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Agenda setting
Disciplina: Teorias da Comunicação
Prof.: Ms. Laércio Torres de Góes
Hipótese de agenda setting
O que é uma teoria?
Um paradigma fechado, um modo acabado, pelo qual traduzimos determinada realidade segundo um certo modelo.
O que uma hipótese?
Ao contrário da teoria é um sistema aberto, é um caminho a ser comprovado e que, se eventualmente não der certo naquela situação específica, não invalida necessariamente a perspectiva teórica.
Hipótese de agenda setting
Hipótese formulada por Maxwell
McCombs e Donald L. Shaw
(1972):
"Os mass media têm a
capacidade de transferir a
importância de itens em suas
agendas de notícias para a
agenda pública.“
"Nós julgamos importante o que
a mídia julga importante."
Pressupostos da agenda setting
A) Fluxo contínuo de informação: o processo de informação não é fechado.
Um excesso de informações que se perde (entropia) ou fica armazenado na memória (efeito de enciclopédia).
B) Os meios de comunicação, por consequência, influenciam sobre o receptor não a curto prazo, como parte das antigas teorias pressupunham, mas sim a médio e a longo prazo.
Com a observação de períodos de tempo mais longos podemos medir, com maior precisão, os efeitos provocados pelos meios de comunicação.
Pressupostos da agenda setting
C) Os meios de comunicação, embora não sejam capazes de impor o quê pensar em relação a um determinado tema, como desejava a teoria hipodérmica, são capazes de, a médio e longo prazos, influenciar sobre o quê pensar e falar.
Dependendo dos assuntos que venham ser abordados pela mídia, o público termina, a médio e a longo prazos, por incluí-los igualmente em suas preocupações.
A agenda da mídia passa a se constituir também na agenda do indivíduo e mesmo na agenda social.
Mediação da mídia
Bases teóricas da agenda setting:
Gabriel Tarde e Walter Lippmann
(opinião pública).
A nossa percepção da realidade não se
dá de maneira direta, mas sim mediada
por imagens que formamos em nossa
mente.
Percebemos a realidade não enquanto
tal, mas sim enquanto imaginamos.
Sociedade comunitárias x sociedade
anônima (Ferdinand Tönnies)
Mediação da mídia
Sociedades comunitárias: ligadas
às civilizações primitivas, em que as
relações se desenvolvem de
maneira direta, em que todos se
conhecem entre si e que o processo
de comunicação é personalizado.
Sociedade anônimas: a maioria
dos integrantes não podem ter
acesso direto aos acontecimentos.
Mediação dos meios de
comunicação: jornais, revistas,
emissoras de rádios e TV, internet.
Mediação da mídia
Dependendo da mídia, sofremos
sua influência, não a curto, mas
a médio e longo prazos.
Não nos impõe determinados
conceitos, mas inclui em nossas
preocupações certos temas.
De outro modo, não chegariam a
nosso conhecimento e, muito
menos, tornar-se-iam temas de
nossa agenda.
Formação das agendas
Duplo fluxo informacional: a maior parte das informações não transita diretamente de uma mídia para o receptor, mas é também mediada através dos chamados líderes de opinião, com os quais estabelecemos relações emocionais as mais variadas.
Há maneiras diversas de encarar uma mesma agenda ou uma questão genérica pode receber conotações muito particulares.
Correlação entre a agenda da mídia e a do receptor, mas também a agenda do receptor pode e acaba influenciando a agenda da mídia.
Formação das agendas
Interagedamento entre os diferentes tipos de mídia.
A mídia impressa possui certa hierarquia sobre a mídia eletrônica, tanto no agendamento do receptor em geral (maior permanência e poder de introjeção através da leitura) quanto sobre as demais mídias (maior dinamismo e flexibilidade para expandir a informação e complementá-la).
Formação de agendas
Características pessoais do receptor: depende dos graus de percepção da relevância ou importância do tema, além dos diferentes níveis de necessidade de orientação em relação ao tema.
Percepção de relevância poderá ser alta, média ou baixa.
Agendamento do debate político: a mídia alcança uma importância superior na constituição das relações políticas.
Referências
HOHLFELDT, Antonio. Hipóteses
contemporâneas de pesquisa em comunicação. In: HOHLFELDT, Antonio; MARTINHO, Luiz C.; FRANÇA, Vera Veiga (Orgs.). Teorias da comunicação – Conceitos, escolas e tendências. Petrópolis: Vozes, 2008.