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1 INTRODUÇÃO AO DIREITO DIREITO ADMINISTRATIVO Prof.Dra. Angélica Carlini www.carliniadvogados.com.br/artigos [email protected]. br

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INTRODUÇÃO AO DIREITO

DIREITO ADMINISTRATIVOProf.Dra. Angélica Carlini

www.carliniadvogados.com.br/[email protected]

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Definição – É o conjunto de normas, princípios e costumes jurídicos que de forma harmônica regula a atuação dos órgãos e dos agentes públicos, bem como das atividades públicas que tenham por objetivo realizar de forma concreta os fins desejados pelo Estado.

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FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVOS

Lei – fonte primária, abrange a Constituição Federal, as Emendas Constitucionais, as Leis Complementares e Ordinárias, e os regulamentos executivos;

Jurisprudência; Costumes; Doutrina.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO Estão determinados no artigo 37 da

Constituição Federal. São eles: legalidade, moralidade,

impessoalidade e finalidade, publicidade, eficiência, continuidade dos serviços públicos, motivação, indisponibilidade, tutela e autotutela da administração pública, razoabilidade e proporcionalidade, segurança jurídica, supremacia do interesse público, igualdade ou isonomia, especialidade e presunção de legitimidade ou veracidade.

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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Todo administrador está vinculado à uma

determinação legal e por isso, não pode praticar qualquer ato que não esteja previsto na lei;

Atos praticados fora da lei serão atos inválidos, que podem responsabilizar o autor na esfera disciplinar, civil e criminal;

A vontade pessoal do administrador não pode prevalecer sobre a lei.

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PRINCÍPIO DA MORALIDADE

Os administradores públicos devem pautar seus atos pela atenção às regras de moralidade pública;

Esta moralidade constitui um dos pressupostos de validade de todo ato da Administração Pública;

O responsável pela prática de atos imorais serão responsabilizados.

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PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE E FINALIDADE

Todos os atos praticados pela Administração Pública deverão ser dirigidos aos administrados, ou seja, todo o ato praticado deverá ter uma finalidade pública;

Não serão aceitos atos com caráter de pessoalidade, ou seja, para atender interesses pessoais ou de grupos específicos.

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PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE É o dever de divulgação oficial de todos os

atos, contratos, bem como dos demais instrumentos que forem celebrados pela administração pública;

A veiculação deverá ser feita em por órgãos oficiais de imprensa para que só depois disso passem a ter validade;

É requisito de eficácia e moralidade dos atos administrativos.

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PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA

Os atos da administração pública devem ser praticados com perfeição para garantir que sejam eficientes;

Devem alcançar o objetivo pretendido de forma que a atividade desenvolvida atenda perfeitamente o interesse público que a motivou.

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PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Os serviços públicos não poderão ser interrompidos;

Devem ter a devida regularidade; Desse princípio decorre a

impossibilidade dos funcionários da administração pública praticarem greve nos serviços necessários e imprescindíveis.

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PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO É obrigação dos administradores

públicos motivarem todos os atos que editam, sejam eles gerais ou de efeitos concretos;

Motivar significa mencionar o dispositivo legal aplicável ao caso concreto, ou seja, relacionar os fatos que concretamente levaram à aplicação daquele dispositivo legal.

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PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE Todos os interesses, bens e serviços

públicos não estão à disposição dos órgãos públicos. A função da administração pública é geri-los e não utilizá-los em proveito dos administradores;

A administração pública somente pode dispor por meio de autorização decorrente de lei;

Todos os interesses, bens e serviços pertencem à sociedade e não aos administradores.

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PRINCÍPIO DA TUTELA E DA AUTOTUTELA DA ADMINISTRAÇÃO. A administração pública fica obrigada a se

autopoliciar em relação aos seus atos, levando em consideração o mérito e a legalidade;

O sistema de controle de atos da administração é judicial, ou seja, ao Judiciário cabe a revisão das decisões tomadas no âmbito da administração pública, no tocante à sua legalidade;

Mas a própria administração pode anular os atos ilegais, ou revogar os atos válidos e eficazes quando se mostrarem inoportunos para os fins buscados pela própria administração.

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PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE

A administração pública deve praticar atos que sejam considerados razoáveis, ou seja, não deve cometer excessos ou escassez, para não prejudicar a sociedade.

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PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA

Veda a Administração Pública mudar a interpretação que havia dado a lei;

Depois de apresentar um entendimento sobre uma determinada lei, a Administração Pública não pode apresentar um novo entendimento e anular o ato praticado anteriormente, sob pretexto de que a interpretação foi equivocada;

Só o Poder Judiciário poderá modificar essa intepretação.

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PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO

O interesse público deve sempre ser superior ao interesse privado;

A Administração Pública não pode deixar de atender o interesse público, de toda a sociedade, em favor de interesse privado.

A prática de ato administrativo que contrarie esse princípio gera responsabilidade.

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PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU DA ISONOMIA Todos têm direito de receber da

Administração Pública tratamento igual, porque de acordo com a Constituição Federal, artigo quinto, todos são iguais perante a lei;

Os eventuais benefícios só poderão decorrer de determinação legal, como acontece com o atendimento privilegiado para crianças, gestantes, idosos, portadores de necessidades especiais, doentes, etc.

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PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE

Os órgãos da Administração Pública devem cumprir rigorosamente a finalidade para a qual foram criados;

É vedada a prática de tarefas estranhas para as quais foram legalmente destinados;

A Administração Pública está sempre vinculada à legalidade estrita.

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PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA LEGITIMIDADE OU VERACIDADE

Todos os atos da administração pública gozam de presunção de legitimidade e veracidade, porque em tese a Administração Pública só pratica atos que a lei determina;

A presunção é relativa e admite prova em contrário.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – ÓRGÃO QUE A COMPÕEM.

Administração Pública é o conjunto de entidades e de órgãos incumbidos de realizar a atividade administrativa;

Tem por objetivo a satisfação de todas as necessidades coletivas, bem como dos fins objetivados pelo Estado em prol da coletividade.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA

DIRETA – é aquela formada por entes integrantes da federação e seus respectivos órgãos.

Os entes políticos são a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que atuam por meio de seus setores especializados de competência.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA

É o grupo de pessoas jurídicas de direito público ou privado, criadas a partir de lei específica, que atuam de forma paralela à Administração direta, prestando serviços públicos ou explorando atividades econômicas;

Podem ser autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas.

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TERCEIRO SETOR É o setor composto pelas sociedades

paraestatais que incluem as organizações sociais e os serviços sociais autônomos;

Inclui também as pessoas jurídicas que atuam em prol do interesse coletivo;

São pessoas jurídicas de direito privado e integram a administração pública indireta, atuando em conjunto com a Administração Pública na prestação de serviços públicos.

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ATOS ADMINISTRATIVOS

Segundo Hely Lopes Meirelles, “É toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade tenha por fim imediato aquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.”

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GRAU DE LIBERDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

VINCULADO – quando não há liberdade para o administrador, porque o ato está estritamente vinculado à lei;

DISCRICIONÁRIO – viabiliza escolha para o administrador público, que terá uma margem de liberdade para atuar, porém sempre dentro do que prevê a legislação.

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ATOS ADMINISTRATIVOS IMPORTANTES

PERMISSÃO – é o ato administrativo negocial por meio do qual o Poder Público faculta ao particular a execução de serviços de interesse coletivo, ou o uso especial de bens públicos, a título gratuito ou remunerado, desde que obedecidas as regras impostas pela Administração Pública.

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ATOS ADMINISTRATIVOS IMPORTANTES

AUTORIZAÇÃO – é o ato administrativo discricionário por meio do qual a Administração Pública autoriza determinada pessoa a realizar algo que normalmente seria proibido, mas que em face de dadas circunstâncias se torna permitido em prol do interesse público.

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ATOS ADMINISTRATIVOS IMPORTANTES

CONCESSÃO – é o ato vinculado ou discricionário por meio do qual a Administração Pública concede a alguém o exercício de uma atividade material.

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EXTERIORIZAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Decretos; Portarias; Alvarás; Resoluções; Pareceres; Ordem de Serviço; Ofício; e, Despacho.

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AGENTES PÚBLICOS São todas as pessoas incumbidas, de

forma definitiva ou transitória, do exercício de alguma função estatal;

Normalmente, desempenham funções do órgão da administração ao qual estão vinculadas, mas excepcionalmente podem ser alocadas em funções para as quais não tenham o cargo.

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS

Agentes políticos –titulares dos cargos estruturais à organização política do país, ou seja, Presidente da República, Governadores, Prefeitos, vices, ministros, secretários, senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores.

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS

FUNCIONÁRIO PÚBLICO – servidor que titulariza um cargo e está sob regime estatutário;

EMPREGADO PÚBLICO – servidor que tem a titularidade de um cargo, mas está sob regime da CLT, que não é no entanto, o mesmo regime da iniciativa privada. É investido por concurso público.

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS

SERVIDORES EM CARÁTER TEMPORÁRIO – são aqueles que prestam serviços por um período certo e determinado, em decorrência de uma situação excepcional, visando atender ao interesse público;

Não são nomeados em caráter efetivo; COLABORADORES – jurados, mesários de

eleição, recrutados para o serviço militar, entre outros.

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PRINCIPAIS DIREITOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS

EFETIVIDADE – cargos que pressupõem aprovação em concurso público e situação de permanência. Não acontece com os comissionados, que são livremente nomeados, porém em caráter provisório.

ESTABILIDADE – permanência do servidor público que satisfaz o estágio probatório. É o direito de permanência após atendimento de requisitos determinados por lei.

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RESPONSABILIDADE DO ESTADO

A Constituição Federal determina que as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou de culpa.

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RESPONSABILIDADE DO ESTADO É objetiva ou subjetiva? Para alguns é sempre OBJETIVA, ou seja,

não depende da prova de culpa, somente da prova do fato e do dano;

Para outros estudiosos pode ser SUBJETIVA no caso de omissão, porque na falta de prestação do serviço ou na prestação deficiente, deve haver prova dessa falta ou da deficiência;

Em geral, o Judiciário tem decidido pela responsabilidade OBJETIVA.

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ERRO JUDICIAL O Estado responderá por erro judicial nos

termos do disposto no artigo quinto, inciso LXXV da Constituição Federal;

O erro judicial ficará caracterizado quando houver sentença prolatada além dos limites da lei, bem como nos casos de fraude ou dolo do magistrado; presos que ficarem detidos além do tempo fixado na sentença;

O Estado responde ainda por leis inconstitucionais que venham a causar danos a terceiros.

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RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR DANO NUCLEAR

O Estado responde pelos prejuízos causados a terceiros, decorrentes de atividades nucleares;

As atividades nucleares em território nacional terão que ter, necessariamente, caráter pacífico e dependem de prévia autorização do Congresso Nacional.

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LICITAÇÃO É o procedimento administrativo vinculado, por

meio do qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para realizar a contratação da qual está necessitando;

É utilizada para contratação de obras, serviços, compras, locações, alienações, concessões, permissões, entre outros;

É obrigatória para a administração direta, para autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista, e todas as entidades controladas direta ou indiretamente pelo poder público.

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LICITAÇÃO

É regida pela Lei 8.666/93; Deve atender aos princípios previstos

no artigo terceiro da lei: legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa e vinculação ao instrumento convocatório e julgamento objetivo.

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DISPENSA DE LICITAÇÃO Só pode ser realizada nos expressos

previstos na lei; Alguns exemplos: venda de bens a outro

órgão da Administração Pública, permuta de bens entre órgãos da Administração Pública; doação de bens a outros órgãos da Administração Pública; dação em pagamento para quitar dívida da Administração Pública.

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DISPENSA DE LICITAÇÃO Nos casos de guerra ou grave perturbação; Quando a União tiver que intervir no domínio

econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;

Nos casos de emergência ou calamidade pública; Para adquirir bens ou serviços prestados por outros

órgãos da própria Administração Pública; Quando houver possibilidade de comprometimento da

segurança nacional; Para compra ou locação de imóvel destinado ao

atendimento de finalidades precípuas da Adm.Pública, desde que eles estejam em preço compatível como valor do mercado segundo avaliação prévia;

Outros previstos em lei.

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INEXIGIBILIDADE DA LICITAÇÃO Para todos os casos previstos no artigo 25 da lei; Exemplos: aquisição de materiais, equipamentos ou

gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca e exigida a comprovação de exclusividade;

Para contratação de serviços técnicos de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização;

Para contratação de profissionais do setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

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CONTRATO ADMINISTRATIVO É todo acordo de vontades, firmado

livremente pelas partes e que cria para elas direitos e obrigações;

É negócio bilateral e comutativo, porque cria obrigações mútuas e vincula as pessoas;

Só se pode contratar sob objeto lícito e em forma prevista ou não vedada em lei;

Os contratos públicos são regidos por normas e princípios próprios da Adm. Pública e se valem do direito privado apenas em caráter supletivo.

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CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

A Adm. Pública tem a prerrogativa de modificar os contratos unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado previstos no próprio contrato;

A Adm. Pública tem ainda o direito de rescindir unilateralmente caso não haja o cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos, ou por razões de interesse público.

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LIMITAÇÃO AO DIREITO DE PROPRIEDADE A propriedade é um direito do cidadão brasileiro,

conforme determina a Constituição Federal; O direito de propriedade deve ser exercido em

consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, em conformidade com a lei própria, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, evitada a poluição do ar e das águas;

Mas o proprietário pode ser desapropriado, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como por requisição em caso de perigo público eminente.

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MEIOS DE INTERVENÇÃO NO DIREITO DE PROPRIEDADE REQUISIÇÃO – quando o Poder Público no caso de

urgência utiliza bens de particulares, móveis ou imóveis, sem necessidade de autorização judicial e de forma transitória. Haverá reparação ao proprietário pelos danos causados;

OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA – utilização transitória, remunerada ou gratuita, de bens particulares pelo poder público, para a execução de obras, serviços ou atividades públicas ou de interesse público;

Normalmente ocorre para depósito de equipamentos destinados a realização de obras e serviços nas vizinhanças da propriedade particular.

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LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA

É toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências do bem estar social;

Exemplo: rodízio de veículos!

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SERVIDÃO

É o ônus real de uso imposto pela administração pública à propriedade particular para assegurar a realização e a conservação de obras e serviços públicos, ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário.

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TOMBAMENTO É uma forma de garantir uma determinada

propriedade fique protegida por ser patrimônio cultural brasileiro;

O tombamento obriga o proprietário a conservar o bem, aceitar a fiscalização do Poder Público, impede obras que retirem a visibilidade do bem tombado e atribuem o direito de indenização pelas despesas extraordinárias realizadas para a conservação do bem.

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DESAPROPRIAÇÃO É a transferência compulsória da propriedade

particular (ou pública de entidade de grau inferior para a superior) para o Poder Público, por utilidade ou necessidade pública, ou por interesse social, mediante prévia e justa indenização;

É o instrumento que o Estado utiliza para remover obstáculos à execução de obras e serviços públicos; para implementar planos de urbanização; para preservar o meio ambiente contra a devastação e poluição e para realizar justiça social com a distribuição de bens inadequadamente utilizados pela iniciativa privada.

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UTILIDADE OU NECESSIDADE PÚBLICA Segurança Nacional; Defesa do Estado; Socorro público em caso de calamidade; Salubridade pública; Criação e melhoramento de centros de população, seu

abastecimento regular de meios de subsistência; Aproveitamento industrial de minas e jazidas

minerais, de águas e da energia elétrica; Assistência pública a obras de higiêne, casas de

saúde, clínicas, estações de climas e fontes medicinais;

Exploração e conservação de espaços públicos; E outros previstos em lei.

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INTERESSE SOCIAL Para fins de reforma agrária, o imóvel rural

que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos a partir do segundo ano da sua emissão;

As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro;

Não serão desapropriadas para esse fim a pequena e a média propriedade, conforme definição legal, e a propriedade produtiva.

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FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE Em conformidade com o artigo 186 da CF/88, a

função social da propriedade é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei;

Requisitos – aproveitamento racional e adequado; utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; observância das disposições que regulam as relações de trabalho; e, a exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

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BENS PÚBLICOS São bens públicos: a) Os de uso comum do povo, tais como rios,

mares, estradas, ruas e praças;b) Os de uso especial, tais como edifícios ou

terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive as autarquias;

c) Os dominicais ou dominiais, aqueles sob os quais o Estado exerce domínio, sem destinação específica.

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REGIME JURÍDICO

Inalienabilidade; Impenhorabilidade; Imprescritibilidade.

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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

São atos ilícitos praticados contra bens públicos, que tem como consequência prejuízo ao erário público;

Podem resultar em suspensão de direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e na gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.