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OFICINA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS:
COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS E
MIDIÁTICAS
Professoras autoras
Janaína de Aquino Ferraz
Ormezinda Maria Ribeiro -Aya
UnB – Universidade de Brasília
Competências linguísticas e midiáticas 2
“Quando as pessoas
não sabem escrever
ou falar corretamente
a sua língua, surgem
homens dispostos a
escrever e a falar por
elas e não para elas”.
Wendell Jonhson
“Toda palavra serve
de expressão de um
em relação ao outro.
Através da palavra
defino-me em relação
ao outro, isto é, em
última análise em
relação à
coletividade. A
palavra é uma
espécie de ponte
entre mim e os
outros. A palavra é o
território comum do
locutor e do
interlocutor”.
Mikhail Bahktin
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
2
Competências linguísticas e midiáticas 3
Prezado aluno,
O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena
participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem
acesso à informação, se expressa e defende pontos de vista, partilha ou
constrói visões de mundo e produz conhecimento.
A habilidade de ler é o primeiro passo para a assimilação dos valores
da sociedade. E a escrita, associada à leitura é uma condição indispensável à
vida em sociedade. Ao concebermos a leitura como prática social,
privilegiamos a formação de leitores competentes, e por isso mesmo bons
produtores de textos.
Ler e escrever são as atividades mais requeridas no cotidiano de
trabalho, principalmente em um ambiente universitário. De acordo com
Barros (1985), é no ato de escrever que se aprende a redigir e é essa a
condição para se adquirir possibilidades mais amplas de participação social, o
que só pode ocorrer autenticamente em situações de comunicação.
Desenvolver a competência comunicativa envolve tornar o aluno consciente e
atento ao processo de construção do texto. Nesse sentido, trabalhar a
produção de texto é criar condições mais apropriadas para a produção da
escrita, colocando a gramática em uma posição diferente da que usualmente
vem sendo colocada nos cursos de língua portuguesa. Ela deve ser enfocada
como um recurso com o qual o usuário se beneficiará para promover escolhas
linguísticas e não como um manual de regras a ser decorado e seguido, sem
uma relação com o contexto em que é aplicada.
É preciso mostrar ao aluno os fatores que deve levar em conta para
que possa aprimorar a qualidade de seu texto e de criar uma intimidade com
a escrita, proporcionando situações autênticas de produção de texto, com as
quais ele se identifique e possa se sentir familiarizado.
Assim, neste curso, busca-se a retomada das bases teóricas, a partir
de uma perspectiva interdisciplinar. A intenção é possibilitar a análise das
articulações linguísticas e das diversas possibilidades de sua aplicação à
produção de textos em vários gêneros e tipologias, de forma que o trabalho Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
3
Competências linguísticas e midiáticas 4
com a gramática seja compreendido, não como um fim em si mesmo, mas
como um meio de se chegar a produzir e a interpretar textos com
competência e autonomia.
Propomos um curso de leitura e produção de textos que,
fundamentado em uma teoria consistente, dê ênfase à prática, de forma a
evidenciar as competências linguísticas necessárias ao bom desempenho das
atividades acadêmicas e às práticas sociais que envolvem a leitura e a
produção de textos, considerando sua aplicação no meio acadêmico, de forma
a agregar os recursos midiáticos.
Pela visão teórica aqui assumida, a leitura é reconhecida como um
processo que transcende ao próprio texto. A compreensão do texto, que se
pretende ideal, implica a percepção das relações entre texto, contexto e
intertexto. A leitura, nessa concepção, não está presa somente à palavra, mas
a todo um mundo subjacente a ela, que vai sendo construído, antes mesmo de
sua convenção. O que é mister considerar também o que não é imanente ao
texto, mas que o circunda, tecendo a sua rede de significações, num mundo
cada vez mais dependente da tecnologia e da linguagem midiática.
Assim, o trabalho com a escrita é proposto na perspectiva de sua
organização estrutural, da sua tessitura na organização do texto, e que
evidencia os elementos da língua, como os operadores discursivos e os itens
linguísticos responsáveis pelo estabelecimento de relações entre a língua e o
pensamento, de como se articulam os mecanismos e traços linguísticos, que
servem de suporte à construção do quadro da língua. É importante que o
estudante perceba que toda essa estrutura deve ser adequada aos gêneros
requeridos nos ambientes sociais e acadêmicos, tendo em vista
principalmente a adequação dos recursos midiáticos à leitura e escrita
necessárias à sua formação acadêmica.
Sabe-se que a boa formação dos textos passa pela gramática e não
somente porque o texto é composto por frases que têm uma estrutura
gramatical, mas porque é na produção linguística que o falante joga todo o
domínio dos processos de mapeamento conceptual e de síntese textual,
dependendo, portanto, de uma “gramática” que proceda a essa
organização.
Assim, para se expressar bem em uma língua, é necessário mais do que o
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
4
Competências linguísticas e midiáticas 5
domínio do modo de estruturação de suas frases, é preciso saber combinar
essas unidades sintáticas por meio de um agenciamento sintagmático, o que
envolve a capacidade de adequar os enunciados às situações, aos objetivos da
comunicação e às condições de interlocução. E isso tudo se integra na
gramática.
Isso implica criar uma atitude que faz do ensino da gramática, tendo
em vista a leitura e a produção de texto, uma procura de coerência: as
proposições estão em função de um significado, e devem ser interpretadas em
função desse significado; as escolhas linguísticas do autor não são aleatórias,
mas são aquelas que, na sua visão, garantem a coerência de seu discurso e
esse discurso tem uma forma na estrutura linguística, o que deve ser
percebido pelo estudante, não apenas decorado ou repetido.
Como a escrita está intimamente associada à leitura, são processos
simultâneos e interdependentes, ou seja, a leitura interage na escrita e a
escrita interage na leitura, o estudante descobrirá que escrever significa
operar escolhas linguísticas de modo a expressar seu pensamento com
organização, clareza e adequação, na modalidade escrita da língua. E,
considerando o ensino a distância, todo esse conjunto poderá contribuir
efetivamente para o desenvolvimento pessoal, dando segurança e as
competências linguísticas necessárias para a formação acadêmica.
Somente encarando esse ensino como um processo simultâneo,
concomitante ao ensino de leitura é que se poderá permitir ao estudante o
desenvolvimento da habilidade de leitura crítica, ampliando sua capacidade
de pensar e refletir, com conteúdos programáticos aprofundadores capazes de
desenvolver plenamente sua competência comunicativa. (RIBEIRO, 2006a, p.
40-41)
Neste módulo, serão descritas situações práticas que suscitarão a
leitura e a escrita de textos em diversos gêneros necessários à formação
acadêmica e profissional dos estudantes. Terá como tema a criação de uma
cidade fictícia, que servirá de cenário para a elaboração de atividades
demandadas a um grupo de professores de uma escola criada como referencial
para a construção de textos, em que se privilegiem situações comunicativas
mais próximas da realidade do estudante.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
5
Competências linguísticas e midiáticas 6
A intenção é que o estudante se sinta motivado a produzir textos
voltados para a sua realidade acadêmica e social, agindo como um
protagonista e empregando os recursos e uma linguagem adequados ao tipo e
gênero textual requeridos ao contexto fictício que lhe servirá de subsidio à
sua formação acadêmica.
Dessa forma, as aulas serão ministradas de modo a favorecer a
compreensão global sobre o assunto, partindo de uma sugestão temática que
leve o aluno a produzir textos com criatividade e autoria, ancorados em um
apoio crítico do professor-tutor, que se comportará como um leitor atento dos
textos produzidos e postados na plataforma. Os textos produzidos serão
corrigidos pelo tutor, sob a orientação do professor supervisor, com
comentários que deem ao aluno a oportunidade de reflexão e a análise
liguística pela reescrita de texto, privilegiando a manutenção do estilo do
autor, sem deixar de considerar as exigências formais requeridas pelo tipo de
texto. Serão empregados vídeos, artigos, imagens e textos multimodais para a
motivação e apoio da escrita.
Por isso, ao longo do módulo, no desenvolvimento das oficinas de
leitura e escrita, focalizaremos os gêneros necessários à realização de
atividades de reflexão sobre os usos da modalidade padrão da língua. Também
serão dadas dicas úteis sobre as novas mudanças advindas do Acordo
Ortográfico em Língua Portuguesa, vigente desde o início de 2009.
Sendo assim, esperamos que vocês tenham um ótimo aproveitamento
em todas as tarefas previstas para esta disciplina e, principalmente,
esperamos contribuir com o seu aprimoramento acadêmico e profissional.
As autoras.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 7
SUMÁRIO
UNIDADE I ..................................................................................................................................... 9
A WEBS@BER ............................................................................................................................ 9
1.EDITAL .............................................................................................................................. 10
2. FICHA DE INSCRIÇÃO ....................................................................................................... 18
3. CURRÍCULO ...................................................................................................................... 20
4. CARTA DE APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 21
5. CARTA .............................................................................................................................. 22
6. OFÍCIO.............................................................................................................................. 23
7. CORREIO ELETRÔNICO..................................................................................................... 26
8. REQUERIMENTO .............................................................................................................. 37
UNIDADE 2 .................................................................................................................................. 38
9. PLANO DE AULA............................................................................................................... 39
10. SLIDES ............................................................................................................................ 58
UNIDADE 3 .................................................................................................................................. 94
11. ARTIGO CIENTÍFICO ........................................................................................................... 96
12. ARTIGO DE OPINIÃO.......................................................................................................... 97
13. RESUMO ............................................................................................................................ 99
14. NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS...................................................................... 100
15. BLOG................................................................................................................................ 102
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................ 110
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 112
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 8
Lista de Gêneros Textuais em Destaque
1-Edital 2-Ficha de Inscrição
3-Currículo
4-Carta de Apresentação
5-Carta
6-Ofício
7-Correio Eletrônico
8-Requerimento
9-Plano de Aula
10-Slides
11-Artigo de Opinião
12-Artigo Científico
13-Resumo
14-Normas para Submissão de Artigos
15-Blog
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 9
A WEBS@BER
UNIDADE I
A sociedade atual está impregnada de tecnologia. A escola, como uma
instituição social, não mais consegue deter a tecnologia trazida pelos
estudantes ou pelas empresas que constroem material instrucional. Daí a
educação em todos os seus níveis precisa estar integrada à educação
tecnológica, principalmente, com os recursos da informática. Assim, podem-
se discutir questões do ensino tendo como ferramenta de suporte o
computador e outras mídias. Para que essas discussões sejam percebidas de
forma concreta, de modo a relacionar a teoria à prática, tendo como norte as
necessárias competências linguísticas aliadas às competências midiáticas,
apresentamos a Escola “Webs@ber”: uma instituição de Ensino
localizada em uma cidade fictícia, denominada “Netcity”. Por ser uma
instituição que acredita na formação integral, a Webs@ber desenhou seu
projeto pedagógico considerando o perfil dos alunos que têm como
responsabilidade formar. Por isso, atenta aos requisitos essenciais
necessários a um educador que possa contribuir para a formação integral
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 10
do aluno nela matriculado, lançou um edital na mídia local, com o anúncio
de uma seleção de professores para compor o seu corpo docente.
O Edital era específico para a seleção de professores para
preenchimento de vagas das seguintes áreas de Licenciatura: Geografia,
Letras, Artes, Música, Pedagogia, Educação Física.
Veja a seguir o Edital da Escola Web@sber- Unidade Netcity:
1.EDITAL
EDITAL DE SELEÇÃO Nº 1/2011
SELEÇÃO DE PROFESSORES PARA A ESCOLA WEBS@BER- UNIDADE NETCITY
O Diretor da Escola Webs@ber,no uso das atribuições que lhe são conferidas pela legislação
vigente, torna pública a realização de Exame de Seleção para admissão de Professores para as
disciplinas Geografia, Letras, Artes, Música, Pedagogia, Educação Física, na forma deste Edital.
1. DOS CANDIDATOS
1. Poderão inscrever-se ao Exame de Seleção à Admissão de Professores para a Escola
Webs@ber- Unidade Netcity, sob o regime CLT, os portadores de diploma ou certificado de
conclusão de curso de licenciatura graduação ou de pós-graduação, processando-se a escolha
segundo a titulação e o desempenho em prova prática.
1.2. Somente serão considerados os títulos, graus, diplomas e certificados conferidos na forma
da legislação vigente.
2. DOS DOCUMENTOS
2.1. No ato da inscrição o candidato deverá apresentar:
a) Carteira de Identidade (cópia);
b) Curriculum Vitae, acompanhado de documentos comprobatórios de titulação, experiência
de magistério e produção intelectual;
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
10
Competências linguísticas e midiáticas 11
c) Carta de apresentação, com uma síntese do perfil acadêmico, indicando a motivação pessoal
e profissional da candidatura á vaga na disciplina pretendida;
d) Ficha de Inscrição devidamente preenchida, sem rasuras, com declaração quanto à:
título de eleitor com comprovante de quitação com o serviço eleitoral (cópia);
quitação com o serviço militar, quando couber (cópia);inscrição no cadastro individual
de contribuinte do Ministério da Fazenda (CPF) (cópia);
regularidade de permanência no Brasil, se estrangeiro(cópia);
disponibilidade de horário para o exercício da docência no local e regime indicados;
e) Instrumento de procuração, quando for o caso;
3. DA INSCRIÇÃO
3.1. O candidato fará a inscrição em formulário padrão preenchido e assinado (Anexo III),
indicando a disciplina oferecida neste edital, observada a relação desta com a titulação
exibida.
3.2. Os locais, o período e os horários estão indicados no Anexo II deste Edital.
4. DA SELEÇÃO
4.1. Será constituída, por ato do Diretor, uma Comissão de Seleção por disciplina, a quem
competirá análise dos documentos apresentados pelos candidatos.
4.2 A Seleção constará de três fases:
4.2.1. A 1ª fase, Pré-seletiva, compreende o exame da comprovação de qualificação dos
candidatos, feito pela Comissão de Seleção, e a análise da CARTA DE APRESENTAÇÃO,
sendo inadmitidos os que não satisfizerem as exigências deste Edital.
4.2.2. A 2ª fase, que compreende a Análise do Curriculum Vitae e da Carta de
Apresentação, consistirá na atribuição de pontos pela Comissão de Seleção à titulação, à
experiência de magistério e à produção intelectual, devidamente comprovadas, de
conformidade com o item 5.
5.4.2.3. A 3ª fase consiste na Prova Didática a que se submetem os primeiros colocados na
Análise do Curriculum e Carta de Apresentação que é realizada de acordo com o
estabelecido no item 6 ou 7 quando se tratar da área de música.
4.3. Os pontos atribuídos na Análise do Curriculum serão anotados em mapas individuais
devidamente assinados pela Comissão de Seleção, gerando a classificação por pontos em cada
área do conhecimento.
4.4. Após a classificação de que trata o item anterior, serão convocados os primeiros colocados
para submissão à Prova Didática, observada a relação de duas vezes o número de vagas
vaga/candidato/disciplina.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 12
4.5. O resultado final será a soma dos pontos da segunda fase e da nota da prova didática.
4.6. A Comissão de Seleção encaminhará à Diretoria Geral da Webs@ber o Relatório Final de
Classificação dos candidatos por disciplina em disputa.
4.7. O resultado final será homologado pelo Diretor e publicado no site www.websaber.com.br
5. DA AVALIAÇÃO DO CURRICULUM
5.1 Na avaliação do Curriculum Vitae do candidato serão observados os seguintes critérios de
pontuação:
a) TITULAÇÃO (até 4,0 pontos):
Pós-Doutorado, Doutorado .4 pontos
Mestrado 3 pontos
Especialização 1 ponto
b) EXPERIÊNCIA DE MAGISTÉRIO (até 4,0 pontos)
Será atribuído 0,50 ponto por ano completo de exercício comprovado de magistério na
área da disciplina, até o máximo de 4,0 pontos.
c) PRODUÇÃO INTELECTUAL, CIENTÍFICA E ARTÍSTICA (até 2,0 pontos)
Livro publicado: Texto integral .. 0,50 ponto
Capítulo ou colaboração ....... 0,20 ponto
Trabalho completo em periódico especializado:
Periódico internacional ........ 0,35 ponto
Periódico nacional ............... 0,30 ponto
Periódico regional ou local .. 0,20 ponto
Trabalho em Anais:Trabalho completo ... 0,30 ponto
Resumo .... 0,20 ponto
Artigo em jornal .... 0,05 ponto
Partitura musical:
Orquestra ... 0,30 ponto
Coral ... 0.25 ponto
Canto ... 0,20 ponto
Arranjo musical:
Orquestral ... 0,25 ponto
Coral . 0,20 ponto
Canto ... 0,15 ponto
Coreografia.....0,30 ponto
Apresentação de obra artística:
Musical....0,10 ponto (até 0,50)
Coreográfica....0,20 ponto
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 13
5.2. Os pontos atribuídos por titulação não são acumuláveis, considerando-se apenas o de
maior valor.
5.3. A experiência de magistério, apesar de cumulativa, não poderá ultrapassar 4,0 (quatro)
pontos.
5.4. Não serão atribuídos pontos para os títulos que não estiverem relacionados com as
disciplinas que constituem a área de conhecimento pretendida pelo candidato.
5.5. Somente será admitida produção intelectual, científica ou artística, que esteja relacionada
com a área de inscrição do candidato e que não constitua peça técnica profissional.
5.6. Os pontos atribuídos à produção intelectual, científica ou artística, são acumuláveis até 2,0
(dois);
5.7. Na hipótese de igualdade de pontos na avaliação do Curriculum Vitae e da Carta de
Apresentação, os critérios de desempate serão, sucessivamente, os seguintes:
maior experiência no magistério;
título de maior valor;maior quantidade de pontos no item produção intelectual;
maior número de aprovações em concurso para cargo compatível com a área do
conhecimento;
maior tempo de experiência em função, cargo ou emprego da Administração relativa à
área de conhecimento do candidato.
5.8. O resultado da avaliação do Curriculum Vitae e Carta de Apresentação (vide anexo II) será
publicado no portal da Webs@ber e afixado no quadro de avisos da Unidade Netcity, para a
qual são oferecidas as vagas.
6. DA PROVA DIDÁTICA (EXCETO MÚSICA)
6.1. A prova prática consistirá em aula ministrada perante Banca formada por 3 (três)
integrantes, designados pelo Diretor da Unidade, e versará sobre tema relacionado à disciplina
para a qual é oferecida a vaga, escolhido por meio de sorteio.
6.2. Para a realização da prova didática proceder-se-á da maneira seguinte:
a) O assunto da aula será sorteado de uma lista de 10 pontos elaborada para cada disciplina
será o mesmo para todos os candidatos.
b) O sorteio da ordem de apresentação dos candidatos será feito logo após a escolha do
assunto.
6.3. As datas dos sorteios e da realização da prova prática(vide anexo II) serão fixadas no portal
da Webs@ber e afixado no quadro de avisos da Unidade Netcity, juntamente com a divulgação
do resultado da segunda fase.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 14
6.4. Em caso de não preenchimento das vagas, poderão ser chamados a se submeterem à
Prova Didática a candidatos subsequentes na ordem de classificação da 2ª fase da mesma
disciplina ou, se necessário, de áreas afins.
6.5. É vedado ao candidato assistir às aulas dos demais concorrentes.
6.6. Na avaliação do candidato serão observados os seguintes aspectos:
a) domínio do conteúdo ........................ de 0 a 4 pontos
b) organização da aula .......................... de 0 a 2 pontos
c) desenvolvimento da aula .................... de 0 a 2 pontos
d) correção e adequação da linguagem ...de 0 a 2 pontos
6.7. A nota de cada examinador para a prova prática corresponderá à soma dos pontos
atribuídos a cada um dos aspectos expressos no item anterior
6.8. A nota final da Prova Prática será a média aritmética simples das notas dos examinadores.
6.9.Será eliminado o candidato cuja nota final da prova prática for inferior a 6, 0 (seis).
6.10. No caso de não haver candidatos aprovados em número suficiente para preenchimento
das vagas, serão convocados para nova prova os candidatos subseqüentes, respeitada
rigorosamente a ordem de classificação, da 2ª fase.
6.11. A prova prática será realizada no local de inscrição.
7. DA PROVA PRÁTICA DE MÚSICA
7.1. A prova prática de música será realizada perante Banca formada por 3 (três) integrantes,
designados pelo Diretor da Unidade.
7.2. A realização da prova consistirá em execução, acompanhada de aula expositiva, de peças
constantes do seguinte repertório:
1 peça de livre escolha; 1peça de choro ou mpb, 1 de bossa nova, 1 de salsa e 1 de jazz,
com improvisação em todas elas;
A aula expositiva versará sobre a interpretação do repertório executado e sobre a
interpretação, o estilo, a harmonia e a improvisação utilizada pelo candidato.
7.3. Os candidatos de guitarra e baixo elétrico deverão levar seus próprios instrumentos.
8. DAS VAGAS
8.1. As vagas para contratação de professores são as que constam do Anexo I deste Edital.
8.2. A admissão dos selecionados será feita, no prazo de validade da seleção, na medida das
necessidades dos Cursos e respeitada a ordem de classificação.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 15
8.3. O prazo do contrato será definido de acordo com a necessidade das atividades docentes,
resguardados os direitos assegurados pela CLT.
8.4. Preenchidas as vagas, os demais candidatos classificados poderão ser convocados para
lecionar disciplinas de outras áreas afins, no interesse da Unidade, respeitadas a afinidade e a
ordem de classificação.
8.5. A discordância do candidato com a convocação de que trata o item anterior autoriza a
Webs@ber a convocar, para contratação imediata, o que o seguir na ordem de classificação.
9. DA REMUNERAÇÃO E DA CARGA HORÁRIA
9.1. A remuneração inicial do cargo de Professor-20h, nível PH2, é de R$ 3 240,16 acrescido de
20% de regência;
9.2 A carga horária dos ocupantes do cargo de Professor é de 20 (vinte) horas semanais,
incluindo as horas/atividade para programação e preparo do trabalho didático, de colaboração
e participação em projetos e ações desenvolvidas pela escola e aperfeiçoamento profissional.
10 DOS RECURSOS
10.1. Somente será admitido recurso para impugnar erro de procedimento ou para efeito de
recontagem de pontos.
10.2. O recurso, expostas as razões que o ensejam, será interposto no prazo decadencial de 24
(vinte e quatro)horas, após a publicação do resultado ou do conhecimento do fato ou ato
impugnado, dirigido à Comissão de Seleção.
11. DISPOSIÇÕES FINAIS
11.1. A comissão de Seleção será constituída por 3 membros do quadro da Webs@ber
11.2. O prazo de validade da seleção é de 6 (seis) meses, contado da homologação do
resultado.
11.3. A inscrição obriga os candidatos a todos os termos deste edital;
11.4. A constatação, a qualquer tempo, de informação falsa na ficha de inscrição ou na
documentação correspondente, faz nulo todo o procedimento em relação ao candidato,
inclusive a contratação, sem prejuízo das demais providências cabíveis.
11.5. Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão de Seleção. Gabinete do Diretor da
Webs@ber Unidade Netcity, em NetCity, Rua Virtual, S/N. Sala 01 CEP: 1234-012 Tel.(00) 321-
0123 www.websaber.com.br Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
15
Competências linguísticas e midiáticas 16
ANEXO I
Cargo
Nível de Atuação
Componentes Curriculares
n.
vagas
Titulação/Requisitos
Atividades Básicas
Carga
Horária
Semanal
Vencimento Inicial R$
Professor Educação
Infantil 8 Curso de Graduação de
Licenciatura Plena
Completo com
habilitação em Educação
Infantil,ou Curso de Magistério do Ensino
Médio Completo, com
habilitação na Pré-
Escola, de acordo com a
legislação pertinente e de
Curso de Graduação de
Licenciatura Plena
Completo.
Regência de
Classe de
Educação
Infantil
20 h/a R$ 3 240,16 acrescido
de 20% de
regência;
Professor Anos Iniciais do
Ensino
Fundamen
tal – 1º ao
5º ano
Pedagogia 10 Curso de Graduação de Licenciatura Plena
Completo com
habilitação nas séries
iniciais do Ensino
Fundamental,
ou Curso de
Magistério do Ensino
Médio Completo,
acrescido de Curso de
Graduação de
Licenciatura Plena
Completo.
Regência de Classe nos
anos iniciais
do Ensino
Fundamental
20 h/a R$ 3240,16
acrescido
de 20% de
regência;
Professor Anos Iniciais e
Finais do
Ensino
Fundamen
tal – 1º ao
9º ano
Artes Visuais 3 Curso de Graduação de Licenciatura Plena
Completo com
habilitação específica
na área de atuação.
Regência de Classe nos
anos iniciais
e finais do
Ensino
Fundamental
20 h/a R$ 3 240,16 acrescido
de 20% de
regência;
Professor Anos Finais do
Ensino
Fundamen
tal – 6º ao
9º ano
Biologia 5 Curso de Graduação de Licenciatura Plena
Completo com
habilitação específica
na área de atuação.
Regência de Classe nos
anos finais
do Ensino
Fundamental
20 h/a R$ 3 240,16 acrescido
de 20% de
regência;
Professor Anos Finais do
Ensino
Fundamen
tal – 6º ao
9º ano
Letras 7 Curso de Graduação de Licenciatura Plena
Completo com
habilitação específica
na área de atuação.
Regência de Classe nos
anos finais
do Ensino
Fundamental
20 h/a R$ 3 240,16 acrescido
de 20% de
regência;
Professor Anos Finais do
Ensino
Fundamen
tal – 6º ao
9º ano
Geografia 3 Curso de Graduação de Licenciatura Plena
Completo com
habilitação específica
na área de atuação.
Regência de Classe nos
anos finais
do Ensino
Fundamental
20 h/a R$ 3240,16 acrescido
de 20% de
regência;
Professor Anos Finais do
Ensino
Educação Física
4 Curso de Graduação de Licenciatura Plena
Completo com
Regência de
Classe nos
anos finais
20 h/a R$ 3 240,16 acrescido
de 20% de
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
16
Competências linguísticas e midiáticas 17
Fundamen tal – 6º ao
9º ano
habilitação específica na área de atuação.
do Ensino Fundamental
regência;
ANEXO II
DATAS DAS FASES DO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO E LOCAIS DE REALIZAÇÃO
DAS INSCRIÇÕES:
FASES DATAS HORÁRIO LOCAIS
INSCRIÇÃO De 8 a 20 de março de 2010
Das 8h às 12h E das 14h às 18h
Site: www.websaber.com.br Pessoalmente: Rua Virtual,
S/N. Sala 02 Unidade
Webs@ber NetCity.
Pré seleção e análise de curiculum e da Carta de
Apresentação
De 21 a 30 de março de 2010.
Sorteio da prova didática 01 de abril de 2010 8h Rua Virtual, S/N. Sala 03 Unidade Webesaber NetCity..
Prova didática 02 de abril de 2010 Das 8h às 12h e das 14h às 18h
Rua Virtual, S/N. Salas 02, 03, 04, 05, 06 e 07, Unidade
Webs@ber NetCity.
Resultado Provisório 05 de abril de 2010 Das 8h às 12h e das 14h às 18h
Site: www.websaber.com.br Pessoalmente: Rua Virtual,
S/N. Sala 02 Unidade
Webs@ber NetCity.
Recursos De 05 a 10 de abril Das 8h às 12h e das 14h às 18h
Site: www.websaber.com.br Pessoalmente: Rua Virtual,
S/N. Sala 02 Unidade
Webs@ber NetCity.
Resultado Final 20 de Abril A partir das 8h Site: www.websaber.com.br
Pessoalmente: Rua Virtual,
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Webs@ber
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Competências linguísticas e midiáticas 18
Anexo III
2. FICHA DE INSCRIÇÃO
Processo de Seleção de Professor
Nome do candidato: Endereço: Cidade: UF CEP: Telefones - Residencial:( _) Celular: ( _ ) E-mail:
Marque a disciplina para a qual se candidata:
( ) Biologia ( ) Letras
( ) Artes Visuais ( ) Pedagogia ( ) Educação Física
Indique quais dos documentos requeridos, incluindo esta ficha de inscrição preenchida, estão sendo entregues, no ato da inscrição, conforme o Edital 01/10.
( ) Carteira de Identidade (cópia);
( ) Curriculum Vitae, acompanhado de documentos comprobatórios de titulação, experiência de magistério e produção intelectual;
( ) Carta de apresentação, com uma síntese do perfil acadêmico, indicando a motivação pessoal e profissional da candidatura á vaga na disciplina pretendida;
( ) Ficha de Inscrição devidamente preenchida, disponível no Anexo III e no endereço eletrônico www.websaber.com.br;
( ) título de eleitor com comprovante de quitação com o serviço eleitoral (cópia);
( ) quitação com o serviço militar, quando couber (cópia);
( ) inscrição no cadastro individual de contribuinte do Ministério da Fazenda (CPF) (cópia);
( ) regularidade de permanência no Brasil, se estrangeiro(cópia);
( ) disponibilidade de horário para o exercício da docência no local e regime indicados;
( ) Instrumento de procuração, quando for o caso
( ) Declaro que sou portador de necessidades especiais, minha necessidade para o trabalho nessa função é de .
Assinatura do(a) Candidato(a):
Local e Data: Netcity, de _de 2010.
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Competências linguísticas e midiáticas 19
Webs@ber Unidade Netcity, NetCity, Rua Virtual, S/N. CEP: 1234-012 Telefax.(00) 321-0123 www.websaber.com.br
O edital despertou um interesse na comunidade, pois a Webs@ber é
uma escola conceituada e considerada pelos profissionais da educação como
um excelente local de trabalho, uma vez que é uma instituição preocupada
com a realidade e os novos paradigmas educacionais do mundo atual. Essa
concepção e forma de compreender a educação exigem a formação de
professores cada vez mais abrangente, e ainda, que sejam, sobretudo,
comunicadores, que saibam fazer uso de sua língua com adequação para
compreender e fazer-se compreender.
Muitos educadores visitaram o portal da escola e procuraram se
candidatar ao processo. Para tal, leram com atenção o Edital 01/11.
Como vocês perceberam, o Edital indica um caminho para a
efetivação da inscrição. Releia esse documento e responda às seguintes
questões:
1- Quem está habilitado a se candidatar a uma vaga na Webs@ber?
2- Qual o regime de contratação de que dispõe o Edital 01/11 e por
qual período?
3- Um professor de nacionalidade estrangeira poderá se inscrever?
Sob que condição?
4- Qual a condição para a inscrição ser realizada por terceiros?
5- Em caso de empate na avaliação do Curriculum Vitae e Carta de
Apresentação, quem terá prioridade?
Para aqueles que julgaram preencher os requisitos, o primeiro passo,
após lerem com atenção o Edital, foi preencher a ficha de inscrição,
constante no Anexo III do Edital. Suponha que você tenha sido um desses
professores, e, dentro da especificidade de sua disciplina, preencha a ficha
indicada.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Um Currículo bem elaborado
deve:
• Ter objetividade: no
máximo duas páginas, para que
não perca sua praticidade. Dispor
as informações de forma clara e
objetiva.
• Ter Boa Apresentação:
Evite efeitos especiais; o ideal é
imprimi-lo em uma impressora de
qualidade e em papel branco.
• Ter Concisão e Clareza:
discorra de maneira objetiva
sobre os resultados obtidos ao
longo da carreira, evitando
mencionar seus hobbies ou
informações de caráter pessoal.
• Apresentar Padrão Culto
de Linguagem: observar a regra
da gramática formal e empregar
um vocabulário comum ao
conjunto dos usuários do idioma.
Competências linguísticas e midiáticas 20
Outro requisito para a inscrição é a entrega
do Curriculum Vitae e de uma Carta de
Apresentação. Esses gêneros textuais são bastante
usados nas relações de trabalho. Por isso é
importante que você conheça um pouco sobre cada
um deles.
3. CURRÍCULO
É o documento informativo de apresentação,
elaborado por uma pessoa em seu próprio interesse,
quando da procura ou solicitação de emprego. Tem
como finalidade fornecer dados pessoais e
informações quanto à educação, experiência,
interesses especiais, objetivos específicos e planos
de trabalho.
Também utilizado em outras situações como,
por exemplo, trabalhos enviados a congressos,
simpósios, apresentação de conferencistas,
atividades públicas para comprovar as qualificações,
obras de caráter técnico-científico ou literário para
se poder avaliar o autor. Não há uma ordem rígida a
ser observada na elaboração. O objetivo é permitir
maior uniformidade na apresentação dos dados e
facilitar a tarefa dos que devem analisar os
elementos fornecidos.
ESTRUTURA DO CURRÍCULO
1. Dados pessoais: nome, local e data de nascimento, nacionalidade, filiação,
endereço, email, telefone, estado civil, documentos.
2. Objetivo: escreva uma frase, com o verbo no infinitivo, informando o que
você deseja fazer na empresa, a que cargo se candidata.
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Competências linguísticas e midiáticas 21
3. Posicionamento profissional: Ex.: “secretária executiva bilíngue,
com 15 anos de experiência”.
4. Experiência profissional: o que sabe fazer.
5. Relação dos três últimos empregos.
6. Formação acadêmica e cursos de extensão. (Incluir também conhecimento
de informática).
7. Idiomas: descreva também o grau de fluência.
8. Local e data.
9. Assinatura
10. No caso de mais de uma página, todas deverão ser numeradas.
4. CARTA DE APRESENTAÇÃO
A carta de apresentação é uma prévia do candidato, em termos
pessoais e profissionais.
Ela pode ter as seguintes funções:
1. como APRESENTAÇÃO FORMAL na entrega do currículo em mãos,
ou mesmo via postal, o meio mais utilizado no passado.
2. uma FERRAMENTA DE MARKETING, visando despertar o interesse
pela seleção e leitura do seu currículo, bastante necessário hoje em dia,
diante da grande quantidade dos mesmos recebidos por uma empresa, através
do meio eletrônico (e-mail).
Ou seja, a Carta de Apresentação é tão importante quanto o currículo.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Algumas Dicas para redigir
uma carta de apresentação
Seja breve, a sua carta de
apresentação não deve ultrapassar
mais do que 3 ou 4 parágrafos.
Use papel de qualidade, branco ou
claro (mesmo tipo de papel que usou
para imprimir o CV). Utilize papel
branco A4 e tinta azul ou preta.
Procure acima de tudo transmitir
uma imagem sóbria e profissional
Mantenha um tom formal. Mas seja
claro, evite frases muito confusas, que
dificultem a compreensão das idéias
base. Atenção com a linguagem! Erros
de gramática e acentuação na carta
são imperdoáveis! Se estiver com
dúvidas, consulte um dicionário ou
tente encontrar ajuda em sites online.
Opte sempre por uma linguagem
formal, mas sem ser muito exagerado.
A Carta de Apresentação deve ser
dirigida a alguém em particular
(evite frases como "Exmo/a
Senhor/a"). Deve tentar descobrir o
nome da pessoa com poder para
contratar. Se não for possível, pode
endereçar a carta a um título ou ao
departamento de Recursos Humanos.
Nunca ocupe mais de uma página
para escrever a Carta de
Apresentação. Faça a sua
apresentação no primeiro parágrafo.
Explique, por que motivo envia o seu
Curriculum Vitae (resposta a anúncio,
candidatura espontânea, neste caso
indique a área em que gostaria de
trabalhar).
No segundo parágrafo da carta de
apresentação, deve justificar por que
selecionou aquela empresa. Mostre
que conhece a empresa e o setor de
atuação.
Aproveite o terceiro parágrafo para
valorizar as suas competências e
objetivos. Apresente argumentos que
criem interesse para a realização de
uma entrevista.
Termine a carta de apresentação de
uma forma cordial. Aproveite a
entrevista para que possa falar
Competências linguísticas e midiáticas 22
Muitas vezes, sem ela, o currículo é enviado
em vão. A carta de apresentação é um gênero
textual empregado no universo acadêmico e de
trabalho, mas além desse gênero também temos
outros, como bilhete, e-mail, carta pessoal, carta do
leitor e a carta ao leitor, carta aberta, comunicado,
aviso, circular, manifesto, carta argumentativa,
memorando, requerimento, dentre outros. Esses
gêneros possuem uma característica comum,
contudo, trazem a sua especificidade na estrutura e
no conteúdo, de acordo com a sua natureza e função
sócio comunicativa. Vejamos alguns exemplos:
5. CARTA
Forma de correspondência com personalidade
pública ou particular, utilizada para fazer
solicitações, convites, externar agradecimentos ou
transmitir informações.
ESTRUTURA DA CARTA
TÍTULO: Carta (a letra inicial em maiúscula e o
restante em minúsculas), com alinhamento à
esquerda, seguido de número, ano e sigla da unidade
organizacional e da instituição.
LOCAL E DATA: Por extenso.
DESTINATÁRIO: De acordo com as regras de forma de
tratamento, nome e endereço.
VOCATIVO: Que invoca o destinatário, seguido de
vírgula.
TEXTO: Desenvolvimento do assunto, sendo que, com
exceção do fecho, todos os demais parágrafos devem
ser numerados.
de uma Jfaonrmaíanamdaeis AaqburaingeFneterraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
daquilo que anteriormente tenha
exposto. 22
Competências linguísticas e midiáticas 23
FECHO: Atenciosamente ou Respeitosamente, conforme o caso.
ASSINATURA: Titular da unidade organizacional.
6. OFÍCIO
Correspondência oficial externa usada pelas autoridades públicas para tratar
de assuntos de serviço ou de interesse da Administração Pública. O Ofício
Circular deverá ser utilizado quando a informação for dirigida,
simultaneamente, a diversos destinatários. O Ofício Conjunto será utilizado
quando elaborado por mais de uma unidade organizacional.
ESTRUTURA DO OFÍCIO
TÍTULO: Ofício, Ofício Circular ou Ofício Conjunto (as letras iniciais em
maiúsculas e o restante em minúsculas), com alinhamento à esquerda,
seguido de número, ano, sigla da unidade organizacional e da instituição.
LOCAL E DATA: Por extenso.
DESTINATÁRIO: Tratamento e designativo do nome civil do destinatário,
sempre que conhecido e confirmado, do cargo ou função ocupado, seguidos da
instituição e do endereço.
ASSUNTO: Resumo do teor do ofício.
VOCATIVO: Invoca o destinatário, seguido de vírgula.
TEXTO: Desenvolvimento do assunto, sendo que, com exceção do fecho, todos
os demais parágrafos devem ser numerados.
FECHO: Respeitosamente ou Atenciosamente, conforme o caso.
ASSINATURA: Titular da unidade organizacional.
OBSERVAÇÃO: O modelo de ofício da Procuradoria-Geral da ANA segue as
normas da Advocacia-Geral da União - AGU. O ofício também pode ser usado
para tratar de assuntos com particulares.
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Competências linguísticas e midiáticas 24
Com o advento da Internet, alguns gêneros emergentes têm se destacado:
1. e-mail (correio eletrônico na forma com formas de produção típicas).
Inicialmente um serviço (electronic mail), resultou num gênero (surgiu em
1972/3 nos EUA).
2. bate-papo virtual em aberto (room-chat) (inúmeras pessoas interagindo
simultaneamente). Surgiu como IRC na Finlâdia em 1988.
3. bate-papo virtual reservado (chat) (variante dos room-chats do tipo (2),
mas com as falas acessíveis apenas aos dois selecionados, embora vendo todos
os demais em aberto).
4. bate-papo agendado (ICQ) (variante de (3), mas com a característica de
ter sido agendado e oferecer a possibilidade demais recursos tecnológicos na
recepção e envio de arquivos).
5. bate-papo virtual em salas privadas (sala privada com apenas os dois
parceiros de diálogo presentes). Uma espécie de variação dos bate-papos de
tipo (2).
6. entrevista com convidado (forma de diálogo com perguntas e respostas
num esquema diferente do que os dois anteriores).
7. aula virtual (interações com número limitado de alunos tanto no
formato de e-mail ou de arquivos hipertextuais com tema definido em
contatos geralmente assíncronos).
8. bate-papo educacional (interações síncronas no estilo dos chats com
finalidade educacional, geralmente para tirar dúvidas, dar atendimento
pessoal ou em grupo e com temas prévios).
9. vídeo-conferência interativa (realizada por computador e similar a uma
interação face a face; uso da voz pela rede de telefonia ou a cabo)
10. lista de discussão (grupo de pessoas com interesses específicos, que se
comunicam em geral de forma assíncrona, mediada por um responsável que
organiza as mensagens e eventualmente faz triagens).
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 25
11. Endereço eletrônico (o endereço eletrônico seja o pessoal para e-mail
ou para a home-page tem hoje características típicas e é um gênero).
GÊNEROS TEXTUAIS EMERGENTES NA MÍDIA VIRTUAL SUAS CONTRAPARTES EM GÊNEROS
PRÉ-EXISTENTES
Gêneros emergentes Gêneros já existentes
1 E-mail Carta pessoal // bilhete // correio
2 Bate-papo virtual em aberto Conversações (em grupos abertos)
3. Bate papo virtual reservado Conversações duais (casuais)
4 Bate-papo ICQ (agendado) Encontros pessoais (agendados)
5 Bate-papo virtual em salas privadas Conversações (fechadas)
6 Entrevista com convidado Entrevista com pessoa convidada
7 Aula virtual Aulas presenciais
8 Bate-papo educacional (Aula participativa e interativa)
9 Vídeo-conferência Reunião de grupo/ conferência / debate
10 Lista de discussão Circulares/ séries de circulares
11 Endereço eletrônico Endereço postal
Fonte: Marcuschi, Luiz Antônio- Gêneros Textuais Emergentes no Contexto da Tecnologia Digital- Universidade
Federal de Pernambuco. In: http://bbs.metalink.com.br/~lcoscarelli/GEMarcGTE.doc.
Segundo Marcuschi, entre os mais praticados estão os e-mails, bate-
papos virtuais e listas de discussão. Hoje começam a se popularizar também
as aulas virtuais no contexto do ensino a distância. Em todos esses gêneros a
comunicação se dá pela linguagem escrita. Como veremos, esta escrita tende
a certa informalidade e a uma menor monitoração e cobrança pela fluidez do
meio e pela rapidez do tempo.
É muito importante que você reconheça as formas de tratamento
necessárias a cada interlocutor desses textos. Assim como é fundamental que,
para desenvolver sua competência comunicativa, empregando os recursos da
Internet, você aprenda as regras de etiqueta- A Netqueta- para se comunicar
com segurança e com a formalidade exigida em cada situação, considerando o
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Competências linguísticas e midiáticas 26
seu interlocutor e a natureza do texto que está produzindo, seja ele oral ou
escrito.
7. CORREIO ELETRÔNICO
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio
eletrônico tenha valor documental e possa ser aceita como documento
original, é necessário existir certificação digital, que ateste a identidade do
remetente, na forma estabelecida em lei.
O campo assunto do formulário de correio eletrônico deve ser
preenchido de modo a facilitar a organização documental, tanto do
destinatário quanto do remetente.
Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utilizado,
preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum
arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de
leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de
confirmação de recebimento.
ESTRUTURA DO CORREIO ELETRÔNICO
Não há estrutura definida para e-mail, entretanto, deve-se evitar o uso de
linguagem incompatível com uma comunicação oficial.
NETIQUETA
Netiqueta é a etiqueta que se recomenda observar na internet. A
palavra pode ser considerada como uma gíria, decorrente da fusão de duas
palavras: o termo inglês net (que significa "rede") e o termo "etiqueta"
(conjunto de normas de conduta sociais). Trata-se de um conjunto de
recomendações para evitar mal-entendidos em comunicações via internet, Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 27
especialmente em e-mails, chats, listas de discussão, etc. Serve, também,
para regrar condutas em situações específicas (por exemplo, ao colocar-se a
resenha de um livro na internet, informar que naquele texto existem spoilers;
citar nome do site, do autor de um texto transcrito, etc.).
Atente para o fato de que estas regras de etiqueta aplicadas à
internet não são oficiais, nem estão documentadas em nenhum lugar. A
compilação das normas a seguir está sendo escrita e expandida de forma
colaborativa e voluntária, pelos próprios usuários da internet.
Deste conjunto de normas de conduta online, podemos destacar
algumas:
Evitar enviar mensagens EXCLUSIVAMENTE EM MAIÚSCULAS ou grifos
exagerados ou em HTML. Se bem empregadas, as maiúsculas podem ajudar a
destacar, mas em excesso, a prática é compreendida como se você estivesse
gritando, podendo causar irritação ou fazer com que o interlocutor se sinta
ofendido. HTML aumenta substancialmente o tamanho das mensagens, o que
impacta desnecessariamente o uso da largura de banda nos servidores.
De maneira geral, procure não usar recursos de edição de texto, como
cores, tamanho da fonte, tags especiais, entre outras, em excesso. Use-os,
como explicado no item anterior, para destacar palavras e expressões
importantes. Nunca para dar destaque injustificado à mensagem como um
todo (mesmo que sua mensagem possua apenas três palavras).
Respeite para ser respeitado e trate os outros como você gostaria de
ser tratado.
Lembre-se que dialogar com alguém mediado pelo computador não
faz com que você seja imune às regras comuns da nossa sociedade, por
exemplo, o respeito para com o próximo. Mesmo por intermédio de uma
máquina, você está conversando com uma pessoa, assim como você. Não diga
a essa pessoa o que você não gostaria de ouvir.
Use sempre a força das ideias e dos argumentos. Nunca responda com
palavrões, mesmo que usem de grosseria contra você. Afinal, pessoas
inteligentes privilegiam os argumentos contra a falta deles.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 28
Apesar de compartilhar apenas virtualmente um ambiente, ninguém é
obrigado a suportar ofensas e má-educação. Caso alguém insista nessas
práticas, ignore-o.
Evite enviar mensagens curtas em várias linhas. Além de ser maléfico
à rede como um todo, causa bastante irritação. Escreva uma frase completa e
envie!
Em fóruns e listas de discussão, procure expressar-se claramente.
Explique o problema com o máximo de informação que puder. Tente manter-
se no contexto da discussão. Os fóruns são separados por tópicos, procure
postar no tópico que mais convier à sua pergunta. Evite sempre mensagens do
estilo "Me ajudem, por favor!", "Ajuda aqui!", "Vou jogar essa coisa fora" ou
frases similares.
Caso escreva um texto muito longo, deixe uma linha em branco em
algumas partes do texto, paragrafando-o. Dessa maneira, o texto ficará mais
organizado e fácil de ler.
Dependendo do destinatário de seu texto, evitar o uso de acrônimos e
do internetês, ou, pelo menos, reduzir a utilização deles. Preste atenção no
que você escreve. É possível que, em alguns dias, nem você mesmo saiba o
que havia escrito.
Ninguém é obrigado a usar a norma culta, mas use um mínimo de
pontuação. Ler um texto sem pontuação, principalmente quando ele é
grande, gera desconforto e, além disso, as chances de ele ser mal
interpretado são muitas.
Quando você estiver perguntando, provavelmente é porque precisa de
ajuda em algo, então aja como tal. Evite ser arrogante ou inconveniente.
Não copie textos de sites ou qualquer outra fonte que possua
conteúdo protegido por registro e que não permita cópias e, sempre, mesmo
com autorização de cópia, cite as fontes quando utilizá-las.
Enquanto estiver numa conversa em programas de mensagem
instantânea, nunca corte (interrompa) o assunto tratado pela outra pessoa.
Isso é extremamente desagradável. Se a pessoa enviar uma mensagem e você
enviar outra completamente diferente, ela ficará sem saber se você leu ou Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 29
ignorou a mensagem que ela enviou. Pelo menos escreva algo para confirmar
que leu a mensagem.
Ainda sobre conversas em programas de mensagem instantânea, evite
ao máximo usar emoticons de letras, palavras e coisas do gênero. Isso torna a
leitura das mensagens muito difícil e confusa, devido ao tempo que
precisamos esperar para que esses emoticons sejam carregados e à
irregularidade nos tamanhos e cores. Emoticons expressam emoções e não
palavras. Procure usá-los fora das mensagens escritas.
Há messengers que possuem a funcionalidade de se autodeterminar
um status ou estado como away ou ausente. Procure usar esta ferramenta,
enquanto você estiver online, mas fora do computador, para evitar que seus
contatos conversem com você e tenham de aguardar horas pela sua resposta.
Não envie uma mensagem supondo que a outra pessoa a entenda da
forma como você a escreveu. Pode ser que ela entenda de forma diferente.
Uma mensagem escrita nunca ficará tão clara quanto um conjunto de palavras
faladas. Procure ser o mais claro possível para não gerar nenhuma confusão.
Ao encaminhar um e-mail que recebeu, por exemplo, os típicos e-
mails humorísticos, que percorrem grupos sociais diversos através de
divulgação por listas de contatos gigantes, remova os e-mails presentes, das
outras pessoas. Procure escrever os seus destinatários no campo "BCC" ou
"CCO" em vez do campo "Para". Este campo esconde os endereços dos
destinatários. Todos irão receber, mas ninguém, além de você, saberá quem
mais recebeu a sua mensagem. Ao não fazer o recomendado acima, você está
contribuindo para o spam com e-mails dos seus próprios conhecidos. Os
endereços de e-mail acumulados serão "pescados", quer por parte dos
destinatários, quer por empresas específicas existentes na Net, cuja função é
acumular contatos de e-mail para envio de propaganda não solicitada ou
phishing.
Antes de fazer uma pergunta, pense na possibilidade de que sua
dúvida já tenha sido solucionada por alguém, procure em fóruns e até mesmo
em sites de busca como o Google. Caso não encontre, poste suas mensagens,
pois sempre haverá algum usuário na internet para lhe ajudar. Mas não espere
que a resposta seja imediata. As pessoas estão dispostas a ajudar, mas elas
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 30
têm responsabilidades e tarefas a cumprir no dia a dia, ficando o acesso aos
fóruns e comunidades em segundo plano. Seja paciente!
Post-ups (ato de postar em um determinado tópico com o intuito de
elevá-lo ao topo da lista de tópicos) geralmente são feitos para destacar
injustificadamente tópicos em fóruns e comunidades virtuais. Procure evitar
essa prática. É extremamente injusto fazer post-ups, pois faz com que os
demais tópicos sejam levados cada vez mais para baixo na lista de tópicos,
diminuindo a probabilidade de resposta a eles. Não seja egoísta. Aguarde a
resposta às suas perguntas como todos os usuários de sua comunidade virtual
ou fórum: sendo paciente.
Se você estiver do outro lado, ou seja, respondendo às dúvidas dos
usuários, seja humilde e só responda às dúvidas se realmente estiver
interessado em ajudar. Respostas como "www.google.com.br", "procura na
net" ou "larga de ser preguiçoso" não ajudam em nada. Procure responder
acrescentando algo útil, que possa enriquecer o conhecimento coletivo.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Netiqueta
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 31
Veja agora as formas de tratamento Autoridades Universitárias
Cargo ou
Função
Por
Extenso
Abreviatura
Singular
Abreviatura
Plural
Vocativo
Endereçamento
Reitores
Vossa Magnificênc ia
ou
Vossa Excelência
V. Mag.ª ou V. Maga.
V. Exa. ou V. Ex.ª
V. Mag.asou V. Magas.
ou
as V.Ex. ou
V.Exas.
Magnífico Reitor
ou
Excelentíssi mo Senhor Reitor
Ao Magnífico Reitor ou
Ao Excelentíssimo Senhor Reitor Nome Cargo Endereço
Vice-Reitores
Vossa Excelência
V.Ex.ª, ou V.Exa.
as
V.Ex. ou V. Exas.
Excelentíssi mo Senhor Vice-Reitor
Ao Excelentíssimo Senhor Vice-Reitor
Nome Cargo Endereço
Assessores Pró-Reitores
Diretores
Coord. de Departamento
Vossa Senhoria
V.S.ª ou V.Sa.
V.S.as ou V.Sas.
Senhor + cargo
Ao Senhor Nome Cargo Endereço
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
31
Competências linguísticas e midiáticas 32
Autoridades Judiciárias
Cargo ou
Função
Por
Extenso
Abreviatura
Singular
Abrevia- tura
Plural
Vocativo
Endereçamento
Auditores
Curadores
Defensores
Públicos
Desembarga
dores
Membros de
Tribunais
Presidentes
de Tribunais
Procuradores
Promotores
Vossa
Excelência
V.Ex.ª ou V.
Exa.
V.Ex.as
ou V.
Exas.
Excelentís-
simo Senhor +
cargo
Ao Excelentíssimo
Senhor
Nome
Cargo
Endereço
Juízes de
Direito
Meritís-
simo Juiz
ou
Vossa
Excelência
M.Juiz ou
V.Ex.ª, V.
Exas.
as
V.Ex.
Meritíssimo Senhor
Juiz ou
Excelentís-
simo
Senhor
Juiz
Ao Meritíssimo
Senhor Juiz
ou
Ao Excelentíssimo
Senhor Juiz
Nome
Cargo
Endereço
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
32
Competências linguísticas e midiáticas 33
Autoridades Militares
Cargo ou
Função
Por
Extenso
Abreviatura
Singular
Abrevia-tura
Plural
Vocativo
Endereçamento
Arcebispos
Vossa
Excelência
Reverendís-
sima
V.Ex.ª Rev.ma
ou V. Exa.
Revma.
as
V.Ex. mas
Rev. ou V.
Exas.
Revma
s.
Excelentís-
simo
Reverendís-
ssimo
A Sua Excelência
Reverendíssima
Nome
Cargo
Endereço
Bispos
Vossa
Excelência
Reverendí
ssima
V.Ex.ª Rev.ma
ou V. Exa.
Revma.
V.Ex.a
s
m
a
s Rev. ou V. Exas.
Revma
s.
Excelentís-
simo
Reverendís-
simo
A Sua Excelência
Reverendíssima
Nome
Cargo
Endereço
Cardeais
Vossa
Eminência
ou Vossa
Eminência
Reverendís-
sima
V.Em.ª, V.
Ema.
ou
V.Em.ª
Rev.ma, V.
Ema. Revma.
as V.Em. , V.
Ema
s.
ou
as V.Em
mas
Rev. ou V.
Emas.
Revma
s.
Eminentís-
simo
Reverendís-
simo ou
Eminentís-
simo
Senhor
Cardeal
A Sua Eminência
Reverendíssima
Nome
Cargo
Endereço
Cônegos
Vossa
Reverendís-
sima
V. Rev.ma
ou V. Revma.
V. Rev.mas
V. Revmas.
Reverendís-
simo
Cônego
Ao Reverendíssimo
Cônego
Nome
Cargo
Frades
Vossa
Reverendís-
sima
V. Rev.ma
ou V. Revma.
mas
V. Rev.
ou V.
Revma
s.
Reverendís-
simo Frade
Ao Reverendíssimo
Frade
Nome
Cargo
Endereço
Freiras
Vossa
Reverendís-
sima
V. Rev.ma
ou V. Revma.
mas
V. Rev.
ou V.
Revma
s.
Reverendí
ssimo Irmã
A Reverendíssima
Irmã
Nome
Cargo
Endereço
Monsenho-res
Vossa
Reverendís-
sima
ma
V. Rev.
ou V. Revma.
V.
Rev.mas
ou V.
Revmas
.
Reverendís-
simo
Monsenhor
Ao Reverendíssimo
Monsenhor
Nome
Cargo
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
33
Competências linguísticas e midiáticas 34
Endereço
Papa Vossa
Santidade
V.S.
- Santíssimo
Padre
A Sua Santidade o
Papa
Sacerdotes
em geral e
pastores
Vossa
Reverendís-
sima
V. Rev.ma
ou V. Revma.
mas V. Rev.
ou V.
Revmas.
Reverendo
Padre /
Pastor
Ao Reverendíssimo
Padre / Pastor
ou
Ao Reverendo
Padre / Pastor
Nome
Cargo
Endereço
Autoridades Monárquicas
Cargo ou
Função
Por
Extenso
Abreviatura
Singular
Abreviatura
Plural
Vocativo
Endereçamento
Arquiduques
Vossa
Alteza
V.A.
VV. AA.
Serenís-
simo +
Título
A Sua Alteza Real
Nome
Cargo
Endereço
Duques
Vossa
Alteza
V.A.
VV. AA.
Serenís-
simo +
Título
A Sua Alteza Real
Nome
Cargo
Endereço
Imperadores
Vossa
Majestade
V.M.
VV. MM.
Majestade
A Sua Majestade
Nome
Cargo
Endereço
Príncipes
Vossa
Alteza
V.A.
VV. AA.
Serenís-
simo +
Título
A Sua Alteza Real
Nome
Cargo
Endereço
Reis
Vossa
Majestade
V.M.
VV. MM.
Majestade
A Sua Majestade
Nome
Cargo
Endereço
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
34
Competências linguísticas e midiáticas 35
Autoridades Civis
Cargo ou
Função
Por
Extenso
Abreviatura
Singular
Abreviatura
Plural
Vocativo
Endereçamento
Chefe da Casa
Civil e da
Casa Militar
Cônsules
Deputados
Embaixador
es
Governador
es
Ministros de
Estado
Prefeitos
Presidentes da
República
Secretários de
Estado
Senadores
Vice-
Presidentes
de
Repúblicas
Vossa
Excelên-
cia
V.Ex.ª ou
V. Exa.
V.Ex.as
ou V. Exas.
Excelentís-
simo
Senhor +
Cargo
Ao Excelentíssimo
Senhor
Nome
Cargo
Endereço
Demais
autoridades
não
contempla-
das com
tratamento
específico
Vossa
Senhori a
V.S.ª ou
V. Sa.
V.S.as
ou V. Sas.
Senhor +
Cargo
Ao Senhor Nome
Cargo Endereço
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
35
Competências linguísticas e midiáticas 36
Algumas Dicas
Concordância com os pronomes de
tratamento
Concordância de gênero
Com as formas de tratamento, faz-se a
concordância com o sexo das pessoas a que
se referem:
Vossa Senhoria está sendo convidado
(homem) a assistir ao III Seminário da FALE.
Vossa Excelência será informada (mulher) a
respeito das conclusões do III Seminário da
FALE.
Concordância de pessoa
Embora tenham a palavra "Vossa" na
expressão, as formas de tratamento exigem
verbos e pronomes referentes a elas na
terceira pessoa:
Vossa Excelência solicitou...
Vossa Senhoria informou...
Temos a satisfação de convidar Vossa
Senhoria e sua equipe para... Na
oportunidade, teremos a honra de ouvi-los...
A pessoa do emissor
O emissor da mensagem, referindo-se a si
mesmo, poderá utilizar a primeira pessoa do
singular ou a primeira do plural (plural de
modéstia). Não pode, no entanto, misturar as
duas opções ao longo do texto:
Tenho a honra de comunicar a Vossa
Excelência...
Temos a honra de comunicar a Vossa
Excelência...
Cabe-me ainda esclarecer a Vossa
Excelência...
Depois de reconhecer cada um desses
gêneros e as formas de tratamento adequadas
para se dirigir a alguém, e considerando o que
diz o Edital 01/11, como candidato a uma vaga
na área de seu interesse, você deverá elaborar
uma carta de apresentação, expondo os motivos
que o levaram a pleitear essa vaga. Escreva de
forma sucinta e clara o seu perfil como
educador.
De acordo com o Edital, no Anexo II, a análise
de seu Curriculum Vitae e da Carta de
Apresentação, por uma comissão constituída por
três professores da disciplina, eram requisitos
básicos para a inscrição e sua classificação
condição de prosseguimento no processo
seletivo. Supondo que ao sair publicado o
resultado da primeira etapa você verificou que
seu nome não constava da relação de pré-
selecionados. Então, decidiu entrar com um
recurso, expondo os motivos que o levaram a
esse ajuizamento e argumentando contra a
decisão da banca.
Veja um modelo desse gênero textual.
Cabe-nos ainda esclarecer a Vossa
Excelência...
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
36
Competências linguísticas e midiáticas 37
8. REQUERIMENTO
Identidade nº.
domiciliado à
, CPF nº
, portador da Carteira de
, residente e
,
nascido em / / _, profissão ,
nos termos do Edital 01/11, REQUER
amparado no disposto no item 10.2 do presente Edital, em face de
Nestes termos, pede deferimento.
, de março de 2011.
Webs@ber Unidade Netcity, NetCity, Rua Virtual, S/N. CEP: 1234-012 Telefax.(00) 321-0123 www.websaber.com.br
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
37
Competências linguísticas e midiáticas 38
UNIDADE 2
Dando continuidade às etapas do processo de seleção, vamos assumir
que a resposta de seu recurso foi favorável e você permaneceu na terceira
etapa do concurso e, de acordo com o edital, essa fase consiste na Prova
Didática. Assim, para organizar-se nessa etapa é preciso considerar que a
avaliação consistirá nos seguintes pontos previstos em edital:
6.6. Na avaliação do candidato serão observados os seguintes aspectos:
a) domínio do conteúdo ........................ de 0 a 4 pontos
b) organização da aula .......................... de 0 a 2 pontos
c) desenvolvimento da aula .................... de 0 a 2 pontos
d) correção e adequação da linguagem ...de 0 a 2 pontos
A apresentação da proposta pedagógica deve ser assegurada pelo uso de
ferramentas que auxiliam o professor em sua prática e o domínio dessas
ferramentas é fator decisivo para o sucesso de uma aula. Que recursos fazem
parte da preparação de uma aula? Vamos elencar dois:
Plano de aula;
Slides em Power point.
Além desses dois recursos, devemos lembrar que a revisão da linguagem
é indispensável para que o material escrito sirva de guia para a exposição
durante a aula e o discurso resultante dessa combinação tenha o efeito
esperado, portanto concentrar nossas atenções nas bases do planejamento de
aula e tudo que envolve essa prática, incluindo o cuidado com a ortografia,
serão tarefas às quais nos dedicaremos nesta unidade.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
38
Saiba quem foi Paulo Freire
Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife, Pernambuco, uma das regiões mais pobres do país, onde logo cedo pôde experimentar as dificuldades de sobrevivência das classes populares. Ele foi quase tudo o que deve ser como educador, de professor de escola a criador de idéias e "métodos"
A coragem de pôr em prática um autêntico trabalho de educação que identifica a alfabetização com um processo de conscientização, capacitando o oprimido tanto para a aquisição dos instrumentos de leitura e escrita quanto para a sua libertação fez dele um dos primeiros brasileiros a serem exilados.
A metodologia por ele desenvolvida foi muito utilizada no Brasil em campanhas de alfabetização e, por isso, ele foi acusado de subverter a ordem instituída, sendo preso após o Golpe Militar de 1964. Depois de 72 dias de reclusão, foi convencido a deixar o país. Exilou- se primeiro no Chile, onde, encontrando um clima social e político favorável ao desenvolvimento de suas teses, desenvolveu, durante 5 anos, trabalhos em programas de educação de adultos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Foi aí que escreveu a sua principal obra: Pedagogia do oprimido.
Em Paulo Freire, conviveram sempre presente senso de humor e a não menos constante indignação contra todo tipo de injustiça. Paulo Freire é autor de muitas obras. Entre elas: Educação: prática da liberdade (1967), Pedagogia do oprimido (1968), Cartas à GuinéBissau (1975), Pedagogia da esperança (1992) À sombra desta mangueira (1995).
Foi reconhecido mundialmente pela sua práxis educativa através de numerosas homenagens. Além de ter seu nome adotado por muitas instituições, é cidadão honorário de várias cidades no Brasil e no exterior.
A Paulo Freire foi outorgado o título de doutor Honoris Causa por vinte e sete universidades. Por seus trabalhos na área educacional, recebeu, vários prêmios: No dia 10 de abril de 1997, lançou seu último livro, intitulado "Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa". Paulo Freire faleceu no
dia 2 de maio de 1997 em São Paulo.trabalhou como secretário da Educação da Prefeitura de São Paulo.
Adaptado de Moacir Gadotti em:
Competências linguísticas e midiáticas 39
9. PLANO DE AULA
A IMPORTÂNCIA DE SE PLANEJAR AS AULAS
Sabemos que tudo que é planejado
sempre obtém sucesso nos resultados e isso se
constata principalmente no processo de ensino
aprendizagem. Planejar é um ato coletivo que
envolve a troca de informações entre
professores, direção coordenadores,
funcionários e pais. Com isso pautamos nosso
interesse em constatar se os planejamentos
escolares estão baseados nas reais
necessidades de aprendizagem.
Devido à grande quantidade de
informações da qual dispomos atualmente,
torna-se necessário para a escola selecioná-las
e direcioná-las de acordo com os objetivos
escolares. Por isso julgamos necessária a
postura consciente do professor em considerar
as reais necessidades de aprendizagem em
seus planejamentos.
De acordo com (1994) o planejamento é
tão importante quanto o ensino. Para que haja
um bom aprendizado faz-se necessário
planejar, organizar as informações e métodos.
Ele deve ser simples, funcional e flexível e
acima de tudo condizer com a realidade dos
alunos. Daí a importância do planejamento
escolar.
Ao tomar ciência da importância do
planejamento para o ensino, assumimos a
http://wJwawn.apíanualodfreeirAeq.ourign/oCrFpef/rCrrapzfAeceOrmezinda Maria Ribeiro - Aya
rvo00003
39
Competências linguísticas e midiáticas 40
Dica da Nova Ortografia
Deixam de ser acentuados os
ditongos abertos em palavras
paroxítonas. Fazem parte
desse grupo de palavras:
ANTES DO ACORDO
Idéia
Platéia
Colméia
Heróico
DEPOIS DO ACORDO
Ideia
Plateia
Colmeia
Heroico
Em contrapartida, vale
lembrar que não fazem parte
desse grupo de palavras os
ditongos abertos em palavras
oxítonas. ESSES permanecem
acentuados, a saber:
Herói
Papéis
tarefa de verificar se o programa proposto está de
acordo com os interesses dos alunos, observando
pontos positivos e negativos.
Refletindo sobre as bases do planejamento de
aula
Considerando que os planos de aula são os
registros das ações pretendidas pelo professor, vale
lembrar que ao planejar uma aula o professor precisa
refletir sobre as possíveis dificuldades de
seus alunos e procurar planejar estratégias que
minimizem estas dificuldades e que possibilitem o
alcance de seus objetivos. Porém, as escolhas feitas
pelo professor no planejamento de sua aula
normalmente são cercadas por crenças e, por vezes,
o professor pouco sabe sobre o real conceito de
planejamento (grifo nosso).
Neste ponto, Vasconcelos (2002, p.78) alerta
que os conceitos (de planejamentos, de projeto, por
exemplo) podem, por um lado, ajudar a clarear as
ideias mais interessantes sobre a prática. Quanto
mais se aprofunda o conceito, maior o grau de
liberdade e de autonomia do professor. Por outro
lado, quanto menor a fundamentação, maior a
necessidade de receita, de modelo.
Vale lembrar, no entanto, que chegar a um conceito de planejamento,
não é tarefa fácil. Vejamos as definições de alguns termos referentes a
planejamento, segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
40
Competências linguísticas e midiáticas 41
Por planejamento encontramos:
Planejamento. S.m. 1. Ato ou efeito de planejar. 2. Trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados; planificação: o planejamento de um livro, de uma comemoração.
Planejar é definido como “projetar, traçar”, da seguinte forma:
Planejar. V.t.d. 1. Fazer o plano de; projetar, traçar: Um bom arquiteto planejará o edifício. 2. Fazer o planejamento de; elaborar um plano ou roteiro de; programar planificar: planejar um roubo. 3. Fazer tenção ou resolução de; tencionar, projetar (...).
Para plano e projeto encontramos:
Plano. (Do lat. Planu) adj. (...) Projeto ou empreendimento com fim determinado. Conjunto de métodos e medidas para a execução de um empreendimento (...). Projeto. (do lat. Projectu, „lançado‟ para diante). S.m. 1. Idéia que se
forma de executar ou realizar algo, no futuro; plano, intento, desígnio. 2. Empreendimento a ser realizado dentro de determinado esquema.
Nota-se, porém que os conceitos de planejamento apresentados até o
momento são restritos, pois ainda não têm como foco os sujeitos envolvidos
no processo: professor e aluno. Isso nos leva à busca de conceito mais integral
de planejamento:
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
41
Competências linguísticas e midiáticas 42
planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e
agir de acordo com o previsto. Planejar não é, pois, apenas
algo que se faz antes de agir, mas é também agir em função
daquilo que se pensou. [...] Trata-se, ao fim e ao cabo, de
antever, projetar uma ação, mas não qualquer: é uma ação a
ser realizada (realizar = tornar real); é uma ação, portanto,
que visa um fim (age-se de tal forma para...), e por sua vez,
tanto o fim quanto a ação estão referidos a uma realidade a
ser transformada (VASCONCELOS, 2002, p.80).
Nestes termos, planejamento pode ser entendido como
“atividade consciente do homem que concebe uma coisa futura como
possível e dependente dele, que para isto tende pelo desejo e vontade, e
se esforça pela sua realização” (VASCONCELOS, 2002, p.78).
Em outras palavras, planejar é se comprometer com a concretização
daquilo que foi elaborado enquanto plano; é impulsionar e dar suporte para
que os objetivos planejados sejam atingidos, numa mediação entre teoria e
ação pedagógica.
Assim, podemos considerar que o planejamento, nas palavras de
Vasconcelos (2002, p.82) tem por finalidade “procurar fazer algo
vir à tona, fazer acontecer, concretizar”, sendo necessário
estabelecer as condições – objetivas e subjetivas – prevendo o desenvolvimento da ação no tempo (o que vem primeiro, o que vem em seguida), no espaço (onde vai ser feita), as condições materiais (que recursos, materiais, equipamentos serão necessários) e políticas (relações de poder, negociações, estruturas), bem como a disposição interior (desejo, mobilização), para que aconteça (VASCONCELOS, 2002, p. 82).
Vasconcelos (2002, p.79) complementa que planejar tem aproximação
com outras práticas, tais como: representar, antecipar, projetar, etc.
Entretanto, Vasconcelos (op. cit.) explica que planejar não é simplesmente
Competências linguísticas e midiáticas 43
imaginação, “na medida em que nesta não há o compromisso com a
colocação em prática”. Da mesma forma que planejar não é sonhar,
uma vez que “prevê passos, seqüência determinada de ação,
utilização de recursos, etc”.
Como se vê, planejamento tem uma relação intrínseca com a prática, o
que o difere de uma teoria educacional qualquer, pois o planejamento se dá
em cima de uma ação específica, numa situação bem concreta, enquanto que
uma teoria se aplica a vários objetos ou contextos (VASCONCELOS, 2002, p.
82).
Vasconcelos (2002 p.148) afirma que é na proposta de trabalho do
professor para uma determinada aula ou conjunto de aulas (Plano de Unidade)
que se vê maior detalhamento e objetividade do processo de planejamento
didático. Contudo, não podemos esquecer que o plano de aula ou unidade
deve estar articulado ao Projeto de Curso e ao Projeto Político – Pedagógico
da Escola. Por outro lado, a elaboração do Projeto de Curso não elimina o
preparo de cada aula, pelo contrário, o pressupõe como complemento de
realização.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
42
Competências linguísticas e midiáticas 44
Assim, considerando que planejar significa antever uma forma possível e
desejável, devemos destacar a necessidade de uma visão geral em relação ao
que vai ser trabalhado na aula. Apresentamos no quadro seguinte as
dimensões e os elementos de um plano de aula, segundo Vasconcelos (2002).
Dimensões Elementos
Análise da Realidade Assunto
Necessidade
Projeção de Finalidades Objetivo
Formas de Mediação Metodologia
Tempo
Recursos
Avaliação
Tarefa
Observações
Quadro 01.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
43
Competências linguísticas e midiáticas 45
Pelo exame do quadro acima, nota-se que os elementos essenciais de
um plano de aula são:
assunto, definidos em termos de conteúdos;
objetivos, baseado nas finalidades do curso e da aula;
métodos, que leva em conta o tempo e os recursos;
avaliação da aprendizagem, baseada em tarefas e observações;
avaliação da aula, baseada em anotações de pontos positivos e
negativos.
Neste ponto, podemos considerar que a avaliação com vistas ao re-
planejamento (grifo nosso), visa a sanar dificuldades e manter condições e
processos satisfatórios de ações que deram certo ou não ao longo das aulas.
Sendo assim, podemos resumir um plano de aula em quatro partes
essenciais:
1) objetivos;
2) metodologia de ensino;
3) conteúdo;
4) avaliação da aprendizagem.
O professor, ao planejar a sua aula, antecipa, de forma organizada,
todas as etapas deste trabalho. Isto é, identifica os objetivos que pretende
atingir, indica os conteúdos que serão desenvolvidos, seleciona os
procedimentos que utilizará como estratégia de ação e prevê quais os
instrumentos que empregará para avaliar o progresso dos alunos.
É importante ressaltar que, com o plano em ação, embora as decisões do
professor sejam detalhadas numa previsão inteligente, calculada e alicerçada
no conhecimento da realidade dos seus alunos, os sujeitos envolvidos na ação
(professor e alunos) assumem diferentes papéis, na concretização daquilo que
fora planejado.
Nesse sentido, podemos dizer que os objetivos são os principais
responsáveis para o sucesso de uma aula, a medida que as pessoas são
geralmente motivadas por objetivos específicos, uso de metas no ensino, isso
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
44
Competências linguísticas e midiáticas 46
melhora a efetividade do ensino e aprendizado, um programa só será efetivo
na sua extensão se seus objetivos e metas forem claros e específicos
(RICHARDS, 2003, p. 1).
Assim sendo, a maioria dos planos de aula descrevem seus objetivos e
metas levando em conta o conhecimento, as habilidades, e os valores que os
projetos educacionais envolvidos estabelecem. Formular objetivos não é uma
ação científica e definida, mas uma questão de julgamentos (crenças) e
escolhas.
Por isso, Richards (2003, p.1) comenta que, na formulação dos objetivos
de planos de aula, é fundamental pensar nas necessidades atuais e futuras dos
alunos, além de conhecer melhor os valores e ideologias que direcionam a
natureza do plano e as práticas de ensino. Entre as ideologias, Richards (2003,
p.1-12.) cita: racionalismo acadêmico, eficiência sócio-econômica,
centralidade no aluno, reconstrucionismo social e pluralismo cultural.
Richards (2003, p.1-3) afirma que o racionalismo acadêmico tem o papel de desenvolver “o intelecto, os valores humanísticos e a
racionalidade do aluno”. O conteúdo abordado nos programas de
ensino é visto como a base do currículo e como o principal meio para
resolver problemas sociais ou para fornecer meios eficientes de atingir os
objetivos esperados. O papel da instituição é fornecer acesso à cultura e ao
conhecimento, que deve ser ensinado como parte de um contexto social.
A eficiência sócio-econômica é uma filosofia educacional que dá ênfase às “necessidades práticas dos alunos e da sociedade”, fazendo
com que o papel dos programas educacionais focalizem o conhecimento e
as habilidades que são relevantes para as necessidades diárias dos
alunos, e sejam “elaborados de forma a atender às necessidades
práticas da sociedade” (RICHARDS, 2003, p. 4-5).
Dessa forma, necessidades individuais dos alunos, papel das experiências
individuais, e necessidade de desenvolver auto-reflexão, pensamento crítico,
estratégias de aprendizado e outras qualidades e competências são Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
45
Competências linguísticas e midiáticas 47
entendidas no contexto dos planejamentos educacionais como uma forma de
garantir, o que Richards (2003, p.6) chama de “centralidade no aluno”.
Já o reconstrucionismo social enfatiza o papel que a escola e os alunos
podem e devem exercer no que diz respeito a injustiças sociais. As escolas
devem apresentar oportunidades iguais para todos, e jamais refletir as injustiças
generalizadas da sociedade, para isso, professores e alunos precisam estar
engajados em uma conscientização dos importantes problemas sociais e propor,
nos planos de aula, formas de solucioná-los (RICHARDS, 2003, p. 8-9).
Freire (1994) argumenta que professores e alunos são envolvidos
em “um único processo de exploração e construção do conhecimento e que os
alunos não são objetos do conhecimento, pelo contrário, eles devem
saber reconhecer e resistir qualquer tentativa de controle ou domínio”.
Por fim, Richards (2003, p. 10-11) argumenta que o pluralismo cultural,
“é uma filosofia que defende a idéias que as escolas devem preparar os
alunos para atuar em várias culturas diferentes”. Neste caso,
a função dos professores é estabelecer, em seus planos de aula, maneiras de
preparar os alunos não apenas para participar em diferentes culturas, mas
também para domínio social e econômico da sociedade a que pertence.
Vasconcelos (2002, p.80) ressalta que o plano de aula corresponde a
certo momento de amadurecimento e de clareza no processo de planejamento
de ensino ou de curso. O autor ainda lembra que o planejamento é
“o processo, contínuo e dinâmico, de reflexão”, cercado de decisões que
serão colocadas em prática e acompanhadas, ou até mesmo julgadas, pelo
professor e pelos alunos.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro – Aya
46
Competências linguísticas e midiáticas 48
Plano de aula, nesse sentido, é o produto da reflexão e das tomadas de
decisão, que pode ser explicitado em forma de registro, de documento ou
não. Como bem afirma Luckesi (1984, p.211 apud Vasconcelos 2002 p.80) o
plano “poderá tão somente ser assumido como uma decisão e
permanecer na memória viva como guia da ação. Aliás, só como
memória viva ele faz
sentido”. Em suma, o planejamento, enquanto processo, é permanente.
Dica da Nova ortografia
O trema deixa de fazer parte
da escrita de palavras em
português, ficando restrito ao
registro de nomes estrangeiros
que se utilizem desse sinal
como Müller e seus derivados
mülleriano.
ANTES DO ACORDO
Conseqüência
Cinqüenta
DEPOIS DO ACORDO
Consequência
Cinquenta
O plano, enquanto produto é provisório.
Fusari (1988, p.9 apud Vasconcelos 2002, p.80)
comenta que:
o planejamento da educação escolar pode
ser concebido como processo que
envolve a prática docente no cotidiano
escolar, durante todo o ano letivo, onde o
trabalho de formação do aluno, através do
currículo escolar, será priorizado. Assim, o
planejamento envolve a fase anterior ao
início das aulas, o durante e o depois,
significado o exercício contínuo da ação-
reflexão-ação, o que caracteriza o ser
educador.
Para Noce (1970, p.01 apud Vasconcelos
2002, p.80) o planejamento é “um
processo que consiste em preparar um
conjunto de decisões tendo em vista agir,
posteriormente, para atingir determinados objeti-
vos”. Ou seja, consiste na previsão inteligente e bem calculada de todas as
etapas do trabalho pedagógico e a programação racional de todas as
atividades, de modo a tornar o ensino seguro, econômico e eficiente.
Todo planejamento se concretiza num programa definido de ação, que
constitui um roteiro seguro para conduzir progressivamente os alunos aos
resultados desejados.
Do ponto de vista propriamente didático, planejar significa estruturar,
dentro de um sentido determinado, os conteúdos a serem adquiridos e prever,
sistematicamente, as atividades e experiências educativas que conduzirão à
apreensão de objetivos e fins considerados valiosos. Portanto, o resultado do
Competências linguísticas e midiáticas 49
processo de planejamento é a programação ou programa da área de estudos
considerada adequada a uma determinada situação. Esse plano será revisto,
refundido, ampliado, modificado, ajustado às novas condições subseqüentes.
(VASCONCELOS, 2002).
Examinaremos agora a estrutura do plano de aula comentado em cada
uma de suas partes para que se esclareça na prática a maneira de elaborá-lo
para os propósitos pretendidos.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
47
Competências linguísticas e midiáticas 50
ESTRUTURA DO PLANO DE AULA (PROPOSTA)
ÁREAS DO CONHECIMENTO:
Verifique qual ou quais áreas do conhecimento (eixos) será(ao) trabalhado(s)
em sua aula.
CONTEÚDO/ASSUNTO:
Cite o tema da aula a ser desenvolvido de forma interdisciplinar.
OBJETIVOS:
É a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa
atividade. Os objetivos nascem da própria situação: da comunidade, da
família, da escola, da disciplina, do professor e principalmente do aluno. Os
objetivos, portanto, são sempre do aluno e para o aluno.
Os objetivos específicos são proposições referentes às mudanças
comportamentais esperadas para um determinado grupo-classe.
Para manter a coerência interna do trabalho de uma escola, o primeiro
cuidado será o de selecionar os objetivos específicos que tenham
correspondência com os objetivos gerais das áreas de estudo que, por sua vez,
devem estar coerentes com os objetivos educacionais do planejamento de
currículo. E os objetivos educacionais, consequentemente, devem estar
coerentes com a linha de pensamento da entidade à qual o plano se destina.
Dicas:
Partindo dos conteúdos, redigirá os objetivos específicos, ou seja, os
resultados a obter do processo de construção de conhecimentos, conceitos,
habilidades.
Na redação, o professor transformará tópicos das unidades numa
proposição (afirmação) que expresse o resultado esperado e que deve ser
atingido por todos os alunos ao término daquela aula.
Os resultados são conhecimentos (conceitos, fatos, princípios, teorias,
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
48
Competências linguísticas e midiáticas 51
interpretações, idéias organizadas, etc.) e habilidades (o que deve aprender
para desenvolver suas capacidades intelectuais, motoras, afetivas, artísticas,
etc.)
Na redação dos objetivos específicos, o professor deve indicar também as
atitudes e convicções em relação à matéria, ao estudo, ao relacionamento
humano, à realidade social (atitude científica, consciência crítica,
responsabilidade, solidariedade, etc.)
Devem ser redigidos com clareza, ser realistas, corresponder à
capacidade de assimilação dos alunos, conforme seu nível de desenvolvimento
mental e sua idade. Consulte a lista de verbos e a taxionomia de Bloom para
facilitar a redação dos objetivos. Uma aula deve ter vários níveis de
aprendizagem, desde conceitos mais elementares aos mais elaborados, tendo
em vista a prática social.
PROCEDIMENTOS (Introdução, desenvolvimento, fechamento)
Introdução:
O professor inicia o relacionamento com seus alunos, apresentando-se.
A introdução de uma aula pode ser feita de várias maneiras, por
exemplo:
o Apresentar de uma situação-problema: o professor coloca um
desafio frente aos alunos, para excitar sua curiosidade, incita-
lhes a pensar, a procurar a solução. O problema pode ser
apresentado como uma pergunta, como uma afirmação a ser
constatada, como um caso de estudo, como um paradoxo, etc.
o Uma dinâmica de motivação que tenha relação com o tema a ser
estudado, ou que sirva de base para o início da discussão do
assunto da aula.
o Uma revisão da aula anterior e apresentação de uma música,
poema, texto de literatura interessante, uma charge, sátira,
charadas. Pode ser utilizados imagens, desenhos, vídeos,
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
49
Competências linguísticas e midiáticas 52
dramatizações, etc.
o Partindo dos conhecimentos que o aluno possui, ou seja, faz um
levantando sobre as curiosidades, dúvidas e as certezas que os
alunos tem sobre o tema proposto. É um diagnóstico da
realidade social ou do contexto do tema que será desenvolvido
na aula.
Desenvolvimento:
Se você iniciou com a metodologia da problematização os próximos
passos são:
o Pesquisa conjunta da solução: os alunos, desafiados pelo
problema, procuram a solução. Para isso, o professor lhes
orienta no uso de técnicas variáveis de pesquisa (biblioteca,
entrevista, dados estatísticos, correspondência, laboratório,
debates, discussões, etc.). O trabalho é fundamentalmente dos
alunos, preferivelmente em grupos.
o Teorização: as descobertas dos alunos necessitam ser
organizadas e explicadas. Só assim poderá haver transferência e
generalização da aprendizagem. De fato, aprender fatos não é
ainda aprender. As observações devem ser levantadas ao nível da
teoria. Esta é uma responsabilidade do professor, no sentido de
ajudar os alunos a criar modelos ou estruturas, nas quais
aparecem as principais variáveis do problema e suas relações
recíprocas.
Se vo
o
cê iniciou com dinâmicas ou utilizando um recurso tecnológico: A função agora é articularem objetivos e conteúdos com
métodos e procedimentos de ensino que provoquem a atividade
mental e prática dos alunos. O professor apresenta o conteúdo
novo/continuação de temas já estudados, com vistas à
construção do conhecimento por parte do aluno, podendo ser
organizada atividades de resolução de situações problemas,
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
50
Competências linguísticas e midiáticas 53
trabalhos de elaboração mental, discussões, resolução de
exercícios, aplicação de conhecimentos e habilidades em
situações distintas das trabalhadas em classe, etc.
o O professor, ao organizar as condições favoráveis à
aprendizagem, utiliza meio ou modos organizados de ação,
conhecidos como técnicas de ensino. As técnicas de ensino são
maneiras particulares de organizar a atividade dos alunos no
processo de aprendizagem.
o Ao planejar os procedimentos de ensino, não é suficiente fazer
uma listagem de técnicas que serão utilizadas, como aula
expositiva, trabalho dirigido, excursão, trabalham em grupo,
etc. Devemos prever como utilizar o conteúdo selecionado para
atingir os objetivos propostos. As técnicas estão incluídas nessa
descrição. Os procedimentos têm uma abrangência bem mais
ampla, pois envolvem todos os passos do desenvolvimento da
atividade de ensino propriamente dita. Os procedimentos de
ensino selecionados pelo professor devem:
Ser diversificados;
Estar coerentes com os objetivos propostos e com o tipo
de aprendizagem previsto nos objetivos;
Adequar-se às necessidades dos alunos;
Servir de estímulo à participação do aluno no que se
refere às descobertas;
Apresentar desafios. Fechamento
Se você iniciou com a metodologia da problematização o próximo passo
é:
o Após a discussão dos pontos chaves aprendidos inicia-se a
aplicação: Os alunos testam, contra a realidade, a validade do
que foi aprendido, ou seja, volta a sua realidade para utilizar os
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
51
Competências linguísticas e midiáticas 54
conceitos aprendidos no dia-a-dia, com pequenas atitudes, na
escola, na casa, na comunidade... É o verdadeiro processo de
transformação social. Aí reinicia-se o ciclo, passando a outra
situação-problema, que incorpore o já aprendido como um dado
a mais.
Se vo
o
cê iniciou com dinâmicas ou utilizando um recurso tecnológico: É o momento em que o professor retoma os pontos principais que
estabeleceu nos objetivos da aula, ou seja, revisa, revê com os
alunos o que foi discutido, as principais idéias da aula,
relacionando com o contexto, com o cotidiano do aluno,
procurando relacionar com a aplicação do tema proposto,
reforçando as principais idéias. Esta atividade é aquele diálogo
que fecha, por ora, o tema da aula. O aluno é capaz de
compreender o que foi discutido e apresentar seus
conhecimentos sobre o tema abordado, através de atitudes na
vida real ou como pré-requisito para novas aprendizagens, assim
como faz a relação interdisciplinar do tema. Este momento leva
a consolidação criativa com base nos conhecimentos anteriores.
É o que chamamos de práxis.
ATIVIDADES:
o Podem ser descritas durante o item desenvolvimento ou neste campo.
o Lembre-se de fazer enunciados contextualizados em todas as
atividades!
o Você deve anexar uma cópia de todas as atividades (textos, exercícios,
orientações, etc.) ao plano de aula, para o professor da turma e o
professor de prática de ensino acompanhar o que foi proposto.
AVALIAÇÃO:
o Avaliação é o processo pelo qual se determina o grau e a quantidade de
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
52
Competências linguísticas e midiáticas 55
resultados alcançados em relação aos objetivos, considerando o
contexto das condições em que o trabalho foi desenvolvido.
o No planejamento da avaliação é importante considerar a necessidade
de:
o Avaliar continuamente o desenvolvimento do aluno.
o Selecionar situações de avaliação diversificadas, coerentes com
os objetivos propostos.
o Você deve descrever como acompanhará a aprendizagem dos alunos,
quais as formas e como será feito o registro se necessário.
RECURSOS:
Exemplos: álbum seriado, cartão-relâmpago, cartaz, ensino por fichas, estudo
dirigido, flanelógrafo, gráficos, história em quadrinhos, ilustrações, jogos,
jornal, livro didático, mapas, globos, modelos, mural, peça teatral, quadro-
de-giz, quadro de pregas, sucata, textos, terrário, aquário, maquetes,
equipamentos esportivos, computador, vídeo, dvd, cd, internet, sites, correio
eletrônico, softwares, rádio, slide, TV, transparências para retroprojetor, etc.
REFERÊNCIAS:
É lista dos livros, jornais, cds, dvds, e outros tipos de materiais utilizados para
a aula, dentro das normas da ABNT.
METODOLOGIA DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA
1º passo: PRÁTICA SOCIAL INICIAL:
Iniciar as atividades apresentando aos alunos os objetivos, os tópicos e
subtópicos da unidade que se pretende estudar, e em seguida, dialogar com
os alunos sobre os mesmos, Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
53
Competências linguísticas e midiáticas 56
Os alunos mostram sua vivência do conteúdo, isto é, o que já sabem sobre o
tema a ser trabalhado e perguntam tudo que gostariam de saber sobre o novo
assunto em pauta, e tudo será anotado pelo professor.
A prática social inicial pode ser feita como um todo no início da unidade e
retomada, em seus aspectos específicos, a cada aula, conforme o conteúdo a
ser trabalhado. Ou, a cada aula, o professor destaca a prática social
específica do conteúdo que vai trabalhar naquele dia.
2º passo: PROBLEMATIZAÇÃO:
Identificar os principais problemas postos pela prática e pelo conteúdo
curricular, seguindo-se uma discussão sobre eles, a partir daquilo que os
alunos já conhecem;
Explicar que o conhecimento (conteúdo) vai ser construído (trabalhado) nas
dimensões conceitual, científica, social, histórica, econômica, política,
estética, religiosa, ideológica, etc., transformadas em questões
problematizadoras.
3º passo: INSTRUMENTALIZAÇÃO:
É a apresentação sistemático-dialógica do conteúdo científico, contrastando-
o com o cotidiano e respondendo às perguntas das diversas dimensões
propostas. É o exercício didático da relação sujeito-objeto pela ação do aluno
e mediação do professor. É o momento da efetiva construção do novo
conhecimento.
4ºpasso: CATARSE:
Representa a síntese do aluno, sua nova postura mental; a demonstração do
novo grau de conhecimento a que chegou, expresso pela avaliação espontânea
ou formal.
5° passo: PRÁTICA SOCIAL FINAL:
É a manifestação da nova atitude prática do educando em relação ao
conteúdo aprendido, bem como do compromisso em pôr em execução o novo
conhecimento. É a fase das intenções e propostas de ações dos alunos.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
54
Competências linguísticas e midiáticas 57
A seguir, apresentamos três planos de aula das respectivas áreas: Letras,
Geografia e Ed. Física. Leia-os com cuidado e reflita sobre os aspectos
organizacionais de cada um, procure identificar quais pontos positivos e
negativos das propostas e pense em como você na qualidade de professor de
uma dessas áreas os aplicaria em suas aulas. A ideia aqui é pensar sobre
elaboração e planejamento, que sabemos agora serem fases em que a prática
deve ser reflexiva para que o educador possa de fato atingir seu maior
objetivo: o aprendizado do aluno.
PLANO 1
Português
Narração e redação Ana Rosa Silva* Introdução
Uma das grandes escritoras brasileiras do século 20, Lygia Fagundes Telles recebeu o Prêmio Camões em 2005. Pertence à Academia Brasileira de Letras. Entre suas obras, podem-se citar os romances: "Ciranda de pedra" (1954), "Verão no aquário" (1964), "As meninas", vencedor do Prêmio Jabuti em 1973, e "As horas nuas" (1989). Escreveu vários contos, como "Venha ver o pôr do sol" e "As formigas", que são alguns dos mais conhecidos. Objetivos
1) Analisar o conto "Venha ver o pôr do sol", de Lygia Fagundes Telles. 2) Estudar os elementos da narrativa: enredo, narrador, personagens, espaço e tempo. Estratégias
1) O conto mencionado acima pode ser lido neste site ou no livro "Antes do baile verde". O estudo do texto poderá ser feito em duas aulas. Em primeiro lugar, deverá ser feita uma leitura silenciosa do texto. Depois, o professor poderá pedir que cada aluno leia em voz alta um período até o ponto final, seguindo a ordem das carteiras. Isso fará com que todos acompanhem a leitura. 2) Num segundo momento, os alunos sentarão em círculo e farão comentários sobre a história. Pedir a opinião dos alunos sobre o enredo, as personagens, o que acharam do final, etc. É importante que todos falem. Atividades
1) Pedir que os alunos identifiquem os elementos da narrativa: Enredo, narrador, personagens, espaço e tempo. Essa atividade pode ser oral. O professor anotará na lousa o que os alunos disserem. 2) Peça aos alunos para reescreverem o conto, modificando-lhe o final. 3) Depois de realizada a redação, peça que cada aluno leia o final que criou em voz alta.
*Ana Rosa Silva é professora de português do ensino fundamental e médio da rede estadual
de ensino de São Paulo.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 58
PLANO 2
Geografia
Lixo - o que fazer com ele? Luiz Carlos Parejo*
Objetivos
O aluno deverá compreender, descrever, localizar, pesquisar, sintetizar, questionar. Deve também ser capaz de associar o crescimento urbano e econômico ao aumento do consumo e ao impacto socioambiental causado pela produção do lixo. 1) Identificar o exagero na produção de lixo doméstico e coletivo; 2) Obter informações e ser capaz de relacioná-las, utilizando-as no seu dia-a-dia; 4) Aprender importância da destinação correta do lixo; 5) Propor teorias e soluções possíveis para problemas locais, regionais e nacionais; 6) Perceber que a atual visão de desenvolvimento econômico leva à exaustão dos recursos e à produção de lixo; 7) Compreender que existe um grande custo econômico e ambiental, que é coletivo, mas distribuído de forma desigual entre as classes sociais; 8) Desenvolver a capacidade crítica e auto-avaliar suas ações. Estratégia
1) Pesquisar a produção do lixo e suas principais destinações, destacando a reciclagem, a incineração (lixo hospitalar) e o aterro sanitário; 2) Pesquisar os impactos ambientais provocados pelo lixo em diferentes escalas: aparecimento de insetos e roedores, produção de gás metano, o chorume e a contaminação do lençol freático, o mau cheiro, etc.; 3) Pesquisar as maiores produções de lixo per capita no mundo e associá-las ao nível de
desenvolvimento econômico e social e à capacidade de consumo; 4) Pesquisar as pessoas que vivem do lixo, se possível passar o curta metragem Ilha das Flores; 5) Fazer um relatório, a partir da observação de um supermercado, sobre o lixo que será produzido. Por exemplo: um produto é embalado em um saco plástico; este, por sua vez, está em uma caixa pequena de papel, que chega, juntamente com várias outras caixas pequenas, em uma grande caixa de papelão. Para onde vai tudo isso? (Refletir sobre a grande produção de descartáveis - lixo.) No setor de frutas e hortaliças, perguntar aos responsáveis o quanto é retirado por dia de frutas estragadas. Qual é o desperdício? Fazer o mesmo em casa. É interessante dividir em uma tabela, com os itens:
Matéria orgânica:
Papel e papelão:
Metais:
Plásticos:
Outros materiais recicláveis. Caso ache conveniente, evite tornar público os dados individuais do lixo doméstico (alguns pais podem não gostar, considerando que a sua privacidade pode estar sendo exposta); 6) Pesquisar quanto uma empresa de reciclagem paga pela tonelada do papelão, ou do alumínio, do vidro, etc. E somar quanto dinheiro se perde por não se reciclar o lixo, individual e coletivamente; 7) Procurar saber quanto a prefeitura gasta para coletar o lixo e o que poderia ser melhorado na cidade com esse dinheiro; 8) Avaliar quantas pessoas em situação de exclusão social poderiam ser ajudadas com projetos sociais de reciclagem (cooperativas). Conclusão da atividade
1) Expor, em mural, fotos e embalagens mais significativas no contexto do projeto.
2) Fazer um debate sobre o papel de cada um de nós, das empresas e do Estado quanto à produção e à destinação do lixo. Conceitos
Sociedade de consumo, crescimento urbano, capitalismo, impactos ambientais, poluição.
*Luiz Carlos Parejo é geógrafo e professor de geografia.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 59
PLANO 3
Educação física
Tamanho não é documento Equipe de Veja na Sala de Aula
Objetivos
Perceber que a constituição física nem sempre implica limitações atléticas. A seguinte
reportagem serve como base para a aula: A baixinha vence as gigantes
Introdução
Franzina, a belga Justine Henin alcançou, pela terceira vez, o topo do ranking feminino de
tênis. A revista Veja ressalta as dificuldades enfrentadas pela supercampeã, incluindo asma
crônica. Para completar, um gráfico compara sua altura com a das principais concorrentes e
ajuda a destruir o mito segundo o qual só as grandalhonas se dão bem com a raquete na mão.
O texto serve de fio condutor para uma lição que todo adolescente precisa saber: nos esportes,
tamanho não é documento.
Atividades
1ª aula
Antes de promover a leitura coletiva da revista, proponha que cada aluno revele a própria
estatura e seus esportes favoritos. Então, pergunte quem já deixou de praticar alguma
modalidade por causa da medida corporal. Caso alguém se manifeste, peça detalhes.
Para jogar basquete ou vôlei, por exemplo, é imprescindível ser alto? Partilhe com a turma o
conteúdo da reportagem, esclarecendo as eventuais dúvidas deixadas pelo texto. Todos
sabem o que caracteriza a asma?
Explique que essa doença pulmonar, muitas vezes de natureza alérgica, provoca dificuldade de
respiração, acessos recorrentes de tosse e sensação de constrição. Em seguida, organize a
turma em grupos e encomende pesquisas enfocando a atuação de atletas de destaque cujo
biotipo, em tese, nao é o mais adequado para as funções desempenhadas por eles. Privilegie
esportistas de baixa estatura. Eis algumas sugestões: o nadador Ricardo Prado, 1,65 metro,
recordista mundial dos 400 metros meddley em 1982; o armador Earl Boykins, 1,65 metro.
Arremessador habilidoso e titular na disputada NBA, a liga americana de basquete profissional;
a jogadora de vôlei de praia Shelda Bede, 1,65 metro, medalha de prata em duas
Olimpíadas; o atacante Romário, 1,68 metro, artilheiro da seleção brasileira de futebol na
campanha do tetra, conquistado na Copa de 1994. Vale lembrar que o Baixinho,
autoproclamado autor de mais de 1.000 gols, cabeceia como poucos; o folclórico goleiro
Jorge Campos, 1,68 metro. Ídolo dos mexicanos, chegou à seleção de seu país e disputou
duas Copas.
O trabalho deve contemplar as principais qualidades desses esportistas. Que diferenciais
fizeram deles campeões? Os itens agilidade, força, velocidade, resistência, liderança,
determinação e visão de jogo provavelmente estarão entre as respostas.
2ª aula
Avalie o resultado das pesquisas e reforce a idéia de que talento, inteligência, técnica e tática
constituem a combinação ideal para superar vários obstáculos impostos pela constituição
física. Por fim, convide os estudantes - de todos os tamanhos - a gastar energia na quadra,
tendo em mente que o importante é competir e se divertir.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 60
10. SLIDES
ELABORAÇÃO DE SLIDES PARA AULA
Sempre ouvimos falar muito sobre a utilização de recursos diversos em
aula com vistas à promoção do aprendizado, mas, muitas vezes, docentes não
são profundos conhecedores das ferramentas que podem proporcionar a
diversificação metodológica. O domínio de editores de textos e programas
como Power point pode ser um diferencial para a dinâmica das aulas,
independente da disciplina. Para nos atualizarmos sobre como tirar o melhor
de recursos como slides, vamos nos ater agora à leitura das telas a seguir que
fazem parte do arquivo em Power point “Como fazer slides” também
disponível no ambiente de nossa disciplina. A leitura desse material visa ao
aprimoramento da preparação de slides, sendo indispensável o domínio dos
programas de editoração de texto como o Power Point.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
58
Competencias linguisticas e midiciticas
Antes de iniciar
Reflexao:
• Objetivos
Qual a finalidade? P ara quem?
Onde será apresentado?
• Síntese do texto
• lnteração?
Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya
Competencias linguisticas e midiciticas
Detalhes decisivos para uma boa apresentação
• Fontes
• Cores
• lmagens
• Fundo
• Efeitos No momenta da apresentação:
• Domínio do assunto
• Postura
Texto
• Planejar: pontos importantes
• Tópicos
• Quantidade de linhas: até 10 (média 40 palavras)
• Distribuir o texto em cada slide: respirar (ideal usar 2/3 da tela)
• Número de slides
• Tempo de apresentação
Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya
Competencias linguisticas e midiciticas
Escolha das fontes - Serifadas (Serifa-- pequenos tras:os, prolongamentos no final das letras
• Facilitam leitura de impresses: jornais,
revistas, livros
• Passam solidez, respeito, tradição
• Evitar em grandes plateias (dificuldade
visualizar de Ionge)
• Exemplos: Times New Roman, Book
antiqua, Georgia
Fontes- Não Serifadas
• Não possuem serifa (adorno no final do
desenho das letras)
• Passam "ar de modernidade"
• Fácil visualizaçâo num slide (atenção ao
tamanho)
• Exemplos: Arial, Microsoft Sans Serif,
Tahoma, Verdana
Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya
Competencias linguisticas e midiciticas
Observações sobre Fontes
• Tamanho - escolher corretamente
• Uma fonte -detalhes
• Evitar fontes "diferentes"
Dica
Recursos de sombra no texto:
Facilita visualização de pessoas distantes da projeção.
Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya
Competencias linguisticas e midiciticas
Observaçõs sobre Cores
• Contraste de cor com o fundo?
Roxo Amarelo
AzuI Laranja
• Máximo 2 cores (uma para o texto e outra
para os destaques)
Fundo
Cuidados:
• Nao atrapalhar a
leitura
• "Peso" do arquivo
• "Casar" com texto e imagens
• Mesmo fundo em
todos slides
Como pode ser:
• Cor (chapada)
• Degradê
• lmagem
• Texturas
Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya
Competencias linguisticas e midiciticas
Fundo de cor única: chapados
• Arquivo mais leve
• Porém ... "ar estático"
• Melhores cores: azul escuro, preto,
verde escuro, vermelho terra
• Cor do texto: amarelo o u branco
Fundo degradê
• Vantagens: arquivo leve, dá ideia de movimento
• Dicas:
-degradê escuro (ex: verde e preta) e texto
claro (ex: amarelo, branco)
-degradê claro (ex: amarelo e laranja) e
texto escuro (ex: preto, azuI escuro)
Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya
Competencias linguisticas e midiciticas
Fundo com texturas ou padrao
• Cuidados:
- Exageros
- Escolha das cores
- Relação: texto I imagem I fundo
lmagens
• lmagens e gráficos – bem utilizados
• Sem exageros
• Arquivo mais pesado
• Cuidado: tamanho e contraste com o
fundo
• Relação: imagem e texto- coerência no
tema e proporção de tamanho
Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya
Competencias linguisticas e midiciticas
Figura I Fundo I Texto
Minha intenção
era ilustrar umtexto sobre
compu-tadores.
Consegui?
Se a imagem está no fundo,
atenção ao texto ....
Janaina de Aqu ino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
Competencias linguisticas e midiciticas
Competencias linguisticas e midiciticas
Gráficos e tabelas
• Legenda
• Cores
• Contrastes
1'Trim :zo Trim 3'Tnm 4'Tnm
lncluir outros elementos
• Links para outros slides
• Links para páginas da Internet
• Vídeos
• Sons
• Setas, gifts animados, outros objetos
Atenção:
- configuração prévia: som, conexão
- cores dos links: http://deitarare.edunet.sp.gov.br/
Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya
Competencias linguisticas e midiciticas
Efeitos
• Transição de slides
• Apresentação (mais
dinâmica)
• Aparecimento do
texto
• Cuidados:
- Nao abusar
- Navegação confusa
- Tira a atenção
Mais importante: a fala e não o PP
Preparando 0 0 0
Espaço físico preparado com antecedência:
• Equipamentos instalados e funcionando
• Conferir som, microfone
• Apresentação: salvar e testar no
computador
• Mesas e cadeiras no Iugar correto
• lluminação adequada
Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya
Competencias linguisticas e midiciticas
Dicas para o momento da apresentação
1. 0 que você sabe bem, você faIa bem ...
Estude, se prepare, domine o assunto!
2. Saber o que há nos slides, conhecer a
sequência. Se foi feito por outra
pessoa, estude bem primeiro
Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya
Competencias linguisticas e midiciticas
Liberdade no momento de falar
• Não fique preso ao slide;
• Sem desvio do assunto;
• Siga os tópicos;
• Apresentações(recurso a mais);
• Não fique apenas lendo o que aparece
nos slides.
Falando ...
Seja você mesmo, mas cuidado ...
• Pronuncie bem as palavras;
• Atenção com termos ou nomes em
outras línguas;
• Vícios de linguagem;
Conquiste a plateia usando um tom de
voz agradável, sem gritar ou falar muito
baixo.
Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya
Competencias linguisticas e midiciticas
Postura
• Movimente-se o suficiente para prender a
atenção.
• Apresente-se com trajes adequados à
situação com discrição e sobriedade
para não ser o foco errado da atenção.
• Sorria, brinque, mas sempre de acordo
com a plateia e a ocasião.
lmprevistos
Acabou a energia elétrica? O computador
travou? O som sumiu? Algo mais deu
errado?
Nada de pânico!
lmprevistos acontecem, esteja preparado ...
não interrompa a sua apresentação,
continue falando ... passe ao público a
certeza de que sabe o que está falando!
Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya
Competências linguísticas e midiáticas 72
O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
A tarefa de produzir textos requer cuidado com a linguagem escrita e
nesse ínterim entra em voga a ortografia. Como recentemente passamos por
uma reformulação nas regras ortográficas do português é importante
conhecermos um pouco mais sobre o assunto para que possamos revisar nossos
textos com propriedade.
Comecemos pelo conceito da palavra ORTOGRAFIA :
A palavra Ortografia vem do grego orthos (correto) +
graphe (escrita), que significa escrita correta. A
ortografia é um conjunto de normas, decididas por leis,
que estabelecem o registro correto, por escrito de uma
língua (DALEFI, 2008, p. 250).
Também é importante saber que, apesar de oficialmente sancionada, a
ortografia não é mais do que uma tentativa de transcrever os sons de uma Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
72
Competências linguísticas e midiáticas 73
determinada língua em símbolos escritos. Esta transcrição é sempre por
aproximação e raramente é perfeita e isenta de incoerências. De acordo com
Medeiros e Tomasi (2008, p.1):
A ortografia ideal de uma língua seria aquela em que para cada
fonema houvesse uma única letra ou sinal gráfico. Seria uma
língua sonhada; na prática, inexistente*, pois exigiria uma
multiplicidade de caracteres, sem contar as variedades
regionais e individuais dos falantes ao pronunciarem as
palavras. (grifo nosso*)
Assim como tudo que é humano, a ortografia é cheia de imprecisões,
pois a escrita não possui ferramentas suficientes para reproduzir os
fenômenos da língua falada. Devemos levar em conta que o sistema gráfico
da língua portuguesa conta com 23 letras e um número muito maior de
fonemas realizáveis.
Surge a pergunta: o que devemos pesquisar sobre a nova ortografia?
Basicamente, as alterações recentemente introduzidas na ortografia da Língua
Portuguesa pelo que oficialmente é conhecido por Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por
Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste, países integrantes da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). No Brasil, o Acordo foi
aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995, além dos
Protocolos Modificativos do Acordo, todos elencados na 5a edição do VOLP
(Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), de 2008.
Esse acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua
escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas
as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a Língua Portuguesa
como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação
ortográfica desses países.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
73
Competências linguísticas e midiáticas 74
O que se ganha com a adoção do Acordo Ortográfico
A dupla grafia das palavras obrigava as editoras a publicarem edições
específicas em Portugal e no Brasil. A não adoção do Acordo Ortográfico
também dificultava a inserção do Português como uma das línguas oficiais da
Organização das Nações Unidas (ONU), embora ele seja uma das línguas
oficiais da União Europeia e do Mercosul.
Além disso, dificultava o ensino de Português como língua estrangeira
em qualquer outra parte do mundo e criava empecilhos na formatação dos
protocolos para os mais diferentes navegadores da Internet.
Assuntos tratados no Acordo
Entre outros aspectos, o Acordo Ortográfico trata do alfabeto, dos
nomes próprios, dos nomes estrangeiros e seus derivados, do h inicial e final,
da homofonia de certos grafemas consonânticos, dos ditongos, da acentuação
de modo geral, do emprego do hífen, da supressão do trema e da divisão
silábica.
Se não fosse a ortografia, graves problemas de comunicação poderiam
ocorrer em virtude das diferenças que, no Português falado, existem de uma
região para outra ou de um país para outro. Esse é principal argumento dos
que defendem um padrão ortográfico para todos os países lusófonos, isto é,
que falam a Língua Portuguesa.
Em termos práticos, em instituições públicas do Brasil que mantêm
constante contato com outros países de Língua Portuguesa, escrever, muitas
vezes, sem conhecer as normas vigentes, pode causar problemas de
comunicação escrita, e a Redação Oficial preza pela objetividade e clareza.
Assim, a ortografia ganha relevância para a manutenção da qualidade dos
textos formais bem como para a garantia de exposição clara das mensagens
escritas.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
74
Competências linguísticas e midiáticas 75
Mudanças previstas no português do Brasil
As principais modificações no Português do Brasil, que afetarão apenas
cerca de 0,5% do léxico, são concentradas:
no alfabeto;
no uso do trema;
no uso do acento diferencial;
na acentuação dos ditongos abertos;
no uso do hífen;
no uso das maiúsculas e minúsculas.
No Alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w, e
y. O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria
dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
Na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg
(quilograma), W (watt);
Na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show,
playboy, playground, windsurf, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo decrescente. É importante lembrar que esse grupo de palavras é baixa ocorrência.
Como era Como fica
Baiúca Baiuca
Bocaiúva Bocaiuva
Cauíla Cauila
Feiúra Feiura
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 76
Como era Como fica
Abençôo Abençoo
Crêem (verbo crer) Creem
Dêem (verbo dar) Deem
Dôo (verbo doar) Doo
Enjôo Enjoo
Lêem ( verbo ler) Leem
Magôo (verbo magoar) Magoo
Atenção! Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece.
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para,
péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era Como fica
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra. Comi uma pera.
Atenção! O par pôde/pode permanece com o acento diferencial. Pôde é a
forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a
pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde terminar o projeto mais cedo, mas hoje ele pode.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
76
Competências linguísticas e midiáticas 77
Na mesma linha de procedimento, temos a manutenção do acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr em discussão o parecer por mim elaborado na próxima reunião do departamento.
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos
ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, interir, advir, etc.). Exemplos:
Ele tem dois cargos. / Eles têm dois cargos.
Ele vem de Brasília. / Eles vêm de Brasília.
Ele mantém a palavra./ Eles mantêm a palavra.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Fica facultativa a utilização do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em algumas situações, o uso do acento dá clareza à frase conforme podemos ver neste exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
Não se usa mais o acento agudo do u tônico das formas (tu) arguis, (ele)
argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir, etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser
acentuadas. Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser
acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam;
enxague, enxagues, enxaguem.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
77
Competências linguísticas e midiáticas 78
PARA SABER MAIS
A “nova ortografia” dos textos digitais
Alguns estudiosos defendem que as regras de ortografia devem ser
preservadas nos textos digitais; outros defendem a liberdade de expressão, por
considerarem que as simplificações são ditadas pelos usuários.
A maioria, porém, concorda que a linguagem deve ser coerente com seu
objetivo e com o estilo linguístico de seu criador. Assim, em um texto científico
deve-se usar uma linguagem formal; em um texto descontraído ou na internet
pode-se adotar uma linguagem coloquial.
Como a comunicação via internet vem aumentando cada vez mais, o número
de expressões criadas para tornar a troca de informações rápida vem se
multiplicando a cada dia e são essas expressões que devem ser utilizadas com
parcimônia, pois o que é preciso ter em mente é qual o papel do gênero no
contexto virtual, por exemplo, o e-mail tem várias possibilidades de
comunicação que vão do formal ao informal. Em se tratando de redação oficial,
muitas vezes, substitui gêneros como o aviso circular, o que pede o uso da
linguagem formal, diferentemente do que ocorre com e-mails pessoais que
trocamos entre amigos. Assim, deixemos de lado as abreviaturas comumente
usadas nos textos digitais quando nosso propósito é escrever
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem;
delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção! No Brasil, a pronúncia mais comum é a primeira, aquela com a
e i tônicos.
Uso do hífen
Vimos anteriormente que a ortografia de uma língua consiste na padronização da forma gráfica de suas palavras para o fim de uma intercomunicação social universalista, e só em casos excepcionais são admitidas duas grafias para uma
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
78
Competências linguísticas e midiáticas 79
mesma palavra (HOUAISS, 2008). Nesse sentido, a exemplo do que ocorre com a acentuação gráfica, que é utilizada para marcar diferentes fonemas, ou mesmo diferenciar o significado de palavras de mesma grafia e som, o hífen mostra-se como um recurso da língua escrita para solucionar possíveis inconsistências ortográficas.
USO DO HÍFEN
1) Na separação das sílabas de uma palavra Ex.: o-fí-cio
2) Na maioria dos substantivos e adjetivos
compostos
Ex.: guarda-costas
3) Nas formas verbais ligadas a pronomes Ex.: Amá-lo; viram-na
4) Na separação do dia, mês e ano, nas datas, além
do ano de nascimento e ano de morte
Ex.: 18-12-1957;
Camões (1524-1580)
5) Na união de certos prefixos a palavras Super-homem; sem-
terras
Para falar sobre o hífen, vamos iniciar pelas palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero-, agro-, além-
, ante-, anti-, aquém-, arqui-, auto-, circum-, contra-, eletro-, entre-, ex-, extra-, geo-, hidro-, hiper-, infra-, inter-, intra-, macro-, micro-, mini-, multi- , neo-, pan-, pluri-, proto-, pós-, pré-, pró-, pseudo, retro-, semi-, sobre-, sub-, super-, supra-, tele-, ultra-, vice- etc. em um primeiro momento, a lista pode parecer extensa, mas existem formas de organizá-la em categorias. Vejamos como:
Mantém-se o hífen em palavras derivadas por prefixação quando o segundo elemento inicia por h. Exemplos:
ANTES DO ACORDO
DEPOIS DO ACORDO
Pré-história
Pré-história
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Competências linguísticas e midiáticas 80
Super-homem
Super-homem
Extra-humano
Extra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
Eliminação do hífen em vocábulos derivados por prefixação, cuja vogal final do prefixo é diferente da vogal inicial do segundo elemento. Exemplos:
ANTES DO ACORDO
DEPOIS DO ACORDO
Extra-escolar
Extraescolar
Auto-escola
Autoescola
Auto-estrada
Autoestrada
Plurianual
Plurianual
Co-editor
Coeditor
Agroindustrial
Agroindustrial
Semianalfabeto
Semianalfabeto
Exceção: o prefixo co- aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:
coobrigação, coedição, coeducar, cofundador, coabitação, coerdeiro, corréu, corresponsável, cosseno.
Esse procedimento segue as recomendações da Nota explicativa do VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) que diz:
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 81
Excluir o prefixo co- do caso 1º, letra a, da Base XVI, por merecer do Acordo exceção especial na observação da letra b da mesma Base XVI e por também poder ser incluído no caso 2º, letra B, da Base II (coabitar, coabilidade, etc). Assim, por coerência, co-herdeiro passará a coerdeiro. (2009, l. II)
Ainda de acordo com orientações do VOLP, “devemos incluir, por coerência e em atenção à tradição ortográfica, os prefixos re-, pre- e pro- à excepcionalidade do prefixo co-, referida na observação da letra b do caso 1º
da Base XVI: reaver, reeleição, preencher, proótico.” Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice- almirante etc.
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:
ANTES DO ACORDO
DEPOIS DO ACORDO
Contra-regra
Contrarregra
Extra-regular
extrarregular
Co-seno
Cosseno
Contra-senso
contrassenso
Manutenção do hífen em vocábulos derivados por prefixação, cujo prefixo terminar por vogal igual à vogal inicial do segundo elemento. Exemplos:
ANTES DO ACORDO
DEPOIS DO ACORDO
Antiinflacionário
Anti-inflacionário
Antiintelectualismo
Anti-intelectualismo
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 82
Microondas
Micro-ondas
Pseudo-organizado
Pseudo-organizado
Contraassinatura
Contra-assinatura
Semiinternato
Semi-internato
Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:
ANTES DO ACORDO
DEPOIS DO ACORDO
Inter-racial
Inter-racial
Inter-regional
Inter-regional
Sub-bibliotecário
Sub-bibliotecário
Sub-base
Sub-base
Super-resistente
Super-resistente
Como podemos ver, essa regra já era praticada antes do acordo, o que reforça o fato de que o novo acordo não trouxe tantas modificações para o português do Brasil.
Atenção:
Nos demais casos, não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado,
intermunicipal, superinteressante, superproteção.
Com o prefixo sub-, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada
por r: sub-região, sub-raça etc.
Com os prefixos circum- e pan-, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
82
Competências linguísticas e midiáticas 83
ANTES DO ACORDO
DEPOIS DO ACORDO
Interestudantil
Interestudantil
Hiperativo
Hiperativo
Superestrutura
Superestrutura
Superexigente
Superexigente
Usa-se sempre o hífen com os prefixos ex-, sem-, além-, aquém-, recém-, pós-, pré*-, pró*-. Exemplos:
ANTES DO ACORDO
DEPOIS DO ACORDO
Pós-graduação
Pós-graduação
Ex-ministro
Ex-ministro
Pré-formular
Pré-formular
Pró-reitoria
Pró-reitoria
Recém-empossado
Recém-empossado
* as exceções sobre o uso do hífen com os prefixos pre- e pro-, anteriormente apresentadas continuam válidas, pois se referem às formas átonas desses prefixos, o uso do hífen continua obrigatório para as formas tônicas pré- e pró- como descrito na última regra.
Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: -açu, - guaçu e -mirim. Exemplos:
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
83
Competências linguísticas e midiáticas 84
Amoré-guaçu
Anajá-mirim
Capim-açu
Obs.: É importante frisar que esta regra contempla um número pequeno de
palavras.
Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
Manutenção do hífen em palavras compostas por justaposição cujos elementos constituem uma unidade semântica, mas mantêm uma tonicidade própria e em compostos que designam espécies botânicas e zoológicas.
Observação: Esta regra, em alguns momentos, pode causar dúvidas por não
explicitar os casos em que a mudança deve ou não ocorrer, como sugestão de
consulta, indicamos o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa)
que contém o registro da ortografia oficial das palavras em português.
Ano-luz
Arco-íris
Tio-avô
Amor-perfeito
Segunda-feira
Bem-te-vi
Cravo-da-índia
Atenção: Eliminação do hífen em palavras compostas, cuja noção de
composição, de certa forma, perdeu-se.
ANTES DO ACORDO DEPOIS DO ACORDO
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 85
Pára-quedas Paraquedas
Manda-chuva Mandachuva
Cabra-cega Cabracega
Toca-fitas Tocafitas
Roda-viva Rodaviva
Girassol Girassol
Madressilva Madressilva
Eliminação do hífen das palavras compostas com elemento de ligação, sejam: locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, salvo algumas exceções de uso consagrado pela tradição lexicográfica
Cão de guarda
Fim de semana
Pé de moleque
Sala de jantar
Cor de vinho
Cada um
Quem quer que seja
À parte
Acerca de
A fim de que
Exceções de uso consagrado:
Água-de-colônia
Arco-da-velha
Cor-de-rosa
Mais-que-
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 86
perfeito Pé-
de-meia Ao
deus-dará
À queima-roupa
Eliminação do hífen nas formas conjugadas do verbo haver seguido da preposição de (Antes, apenas em Portugal era obrigatório esse uso)
Antes do acordo Depois do acordo
Hei-de
hei de
Há-de
há de
Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta--se que ele foi exonerado do cargo de coordenador.
O coordenador recebeu
os ex-alunos.
Uso das maiúsculas e minúsculas
No que se refere à grafia de maiúsculas e minúsculas, o que
comumente observamos é algo mais intuitivo que sistemático. Isso ocorre
porque, de maneira geral, acredita-se que a utilização de letras maiúsculas e
minúsculas é de fácil apreensão, o que pode causar certa confusão em textos
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 87
oficiais que devem primar pela padronização. Assim, surgem várias perguntas
pertinentes, entre elas:
Como grafar as palavras „governo‟ , „estado‟ , „país‟ e „município‟ ,
com letra maiúscula ou minúscula? O que deve ser considerado para
saber a correta utilização de maiúsculas e minúsculas é o emprego dessas
palavras.
No caso de elas serem empregadas como substantivos comuns, devem ser grafadas com letras minúsculas.
No caso dos nomes próprios referentes a estados, cidades, municípios e tantos outros que são designativos, estes continuam sendo grafados com letras iniciais maiúsculas: Secretaria da Educação, Estado de São Paulo, Brasil, Serrana, Prefeitura Municipal de Cássia dos Coqueiros, etc.
O Novo Acordo refere-se a denominações que são grafadas com letras
maiúsculas:
Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: Marquês de
Sabugosa; Luís da Cunha, D. Quixote. Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, Luanda, Rio de
Janeiro; Atlântida, Hespéria.
Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos: Adamastor; Neptuno / Netuno.
Nos nomes que designam instituições: Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência Social.
Nota-se, porém, que, quando esses nomes estiverem expressando
conceitos gerais, serão grafados com letras minúsculas: Os institutos de
aposentadorias municipais e estaduais (..), As prefeituras estão obrigadas a
(..), Os governos deveriam estar mais atentos a (..), Os municípios que
apresentarem seus orçamentos até (..), etc.
Emprego Obrigatório das Iniciais Maiúsculas
Usam-se as maiúsculas nas seguintes situações:
1. A primeira palavra de um período ou citação:.
Ex.: “Bem festa faz que na sua casa está em paz.”
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 88
2. Substantivos próprios:
Rafael
Minerva
Deus
Juliana
Humberto
Carolina
Jesus Cristo
Cruzeiro do Sul
Via Láctea
Terra (planeta)
Janaína
Observação: no caso de usar a palavra deus de forma genérica, essa
regra não se aplica, permanecendo o uso da inicial minúscula.
Ex.: O deus pagão, a deusa Juno.
3. Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas religiosas:
Idade Média
Renascimento
Idade Moderna
Romantismo
Simbolismo
4. Nomes de altos cargos e dignidades:
Papa
Presidente da República
5. Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos:
Cristianismo
Islamismo
Protestantismo
Igreja
Estado
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 89
República
Observações:
A palavra país é um nome comum. Não é o fato de se referir a Brasil que deve levá-lo a ser escrito com letra maiúscula. Ex.: Brasil o país do futuro.
Em „Estado de São Paulo‟ , a palavra „estado‟ é maiúscula. A regra não
menciona município.
Casos Facultativos de uso das maiúsculas
6. Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos e órgãos públicos.
Antes do acordo, era obrigatório o uso de maiúscula para nomes de
logradouros públicos, templos e edifícios. Agora, com o acordo, é facultativo.
Ex.: Rua do Ouvidor ou rua do Ouvidor
Edifício Copan ou edifício Copan
Igreja da Lapa ou igreja da Lapa
7. Antes do acordo, os nomes dos pontos cardeais eram escritos em maiúsculas; agora não mais:
norte
sul
leste
oeste
8. Antes do acordo, as formas de tratamento e reverência eram escritos
com letra maiúscula; agora é facultativo. No entanto, para seu uso na Redação Oficial, convém esperar a atualização do Manual de Redação da Presidência da República pronunciando-se a respeito disso.
Santa Maria ou santa Maria Doutor José
Pinto ou doutor José Pinto Senhor
Reitor ou senhor reitor
Vossa Excelência ou vossa excelência Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 90
9. Antes do acordo, nomes de disciplinas que designam domínios do saber eram grafados com maiúsculas; agora é facultativo.
Português ou português
Linguística ou linguística
Semiótica ou semiótica
Literatura ou literatura
Pintura ou pintura
Dupla grafia
É consagrada a dupla grafia para palavras escritas e pronunciadas de
maneira diferente em Portugal e no Brasil.
Exemplos:
PORTUGAL BRASIL
facto fato
afectar afetar
dicção dição
Observação: Embora ambas as grafias passem a ser dicionarizadas, não
se justifica adotar registro diferente daquele que já se usa no Brasil e em
Portugal. Isso significa que, na prática, não haverá alteração na grafia dessas
palavras. O importante é reconhecer que as duas formas são corretas.
É aceita também a acentuação dupla, com acento circunflexo no Brasil
e agudo em Portugal, pois algumas palavras oxítonas, geralmente de origem
francesa, terminadas em -e tônico/tónico, podem ser escritas com acento
circunflexo (ê) ou acento agudo (é), pois a pronúncia delas
pode ser fechada (caso do Brasil) ou aberta (caso de Portugal).
Exemplos:
PORTUGAL BRASIL
académico acadêmico
cénico cênico
colónia colônia
oxigénio oxigênio
génio gênio
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 91
Sujeito preposicionado... Agora não pode mesmo!
Antes do Novo Acordo, essa regra sempre causou polêmica, pois nem
todos os gramáticos subscreviam tal proibição. Evanildo Bechara, por
exemplo, argumenta, em sua Moderna Gramática Portuguesa (2000, p. 536-
537), que ambas as construções são corretas e cita o uso da contração em
vários escritores clássicos da Língua. No entanto, há uma cláusula do Acordo
Ortográfico que adota aquela proibição. Assim, cometeremos, a partir da
vigência do Acordo, erro ortográfico se fizermos a contração. Assim:
ANTES DO ACORDO: eram válidas as duas formas
Exemplo 1:
Não é fácil de explicar o fato de os professores ganharem tão pouco.
Não é fácil de explicar o fato dos professores ganharem tão pouco.
Exemplo 2:
É tempo de ele sair.
É tempo dele sair.
DEPOIS DO ACORDO: deixa de valer a forma contraída.
Exemplo 1:
Não é fácil de explicar o fato de os (e não dos) professores ganharem tão
pouco.
Exemplo 2:
É tempo de ele (e não dele) sair.
Esclarecendo alguns pontos sobre o Novo Acordo Ortográfico
O Novo Acordo, cujo nome oficial é Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa (1990), contém vinte e uma bases, numeradas com algarismos
romanos, cada uma delas tratando de um item específico:
BASE I Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados
BASE II Do H inicial e final
BASE III Da homofonia de certos grafemas consonânticos
BASE IV Das sequências consonânticas
BASE V Das vogais átonas
BASE VI Das vogais nasais
BASE VII Dos ditongos
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
91
Competências linguísticas e midiáticas 92
BASE VIII Da acentuação gráfica das palavras oxítonas
BASE IX Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas
BASE X Da acentuação gráfica das vogais tônicas/tônicas grafadas i e u
das palavras oxítonas e paroxítonas
BASE XI Da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas
BASE XII Do emprego do acento grave
BASE XIII Da supressão de acentos em palavras derivadas
BASE XIV Do trema
BASE XV Do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares
BASE XVI Do hífen nas formações por prefixação, recomposição e
sufixação
BASE XVII Do hífen na ênclise, na tmese (mesóclise) e com o verbo haver
BASE XVIII Do apóstrofo
BASE XIX Das minúsculas e maiúsculas
BASE XX Da divisão silábica
BASE XXI Das assinaturas e firmas
Com o Novo Acordo, passa a existir uma única forma para a grafia das
palavras da Língua Portuguesa. Isso não significa que todas as bases do Acordo
imponham mudanças no registro das palavras no Brasil, em Portugal e nos
demais países da Língua Portuguesa. Algumas bases ratificam modificações já
efetuadas no Brasil em 1971, como a suspensão do acento grave nas sílabas
subtônicas de palavras derivadas. Ex.: (Café – Cafezinho)
Em outros casos, como o da eliminação do trema,
atinge-se apenas o Registro Ortográfico no Brasil, pois este sinal já não era
usado em Portugal desde 1945. Vejamos o quadro abaixo:
Principais modificações Brasil Portugal
Alfabeto X X
H inicial X
Eliminação do c e do p, quando não
pronunciados na palavra
X
Ausência de acento no ditongo EI em
palavras paroxítonas
X
Ausência de acento no ditongo OI em
palavras paroxítonas
X X
Ausência de acento no hiato OO nas
palavras paroxítonas
X
Ausência de acento agudo de palavras X
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 93
oxítonas com vogais tônicas escritas
com i e u, se precedidas de ditongo
Redução e simplificação do uso do
hífen
X X
Ausência de hífen nas ligações das
formas verbais monossilábicas do verbo
haver mais preposição de
X
Trema X
Minúsculas em iniciais de nomes de
meses
X
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
93
Competências linguísticas e midiáticas 94
UNIDADE 3
A equipe da Webs@ber- Unidade Netcity, com as novas contratações
ficou maior e agora ampliou seu projeto de atuação, com o Plano de Ação
Integrada-PAI, cuja meta é um maior apoio à estruturação de novas propostas
educacionais. Assim, para atender aos objetivos definidos, a equipe procurou
implantar um ambiente adequado, tanto do ponto de vista da proposta
pedagógica adotada, quanto da tecnologia escolhida. Por essa razão, os
selecionados foram aqueles que apresentaram um perfil compatível com a
proposta educacional da escola.
Na primeira reunião pedagógica, a Coordenação Pedagógica
apresentou o Vídeo “Vida Maria”, um premiado curta metragem em animação
gráfica 3D do diretor Márcio Ramos, gaúcho residente em Fortaleza, Ceará,
onde atua como editor de vídeo, designer, diretor e produtor de animação
para TV, filmes e internet.
A Coordenação Pedagógica, ao decidir pela temática e recursos para a
reunião, que acolheria os novos contratados, optou pela animação cearense
porque expõe, com crítica e poesia, um sério problema da educação no
Brasil.
Durante o semestre, a equipe desenvolveu um trabalho coletivo,
integrado, considerando o espaço institucional que tem por objetivo oferecer
experiências ricas e variadas para o desenvolvimento e a aprendizagem dos
alunos.
Assim, em sintonia com a sua proposta curricular que abrange, além
das tradicionais áreas do conhecimento, Língua Portuguesa, Matemática,
Ciências Sociais e Naturais, procurou desenvolver os processos de socialização
e o desenvolvimento motor e afetivo, na perspectiva dos conceitos,
procedimentos e atitudes aí envolvidos.
Ou seja, seu projeto procurou alcançar o ser integral, oportunizando
seu desenvolvimento máximo possível, em suas relações, em sua postura de
estudante e em suas aprendizagens instrucionais, tendo como suporte as
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
94
Competências linguísticas e midiáticas 95
competências midiáticas, com a intenção de instrumentalizar os alunos para a
proficiência lingüística e textual.
Por acreditar que a aprendizagem acontece pela interação do aluno
com os objetos de conhecimento e por intermédio de uma construção interna
realizada por ele, o projeto desenvolvido pela equipe Websaber privilegiou o
desenvolvimento de habilidade lingüísticas de forma a propiciar a
disseminação de ideias, crenças e formas de agir de seu corpo discente, a
partir de um ambiente rico não só em materiais, mas também em
intervenções desafiadoras.
Considerando o papel do professor como fundamental nessa
construção, como cooperador do processo e como um dinamizador de ações
educativas a partir de intervenções que vão ao encontro de seu aluno e que
sejam capazes de desafiá-lo para que ele avance em suas concepções, a
direção da Webs@ber propôs um desafio aos seus professores de todas as
áreas: a produção de um relato de experiência em formato de artigo de
divulgação científica a ser publicado em anais de congresso da área
específica. Esse trabalho seria o resultado das experiências significativas
adquiridas ao longo do semestre escolar, com a implementação e aplicação do
projeto de ensino, previsto no PAI.
O material que servirá de corpus para a realização do artigo é todo o
acervo escolar registrado na produção de planos e documentos variados pelas
equipes (projetos de trabalho, sequências didáticas, planos semanais,
exercícios e tarefas de casa, relatórios de avaliação, pareceres, textos para
apresentação de trabalhos aos pais, dentre outros.
Após a apresentação do curta e do momento de debates e
extrapolação da temática, a equipe pedagógica, preparou uma aula expositiva
sobre os gêneros textuais: artigo científico e artigo de opinião. E solicitou aos
professores que escrevessem um artigo de opinião, versando sobre a temática
discutida. Suponha que você seja um desses professores e escreva um artigo,
em uma lauda simples, expondo seu ponto de vista sobre a questão levantada.
Seu artigo será publicado no portal da Webs@ber, no mural da sala dos
professores e no Blog Webs@ber. Esse blog é uma ferramenta de comunicação
desenvolvida pelos próprios professores.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
95
Competências linguísticas e midiáticas 96
Leia a seguir a síntese da exposição feita pela Coordenação
Pedagógica da Webs@ber:
11. ARTIGO CIENTÍFICO
O artigo é a apresentação sintética, em forma de relatório escrito, dos
resultados de investigações ou estudos realizados a respeito de uma questão.
O artigo científico relata informações e resultados de uma pesquisa de
maneira clara e concisa para atender aos critérios de publicação em
periódicos científicos. Constitui-se em uma forma de transmitir à comunidade
técnico-científica o conhecimento de novas descobertas, e o desenvolvimento
de novos materiais, técnicas e métodos de análise nas diversas áreas da
ciência, por isso se caracteriza com artigo de divulgação científica.
TIPOS DE ARTIGO CIENTÍFICO
Artigos originais
São contribuições destinadas a divulgar resultados pesquisa original
que possam sem generalizados ou replicados. Incluem estudos controlados e
randomizados, estudos de testes diagnósticos e de triagem e de outros
estudos descritivos e de intervenção, bem como a pesquisa básica com
animais de laboratório.
Relatos de casos ou Caso clínico
São trabalhos de observações clínicas originais, acompanhados de
análise e discussão. Tratam de pacientes ou situações singulares, doenças
raras ou nunca descritas, assim como formas inovadoras de diagnóstico ou
tratamento. O texto é composto por uma introdução breve que situa o leitor
quanto à importância do assunto e apresenta o objetivo da apresentação do
caso; por um relato resumido do caso; e por comentários que discutem
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
96
Competências linguísticas e midiáticas 97
aspectos relevantes e comparam o relato com outros casos descritos na
literatura.
Artigos de revisão
Avaliação crítica sistemática da literatura sobre determinado assunto,
devendo conter conclusões. A organização do texto do artigo, com exceção da
Introdução, Discussão e Conclusão, fica a critério do autor.
Artigos especiais
São textos não classificáveis nas categorias acima, que o Conselho Editorial da
revista julgue de especial relevância para as ciências da saúde ou ensino na
área da saúde. Sua revisão admite critérios próprios, não havendo limite de
tamanho ou exigência prévia quanto às referências bibliográficas.
ESTRUTURA DO ARTIGO
1.Título
2. Autor (es)
3. Epígrafe (facultativa)
4. Resumo e Abstract
5. Palavras chaves
6. Conteúdo (Introdução, desenvolvimento textual e conclusão),
7. Referências.
12. ARTIGO DE OPINIÃO
Como já indica o próprio nome, é um texto no qual o autor expõe seu
posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos. Por ser
um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado,
seu autor, além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo por meio de
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
97
Para produzir um artigo
de opinião siga as
orientações a seguir:
a) Após a leitura de vários pontos
de vista, anote num papel os
argumentos que achou melhor,
eles podem ser úteis para
fundamentar o ponto de vista que
você irá desenvolver.
b) Ao compor seu texto, leve em
consideração o interlocutor:
quem irá ler sua produção. A
linguagem deve ser adequada ao
gênero e ao perfil do público
leitor.
c) Escolha os argumentos, entre
os que anotou, que podem
fundamentar a ideia principal do
texto de modo mais consciente e
desenvolva-os.
d) Pense num enunciado capaz de
expressar a ideia principal que
pretende defender.
e) Pense na melhor forma possível
de concluir seu texto: retome o
que foi exposto, ou confirme a
ideia principal, ou faça uma
citação de algum escritor ou
alguém importante na área
relativa ao tema debatido.
f) Crie um título que desperte o
interesse e a curiosidade do leitor.
g) Formate seu texto em colunas e
coloque entre elas uma chamada
(um importante e pequeno trecho
do seu texto).
h) Após o término, releia o texto
observando se nele você se
posiciona claramente sobre o
tema; se a ideia é fundamentada
em argumentos fortes e se estão
bem desenvolvidos; se a
linguagem está adequada ao
gênero; se o texto apresenta título
e se é convidativo e, por fim,
observe se o texto como um todo é
persuasivo.
Competências linguísticas e midiáticas 98
informações coerentes e admissíveis. Assim, as
ideias defendidas no artigo de opinião são de total
responsabilidade do autor, que deve ter cuidado com
a veracidade dos elementos apresentados, além de
assinar o texto no final.
Uma característica inerente a esse tipo de
gênero textual é a persuasão, que consiste na
tentativa do escritor de convencer o leitor a adotar a
opinião apresentada. Por este motivo, é comum
presenciarmos descrições detalhadas, apelo emotivo,
acusações, humor satírico, ironia e fontes de
informações precisas. Em geral é escrito em primeira
pessoa, por se tratar de um texto com marcas
pessoais e, portanto, com indícios claros de
subjetividade. Mas pode também ser escrito em
terceira pessoa, dependendo do estilo e da intenção
do autor.
Um dia, passando pelo mural da sala dos professores,
um edital chamou sua atenção: era a chamada para a
submissão de trabalhos para o número da Revista
Eletrônica “REDE UAB”- Revista Especializada em
Educação a Distância. Os trabalhos devem seguir as
normas publicadas no edital e conter o relato de uma
experiência significativa em educação, empregando
uma mídia em especial. O primeiro passo para a
submissão é o envio de um resumo, de até 30 linhas,
contendo: introdução, objetivos, metodologia,
resultados, conclusão e referências bibliográficas.
Veja a seguir a definição e as características do
gênero resumo.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya Reescreva-o se necessário.
98
Competências linguísticas e midiáticas 99
13. RESUMO
É uma apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento (NBR
6028:2003)
TIPOS DE RESUMO:
De acordo com a NBR 6028:2003, são os seguintes tipos de resumos:
a- resumo crítico: é redigido por especialistas com análise crítica de um
documento. Também chamado de resenha. Quando analisa apenas uma
determinada edição entre várias, denomina-se recensão.
b- resumo indicativo: indica apenas os pontos principais do documento, não
apresentando dados qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não
dispensa a consulta ao original.
c- resumo informativo: informa ao leitor finalidades, metodologia, resultados
e conclusões do documento, de tal forma que este possa, inclusive, dispensar
a consulta ao original.
ESTRUTURA DE UM RESUMO:
O resumo para artigos científicos e monografias é o do tipo indicativo e deve
conter:
- 150 a 500 palavras (monografia, teses, dissertações e relatórios científicos).
- 100 a 250 palavras (artigo científico).
- 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves.
- Os resumos críticos, por suas características especiais, não estão sujeitos a
limite de palavras.
- O resumo deve ser precedido da referência do documento, com exceção do
resumo inserido no próprio documento.
- Frases concisas e afirmativas e não enumeração de tópicos.
- Parágrafo único.
- Escrito na 3ª pessoa do singular.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
99
Competências linguísticas e midiáticas 100
- A primeira frase deve ser significativa explicando o tema principal do
documento.
- Objetivo/finalidades, metodologia, resultados e conclusões.
- Verbo na voz ativa.
- Logo após o resumo devem vir as palavras chaves que são palavras
representativas do conteúdo do documento, escolhida, preferentemente, em
vocabulário controlado.
- As palavras chaves devem ser separadas entre si por ponto e finalizadas
também por ponto.
Devem-se evitar em um resumo:
a - Símbolos e contrações que não sejam de uso corrente;
b - Fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente
necessários; quando seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira
vez que aparecerem.
14. NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS I- NORMAS GERAIS
Serão aceitos artigos originais, destinados exclusivamente à Revista Eletrônica
“REDE UAB”- Revista Especializada em Educação a Distância, e submetidos à
avaliação e aprovação do Conselho Editorial.
Os trabalhos poderão ser enviados por via eletrônica(e-mail ou CD Rom).
Deverá ser enviada, também, uma carta de solicitação de publicação, com
indicação de endereço e telefone para contato com o(s) autor(es), por via
postal tradicional.
Serão aceitos trabalhos escritos em português, inglês ou espanhol.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
100
Competências linguísticas e midiáticas 101
Não serão admitidos acréscimos ou alterações após o envio para composição
editorial.
As opiniões emitidas nos trabalhos, bem como a exatidão e adequação das
referências bibliográficas são de exclusiva responsabilidade dos autores.
II- INSTRUÇÕES PARA OS TRABALHOS
Os trabalhos deverão ser digitados em Programa Word for Windows, em
formatação, no máximo, 10 laudas, digitadas em papel tamanho A4, com letra
Arial, tamanho 12, com espaçamento entre linhas igual a 1,5 e observando a
seguinte seqüência de tópicos:
A - Título do artigo; B - Nome(s) completo(s) do(s) autor(es), bem como titulação, local de
atividade, atividade profissional e e-mail(se houver) em nota de rodapé;
C - Resumo. Para artigos escritos em português, resumo em português. Os
resumos devem ser redigidos em espaço simples, com até 100 palavras, de
acordo com a NBR 6028 da ABNT;
D – três palavras chaves que identifiquem o artigo; E – Estrutura do Texto – Introdução, objetivos, metodologia, resultados,
conclusão e referências bibliográficas. As citações bibliográficas deverão ser
de acordo com o sistema autor-data da NBR 10520 da ABNT;
F - Referências bibliográficas regidas de acordo com a NBR 6023 da ABNT;
G - Anexos (se houver);
H - Endereço completo de um dos autores para correspondência impressa, se
necessário.
Artigos de Opinião
A - Título
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
101
Competências linguísticas e midiáticas 102
B - Autor(es) C - Texto – máximo de duas laudas, seguindo as mesmas orientações gráficas
para artigos originais
D - Referências bibliográficas, quando houver, de acordo com a NB 66/1989
(NBR 6023) da ABNT.
Resenha A - Referência da obra e acordo com NBR 6023 da ABNT.
B - Texto de no máximo 5 laudas, digitadas em papel tamanho A4, com letra
Times New Roman, tamanho 12, com espaçamento entre linhas igual a 1,5.
C - Nome e credenciais do autor da resenha
BLOG
A palavra “blog” é uma abreviação para a expressão inglesa weblog, ou seja,
registro virtual. Este registro diz respeito a qualquer coisa que o usuário
deseja publicar. Cada vez mais novos blogueiros têm criado suas páginas e
expressado suas idéias, pois esse espaço tem se mostrado uma alternativa
simples e barata, cuja adesão de pessoas transformou a comunicação virtual
em uma via de mão dupla e tirou o poder de emissão das grandes corporações
e jornais. Isso significa que não só o escritor, mas o leitor também pode
produzir informação.
Veja a seguir um tutorial para que você também possa criar seu Blog e postar
seus textos.
15. BLOG
PASSO A PASSO PARA SE CRIAR UM BLOG
Antes, entre com a sua Conta Google no site do Blogspot
(www.blogspot.com). Caso você ainda não tenha uma Conta Google, entre no
site www.google.com.br e clique na parte superior direita da tela em
“Efetuar Login”, em seguida clique em “Crie uma conta agora” e preencha os
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
102
Competências linguísticas e midiáticas 103
dados. Feito isso, vá ao site do Blogspot https://www.blogger.com/start e
entre com seu login e senha. Essa conta é gratuita
PRIMEIRO
PASSO
SEGUNDO PASSO
Agora que você já criou a sua Conta Google e já se registrou no Blogspot, já
pode criar o seu blog. O primeiro passo é clicar em “Criar um blog”. Depois
você deve dar nome ao blog e criar um endereço.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
103
Competências linguísticas e midiáticas 104
Agora escolha um modelo:
Selecione um modelo e clique em “continuar” e aparecerá a janela:
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
104
Competencias linguisticas e midiciticas
PARAO S£L£CIOHE 0 .M00£1.0
8 Escolha urn modelo
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(j) Blogger
0 seu blog esta pronto!
0 seu Wow < abou dser ai*. .t.Jora vod podfazef po<> gens, alar urn pe1fil soal e
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Voce já pode usar o seu blog, depois de clicar na seta.
Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya
Competências linguísticas e midiáticas 106
Preste atenção nas três abas na parte superior da tela: POSTAGEM,
CONFIGURAÇÕES e LAYOUT. Por elas você navega nas configurações do seu
blog.
POSTAGENS:
Agora você pode postar seu primeiro texto ou imagem. É bem simples:
1. Clique em “Começar a usar o blog” para iniciar.
2. Você será redirecionado automaticamente para a página de novas
postagens. Digite, ou copie e cole o texto de seu computador; escolha
o tamanho, a fonte e a cor da letra, clicando nos ícones da barra
superior. Insira imagens, clicando no ícone; dê um título na janela
indicada; organize em pastas as publicações, criando um marcador na
janela do canto inferior direito; coloque a data, clicando em opções de
postagem, no canto inferior esquerdo;
3. Quando terminar a edição do seu texto, basta clicar em “Publicar
Postagem” para que o conteúdo seja enviado para a página
principal do seu blog.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
106
Competências linguísticas e midiáticas 107
CONFIGURAÇÕES
Na aba “Configurações” você altera as principais opções do seu
blog como importação e exportação de conteúdo ou até mesmo excluir o
seu blog. LAYOUT
Na aba “Layout” você pode alterar a ordem dos seus gadgets, ou seja,
dos complementos da barra lateral do seu blog.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 108
Com esta aba ativa, você vê quatro funções diferentes:
“Elementos da página”, “Fontes e cores”, “Editar HTML” e “Escolher
novo modelo”. Se você abrir a opção “Fontes e cores” vai se
deparar com uma janela de personalização do tema atual do seu blog.
Nela, é possível mudar as cores do texto, plano de fundo, links e
muito mais. Em “Editar HTML”, é preciso dominar pelo menos o
básico desta linguagem para operar algumas mudanças
no seu layout.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
108
Competências linguísticas e midiáticas 109
“Escolher novo modelo” já é auto-explicativo – nesta janela, há uma lista com
diversos temas para que você escolha qual deles combina mais com o estilo do
seu blog. Se você não gostar de nenhum dos temas que o Blogspot oferece,
pode procurar os sites de ajuda, ou outros blogs que deem sugestões. Há
muitos deles na internet. Veja o quadro:
Veja aqui algumas sugestões de consultas para criar ou
implementar seu blog:
https://www.blogger.com/start
http://www.baixaki.com.br/info/1220-como-criar-um-blog-no-
blogspot.htm
http://www.criarumblog.com/
http://querocriarumblog.blogspot.com
http://layoutparablog.blogspot.com/
http://www.createblog.com/blogger-layouts/
http://templatesparanovoblogger.blogspot.com/
http://cantinhodoblogger.blogspot.com/
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 110
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno,
Durante o desenvolvimento das três unidades, convidamos você a
vivenciar a inserção em uma comunidade escolar, tendo como cenário uma
escola fictícia, situada em uma cidade também imaginada com o intuito de
levá-lo a compreender os processos de leitura e escrita que estão intrínsecos
nas relações suscitadas pelos gêneros textuais que veiculam nesses espaços
sociais e de trabalho. Tendo em vista a natureza da disciplina, a ênfase foi
dada aos gêneros que circulam nos ambientes de profissionais e acadêmicos.
Nossa vida pessoal, social e profissional é construída na interação
possibilitada pela interface com os textos que vão sendo tecidos nessa
trajetória.
Somos resultados dos discursos que construímos e que nos constroem e
esses são materializados em forma de textos que se realizam nos gêneros
sistematizados segundo a exigência de cada situação comunicativa.
O verdadeiro sucesso na vida profissional depende da habilidade de
relacionamento interpessoal, da capacidade de compreender e comunicar
ideias e emoções. Quando entramos em contato com o outro, não
gerenciamos apenas informação, mas também a nossa relação com ele.
Muitas vezes, um diálogo é puro gerenciamento de relação. No espaço
privado, gerenciamos mais informação do que relação. No espaço público, por
motivo de sobrevivência social, as pessoas procuram gerenciar, além de
informação, a relação, conforme mostra Abreu (1999, p. 26), quando nos diz
que: “Argumentar, é, pois, em última análise, a arte de,
gerenciando informação, convencer o outro de alguma coisa, no plano das
idéias e de, gerenciando relação, persuadi-lo, no plano das emoções, a fazer
alguma coisa que nós desejamos que ele faça”.
Esperamos que você tenha compreendido na prática que aprender a
escrever é bem mais do que um exercício de aplicação de regras a uma
estrutura linguística. Escrever é se posicionar como autor, consciente do
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 111
objetivo e do alcance do texto. Nossa intenção foi proporcionar a você as
condições necessárias para refletir sobre as questões do uso da linguagem nos
diversos gêneros empregados no universo acadêmico e profissional, sem
deixar de observar os aspectos metodológicos nos quais a escrita desses
textos se pauta. De outro modo, intentamos propiciar a compreensão de que:
O que impulsiona a questão pedagógica de ensinar/aprender é a contradição entre as atividades teóricas e práticas resultantes dos processos de ensinar, exemplificar na prática, pesquisar nas bibliotecas e aplicar na vida social. O objetivo maior do ensino é a construção do conhecimento contando com a protagonização do aluno. O professor, nesse processo, aparece como ator responsável pelo ensino: orienta, coordena, faz escolhas pedagógicas, promove a interação teoria/prática, proporciona um encontro com a realidade, ou ao menos, instiga o aluno a perceber e a criar a sua realidade. Para isso deve levar em consideração a experiência e os saberes que já possuem, procurando articulá-los a novos saberes. (Ribeiro, 2006b, p.75-76).
Participando das oficinas de produção voltadas para as competências
linguísticas e midiáticas, acenamos com uma proposta prática, mais próxima
de uma realidade, com o objetivo de ajudá-los a desenvolver suas habilidades
de escrita, aliando as experiências do cotidiano de seu trabalho à necessidade
de proficiência na produção e na recepção de textos acadêmicos.
É nosso desejo que essa narrativa e as oficinas tenham sido um fio
condutor de seu aprimoramento nas atividades de leitura e de escrita e que
tenham estimulado você a gerenciar as suas habilidades de leitor e produtor
de textos em todos os gêneros e especialmente naqueles que fazem parte do
seu cotidiano acadêmico e de trabalho.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
111
Competências linguísticas e midiáticas 112
REFERÊNCIAS ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa. 5ª Edição. São Paulo: Global, 2009.
ABREU, Antônio Suárez. A arte de argumentar: Gerenciando razão e emoção. Cotia: Ateliê Editorial, 1999.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: Informações e documentação: resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
BARROS, Jayme. Encontros de Redação. São Paulo: Moderna 1985.
BRASIL. Congresso. Câmara dos Deputados. Manual de redação. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2004a.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações
adotadas pelas Emendas Constitucionais nos 1/92 a 44/2004 e pelas Emendas
Constitucionais de Revisão nos 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2004b.
BRASIL. Presidência da República. Manual de Redação da Presidência da
República . 2. ed. rev. e atual. Brasília : Presidência da República, 2002.
BRASIL. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990). In: ACADEMIA
BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. 5.
ed. São Paulo: Global, 2009. p. XV-XXXII.
DALEFI, Roberto G. et alii. Enciclopédia do Estudante: gramática e linguística: história, regras e usos da língua portuguesa. São Paulo: Moderna, 2008.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa. 3ª Edição Revista e Atualizada. Editora Positivo. 2007.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.
HOUAISS, Antonio (Ed.). Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa.
[S.l.]: Editora Objetiva, 2001. 1 CD-ROM. Versão 1.0.
FERRAZ, Janaína de Aquino et alii. Reflexões sobre a língua portuguesa: uma abordagem multimodal. Petrópolis: Vozes, 2007.
HOUAISS, I. A. Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do novo acordo ortográfico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Publifolha, 2008.
MCKAY, Sandra L. O professor reflexivo: guia para investigação do comportamento em sala de aula. Tradução Renata Oliveira. Série Portifólio: reflexões sobre o ensino de idiomas. São Paulo: Special Book Services, 2003.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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Competências linguísticas e midiáticas 113
RIBEIRO, Ormezinda Maria. Janelas na construção da leitura. Uberaba: Vitória, 2006a.
RIBEIRO, Ormezinda Maria. Ri melhor quem ri na escola: quando o texto humorístico é também pedagógico. In: VIEIRA, Sérgio Darci. Dicas para lecionar. Uberaba: Publi, 2006b.
SILVA, M. O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa: o que muda e o que não muda. Rio de Janeiro: Contexto, 2008.
TOMASI, Carolina; MEDEIROS, João Bosco. Comunicação empresarial. São
Paulo: Atlas, 2007.
TUFANO, D. Guia Prático da Nova Ortografia. São Paulo: Melhoramentos, 2008.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensino, Aprendizagem e Projeto Político Pedagógico. Em: Cadernos Pedagógicos da Libertad, v.1. São Paulo: Libertad, 2002.
Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya
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