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franciscaf
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Neste texto, vou falar sobre os três tipos de cómicos: o cómico de linguagem, o cómico de
situação e o cómico de caráter que existem nas cenas do corregedor e o procurador.
Em primeiro lugar, temos o cómico de linguagem, que resulta do uso de vários recursos
linguísticos que têm como função provocar o riso com o uso de calão, ironia ou até mesmo
diferentes registos de língua. Podemos observar esse tipo de cómico quando o Diabo diz “Oh amador
de perdiz, gentil carrega trâzes”, “… rapinastic coelhorum et pernis perdigitorum e mijais nos
campanairos!” e “… como cagado nebri, mandado no Sardoal.”
Enquanto que, o cómico de situação, resulta da própria situação criada pelas personagens,
como podemos ver na seguinte frase “Remaremos um remo destes. Fazei conta que nascestes pera
nosso companheiro.”, pois quando nós vemos o corregedor a remar é normal que provoque o riso.
Por fim, temos o cómico de caráter, que resulta do temperamento (da maneira) da
personagem ser ou estar ou até mesmo da sua personalidade, como por exemplo, “Como? À Terra
dos demos há-de ir um corregedor?”
Para concluir, o “Auto da Barca do Inferno” é um conto em que se encontra a função lúdica,
em que consiste em divertir e entreter, a função social, que consiste em retratar a sociedade e
criticar os vícios e os maus costumes ou hábitos das várias classes sociais e por fim mas não menos
importante temos a função moralizada em que Gil Vicente critica a sociedade para moralizar, isto é,
mudar os hábitos de uma sociedade corrupta e pecadora.