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EXPONDO 23

DA BÍBLIA REVELADA EXPLICADO

( Somente os

DEPOIS DA DAKE A DI NELSONPor: Prof. Roberto dos Santos, PhD

3INTERPRETAÇÕES DUVIDOSAS

DA BÍBLIA REVELADA – NOVO TESTAMENTOEXPLICADO DI NELSON

Somente os Comentários Selecionados da Carta aos Efésios)

DEPOIS DA DAKE A DI NELSONPor: Prof. Roberto dos Santos, PhD *

Pastor. Teólogo. Exegeta

1

INTERPRETAÇÕES DUVIDOSAS

NOVO TESTAMENTO

Comentários Selecionados da

DEPOIS DA DAKE A DI NELSON

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INTRODUÇÃO

Ao tomar conhecimento da chegada de mais uma Bíblia de Comentário no Brasil, alguns crentes sérios se preocuparam com as diferenças dessas Bíblias “particulares” em relação à verdadeira interpretação Palavra de Deus. Torna-se difícil, às vezes, o trabalho dos pastores simples e crentes que pouco conhece de exegese bíblica e a formação da Palavra de Deus. Nos seus comentários da carta de Paulo aos Efésios, portanto, o pastorAldery Nelson Rocha comete no mínimo 23 erros cujas citações serão analisadas e corrigidas a seguir.

O nosso objetivo foi o de esclarecer algumas doutrinas da Palavra de Deus , que , supostamente , foram interpretadas equivocadamente pelas notas da Bíblia Revelada. Não tivemos a intenção de criticar a conduta ilibada do responsável pela dita Bíblia , mas tão-somente o de contribuir com a igreja de Jesus Cristo , uma vez que muitos irmãos simples e até obreiros nos pediram que fizéssemos uma avaliação critico-exegética e teológica dos comentários expostos pelo Pastor Aldery Nelson Rocha.

Ao ser questionado por inúmeros obreiros no Brasil sobre a dita Bíblia de Comentário, resolvi apresentar a Igreja Evangélica Assembleia de Deus uma resposta de acordo com o que diz a Palavra de Deus, seguindo as regras da hermenêutica bíblica e exposição teológicas de renomados pastores e interpretes do cristianismo.

Como não nos foi possível até o presente momento analisar todos os comentários dos vinte e sete livros do Novo testamento Explicado da Bíblia Revelada, achamos por bem apenas começarmos com a carta de Paulo aos Efésios, por ser considerada pelos eruditos da teologia como a Rainha das Cartas Paulinas.

São Paulo 16 de junho de 2011.

Roberto dos Santos, PhD

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1. " Não há eleição sem decisão. Deus não nos pred estinaria para a salvação incondicionalmente, pois isto invalidaria o sacrifício de Cristo, que entregou a sua vida em favor de todos..." (Com entário Efésios 1.4).

RESPOSTA: Aquela era a última ceia de Páscoa que Jesus celebraria com Seus discípulos antes da crucificação. Enquanto comiam, Jesus tomou um cálice, agradeceu e disse: “isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissã o de pecados ” (Mt 26.28). É incerto quanto os discípulos entenderam desse pronunciamento profético. Porém, seu significado se esclareceria pouco depois, ao testemunharem a morte sacrificial de Jesus na cruz e lembrarem as palavras que Ele dissera ao erguer o cálice. Foi através de Sua morte e do Seu sangue derramado que Jesus estabeleceu uma Nova Aliança que mudaria o rumo da história da humanidade, tanto para os judeus quanto para os gentios. Lendo Hebreus 8-10 , podemos verificar sua relação com Mateus 26.28 . Jesus não usa a expressão”...que entregou sua vida em favor de todos “, conforme comentário da Bíblia Revelada. Jesus disse: “em f avor de muitos”

2. “ Mas o homem não passou no teste e comeu da árvore proibida que pertencia a Deus e era o dízimo da criação” (Comen tário de Efésios 3.4)"

RESPOSTA: Em primeiro lugar, devemos notar que não há na Bíblia NADA que fale de Dízimo da Criação . Isto não passa de uma nova doutrina. Os pormenores sobre esta árvore são muito escassos no texto bíblico. Refere-se apenas a sua localização central no Jardim do Éden e que o primeiro casal humano foi impedido de alcançar esta árvore após terem desobedecido ao mandamento divino. Foram assim expulsos desse jardim ou paraíso original. Como forma de impedir que, tanto Adão e Eva, como provavelmente a sua descendência voltassem a entrar no Jardim, e consequentemente tomarem dos frutos da Árvore da Vida, a Bíblia refere que Deus colocou criaturas sobre-humanas, designadas por querubins, que possuíam uma espada de fogo que se revolvia continuamente.

Segundo o relato bíblico, esta árvore já havia sido colocada no jardim antes da criação do primeiro homem, Adão. Muitos comentaristas afirmam que esta árvore não possuiria qualidades intrinsecamente vitalizadoras nos seus frutos, mas seria um símbolo representativo da garantia de vida eterna, da parte de Deus, para aqueles a quem Ele permitisse comer do fruto dela. Visto que Deus colocou essa árvore ali, crê-se que o objectivo seria permitir a Adão que comesse do seu fruto, talvez após ficar provada a sua fidelidade ao ponto que Deus julgasse satisfatório e suficiente. Quando Adão desobedeceu, foi-lhe cortada a oportunidade de comer daquela árvore, impedindo-o a ele e à sua descendência de alcançar a vida eterna.

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A Arvore da Vida aqui é simbolismo, representa Jesus Cristo. Joao em seu Evangelho nos deixa bem claro que Jesus Cristo estava aqui desde o principio (Jo 1.1-14).

Outro ponto de vista aponta para o fato de que Deus já permitia que Adão e Eva comessem do fruto da árvore da vida, pois foi dito:

"E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente," (Gen 2:16)Com exceção de UMA, a do conhecimento do bem e do mal . Isso implica que eles já podiam comer o fruto da árvore da vida sem aguardar autorização posterior. Aceitando esse raciocínio, era o fruto literal da árvore que garantia a vida eterna.

A Bíblia faz referência directa a esta árvore apenas no primeiro e no último livro:

• Génesis 2:9

"Jeová (Deus) fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau." - Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas , (1986)

• Génesis 3:22-24

"Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, o Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida." - Almeida, Versão Corrigida e Fiel.

No último livro da Bíblia, o Apocalipse ou Revelação, ao se mencionarem sete cartas enviadas por Jesus Cristo a igrejas ou congregações em sete cidades, faz-se a seguinte referência concernente aos cristãos em Éfeso:

• Revelação ou Apocalipse 2:7

"Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor darei de comer (do fruto) da árvore da vida, que se acha no paraíso de Deus." - Bíblia Avé Maria

Apesar de não terem associação com esta árvore do Jardim do Éden, existem outras referências simbólicas a árvores frutíferas, de folhas curativas, mencionadas nas visões registadas por Ezequiel e por João, em Ezequiel 47:7, 12 e Revelação 22:2, 14. No livro de Provérbios surge a expressão "árvore de

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vida" associada com a verdadeira sabedoria, com os frutos do justo, com a realização de uma coisa desejada, e com a calma da língua (Provérbios 3:18; 11:30; 13:12; 15:4).

3. “Quem criou o mal? Deus criou o mal. Satanás nã o é criado de nada. Mas, há um segredo: Deus não criou o mal como pess oa, mas como instrumento de justiça; criou o mal como um estado (condição em que encontra-se um sistema). Então criou o mal como um ser ativo, mas na condição estacionária,inativo” (Comentário de Efés ios 1.4)

RESPOSTA: ISAÍAS 45:7 - Deus é o autor do mal? PROBLEMA: De acordo com este versículo, Deus forma a luz e cria as trevas, faz a paz e cria o mal (Lm 3.38; Am 3.6). Mas muitos outros textos das Escrituras nos informam que Deus não é mau (1Jo 1.5), que ele não pode nem mesmo ver o mal (Hc 1.13), nem pode ser tentado pelo mal (Tg 1.13).

SOLUÇÃO: A Bíblia é clara ao dizer que Deus é moralmente perfeito (Dt 32. 4; Mt 5:48), e que lhe é impossível pecar (Hb 6.18). Ao mesmo tempo, sua absoluta justiça exige que ele puna o pecado. Este juízo assume ambas as formas: temporal e eterna (Mt 25:41; Ap 20.11-15).

Na Sua forma temporal, a execução da justiça de Deus às vezes é chamada de "mal", porque parece ser um mal aos que estão sujeitos a ela ( Hb12.11). Entretanto, a palavra hebraica correspondente a mal (rá) empregada no texto nem sempre tem o sentido moral. De fato, contexto mostra que ela deveria ser traduzida como "calamidade" ou "desgraça", como algumas versões o fazem (por exemplo, a BJ). Assim, se diz que Deus é o autor do "mal" neste sentido, mas não no sentido moral - pelo menos não da forma direta.

Além disso, há um sentido indireto no qual Deus é o autor do mal em seu sentido moral. Deus criou seres morais com livre escolha, e a livre escolha é a origem do mal de ordem moral no universo. Assim, em última instância Deus é responsável por fazer criaturas morais, que são responsáveis pelo mal da ordem moral. Deus tornou o mal possível ao criar criaturas livres, mas estas em sua liberdade fizeram com que o mal se tornasse real. É claro que a possibilidade do mal (i.e., a livre escolha) é em si mesma uma boa coisa.

Portanto, Deus criou apenas boas coisas, uma das quais foi o poder da livre escolha, e as criaturas morais é que produziram o mal. Entretanto, Deus é o autor de um universo moral, e neste sentido indireto, ele, em última instância, é o autor da possibilidade do mal. É claro, Deus apenas permitiu o mal, jamais o promoveu, e por fim irá produzir um bem maior através dele ( Gn 50.20; Ap 21-22).

4. “ Se o homem não tivesse comido do fruto da árv ore do bem e do mal, seria eleito nas mesmas condições em que se e ncontra hoje, depois de aceitar o sacrifício de Cristo em seu lugar e de crer no Senhor Jesus Cristo; se comesse do fruto da árvore da vida, pas saria a experimentar

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da natureza divina, conhecendo o amor de Deus para com os homens através de Cristo. O homem comeria da árvore da vid a e tornar-se-ia eterno e santo como os anjos eleitos” (Comentário de Efésios 1.4)

RESPOSTA: Quando Pelágio se fez notar dentro da Igreja Cristã, Agostinho já era uma figura influente. Pelágio era um monge britânico que apareceu em Roma, por volta do ano 400 d.C., para refutar as doutrinas de Agostinho. Pelágio escreveu um comentário sobre as epístolas paulinas em 409 d.C.. A sua posição teológica pode ser denominada de “monergismo humano”, e esta foi expressa de forma mais desenvolvida pelo seu principal discípulo Celestius. Esse “monergismo humano” de Pelágio é assim chamado porque para ele o poder da vontade humana é decisivo e suficiente na experiência da salvação. Sua célebre frase expressa claramente essa mentalidade, quando ele afirma “se eu devo, eu posso”. O posicionamento da Bíblia Revelada é o mesmo do monge Pelágio: condicionalismo teológico. A expressão “se” não existe no programa divino, pois tudo foi muito bem planejado por Deus desde a eternidade. Pensar que a eleição ou salvação divina seria aplicada pelo sacrifício de Cristo mesmo sem a intervenção do pecado ou o ato de comer do fruto da arvore do conhecimento do bem e do mal , fica bem claro que o comentarista nada entendeu do verdadeiro significado soteriológico de Jesus Cristo na Cruz dentro do programa divino. Por conseguinte, se o homem não pecasse a semelhança de Gn 3 não seria necessário nenhum sacrifico expiatório. A tese acima defendida pelo autor da Bíblia Revelada cárcere de lógica e hermenêutica bíblica.

5. "Deus não tinha corpo humano, mas o homem havia sido preparado uma imageme semelhança de Deus. Logo, havia prepara do uma imagem, um corpo, pelo qual baseou-se para a formação do ho mem , Hb 10.5;Gn 1.16. Tendo sido provada a parentela do homem com a sua imagem original” (Comentário de Efésios 1.7).

RESPOSTA: Seria interessante que o comentarista da Bíblia Revelada lesse a seguinte obra: A imagem e Semelhança de Deus – a visão antropológica de Irineu de Lyon.

Do pensamento ireneano, destaca-se a importância da unidade. A unidade que se deve traduzir na compreensão de Deus como Pai e Criador em oposição aos gnósticos. O mesmo Deus que cria, que plasma a obra é também o mesmo Deus que replasma , ou seja, que salva a obra criada. Esta unidade traduz-se, logicamente, na Escritura. Tanto o Antigo como o Novo Testamento nos falam de um único Deus que ao longo da história humana se revelou nas suas economias , ou seja, nas suas disposições. Um Deus que paulatinamente se deu a conhecer para que o Homem conhecendo-O se torne naquele que conhece. O Homem composto de corpo e alma só se realiza em plenitude na medida em que responde positivamente ao convite de Deus. O Homem Perfeito ou Espiritual só se alcança pela ação do Espírito de Deus, ou seja, pelo Espírito Santo. O Homem para St. Ireneu não é apenas carne ( sarx ), nem só alma ( psique ), como também o Espírito ( Pneuma ) de forma isolada não constitui o Homem. É na totalidade das partes que encontramos o Homem

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perfeito. Os gnósticos, porém, defendiam três categorias de Homens: os hílicos (matéria), os psíquicos e os pneumáticos. Apenas os últimos eram passíveis de salvação. Só o elemento spiritus teria capacidade para empreender a viagem de regresso e reintegrar o pleroma inical. Só o homem pneumático possuía o conhecimento de si e o sentido da realidade efêmera. Perante esta compreensão antropológica, o bispo de Lyon contrapõe uma visão mais harmoniosa da Salvação. Em Irineu, tudo gira à volta da Salus carnis . Na verdade, a salvação é possível à carne porque lhe foi prometida a ressurreição e a incorruptibilidade em Jesus Cristo. Neste admirável mistério entra a participação do Espírito Santo. O Espírito anima, desde sempre, a história humana. Presente, com o Filho na Criação, colabora incansavelmente na plasmação do Homem à imagem e semelhança de Deus. Porque fomos feitos à imagem e semelhança divina, Deus ama a sua criatura e com perseverança a ensina a voltar-se para o seu Criador. Paulatinamente Deus acostuma-se ao Homem para que este também se habitue e conviva com Deus. Neste longo e paciente processo, a ação do Espírito Santo é inestimável. As páginas que o nosso teólogo consagra a tão admirável desempenho são de uma beleza e de uma intuição únicas. Ireneu está convicto de que existe uma harmonia ao longo de toda a História da Salvação. O Deus único e verdadeiro criou o Homem para conduzi-lo até a vida perfeita e incorruptível. O Homem que pelo Verbo recebeu a imagem de Deus e que no Espírito recebeu a possibilidade de fazer-se semelhante a Deus, só alcançará a sua inoperação plena uma vez habituado a ter Deus, tornando-se Homem Espiritual de forma que no Filho pelo Espírito Santo se torne filho e participe da imortalidade de Deus. A Exegese de Gênesis 1.26, contrária ao ensinamento da Bíblia Revelada Di Nelson, onde interpreta imagem e semelhança como sendo o corpo físico de Jesus.Somente o homem foi criado à imagem de Deus. A importância disto é enfatizada quando Deus, na primeira vez na semana da criação, deliberou isto consigo mesmo [vers. 26]. O pronome no plural [vers. 26] novamente indica a Tri-unidade de Deus. Nós deveríamos questionar a nós mesmos o que significa a expressão "imagem de Deus?" Alguns têm sugerido que isto se refere à fala, inteligência, capacidade de domínio e a alma imortal.

Enquanto estas coisas podem ser incluídas no conceito, o ponto principal, entretanto, é a original natureza santa do homem. O ser humano foi criado com um amor a Deus e à sua bondade. Esta imagem foi corrompida e principalmente perdida na queda de Adão [Romanos 5:12]. Através de Jesus Cristo esta imagem é restaurada no Novo Nascimento [Colossenses 3:10; Efésios 4:24]. Sem dúvida nenhuma a imagem será realmente mais clara na ressurreição, quando nós seremos completamente redimidos por Cristo [Romanos 8:29; I João 3:2].

6. " Um corpo lhe foi preparado, Hb 10.5. Sua alma o encarnou e ele veio habitar com os homens, Jo 1.14 “ (Comentário de Efé sio 1.7).

RESPOSTA: Segunda a nota exegética de Strong (4983 do NT) , a palavra corpo no grego é soma e significa tanto de seres humanos como de animais.

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O Concílio de Caledônia, diante de Constantinopla, em 451; foi o mais

concorrido da antigüidade, pois dele participaram mais de 600 membros, entre

os quais três delegados episcopais A assembléia rejeitou o “latrocínio de

Éfeso”; depôs Dióscoro e aclamou solenemente a Epístola Dogmática de Leão

a Flaviano; esta serviu de base a uma confissão de fé, que rejeitava os

extremos do Nestorianismo e do Monofisismo, propondo em Cristo uma só

pessoa e duas naturezas: “Ensinamos e professamos um Único e idêntico

Cristo... em duas naturezas, não confusas e não tra nsformadas, não

divididas, não separadas, pois a união das natureza s não suprimiu as

diferenças; antes, cada uma das naturezas conservou as suas

propriedades e se uniu com a outra numa Única pesso a e numa Única

hipóstase”.

Assim terminou a fase principal das disputas cristológicas: em Cristo

não há duas naturezas e duas pessoas, pois isto destruiria a realidade da

Encarnação e da obra redentora de Cristo; mas também não há uma só

natureza e uma só pessoa, pois Cristo agiu como verdadeiro homem, sujeito à

dor e à morte para transfigurar estas nossas realidades. Havia, pois, uma só

pessoa (um só eu) divina, que, além de dispor da na tureza divina desde

toda a eternidade, assumiu a natureza humana no sei o de Maria e viveu

na terra agindo ora como Deus, ora como homem, mas sempre e somente

com o seu eu divino. O Espírito que havia em Jes us Cristo era o próprio

Deus e a alma que ele recebeu procedia de sua hum anidade. Portanto,

afirmar que Jesus possuia uma pré-alma é heresia , pois o Verbo Divino é

Deus em sua natureza e não precisa de alma. A alma é parte da

antropologia. Jesus possuia uma ALMA RACIONAL e u m ESPÍRITO

DIVINO.

O Significado de Alma No Antigo Testamento ALMA (נפש, nephesh, hebraico;grego, psuche; Latin anima):

(1) Alma, assim como espírito, tem várias nuanças de significado no Antigo Testamento, que podem ser resumidas da seguinte forma: “alma”, “ser vivo”, “vida”, “eu”, “pessoa”, “desejo”, “apetite”, “emoção” e “paixão” (BDB sob a palavra). Em primeira instância, ela significava aquilo que respira, e como tal, distingue-se de basar, “carne” (Isa 10:18; Deu 12:23); de she'er, “a carne interior”, próximo dos ossos (Prov 11:17, “a própria carne”); de beten, “barriga” (Sal 31:10, “Minha alma e meu ventre são consumidos com dor”), etc

(2) Como o fôlego de vida, que se afasta na morte (Gen 35:18; Jer 15:2). Daí, o desejo dos santos do Antigo Testamento de serem livrados do Sheol (Sal

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16:10, “Tu não deixarás a minha alma ao Sheol”) e de shachath, “a cova” (Jó 33:18, “para reter a sua alma da cova”; Isa 38:17, “Tu ... livra-a (minha alma) a partir do poço de corrupção”).

(3) Por uma transição fácil a palavra vem a significa a vida individual e pessoal, a pessoa, com dois tons distintos de sentido que poderiam ser melhor indicados pelo latim anima e animus. Como anima, “alma”, da vida inerente ao corpo, o princípio animador no sangue é denotado (compare Deut 12:23, 12:24, “Certificai-vos de não comer o sangue: Pois o sangue é a alma. Não deveis comer a alma com a carne”). Como animus, “mente”, o centro de nossas atividades mentais e passividades. Assim, lemos de “uma alma faminta” (Psa_107: 9), “uma alma cansada” (Jer 31:25), “uma alma repugnante” (Lev 26:11), “uma alma sedenta” (Psa_42: 2), “uma alma triste” (Jó 30:25), “alma amorosa” (Son 1:7), e muitas outras expressões. Cremer tem caracterizado este uso da palavra em uma frase: “nephesh(alma) no homem é o assunto da vida pessoal, da qual pneuma, ou ruah (espírito), é o princípio”(Léxico,795)

(4) Esta individualidade do homem, entretanto, pode ser indicada por pneuma também, mas com uma distinção. Nephesh, ou “alma”, só pode denotar a vida individual com uma organização de material ou corpo. Pneuma, ou “espírito” não é tão restrito. Escritura fala de “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Heb 12:23), onde não pode haver pensamento de algo material, físico ou organização corpórea. Eles são “seres espirituais livres de definhamentos e corrupções da carne” (Delitzsch, no local citado). Para uma utilização excepcional de psuche no mesmo sentido ver Ap 6:9; 20:4, e (independentemente do sentido de Sal 16:10)

Fonte: International Standard Bible Encyclopedia de James Orr, M.A., D.D., Editor General

7. “ O Pai é a primeira pessoa de sua divindade, e há uma pluralidade de pessoas. Evidencias de sua divindade plural em pes soas, uma essência espiritual diversa em suas manifestações. Na criaçã o do homem, eles falaram de uma imagem para os três , Gn 1.26. Quand o Adão foi expulso do Éden , eles falaram : o homem tornou-se como cad a um de nós, Gn 3.22. Quando houve a confusão em babel, Deus falo u no plural: Desçamos e confundamos ali sua imagem” (Comentário de Efésios 1.10)

RESPOSTA: Os termos Imagem e Semelhança de Gn 1.16, nada tem de relação com a doutrina da trindade de Deus. As expressões que aparecem no Genesis no plural dizem apenas a respeito da ação de Deus em conjunto com os anjos. Talvez o sentido da Trindade de Deus nunca foi afirmado melhor do que está por A. H. Strong ! "em a natureza do Deus único há três distinções eternas que se nos representam sob a figura de pessoas e estas três são iguais" (Systematic Theology, pág. 144). A doutrina da Trindade não quer dizer que Deus meramente Se manifesta em três diferentes maneiras. Há três distinções atuais na Divindade. A verdade disto aparecerá mais claramente depois. Isto está provado, de um lado, pela imutabilidade de Deus. Se já houve um tempo em que estas distinções não existiram, então, quando vieram a

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existir, Deus mudou. Provado está outra vez pelas Escrituras, as quais afirmam ou implicam a eternidade do Filho e do Espírito Santo. Vide João 1:1,2; Apocalipse 22:13,14; Hebreus 9:14.

"Não é resposta a isto, que as expressões "gerado" e "procedido de" envolvem, a idéia da existência antecedente do que gera e de quem há processão, porque estes são termos da linguagem humana aplicados a ações divinas e devem ser entendidos ajustadamente a Deus. Não há aqui dificuldade maior do que em outros casos em que este princípio está prontamente reconhecido (Boyce, Abstract of Systematic Theology, págs. 138, 139).

A Doutrina da Trindade não quer dizer triteismo. Quando falamos das distinções da Divindade como pessoas, devemos entender que usamos o termo figuradamente. Não há três pessoas na Divindade no mesmo sentido em que três seres humanos são pessoas. No caso de três seres humanos há divisão de natureza, essência e ser, mas Deus não é assim. Tal concepção de Deus está proibida pelo ensino da Escritura quanto à unidade de Deus.

Ao estudar por mais de vinte anos a famosa obra de teologia Sistemática de Louis Berkhof, compreendi que para entender a doutrina da Trindade depende decisivamente da revelação. Isto para evitar interpretações heréticas e antibiblicas. É verdade que a razão humana pode sugerir algumas idéias para consubstanciar a doutrina, e que os homens, fundados em bases puramente filosóficas, por vezes abandonaram a idéia de uma unidade nua e crua em Deus, e apresentaram a idéia do movimento vivo e de auto-distinção. Também é verdade que a experiência cristã parece exigir algo parecido com esta construção da doutrina de Deus. Ao mesmo tempo, é uma doutrina que não teríamos conhecido, nem teríamos sido capazes de sustentar com algum grau de confiança, somente com base na experiência, e que foi trazida ao nosso conhecimento unicamente pela auto-revelação especial de Deus. Portanto, é de máxima importância reunir suas provas escriturísticas.

a . Provas do Velho Testamento. Alguns dos primeiros pais da igreja, assim chamados, e mesmo alguns teólogos mais recentes, desconsiderando o caráter progressivo da revelação de Deus, opinaram que a doutrina da Trindade foi revelada completamente no Velho Testamento. Por outro lado, o socinianos e os arminianos eram de opinião que não há nada desta doutrina ali. Tanto aqueles como estes estavam enganados. O Velho Testamento não contém plena revelação da existência trinitária de Deus, mas contém várias indicações dela. É exatamente isto que se poderia esperar. A Bíblia nunca trata da doutrina da Trindade como uma verdade abstrata, mas revela a subsistência trinitária, em suas várias relações, como uma realidade viva, em certa medida em conexão com as obras da criação e da providência, mas particularmente em relação à obra de redenção. Sua revelação mais fundamental é revelação dada com fatos, antes que com palavras. E esta revelação vai tendo maior clareza, na medida em que a obra redentora de Deus é revelada mais claramente, como na encarnação do Filho e no derramamento do Espírito.E quanto mais a gloriosa realidade da Trindade é exposta nos fatos da história, mais claras vão sendo as afirmações da doutrina. Deve-se a mais completa

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revelação da Trindade no Novo Testamento ao fato de que o Verbo se fez carne, e que o Espírito Santo fez da igreja Sua habitação.

Têm-se visto, por vezes, provas da Trindade na distinção entre Jeová e Elohim, e também no Plural Elohim, mas a primeira não tem nenhum fundamento, e a última é, para dizer o mínimo, duvidosa, embora ainda defendida por Rottenberg, em sua obra sobre De Triniteit in Israels Godsbegrip. É muito mais plausível entender que as passagens em que Deus fala de Si mesmo no plural, Gn 1.26; 11.7, contêm uma indicação de distinções pessoais em Deus, conquanto não surgiram uma triplicidade, mas apenas uma pluralidade de pessoas. Indicações mais claras dessas distinções pessoais acham-se nas passagens que se referem ao Anjo de Jeová que, por um lado, é identificado com Jeová e, por outro, distingue-se dele. Ver Gn 16.7-13; 18.1.21; 19.1-28; Ml 3.1. E também nas passagens em que a Palavra e a Sabedoria de Deus são personificadas, Sl 33.4, 6; Pv 8.12-31. Em alguns casos mencionam-se mais de uma pessoa, Sl 33.6; 45.6, 7 (com. Hb 1.8,9), e noutros quem fala é Deus, que menciona o Messias e o Espírito, ou quem fala é o Messias, que menciona Deus e o Espírito, Is 48.16; 61.1; 63. 9,10. Assim, o Velho Testamento contém clara antecipação da revelação mais completa da Trindade no Novo Testamento.

b. Provas do Novo Testamento. O Novo Testamento traz consigo uma revelação mais clara das distinções da Divindade. Se no Velho Testamento Jeová é apresentado como o Redentor e Salvador do Seu povo, Jó 19.25; Sl 19.14; 78.35; 106.21; Is 41.14; 43.3, 11, 14; 47.4; 49.7, 26; 60.16; Jr 14.3; 50.14; Os 13.3, no Novo Testamento e o Filho de Deus distingue-se nessa capacidade, Mt 1.21; Lc 1.76-79; 2.17; Jo 4,42; At 5.3; Gl 3.13; 4.5; Fl 3.30; Tt 2.13, 14. E se no Velho Testamento é Jeová que habita em Israel e nos corações dos que O temem, Sl 74.2; 135.21; Is 8.18; 57.15; Ez 43.7-9; Jl 3.17, 21; Zc 2.10, 11, no Novo testamento é o Espírito Santo que habita na igreja, At 2.4; Rm 8.9, 11; 1 Co 3.16; Gl 4.6; Ef 2.22; Tg 4.5 O Novo Testamento oferece clara revelação de Deus enviando Seu filho ao mundo, Jo 3.16; Gl 4.4; Hb 1.6; 1 Jo 4.9; e do pai e Filho enviando o Espírito, Jo 14.26; 15.26; 16.7; Gl 4.6. Vemos o pai dirigindo-se ao Filho, Mc 1.11; Lc 3.22, o Filho comunicando-se com o Pai, Mt 11.25, 26; 26.39; Jo 11.41; 12.27, 28, e o Espírito Santo orando a Deus nos corações dos crentes, Rm 8.26. Assim, as pessoas da Trindade, separadas, são expostas com clareza às nossas mentes. No batismo do Filho, o pai fala, ouvindo-se do céu a Sua voz, e o Espírito Santo desce na forma de pomba, Mt 3.16, 17. Na grande comissão Jesus menciona as três pessoas: “batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, Mt 28.19. Também são mencionadas juntamente em 1 Co 12. 4-6; 2 Co 13.13; e 1 Pe 1.2. A única passagem que fala de tri-unidade é 1.Jo 5.7, mas sua genuinidade é duvidosa, razão pela qual foi eliminada das mais recentes edições críticas do Novo Testamento.

8. "...A seguir, vem a predestinação, que começa n o nosso espírito e termina no nosso corpo. O conhecimento é do Espírit o Santo e a predestinação é do Pai...” (Comentário de Efésios 1.11).

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RESPOSTA: Eleição e predestinação envolvem a salvação total do ser humano. O conhecimento e a predestinação são de toda a trindade. Sendo assim, dividir as habilidades metafísicas da divindade é transformar as três pessoas da trindade em interdependentes entre si e isso invalida a unidade que há nas pessoas da trindade. Deus só tem uma consciência! O comentarista da Bíblia Revelada fica inventando “interpretação “ que acaba próximo ao gnosticismo. Deus não age em etapas; Ele age em unidade. Por isso, dividir as ações de Deus, como se o próprio Deus estivesse dividido em três consciências seria o mesmo que admitir o politeísmo.

O comentarista da Bíblia Revelada – Novo testamento Explicado , deveria ter lido e estudado Romanos 8.29-30 , e observar que o texto bíblico não diz nada disto.

Antes de verificarmos o alcance dos decretos divinos é necessário compreendermos a estreita relação entre os decretos e a natureza de Deus. Os decretos são:

Imutáveis , pois baseiam-se na onisciência, presciência, sabedoria e imutabilidade divina: “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as cousas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Is 46.10; 14.26-27; Sl 33.11). O Senhor não muda o seu plano, pois é fiel e verdadeiro. De acordo com Agostinho:

“Deus não deseja uma coisa agora e outra, daqui a pouco; mas de uma vez só, e imediatamente, e sempre, Ele deseja todas as coisas que Ele deseja; não repetidas vezes, agora isto, depois aquilo; nem deseja depois o que antes não queria; nem não deseja o que antes desejava; porque tal tipo de vontade é mutável; e nenhuma coisa mutável é eterna”.

Exeqüíveis , pois tudo o que Deus, no seu eterno conselho decretou, é factível: “ Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei.” (Is 46.11b; 14.26-27).

Inquestionáveis , “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes.” (Dn 4.35).

Absolutos , o decreto não depende, em nenhuma de suas particularidades, de qualquer coisa que lhe seja externa, como, por exemplo, das ações livres das criaturas morais e racionais, da desobediência ou fé previstas. Deus não só determinou o que vai acontecer, mas também em que condições será realizado (At 2.23; Ef 2.8; 1 Pe 1. 2).

Fundamentados na sabedoria divina , “.. segundo o propósito daquele que faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11; cf 3.10,11). Embora o estudo dos decretos divinos leve-nos a muitos labirintos, é certo que Deus elaborou Seu plano com sabedoria. O poeta entoa no Salmo 104.24:

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“Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheia está a terra das tuas riquezas”. Eternos , isto é, Deus criou o seu decreto na eternidade, embora a sua execução seja no tempo. Sendo o decreto eterno, todas as suas partes são, na mente de Deus, uma única intuição, embora na sua realização haja sucessão. É assim que o decreto, aparece sempre no singular, uma vez que Deus tem apenas um único plano todo inclusivo. O decreto é antes do princípio do tempo, mas sua realização acontece no curso da historicidade humana. É nessa projeção que Pedro vê a efetuação do plano salvífico em Cristo: “Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós” (1 Pe 1.20). No entanto, o decreto não é eterno, no sentido em que Deus é eterno, pois resulta da livre e soberano vontade de Deus. Tudo o que transpirou no tempo foi decretado desde a eternidade por Deus. Alguns eventos decretados ocorrem mediante a agência divina, tais como a eleição, a criação, a regeneração, e a encarnação do Verbo. Outros são realizados na história mediante a atuação direta do homem, como por exemplo, na crucificação de Jesus Cristo.

Livres , as Escrituras asseveram: “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como o seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho do entendimento?” (Is 40.13,14). Suas determinações não foram influenciadas por nenhum outro ser.

Permissivos no campo moral e espiritual . Podemos afirmar que o decreto divino – considerando aquilo que é bom em oposição àquilo que é mal – pode ser dividido em dois aspectos: por designação e permissão divina. É a segunda categoria que trata do chamado decreto permissivo. O decreto de Deus com relação ao pecado é chamado de permissivo, porque não podemos admitir:

Que Deus tenha desejado o mal para suas criaturas. O ato de Deus saber que o homem pecaria não o faz responsável pelo pecado ou mal moral. Se Deus não é o autor do pecado, então de onde procede o mal? Na verdade, o ato de você saber que uma pessoa vai errar não lhe faz responsável pelo erro. Suponhamos que você observa um indivíduo que constantemente atravessa uma rodovia movimentada sem respeitar a sinalização de trânsito. Você sabe que isso é errado, mas, se num desses dias, ele atravessar e sofrer um acidente, você se sentiria culpado por isso? Ou você dirá: “eu sabia que isto, um dia ou outro, iria acontecer”. O ato de Deus saber que o homem iria pecar, não o faz responsável pelo pecado, visto que o pecado é anterior a criatura humana, mas não à criação. Não é parte da criação perfeita de Deus, mas uma realidade introduzida na criação pela própria criatura. É a rebelião voluntária da criatura contra a vontade revelada de Deus (Tg 1.13,14). Assim mesmo, como poderia ser Deus o autor do pecado e daí condenar o homem a um inferno sem fim por fazer aquilo que Ele o havia induzido? A filosofia de que Deus é o autor do pecado porque sabia que o homem haveria de pecar, é antibíblica e repugna a perfeição dos atributos divinos. Mas, como afirma Thiessen:

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“Baseado em Seu sábio e santo conselho, Ele decretou permitir que o pecado viesse. Isto Ele fez à luz do que sabia que a natureza do pecado viria a ser; do que sabia que o pecado faria à criatura; e do que sabia que teria que fazer para salvar quem quer que fosse” .

Se é correto o decreto permissivo acerca do pecado, também o é, da derrota do pecado. Ele decretou permiti-lo, mas também derrotá-lo pelo bem (Gn 50.20; Sl 33.10,11; Sl 76.10; Dn 3.19-30; Fp 1.19,20). Em cada um destes textos, o pecado é derrotado pelo bem. Conforme Berkhof:

“O decreto de Deus com referência ao pecado é comumente chamado decreto permissivo. Torna o ato pecaminoso futuro absolutamente certo, mas não significa que Deus, por Seu próprio ato, o fará acontecer. Deus decretou não impedir o ato pecaminoso da auto-determinação da criatura, mas regular e controlar os seus resultados (Sl 78.29; 105.15; At 14.16; 17.30)” (Fonte : Teologia & Graça).

9. "...O selo é para o corpo aquilo que o batismo c om o Espírito Santo é para a alma e o corpo , conjuntamente. O selo gar ante a ressurreição e o batismo no Espírito Santo garante o testemunho...” (Comentário de Efésios 1.13).

RESPOSTA: A Bíblia não diz que o selo é para o corpo e que o batismo com

o Espírito santo é para a alma e o corpo. Na verdade , quando Deus trata

com o homem , Ele o trata em sua plenitude. A obra do Espírito Santo envolve

toda existência humana, todo o ser humano, integral, pleno e por inteiro. Esta

doutrina não passa de mais uma inovação mística do novo gnosticismo.

Podemos considerar a resposta a seguir pelo seu teor escriturístico.

Neste parágrafo, o apóstolo Paulo move-se da eternidade (Ef. 1.4-6), onde

explica a doutrina da eleição de Deus em Cristo, da história passada (Ef. 1.7-

12) para a experiência e expectativa futura dos crentes (Ef. 1.13,14). O

apóstolo Paulo destaca duas bênçãos gloriosas procedentes do Espírito Santo:

selo e garantia:

Em primeiro lugar, temos o selo do Espírito Santo ( Ef. 1.13)

“Nele, também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa

salvação, e nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da

promessa”. Paulo é enfático: O Espírito Santo selou-nos. O processo da

salvação é ensinado nesse versículo. Ele mostra como um pecador torna-se

santo: ele ouve o evangelho da salvação, como Cristo morreu pelos seus

pecados e ressuscitou; ele crê com a fé que traz a salvação e, depois, é selado

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com o Espírito Santo. Nós recebemos o Espírito imediatamente após confiar

em Cristo, como nosso Senhor e Salvador.

O que representa o selo do Espírito? William Hendriksen, ilustre escritor

reformado, fala das três funções do selo: garantir o caráter autêntico de um

documento (Et 3.12), marcar uma propriedade (Ct 8.6) e proteger contra

violação e dano (Mt 27.66).

Dr. Warren Wiersbe, amplia esta idéia falando sobre quatro aspectos da

selagem do Espírito, como veremos a seguir:

O selo fala de uma transação comercial consumada.

Até hoje, quando documentos legais importantes são tramitados, recebem um

selo oficial para indicar a conclusão da transação. Jesus consumou sua obra

de redenção na cruz. Ele comprou-nos com seu sangue. Somos propriedade

exclusiva dele. Portanto, fomos selados como garantia dessa transação final.

Os compradores de madeira em Éfeso colocavam o selo na madeira e, depois,

enviavam seus mercadores para buscá-la.

O selo fala de um direito de posse.

No mundo antigo, o selo representava o símbolo pessoal do proprietário ou do

remetente de alguma coisa importante, por isso, tal como numa carta,

distinguia o que era verdadeiro do que era espúrio. Era também a garantia de

que o objeto selado havia sido transportado intacto. Deus pôs o seu selo sobre

nós porque nos comprou para sermos sua propriedade exclusiva (1 Co 6.19,20;

1 Pe 2.9). John Stott diz que o selo é uma marca de possessão e

autenticidade.

O gado e até mesmo os escravos eram marcados com um selo por seus donos

a fim de indicar a quem pertenciam. Mas tais selos eram externos, ao passo

que o de Deus está no coração. Deus põe seu Espírito no interior de seu povo

a fim de marcá-lo como sua propriedade.

O selo fala de segurança e proteção

O selo romano sobre a tumba de Jesus era a garantia de que ele não seria

violado (Mt 27.62-66). Assim o crente pertence a Deus. O Espírito foi-nos dado

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para estar sempre conosco. Ele somente nos deixará se pecarmos e

apostatarmos da fé.

O selo fala de autenticidade

O selo, bem como a assinatura do dono, atesta a genuinidade do documento.

O apóstolo Paulo diz: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a

Cristo” (Rm 8.9).

Em segundo lugar, temos a garantia do Espírito Sant o (Ef. 1.14).

“Que é a garantia da nossa herança, para a redenção da propriedade de Deus,

para o louvor da sua glória”. O apóstolo Paulo também falou do Espírito Santo

como garantia. O Espírito nos foi dado como garantia. A palavra grega

(arrabon), de origem hebraica, entrou no uso da língua grega provavelmente

por intermédio dos fenícios.

Dr. William Barclay diz que, no grego clássico, Selo – significava o sinal em

dinheiro que um comerciante tinha de depositar com antecedência ao fechar

um contrato, dinheiro que perderia casa a operação não se concretizasse.

Portanto, a palavra garantia, representa a primeira parcela de um pagamento, a

garantia de que o pagamento integral será efetuado. O Espírito Santo é o

primeiro pagamento que garante aos filhos de Deus que Ele terminará sua obra

em nós, levando-nos para a glória (Rm 8.18-23; 1 Jo 3.1-3).

A experiência do Espírito Santo que temos neste mundo é uma antecipação

das alegrias e bênçãos do céu. Assim, a garantia, ou primeira parcela, é a

comprovação da glória por vir, glória que não se manifestará apenas quando a

alma e o corpo se separarem, mas também, e especialmente, na grande

consumação de todas as coisas, na segunda vida de Cristo.

O que é o batismo do Espírito Santo?

Ao estudar o Got Questions.org , podemos definir o Batismo do Espírito

Santo como a obra através da qual o Espírito de Deus coloca o crente em

união com Cristo e em união com outros crentes no Corpo de Cristo, no

momento da salvação. I Coríntios 12:12-13 e Romanos 6:1-4 são as passagens

centrais na Bíblia onde encontramos esta doutrina. I Coríntios 12:13 declara:

“Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer

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judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um

Espírito.” Romanos 6:1-4 declara: “Que diremos pois? Permaneceremos no

pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos

mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos

quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De

sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como

Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós

também em novidade de vida.” Apesar de Romanos 6 não mencionar

especificamente o Espírito de Deus, descreve a posição dos crentes perante

Deus e I Coríntios 12 nos diz como isto acontece.

É necessário que observemos três fatos que ajudam a solidificar nossa

compreensão do Batismo do Espírito. Primeiramente, I Coríntios 12:13 afirma

claramente que todos fomos batizados no momento em que bebemos

(recebemos o Espírito para habitar em nós). Em segundo lugar, em nenhum

lugar das Escrituras ela exorta que os crentes sejam batizados com/ no/ pelo

Espírito. Isto indica que todos os crentes já experimentaram este ministério. Por

último, Efésios 4:5 parece se referir ao batismo do Espírito. Se este é mesmo o

caso, o batismo do Espírito já é a realidade de cada crente, assim como o são

“uma fé” e “um Pai”.

Concluindo, o batismo do Espírito Santo faz duas coisas: (1) nos une ao Corpo

de Cristo, e (2) valida nossa co-crucificação com Cristo. Sermos parte de Seu

corpo significa que somos levantados com Ele para novidade de vida

(Romanos 6:4). Devemos então exercitar nossos dons espirituais a fim de

mantermos este corpo funcionando adequadamente como afirma o contexto de

I Coríntios 12:13. Experimentar o batismo do Espírito funciona como base para

mantermos a unidade da igreja, como no contexto de Efésios 4:5. Sermos

associados com Cristo em Sua morte, sepultamento e ressurreição através do

batismo do Espírito estabelece a base para a conquista da nossa separação do

poder do pecado que está dentro de nós e nossa caminhada em novidade de

vida (Romanos 6:1-10, Colossenses 2:12) .

O QUE É O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO?

Revestimento de poder - Lc 24:49- “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.”

Unção - I Jo 2:27 – “E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas como a sua unção vos

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ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis.”

Virtude do Espírito - At 1:8 – “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria e até os confins da terra.”

Virtude é poder em ação. É o poder divino para testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele e ensinar-lhes a observar tudo quanto Ele ordenou. Diferença entre receber o Espírito Santo e o Batism o no Espírito Santo Receber: Jo 20.19-22 - “ ... assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” Receber o Batismo: At 1.5, 8; At 2.4; At 2.39

Para quem é? – PARA TODOS

At 2:38-39 – “...Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.”/

Joel 2:28-32 –“E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne.....”

Existem duas coisas básicas que impedem uma pessoa de receber o batismo com o Espírito Santo : a incredulidade ou pecados não confessados.

10. "... Os principados são lideranças internaciona is. Jesus está assentado acima deles. As potestades são lideranças nacionais. Dominam nações. Jesus está assentado acima deles. Não devemos confundir as potestades com os principados. Os pri ncipados atuam coletivamente enas instituições internacionais. As potestades atuam sobre as nações. Os dominadores dominam as nações , e também pelos lideres do povo...” (Comentário de Efésios 1.21). "

RESPOSTA: O que são "tronos, dominações, principados e potestades", segundo Colossenses 1.16?O apóstolo Paulo usa uma figura de linguagem chamada "hipérbole" (exagero), como faz em Romanos 8.38-39, quando diz, por exemplo, que nem altura, nem profundidade nos podem separar do amor de Jesus Cristo. O primeiro sentido, portanto, é este: tudo foi criado por Deus. Imagine a pessoa com mais poder no mundo: está sob o poder de Deus. Imagine a maior potência política, econômica e militar: está debaixo da onipotência de Deus.

A teologia judaica da época entendia que os anjos se organizavam em ordens e esses termos (dominações, principados e potestades) são uma descrição desta organização. O apóstolo Paulo usa os termos da época, que seus leitores entendessem. Não estava ele referendando esta teologia rabínica, mas

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buscando fazer uma ponte com seus leitores, para dizer "Até os anjos, dos mais aos menos importantes, foram criados por Deus

Antes vejamos o que a Palavra de Deus nos diz:

Romanos 8:38 – “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades ...”

Efésios 2:2

- nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de desobediência,

Efésios 3:10 - para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aos principados e potestades nas regiões celestes,

Efésios 6:12 - pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades , conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes.

Colossenses 1:16 - porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades ; tudo foi criado por ele e para ele.

Colossenses 2:15 - e, tendo despojado os principados e potestades , os exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz.

I Pedro 3:22 - que está à destra de Deus, tendo subido ao céu; havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potestades .

De acordo com a Bíblia potestades , tem 2 significados e se refere a anjos e poderes .

11. "Jesus quis revelar esse mistério aos seus dis cípulos quando disse-lhes: “Naquele dia compreendereis que eu estou em meu Pai”. O Espírito Santo está em Cristo porque somos parte do Corpo d e Cristo. Jesus assume o corpo (cabeça da Igreja). O corpo é a Igr eja, mas o Pai habitará no corpo do filho porque, no fim de tudo , o Filho de sujeitará ao Pai, para que eles sejam tudo em tos (no seu corpo, e isto so mente será possível em um só corpo. Veremos no fim de todas as coisas q uando todas as coisas estiverem sujeitas ao Filho; veremos diant e de nossos olhos o Pai habitado no corpo do Filho , 1 Cor 15.26-28, e o mistério estará plenamente revelado...” (Comentário de Efésios 1.2 3).

RESPOSTA: Em nenhuma parte da Escritura temos o ensinamento de que Deus no fim de tudo habitará no corpo de Jesus. Segundo a metafísica, tal doutrina não passa de fantasia. O comentarista diz “ para que eles sejam tudo em todos (no seu corpo, e isto somente será p ossível em um só corpo). Eu não sei onde o nosso irmão estudou teologia e filosofia, porque o que ensina contradiz todos os princípios da lógica, da metafísica e da teologia. Podemos classificar nesta tese da Bíblia Revelada – Novo Testamento

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Explicado , os seguintes erros teológicos: 1). Que Deus habitará no fim de tudo no corpo de Jesus; 2) Que eles (isto é, os três membros da trindade), habitarão no corpo de Jesus; 3) Que veremos diante de nossos olhos o Pai habitado no corpo do Filho. Vamos por parte. Primeiro, o texto bíblico diz:” E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele (Deus – Pai) que todas as coisas lhe sujeitou , a fim de que Deus (Divindade em Plenitude) seja tudo em todos” (1 Co 15.28). É um absurdo como a nota do referido texto bíblico na Bíblia Revelada diz a mesma heresia: “Quando o Pai habitará no Corpo do Filho – Cl 1.19;2.9;Ef 4.3-4, P. 719); Segundo, a Bíblia não diz que Deus será revelado na eternidade no corpo de Jesus. Pelo contrário, na eternidade, a Bíblia diz que Deus será tudo em todos, isto é, todos os seres espirituais terão plena consciência de Deus; Terceiro, a Bíblia não diz que Deus – Pai habitará o corpo de Jesus. Os que sabemos segundo 1 João 3.2 lemos: “ Mas amados, agora somos filhos de Deus, e até agora não se manifestou o que haveremos de ser. Mas nós sabemos que quando ele manifestar-se, seremos semelhante a ele, e o veremos como ele é” (Bíblia Revelada). Como é possível Deus habitar no corpo de Jesus se Jesus é Deus revelado nas naturezas divina e humana de Jesus? E ainda: Jesus após a ressurreição recebeu um corpo glorificado , espírito vivificante , exaltado por Deus. De acordo com a Bíblia não é o Pai que revela o Filho , é o filho que revela o Pai (Mt 11.27; Jo 1.18). É Jesus , o Filho de Deus , que revelada Deus. Agora esse negócio de Deus habitar em um só corpo, o corpo de seu Filho , é doutrina que desconhecemos na Bíblia e na história da teologia cristã. A Bíblia diz que Deus (Pai-Filho-Espírito Santo) será tudo em todos, e não que o Pai habitará em um só corpo. Não haverá corpo para Deus habitar na eternidade. O que a Bíblia ensina é que Deus será tudo em todos (isto é, todos os espíritos dos justos aperfeiçoados, inclusive os anjos eleitos de Deus). O grande mistério é que todos os salvos e seres celestiais terão o mesmo privilégio da manifestação da glória de Deus em suas consciências, espíritos, poderes cognitivos da natureza criada. Veremos a Jesus , assim como ele é , mas ao sujeitar-se todas as coisas a Deus, Deus será tudo em todos. Ensinar o que a bíblia não diz é cometer enganos .

12. "...A eternidade tem três dimensões , de acord o com o nome do Senhor Jeová: era é e será...” (Comentário de Efési os 3.2).

RESPOSTA: “Veja a exegese de dispensação no origina l grego: (oikonomeo) de 3623 (oikonomos); administração – de uma casa ou propriedade; especialmente uma administração religi osa: dispensação, administração” (Bíblia de Estudo PALAVRAS CHAVES : Hebraico/Grego).

No Novo Testamento encontramos as seguintes refe rências bíblicas sobre a palavra diispensação: Ef.110; Ef. 3.2; Ef. 3.9 e Cl 1.25. Portanto, a palavra dispensação não tem nehuma implicação com a invenção de três dimensões, ou mesmo com o nome “Senhor Jeová: era é e será”. Tudo isto não passa de uma falácia hermenêutica. A expressão de Ap 1.4 , diz respeito a ação do Logos no Tempo/Espaço e não na eternidade .

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O comentário de rodapé de Êxodo 3.14 da Bíblia de Estudo PALAVRAS CHAVES – hebraico/grego publicada pela CPAD não e stá muito claro ou bem colocado , pois o Nome do Eterno (IHVH) não pos sui corresponde em nenhuma língua ou dialeto. Mesmo a nota de refer ência do hebraico (1961) do termo (hãyah) raiz primitiva - compare com 1933; existir, isto é., ser ou vir a ser , acontecer (sempre enfático, e não um mero verbo de ligação ou auxiliar): - vir a ser, ser fazer-se; a lcançar , cumprir , andar fazendo , haver (semelhante) , passar , dar ocasião , será que, fazer , enfrequecer , vir, + seguir , suceder, X ter , dura r, pertencer, portai(vos), era (apressado), X ser/servir (para). Vervo que si gnifica existir , ser, vir a ser, acontecer , suceder ,ser feito. É usado mais de 3.500 vezes no Antigo Testamento” (Bíblia de Estudo – PALAVRAS CHAVES – H ebraico/Grego, CPAD”>

Na verdade a explicação acima em nada coorpera par a explicar a relação de Deus com a temporalidade, a especialidade, a exi stencialidade e materialidade em uma perspectiva metafísica da na tureza de Deus em sua relação com o universo e o próprio homem. Est a questão exige muito conhecimento de lógica, metafísica e ontolog ia.

Primeiro, vamos desmistificar o termo Jeová. Veja a explicação dos estudiosos a respeito do nome Jeová: “No hebraico moderno do século VI depois de Cristo, os Massoretas colocaram os sinais das vogais adonay nas consoantes do tetragrama, daí em diante que os clérigos católicos começaram a tentar escrever o nome divino: Iahweh, Jehovah, Iavé e Jeová.A partir do ano de 1514 depois de Cristo, começaram a usar o nome JEOVÁ e assim ficou conhecido e usado não porque seja a forma correta, mas por questão de ser bem mais conhecidaPortanto, em algumas traduções João Ferreira de Almeida, revista e corrigida, antigas, ali encontram o nome Jeová (somente no Antigo Testamento). Esta é a forma incorreta. O certo é Senhor ou Iahweh que estão com as vogais de Adonay que se traduz por Senhor” (www.cacp.org.br). Não existe no hebraico a expressão Senhor Jeová. Ou é Senhor(Adonay) ou é Jeová (com sinais das vogais de Adonay). Segundo, entende-se por eternidade a duração de um ser que exclui todocomeço e todo fim , bem como toda mudança ou sucessão . Boécio define a eternidade como "posse total, simultânea e perfeita de uma vida interminável". Convém unicamente a Deus . — A eternidadenão permite nenhuma verdadeira comparação com os acontecimentos temporais; propriamente não os precede, nem os acompanha, nem se segue a eles. Deus é presente a todos os tempos e coisas , na medida em que as conserva.Dizer que eternidade tem dimensões, é o mesmo que compará-la com o tempo. A expressão era é e será nada tem de comparação com a metafísica da eternidade, apenas diz respeito as etapas da revelação da história (tempo-espaço). Trata-se de uma linguagem condicional ao pensamento judaico-cristão.

13. "A imagem é o corpo do Filho que foi preparado antes da fundação do mundo, e foi criada. Por isso, Paulo diz que ele, na imagem, no seu corpo(somente), é o primogênito da criação. A image m do seu corpo foi o principio da criação, a primeira coisa a ser criad a. O corpo de Adão não

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foi criado, mas formado, pois a imagem de seu cor po já havia sido criada..." (Comentário de Efésios 3.4).

RESPOSTA: Se a imagem é o corpo do Filho e foi criada, então o filho foi criado, porque neste caso, o comentarista na separa a imagem do Filho, criando assim, uma espécie de arianismo moderno. Temos aqui três grandes problemas teológicos: Primeiro, que a imagem criada por Deus é a essência do corpo do seu Filho; segundo, que a imagem é a base da criação; terceiro, cria-se um problema seriíssimo entre imagem e espírito, porque tanto no hebraico quanto no grego , as expressões imagem e espírito não são a mesma coisa. Vamos considerar a exegese do Rev. Gildásio Reis , a seguir:

“Este talvez seja um dos capítulos mais importantes que estudaremos. Tentaremos responder perguntas como: Em que consiste a imagem de Deus no homem? Que efeito teve a queda do homem sobre a imagem de Deus? O que queremos dizer quando afirmamos que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus?

O conceito de imagem de Deus é o coração da antropologia cristã. Precisamos entender bem este conceito.

O homem distingue-se das demais criaturas de Deus, porque foi criado de uma maneira singular. Apenas do homem é dito que ele foi criado à imagem de Deus. Esta expressão descreve o homem na totalidade de sua existência, ele é um ser que reflete e espelha Deus. (Gn 1:26-28).

Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. (Gn 1:26-28).

A imagem de Deus no homem não é algo acidental(como o corpo de Jesus) , mas é algo essencial à natureza humana. O homem não pode ser homem sem a imagem de Deus. O homem é a imagem de Deus, não simplesmente a possui, como se fosse algo que lhe foi acrescentado.

“Imagem” e “Semelhança”?

Qual o significado destas palavras?

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Aqui eu quero ver com os irmãos, os 4 estágios da imagem de Deus no homem. A imagem original, a imagem desfigurada, A imagem original, a Imagem desfigurada, A imagem restaurada e a Imagem aperfeiçoada.

1 - A imagem de Deus no homem originalmente

No Velho Testamento encontramos apenas três passagens que tratam de forma específica a questão da imagem de Deus. (Gen. 1:26-28; 5:1-3; 9:6).

“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” . Sobre o significado das palavras "Imagem e Semelhança" entendemos que elas não se referem a coisas diferentes, embora alguns defensores da fé do passado tivessem crido diferente (1).

Veja as razões porque entendemos que estes dois termos querem significar a mesma coisa:

Em Gen. 1:26, aparecem as duas palavras "imagem e semelhança"; em 1:27 o autor usou apenas o termo "imagem"; em 5:1 ele resolve substituir o termo por outro - "semelhança", e, em 5:3, o autor novamente volta a usar as duas palavras , contudo em ordem diferente daquela usada em 1:26 - "semelhança e imagem" e em 9:6 ele volta a usar apenas um dos termos, optando agora pelo termo "imagem". Isto, deixa suficientemente claro para nós que "imagem e semelhança" são termos sinônimos, e que querem dizer a mesma coisa. Caso não fosse assim, o autor não faria estas mudanças alternando os termos.

O Que Significa ser Criado á Imagem e Semelhança?

Mas o que entendemos por Imagem e Semelhança? Por estes dois termos queremos dizer que o homem foi criado para refletir, espelhar e representar Deus. Nossos primeiros pais foram criados para refletir as qualidades que haviam em Deus, e isto em perfeita obediência, sem pecado. Agostinho diz que o homem foi criado "capaz de não pecar" (2). O homem podia agir perfeitamente e obedientemente na adoração , no serviço a Deus, no domínio e cuidado da criação e no amor e companheirismo uns com os outros.

Berkhof diz que na concepção reformada, a Imagem de Deus consiste na integridade original da natureza do homem, integridade esta expressa:

a. No Conhecimento Verdadeiro - Cl 3:10

“E vos revestistes do novo homem, que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”.

b. Na Justiça - Ef. 4:24

“E vos revestais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade”.

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c. Na Santidade - Ef 4:24

“E vos revestiais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (3).

Van Groningen assevera que:

Ao criar a humanidade á sua própria imagem, Deus estabeleceu uma relação na qual a humanidade poderia refletir, de modo finito, certos aspectos do infinito Rei-Criador. A humanidade deveria refletir as qualidades éticas de Deus, tais como "retidão e verdadeira santidade"... e seu "conhecimento" (Cl 3:10). A humanidade deveria dar expressão ás funções divinas em ralação ao cosmos e atividades tais como encher a terra, cultivá-la e governar sobre o mundo criado. A humanidade em uma forma física, também refletiria as próprias capacidades do Criador: apreender, conhecer, exercer amor, produzir, controlar e interagir (4).

Percebemos nas palavras do Dr. Van Groningen que ele apresenta a imagem de Deus como tendo uma tríplice relação:

A. Relação com Deus, B. Relação com o próximo C. Relação com a criação.

Iremos verificar em nosso estudo que em seu estado glorificado, os santos refletirão esta imagem e semelhança restaurando no estado final, esta tríplice relação em sua perfeição.

Antes do homem cair em pecado, ele refletia perfeitamente a imagem de Deus. Tudo estava em perfeita harmonia. Mas em que consistia este refletir a imagem de Deus?(5)

1 - O homem reflete a imagem de Deus como um ser que é relacional. Ele não é um ser que vive isolado, assim como Deus não vive só. Deus é Tripessoal, e se relaciona entre as pessoas da Trindade (Gn 1:26 - "Façamos o homem ... ")

O homem é uma pessoa, e como tal ele se relaciona. Foi por isto que Deus lhe fez uma companheira.

2 - O homem reflete a imagem de Deus pela sua capacidade de dominar sobre as outras coisas criadas.

O homem foi colocado como "senhor" da terra, para governá-la e cuidar dela. (Gn 1:26-28). O domínio do homem sobre as coisas criadas é parte essencial de sua natureza. Nesse sentido, o homem imita o Seu Criador, pois Deus é o Senhor soberano e absoluto exercendo domínio sobre toda a terra.

3 - O homem reflete a imagem de Deus por Ter atributo que chamamos "essenciais" nele; sem os quais ele não poderia continuar sendo o que é:

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a) Poder intelectual: É a faculdade de raciocinar, inteligência e outras capacidades intelectivas em geral, que refletem aquilo que Deus tem.

b) Afeições naturais: É a capacidade que o homem tem de ligar-se emocionalmente e afetivamente a outros seres e coisas. Deus tem esta capacidade.

c) Liberdade moral: Capacidade que o homem tem de fazer as coisas obedecendo a princípios morais.

d) Espiritualidade: A Escritura diz que o homem foi criado "alma vivente" (Gn 2:7). É a natureza imaterial do homem. Deus é espírito, e num certo sentido, o homem tem traços desta espiritualidade.

e) Imortalidade: Depois de criado, o homem não deixa mais de existir. A morte não é para o corpo, mas para o homem. Morte é separação e não cessação de existência. A imortalidade é essencial para Deus (I Tm 6:16). O homem, num caráter secundário derivado, passa a Ter a imortalidade.

2 - A queda e a Imagem Desfigurada

Como sabemos, este estado de integridade (“posso não pecar”) não foi mantido até o fim pelos nossos primeiros pais. Veio a desobediência e consequentemente a queda. Nossos primeiros pais, criados para refletir e representar Deus não passaram no teste. Provados, caíram e deformaram a imagem de Deus neles.

Podemos fazer a seguinte pergunta: Quando o homem caiu, perdeu ele totalmente a Imago Dei?

Respondemos que em seu aspecto estrutural ou ontológico (aquilo que o homem é), não foi eliminado com a queda, o homem continuou homem, mas após a queda, o aspecto funcional (aquilo que o homem faz) da imago Dei, seus dons, talentos e habilidades passaram a ser usados para afrontar a Deus.

Para Calvino, a imagem de Deus não foi totalmente aniquilada com a Queda, mas foi terrivelmente deformada Ele descreveu esta imagem depois da queda como “uma imagem deformada, doentia e desfigurada” (6).

O homem antes criado para refletir Deus, agora após a queda, precisa ter esta condição restaurada. Restauração esta que se estenderá por todo o processo da redenção. Esta renovação da imagem original de Deus no homem significa que o homem é capacitado a voltar-se para Deus, a voltar-se para o próximo e também voltar-se para a criação para governá-la.

3 - Cristo e a Imagem Renovada

Num sentido, como já dissemos, o homem ainda é portador da imagem de Deus, mas também num sentido, ele precisa ser renovado nesta imagem.

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Esta restauração da imagem só é possível através de Cristo, porque Cristo é a imagem perfeita de Deus, e o pecador precisa agora tornar-se mais semelhante a Cristo. Lemos em Cl. 1:15 "Ele é a imagem do Deus invisível" e em Romanos 8:29 que Deus nos predestinou para sermos "Conforme a imagem de Seu Filho ..." (I Jo 3:2; II Co 3:18)

4 - A Imagem Aperfeiçoada

A completação da perfeição dos cristãos será a participação da final glorificação de Cristo Jesus. Não somos apenas herdeiros de Deus, mas também co-herdeiros com Cristo, “Se com ele sofremos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). Não podemos pensar em Cristo separado de seu povo, nem de seu povo separado dele. Assim será na vida futura: a glorificação dos cristãos ocorrerá junto com a glorificação do Senhor Jesus . É exatamente isto que Paulo nos ensina em Cl 3:4:

“Quando Cristo que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, em glória”.

A glorificação é voltar à perfeição com a qual fomos criados por Deus, é voltar a imagem de Deus. Este é o propósito último de nossa redenção. Esta perfeição da imagem será o auge, a consumação do plano redentivo de Deus para o seu povo. E isto só é possível em Cristo.

Em Cristo, o eleito não apenas volta ao que era Adão antes de pecar, mas vai um pouco mais à frente:

Note as palavras de Anthony Hoekema:

Devemos ver o homem à luz de seu destino final (...) Adão ainda podia perder a impecabilidade e bem aventurança, mas aos santos glorificados isso não poderá mais ocorrer. Adão era "Capaz de não pecar e morrer"(posse non peccare et mori), os santos na glória, porém "não serão capazes de pecar e morrer" (non posse peccare et mori). Esta perfeição, que não se poderá perder, é aquilo para o qual o homem foi destinado e nada menos do que isto (7)

Sabemos que os santos glorificados, em seu estado final não vão pecar nem morrer. Várias passagens das Escrituras nos garantem isto. (Is. 25:8 I Cor. 15:42,54; Ef. 5:27; Ap. 21:4)

Paulo em sua carta aos Efésios nos ensina que o propósito de Deus para sua igreja, é apresentá-la “a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” ( Ef. 5:27)

Nesta dispensação, até a Segunda Vinda de Cristo, carregamos conosco, conforme lemos em I Cor. 15:49, a “imagem do que é terreno”, mas na glorificação, teremos plena e perfeitamente a “imagem do celestial”, ou seja, a imagem de Cristo. No porvir, nossa vida será gloriosa, porque teremos a

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imagem de Cristo, seremos como Ele é, e Cristo sendo a imagem de Deus, teremos a imagem de Deus de volta em nós de forma completa e perfeita.

Calvino comentando este texto de I Cor. 15:49 diz:

Pois agora começamos a exibir a imagem de Cristo, e somos transformados nela diária e paulatinamente; porém esta imagem depende da regeneração espiritual. Mas depois seremos restaurados à plenitude, que em nosso corpo, quer em nossa alma, o que agora teve início será levado à completação, e alcançaremos, em realidade, o que agora esperamos(8)

Note ainda as palavras de João: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-lo como ele é” (I Jo. 3:2).

O que João nos diz, é que, na ocasião da Segunda Vinda de Cristo, seremos assemelhados a Ele, perfeita e completamente. E como Cristo é a imagem de Deus invisível, os santos glorificados terão a imagem de Cristo. Isto significa dizer que a nossa imagem na glorificação, será restaurada à imagem de Deus. Esta semelhança a Deus e a Cristo é o propósito final da nossa redenção, ou seja, a glorificação.

Por enquanto, a imagem de Cristo em nós está em processo contínuo conforme nos diz Paulo em II Cor. 3:18 que estamos “sendo transformados de glória em glória” , mas após a nossa ressurreição, poderemos refletir a perfeição desta imagem, que Deus começou em nós, e assim, só então, poderemos ser tudo aquilo para o qual fomos destinados pelo Pai.

Neste processo de restauração da imagem de Deus em nós, através de Cristo, chamamos de santificação que é a “conformidade progressiva à imagem de Cristo aqui e agora (...); a glória é a conformidade perfeita a imagem de Cristo lá e então, Santificação é a glória começada; glória é a santificação completada” (9)

Gerrit C. Berkouwer, teólogo holandês, nos mostra que a verdadeira imagem de Deus se pode conseguir apenas em Jesus Cristo que é a imagem perfeita de Deus. Ser renovado á imagem de Deus é tornar-se parecido com Jesus (10).

Todo o povo de Deus, de todas as nações, tribos, línguas, estará então com Deus por toda a eternidade, glorificando a Deus pela adoração, serviço e louvor. Todos nossos atos serão enfim feitos sem pecado com perfeição e aí o propósito que Deus estabeleceu para seus remidos terá sido alcançado.

A Imagem de Deus para João Calvino (1509 - 1564) -

Veja como Calvino responde ás seguintes questões sobre a Imagem de Deus:

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1 - Onde situa-se a imagem de Deus no homem?

R: Segundo Calvino, ela é encontrada fundamentalmente na alma do homem.

2 - Em que constitui originalmente a imagem de Deus?

R: Com base em Cl 3:10 e Ef 4:24, Calvino conclui que a imagem de Deus no homem incluía originalmente o verdadeiro conhecimento, justiça e santidade.

3 - Existe algum aspecto sob o qual o homem decaído ainda é a imagem de Deus?

R: Antes da queda, de acordo com Calvino, o homem possuía a imagem de Deus em sua perfeição. A queda, contudo, teve um efeito devastador sobre esta imagem. A imagem de Deus não é totalmente aniquilada pela queda, mas é terrivelmente afetada, deformada.

4 - O que a queda fez à imagem de Deus?

R: O que aconteceu foi que quaisquer dons ou habilidades que o homem reteve, tais como razão e a vontade foram pervertidos e deturpados pela queda. Todas as suas faculdades estão viciadas e corrompidas.

5 - Como a imagem de Deus é renovada no homem?

R: Para Calvino, esta imagem é restaurada pela fé e começa na conversão. É a nossa conformação com a pessoa de Cristo. Isto é uma obra da graça de Deus que se inicia na regeneração e progressivamente termina na glorificação dos santos.

6 - Quando será completada a renovação da imagem de Deus?

R: Calvino responde: Na vida por vir. Seu explendor pleno será alcançado apenas no céu.

NOTAS

(1) Tertuliano (160-225); Orígenes e Clemente de Alexandria Deus (São Paulo, Ed. Cultura Cristã, 1999), 46-8. (2) Santo Agostinho, citado por Hoekema, op cit, p. 98. (3) L. Berkhof, Teologia Sistemática (São Paulo: Luz para o Caminho, 1990), 206.

(4) Gerard Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho testamento (Luz para o caminho: Campinas) 1995.

(5) Extraído adaptado de Apostila do Dr. Héber C. de Campos.

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(6) As Institutas, I, XV, 3.

(7) Anthony Hoekema - Criados Á Imagem de Deus (São Paulo, Ed. Cultura Cristã , 1999), 108.

(8) João Calvino, Comentário de I Coríntios , (Edições Paracletos, São Paulo, 1996), 488.

(9) F. F. Bruce, citado por Geoffrey B. Wilson, Romanos - Um Resumo de Pensamento Reformado, (SP - PES) 130.

(10) G.C.Berkouwer, Man, The image of God, p. 107.

Em termos bem simples, ter a “imagem” e “semelhança” de Deus significa que fomos feitos para nos parecermos com Deus. Adão não se pareceu com Deus no sentido de que Deus tivesse carne e sangue. As Escrituras dizem que “Deus é espírito” (João 4:24) e portanto existe sem um corpo. Entretanto, o corpo de Adão espelhou a vida de Deus, ao ponto de ter sido criado em perfeita saúde e não ser sujeito à morte.

A imagem de Deus se refere à parte imaterial do homem. Ela separa o homem do mundo animal, e o encaixa na “dominação” que Deus pretendeu (Gênesis 1:28), e o capacita a ter comunhão com seu Criador. É uma semelhança mental, moral e social.

Mentalmente, o homem foi criado como um agente racional e com poder de escolha: em outras palavras, o homem pode raciocinar e fazer escolhas. Isto é um reflexo do intelecto e liberdade de Deus. Todas as vezes que alguém inventa uma máquina, escreve um livro, pinta uma paisagem, se delicia com uma sinfonia, faz uma conta ou dá nome a um bichinho de estimação, esta pessoa está proclamando o fato de que somos feitos à imagem de Deus.

Moralmente, o homem foi criado em justiça e perfeita inocência, um reflexo da santidade de Deus. Deus viu tudo que tinha feito (incluindo a humanidade), e disse que tudo era “muito bom” (Gênesis 1:31). Nossa consciência, ou “bússola moral” é um vestígio daquele estado original. Todas as vezes que alguém escreve uma lei, volta atrás em relação ao mal, louva o bom comportamento ou se sente culpado, esse alguém está confirmando o fato de que somos feitos à própria imagem de Deus.

Socialmente, o homem foi criado para a comunhão. Isto reflete a natureza triúna de Deus e Seu amor. No Éden, o primeiro relacionamento do homem foi com Deus (Gênesis 3:8 indica comunhão com Deus), e Deus fez a primeira mulher porque “não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2:18). Todas as vezes que alguém escolhe uma esposa e se casa, faz um amigo, abraça uma criança ou vai à igreja, esta pessoa está demonstrando o fato de que somos feitos à semelhança de Deus.

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Parte de sermos feitos à imagem de Deus significa que Adão tinha a capacidade de tomar decisões livres. Apesar de ter sido dada a ele uma natureza reta, Adão fez uma má escolha em se rebelar contra seu Criador. Fazendo isto, Adão manchou a imagem de Deus dentro de si, e passou adiante esta semelhança danificada a todos os seus filhos, incluindo a nós (Romanos 5:12). Hoje, ainda trazemos conosco a imagem de Deus (Tiago 3:9), mas também trazemos as cicatrizes do pecado. Mentalmente, moralmente, socialmente e fisicamente, mostramos os efeitos. As boas novas são que, quando Deus redime uma pessoa, Ele começa a restaurar a imagem original de Deus, criando “o novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:24; veja também Colossenses 3:10).

14. "O homem tinha algo a mais, o corpo que Deus me smo não tinha. Deus era dicótomo (duas partes). As partes imateri ais (espirituais) têm capacidade de compartilhar do mesmo espaço ao mesmo tempo, sem perder a sua identidade... " (Comentário de Efésio s 3.9).

RESPOSTA: Que loucura de tese teológica! Declarar que Deus é dicótomo (duas partes) me parece que beira ao dualismo, politeismo, gnosticismo, paganismo, mitologia grega,etc. “As partes imateriais”. Deus não se divide em sua essência; Deus não têm parte ; Deus é Único , Dt 6.4. Verifiquei em vários sites que esta heresia está se espalhando rapidamente. É só buscar pelo termo: Deus dicótomo.

Teologia é para poucos. Não é qualquer pessoa que tem capacidade de compreender as profundezas da teologia. É por isso que resolvemos refutar ensinamentos contrários a revelação bíblica e aos ensinamentos da igreja de Jesus Cristo, desde a época dos apóstolos, passando pelos concílios eclesiásticos , chegando na reforma e até nós com o movimento do pentecostalismo que nos trouxe grandes aberturas para a Palavra de Deus . Afinal, quem é Deus? O que constitui a natureza divina? Qual é o modo de ser de Deus? Estas perguntas nos levam à sarça ardente e à terra santa. Nós devemos caminhar suavemente, andar humildemente e evitar suposições. Mas podemos ir até onde a revelação divina for.

Existe realmente uma natureza divina. Com a palavra "natureza" indicamos as características que diferenciam um ser dos demais. Falamos, portanto, da natureza angélica, da natureza humana e da natureza das bestas feras. A possibilidade de falarmos da natureza de Deus foi sugerida pelo apóstolo Paulo quando disse que os gálatas, antes de serem convertidos, serviam aqueles que por natureza não eram deuses. Gálatas 4:8. Isto claramente implica a existência de alguém que por natureza é Deus.

DEUS É UM SER PESSOAL

A pessoa de Deus é bem distinta do panteísmo, que diz que tudo o que é agregado é Deus. Deus é tudo e tudo é Deus. Como um ser pessoal, Deus é imanente e transcendente, isto significa que, Ele está na Sua criação e ao

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mesmo tempo acima de Sua criação. Ele é uma pessoa na Sua criação e ao mesmo tempo Ele está separado e bem distinto dela. Ele também está acima de Sua criação, isto é, Ele é maior que Sua criação, distinto dela e não faz parte dela. Na oração de Salomão por ocasião da dedicação do templo, ele prestou tributos à grandeza transcendental de Deus com estas palavras: "Mas na verdade habitará Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus, te não poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado". 1 Reis 8:27.

Existem três marcas de personalidade: a auto-consciência, auto-determinação e consciência moral e todas estas três qualidades pertencem a Deus.

DEUS É UM SER ESPIRITUAL

Deus é exclusivamente espírito. João 4:24. O leitor deverá reconhecer esta verdade ou terá problema para entender as três pessoas da trindade. Como espírito Deus não pode ser dividido ou composto. Como espírito Ele é invisível e intangível. "Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito que está no seio do Pai, esse o fez conhecer". João 1:18.

ARGUMENTO

1. Ele é o criador dos espíritos, e desde que o ser espiritual é o nível mais alto de ser, Ele deve ter a natureza pertencente a este nível.

2. As Escrituras atribuem espiritualidade a Deus. João 4:24, Hebreus l2:9.

3. Sua espiritualidade pode ser argumentada do ponto de Sua imensidade e eternidade. Ele é infinito quanto a espaço e tempo. A matéria é limitada ao tempo e espaço, mas Deus é onipresente e eterno.

4. Sua espiritualidade pode ser argumentada através de Sua independência e imutabilidade. Tudo o que é matéria pode ser dividido, somado ou diminuído. A matéria é sujeita as mudanças, mas Deus é imutável.

5. Sua espiritualidade pode também ser argumentada através de Suas perfeições absolutas. A matéria impõe limitações e não é sistemática nem consistente com a perfeição absoluta. A palavra perfeição é usada aqui com um significado amplo e não só no sentido de não ter pecado. O Salvador, em Seu corpo humano tinha Seus limites ainda que sem pecado. Ele não podia estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Ele não estava imune à fome, sede, cansaço e dor.

OBJEÇÃO

Muitas passagens nas Escrituras atribuem partes do corpo a Deus. Falam de Seus olhos, Sua face, Suas mãos e Seus braços, etc. Em réplica podemos dizer que a linguagem é figurativa e é usada de modo conveniente ao

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entendimento humano. Tal linguagem é chamada de antropomorfismo, isto é atribuição de características humanas a seres que não são humanos. O corpo de Jesus é apenas o veículo da revelação (Jo 1-14). Deus não precisa de um corpo. Negar a humanidade de Jesus e a manifestação divina no corpo de Jesus é heresia, como da mesma forma, é heresia dizer que Deus passou a ser tricotomo, porque antes era dicótomo , porque não tinha um corpo, e agora o tem , é cometer heresia. O corpo de Jesus não é a ultima realidade de Deus, veja: 1 Co 15.28.

DEUS É UM SER TRIÚNO

Existe uma essência Divina de ser que subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Deus é uma trindade, três em um. Na primeira parte do século IV quando o arianismo ameaçava dominar o setor religioso, um jovem teólogo, Atanásio, formulou uma declaração que foi incorporada no credo Nicenos. Dizia: "Nós adoramos um Deus na trindade e trindade em união, não confundindo as pessoas nem dividindo a substância". Esta afirmação é notória e profunda, mas clara e simples. A noção ariana fazia do Pai, o supremo Deus e do Filho apenas um ser divino, mas subordinado. De acordo com ÁRIUS, o Filho era semelhante, mas não da mesma substância do Pai.

A noção Sabeliana é que Deus é uma pessoa, que se manifesta certas vezes como o Pai, às vezes como o Filho e ainda outras vezes como o Espírito Santo. Mas tal noção faria com que Ele deixasse de existir como Pai quando manifestado como Filho.

Se Deus fosse um ser físico existindo como uma trindade, Ele estaria em três partes, e se estas partes fossem pessoas, cada pessoa seria apenas parte de Deus. Mas como espírito, Ele é três pessoas mas uma só substância e cada pessoa é em si o todo de Deus. Concernente ao Filho, lemos que nEle habitou corporalmente toda a plenitude da divindade. Colossenses 2:9. E também Ele é chamado a imagem do Deus invisível em Colossenses 1:15.

Deus não é três pessoas no mesmo sentido que um pai, mãe e filho são três pessoas de uma só família.

Deus tem três modos de ser, três centros de consciência pessoal. Essencialmente Ele é um, mas relativamente Ele é três pessoas. E nestas relações, Ele existe como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O Doutor Strong resume o fato da seguinte maneira: Na questão da fonte, origem e autoridade, Ele é Pai: No questão de expressão, meio e revelação, Ele é Filho. E na questão de compreensão, realização e concepção, Ele é Espírito. O Doutor Strong em quatro pensamentos faz um resumo da diferença entre o trabalho do Filho e do Espírito Santo.

15. "Efésios 3.21: a ele seja a glória, na igreja e por meio de Cristo Jesus, em todas as gerações, idades, mundos e por toda a eternidade. Amém!, Rm 11.36 "

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RESPOSTA: Que tradução é esta? Vejamos este mesmo texto em várias versões : 1) “ A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém” (ACF);2) “Glória a Deus por meio da Igreja e por meio de Cristo Jesus, por todos os tempos e para todo o sempre! Amém! (NTLH). 3) “ A ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém” (NVI). 4) “A ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém! (RA). 5) “ AUTÔ Ê DOXA EN TÊ EKKLÊSIA KAI EN KHRISTÔ IÊSOU EIS PASAS TAS GENEAS TOU AIÔNOS TÔN AIÔNÔN AMÊN ( Novo Testamento em grego Nestle-Aland 26). 6) αυτω η δοξα εν τη εκκλησια εν χριστω ιησου εις πασας τας γενεας του αιωνος των αιωνων αµην (TR); 7) “Unto him be glory in the church by christ Jesus throughout all ages, world without and. Amem “ (King James Version); 8) “Receba da igreja e de Cristo Jesus a glória em todas as gerações, pelos séculos dos séculos. Amem” (Bíblia do Peregrino); 9) “De geração a geração ,para todo o sempre. Essa linguagem é amesma dos salmos –ver: Salmo 48.13;119-90;145.4,13” (Comentário Bíblico Judaico do NT) ;10) A ele seja a glória na Igreja e em Jesus Cristo, por todas as gerações dos ´seculos dos séculos! Amém” (Bíblia de Jerusalém);11) “Para El, sea la kavod em La comunidad Mesianica y em El Mashiaj Yshuah de generacion a generacion para siempre. Amem” (Brit Hadashah – Pacto Renovado); 12) “ a El sea gloria enla iglesia en Cristo Jesús por todas lãs edades , por los siglos de los siglos. Amem” ( Nueva Bíblia de Estudio SCOFIELD); 13) “ A El sea La glória em La iglesia y en Jesus El Mesías , por todas las generaciones de todas lãs edades, por los siglos, amem” (Bíblia Textual – De regreso a lãs fuentes ); 15) “ a él sea gloria en la iglesia en Cristo Jesús por todas las edades, por los siglos de los siglos. Amén.” (Bíblia Reina Valera, 1960) Foram verificadas quinze traduções/versões diferentes e não encontramos a expressão “mundos” .

Exegese das Palavras: Geração (Genea; Aion; Cosmos) .

“ Genea. Época (i.e, espaço de tempo normalmente ocupado por cada geração sucessível), espaço de 30-33 anos. Aion. Para sempre, uma idade ininterrupta, tempo pérpetuo, eternidade – os mundos , universo, pe´riodo de tempos, idade, geração. É unicamente numa parte de seus significados que estas duas palavras são num sentido real sinônimas, e é esta parte que é aqui considerada. Ambas A.V e R.V freqüentemente traduzem aion por mundo, dessa forma obscurecendo a distinção entre esta e cosmos. Aion é geralmente melhor traduzida como geração , é o mundo num dado momento , um período particular na história universal. Aion é encontrado , aparentemente em Hb 1.1; 11.3 , onde denota os mundos em referência ao espaço antes que o tempo”. ( RA – Almeida Revista e Atualizada , com números de Strong , SBB, 1993).

A conclusão que chegamos é que não podemos inserir a frase: “mundos” , porque mudaria o sentido bíblico do texto em relação as palavras geração e eternidade , pois uma vez esses mesmo termos incluídos , fica desnecessário admitir a expressão “ mundos ” em Efésios 3.21, para assim , evitar idéias gnósticas ou interpretações perigosas ao texto bíblico em questão.

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Comentário: “No verso 21 está escrito: “... a esse glória na igreja, por Jesus Cristo”. Numa outra versão do original, o texto fica assim: “... a ele seja a glória na igreja”. Que glória? A glória de Cristo refletida na sua Igreja. Em todas as gerações, essa glória sempre lhe pertencerá, e na atual dispensação Ele é o motivo da manifestação da graça de Deus.

As expressões “para todo o sempre” (v. 21) ou, em outra versão, “por todos os séculos” equivalem a dizer que todos os séculos formam a eternidade. A glória de Cristo na Igreja brilhará por toda a eternidade.

A glória de Cristo na igreja refere-se, também, ao testemunho da Igreja a respeito de Cristo, bem como o caráter genuíno do Cristianismo mantido contra todas as intempéries dos séculos. A Igreja é sempre uma instituição divina, e nunca uma instituição meramente humana. A glória de Cristo reflete-se na Igreja, isto é, nos crentes que vivem com inteireza os seus ensinos. Nada deve empanar essa glória”. Idades e Mundos não constam nos melhores e mais antigos manuscritos gregos do NT.

Gerações, idades ,mundos e eternidades. Na verdade não consta nos manuscritos mais antigos e aceitos pela Igreja a palavra “Mundos”. Será o quer dizer o comentarista da Bíblia Revelada? O teólogo A.T . Robertson comenta:”Enla iglesia (em tëi ekklesiai ) . La iglesia universal, El cuerpo de Cristo. Y em cristo jesús (kai em christöi Iësou). La cabebeza de La gloriosa iglesia” ( Comentário Al Texto Griego Del Nuevo Testamento - de La epistola a los efésios). É complicado quando um pastor , pregador ou teólogo traduz um texto sem citar a fonte do manuscrito. Qual foi o manuscrito usado pelo comentarista da bíblia revelada? Ele afirma que o seu trabalho foi traduzido, comentado e editado por ele mesmo. Na página 6 da bíblia Revelada lemos: “ tradução dos mais antigos textos em hebraico (como o Massorético), em aramaico e em Grego (como o Textus Receptus), em comparação com as versões Vulgata latina , Sptuaginta , o texto do Rei Tiago , o texto Reina Valera , de 1909, e com as melhores partes dos textos em grego de Eramus (1516-1522), de Stephanus (1550) , de Beza (1565), de Elzevir (1524-1678) , e conferida com mais de 115 versões modernas , por Aldery Nelson da Silva Rocha; este trabalho foi iniciado no ano de 1980 e finalizado no ano de 2011”.

O termo “Mundos” , parece que expressa uma idéia de outros mundos habitados ou sistemas de seres inteligentes idêntico ou superior ao nosso. De todo o caso , seria bom que o teólogo Aldery Rocha explicasse melhor o que ele quis dizer por “mundos” , uma vez que tal expressão não consta nos manuscritos mais antigos e aceitos pela Igreja. O tradutor da Bíblia Revelada cita a Vulgata latina . Vejamos o texto original: “ipsi gloria in ecclesia et in Christo Iesu in omnes generationes saeculi saeculorum amen (Efésios 3.21) . na da diz de “mundos”. Este texto é um dos mais antigos da Igreja. Conseguir uma cópia digitalizada através de um teólogo Jesuíta.Posso prová para quem quiser , mas só não posso alterar o texto de Jerônimo!

Será que tal termo “mundos” se encontra no Textus Receptus? Vejamos : αυτω η δοξα εν τη εκκλησια εν χριστω ιησου εις πασας τας γενεας του αιωνος των αιωνων αµην (Novo Testamento Grego do Textus Receptus – Efésios 3.21). Não consta! Então de onde o tradutor da Bíblia Revelada tirou a expressão “Mundos”? Ele mesmo deverá responder a esta questão.

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Este é o texto original do Codex Sinaíticus:

µιν αυτω η δοξα εν τη εκκληϲια και εν χω ιυ ειϲ παϲαϲ ταϲ γενεαϲ του αι ωνοϲ των αιω νων αµην (Efésios 3.21)

Tradução em inglês: to him be glory in the church in Christ Jesus through all the generations of the age of ages: amen (Efésios 3.21).

O Codex Sinaiticus é um dos mais importantes livros do mundo. Escrito à mão há mais de 1600 anos, o manuscrito contém a Bíblia cristã em Grego, incluindo a cópia mais antiga do Novo Testamento. O seu texto rigorosamente corrigido é de uma importância extraordinária para a história da Bíblia e o manuscrito – o mais antigo e importante livro que sobreviveu à Antigüidade – é de suprema importância para a história do livro.

16. "O Espírito é dos três , pois é o vinculo da u nidade.Segundo Efésio 4.4, há um só Espírito. Não há o Espírito Santo do Pai, o Espírito Santo do Filho e o Espírito Santo . O Espírito Santo é d e Cristo, é do Pai e é do Espírito Santo. Todos têm o mesmo Espírito, porque há somente um Espírito. O Espírito que estava em Cristo no seu m inistério é o Espírito do Pai que também é o Espírito Santo. Jesus nasceu depois de gerado o espírito humano de Cristo , e como Cristo já era u ma alma antes de se encarnar, temos diante de nós duas partes que já ex istiam antes da encarnação: espírito e alma. Isto não sucede com o homem natural...” (Comentário de Efésios 4;3).

RESPOSTA: Jesus não recebeu espírito humano em sua encarnação; ele recebeu uma alma racional e o espírito que nEle habitava era o próprio Espírito de Deus que constituía no seu EU.A declaração da Bíblia Revelada que Jesus possuía um espírito humano é contrária aos ensinamentos do NT e dos pais da igreja antiga. Temos aqui mais dois problemas teológicos: Primeiro Jesus antes da encarnação não possuía alma e espírito ao mesmo tempo. A alma ele recebe na encarnação e o Espírito que lhe é próprio é o mesmo que o Logos, Segundo, não é possível aplicar a natureza do Logo a doutrina dualista: alma e espírito. Tal ensinamento não tem o apoio de uma excelente exegese bíblica. Não sabemos o que a Bíblia Revelada quer dizer por alma e espírito em relação a Jesus, mas me parece que o comentarista é confuso e novato em teologia.

O Primeiro Concílio de Constantinopla se realizou em 381, foi debatida a natureza de Cristo e o arianismo.Até cerca de 360 D.C, debates teológicos tratavam principalmente da divindade de Jesus, a segunda pessoa do Trindade. No entanto, o Concílio de Nicéia não esclareceu a divindade do Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, que se tornou um tema de debate, sendo que os macedonianos negavam a divindade do Espírito Santo.

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O concílio foi presidido sucessivamente por Timóteo de Alexandria, Manuel da Antioquia, Gregório Nazianzeno e Nectario, arcebispo de Constantinopla. O concílio reconfirmou o credo nicenocomo uma verdadeira exposição de fé ortodoxa, e desenvolveu uma declaração de fé que incluía a linguagem de Niceia, mas ampliou a discussão sobre o Espírito Santo para combater a heresia dos macedonianos. É o chamado Credo Niceno-Constantinopolitano e foi um comentário sobre a declaração original de Niceia. Expandiu-se o terceiro artigo do credo para lidar com o Espírito Santo, assim como algumas outras mudanças. Sobre o Espírito Santo o artigo de fé, disse que é "o Senhor, o Doador da vida, que procede do Pai, com o Pai e o F ilho é adorado e glorificado ". Com isso ficou estabelecido que o Espírito Santo deve ser do mesmo ser (ousia) que Deus Pai. Esta decisão do concílio sobre o Espírito Santo também deu apoio oficial para o conceito de Trindade. Está bem claro que a teologia da bíblia revelada é inovadora no sentido de criar novas formas teológicas para a doutrina da divindade. Basta !

17. "Por causado vinculo entre o Pai e o filho, não há três deuses, mas três pessoas unidascom um vinculo inseparável para não haver individualidade...” (Comentário deEfésios 4.4).

RESPOSTA: Individualidade! Será que cada pessoa da trindade é distinta? Vejamos o credo de Atanásio

ORIGEM

O Credo de Atanásio, subscrito pelos três principais ramos da Igreja Cristã, é geralmente atribuído a Atanásio, Bispo de Alexandria (século IV), mas estudiosos do assunto conferem a ele data posterior (século V). Sua forma final teria sido alcançada apenas no século VIII. O texto grego mais antigo deste credo provém de um sermão de Cesário, no início do século VI.

O credo de Atanasio, com quarenta artigos, é um tanto longo para um credo, mas é considerado “um majestoso e único monumento da fé imutável de toda a igreja quanto aos grandes mistérios da divindade, da Trindade de pessoas em um só Deus e da dualidade de naturezas de um único Cristo.” [1]

TEXTO

1. Todo aquele que quiser ser salvo, é necessário acima de tudo, que sustente a fé universal. [2] 2. A qual, a menos que cada um preserve perfeita e inviolável, certamente perecerá para sempre. 3. Mas a fé universal é esta, que adoremos um único Deus em Trindade, e a Trindade em unidade. 4. Não confundindo as pessoas, nem dividindo a substância. 5. Porque a pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra. 6. Mas no Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma mesma divindade, igual em glória e co-eterna majestade. 7. O que o Pai é, o mesmo é o Filho, e o Espírito Santo. 8. O Pai é não criado, o Filho é não criado, o Espírito Santo é não criado. 9. O Pai é ilimitado, o Filho é ilimitado, o Espírito Santo é ilimitado. 10. O Pai é eterno, o

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Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. 11. Contudo, não há três eternos, mas um eterno. 12. Portanto não há três (seres) não criados, nem três ilimitados, mas um não criado e um ilimitado. 13. Do mesmo modo, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente. 14. Contudo, não há três onipotentes, mas um só onipotente. 15. Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus. 16. Contudo, não há três Deuses, mas um só Deus. 17. Portanto o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, e o Espírito Santo é Senhor. 18. Contudo, não há três Senhores, mas um só Senhor. 19. Porque, assim como compelidos pela verdade cristã a confessar cada pessoa separadamente como Deus e Senhor; assim também somos proibidos pela religião universal de dizer que há três Deuses ou Senhores. 20. O Pai não foi feito de ninguém, nem criado, nem gerado. 21. O Filho procede do Pai somente, nem feito, nem criado, mas gerado. 22. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, não feito, nem criado, nem gerado, mas procedente. 23. Portanto, há um só Pai, não três Pais, um Filho, não três Filhos, um Espírito Santo, não três Espíritos Santos. 24. E nessa Trindade nenhum é primeiro ou último, nenhum é maior ou menor. 25. Mas todas as três pessoas co-eternas são co-iguais entre si; de modo que em tudo o que foi dito acima, tanto a unidade em trindade, como a trindade em unidade deve ser cultuada. 26. Logo, todo aquele que quiser ser salvo deve pensar desse modo com relação à Trindade. 27. Mas também é necessário para a salvação eterna, que se creia fielmente na encarnação do nosso Senhor Jesus Cristo. 28. É, portanto, fé verdadeira, que creiamos e confessemos que nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é tanto Deus como homem. 29. Ele é Deus eternamente gerado da substância do Pai; homem nascido no tempo da substância da sua mãe. 30. Perfeito Deus, perfeito homem, subsistindo de uma alma racional e carne humana. 31. Igual ao Pai com relação à sua divindade, menor do que o Pai com relação à sua humanidade. 32. O qual, embora seja Deus e homem, não é dois mas um só Cristo. 33. Mas um, não pela conversão da sua divindade em carne, mas por sua divindade haver assumido sua humanidade. 34. Um, não, de modo algum, pela confusão de substância, mas pela unidade de pessoa. 35. Pois assim como uma alma racional e carne constituem um só homem, assim Deus e homem constituem um só Cristo. 36. O qual sofreu por nossa salvação, desceu ao Hades, ressuscitou dos mortos ao terceiro dia. 37. Ascendeu ao céu, sentou à direita de Deus Pai onipotente, de onde virá para julgar os vivos e os mortos. 38. Em cuja vinda, todo homem ressuscitará com seus corpos, e prestarão conta de sua obras. 39. E aqueles que houverem feito o bem irão para a vida eterna; aqueles que houverem feito o mal, para o fogo eterno. 40. Esta é a fé Universal, a qual a não ser que um homem creia firmemente nela, não pode ser salvo. [3]

NOTAS

* Extraído de Paulo Anglada, Sola Scriptura : A Doutrina Reformada das Escrituras (São Paulo: Os Puritanos, 1998), 180-82.

[1] A. A. Hodge, The Confession of Faith ( Edinburgh & Pennsylvania: The Banner of Truth Trust, 1992 ), 7.

[2] O termo universal traduz a palavra católica , a qual também poderia ser traduzida por geral .

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[3] Traduzido a partir do inglês de A. A. Hodge, Outlines of Theology ( Edinburgh, & Pennsylvania: The Banner of Truth Trust, 1991), 117-118.

Quando um individuo não entende de doutrina bíblica , fica claro que passa a ensinar o que pensa ou o que busca em fontes duvidosas. Qual é a fonte da teologia da Bíblia Revelada? Será nas religiões orientais? Será no gnostisimo ? Será no misticismo moderno? Ou será em sua própria fonte, isto é, na Bíblia Revelada?

18. "A divindade tem três almas. A alma é a pessoa ; elas fazem parte da mesma família, a família Jeová. O nome de cada uma dessas almas é Jeová. Essas três almas comungam a mesma . Essa uni dade é proporcionada pelo Espírito da unidade. São uma plu ralidade de pessoas , Ef. 4.4-6. Assim é o seu nome, um nome para três pessoas. E este nome é o Senhor – Jeová. Eles conmungam um só nome própr io. E, por esse nome, têm um só senhorio...” (Comentário de Efési os 4.5).

RESPOSTA: Primeiro, não existe uma tal de família Jeová. Isso é coisa do politeísmo. E nem a divindade tem três almas. As almas só pertencem aos homens. Jesus Cristo tinha uma alma racional por causa da sua natureza humana (Jo 1.1-14). Onde é que está registrado na Bíblia que o nome de cada uma dessas “supostas almas” trinitarianas existem ? Senhor ou Jeová não é nome , é titulo. Aliás, existem cerca de setenta e dois títulos para Deus nos estudos judaicos. O nome mesmo é IHVH e não Jeová, que é o resultado das vogais de Adonay com IHVH. É muita confusão a explicação da Bíblia Revelada. Veja abaixo o nome de Deus em hebraico. Não existe nada de três almas na divindade e nem que o nome é Jeová.

O Tetragrama Sagrado YHVH ou YHWH (mais usado), na grafia ,הו-הי) original, o hebraico), refere-se ao nome do Deus de Israel em forma escrita já transliterada e, pois, latinizada, como de uso corrente na maioria das culturas atuais.

A forma da expressão ao declarar o nome de Deus YHVH (ou JHVH na forma latinizada) deixou de ser utilizada há milhares de anos na pronúncia correta do hebraico original (que é declarada como uma língua quase que completamente extinta). As pessoas perderam ao longo das décadas a capacidade de pronunciar de forma satisfatória e correta, pois a língua precisaria se curvar (dobrar) de uma forma em que especialistas no assunto descreveriam hoje em dia como impossível.

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Originariamente, em aramaico e hebraico, era escrito e lido horizontalmente, da direita para esquerdaהו-הי; ou seja, HVHY. Formado por quatro consoantes hebraicas — Yud o Tetragrama YHVH tem sido ,הו-הי ou ה Hêi ו Vav ה Hêi י latinizado para JHVH já por muitos séculos.

As letras da direita para esquerda segundo o alfabeto hebraico são:

Hebraico Pronúncia Letra

יYodh ou Yud "Y"

הHe ou Hêi "H"

וWaw ou Vav "V"

הHe ou Hêi "H"

O tetragrama aparece 6.828 vezes — sozinho ou em conjunção com outro "nome" — no texto hebraico do Antigo Testamento, a indicar, pois, tratar-se de nome muito conhecido e que dispensava a presença de sinais vocálicos auxiliares (as vogais intercalares).

Os nomes YaHVeH (vertido em português para Javé ), ou YeHoVaH (vertido em português para Jeová ), são transliterações possíveis nas línguas portuguesas e espanholas, mas alguns eruditos preferem o uso mais primitivo do nome das quatro consoantes YHVH; já outros eruditos favorecem o nome Javé (Yahvéh ou JaHWeH). Ainda alguns destes estudiosos concordam que a pronúncia Jeová (YeHoVaH ou JeHoVáH), seja correcta, sendo esta última a pronúncia mais popular do Nome de Deus em vários idiomas.

19.. "Porque somente um pessoa as divindade tem o c orpo, há uma única revelação física de Deus. Este é o grande segredo teológico.Entre os três , um foi escolhido para revelar, por seu corp o, toda a plenitude da divindade. Isto quer dizer que foi do agrado de De us, isto é, o Pai, o Espírito Santo no corpo do Filho." (Comentário de Efésios 4.6).

RESPOSTA: Deus não é física, química ou biologia. O fato de a Bíblia dizer que o Verbo (Logos) se fez carne (Natureza Humana), não quer dizer que Deus em sua natureza é composto de física ou de um corpo. O corpo de Jesus foi tão-somente um veículo da revelação divina no processo histórico-cristológico da salvação da humanidade. Notaremos a seguir uma análise exegética das línguas originais da Bíblia, a fim de eliminarmos toda a idéia de que Deus tem ALMA ou um CORPO FÍSICO.

4 termos hebraicos relativos à natureza humana:

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Existem 4 palavras hebraicas relativas ao substant ivo – “homem” , “ser

humano” (adam, ish, enosh, gever).

Veremos as 4 palavras relativas à natureza humana: basar ou se’er (“carne”),

ruakh (“espírito”), nephesh (“alma”) e lev (“coração”). O A.T nenhuma vez

explica esses aspectos da natureza humana de modo sistemático. Cada termo

tem mais de um sentido, às vezes físico, outras vezes psíquico.

Basar ou se’erreferem-se à parte visível, externa, física e mater ial da

natureza humana. Essas duas palavras hebraicas traduzíveis por “carne” tem

muito pouca diferença em seu sentido. Basar ocorre 273 vezes, enquanto se’er

é encontrado apenas 17 vezes. Os dois termos se referem primordialmente às

partes musculares das pessoas e dos animais. Nenhum dos dois refere-se a

Deus no A.T. Na verdade, uma passagem afirma explicitamente que Deus não

é carne (Is. 31.3). A carne liga o ser humano ao mundo animal, não ao divino.

A “carne” no A.T, é fraca (2 Cr 32.8; Sl 56.4; Jr 17.5). Com frequência o termo

se refere a alimentos (Ex 21.10; Lv 4.11; Sl 78.20; Is 22.13). Ele pode indicar

uma pessoa ou individuo (Lv 13.18; Pv 11.17). A carne também tem qualidades

psíquicas no A.T. Ela pode “ter esperança” (Sl 16.9), “ansiar por Deus” (Sl

63.1), “cantar de alegria para o Deus vivo” (Sl 84.2).

Ruakh, “vento”, “espírito”, “fôlego”, ocorre 378 vezes no texto hebraico e 11

vezes nas porções aramaicas da Bíblia. Aproximadamente 113 vezes ruakh se

refere a “vento” ou ar em movimento. Em 136 lugares ruakh se refere ao

“Espírito de Deus”, e 130 referências para o “espírito humano”.

A idéia básica de ruakh, como na palavra grega pneu ma, é “vento”. Jesus

comparou a obra do Espírito ao vento (Jo 3.6-8), seguindo os profetas e

escritores do A.T que viam em ruakh uma energia ou poder ativo, sobre-

humano, invisível e misterioso. Ruakh se refere ao vento oriental (Ex 10.13;

14.21), ao vento norte (Pv 25.23), ao vento ocidental (Ex. 10.19), aos quatro

ventos (Jr 49.36; Ez 37.9), ao vento forte (Sl 55.8) e ao vento do céu (Gn

8.1; Ex 15.10).

No começo do A.T é feita a associação entre o “sopro” de Deus e o “principio

de vida” no ser humano (Gn 2.7; 6.17; 7.15-22). O sopro que energizou o ser

humano foi uma dádiva do Espírito de Deus (Jó 9.18; 19.17; 27.3; Is 42.5;

57.16). Os ídolos não têm o “espírito” ou “fôlego”. Eles não tem vida nem poder

(Jr 10.14; Hc 2.19). Os “ossos” de Israel voltam a ter vida quando o “espírito”

vem dos quatro ventos e sopra sobre eles (Ez 37.6, 8-10, 14).

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Nephesh (“alma”, “vida”, “garganta”) é um termo difícil de definir, com um amplo

espectro de significados. A tradução tradicional de nepesh em português como

“alma” remonta à tradução anima, da Septuaginta, mas mesmo ela admite

outros significados em 155 das 755 ocasiões em que a palavra é usada. O

erudito Eichrodt disse: “A tradução infeliz do termo por ‘alma’ abriu a porta para

entrada das idéias gregas sobre a alma”.

O significado básico de nephesh provavelmente é “garganta” ou “pescoço”.

Isaías 5.14 diz que o mundo dos mortos abre bem a sua nepesh, “garganta” (cf.

Sl 107.9; Hc 2.5). Jonas 2.5 diz que a água cercou sua nepesh, “garganta” ou

“pescoço”). Parece que o sentido de nepesh mudou de “garganta” ou “pescoço”

para “respiração”, indicando vida e vitalidade. Nephesh não se limita à “vida” do

ser humano. Os animais também são chamados “seres vivos” (nepesh hayâ –

Gn 1.21,24; 2.19; 9.10). Em Isaías 10.18 fala metaforicamente de nepesh e

basar “alma” e “corpo” da floresta e da terra.

A forma verbal da raiz nps ocorre apenas três vezes no A.T, com o significado

de “exalar” , “prender a respiração”, “refrescar-se”. Davi suspirou aliviado ao

chegar ao Jordão, depois que Absalão se rebelou contra ele (2Sm 16.14). Duas

vezes para o descanso no sábado é explicado como “exalar”, respirar

refrigério”, uma vez pelas pessoas (Ex 23.12; 31.17).

Leb, Lebab (“coração”), são dois termos correlatos com o mesmo sentido. O

primeiro ocorre 598 vezes e o segundo, 252, tornando “coração” o termo

antropológico usado com mais frequência no Antigo Testamento.

No Antigo Testamento conhecia-se o coração como órg ão físico, mas não

sua função essencial de fazer bombear o sangue. Poucas referências no

Antigo Testamento referem-se ao coração como órgão físico. O profeta Oséias

falou da “envoltura” (segôr) ou recipiente do coração (Os. 13.8), provavelmente

referindo-se à caixa torácica que protege o coração. A expressão “dentro dele”

(qereb) é uma indicação de que os israelitas sabiam que o coração ficava

dentro da pessoa (1 Sm 25.37; Sl 39.3; 64.6).

“Coração” pode ser usado como sinônimo de nephesh (“alma”) e ruakh

(“espírito”), em termos de sentimentos e emoções. Alegria e tristeza podem

muito bem ser descritas por expressões como “dar força ao coração” ou “trazer

refrigério à alma” (Gn 18.5; Jz 19.5,8; Sl 104.15); “derramar o coração” ou

“derramar a alma” (Sl 62.8; Lm 2.19).

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No A.T, o coração como centro do conhecimento ou da razão é freqüentemente

associado ao ouvir (Dt 29.4; Pv 2.2; 18.15; 22.17). Uma pessoa inteligente era

alguém de coração (Jó 34.10, 34), enquanto ao tolo faltava coração (Pv 10.13),

ou dizia em seu coração: “não há Deus” (Sl 14.1; 53.1). A memória também é

vinculada ao coração (Dt 4.9,39; Sl 31.12; Is 33.17).

Quando o A.T diz: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda

a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6.5), “coração” está em primeiro lugar e

tem principalmente o sentido de “mente” – se bem que não em sentido

estrito. Devemos amar a Deus com todo o intelecto, com os sentimentos, com

as emoções, com a vontade – com todo o ser.

Bibliografia: Smith, Ralph. Teologia do A.T. Edições Vida Nova

Bruce, F.F. Biblical Exegesis in the Qumran Texts. Tyndale Press.

Heschel, Abraham J. The profets. New York – 1962

20. " O estudante da palavra de Deus deve considera r que o Inferno (Lago de Fogo) não é o Hades. O lago de fogo é o Infern o, que ainda não foi inaugurado."(Comentário de Efésios 4.10).

RESPOSTA: Vamos nos aternesta exegese aos termos Seol e Hades, que aparecem nos originais hebraicos e gregos, das Sagradas Escrituras e dos Escritos da Brit Chadasha, respectivamente, para podermos chegar a uma compreensão melhor. Tendo conhecimento disto, poderemos, ao ler certos textos, entender e dar uma definição exata do seu significado.

"Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz." (Jo 5:28)

Por que a palavra "inferno" causa tanta confusão?

"Muita confusão e compreensão errônea foram causadas pelo fato de os primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o termo hebraico Seol e os termos gregos Hades e Geena pela palavra inferno..." (The Encyclopedia Americana - 1942- Vol. XIV, pg. 81).

Como fica a palavra "inferno" nos Ketuvim Netsarim (NT) e quais seus reais significados? Nas passagens abaixo, a palavra aparece doze vezes e foi transliterada como "Geena": Mt 5:22, 29, 30; 10:28; 18:9; 23:15, 33; Mc 9:43, 45, 47; Lc 12:5 e Tg 3:6.

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Geena: deriva do hebraico gê (ben)(benê) hinnõm, o vale dos filhos de Hinnom, próximo de Jerusalém (Js 15:8; 18:16) onde crianças eram sacrificadas pelo fogo, atendendo a rituais pagãos (2Rs 23:10; 2Cr 28:3; 33:6; Jr 7:31; 32:35). (New Bible Dictionary, pg. 463)

O lugar era usado para a incineração do lixo de Jerusalém e onde também se lançavam os corpos de animais mortos.

Lá também eram lançados os criminosos, o que dá a idéia de um lugar de punição pelos pecados (Dt 32:22).

Hades: Já esta palavra grega significa sepultura e corresponde a Seol, do Tanach (AT) e aparece onze vezes nos Ketuvim Netsarim (NT): Mt 11:23; 16:18; Lc 10:15; 16:23; At 2:27, 31; 1Co 15:55; Ap 1:18; 6:8; 20:13, 14.

Tártaro: Do grego, aparece em 2Pe 2:4, que representa um abismo para a confinação dos deuses rebeldes. (Expository Dictionary of Bible Words, pg. 337).

Portanto, Geena está associada com fogo e castigo, mas Hades, refere-se a sepultura, ou o lugar dos mortos.

Que dizer do lago de fogo e do fogo eterno? Por que "eterno"?

Todos os que ressuscitarem na segunda ressurreição serão julgados perante o trono branco e serão lançados no lago de fogo, para o castigo da segunda morte. Lá estarão também o diabo e seus anjos.

Neste lago de fogo, finalmente, serão destruídos a morte e o inferno, ou Hades/Seol: "E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte." (Ap. 20:14)

Bicho não morre: Isto que dizer o mesmo, ou seja, que enquanto existir substância a ser consumida, o bicho vai consumí-la totalmente (Mc 9:44, 46, 48; Is 66:24). Atormentado para sempre: O diabo será atormentado para sempre, no lago de fogo (Ap 20:10), significa que não mais escapará, ou seja, sofrerá a morte eterna.

E no Tanach (AT)? como fica a palavra inferno? De onde vem?

A palavra inferno, no AT, deriva-se de "seol" ou "sheol" termo hebraico que significa sepultura, lugar de habitação dos mortos, ou o mesmo que "hades", do NT.

"Seol" aparece 65 vezes no AT, mas nem sempre traduzida como "inferno".

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21. "Lembre-se que o casamento é testemunhado pelos anjos. Os anjos de proteção familiar trabalham em função da alianç a contínua do matrimônio. Aquele matrimonio que vive um relacio namento quebrado e enfraquecido vive sem proteção angelical...” (come ntário de Efésios 5.26).

RESPOSTA: Estudo teologia desde 1985 e nunca na minha vida de pesquisador soube que os anjos testemunham casamento de crente. Essa é nova! Quem sabe a Bíblia Revelada está se referindo a anjos de proteção familiar? Talvez. Veremos agora o que a doutrina dos anjos significa para o povo de Deus .

A palavra portuguesa anjo possui origem no latim angelus , que por sua vez deriva-se do grego angelos . No idioma hebraico, temos malak . Seu significado básico é "mensageiro" (para designar a idéia de ofício de mensageiro). O grego clássico emprega o termo angelos para o mensageiro, o embaixador em assuntos humanos, que fala e age no lugar daquele que o enviou.

No AT, onde o termo malak ocorre 108 vezes, os anjos aparecem como seres celestiais, membros da corte de Yahweh, que servem e louvam a Ele (Ne 9:6; Jó 1:6), são espíritos ministradores (1Rs 19:5), transmitem a vontade de Deus (Dn 8:16,17)), obedecem a vontade de Deus (Sl 103:20), executam os propósitos de Deus (Nm 22:22), e celebram os louvores de Deus (Jó 38:7; Sl 148:2).

No NT, onde a palavra angelos aparece por 175 vezes, os anjos aparecem como representativos do mundo celestial e mensageiros de Deus. Funções semelhantes às do AT são atribuídas a eles, tais como: servem e louvam a Cristo (Fp 2:9-11; Hb 1:6), são espíritos ministradores (Lc 16:22; At 12:7-11; Hb 1:7,14), transmitem a vontade de Cristo (Mt 2:13,20; At 8:26), obedecem a vontade dEle (Mt 6:10), executam os Seus propósitos (Mt 13:39-42), e celebram os louvores de Cristo (Lc 2:13,14). Ali, os anjos estão vinculados a eventos especiais, tais como: a concepção de Cristo (Mt 1:20,21), Seu nascimento (Lc 2:10-12), Sua ressurreição (Mt 28:5,7) e Sua ascensão e Segunda Vinda (At 1:11).

O termo teológico apropriado para esse estudo que ora iniciamos é Angelologia (do grego angelos , "anjo" e logia , "estudo", "dissertação"). Angelologia, se constitui, portanto, de doutrina específica dentro do contexto daquilo que denominados de Teologia Sistemática, a qual se ocupa em estudar a existência, as características, natureza moral e atividades dos anjos. Iniciaremos, portanto, pelo estudo da existência dos anjos.

Segundo a Bíblia , podemos extrair os seguintes e nsinamentos sobre os anjos em relação aos os crentes:

a. Ajudam os crentes em geral (Heb 1:14). b. Envolvidos em responder às orações (Atos 12:7).

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c. Dão encorajamento (Atos 27:23-24). d. Anjos da guarda (Heb 1:14 ; Mat 18:10). e. Observam a experiência dos Cristãos (1Co 4:9; 1Tim 5:21). f. Interessados no esforço evangelístico (Luc 15:10; Atos 8:26). g. Cuidam dos crentes na morte (Luc 16:22; Judas 1:9).

Veja o que diz a Bíblia Revelada: “ Os anjos de proteção familiar trabalham em função da aliança contínua do matrimônio”. A benção de Deus em nossas vidas não tem nada a ver com matrimonio, e, sim, com a nossa obediência.

Novamente a Bíblia Revelada: “ Aquele matrimonio que vive um relacionamento quebrado e enfraquecido vive sem proteção angelical...” (comentário de Efésio 5.26). É incrível como o comentarista associa a proteção divina a uma aliança de matrimonio. A única aliança que tem validade, segundo à Bíblia , é o Sangue da Nova Aliança .

E a exegese de Efésio 5.26? Jesus purificou a igreja (26). Alguns fatos importantes aqui: (1) Na aplicação ao casamento, entendemos que o homem deve se dedicar à salvação da sua mulher. O homem que ama a sua mulher jamais tentaria envolvê-la no erro. Sempre procurará ser um bom líder espiritual, conduzindo a sua família no caminho de Cristo. (2) No "casamento" de Cristo com a igreja, aprendemos que Jesus santifica e purifica a igreja "por meio da lavagem de água pela palavra". Para entender esta afirmação, precisamos lembrar que a igreja não é uma instituição; é pessoas chamadas para fora do mundo. Então, ele santifica e purifica pessoas. Como? "Por meio da lavagem de água" claramente se refere ao batismo, pelo qual entramos em Cristo (Mateus 28:18-20; Marcos 16:16; João 3:5; Atos 2:38; 22:16; Romanos 6:3-4; Gálatas 3:26-27; Tito 3:5; 1 Pedro 3:20-21). "Pela palavra" deixa bem claro que aprendemos sobre Cristo e a necessidade do batismo pela pregação do evangelho dele. O batismo citado aqui é de pessoas capazes de ouvir a palavra e tomar as suas próprias decisões.

22. "...Esses anjos são chamados de anjos caídos enquanto estão ali, no seu domicilio. Quando eles saem de lá, e entram no mundo dos homens, estão fora de seu domicilio e sujeitos a serem en viados ao Abismo de escuridão. Os demônios sabem disso, Lc 8.31. Os dem ônios são chamados de espíritos imundos porque assumem corpo s; por isso são chamados imundos, imorais. Em Lucas 8.26-39, eles s ão chamados de espíritos malignos, espíritos imundos, legião, demô nios, v.29. A esses , aos quais a Palavra de Deus chama de espíritos , t ambém Judas chama de anjos, que são espíritos em sua natureza, Hb 1. 14 e Jd 6." (Comentário de Efésios 6.12).

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RESPOSTA: Temos aqui uma critica teológica sobre a exegese da carta de Judas , porque o que o autor da referida carta diz em sua escrita vai muito além de meras conjecturas teológicas.

Em primeiro lugar vamos relatar o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal sobre este assunto. Vejamos: ”v.6 Aos anjos . Judas refere-se a njos que não permaneceram na sua posição original de autoridade, mas que se rebelaram contra Deus, violaram a sua lei , e agora estão aprisionados , aguardando o juízo. Nem todos os anjos caídos,porém, estão encacerados,pois Satanás e muitos demônios estão na terra atualmente - ver 2 Pe 2.4” (Comentário de Judas da Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1975).

É incrível como outro comentário se posiciona: “ Anjos... Havendo-os lançado no inferno. Provavelmente, trata-se dos anjos que se rebelaram juntamente com Satanás, contra Deus (Ez 28.15), e tornaram-se os espíritos maus referidos no NT. As Escrituras não explicam por que uns espírito s malignos estão em cadeias, enquanto outros estão livres para agir com Satanás na terra – ver Jd 6)” (Comentário de 2 Pe 2.4 da Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1950).

O autor das notas da Bíblia de Estudo Pentecostal é o teólogo Donald Stamps e o Editor é o conhecidíssimo pastor e teólogo Antônio Gilberto, responsável pela consultas teológicas das lições bíblicas dominicais da CPAD.

"...Esses anjos são chamados de anjos caídos enq uanto estão ali, no seu domicilio. Quando eles saem de lá, e entram no mundo dos homens, estão fora de seu domicilio e sujeitos a serem en viados ao Abismo de escuridão(Bíblia Revelada).

Como é possível um tradutor, editor e teólogo do porte do pastor Aldery Nelson Rocha, declarar que os anjos caídos ao mesmo tempo em que estão em seu domicilio podem saí dele? Não é assim que diz as cartas de Pedro e Judas. É melhor verificar com profundo exame de leitura e exegese bíblica o que realmente os autores estão a dizer sobre o domicilio, bem como as limitações de seu domínio. Por outro lado, o próprio teólogo Donald Stamps , da Bíblia de Estudo Pentecostal , afirma não ter certeza sobre a razão porque uns estão encarcerados , enquanto outros permanecem livres em suas atividades. Ora, se um teólogo do porte do doutor Donald Stamps sustenta sobre a limitação do conhecimento teológico a respeito da ação dos espíritos malignos, como é que o comentarista da Bíblia Revelada ensina categoricamente que os anjos caídos têm livre acesso de onde estão, e saem quando querem? E mais: declara que eles estão sujeitos a serem enviados aoabismo de escuridão. Baseado nestes comentários é que vamos no submeter a algumas teorias teológicas de renomados teólogos para não encerarmos o assunto como conclusão. Exponho aqui uma tradução para o português de Judas 6:

“E os anjos que não conservaram a sua posição original, mas abandonaram a sua própria moradia correta, ele reservou com laços sempiternos, em profunda escuridão, para o julgamento do grande dia.” (Judas 6)

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Notemos aqui os seguintes termos usado por Judas: posição original, morada correta, laços sempiternos, profunda escuridão e julgamento do grande dia.

Os anjos foram criados quais criaturas espirituais, tendo a perspectiva de vida eterna no céu. (Salmo 103:20; 104:4; Hebreus 1:7) Esse foi o seu começo, a “posição original” (αρχην) deles. “A sua própria moradia correta ” (οικητηριον), ou intencionada habitação, era nos céus invisíveis. Mas certos anjos presunçosamente abandonaram o seu apropriado lar celestial. O apóstolo Pedro disse que eles “pecaram” e imediatamente em seguida citou eventos dos dias de Noé. (2 Pedro 2:4, 5) Isso lembra o período pré-diluviano, quando “os filhos [o Manuscrito Alexandrino, do quinto século, da LXX diz “anjos”] do verdadeiro Deus”, aparentemente por materializarem corpos carnais, desobedientemente tomaram belas mulheres quais esposas. (Gênesis 6:1, 2) Visto que a coabitação com mulheres era desnatural para criaturas espirituais, esses anjos pecaram por cederem ao que, para eles, era desejo totalmente errado. ( Mt. 22:30 (a); Tiago 1:13-15) Similarmente, os “homens ímpios”, dos quais Judas falou, desejavam ter relações imorais com pessoas do sexo oposto. Esta é uma posição critica adotada pela maioria dos exegetas do NT.

Estes anjos rebeldes e imorais acharam que poderia escapar dos julgamentos adversos de Deus, pois durante o Dilúvio eles abandonaram seus corpos carnais para que não morressem afogados com os demais seres humanos, e assim, tentaram retornar a sua “posição original”, ou seja, os céus espirituais (b). Mas, aguardava-lhes uma surpresa, visto que o Criador havia ‘reservado com laços sempiternos, em profunda escuridão,’ um lugar simbólico onde estes ficariam apenas aguardando ‘o julgamento do grande dia.’

I.a. “Laços sempiternos ”. A palavra aqui traduzida “laços” (Gr.: desmon) ocorre cerca de 20 vezes nas Escrituras: Marcos 7:35; Lucas 8:29; 13:16; Atos 16:26; 20:23; 22:30; 23:29; 26:29, 31; Filip. 1:7, 13, 14, 16; Col. 4:18; 2Ti. 2:9; Fl. 1:10, 13; Heb. 10:34; 11:36; Judas 1:6. Ela pode se referi a um ligamento do corpo ou a algema, correntes de prisioneiro. Figurativamente tem o sentido de impedimento e incapacidade.

Teoria Teológica de Strong:

“Deus não só os rebaixou de seus anteriores privilégios celestiais e os entregou às densas trevas quanto aos propósitos de Deus, mas a referência aos laços indica que ele os restringiu. De quê? Evidentemente, de assumirem corpos carnais para terem relações com as mulheres, como haviam feito antes do Dilúvio. A Bíblia relata que anjos fiéis, quais mensageiros de Deus, realmente se materializavam, no cumprimento de seus deveres, até o primeiro século D.C. Mas, depois do Dilúvio, aqueles anjos que fizeram mau uso de seus dons foram privados da capacidade de assumir forma humana.” Strong é considerado como um dos maiores teólogos dos estados Unidos da America pelos historiadores da igreja.

Teoria Teológica de Steen K. Muller:

“Em vez de obterem a liberdade com a sua desobediência, estes anjos passaram a estar sob uma forma de restrição. Por isso o apóstolo Pedro fala deles como sendo “espíritos em prisão, os quais outrora tinham sido

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desobedientes, quando a paciência de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se construía a arca, na qual poucas pessoas, isto é, oito almas, foram levadas a salvo através da água.” (1 Ped. 3:19, 20) É evidentemente por causa desta forma de encarceramento que não se podem mais materializar e viver com mulheres quais maridos.”

A obra The Exposition of the Letter of Jude comenta:

“Deus não lhes permitiu que tivessem qualquer esclarecimento divino e designação de serviço adicionais, e eles estão restritos. Há evidência de que, desde o Dilúvio, não podem mais materializar-se, mas que, para se entregar ao seu desejo pervertido de relações carnais, eles têm possuído ou habitado humanos e os têm controlado. Quando o Filho de Deus, Jesus Cristo, estava na terra, ele encontrou tais pessoas possessas em condições lastimáveis e as sarou, expulsando os demônios. — Mat. 12:22; Mar. 5:1-6.” Fica claro também por estes comentários que os “laços sempiternos ” não são o mesmo que o abismo mencionado em Apocalipse (Ap 20:1-3). Os laços sempiternos a que esses anjos imorais foram subjugados é uma forma de restrição, assim como o abismo o é, no entanto, o abismo é o estado de inatividade total, e fica claro que esses laços sempiternos, embora restritivos, ainda dá aos demônios certa liberdade para agirem neste mundo mau.

O teólogo Willian R. Bush diz:

“Deus restringiu os anjos desobedientes com “laços sempiternos, em profunda escuridão”. (Ju 6) Diz-se que também foram entregues a “covas de profunda escuridão”. (2Pe 2:4) A evidência bíblica indica que não se lhes nega toda liberdade de movimento, visto que têm conseguido apossar-se de humanos, e até mesmo tinham acesso aos céus até serem expulsos de lá por Miguel e seus anjos, e serem lançados para baixo, à terra. (Mr 1:32; Re 12:7-9) Satanás, o Diabo, há de ser acorrentado com uma grande cadeia pelo anjo que possui a chave do abismo, e será lançado no abismo por mil anos, após o que ele será solto por um pouco. (Ap 20:1-3) Visto que os anjos não são criaturas de carne e sangue, tais cadeias, sem dúvida, referem-se a alguma força restritiva que não conhecemos.”

A teoria teológica de Donald Stamps:

A nossa igreja Evangélica Assembleia de Deus não faz constar em seus artigos de fé esta polêmica teológicas , mas considera que os anjos de Gn 6 , “sem dúvida , eram os descendentes da linhagem piedosa de Sete” (ver notas sobre Gn 6.2 na Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 41).

Fizemos esta exposição , por percebermos que o comentário da Bíblia Revelada sobre Judas 6, ficou um pouco duvidoso , visto que pela análise geral da Bíblia ou dos estudos sobre anjos e demônios , a tradução apresentada não está de acordo com a nossa , que é uma tradução em português dos melhores textos em grego.

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O segundo exemplo diz respeito aos anjos que não protegeram (guardaram) o seu estado original -uma referência a Gn 6:1-4. (domínio, ofício, autoridade)pode significar várias coisas: “1) como ‘origem, descendência’; uniram-se com seres de outra espécie; 2) como ‘território de poder’; então a segunda parte determina mais o sentido: deixaram sua morada celeste; 3) em relação com ‘função’, ‘dignidade’”. O exemplo de Jd seria tirado de Hen 6-10 (citação no v. 14) que acentua o fato de se misturarem com mulheres e finalmente corromperam a terra, o que, em comparação com o v. 7, faz supor ser a idéia também de Judas. Os anjos agora “são mantidos” (perfeito indicativo ativo) presos em “cadeias eternas nas trevas”, para o dia do juízo eterno

Finalmente o comentarista conclui: “A esses, aos quais a Palavra de Deus chama de espíritos, também Judas chama de anjos, que são espíritos em sua natureza, Hb 1.14 e Jd 6." (Comentário de Efésios 6.12). Em nenhum momento Judas usa a expressão “demônios” para os anjos caídos, apesar de serem identificados pela tradição da igreja como tais. Por conseguinte, as melhores características dos anjos caídos que podem ser aplicadas a todos aqueles que agem como se fossem impuros, malignos e até demônios, são os termos:causadores de divisões, sensuais, e sem o espírito “ (Jd 1.19). Que tal estudarmos no original grego a oração: “... “Mas que não têm o Espírito”?

Teoria teológica do Pe. Paulo Augusto Tamanini:

“Tal como conhecemos, os demônios já eram objeto de estudo e de especulações desde os povos Sumérios e Acádios, que influenciaram por sua vez a Mesopotâmia , os povos Hebreus, os caldeus e o mundo helênico. Na Mesopotâmia, os males que não constituíam grandes catástrofes naturais eram atribuídos a influência dos demônios. Os demônios, acreditavam os mesopotâmicos, eram numerosos, divididos em legiões encarregados de espalhar o mal aos homens e à natureza, segundo cada espécie. Havia o grupo que cuidava de espalhar as doenças contagiosas (lepra e malária), o grupo que influenciava na natureza (vendavais, maremotos) e o grupo que influenciava o comportamento do homem (raiva, ódio, fúria, epilepsia, distúrbios) . Para cada grupo específico havia os “sacerdotes”, homens estudados e preparados para enfrentá-los e exorcizá-los com rituais, magias,sacrifícios e chás preparados com ervas próprias. Havia, entretanto, o maior de todos, que nenhum sacerdote conseguia derrotar: o demônio da morte que atemorizava principalmente as gestantes e crianças recém nascidas. O índice de mortalidade infantil era muito elevado nesta região e época, e isto era atribuído a um ser espiritual horrível que não poupava as crianças de viverem. Este demônio era concebido sob a forma de uma serpente.

Tais pensamentos chegaram ao povo de Israel e a superstição a respeito do assunto fez crescer as especulações e o temor. O judaísmo do período neotestamentário demonstrava uma crença forte nos poderes do demônio, derivada em muitos aspectos da Mesopotâmia como também dos gregos. A cultura helênica colocava o demônio como um ser intermediário entre os deuses e os homens. E, também lá era forte a crença de que o demônio fosse causa de muitas doenças e desgraças.

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Para os judeus e cristãos, a origem dos demônios se explica pela exegese bíblica: nos livros apócrifos eles são descritos como anjos decaídos. No livro dos Gênesis, teriam eles surgidos da união entre os filhos de Deus e as filhas dos homens (Gn 6,1-4). Nesta passagem observamos que os demônios são filhos de Satanás (que se apresentou sob a forma de serpente no Paraíso) com as filhas de Adão, dando origem aos gigantes da mitologia e do folclore judaico. No livro da Sabedoria, vemos refletida a idéia de que o demônio é o gerador da morte e das desgraças, no versículo 24 do capítulo 2: “é por inveja do diabo que a morte entrou no mundo”.( cf Jó 1,6; Gn 3,1; Sl 72,9) A tentação do pecado, além de doenças e desgraças, após o pecado dos primeiros pais, também era atribuída aos demônios. Os Judeus, como os mesopotâmicos, acreditavam que os demônios estavam organizados em grupos chamados legiões sob a chefia de Satanás, Mastema ou Belial. No Livro de Judite, Capítulo 6, são denominados “anjos que não conservaram o seu principado, abandonando a sua morada e estão, por isso, presos em cadeias eternas à espera do grande juízo”.

A presença dos demônios no Novo Testamento, é fruto de crenças trazidas do judaísmo e das religiões mesopotâmicas. As possessões demoníacas que aparecem nos Evangelhos, Atos e nas Cartas de Paulo, ilustram a forte crença de que os demônios agem sobre os homens, manifestando seu poder através de doenças e mortes; as escrituras a partir daí, os chamam de “espíritos”: “Quando um espírito impuro sai do homem, perambula por lugares áridos, procurando repouso, mas não encontrando diz ‘voltarei para minha casa, de onde saí’. Chegando lá, encontra-a varrida e arrumada. Diante disto, vai e toma outros sete espíritos piores que ele para habitar aí. E com isso a condição final daquele homem torna-se pior que antes. Eis o que vai acontecer com esta geração má”. (Mt 12 e Lc 11)

As passagens que se referem à possessão demoníaca trazendo doenças graves e contagiosas, como a epilepsia e a lepra, as privações físicas como cegueira, mudez e aleijamento corporal são inúmeras: (Mt 12,43; Lc 8,31; Mt 8,29; Lc 4,6; Jo 13,2; 1Cor 2,6;1Jo3,8; Jo12,31;1Cor5,5 etc).

Os demônios são freqüentemente chamados de “espíritos”, especialmente com o acréscimo de “impuros”: “Certa vez veio ao nosso encontro uma escrava que era possuída por um espírito impuro que fazia adivinhações trazendo muito lucro para seus donos”. (At16,16) São também chamados de “anjos de Satanás” por São Paulo: “Para que eu não me encha de soberba e orgulho foi me dado um aguilhão na carne, um anjo de satanás, para me espancar...” (2Cor 12,7).” (www.ecclesia.com.br).

Concluindo: A Bíblia Revelada, neste caso em especial, deveria ter desenvolvido um estudo mais consistente com a visão geral das Escrituras, evitando dessa forma, interpretações truncadas, comprometendo a doutrina dos demônios e dos anjos ao mesmo tempo.

23. "A oração do Espírito é a oração direta a Deus. Ela é eficaz. As línguas do Espírito são mistérios que falamos pela fé. (Com entário de Efésios 6.18. "

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RESPOSTA: A Bíblia não fala nada sobre “as línguas do Espírito”. Na Bíblia de Estudo Pentecostal nas páginas 1756 a 1758 , encontramos um forte ensinamento sobre os dons espirituais. Portanto, não precisamos de novidades místicas. Em 1 Coríntios 14. 1-12, onde Paulo aborda sobre o dom de profecia, ele nunca menciona o dom de línguas como “línguas do Espírito”. È obvio que Deus possui uma linguagem peculiar ao seu ser e ação na criação e na igreja, mas dizer que as línguas “estranhas” que falamos nos cultos pentecostais são línguas do Espírito é o que a Bíblia não diz em hipótese alguma. Vejamos o que nos diz o teólogo Donald Stamps:

“ Dom de variedades de línguas (12.10). No tocante às línguas” (Gr. Glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos: (a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas... dos anjos” (13.1)” - Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1757.

Observe que o teólogo Donald Stamps nunca fala em “línguas do Espírito”.

Novamente o teólogo Donald Stamps declara:

“ O falar noutras línguas, ou glossolalia (gr. Glossais lalo), era entre os crentes do NT , um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo (ver 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje. O verdadeiro falar em línguas . (1) As línguas como manifestação do Espírito . Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo, i.e., uma expressão vocal inspirada pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa língua (Gr. Glossa) que nunca aprendeu (2.4; 1 Co 14.14,15). Estas Línguas podem ser humanas , i.e, atualmente faladas (2.6), ou desconhecidas na terra )1 Co 13.1). Não é “fala extática” , como algumas traduções afirmam , pois a Bíblia nunca se refere à “expressão vocal extática” para referir-se ao falar noutras línguas pelo Espírito” (Bíblia de Estudo Pentecostal , p. 1631).

É muito clara a interpretação do teólogo Donald Stamps. Línguas são dons do Espírito, mas não são extáticas; elas na verdade,também, não são “línguas do Espírito”, porque não podemos dizer que as línguas que falamos nos cultos pentecostais são as mesmas que o Espírito fala..Por qual razão? É simples! Alguém já conversou com o Espírito Santo nessas línguas? Claro que não. Mas todos os crentes pentecostais batizados no Espírito Santo podem orar a Deus em mistérios (Gr. Glossa).

Quando Deus falava com Moisés, eles se comunicam em hebraico; quando o anjo Gabriel falou a Maria à comunicação, provavelmente, foi em aramaico, quando muito em hebraico. Assim, da mesma forma , quando os crentes de Atos 2 foram batizados no Espírito Santo , eles falaram em línguas conhecidas (gr. Glossa). Agora essa doutrina de dizer que as línguas compreendem “a linguagem do Espírito” é coisa nova, visto que não sabemos qual é a linguagem da divindade. Em outras palavras, como é que a divindade se comunica, se há mesmo, necessidade de comunicação no mistério da

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trindade. É claro que Deus possui uma linguagem, mas não é a que Atos e Coríntios se referem.

Há três ocasiões no livro de Atos que falar em línguas era acompanhado pelo recebimento do Espírito Santo (Atos 2:4; 10:44-46; 19:6). No entanto, essas três ocasiões são os únicos lugares na Bíblia onde falar em línguas era uma evidência de receber o Espírito Santo

As línguas de Atos 2 e 1 Coríntios 12 não têm nenhum relacionamento espiritual com as línguas do Espírito, que,aliás, não existe nenhuma referência bíblica a “línguas do Espírito”. Temos na Bíblia: dom de línguas, variedades de línguas e interpretação de línguas. Agora “línguas do Espírito” desconhecemos tal ensinamento, porque as línguas que falamos nos cultos a Deus , oramos em mistério , mas não diz que são línguas do Espírito. Devemos tomar cuidado para não criarmos coisas que não existem nos textos bíblicos.

CONCLUSÃO

Esta é apenas uma simples contribuição para a Igreja Evangélica Assembléia de Deus, que pude preparar ao ler cuidadosamente as notas da Bíblia mais moderna, já lançada no Brasil.

É lamentável como a Bíblia Revelada (NT) Di Nelson vem circulando em nossas igrejas sem uma análise profunda da exegese bíblica por parte do Conselho de Doutrina e da Comissão de Apologética da CGADB, pelo que, do ponto de vista da teologia evangélica, fica muito complicado aceitar os ensinamentos duvidosos desta “Bíblia de Comentário”.

Creio sinceramente que há na Assembleia de Deus, pastores e teólogos competentes o suficiente para estudar livro por livro da Bíblia Revelada – Novo Testamento Explicado, de autoria do pastor Aldery Nelson Rocha, que, atualmente, prega e ensina sutilmente suas doutrinas ditas “reveladas”. Chegou à hora de darmos um basta em tantas heresias que, paulatinamente, vem doutrinando pastores e pregadores, sem muitas das vezes, terem consciência teológica do que estão aceitando como “Palavra de Deus” ou “Doutrina da Palavra de Deus”.

Desafio a qualquer um que tenha a coragem de provar que muitos dos ensinamentos da Bíblia Revelada, por mim consultados, possam ser justificados pela correta exegese e teologia evangélicas.

Ainda no comentário de Efésios 2.12, lemos : “ ...(porque, sem Cristo) Deus não podia mudar seus planos , pois ele era imutável quanto ao destino do homem, Gn 6.3)...”.

O teólogo John A. Kohler, III, diz: “A imutabilidade de Deus é Sua “constância” ou o fato dEle ser “sempre-o-mesmo”. Deus é absolutamente perfeito e não pode mudar para melhor, nem mudar para pior. Embora tudo

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mais esteja em estado de constante mudança, Deus permanece o mesmo para sempre e sempre”.

I. Deus é imutável em Sua essência.

A. Êxodo 3:14 B. Salmos 102:25-27 C. Malaquias 3:6 D. Romanos 1:23 E. Hebreus 1:10-12 F. Tiago 1:17

II. Deus é imutável em Sua vontade.

A. Números 23:19 B. I Samuel 15:29 C. Jó 23:13 D. Salmos 33:11 E. Provérbios 19:21 F. Isaías 46:9-10 G. Romanos 11:29 H. Hebreus 6:17

III. Deus é imutável em Seus atributos.

A. Ele é imutável em Seu amor (Jeremias 31:3; João 13:1). B. Ele é imutável em Suas promessas (I Reis 8:56; Romanos 4:20-21; II Coríntios 1:20). C. Ele é imutável em Sua justiça (Gênesis 18:25; Jó 8:3; Romanos 2:2). D. Ele é imutável em Sua misericórdia (Êxodo 34:6-7; Salmos. 100:5; 103:17; 107:1; Lamentações 3:22-23). E. Ele é imutável em Sua verdade (Salmos 119:89; Romanos 3:3-4; II Timóteo 2:13; Tito 1:2). F. Ele é imutável em Sua santidade (Jó 34:10; Tiago 1:13). G. Ele é imutável em Seu conhecimento (Isaías 40:13-14,27-28). H. Ele é imutável em Sua glória (Salmos 104:31).

Aqueles versos que ensinam que ‘Deus se arrependeu’ (Gênesis 6:6-7; Êxodo 32:14; I Samuel 15:11,35; Salmos 106:45; Jeremias 18:7-11; etc.) devem ser entendidos como significando que Deus mudou de um curso de ação dentro do Seu plano eterno para outro curso de ação dentro do mesmo plano eterno. Eles não devem ser tomados como significando que Deus subitamente mudou Seu plano baseado numa mudança de circunstâncias. Qualquer e todas as circunstâncias que possam se levantar, são elas mesmas uma parte do plano

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eterno de Deus, e Ele é, no final das contas, o responsável por trazê-las à existência.

Amor e respeito o nosso estimado irmão Pastor Aldery Nelson da Silva Rocha, mas na condição de pastor e teólogo da Igreja Evangélica Assembléia de Deus no Brasil, a exemplo do que muitos outros fizeram com a polêmica Bíblia DAKE, editada pela CPAD, não posso ficar calado diante de tantas interpretações particulares das Escrituras ( 2 Pe 1.120).

*Roberto dos Santos

Bacharel, mestre e doutor em Teologia, PhD em Estudos Religiosos (Friends International Christian University), Doctor Of Philosophy in philosophy (Cambridge Internacional University),Magister em Ciências de La Educación (UEP) e Docência do Ensino Superior (Universidade Gama Filho). Pedagogo, jornalista e conferencista internacional. Especialista em Grego do Novo Testamento Possui três certificados de professor/conferencista visitante da PUC-GO – Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

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