7
BIOGRAFIA

Biografia Orlandina D Almeida Lucas

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Biografia  Orlandina D Almeida  Lucas

BIOGRAFIA

Page 2: Biografia  Orlandina D Almeida  Lucas

Orlandina D’Almeida Lucas Nasceu em Rio Novo do Sul ,ES, em 28 de

novembro de 1903, filha de Marcelino José

D’Almeida e Albertina Rosa D’Almeida.

Iniciou seus estudos em Rio Novo do Sul, e mais

tarde, com a morte de sua mãe, foi matriculada como interna no Colégio Batista de

Campos,RJ.

Em 23 de dezembro de 1919 casou-se com Hildebrando Gomes Lucas, cirurgião

dentista. Em 1934, o casal, já com oito filhos, mudou-se para Vitória. Foi na Capital

que nasceram os dois últimos filhos.

A educação e a instrução dos filhos sempre foram preocupações do Dr. Hildebrando

e Dona Orlandina. Eles procuraram estimular a educação de cada filho, auxiliando-

os no início de suas carreiras, sem se esquecer de levá-los a perceber suas

responsabilidades sociais como membros da comunidade.

São seus filhos:

Carlos Laerte Lucas ( já falecido) : cirurgião dentista e professor do curso de

odontologia;

Lisete Lucas Siqueira: funcionária pública aposentada, ex- diretora do Tribunal de

Contas e Secretária de Estado da Administração no Governo Arthur Carlos

Gerhard Santos;

Laélio Almeida Lucas: médico, professor da Emescan e ex-provedor da Santa

Casa de Misericórdia de Vitória;

Laedi Almeida Lucas, advogado e ex-procurador da Fazenda Nacional no Espírito

Santo;

Carlos Mello Lucas (já felecido), advogado;

Page 3: Biografia  Orlandina D Almeida  Lucas

Lêda D'Almeida Lucas, administradora ;

Lenildo Almeida Lucas, engenheiro;

Laércio Almeida Lucas, advogado, odontólogo e professor aposentado da UFES;

Liney Orlandina Lucas, bacharel em história e PHD em Educação ;

Hildebrando Gomes Lucas, advogado.

Dona Orlandina era de família evangélica – Batista e sempre se devotou a várias

causas sociais, buscando o bem estar dos menos afortunados. “Amar ao próximo”

era o lema que guiava sua vida, juntamente com o amor a Deus.

Os que a conheceram lembram-se de sua serenidade, mansidão e de sua voz meiga

e afetuosa. Ela sempre tinha uma palavra de carinho e conforto para todos.

Um dos seus sonhos mais acalentados foi a criação de um orfanato para meninas.

A oportunidade para a concretização desse sonho surgiu quando o casal Johnson,

missionários Batistas norte-americanos, preparando-se para deixar o Estado,

colocou à venda sua propriedade na Praia da Costa.

Dona Orlandina falou sobre a possibilidade de realizar seu sonho durante uma

reunião na Sociedade Feminina da 1ª Igreja Batista de Vitória. Seu desejo de ver as

meninas desamparadas abrigadas em um local seguro, recebendo carinho,

alimentação e instrução contagiou os membros da sociedade que apoiaram a idéia

de comprar a propriedade e nela construir um lar para as meninas órfãs. A luta para

levantar os recursos financeiros necessários foi árdua, mas Dona Orlandina,

juntamente com um grupo pequeno de senhoras ( entre elas Emma Lanes, Edelweis

Kaschel, Dolores Gonçalves, Eunice Furtado e Aracy Curvacho) , conseguiu de

membros da sociedade capixaba, através do “Livro de Ouro”, doações para cobrir o

pagamento da entrada da propriedade e reformar a casa deixando-a pronta para

receber as primeiras hóspedes.

Foi também de Dona Orlandina a idéia de dar à instituição o nome de “LAR

BATISTA ALBERTINA MEADOR”, homenageando outra missionária americana que

faleceu subitamente.

Page 4: Biografia  Orlandina D Almeida  Lucas

As meninas, oriundas de várias localidades do estado , logo foram encaminhadas

para O “LAR BATISTA ”, o qual foi entregue aos cuidados de um casal: João e Zilda

Coleta. A manutenção da instituição, entretanto, dependia de contribuições que as

senhoras da 1ª Igreja Batista conseguiam levantar com grande esforço. Novamente

Dona Orlandina procurou uma forma de maximizar essa contribuição, lançando mão

de suas habilidades como quituteira. Além disso, conseguiu a autorização do Dr.

Alberto Stange Júnior ,então diretor do Colégio Americano, para que a Sociedade

Feminina abrisse uma cantina no colégio onde seus doces e salgados seriam

vendidos aos alunos.Toda a renda da cantina destinava-se ao Lar Batista.

Mais tarde, a 1ª Igreja Batista de Vitória e posteriormente a Junta Executiva da

Convenção Batista do Estado, encamparam a instituição, responsabilizando-se por

sua por sua manutenção.

Hoje, o “LAR BATISTA ALBERTINA MEADOR”, tem sua sede em Laranjeiras e

continua a realizar a obra na qual Dona Orlandina dedicou tanto de seu esforço, de

seu tempo e de sua vida: dar um lar para as meninas desamparadas , abrindo-lhes a

perspectiva de uma vida mais feliz.

Page 5: Biografia  Orlandina D Almeida  Lucas

A ESCOLHA DO NOME PARA A ESCOLA

Durante cinco anos, a comunidade de São Cristóvão reivindicou a construção de

uma escola para as crianças. Os moradores perceberam a necessidade de implantar

uma escola no bairro, porque o número de crianças era bastante elevado.

O que parecia um sonho, quase foi atendido em 1990, quando foi lançada dentro do

campo do Lolão, a pedra fundamental para a instalação do primeiro CIAC – Centro

Integração de Apoio à Criança (hoje chamado CAIC), que acabou não saindo do

papel.

A comunidade teve sua parcela de responsabilidade nesse adiamento, porque não

concordou em ceder parte do campo de futebol para a instalação da escola.

Dois anos depois, em 1992, a Prefeitura Municipal de Vitória resolveu desapropriar a

área da antiga Chácara dos Lucas e doá-la à comunidade, prometendo que ali seria

construída uma escola. Mas ela demorou a chegar.

No final do ano de 1996, a então secretária da Educação, Ana Maria Marreco,

anunciou numa entrevista ao Jornal A Tribuna, que havia a possibilidade de instalar

um espaço alternativo no bairro São Cristóvão. Era o fim da gestão do Prefeito Paulo

Hartung que, apesar de promessas durante os quatro anos de mandato, não

conseguiu os recursos para a execução do projeto elaborado.

Ao assumir o cargo, o Prefeito Luiz Paulo Velloso Lucas, que durante sua campanha

eleitoral prometeu que construiria a escola tão reivindicada pelos moradores, decidiu

autorizar a construção.

Page 6: Biografia  Orlandina D Almeida  Lucas

Funcionamento: Espaço Alternativo A comunidade ao ser informada de que havia possibilidade concreta de construção

de um barracão provisório, para que as crianças pudessem estudar, reuniu-se no

Salão da Igreja Católica para definir se aceitaria ou não a oferta da municipalidade.

Ficou então marcada uma assembléia geral de moradores para o dia 22 de janeiro

de 1997, onde a secretária Ana Maria Marreco esteve presente. Ela fez uma

exposição do que seria o espaço alternativo e quando ele começaria a funcionar.

Pediu também apoio da comunidade para que os prazos fossem respeitados.

Nesse encontro foi apresentado também à secretária o primeiro levantamento de

demanda escolar feito junto aos moradores, onde já estavam inscritas 546 crianças,

a maioria do bairro e de localidades vizinhas como Tabuazeiro, Santa Marta e Joana

D’Arc.

Cadastramento:

Paralela à construção do Espaço Alternativo a Comissão eleita iniciou um trabalho

de cadastramento dos moradores interessados em vagas na Escola. Foram

distribuídas senhas para todos os interessados e os nomes de todas as crianças

repassados em disquetes à Secretaria Municipal de Educação (SEME).

A última reunião da comissão com a comunidade aconteceu no campo de bocha, no

dia 26 de fevereiro de 1997, onde foram explicados os critérios de matrícula: como

seriam aproveitados os que estavam na lista de espera e comunicado o início das

aulas para a segunda quinzena do mês de abril.

Esta comissão também auxiliou o diretor José Luiz Ramos Neves a organizar o

esquema de matrículas nos dias 5, 6 e 7 de março de 1997 , que aconteceu no

CAIC do Itararé, sem filas ou transtornos. Finalmente, no dia 22 de abril de 1997, a

escola começou a funcionar, para alegria da comunidade.

Page 7: Biografia  Orlandina D Almeida  Lucas

A Escola Municipal de Primeiro Grau “Orlandina D'Almeida Lucas” começou a

funcionar no dia 22 de abril de 1997, num barracão construído pela Prefeitura de

Vitória, em tempo recorde.

A área escolhida foi o terreno da municipalidade atrás do campo do Lolão, situado na

Rua Mestre Ângelo s/nº, divisa do bairro de São Cristóvão com a comunidade do

bairro Santa Marta. Iniciou-se a construção do Espaço Alternativo na segunda

quinzena de fevereiro de 1997, sob a coordenação da engenheira Lúcia Vilariano, da

Secretaria Municipal de Obras e foi entregue à Secretaria Municipal de Educação no

dia 20 de abril de 1997.

Esse espaço possuía 12(doze) salas de aulas, cozinha, área administrativa, pátio

interno e dois banheiros. A escola, pertencente à Rede Municipal de Ensino, sempre

desenvolveu atividades destinadas aos alunos de 1ª a 8ª séries do Ensino

Fundamental.

A escolha do nome para a escola foi feita pela comunidade, após ampla pesquisa e

aprovado na câmara Municipal de Vitória, em projeto apresentado pelo vereador

Nenel Miranda – PSDB (in memorian).

A senhora Orlandina D'Almeida Lucas moradora do bairro e prestou relevantes

serviços à educação, teve o seu nome escolhido por unanimidade pelos funcionários

e membros da Associação de Moradores da comunidade.

A Escola Municipal de Primeiro Grau “ORLANDINA D'ALMEIDA LUCAS” é mantida

pela Prefeitura Municipal de Vitória e foi criada pela lei municipal nº 4.434/97. Hoje,

devido às mudanças nas legislações educacionais, a escola possui a nomenclatura

de Escola Municipal de Ensino Fundamental “Orlandina D’Almeida Lucas”.