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Centro Universitário UNA Instituto de Comunicação e Artes Curso de Cinema e Audiovisual PRODUÇÃO E ROTEIRO PARA TV E VIDEO Tatiana Carvalho Costa [email protected]

Aula radio 1

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Centro Universitário UNA Instituto de Comunicação e Artes Curso de Cinema e Audiovisual PRODUÇÃO E ROTEIRO PARA TV E VIDEO Tatiana Carvalho Costa [email protected]      

meio ≠ mensagem

o meio é a mensagem. [...] as conseqüências sociais e pessoais de qualquer meio – ou seja, de qualquer uma das extensões de nós mesmos – constituem o resultado do novo estalão introduzido em nossas vidas por uma nova tecnologia ou extensão de nós mesmos. (MCLUHAN, 2002, p. 21)

meios, como o próprio nome diz, são meios, isto é, suportes materiais, canais físicos nos quais as linguagens se corporificam e através das quais transitam. (SANTAELLA, 2001, P. 379)

meio = mensagem

RÁDIO

meios RÁDIO

Meio e mídia são termos distintos. Mídia é o conjunto de meios, faceta institucional dos meios. Media é plural de medium. Linguagens são formas de organização (estruturação) dos códigos e discursos. Cada meio marca as características de sua linguagem, porém, há trocas entre as linguagens. Implicação: hibridismos (miscigenação entre as linguagens).

As linguagens crescem através do casamento entre os meios. (SANTAELLA, 2001, P. 21)

RÁDIO

Embora repetidamente questionado e mesmo refutado, não estava errado McLuhan (1962) quando polemicamente afirmou que ‘o meio é a mensagem’. Contudo, a atenção ao canal veiculador das linguagens não deveria ser tão proeminente ao ponto de nos cegar para as similaridades e as trocas de recursos entre os mais diversos sistemas e processos sígnicos. (SANTAELLA, 2001, P. 27)

meio / mensagem

RÁDIO características do veículo

Combinação voz (locução), música e efeitos sonoros (sonoplastia), paisagens sonoras. Fluxo contínuo.

• Alcance • Diversificação • Periodicidade • Regularidade • Imediatismo / velocidade

• Oralidade • Sensorialidade • Individualidade • Intimidade • Seletividade

RÁDIO características do veículo Fluxo Contínuo

Numa transmissão radiofônica, por exemplo, o ouvinte acessa a programação da emissora no meio de uma entrevista, ou durante a execução de uma música, ou durante a transmissão de um outro conteúdo sonoro qualquer, o que acontece normalmente quando “ligamos” o rádio em casa ou no carro. Este tipo de fluxo também pode ser chamado de síncrono, ou seja, está em sincronia com o tempo corrido, o tempo real. Se pararmos de ouvir ou interrompermos a programação desligando o rádio, ela não responde a esta ação, seguindo contínua numa linha de tempo, apesar de não mais a ouvirmos. (MEDEIROS, 2007, p. 2)

RÁDIO características do veículo Oralidade Linguagem oral como processo interativo.

Mais do que possibilitar uma transmissão de informações de um emissor a um receptor, a linguagem é vista como um lugar de interação humana: através dela o sujeito que fala pratica ações que não conseguiria praticar a não ser falando; com ela o falante age sobre o ouvinte, constituindo compromissos e vínculos que não pre-existiam antes da fala.” (MAGALHÃES, 2009)

Comunicação oral / forma conhecimento

RÁDIO características do veículo Sensorialidade Necessidade de criação de imagens para compreensão das mensagens. Estímulo a formação imagens mentais nos ouvintes. Compreensão específica.

Se sentamos e conversamos no escuro, as palavras de repente adquirem novos significados e texturas diferentes. [...] Todas as qualidades gestuais que a página impressa elimina da linguagem retornam à linguagem no escuro – e no rádio (MCLUHAN, 1998, p. 340).

RÁDIO características do veículo Individualidade Possibilidade de audiência coletiva, mas a experiência de apreensão das mensagens é individual; a construção da compreensão é realizada num nível pessoal, subjetivo.

RÁDIO características do veículo Seletividade Quantidade de informações pré-selecionada em função do tempo e do fluxo inerente à transmissão.

Em uma revista, por exemplo, o receptor pode escolher a matéria que vai ler, deixando de lado o restante dos artigos, mas tendo a possibilidade de esolher outra matéria no momento que quiser. [...] No rádio isso não acontece, pois o tempo e o espaço destinados à transmissão são escassos e o que pode ser consumido é apenas o que está sendo transmitido na hora em que se está ouvindo. (VANASSI, 2010, p. 41)

RÁDIO modelos de difusão Broadcast Difusão pública ou ampla de informações.

O broadcast é o modelo que define o caráter massivo das mídias como o rádio e a televisão, pois é através dele que, essencialmente, esses meios difundem suas mensagens, buscando atingir o maior número possível de espectadores, indistintivamente. (VANASSI, 2010, p. 42)

RÁDIO modelos de difusão Narrowcast Difusão para públicos específicos, direcionado, de programação segmentada. Difusão privada, limitada. Ex.: rádios comunitárias, corporativas ou educacionais.

RÁDIO modelos de difusão Webcast Difusão para públicos gerais ou específicos via internet. Instaura novas temporalidades – diferentes do tempo imediato do Broadcast e Narrowcast. Streamning (fluxo  con(nuo) e on demand.

As mensagens não são apenas segmentadas pelos mercados mediante as estratégias do emissor, mas também são cada vez mais diversificadas pelos usuários da mídia de acordo com seus interesses, por intermédio da exploração das vantagens das capacidades interativas. Como dizem alguns especialistas, no novo sistema horário nobre é o meu horário (CASTELLS, 1999, p. 457).

RÁDIO modelos de difusão

Principais • Proximidade: linguagem verbal adotada busca a aproximação com o ouvinte • Enunciação em tempo real: “hora certa”, linguagem do tempo presente. Modos de fala:

• simultâneo – para audiência em geral • direto – para “o” ouvinte em particular • triangular – ouvinte chamado a participar

RÁDIO modelos de difusão

Secundários • Presença do locutor/apresentador: identificação, temporalidade

• Grade de programação / blocos

• Vinheta/assinaturas: identificação

Referências BARBOSA  FILHO,  André.  Gêneros  radiofônicos:  os  formatos  e  os  programas  em  áudio.  São  Paulo:    Paulinas,  2003.  CARVALHO,  A.  Manual  de  jornalismo  em  rádio:  Rádio  ItaJaia.  Belo  Horizonte:  Armazém  de  Idéias,  1998.      HAUSMAN,  Carl  (et.  Al.).  Rádio:  produção,  programação  e  performance.  São  Paulo:  Cengage  Learning,  2010.  MACHADO,  Arlindo.  A  televisão  levada  a  sério.  São  Paulo:  Senac,  2002  MCLEISH,  Robert.  Produção  de  rádio:  um  guia  abrangente  de  produção  radiofônica.  São  Paulo:  Summus,  2001.  PRADO,  Magaly.  Produção  de  rádio:  um  manual  práJco.  Rio  de  Janeiro:  Elsevier,  2006.  PRATA,  Nair.  Webradio:  novos  gêneros,  novas  formas  de  interação.    Florianópolis:  Insular,  2009.    ROSSETI,  Regina;  VARGAS,  Herom.  A  recriação  da  realidade  na  crônica  jornalís@ca  brasileira.  In:_UNIrevista  –  Vol.  1,  nº  3,  julho/2006.