitos: Unidade orçamentária (UO)
Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa.
As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às UOs, que são as estruturas administrativas responsáveis pelas dotações e pela realização das ações.
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
1.º e 2.º dígitos: Função 3.º, 4.º e 5.º dígitos: Subfunção
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Está relacionada com a missão institucional do órgão.
A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estão relacionadas.
As ações devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica.
ESTRUTURA PROGRAMÁTICA
Os Programas são classificados em dois tipos:
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Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração;
Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas de natureza tipicamente administrativas.
Tipos de ações:
Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.
Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo.
Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.
Subtítulo (localizador do gasto):
As atividades, projetos e operações especiais serão detalhados, ainda, em subtítulos, utilizados especialmente para especificar a localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, alteração da finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas.
CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR NATUREZA
Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
1.º nível: Categoria Econômica
3 – Despesas Correntes; 4 – Despesas de Capital.
2.º nível: Grupo de natureza da despesa – GND
Despesas Correntes Despesas de Capital
1 – Pessoal e Encargos Sociais 2 – Juros e Encargos da Dívida 3 – Outras Despesas Correntes
4 – Investimentos 5 – Inversões financeiras 6 – Amortização da Dívida
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Reservas
7 – Reserva do RPPS 9 – Reserva de Contingência
3.º nível: Modalidade de Aplicação
4.º nível: Elemento da Despesa
5.º nível: Desdobramento Facultativo do Elemento da Despesa
CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE USO – IDUSO
Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da lei orçamentária e de seus créditos adicionais.
CLASSIFICAÇÃO POR FONTES
As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação legal, e servem para indicar como são financiadas as despesas orçamentárias.
É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e da despesa.
1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS
1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente
2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente
3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores
6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores
9 – Recursos Condicionados
CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO – IDOC
O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos da União.
CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO
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O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário previsto na LDO e na LOA.
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES:
FORMA DE INGRESSO OU NATUREZA
Orçamentária e Extraorçamentária
COMPETÊNCIA INSTITUCIONAL
Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal
ENTIDADES EXECUTORAS DO ORÇAMENTO
Despesa Orçamentária Pública e Despesa Orçamentária Privada
QUANTO À AFETAÇÃO PATRIMONIAL
Efetivas e por mutação patrimonial (não efetivas)
QUANTO À REGULARIDADE
Ordinárias e Extraordinárias
ESTÁGIOS DA DESPESA
FIXAÇÃO (PROGRAMAÇÃO)
É a dotação inicial da LOA que, segundo o princípio do equilíbrio, visa assegurar que as despesas não
serão superiores à previsão das receitas.
EMPENHO
É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente
ou não de implemento de condição. É materializado pela Nota de Empenho (NE) no SIAFI.
É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a realizar, por força do
compromisso assumido.
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O que pode ser dispensada é a nota de empenho e nunca o empenho.
A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o empenho,
implicará sua anulação parcial ou total. A importância correspondente será revertida à respectiva
dotação orçamentária.
Modalidades de empenho:
• Ordinário: valor definido e pagamento de uma única vez.
• Global: valor definido e pagamento parcelado.
• Por estimativa: valor indefinido e pagamento parcelado.
LIQUIDAÇÃO
Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito. É realizada no SIAFI por meio da Nota de Liquidação (NL).
Terá por base o contrato, ajuste ou acordo respectivo; a nota de empenho e os comprovantes da
entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar:
• a origem e o objeto do que se deve pagar;
• a importância exata a pagar; e
• a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação
PAGAMENTO
Consiste na entrega de recursos ao credor equivalentes à dívida líquida, mediante OB no SIAFI.
Ordem de pagamento é o despacho determinando o pagamento da despesa.
Já a ordem bancária (OB) é o documento do SIAFI utilizado para o pagamento de compromissos, bem
como para a liberação de recursos para fins de suprimento de fundos.
O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
1) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008)
Entre os componentes da programação qualitativa do orçamento está a
classificação por esfera orçamentária, que pode ser dividida em orçamento
fiscal, orçamento de investimento, orçamento da seguridade social e orçamento
monetário.
2) (CESPE - Analista Judiciário – TRT - 17ª Região - 2009) No SIAFI, os
conceitos de órgão e unidade orçamentária podem ser considerados
sinônimos.
3) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) Um órgão
orçamentário ou unidade orçamentária pode, eventualmente, não corresponder
a uma estrutura administrativa, existindo tão-somente para individualizar
determinado conjunto de despesa e atender à necessidade de clareza e
transparência orçamentária. São exemplos dessa situação os órgãos
orçamentários Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios,
Encargos Financeiros da União, Operações Oficiais de Crédito,
Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal e Reserva de
Contingência.
4) (CESPE –Planejamento e Execução Orçamentária –Min. da Saúde – 2008)
As unidades orçamentárias correspondem, necessariamente, a cada órgão da
administração pública federal direta que recebe recursos do orçamento da
União.
5) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Na classificação
institucional há órgãos setoriais e unidades orçamentárias que não
correspondem aos órgãos e entidades que compõem a administração pública.
Essas unidades orçamentárias, todavia, são um conjunto de dotações que são
administradas por órgãos do governo que também têm suas próprias dotações.
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6) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) A classificação por esfera aponta em
qual orçamento será alocada a despesa, ao passo que a classificação
institucional aponta em que área da despesa a ação governamental será
realizada.
7) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária – Min. da Saúde – 2008)
A classificação funcional é composta por um rol de funções e subfunções
prefixadas e padronizadas para a União, os estados, o DF e os municípios, as
quais servirão de agregador dos gastos públicos por área de ação
governamental.
8) (CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) A função representa o maior
nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor
público. A subfunção identifica a natureza básica dos projetos que se aglutinam
em torno da unidade orçamentária e não pode ser combinada com funções
diferentes daquelas a que estejam vinculadas.
9) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008)
A função encargos especiais, que engloba despesas em relação às quais não
se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo
corrente, deve estar associada aos programas do tipo operações especiais e
não pode integrar o PPA.
10) (CESPE – Analista – INSS – 2008) De acordo com as classificações
orçamentárias, o programa, que constitui o elo entre o plano plurianual e os
orçamentos anuais, corresponde à articulação de um conjunto de ações, cujo
resultado esperado é expresso por indicadores que permitem avaliar o
desempenho da administração.
11) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) A ação orçamentária
articula um conjunto de programas que concorrem para a concretização de um
objetivo comum.
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12) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) Os programas dos quais resultam
bens ou serviços públicos diretamente à sociedade são classificados como
programas de apoio às políticas públicas e áreas especiais.
13) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) Os programas,
conforme suas características, podem ser classificados em atividades, projetos
e operações especiais.
14) (CESPE – Analista - INMETRO – 2009) Cada ação orçamentária do
INMETRO, entendida como a atividade, o projeto ou a operação especial, deve
identificar a função e a subfunção às quais se vincula. Nesse sentido, a
operação especial refere-se às despesas do órgão diretamente relacionadas ao
aperfeiçoamento das ações do governo federal.
(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Acerca da
padronização dos procedimentos orçamentários e contábeis nos três níveis de
governo, julgue o item abaixo.
15) Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza,
será feita, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa
e modalidade de aplicação.
16) (CESPE – Analista - INMETRO – 2009) A despesa orçamentária é
classificada pelas categorias econômicas função e subfunção.
17) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) Segundo a natureza da despesa,
amortização, juros e encargos da dívida deverão ser classificados na categoria
econômica de despesas de capital.
18) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) Na instalação de um órgão
público recentemente criado, para que haja contribuição do setor público para a
formação do Produto Interno Bruto, deve-se optar pela construção de um
prédio, em vez de, simplesmente, adquirir um imóvel já construído.
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19) (CESPE – TFCE - TCU – 2009) Com base na Lei nº 4.320/1964 e nos
conceitos e aplicações dela decorrentes, julgue o item: A lei em questão distinguiu as aplicações em imóveis ora como investimentos
ora como inversões financeiras. Daí a diferença entre a construção e a simples
aquisição para uso de imóveis já concluídos e em utilização. No primeiro caso,
gera-se um incremento no PIB; no segundo, mera transferência da propriedade
de bens já produzidos.
20) (CESPE–Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde- 2008)
Quando um ente de determinada esfera efetua uma transferência para ente de
outra esfera da administração, a classificação da respectiva despesa, baseada
no critério de modalidade de aplicação, é satisfatória do ponto de vista da
classificação econômica, pois permite associar essa transferência à
contrapartida necessária em bens e serviços.
21) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) A classificação
por fonte de recursos é, a um só tempo, uma classificação da receita e da
despesa.
22) (CESPE– Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde-2008)
O objetivo do código de fontes de recursos é discriminar as verbas que serão
utilizadas diretamente pelo governo federal daquelas que serão transferidas a
outros entes da Federação.
23) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) Na execução
orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a vinculação,
evidenciando-se, a partir do ingresso, as destinações dos valores. Ao se
realizar despesa, deve-se demonstrar a sua fonte de financiamento (fonte de
recursos), estabelecendo-se, desse modo, a interligação entre receita e
despesa.
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24) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) O controle das
disponibilidades financeiras por destinação/fonte de recursos deve ser feito
apenas durante a execução orçamentária.
25) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Suponha que a
União tenha assinado contrato com um organismo internacional para a
realização de um programa de conscientização da população em relação à
disseminação de doenças sexualmente transmissíveis. Parte do programa será
financiado por recursos externos, enquanto outra parte ficará sob a
responsabilidade da União, a título de contrapartida. Nessa situação, o registro
da parcela custeada pela União, a natureza de contrapartida do gasto será
especificada na classificação da despesa correspondentes à fonte de recursos.
26) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2010) O princípio da legalidade em
matéria de despesa pública significa que se exige a inclusão da despesa em lei
orçamentária para que ela possa ser realizada, com exceção dos casos de
restituição de valores ou pagamento de importância recebida a título de
caução, depósitos, fiança, consignações, ou seja, advindos de receitas
extraorçamentárias que, apesar de não estarem fixados na lei orçamentária,
sejam objeto de cumprimento de outras normas jurídicas.
27) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) Suponha que a
ANTAQ, de acordo com o orçamento aprovado, efetue uma transferência para
determinada unidade da Federação, com vistas à realização, por essa unidade,
de investimentos no setor aquaviário. Nesse caso, a transferência efetuada
constitui uma despesa orçamentária de capital efetiva.
28) (CESPE – Especialista em Regulação - ANATEL – 2009) As transferências
de capital efetuadas pela União aos demais entes, ainda que destinadas à
realização de investimentos e inversões financeiras pelos beneficiários,
constituem despesas orçamentárias efetivas.
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29) (CESPE– Gestão Econômico-Financeira e de Custos-Min. da Saúde- 2008)
Embora o Regulamento de Contabilidade Pública somente reconheça como
estágios da despesa pública o empenho, a liquidação e o pagamento, muitos
especialistas da área defendem a necessidade de se considerarem, pelo
menos, mais dois estágios antes do empenho: a programação (ou fixação) da
despesa e a licitação.
30) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) Apesar de
não criar obrigação para o Estado, o empenho assegura dotação orçamentária
objetivando garantir o pagamento estabelecido na relação contratual entre a
administração pública e seus fornecedores e prestadores de serviços.
31) (CESPE – Analista Judiciário – TST - 2008) O empenho é prévio, ou seja,
precede a realização da despesa, e está restrito ao limite de crédito
orçamentário.
32) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) Ao se realizar a
execução orçamentária da despesa, deve haver, no momento da liquidação, a
baixa do crédito disponível de acordo com sua a destinação.
33) (CESPE– Analista Ambiental- Administração e Planejamento– MMA- 2008)
Quando a vigência de convênios e contratos de repasse, em que há
transferência de recursos da União, for plurianual, deverá ser feito um
empenho global, correspondente ao total do convênio ou contrato, mas, a cada
ano, a execução dependerá da consignação de crédito específico.
34) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Em caso de urgência caracterizada
na legislação em vigor, é permitida a realização de despesa sem prévio
empenho.
35) (CESPE– Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008)
Quando uma despesa for anulada dentro do mesmo exercício financeiro em
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que foi realizada, a dotação orçamentária correspondente será recomposta em
valor idêntico.
36) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) A
liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor
ou entidade beneficiária com base nos títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito ou da habilitação ao benefício.
(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Considerando os
dados da tabela, extraídos da contabilidade de determinada entidade
governamental, julgue os itens seguintes com relação aos estágios da despesa
pública à luz da Lei n.º 4.320/1964.
37) Foi criada para o Estado a obrigação de pagamento no valor de
R$ 110.000,00, ainda que esteja pendente o implemento de condição.
38) A liquidação da despesa no valor de R$ 108.000,00 só será efetuada após
seu regular pagamento.
(CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008)
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Considerando a Lei n.º 4.320/1964 e as informações apresentadas acima no
excerto do extrato de despesa do Ministério do Esporte (ME), relativo ao ano
de 2007, julgue os próximos itens.
39) O ME recebeu, no ano de 2007, créditos orçamentários inferiores a R$
3.780.000.000,00.
40) A diferença existente entre o valor pago e o valor liquidado que se observa
para as despesas de códigos 339033 e 339036 pode ser justificada pela falta
de cumprimento dos serviços pelo fornecedor.
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GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E E C E C E C E C C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E E E E C E E C C E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C E C E E C C C C C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C E E E C C C E E E