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OFICINA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS: COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS E MIDIÁTICAS Professoras autoras Janaína de Aquino Ferraz Ormezinda Maria Ribeiro -Aya UnB Universidade de Brasília

Caderno competencias oficina_producao_textos

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OFICINA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS:

COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS E

MIDIÁTICAS

Professoras autoras

Janaína de Aquino Ferraz

Ormezinda Maria Ribeiro -Aya

UnB – Universidade de Brasília

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Competências linguísticas e midiáticas 2

“Quando as pessoas

não sabem escrever

ou falar corretamente

a sua língua, surgem

homens dispostos a

escrever e a falar por

elas e não para elas”.

Wendell Jonhson

“Toda palavra serve

de expressão de um

em relação ao outro.

Através da palavra

defino-me em relação

ao outro, isto é, em

última análise em

relação à

coletividade. A

palavra é uma

espécie de ponte

entre mim e os

outros. A palavra é o

território comum do

locutor e do

interlocutor”.

Mikhail Bahktin

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 3

Prezado aluno,

O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena

participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem

acesso à informação, se expressa e defende pontos de vista, partilha ou

constrói visões de mundo e produz conhecimento.

A habilidade de ler é o primeiro passo para a assimilação dos valores

da sociedade. E a escrita, associada à leitura é uma condição indispensável à

vida em sociedade. Ao concebermos a leitura como prática social,

privilegiamos a formação de leitores competentes, e por isso mesmo bons

produtores de textos.

Ler e escrever são as atividades mais requeridas no cotidiano de

trabalho, principalmente em um ambiente universitário. De acordo com

Barros (1985), é no ato de escrever que se aprende a redigir e é essa a

condição para se adquirir possibilidades mais amplas de participação social, o

que só pode ocorrer autenticamente em situações de comunicação.

Desenvolver a competência comunicativa envolve tornar o aluno consciente e

atento ao processo de construção do texto. Nesse sentido, trabalhar a

produção de texto é criar condições mais apropriadas para a produção da

escrita, colocando a gramática em uma posição diferente da que usualmente

vem sendo colocada nos cursos de língua portuguesa. Ela deve ser enfocada

como um recurso com o qual o usuário se beneficiará para promover escolhas

linguísticas e não como um manual de regras a ser decorado e seguido, sem

uma relação com o contexto em que é aplicada.

É preciso mostrar ao aluno os fatores que deve levar em conta para

que possa aprimorar a qualidade de seu texto e de criar uma intimidade com

a escrita, proporcionando situações autênticas de produção de texto, com as

quais ele se identifique e possa se sentir familiarizado.

Assim, neste curso, busca-se a retomada das bases teóricas, a partir

de uma perspectiva interdisciplinar. A intenção é possibilitar a análise das

articulações linguísticas e das diversas possibilidades de sua aplicação à

produção de textos em vários gêneros e tipologias, de forma que o trabalho Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 4

com a gramática seja compreendido, não como um fim em si mesmo, mas

como um meio de se chegar a produzir e a interpretar textos com

competência e autonomia.

Propomos um curso de leitura e produção de textos que,

fundamentado em uma teoria consistente, dê ênfase à prática, de forma a

evidenciar as competências linguísticas necessárias ao bom desempenho das

atividades acadêmicas e às práticas sociais que envolvem a leitura e a

produção de textos, considerando sua aplicação no meio acadêmico, de forma

a agregar os recursos midiáticos.

Pela visão teórica aqui assumida, a leitura é reconhecida como um

processo que transcende ao próprio texto. A compreensão do texto, que se

pretende ideal, implica a percepção das relações entre texto, contexto e

intertexto. A leitura, nessa concepção, não está presa somente à palavra, mas

a todo um mundo subjacente a ela, que vai sendo construído, antes mesmo de

sua convenção. O que é mister considerar também o que não é imanente ao

texto, mas que o circunda, tecendo a sua rede de significações, num mundo

cada vez mais dependente da tecnologia e da linguagem midiática.

Assim, o trabalho com a escrita é proposto na perspectiva de sua

organização estrutural, da sua tessitura na organização do texto, e que

evidencia os elementos da língua, como os operadores discursivos e os itens

linguísticos responsáveis pelo estabelecimento de relações entre a língua e o

pensamento, de como se articulam os mecanismos e traços linguísticos, que

servem de suporte à construção do quadro da língua. É importante que o

estudante perceba que toda essa estrutura deve ser adequada aos gêneros

requeridos nos ambientes sociais e acadêmicos, tendo em vista

principalmente a adequação dos recursos midiáticos à leitura e escrita

necessárias à sua formação acadêmica.

Sabe-se que a boa formação dos textos passa pela gramática e não

somente porque o texto é composto por frases que têm uma estrutura

gramatical, mas porque é na produção linguística que o falante joga todo o

domínio dos processos de mapeamento conceptual e de síntese textual,

dependendo, portanto, de uma “gramática” que proceda a essa

organização.

Assim, para se expressar bem em uma língua, é necessário mais do que o

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 5

domínio do modo de estruturação de suas frases, é preciso saber combinar

essas unidades sintáticas por meio de um agenciamento sintagmático, o que

envolve a capacidade de adequar os enunciados às situações, aos objetivos da

comunicação e às condições de interlocução. E isso tudo se integra na

gramática.

Isso implica criar uma atitude que faz do ensino da gramática, tendo

em vista a leitura e a produção de texto, uma procura de coerência: as

proposições estão em função de um significado, e devem ser interpretadas em

função desse significado; as escolhas linguísticas do autor não são aleatórias,

mas são aquelas que, na sua visão, garantem a coerência de seu discurso e

esse discurso tem uma forma na estrutura linguística, o que deve ser

percebido pelo estudante, não apenas decorado ou repetido.

Como a escrita está intimamente associada à leitura, são processos

simultâneos e interdependentes, ou seja, a leitura interage na escrita e a

escrita interage na leitura, o estudante descobrirá que escrever significa

operar escolhas linguísticas de modo a expressar seu pensamento com

organização, clareza e adequação, na modalidade escrita da língua. E,

considerando o ensino a distância, todo esse conjunto poderá contribuir

efetivamente para o desenvolvimento pessoal, dando segurança e as

competências linguísticas necessárias para a formação acadêmica.

Somente encarando esse ensino como um processo simultâneo,

concomitante ao ensino de leitura é que se poderá permitir ao estudante o

desenvolvimento da habilidade de leitura crítica, ampliando sua capacidade

de pensar e refletir, com conteúdos programáticos aprofundadores capazes de

desenvolver plenamente sua competência comunicativa. (RIBEIRO, 2006a, p.

40-41)

Neste módulo, serão descritas situações práticas que suscitarão a

leitura e a escrita de textos em diversos gêneros necessários à formação

acadêmica e profissional dos estudantes. Terá como tema a criação de uma

cidade fictícia, que servirá de cenário para a elaboração de atividades

demandadas a um grupo de professores de uma escola criada como referencial

para a construção de textos, em que se privilegiem situações comunicativas

mais próximas da realidade do estudante.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 6

A intenção é que o estudante se sinta motivado a produzir textos

voltados para a sua realidade acadêmica e social, agindo como um

protagonista e empregando os recursos e uma linguagem adequados ao tipo e

gênero textual requeridos ao contexto fictício que lhe servirá de subsidio à

sua formação acadêmica.

Dessa forma, as aulas serão ministradas de modo a favorecer a

compreensão global sobre o assunto, partindo de uma sugestão temática que

leve o aluno a produzir textos com criatividade e autoria, ancorados em um

apoio crítico do professor-tutor, que se comportará como um leitor atento dos

textos produzidos e postados na plataforma. Os textos produzidos serão

corrigidos pelo tutor, sob a orientação do professor supervisor, com

comentários que deem ao aluno a oportunidade de reflexão e a análise

liguística pela reescrita de texto, privilegiando a manutenção do estilo do

autor, sem deixar de considerar as exigências formais requeridas pelo tipo de

texto. Serão empregados vídeos, artigos, imagens e textos multimodais para a

motivação e apoio da escrita.

Por isso, ao longo do módulo, no desenvolvimento das oficinas de

leitura e escrita, focalizaremos os gêneros necessários à realização de

atividades de reflexão sobre os usos da modalidade padrão da língua. Também

serão dadas dicas úteis sobre as novas mudanças advindas do Acordo

Ortográfico em Língua Portuguesa, vigente desde o início de 2009.

Sendo assim, esperamos que vocês tenham um ótimo aproveitamento

em todas as tarefas previstas para esta disciplina e, principalmente,

esperamos contribuir com o seu aprimoramento acadêmico e profissional.

As autoras.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 7

SUMÁRIO

UNIDADE I ..................................................................................................................................... 9

A WEBS@BER ............................................................................................................................ 9

1.EDITAL .............................................................................................................................. 10

2. FICHA DE INSCRIÇÃO ....................................................................................................... 18

3. CURRÍCULO ...................................................................................................................... 20

4. CARTA DE APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 21

5. CARTA .............................................................................................................................. 22

6. OFÍCIO.............................................................................................................................. 23

7. CORREIO ELETRÔNICO..................................................................................................... 26

8. REQUERIMENTO .............................................................................................................. 37

UNIDADE 2 .................................................................................................................................. 38

9. PLANO DE AULA............................................................................................................... 39

10. SLIDES ............................................................................................................................ 58

UNIDADE 3 .................................................................................................................................. 94

11. ARTIGO CIENTÍFICO ........................................................................................................... 96

12. ARTIGO DE OPINIÃO.......................................................................................................... 97

13. RESUMO ............................................................................................................................ 99

14. NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS...................................................................... 100

15. BLOG................................................................................................................................ 102

CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................ 110

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 112

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 8

Lista de Gêneros Textuais em Destaque

1-Edital 2-Ficha de Inscrição

3-Currículo

4-Carta de Apresentação

5-Carta

6-Ofício

7-Correio Eletrônico

8-Requerimento

9-Plano de Aula

10-Slides

11-Artigo de Opinião

12-Artigo Científico

13-Resumo

14-Normas para Submissão de Artigos

15-Blog

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 9

A WEBS@BER

UNIDADE I

A sociedade atual está impregnada de tecnologia. A escola, como uma

instituição social, não mais consegue deter a tecnologia trazida pelos

estudantes ou pelas empresas que constroem material instrucional. Daí a

educação em todos os seus níveis precisa estar integrada à educação

tecnológica, principalmente, com os recursos da informática. Assim, podem-

se discutir questões do ensino tendo como ferramenta de suporte o

computador e outras mídias. Para que essas discussões sejam percebidas de

forma concreta, de modo a relacionar a teoria à prática, tendo como norte as

necessárias competências linguísticas aliadas às competências midiáticas,

apresentamos a Escola “Webs@ber”: uma instituição de Ensino

localizada em uma cidade fictícia, denominada “Netcity”. Por ser uma

instituição que acredita na formação integral, a Webs@ber desenhou seu

projeto pedagógico considerando o perfil dos alunos que têm como

responsabilidade formar. Por isso, atenta aos requisitos essenciais

necessários a um educador que possa contribuir para a formação integral

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 10

do aluno nela matriculado, lançou um edital na mídia local, com o anúncio

de uma seleção de professores para compor o seu corpo docente.

O Edital era específico para a seleção de professores para

preenchimento de vagas das seguintes áreas de Licenciatura: Geografia,

Letras, Artes, Música, Pedagogia, Educação Física.

Veja a seguir o Edital da Escola Web@sber- Unidade Netcity:

1.EDITAL

EDITAL DE SELEÇÃO Nº 1/2011

SELEÇÃO DE PROFESSORES PARA A ESCOLA WEBS@BER- UNIDADE NETCITY

O Diretor da Escola Webs@ber,no uso das atribuições que lhe são conferidas pela legislação

vigente, torna pública a realização de Exame de Seleção para admissão de Professores para as

disciplinas Geografia, Letras, Artes, Música, Pedagogia, Educação Física, na forma deste Edital.

1. DOS CANDIDATOS

1. Poderão inscrever-se ao Exame de Seleção à Admissão de Professores para a Escola

Webs@ber- Unidade Netcity, sob o regime CLT, os portadores de diploma ou certificado de

conclusão de curso de licenciatura graduação ou de pós-graduação, processando-se a escolha

segundo a titulação e o desempenho em prova prática.

1.2. Somente serão considerados os títulos, graus, diplomas e certificados conferidos na forma

da legislação vigente.

2. DOS DOCUMENTOS

2.1. No ato da inscrição o candidato deverá apresentar:

a) Carteira de Identidade (cópia);

b) Curriculum Vitae, acompanhado de documentos comprobatórios de titulação, experiência

de magistério e produção intelectual;

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 11

c) Carta de apresentação, com uma síntese do perfil acadêmico, indicando a motivação pessoal

e profissional da candidatura á vaga na disciplina pretendida;

d) Ficha de Inscrição devidamente preenchida, sem rasuras, com declaração quanto à:

título de eleitor com comprovante de quitação com o serviço eleitoral (cópia);

quitação com o serviço militar, quando couber (cópia);inscrição no cadastro individual

de contribuinte do Ministério da Fazenda (CPF) (cópia);

regularidade de permanência no Brasil, se estrangeiro(cópia);

disponibilidade de horário para o exercício da docência no local e regime indicados;

e) Instrumento de procuração, quando for o caso;

3. DA INSCRIÇÃO

3.1. O candidato fará a inscrição em formulário padrão preenchido e assinado (Anexo III),

indicando a disciplina oferecida neste edital, observada a relação desta com a titulação

exibida.

3.2. Os locais, o período e os horários estão indicados no Anexo II deste Edital.

4. DA SELEÇÃO

4.1. Será constituída, por ato do Diretor, uma Comissão de Seleção por disciplina, a quem

competirá análise dos documentos apresentados pelos candidatos.

4.2 A Seleção constará de três fases:

4.2.1. A 1ª fase, Pré-seletiva, compreende o exame da comprovação de qualificação dos

candidatos, feito pela Comissão de Seleção, e a análise da CARTA DE APRESENTAÇÃO,

sendo inadmitidos os que não satisfizerem as exigências deste Edital.

4.2.2. A 2ª fase, que compreende a Análise do Curriculum Vitae e da Carta de

Apresentação, consistirá na atribuição de pontos pela Comissão de Seleção à titulação, à

experiência de magistério e à produção intelectual, devidamente comprovadas, de

conformidade com o item 5.

5.4.2.3. A 3ª fase consiste na Prova Didática a que se submetem os primeiros colocados na

Análise do Curriculum e Carta de Apresentação que é realizada de acordo com o

estabelecido no item 6 ou 7 quando se tratar da área de música.

4.3. Os pontos atribuídos na Análise do Curriculum serão anotados em mapas individuais

devidamente assinados pela Comissão de Seleção, gerando a classificação por pontos em cada

área do conhecimento.

4.4. Após a classificação de que trata o item anterior, serão convocados os primeiros colocados

para submissão à Prova Didática, observada a relação de duas vezes o número de vagas

vaga/candidato/disciplina.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 12

4.5. O resultado final será a soma dos pontos da segunda fase e da nota da prova didática.

4.6. A Comissão de Seleção encaminhará à Diretoria Geral da Webs@ber o Relatório Final de

Classificação dos candidatos por disciplina em disputa.

4.7. O resultado final será homologado pelo Diretor e publicado no site www.websaber.com.br

5. DA AVALIAÇÃO DO CURRICULUM

5.1 Na avaliação do Curriculum Vitae do candidato serão observados os seguintes critérios de

pontuação:

a) TITULAÇÃO (até 4,0 pontos):

Pós-Doutorado, Doutorado .4 pontos

Mestrado 3 pontos

Especialização 1 ponto

b) EXPERIÊNCIA DE MAGISTÉRIO (até 4,0 pontos)

Será atribuído 0,50 ponto por ano completo de exercício comprovado de magistério na

área da disciplina, até o máximo de 4,0 pontos.

c) PRODUÇÃO INTELECTUAL, CIENTÍFICA E ARTÍSTICA (até 2,0 pontos)

Livro publicado: Texto integral .. 0,50 ponto

Capítulo ou colaboração ....... 0,20 ponto

Trabalho completo em periódico especializado:

Periódico internacional ........ 0,35 ponto

Periódico nacional ............... 0,30 ponto

Periódico regional ou local .. 0,20 ponto

Trabalho em Anais:Trabalho completo ... 0,30 ponto

Resumo .... 0,20 ponto

Artigo em jornal .... 0,05 ponto

Partitura musical:

Orquestra ... 0,30 ponto

Coral ... 0.25 ponto

Canto ... 0,20 ponto

Arranjo musical:

Orquestral ... 0,25 ponto

Coral . 0,20 ponto

Canto ... 0,15 ponto

Coreografia.....0,30 ponto

Apresentação de obra artística:

Musical....0,10 ponto (até 0,50)

Coreográfica....0,20 ponto

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 13

5.2. Os pontos atribuídos por titulação não são acumuláveis, considerando-se apenas o de

maior valor.

5.3. A experiência de magistério, apesar de cumulativa, não poderá ultrapassar 4,0 (quatro)

pontos.

5.4. Não serão atribuídos pontos para os títulos que não estiverem relacionados com as

disciplinas que constituem a área de conhecimento pretendida pelo candidato.

5.5. Somente será admitida produção intelectual, científica ou artística, que esteja relacionada

com a área de inscrição do candidato e que não constitua peça técnica profissional.

5.6. Os pontos atribuídos à produção intelectual, científica ou artística, são acumuláveis até 2,0

(dois);

5.7. Na hipótese de igualdade de pontos na avaliação do Curriculum Vitae e da Carta de

Apresentação, os critérios de desempate serão, sucessivamente, os seguintes:

maior experiência no magistério;

título de maior valor;maior quantidade de pontos no item produção intelectual;

maior número de aprovações em concurso para cargo compatível com a área do

conhecimento;

maior tempo de experiência em função, cargo ou emprego da Administração relativa à

área de conhecimento do candidato.

5.8. O resultado da avaliação do Curriculum Vitae e Carta de Apresentação (vide anexo II) será

publicado no portal da Webs@ber e afixado no quadro de avisos da Unidade Netcity, para a

qual são oferecidas as vagas.

6. DA PROVA DIDÁTICA (EXCETO MÚSICA)

6.1. A prova prática consistirá em aula ministrada perante Banca formada por 3 (três)

integrantes, designados pelo Diretor da Unidade, e versará sobre tema relacionado à disciplina

para a qual é oferecida a vaga, escolhido por meio de sorteio.

6.2. Para a realização da prova didática proceder-se-á da maneira seguinte:

a) O assunto da aula será sorteado de uma lista de 10 pontos elaborada para cada disciplina

será o mesmo para todos os candidatos.

b) O sorteio da ordem de apresentação dos candidatos será feito logo após a escolha do

assunto.

6.3. As datas dos sorteios e da realização da prova prática(vide anexo II) serão fixadas no portal

da Webs@ber e afixado no quadro de avisos da Unidade Netcity, juntamente com a divulgação

do resultado da segunda fase.

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6.4. Em caso de não preenchimento das vagas, poderão ser chamados a se submeterem à

Prova Didática a candidatos subsequentes na ordem de classificação da 2ª fase da mesma

disciplina ou, se necessário, de áreas afins.

6.5. É vedado ao candidato assistir às aulas dos demais concorrentes.

6.6. Na avaliação do candidato serão observados os seguintes aspectos:

a) domínio do conteúdo ........................ de 0 a 4 pontos

b) organização da aula .......................... de 0 a 2 pontos

c) desenvolvimento da aula .................... de 0 a 2 pontos

d) correção e adequação da linguagem ...de 0 a 2 pontos

6.7. A nota de cada examinador para a prova prática corresponderá à soma dos pontos

atribuídos a cada um dos aspectos expressos no item anterior

6.8. A nota final da Prova Prática será a média aritmética simples das notas dos examinadores.

6.9.Será eliminado o candidato cuja nota final da prova prática for inferior a 6, 0 (seis).

6.10. No caso de não haver candidatos aprovados em número suficiente para preenchimento

das vagas, serão convocados para nova prova os candidatos subseqüentes, respeitada

rigorosamente a ordem de classificação, da 2ª fase.

6.11. A prova prática será realizada no local de inscrição.

7. DA PROVA PRÁTICA DE MÚSICA

7.1. A prova prática de música será realizada perante Banca formada por 3 (três) integrantes,

designados pelo Diretor da Unidade.

7.2. A realização da prova consistirá em execução, acompanhada de aula expositiva, de peças

constantes do seguinte repertório:

1 peça de livre escolha; 1peça de choro ou mpb, 1 de bossa nova, 1 de salsa e 1 de jazz,

com improvisação em todas elas;

A aula expositiva versará sobre a interpretação do repertório executado e sobre a

interpretação, o estilo, a harmonia e a improvisação utilizada pelo candidato.

7.3. Os candidatos de guitarra e baixo elétrico deverão levar seus próprios instrumentos.

8. DAS VAGAS

8.1. As vagas para contratação de professores são as que constam do Anexo I deste Edital.

8.2. A admissão dos selecionados será feita, no prazo de validade da seleção, na medida das

necessidades dos Cursos e respeitada a ordem de classificação.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 15

8.3. O prazo do contrato será definido de acordo com a necessidade das atividades docentes,

resguardados os direitos assegurados pela CLT.

8.4. Preenchidas as vagas, os demais candidatos classificados poderão ser convocados para

lecionar disciplinas de outras áreas afins, no interesse da Unidade, respeitadas a afinidade e a

ordem de classificação.

8.5. A discordância do candidato com a convocação de que trata o item anterior autoriza a

Webs@ber a convocar, para contratação imediata, o que o seguir na ordem de classificação.

9. DA REMUNERAÇÃO E DA CARGA HORÁRIA

9.1. A remuneração inicial do cargo de Professor-20h, nível PH2, é de R$ 3 240,16 acrescido de

20% de regência;

9.2 A carga horária dos ocupantes do cargo de Professor é de 20 (vinte) horas semanais,

incluindo as horas/atividade para programação e preparo do trabalho didático, de colaboração

e participação em projetos e ações desenvolvidas pela escola e aperfeiçoamento profissional.

10 DOS RECURSOS

10.1. Somente será admitido recurso para impugnar erro de procedimento ou para efeito de

recontagem de pontos.

10.2. O recurso, expostas as razões que o ensejam, será interposto no prazo decadencial de 24

(vinte e quatro)horas, após a publicação do resultado ou do conhecimento do fato ou ato

impugnado, dirigido à Comissão de Seleção.

11. DISPOSIÇÕES FINAIS

11.1. A comissão de Seleção será constituída por 3 membros do quadro da Webs@ber

11.2. O prazo de validade da seleção é de 6 (seis) meses, contado da homologação do

resultado.

11.3. A inscrição obriga os candidatos a todos os termos deste edital;

11.4. A constatação, a qualquer tempo, de informação falsa na ficha de inscrição ou na

documentação correspondente, faz nulo todo o procedimento em relação ao candidato,

inclusive a contratação, sem prejuízo das demais providências cabíveis.

11.5. Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão de Seleção. Gabinete do Diretor da

Webs@ber Unidade Netcity, em NetCity, Rua Virtual, S/N. Sala 01 CEP: 1234-012 Tel.(00) 321-

0123 www.websaber.com.br Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 16

ANEXO I

Cargo

Nível de Atuação

Componentes Curriculares

n.

vagas

Titulação/Requisitos

Atividades Básicas

Carga

Horária

Semanal

Vencimento Inicial R$

Professor Educação

Infantil 8 Curso de Graduação de

Licenciatura Plena

Completo com

habilitação em Educação

Infantil,ou Curso de Magistério do Ensino

Médio Completo, com

habilitação na Pré-

Escola, de acordo com a

legislação pertinente e de

Curso de Graduação de

Licenciatura Plena

Completo.

Regência de

Classe de

Educação

Infantil

20 h/a R$ 3 240,16 acrescido

de 20% de

regência;

Professor Anos Iniciais do

Ensino

Fundamen

tal – 1º ao

5º ano

Pedagogia 10 Curso de Graduação de Licenciatura Plena

Completo com

habilitação nas séries

iniciais do Ensino

Fundamental,

ou Curso de

Magistério do Ensino

Médio Completo,

acrescido de Curso de

Graduação de

Licenciatura Plena

Completo.

Regência de Classe nos

anos iniciais

do Ensino

Fundamental

20 h/a R$ 3240,16

acrescido

de 20% de

regência;

Professor Anos Iniciais e

Finais do

Ensino

Fundamen

tal – 1º ao

9º ano

Artes Visuais 3 Curso de Graduação de Licenciatura Plena

Completo com

habilitação específica

na área de atuação.

Regência de Classe nos

anos iniciais

e finais do

Ensino

Fundamental

20 h/a R$ 3 240,16 acrescido

de 20% de

regência;

Professor Anos Finais do

Ensino

Fundamen

tal – 6º ao

9º ano

Biologia 5 Curso de Graduação de Licenciatura Plena

Completo com

habilitação específica

na área de atuação.

Regência de Classe nos

anos finais

do Ensino

Fundamental

20 h/a R$ 3 240,16 acrescido

de 20% de

regência;

Professor Anos Finais do

Ensino

Fundamen

tal – 6º ao

9º ano

Letras 7 Curso de Graduação de Licenciatura Plena

Completo com

habilitação específica

na área de atuação.

Regência de Classe nos

anos finais

do Ensino

Fundamental

20 h/a R$ 3 240,16 acrescido

de 20% de

regência;

Professor Anos Finais do

Ensino

Fundamen

tal – 6º ao

9º ano

Geografia 3 Curso de Graduação de Licenciatura Plena

Completo com

habilitação específica

na área de atuação.

Regência de Classe nos

anos finais

do Ensino

Fundamental

20 h/a R$ 3240,16 acrescido

de 20% de

regência;

Professor Anos Finais do

Ensino

Educação Física

4 Curso de Graduação de Licenciatura Plena

Completo com

Regência de

Classe nos

anos finais

20 h/a R$ 3 240,16 acrescido

de 20% de

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 17

Fundamen tal – 6º ao

9º ano

habilitação específica na área de atuação.

do Ensino Fundamental

regência;

ANEXO II

DATAS DAS FASES DO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO E LOCAIS DE REALIZAÇÃO

DAS INSCRIÇÕES:

FASES DATAS HORÁRIO LOCAIS

INSCRIÇÃO De 8 a 20 de março de 2010

Das 8h às 12h E das 14h às 18h

Site: www.websaber.com.br Pessoalmente: Rua Virtual,

S/N. Sala 02 Unidade

Webs@ber NetCity.

Pré seleção e análise de curiculum e da Carta de

Apresentação

De 21 a 30 de março de 2010.

Sorteio da prova didática 01 de abril de 2010 8h Rua Virtual, S/N. Sala 03 Unidade Webesaber NetCity..

Prova didática 02 de abril de 2010 Das 8h às 12h e das 14h às 18h

Rua Virtual, S/N. Salas 02, 03, 04, 05, 06 e 07, Unidade

Webs@ber NetCity.

Resultado Provisório 05 de abril de 2010 Das 8h às 12h e das 14h às 18h

Site: www.websaber.com.br Pessoalmente: Rua Virtual,

S/N. Sala 02 Unidade

Webs@ber NetCity.

Recursos De 05 a 10 de abril Das 8h às 12h e das 14h às 18h

Site: www.websaber.com.br Pessoalmente: Rua Virtual,

S/N. Sala 02 Unidade

Webs@ber NetCity.

Resultado Final 20 de Abril A partir das 8h Site: www.websaber.com.br

Pessoalmente: Rua Virtual,

S/N. Sala 02 Unidade

Webs@ber NetCity.

Webs@ber

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

17

Page 18: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 18

Anexo III

2. FICHA DE INSCRIÇÃO

Processo de Seleção de Professor

Nome do candidato: Endereço: Cidade: UF CEP: Telefones - Residencial:( _) Celular: ( _ ) E-mail:

Marque a disciplina para a qual se candidata:

( ) Biologia ( ) Letras

( ) Artes Visuais ( ) Pedagogia ( ) Educação Física

Indique quais dos documentos requeridos, incluindo esta ficha de inscrição preenchida, estão sendo entregues, no ato da inscrição, conforme o Edital 01/10.

( ) Carteira de Identidade (cópia);

( ) Curriculum Vitae, acompanhado de documentos comprobatórios de titulação, experiência de magistério e produção intelectual;

( ) Carta de apresentação, com uma síntese do perfil acadêmico, indicando a motivação pessoal e profissional da candidatura á vaga na disciplina pretendida;

( ) Ficha de Inscrição devidamente preenchida, disponível no Anexo III e no endereço eletrônico www.websaber.com.br;

( ) título de eleitor com comprovante de quitação com o serviço eleitoral (cópia);

( ) quitação com o serviço militar, quando couber (cópia);

( ) inscrição no cadastro individual de contribuinte do Ministério da Fazenda (CPF) (cópia);

( ) regularidade de permanência no Brasil, se estrangeiro(cópia);

( ) disponibilidade de horário para o exercício da docência no local e regime indicados;

( ) Instrumento de procuração, quando for o caso

( ) Declaro que sou portador de necessidades especiais, minha necessidade para o trabalho nessa função é de .

Assinatura do(a) Candidato(a):

Local e Data: Netcity, de _de 2010.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 19: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 19

Webs@ber Unidade Netcity, NetCity, Rua Virtual, S/N. CEP: 1234-012 Telefax.(00) 321-0123 www.websaber.com.br

O edital despertou um interesse na comunidade, pois a Webs@ber é

uma escola conceituada e considerada pelos profissionais da educação como

um excelente local de trabalho, uma vez que é uma instituição preocupada

com a realidade e os novos paradigmas educacionais do mundo atual. Essa

concepção e forma de compreender a educação exigem a formação de

professores cada vez mais abrangente, e ainda, que sejam, sobretudo,

comunicadores, que saibam fazer uso de sua língua com adequação para

compreender e fazer-se compreender.

Muitos educadores visitaram o portal da escola e procuraram se

candidatar ao processo. Para tal, leram com atenção o Edital 01/11.

Como vocês perceberam, o Edital indica um caminho para a

efetivação da inscrição. Releia esse documento e responda às seguintes

questões:

1- Quem está habilitado a se candidatar a uma vaga na Webs@ber?

2- Qual o regime de contratação de que dispõe o Edital 01/11 e por

qual período?

3- Um professor de nacionalidade estrangeira poderá se inscrever?

Sob que condição?

4- Qual a condição para a inscrição ser realizada por terceiros?

5- Em caso de empate na avaliação do Curriculum Vitae e Carta de

Apresentação, quem terá prioridade?

Para aqueles que julgaram preencher os requisitos, o primeiro passo,

após lerem com atenção o Edital, foi preencher a ficha de inscrição,

constante no Anexo III do Edital. Suponha que você tenha sido um desses

professores, e, dentro da especificidade de sua disciplina, preencha a ficha

indicada.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 20: Caderno competencias oficina_producao_textos

Um Currículo bem elaborado

deve:

• Ter objetividade: no

máximo duas páginas, para que

não perca sua praticidade. Dispor

as informações de forma clara e

objetiva.

• Ter Boa Apresentação:

Evite efeitos especiais; o ideal é

imprimi-lo em uma impressora de

qualidade e em papel branco.

• Ter Concisão e Clareza:

discorra de maneira objetiva

sobre os resultados obtidos ao

longo da carreira, evitando

mencionar seus hobbies ou

informações de caráter pessoal.

• Apresentar Padrão Culto

de Linguagem: observar a regra

da gramática formal e empregar

um vocabulário comum ao

conjunto dos usuários do idioma.

Competências linguísticas e midiáticas 20

Outro requisito para a inscrição é a entrega

do Curriculum Vitae e de uma Carta de

Apresentação. Esses gêneros textuais são bastante

usados nas relações de trabalho. Por isso é

importante que você conheça um pouco sobre cada

um deles.

3. CURRÍCULO

É o documento informativo de apresentação,

elaborado por uma pessoa em seu próprio interesse,

quando da procura ou solicitação de emprego. Tem

como finalidade fornecer dados pessoais e

informações quanto à educação, experiência,

interesses especiais, objetivos específicos e planos

de trabalho.

Também utilizado em outras situações como,

por exemplo, trabalhos enviados a congressos,

simpósios, apresentação de conferencistas,

atividades públicas para comprovar as qualificações,

obras de caráter técnico-científico ou literário para

se poder avaliar o autor. Não há uma ordem rígida a

ser observada na elaboração. O objetivo é permitir

maior uniformidade na apresentação dos dados e

facilitar a tarefa dos que devem analisar os

elementos fornecidos.

ESTRUTURA DO CURRÍCULO

1. Dados pessoais: nome, local e data de nascimento, nacionalidade, filiação,

endereço, email, telefone, estado civil, documentos.

2. Objetivo: escreva uma frase, com o verbo no infinitivo, informando o que

você deseja fazer na empresa, a que cargo se candidata.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

20

Page 21: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 21

3. Posicionamento profissional: Ex.: “secretária executiva bilíngue,

com 15 anos de experiência”.

4. Experiência profissional: o que sabe fazer.

5. Relação dos três últimos empregos.

6. Formação acadêmica e cursos de extensão. (Incluir também conhecimento

de informática).

7. Idiomas: descreva também o grau de fluência.

8. Local e data.

9. Assinatura

10. No caso de mais de uma página, todas deverão ser numeradas.

4. CARTA DE APRESENTAÇÃO

A carta de apresentação é uma prévia do candidato, em termos

pessoais e profissionais.

Ela pode ter as seguintes funções:

1. como APRESENTAÇÃO FORMAL na entrega do currículo em mãos,

ou mesmo via postal, o meio mais utilizado no passado.

2. uma FERRAMENTA DE MARKETING, visando despertar o interesse

pela seleção e leitura do seu currículo, bastante necessário hoje em dia,

diante da grande quantidade dos mesmos recebidos por uma empresa, através

do meio eletrônico (e-mail).

Ou seja, a Carta de Apresentação é tão importante quanto o currículo.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

21

Page 22: Caderno competencias oficina_producao_textos

Algumas Dicas para redigir

uma carta de apresentação

Seja breve, a sua carta de

apresentação não deve ultrapassar

mais do que 3 ou 4 parágrafos.

Use papel de qualidade, branco ou

claro (mesmo tipo de papel que usou

para imprimir o CV). Utilize papel

branco A4 e tinta azul ou preta.

Procure acima de tudo transmitir

uma imagem sóbria e profissional

Mantenha um tom formal. Mas seja

claro, evite frases muito confusas, que

dificultem a compreensão das idéias

base. Atenção com a linguagem! Erros

de gramática e acentuação na carta

são imperdoáveis! Se estiver com

dúvidas, consulte um dicionário ou

tente encontrar ajuda em sites online.

Opte sempre por uma linguagem

formal, mas sem ser muito exagerado.

A Carta de Apresentação deve ser

dirigida a alguém em particular

(evite frases como "Exmo/a

Senhor/a"). Deve tentar descobrir o

nome da pessoa com poder para

contratar. Se não for possível, pode

endereçar a carta a um título ou ao

departamento de Recursos Humanos.

Nunca ocupe mais de uma página

para escrever a Carta de

Apresentação. Faça a sua

apresentação no primeiro parágrafo.

Explique, por que motivo envia o seu

Curriculum Vitae (resposta a anúncio,

candidatura espontânea, neste caso

indique a área em que gostaria de

trabalhar).

No segundo parágrafo da carta de

apresentação, deve justificar por que

selecionou aquela empresa. Mostre

que conhece a empresa e o setor de

atuação.

Aproveite o terceiro parágrafo para

valorizar as suas competências e

objetivos. Apresente argumentos que

criem interesse para a realização de

uma entrevista.

Termine a carta de apresentação de

uma forma cordial. Aproveite a

entrevista para que possa falar

Competências linguísticas e midiáticas 22

Muitas vezes, sem ela, o currículo é enviado

em vão. A carta de apresentação é um gênero

textual empregado no universo acadêmico e de

trabalho, mas além desse gênero também temos

outros, como bilhete, e-mail, carta pessoal, carta do

leitor e a carta ao leitor, carta aberta, comunicado,

aviso, circular, manifesto, carta argumentativa,

memorando, requerimento, dentre outros. Esses

gêneros possuem uma característica comum,

contudo, trazem a sua especificidade na estrutura e

no conteúdo, de acordo com a sua natureza e função

sócio comunicativa. Vejamos alguns exemplos:

5. CARTA

Forma de correspondência com personalidade

pública ou particular, utilizada para fazer

solicitações, convites, externar agradecimentos ou

transmitir informações.

ESTRUTURA DA CARTA

TÍTULO: Carta (a letra inicial em maiúscula e o

restante em minúsculas), com alinhamento à

esquerda, seguido de número, ano e sigla da unidade

organizacional e da instituição.

LOCAL E DATA: Por extenso.

DESTINATÁRIO: De acordo com as regras de forma de

tratamento, nome e endereço.

VOCATIVO: Que invoca o destinatário, seguido de

vírgula.

TEXTO: Desenvolvimento do assunto, sendo que, com

exceção do fecho, todos os demais parágrafos devem

ser numerados.

de uma Jfaonrmaíanamdaeis AaqburaingeFneterraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

daquilo que anteriormente tenha

exposto. 22

Page 23: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 23

FECHO: Atenciosamente ou Respeitosamente, conforme o caso.

ASSINATURA: Titular da unidade organizacional.

6. OFÍCIO

Correspondência oficial externa usada pelas autoridades públicas para tratar

de assuntos de serviço ou de interesse da Administração Pública. O Ofício

Circular deverá ser utilizado quando a informação for dirigida,

simultaneamente, a diversos destinatários. O Ofício Conjunto será utilizado

quando elaborado por mais de uma unidade organizacional.

ESTRUTURA DO OFÍCIO

TÍTULO: Ofício, Ofício Circular ou Ofício Conjunto (as letras iniciais em

maiúsculas e o restante em minúsculas), com alinhamento à esquerda,

seguido de número, ano, sigla da unidade organizacional e da instituição.

LOCAL E DATA: Por extenso.

DESTINATÁRIO: Tratamento e designativo do nome civil do destinatário,

sempre que conhecido e confirmado, do cargo ou função ocupado, seguidos da

instituição e do endereço.

ASSUNTO: Resumo do teor do ofício.

VOCATIVO: Invoca o destinatário, seguido de vírgula.

TEXTO: Desenvolvimento do assunto, sendo que, com exceção do fecho, todos

os demais parágrafos devem ser numerados.

FECHO: Respeitosamente ou Atenciosamente, conforme o caso.

ASSINATURA: Titular da unidade organizacional.

OBSERVAÇÃO: O modelo de ofício da Procuradoria-Geral da ANA segue as

normas da Advocacia-Geral da União - AGU. O ofício também pode ser usado

para tratar de assuntos com particulares.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

23

Page 24: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 24

Com o advento da Internet, alguns gêneros emergentes têm se destacado:

1. e-mail (correio eletrônico na forma com formas de produção típicas).

Inicialmente um serviço (electronic mail), resultou num gênero (surgiu em

1972/3 nos EUA).

2. bate-papo virtual em aberto (room-chat) (inúmeras pessoas interagindo

simultaneamente). Surgiu como IRC na Finlâdia em 1988.

3. bate-papo virtual reservado (chat) (variante dos room-chats do tipo (2),

mas com as falas acessíveis apenas aos dois selecionados, embora vendo todos

os demais em aberto).

4. bate-papo agendado (ICQ) (variante de (3), mas com a característica de

ter sido agendado e oferecer a possibilidade demais recursos tecnológicos na

recepção e envio de arquivos).

5. bate-papo virtual em salas privadas (sala privada com apenas os dois

parceiros de diálogo presentes). Uma espécie de variação dos bate-papos de

tipo (2).

6. entrevista com convidado (forma de diálogo com perguntas e respostas

num esquema diferente do que os dois anteriores).

7. aula virtual (interações com número limitado de alunos tanto no

formato de e-mail ou de arquivos hipertextuais com tema definido em

contatos geralmente assíncronos).

8. bate-papo educacional (interações síncronas no estilo dos chats com

finalidade educacional, geralmente para tirar dúvidas, dar atendimento

pessoal ou em grupo e com temas prévios).

9. vídeo-conferência interativa (realizada por computador e similar a uma

interação face a face; uso da voz pela rede de telefonia ou a cabo)

10. lista de discussão (grupo de pessoas com interesses específicos, que se

comunicam em geral de forma assíncrona, mediada por um responsável que

organiza as mensagens e eventualmente faz triagens).

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 25: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 25

11. Endereço eletrônico (o endereço eletrônico seja o pessoal para e-mail

ou para a home-page tem hoje características típicas e é um gênero).

GÊNEROS TEXTUAIS EMERGENTES NA MÍDIA VIRTUAL SUAS CONTRAPARTES EM GÊNEROS

PRÉ-EXISTENTES

Gêneros emergentes Gêneros já existentes

1 E-mail Carta pessoal // bilhete // correio

2 Bate-papo virtual em aberto Conversações (em grupos abertos)

3. Bate papo virtual reservado Conversações duais (casuais)

4 Bate-papo ICQ (agendado) Encontros pessoais (agendados)

5 Bate-papo virtual em salas privadas Conversações (fechadas)

6 Entrevista com convidado Entrevista com pessoa convidada

7 Aula virtual Aulas presenciais

8 Bate-papo educacional (Aula participativa e interativa)

9 Vídeo-conferência Reunião de grupo/ conferência / debate

10 Lista de discussão Circulares/ séries de circulares

11 Endereço eletrônico Endereço postal

Fonte: Marcuschi, Luiz Antônio- Gêneros Textuais Emergentes no Contexto da Tecnologia Digital- Universidade

Federal de Pernambuco. In: http://bbs.metalink.com.br/~lcoscarelli/GEMarcGTE.doc.

Segundo Marcuschi, entre os mais praticados estão os e-mails, bate-

papos virtuais e listas de discussão. Hoje começam a se popularizar também

as aulas virtuais no contexto do ensino a distância. Em todos esses gêneros a

comunicação se dá pela linguagem escrita. Como veremos, esta escrita tende

a certa informalidade e a uma menor monitoração e cobrança pela fluidez do

meio e pela rapidez do tempo.

É muito importante que você reconheça as formas de tratamento

necessárias a cada interlocutor desses textos. Assim como é fundamental que,

para desenvolver sua competência comunicativa, empregando os recursos da

Internet, você aprenda as regras de etiqueta- A Netqueta- para se comunicar

com segurança e com a formalidade exigida em cada situação, considerando o

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

25

Page 26: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 26

seu interlocutor e a natureza do texto que está produzindo, seja ele oral ou

escrito.

7. CORREIO ELETRÔNICO

Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio

eletrônico tenha valor documental e possa ser aceita como documento

original, é necessário existir certificação digital, que ateste a identidade do

remetente, na forma estabelecida em lei.

O campo assunto do formulário de correio eletrônico deve ser

preenchido de modo a facilitar a organização documental, tanto do

destinatário quanto do remetente.

Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utilizado,

preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum

arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.

Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de

leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de

confirmação de recebimento.

ESTRUTURA DO CORREIO ELETRÔNICO

Não há estrutura definida para e-mail, entretanto, deve-se evitar o uso de

linguagem incompatível com uma comunicação oficial.

NETIQUETA

Netiqueta é a etiqueta que se recomenda observar na internet. A

palavra pode ser considerada como uma gíria, decorrente da fusão de duas

palavras: o termo inglês net (que significa "rede") e o termo "etiqueta"

(conjunto de normas de conduta sociais). Trata-se de um conjunto de

recomendações para evitar mal-entendidos em comunicações via internet, Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

26

Page 27: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 27

especialmente em e-mails, chats, listas de discussão, etc. Serve, também,

para regrar condutas em situações específicas (por exemplo, ao colocar-se a

resenha de um livro na internet, informar que naquele texto existem spoilers;

citar nome do site, do autor de um texto transcrito, etc.).

Atente para o fato de que estas regras de etiqueta aplicadas à

internet não são oficiais, nem estão documentadas em nenhum lugar. A

compilação das normas a seguir está sendo escrita e expandida de forma

colaborativa e voluntária, pelos próprios usuários da internet.

Deste conjunto de normas de conduta online, podemos destacar

algumas:

Evitar enviar mensagens EXCLUSIVAMENTE EM MAIÚSCULAS ou grifos

exagerados ou em HTML. Se bem empregadas, as maiúsculas podem ajudar a

destacar, mas em excesso, a prática é compreendida como se você estivesse

gritando, podendo causar irritação ou fazer com que o interlocutor se sinta

ofendido. HTML aumenta substancialmente o tamanho das mensagens, o que

impacta desnecessariamente o uso da largura de banda nos servidores.

De maneira geral, procure não usar recursos de edição de texto, como

cores, tamanho da fonte, tags especiais, entre outras, em excesso. Use-os,

como explicado no item anterior, para destacar palavras e expressões

importantes. Nunca para dar destaque injustificado à mensagem como um

todo (mesmo que sua mensagem possua apenas três palavras).

Respeite para ser respeitado e trate os outros como você gostaria de

ser tratado.

Lembre-se que dialogar com alguém mediado pelo computador não

faz com que você seja imune às regras comuns da nossa sociedade, por

exemplo, o respeito para com o próximo. Mesmo por intermédio de uma

máquina, você está conversando com uma pessoa, assim como você. Não diga

a essa pessoa o que você não gostaria de ouvir.

Use sempre a força das ideias e dos argumentos. Nunca responda com

palavrões, mesmo que usem de grosseria contra você. Afinal, pessoas

inteligentes privilegiam os argumentos contra a falta deles.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 28: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 28

Apesar de compartilhar apenas virtualmente um ambiente, ninguém é

obrigado a suportar ofensas e má-educação. Caso alguém insista nessas

práticas, ignore-o.

Evite enviar mensagens curtas em várias linhas. Além de ser maléfico

à rede como um todo, causa bastante irritação. Escreva uma frase completa e

envie!

Em fóruns e listas de discussão, procure expressar-se claramente.

Explique o problema com o máximo de informação que puder. Tente manter-

se no contexto da discussão. Os fóruns são separados por tópicos, procure

postar no tópico que mais convier à sua pergunta. Evite sempre mensagens do

estilo "Me ajudem, por favor!", "Ajuda aqui!", "Vou jogar essa coisa fora" ou

frases similares.

Caso escreva um texto muito longo, deixe uma linha em branco em

algumas partes do texto, paragrafando-o. Dessa maneira, o texto ficará mais

organizado e fácil de ler.

Dependendo do destinatário de seu texto, evitar o uso de acrônimos e

do internetês, ou, pelo menos, reduzir a utilização deles. Preste atenção no

que você escreve. É possível que, em alguns dias, nem você mesmo saiba o

que havia escrito.

Ninguém é obrigado a usar a norma culta, mas use um mínimo de

pontuação. Ler um texto sem pontuação, principalmente quando ele é

grande, gera desconforto e, além disso, as chances de ele ser mal

interpretado são muitas.

Quando você estiver perguntando, provavelmente é porque precisa de

ajuda em algo, então aja como tal. Evite ser arrogante ou inconveniente.

Não copie textos de sites ou qualquer outra fonte que possua

conteúdo protegido por registro e que não permita cópias e, sempre, mesmo

com autorização de cópia, cite as fontes quando utilizá-las.

Enquanto estiver numa conversa em programas de mensagem

instantânea, nunca corte (interrompa) o assunto tratado pela outra pessoa.

Isso é extremamente desagradável. Se a pessoa enviar uma mensagem e você

enviar outra completamente diferente, ela ficará sem saber se você leu ou Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 29: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 29

ignorou a mensagem que ela enviou. Pelo menos escreva algo para confirmar

que leu a mensagem.

Ainda sobre conversas em programas de mensagem instantânea, evite

ao máximo usar emoticons de letras, palavras e coisas do gênero. Isso torna a

leitura das mensagens muito difícil e confusa, devido ao tempo que

precisamos esperar para que esses emoticons sejam carregados e à

irregularidade nos tamanhos e cores. Emoticons expressam emoções e não

palavras. Procure usá-los fora das mensagens escritas.

Há messengers que possuem a funcionalidade de se autodeterminar

um status ou estado como away ou ausente. Procure usar esta ferramenta,

enquanto você estiver online, mas fora do computador, para evitar que seus

contatos conversem com você e tenham de aguardar horas pela sua resposta.

Não envie uma mensagem supondo que a outra pessoa a entenda da

forma como você a escreveu. Pode ser que ela entenda de forma diferente.

Uma mensagem escrita nunca ficará tão clara quanto um conjunto de palavras

faladas. Procure ser o mais claro possível para não gerar nenhuma confusão.

Ao encaminhar um e-mail que recebeu, por exemplo, os típicos e-

mails humorísticos, que percorrem grupos sociais diversos através de

divulgação por listas de contatos gigantes, remova os e-mails presentes, das

outras pessoas. Procure escrever os seus destinatários no campo "BCC" ou

"CCO" em vez do campo "Para". Este campo esconde os endereços dos

destinatários. Todos irão receber, mas ninguém, além de você, saberá quem

mais recebeu a sua mensagem. Ao não fazer o recomendado acima, você está

contribuindo para o spam com e-mails dos seus próprios conhecidos. Os

endereços de e-mail acumulados serão "pescados", quer por parte dos

destinatários, quer por empresas específicas existentes na Net, cuja função é

acumular contatos de e-mail para envio de propaganda não solicitada ou

phishing.

Antes de fazer uma pergunta, pense na possibilidade de que sua

dúvida já tenha sido solucionada por alguém, procure em fóruns e até mesmo

em sites de busca como o Google. Caso não encontre, poste suas mensagens,

pois sempre haverá algum usuário na internet para lhe ajudar. Mas não espere

que a resposta seja imediata. As pessoas estão dispostas a ajudar, mas elas

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

29

Page 30: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 30

têm responsabilidades e tarefas a cumprir no dia a dia, ficando o acesso aos

fóruns e comunidades em segundo plano. Seja paciente!

Post-ups (ato de postar em um determinado tópico com o intuito de

elevá-lo ao topo da lista de tópicos) geralmente são feitos para destacar

injustificadamente tópicos em fóruns e comunidades virtuais. Procure evitar

essa prática. É extremamente injusto fazer post-ups, pois faz com que os

demais tópicos sejam levados cada vez mais para baixo na lista de tópicos,

diminuindo a probabilidade de resposta a eles. Não seja egoísta. Aguarde a

resposta às suas perguntas como todos os usuários de sua comunidade virtual

ou fórum: sendo paciente.

Se você estiver do outro lado, ou seja, respondendo às dúvidas dos

usuários, seja humilde e só responda às dúvidas se realmente estiver

interessado em ajudar. Respostas como "www.google.com.br", "procura na

net" ou "larga de ser preguiçoso" não ajudam em nada. Procure responder

acrescentando algo útil, que possa enriquecer o conhecimento coletivo.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Netiqueta

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

30

Page 31: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 31

Veja agora as formas de tratamento Autoridades Universitárias

Cargo ou

Função

Por

Extenso

Abreviatura

Singular

Abreviatura

Plural

Vocativo

Endereçamento

Reitores

Vossa Magnificênc ia

ou

Vossa Excelência

V. Mag.ª ou V. Maga.

V. Exa. ou V. Ex.ª

V. Mag.asou V. Magas.

ou

as V.Ex. ou

V.Exas.

Magnífico Reitor

ou

Excelentíssi mo Senhor Reitor

Ao Magnífico Reitor ou

Ao Excelentíssimo Senhor Reitor Nome Cargo Endereço

Vice-Reitores

Vossa Excelência

V.Ex.ª, ou V.Exa.

as

V.Ex. ou V. Exas.

Excelentíssi mo Senhor Vice-Reitor

Ao Excelentíssimo Senhor Vice-Reitor

Nome Cargo Endereço

Assessores Pró-Reitores

Diretores

Coord. de Departamento

Vossa Senhoria

V.S.ª ou V.Sa.

V.S.as ou V.Sas.

Senhor + cargo

Ao Senhor Nome Cargo Endereço

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

31

Page 32: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 32

Autoridades Judiciárias

Cargo ou

Função

Por

Extenso

Abreviatura

Singular

Abrevia- tura

Plural

Vocativo

Endereçamento

Auditores

Curadores

Defensores

Públicos

Desembarga

dores

Membros de

Tribunais

Presidentes

de Tribunais

Procuradores

Promotores

Vossa

Excelência

V.Ex.ª ou V.

Exa.

V.Ex.as

ou V.

Exas.

Excelentís-

simo Senhor +

cargo

Ao Excelentíssimo

Senhor

Nome

Cargo

Endereço

Juízes de

Direito

Meritís-

simo Juiz

ou

Vossa

Excelência

M.Juiz ou

V.Ex.ª, V.

Exas.

as

V.Ex.

Meritíssimo Senhor

Juiz ou

Excelentís-

simo

Senhor

Juiz

Ao Meritíssimo

Senhor Juiz

ou

Ao Excelentíssimo

Senhor Juiz

Nome

Cargo

Endereço

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

32

Page 33: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 33

Autoridades Militares

Cargo ou

Função

Por

Extenso

Abreviatura

Singular

Abrevia-tura

Plural

Vocativo

Endereçamento

Arcebispos

Vossa

Excelência

Reverendís-

sima

V.Ex.ª Rev.ma

ou V. Exa.

Revma.

as

V.Ex. mas

Rev. ou V.

Exas.

Revma

s.

Excelentís-

simo

Reverendís-

ssimo

A Sua Excelência

Reverendíssima

Nome

Cargo

Endereço

Bispos

Vossa

Excelência

Reverendí

ssima

V.Ex.ª Rev.ma

ou V. Exa.

Revma.

V.Ex.a

s

m

a

s Rev. ou V. Exas.

Revma

s.

Excelentís-

simo

Reverendís-

simo

A Sua Excelência

Reverendíssima

Nome

Cargo

Endereço

Cardeais

Vossa

Eminência

ou Vossa

Eminência

Reverendís-

sima

V.Em.ª, V.

Ema.

ou

V.Em.ª

Rev.ma, V.

Ema. Revma.

as V.Em. , V.

Ema

s.

ou

as V.Em

mas

Rev. ou V.

Emas.

Revma

s.

Eminentís-

simo

Reverendís-

simo ou

Eminentís-

simo

Senhor

Cardeal

A Sua Eminência

Reverendíssima

Nome

Cargo

Endereço

Cônegos

Vossa

Reverendís-

sima

V. Rev.ma

ou V. Revma.

V. Rev.mas

V. Revmas.

Reverendís-

simo

Cônego

Ao Reverendíssimo

Cônego

Nome

Cargo

Frades

Vossa

Reverendís-

sima

V. Rev.ma

ou V. Revma.

mas

V. Rev.

ou V.

Revma

s.

Reverendís-

simo Frade

Ao Reverendíssimo

Frade

Nome

Cargo

Endereço

Freiras

Vossa

Reverendís-

sima

V. Rev.ma

ou V. Revma.

mas

V. Rev.

ou V.

Revma

s.

Reverendí

ssimo Irmã

A Reverendíssima

Irmã

Nome

Cargo

Endereço

Monsenho-res

Vossa

Reverendís-

sima

ma

V. Rev.

ou V. Revma.

V.

Rev.mas

ou V.

Revmas

.

Reverendís-

simo

Monsenhor

Ao Reverendíssimo

Monsenhor

Nome

Cargo

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

33

Page 34: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 34

Endereço

Papa Vossa

Santidade

V.S.

- Santíssimo

Padre

A Sua Santidade o

Papa

Sacerdotes

em geral e

pastores

Vossa

Reverendís-

sima

V. Rev.ma

ou V. Revma.

mas V. Rev.

ou V.

Revmas.

Reverendo

Padre /

Pastor

Ao Reverendíssimo

Padre / Pastor

ou

Ao Reverendo

Padre / Pastor

Nome

Cargo

Endereço

Autoridades Monárquicas

Cargo ou

Função

Por

Extenso

Abreviatura

Singular

Abreviatura

Plural

Vocativo

Endereçamento

Arquiduques

Vossa

Alteza

V.A.

VV. AA.

Serenís-

simo +

Título

A Sua Alteza Real

Nome

Cargo

Endereço

Duques

Vossa

Alteza

V.A.

VV. AA.

Serenís-

simo +

Título

A Sua Alteza Real

Nome

Cargo

Endereço

Imperadores

Vossa

Majestade

V.M.

VV. MM.

Majestade

A Sua Majestade

Nome

Cargo

Endereço

Príncipes

Vossa

Alteza

V.A.

VV. AA.

Serenís-

simo +

Título

A Sua Alteza Real

Nome

Cargo

Endereço

Reis

Vossa

Majestade

V.M.

VV. MM.

Majestade

A Sua Majestade

Nome

Cargo

Endereço

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

34

Page 35: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 35

Autoridades Civis

Cargo ou

Função

Por

Extenso

Abreviatura

Singular

Abreviatura

Plural

Vocativo

Endereçamento

Chefe da Casa

Civil e da

Casa Militar

Cônsules

Deputados

Embaixador

es

Governador

es

Ministros de

Estado

Prefeitos

Presidentes da

República

Secretários de

Estado

Senadores

Vice-

Presidentes

de

Repúblicas

Vossa

Excelên-

cia

V.Ex.ª ou

V. Exa.

V.Ex.as

ou V. Exas.

Excelentís-

simo

Senhor +

Cargo

Ao Excelentíssimo

Senhor

Nome

Cargo

Endereço

Demais

autoridades

não

contempla-

das com

tratamento

específico

Vossa

Senhori a

V.S.ª ou

V. Sa.

V.S.as

ou V. Sas.

Senhor +

Cargo

Ao Senhor Nome

Cargo Endereço

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

35

Page 36: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 36

Algumas Dicas

Concordância com os pronomes de

tratamento

Concordância de gênero

Com as formas de tratamento, faz-se a

concordância com o sexo das pessoas a que

se referem:

Vossa Senhoria está sendo convidado

(homem) a assistir ao III Seminário da FALE.

Vossa Excelência será informada (mulher) a

respeito das conclusões do III Seminário da

FALE.

Concordância de pessoa

Embora tenham a palavra "Vossa" na

expressão, as formas de tratamento exigem

verbos e pronomes referentes a elas na

terceira pessoa:

Vossa Excelência solicitou...

Vossa Senhoria informou...

Temos a satisfação de convidar Vossa

Senhoria e sua equipe para... Na

oportunidade, teremos a honra de ouvi-los...

A pessoa do emissor

O emissor da mensagem, referindo-se a si

mesmo, poderá utilizar a primeira pessoa do

singular ou a primeira do plural (plural de

modéstia). Não pode, no entanto, misturar as

duas opções ao longo do texto:

Tenho a honra de comunicar a Vossa

Excelência...

Temos a honra de comunicar a Vossa

Excelência...

Cabe-me ainda esclarecer a Vossa

Excelência...

Depois de reconhecer cada um desses

gêneros e as formas de tratamento adequadas

para se dirigir a alguém, e considerando o que

diz o Edital 01/11, como candidato a uma vaga

na área de seu interesse, você deverá elaborar

uma carta de apresentação, expondo os motivos

que o levaram a pleitear essa vaga. Escreva de

forma sucinta e clara o seu perfil como

educador.

De acordo com o Edital, no Anexo II, a análise

de seu Curriculum Vitae e da Carta de

Apresentação, por uma comissão constituída por

três professores da disciplina, eram requisitos

básicos para a inscrição e sua classificação

condição de prosseguimento no processo

seletivo. Supondo que ao sair publicado o

resultado da primeira etapa você verificou que

seu nome não constava da relação de pré-

selecionados. Então, decidiu entrar com um

recurso, expondo os motivos que o levaram a

esse ajuizamento e argumentando contra a

decisão da banca.

Veja um modelo desse gênero textual.

Cabe-nos ainda esclarecer a Vossa

Excelência...

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

36

Page 37: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 37

8. REQUERIMENTO

Identidade nº.

domiciliado à

, CPF nº

, portador da Carteira de

, residente e

,

nascido em / / _, profissão ,

nos termos do Edital 01/11, REQUER

amparado no disposto no item 10.2 do presente Edital, em face de

Nestes termos, pede deferimento.

, de março de 2011.

Webs@ber Unidade Netcity, NetCity, Rua Virtual, S/N. CEP: 1234-012 Telefax.(00) 321-0123 www.websaber.com.br

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

37

Page 38: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 38

UNIDADE 2

Dando continuidade às etapas do processo de seleção, vamos assumir

que a resposta de seu recurso foi favorável e você permaneceu na terceira

etapa do concurso e, de acordo com o edital, essa fase consiste na Prova

Didática. Assim, para organizar-se nessa etapa é preciso considerar que a

avaliação consistirá nos seguintes pontos previstos em edital:

6.6. Na avaliação do candidato serão observados os seguintes aspectos:

a) domínio do conteúdo ........................ de 0 a 4 pontos

b) organização da aula .......................... de 0 a 2 pontos

c) desenvolvimento da aula .................... de 0 a 2 pontos

d) correção e adequação da linguagem ...de 0 a 2 pontos

A apresentação da proposta pedagógica deve ser assegurada pelo uso de

ferramentas que auxiliam o professor em sua prática e o domínio dessas

ferramentas é fator decisivo para o sucesso de uma aula. Que recursos fazem

parte da preparação de uma aula? Vamos elencar dois:

Plano de aula;

Slides em Power point.

Além desses dois recursos, devemos lembrar que a revisão da linguagem

é indispensável para que o material escrito sirva de guia para a exposição

durante a aula e o discurso resultante dessa combinação tenha o efeito

esperado, portanto concentrar nossas atenções nas bases do planejamento de

aula e tudo que envolve essa prática, incluindo o cuidado com a ortografia,

serão tarefas às quais nos dedicaremos nesta unidade.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

38

Page 39: Caderno competencias oficina_producao_textos

Saiba quem foi Paulo Freire

Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife, Pernambuco, uma das regiões mais pobres do país, onde logo cedo pôde experimentar as dificuldades de sobrevivência das classes populares. Ele foi quase tudo o que deve ser como educador, de professor de escola a criador de idéias e "métodos"

A coragem de pôr em prática um autêntico trabalho de educação que identifica a alfabetização com um processo de conscientização, capacitando o oprimido tanto para a aquisição dos instrumentos de leitura e escrita quanto para a sua libertação fez dele um dos primeiros brasileiros a serem exilados.

A metodologia por ele desenvolvida foi muito utilizada no Brasil em campanhas de alfabetização e, por isso, ele foi acusado de subverter a ordem instituída, sendo preso após o Golpe Militar de 1964. Depois de 72 dias de reclusão, foi convencido a deixar o país. Exilou- se primeiro no Chile, onde, encontrando um clima social e político favorável ao desenvolvimento de suas teses, desenvolveu, durante 5 anos, trabalhos em programas de educação de adultos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Foi aí que escreveu a sua principal obra: Pedagogia do oprimido.

Em Paulo Freire, conviveram sempre presente senso de humor e a não menos constante indignação contra todo tipo de injustiça. Paulo Freire é autor de muitas obras. Entre elas: Educação: prática da liberdade (1967), Pedagogia do oprimido (1968), Cartas à GuinéBissau (1975), Pedagogia da esperança (1992) À sombra desta mangueira (1995).

Foi reconhecido mundialmente pela sua práxis educativa através de numerosas homenagens. Além de ter seu nome adotado por muitas instituições, é cidadão honorário de várias cidades no Brasil e no exterior.

A Paulo Freire foi outorgado o título de doutor Honoris Causa por vinte e sete universidades. Por seus trabalhos na área educacional, recebeu, vários prêmios: No dia 10 de abril de 1997, lançou seu último livro, intitulado "Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa". Paulo Freire faleceu no

dia 2 de maio de 1997 em São Paulo.trabalhou como secretário da Educação da Prefeitura de São Paulo.

Adaptado de Moacir Gadotti em:

Competências linguísticas e midiáticas 39

9. PLANO DE AULA

A IMPORTÂNCIA DE SE PLANEJAR AS AULAS

Sabemos que tudo que é planejado

sempre obtém sucesso nos resultados e isso se

constata principalmente no processo de ensino

aprendizagem. Planejar é um ato coletivo que

envolve a troca de informações entre

professores, direção coordenadores,

funcionários e pais. Com isso pautamos nosso

interesse em constatar se os planejamentos

escolares estão baseados nas reais

necessidades de aprendizagem.

Devido à grande quantidade de

informações da qual dispomos atualmente,

torna-se necessário para a escola selecioná-las

e direcioná-las de acordo com os objetivos

escolares. Por isso julgamos necessária a

postura consciente do professor em considerar

as reais necessidades de aprendizagem em

seus planejamentos.

De acordo com (1994) o planejamento é

tão importante quanto o ensino. Para que haja

um bom aprendizado faz-se necessário

planejar, organizar as informações e métodos.

Ele deve ser simples, funcional e flexível e

acima de tudo condizer com a realidade dos

alunos. Daí a importância do planejamento

escolar.

Ao tomar ciência da importância do

planejamento para o ensino, assumimos a

http://wJwawn.apíanualodfreeirAeq.ourign/oCrFpef/rCrrapzfAeceOrmezinda Maria Ribeiro - Aya

rvo00003

39

Page 40: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 40

Dica da Nova Ortografia

Deixam de ser acentuados os

ditongos abertos em palavras

paroxítonas. Fazem parte

desse grupo de palavras:

ANTES DO ACORDO

Idéia

Platéia

Colméia

Heróico

DEPOIS DO ACORDO

Ideia

Plateia

Colmeia

Heroico

Em contrapartida, vale

lembrar que não fazem parte

desse grupo de palavras os

ditongos abertos em palavras

oxítonas. ESSES permanecem

acentuados, a saber:

Herói

Papéis

tarefa de verificar se o programa proposto está de

acordo com os interesses dos alunos, observando

pontos positivos e negativos.

Refletindo sobre as bases do planejamento de

aula

Considerando que os planos de aula são os

registros das ações pretendidas pelo professor, vale

lembrar que ao planejar uma aula o professor precisa

refletir sobre as possíveis dificuldades de

seus alunos e procurar planejar estratégias que

minimizem estas dificuldades e que possibilitem o

alcance de seus objetivos. Porém, as escolhas feitas

pelo professor no planejamento de sua aula

normalmente são cercadas por crenças e, por vezes,

o professor pouco sabe sobre o real conceito de

planejamento (grifo nosso).

Neste ponto, Vasconcelos (2002, p.78) alerta

que os conceitos (de planejamentos, de projeto, por

exemplo) podem, por um lado, ajudar a clarear as

ideias mais interessantes sobre a prática. Quanto

mais se aprofunda o conceito, maior o grau de

liberdade e de autonomia do professor. Por outro

lado, quanto menor a fundamentação, maior a

necessidade de receita, de modelo.

Vale lembrar, no entanto, que chegar a um conceito de planejamento,

não é tarefa fácil. Vejamos as definições de alguns termos referentes a

planejamento, segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

40

Page 41: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 41

Por planejamento encontramos:

Planejamento. S.m. 1. Ato ou efeito de planejar. 2. Trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados; planificação: o planejamento de um livro, de uma comemoração.

Planejar é definido como “projetar, traçar”, da seguinte forma:

Planejar. V.t.d. 1. Fazer o plano de; projetar, traçar: Um bom arquiteto planejará o edifício. 2. Fazer o planejamento de; elaborar um plano ou roteiro de; programar planificar: planejar um roubo. 3. Fazer tenção ou resolução de; tencionar, projetar (...).

Para plano e projeto encontramos:

Plano. (Do lat. Planu) adj. (...) Projeto ou empreendimento com fim determinado. Conjunto de métodos e medidas para a execução de um empreendimento (...). Projeto. (do lat. Projectu, „lançado‟ para diante). S.m. 1. Idéia que se

forma de executar ou realizar algo, no futuro; plano, intento, desígnio. 2. Empreendimento a ser realizado dentro de determinado esquema.

Nota-se, porém que os conceitos de planejamento apresentados até o

momento são restritos, pois ainda não têm como foco os sujeitos envolvidos

no processo: professor e aluno. Isso nos leva à busca de conceito mais integral

de planejamento:

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

41

Page 42: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 42

planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e

agir de acordo com o previsto. Planejar não é, pois, apenas

algo que se faz antes de agir, mas é também agir em função

daquilo que se pensou. [...] Trata-se, ao fim e ao cabo, de

antever, projetar uma ação, mas não qualquer: é uma ação a

ser realizada (realizar = tornar real); é uma ação, portanto,

que visa um fim (age-se de tal forma para...), e por sua vez,

tanto o fim quanto a ação estão referidos a uma realidade a

ser transformada (VASCONCELOS, 2002, p.80).

Nestes termos, planejamento pode ser entendido como

“atividade consciente do homem que concebe uma coisa futura como

possível e dependente dele, que para isto tende pelo desejo e vontade, e

se esforça pela sua realização” (VASCONCELOS, 2002, p.78).

Em outras palavras, planejar é se comprometer com a concretização

daquilo que foi elaborado enquanto plano; é impulsionar e dar suporte para

que os objetivos planejados sejam atingidos, numa mediação entre teoria e

ação pedagógica.

Assim, podemos considerar que o planejamento, nas palavras de

Vasconcelos (2002, p.82) tem por finalidade “procurar fazer algo

vir à tona, fazer acontecer, concretizar”, sendo necessário

estabelecer as condições – objetivas e subjetivas – prevendo o desenvolvimento da ação no tempo (o que vem primeiro, o que vem em seguida), no espaço (onde vai ser feita), as condições materiais (que recursos, materiais, equipamentos serão necessários) e políticas (relações de poder, negociações, estruturas), bem como a disposição interior (desejo, mobilização), para que aconteça (VASCONCELOS, 2002, p. 82).

Vasconcelos (2002, p.79) complementa que planejar tem aproximação

com outras práticas, tais como: representar, antecipar, projetar, etc.

Entretanto, Vasconcelos (op. cit.) explica que planejar não é simplesmente

Page 43: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 43

imaginação, “na medida em que nesta não há o compromisso com a

colocação em prática”. Da mesma forma que planejar não é sonhar,

uma vez que “prevê passos, seqüência determinada de ação,

utilização de recursos, etc”.

Como se vê, planejamento tem uma relação intrínseca com a prática, o

que o difere de uma teoria educacional qualquer, pois o planejamento se dá

em cima de uma ação específica, numa situação bem concreta, enquanto que

uma teoria se aplica a vários objetos ou contextos (VASCONCELOS, 2002, p.

82).

Vasconcelos (2002 p.148) afirma que é na proposta de trabalho do

professor para uma determinada aula ou conjunto de aulas (Plano de Unidade)

que se vê maior detalhamento e objetividade do processo de planejamento

didático. Contudo, não podemos esquecer que o plano de aula ou unidade

deve estar articulado ao Projeto de Curso e ao Projeto Político – Pedagógico

da Escola. Por outro lado, a elaboração do Projeto de Curso não elimina o

preparo de cada aula, pelo contrário, o pressupõe como complemento de

realização.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

42

Page 44: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 44

Assim, considerando que planejar significa antever uma forma possível e

desejável, devemos destacar a necessidade de uma visão geral em relação ao

que vai ser trabalhado na aula. Apresentamos no quadro seguinte as

dimensões e os elementos de um plano de aula, segundo Vasconcelos (2002).

Dimensões Elementos

Análise da Realidade Assunto

Necessidade

Projeção de Finalidades Objetivo

Formas de Mediação Metodologia

Tempo

Recursos

Avaliação

Tarefa

Observações

Quadro 01.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

43

Page 45: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 45

Pelo exame do quadro acima, nota-se que os elementos essenciais de

um plano de aula são:

assunto, definidos em termos de conteúdos;

objetivos, baseado nas finalidades do curso e da aula;

métodos, que leva em conta o tempo e os recursos;

avaliação da aprendizagem, baseada em tarefas e observações;

avaliação da aula, baseada em anotações de pontos positivos e

negativos.

Neste ponto, podemos considerar que a avaliação com vistas ao re-

planejamento (grifo nosso), visa a sanar dificuldades e manter condições e

processos satisfatórios de ações que deram certo ou não ao longo das aulas.

Sendo assim, podemos resumir um plano de aula em quatro partes

essenciais:

1) objetivos;

2) metodologia de ensino;

3) conteúdo;

4) avaliação da aprendizagem.

O professor, ao planejar a sua aula, antecipa, de forma organizada,

todas as etapas deste trabalho. Isto é, identifica os objetivos que pretende

atingir, indica os conteúdos que serão desenvolvidos, seleciona os

procedimentos que utilizará como estratégia de ação e prevê quais os

instrumentos que empregará para avaliar o progresso dos alunos.

É importante ressaltar que, com o plano em ação, embora as decisões do

professor sejam detalhadas numa previsão inteligente, calculada e alicerçada

no conhecimento da realidade dos seus alunos, os sujeitos envolvidos na ação

(professor e alunos) assumem diferentes papéis, na concretização daquilo que

fora planejado.

Nesse sentido, podemos dizer que os objetivos são os principais

responsáveis para o sucesso de uma aula, a medida que as pessoas são

geralmente motivadas por objetivos específicos, uso de metas no ensino, isso

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

44

Page 46: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 46

melhora a efetividade do ensino e aprendizado, um programa só será efetivo

na sua extensão se seus objetivos e metas forem claros e específicos

(RICHARDS, 2003, p. 1).

Assim sendo, a maioria dos planos de aula descrevem seus objetivos e

metas levando em conta o conhecimento, as habilidades, e os valores que os

projetos educacionais envolvidos estabelecem. Formular objetivos não é uma

ação científica e definida, mas uma questão de julgamentos (crenças) e

escolhas.

Por isso, Richards (2003, p.1) comenta que, na formulação dos objetivos

de planos de aula, é fundamental pensar nas necessidades atuais e futuras dos

alunos, além de conhecer melhor os valores e ideologias que direcionam a

natureza do plano e as práticas de ensino. Entre as ideologias, Richards (2003,

p.1-12.) cita: racionalismo acadêmico, eficiência sócio-econômica,

centralidade no aluno, reconstrucionismo social e pluralismo cultural.

Richards (2003, p.1-3) afirma que o racionalismo acadêmico tem o papel de desenvolver “o intelecto, os valores humanísticos e a

racionalidade do aluno”. O conteúdo abordado nos programas de

ensino é visto como a base do currículo e como o principal meio para

resolver problemas sociais ou para fornecer meios eficientes de atingir os

objetivos esperados. O papel da instituição é fornecer acesso à cultura e ao

conhecimento, que deve ser ensinado como parte de um contexto social.

A eficiência sócio-econômica é uma filosofia educacional que dá ênfase às “necessidades práticas dos alunos e da sociedade”, fazendo

com que o papel dos programas educacionais focalizem o conhecimento e

as habilidades que são relevantes para as necessidades diárias dos

alunos, e sejam “elaborados de forma a atender às necessidades

práticas da sociedade” (RICHARDS, 2003, p. 4-5).

Dessa forma, necessidades individuais dos alunos, papel das experiências

individuais, e necessidade de desenvolver auto-reflexão, pensamento crítico,

estratégias de aprendizado e outras qualidades e competências são Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

45

Page 47: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 47

entendidas no contexto dos planejamentos educacionais como uma forma de

garantir, o que Richards (2003, p.6) chama de “centralidade no aluno”.

Já o reconstrucionismo social enfatiza o papel que a escola e os alunos

podem e devem exercer no que diz respeito a injustiças sociais. As escolas

devem apresentar oportunidades iguais para todos, e jamais refletir as injustiças

generalizadas da sociedade, para isso, professores e alunos precisam estar

engajados em uma conscientização dos importantes problemas sociais e propor,

nos planos de aula, formas de solucioná-los (RICHARDS, 2003, p. 8-9).

Freire (1994) argumenta que professores e alunos são envolvidos

em “um único processo de exploração e construção do conhecimento e que os

alunos não são objetos do conhecimento, pelo contrário, eles devem

saber reconhecer e resistir qualquer tentativa de controle ou domínio”.

Por fim, Richards (2003, p. 10-11) argumenta que o pluralismo cultural,

“é uma filosofia que defende a idéias que as escolas devem preparar os

alunos para atuar em várias culturas diferentes”. Neste caso,

a função dos professores é estabelecer, em seus planos de aula, maneiras de

preparar os alunos não apenas para participar em diferentes culturas, mas

também para domínio social e econômico da sociedade a que pertence.

Vasconcelos (2002, p.80) ressalta que o plano de aula corresponde a

certo momento de amadurecimento e de clareza no processo de planejamento

de ensino ou de curso. O autor ainda lembra que o planejamento é

“o processo, contínuo e dinâmico, de reflexão”, cercado de decisões que

serão colocadas em prática e acompanhadas, ou até mesmo julgadas, pelo

professor e pelos alunos.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro – Aya

46

Page 48: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 48

Plano de aula, nesse sentido, é o produto da reflexão e das tomadas de

decisão, que pode ser explicitado em forma de registro, de documento ou

não. Como bem afirma Luckesi (1984, p.211 apud Vasconcelos 2002 p.80) o

plano “poderá tão somente ser assumido como uma decisão e

permanecer na memória viva como guia da ação. Aliás, só como

memória viva ele faz

sentido”. Em suma, o planejamento, enquanto processo, é permanente.

Dica da Nova ortografia

O trema deixa de fazer parte

da escrita de palavras em

português, ficando restrito ao

registro de nomes estrangeiros

que se utilizem desse sinal

como Müller e seus derivados

mülleriano.

ANTES DO ACORDO

Conseqüência

Cinqüenta

DEPOIS DO ACORDO

Consequência

Cinquenta

O plano, enquanto produto é provisório.

Fusari (1988, p.9 apud Vasconcelos 2002, p.80)

comenta que:

o planejamento da educação escolar pode

ser concebido como processo que

envolve a prática docente no cotidiano

escolar, durante todo o ano letivo, onde o

trabalho de formação do aluno, através do

currículo escolar, será priorizado. Assim, o

planejamento envolve a fase anterior ao

início das aulas, o durante e o depois,

significado o exercício contínuo da ação-

reflexão-ação, o que caracteriza o ser

educador.

Para Noce (1970, p.01 apud Vasconcelos

2002, p.80) o planejamento é “um

processo que consiste em preparar um

conjunto de decisões tendo em vista agir,

posteriormente, para atingir determinados objeti-

vos”. Ou seja, consiste na previsão inteligente e bem calculada de todas as

etapas do trabalho pedagógico e a programação racional de todas as

atividades, de modo a tornar o ensino seguro, econômico e eficiente.

Todo planejamento se concretiza num programa definido de ação, que

constitui um roteiro seguro para conduzir progressivamente os alunos aos

resultados desejados.

Do ponto de vista propriamente didático, planejar significa estruturar,

dentro de um sentido determinado, os conteúdos a serem adquiridos e prever,

sistematicamente, as atividades e experiências educativas que conduzirão à

apreensão de objetivos e fins considerados valiosos. Portanto, o resultado do

Page 49: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 49

processo de planejamento é a programação ou programa da área de estudos

considerada adequada a uma determinada situação. Esse plano será revisto,

refundido, ampliado, modificado, ajustado às novas condições subseqüentes.

(VASCONCELOS, 2002).

Examinaremos agora a estrutura do plano de aula comentado em cada

uma de suas partes para que se esclareça na prática a maneira de elaborá-lo

para os propósitos pretendidos.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

47

Page 50: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 50

ESTRUTURA DO PLANO DE AULA (PROPOSTA)

ÁREAS DO CONHECIMENTO:

Verifique qual ou quais áreas do conhecimento (eixos) será(ao) trabalhado(s)

em sua aula.

CONTEÚDO/ASSUNTO:

Cite o tema da aula a ser desenvolvido de forma interdisciplinar.

OBJETIVOS:

É a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa

atividade. Os objetivos nascem da própria situação: da comunidade, da

família, da escola, da disciplina, do professor e principalmente do aluno. Os

objetivos, portanto, são sempre do aluno e para o aluno.

Os objetivos específicos são proposições referentes às mudanças

comportamentais esperadas para um determinado grupo-classe.

Para manter a coerência interna do trabalho de uma escola, o primeiro

cuidado será o de selecionar os objetivos específicos que tenham

correspondência com os objetivos gerais das áreas de estudo que, por sua vez,

devem estar coerentes com os objetivos educacionais do planejamento de

currículo. E os objetivos educacionais, consequentemente, devem estar

coerentes com a linha de pensamento da entidade à qual o plano se destina.

Dicas:

Partindo dos conteúdos, redigirá os objetivos específicos, ou seja, os

resultados a obter do processo de construção de conhecimentos, conceitos,

habilidades.

Na redação, o professor transformará tópicos das unidades numa

proposição (afirmação) que expresse o resultado esperado e que deve ser

atingido por todos os alunos ao término daquela aula.

Os resultados são conhecimentos (conceitos, fatos, princípios, teorias,

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

48

Page 51: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 51

interpretações, idéias organizadas, etc.) e habilidades (o que deve aprender

para desenvolver suas capacidades intelectuais, motoras, afetivas, artísticas,

etc.)

Na redação dos objetivos específicos, o professor deve indicar também as

atitudes e convicções em relação à matéria, ao estudo, ao relacionamento

humano, à realidade social (atitude científica, consciência crítica,

responsabilidade, solidariedade, etc.)

Devem ser redigidos com clareza, ser realistas, corresponder à

capacidade de assimilação dos alunos, conforme seu nível de desenvolvimento

mental e sua idade. Consulte a lista de verbos e a taxionomia de Bloom para

facilitar a redação dos objetivos. Uma aula deve ter vários níveis de

aprendizagem, desde conceitos mais elementares aos mais elaborados, tendo

em vista a prática social.

PROCEDIMENTOS (Introdução, desenvolvimento, fechamento)

Introdução:

O professor inicia o relacionamento com seus alunos, apresentando-se.

A introdução de uma aula pode ser feita de várias maneiras, por

exemplo:

o Apresentar de uma situação-problema: o professor coloca um

desafio frente aos alunos, para excitar sua curiosidade, incita-

lhes a pensar, a procurar a solução. O problema pode ser

apresentado como uma pergunta, como uma afirmação a ser

constatada, como um caso de estudo, como um paradoxo, etc.

o Uma dinâmica de motivação que tenha relação com o tema a ser

estudado, ou que sirva de base para o início da discussão do

assunto da aula.

o Uma revisão da aula anterior e apresentação de uma música,

poema, texto de literatura interessante, uma charge, sátira,

charadas. Pode ser utilizados imagens, desenhos, vídeos,

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 52: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 52

dramatizações, etc.

o Partindo dos conhecimentos que o aluno possui, ou seja, faz um

levantando sobre as curiosidades, dúvidas e as certezas que os

alunos tem sobre o tema proposto. É um diagnóstico da

realidade social ou do contexto do tema que será desenvolvido

na aula.

Desenvolvimento:

Se você iniciou com a metodologia da problematização os próximos

passos são:

o Pesquisa conjunta da solução: os alunos, desafiados pelo

problema, procuram a solução. Para isso, o professor lhes

orienta no uso de técnicas variáveis de pesquisa (biblioteca,

entrevista, dados estatísticos, correspondência, laboratório,

debates, discussões, etc.). O trabalho é fundamentalmente dos

alunos, preferivelmente em grupos.

o Teorização: as descobertas dos alunos necessitam ser

organizadas e explicadas. Só assim poderá haver transferência e

generalização da aprendizagem. De fato, aprender fatos não é

ainda aprender. As observações devem ser levantadas ao nível da

teoria. Esta é uma responsabilidade do professor, no sentido de

ajudar os alunos a criar modelos ou estruturas, nas quais

aparecem as principais variáveis do problema e suas relações

recíprocas.

Se vo

o

cê iniciou com dinâmicas ou utilizando um recurso tecnológico: A função agora é articularem objetivos e conteúdos com

métodos e procedimentos de ensino que provoquem a atividade

mental e prática dos alunos. O professor apresenta o conteúdo

novo/continuação de temas já estudados, com vistas à

construção do conhecimento por parte do aluno, podendo ser

organizada atividades de resolução de situações problemas,

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 53

trabalhos de elaboração mental, discussões, resolução de

exercícios, aplicação de conhecimentos e habilidades em

situações distintas das trabalhadas em classe, etc.

o O professor, ao organizar as condições favoráveis à

aprendizagem, utiliza meio ou modos organizados de ação,

conhecidos como técnicas de ensino. As técnicas de ensino são

maneiras particulares de organizar a atividade dos alunos no

processo de aprendizagem.

o Ao planejar os procedimentos de ensino, não é suficiente fazer

uma listagem de técnicas que serão utilizadas, como aula

expositiva, trabalho dirigido, excursão, trabalham em grupo,

etc. Devemos prever como utilizar o conteúdo selecionado para

atingir os objetivos propostos. As técnicas estão incluídas nessa

descrição. Os procedimentos têm uma abrangência bem mais

ampla, pois envolvem todos os passos do desenvolvimento da

atividade de ensino propriamente dita. Os procedimentos de

ensino selecionados pelo professor devem:

Ser diversificados;

Estar coerentes com os objetivos propostos e com o tipo

de aprendizagem previsto nos objetivos;

Adequar-se às necessidades dos alunos;

Servir de estímulo à participação do aluno no que se

refere às descobertas;

Apresentar desafios. Fechamento

Se você iniciou com a metodologia da problematização o próximo passo

é:

o Após a discussão dos pontos chaves aprendidos inicia-se a

aplicação: Os alunos testam, contra a realidade, a validade do

que foi aprendido, ou seja, volta a sua realidade para utilizar os

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 54

conceitos aprendidos no dia-a-dia, com pequenas atitudes, na

escola, na casa, na comunidade... É o verdadeiro processo de

transformação social. Aí reinicia-se o ciclo, passando a outra

situação-problema, que incorpore o já aprendido como um dado

a mais.

Se vo

o

cê iniciou com dinâmicas ou utilizando um recurso tecnológico: É o momento em que o professor retoma os pontos principais que

estabeleceu nos objetivos da aula, ou seja, revisa, revê com os

alunos o que foi discutido, as principais idéias da aula,

relacionando com o contexto, com o cotidiano do aluno,

procurando relacionar com a aplicação do tema proposto,

reforçando as principais idéias. Esta atividade é aquele diálogo

que fecha, por ora, o tema da aula. O aluno é capaz de

compreender o que foi discutido e apresentar seus

conhecimentos sobre o tema abordado, através de atitudes na

vida real ou como pré-requisito para novas aprendizagens, assim

como faz a relação interdisciplinar do tema. Este momento leva

a consolidação criativa com base nos conhecimentos anteriores.

É o que chamamos de práxis.

ATIVIDADES:

o Podem ser descritas durante o item desenvolvimento ou neste campo.

o Lembre-se de fazer enunciados contextualizados em todas as

atividades!

o Você deve anexar uma cópia de todas as atividades (textos, exercícios,

orientações, etc.) ao plano de aula, para o professor da turma e o

professor de prática de ensino acompanhar o que foi proposto.

AVALIAÇÃO:

o Avaliação é o processo pelo qual se determina o grau e a quantidade de

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 55

resultados alcançados em relação aos objetivos, considerando o

contexto das condições em que o trabalho foi desenvolvido.

o No planejamento da avaliação é importante considerar a necessidade

de:

o Avaliar continuamente o desenvolvimento do aluno.

o Selecionar situações de avaliação diversificadas, coerentes com

os objetivos propostos.

o Você deve descrever como acompanhará a aprendizagem dos alunos,

quais as formas e como será feito o registro se necessário.

RECURSOS:

Exemplos: álbum seriado, cartão-relâmpago, cartaz, ensino por fichas, estudo

dirigido, flanelógrafo, gráficos, história em quadrinhos, ilustrações, jogos,

jornal, livro didático, mapas, globos, modelos, mural, peça teatral, quadro-

de-giz, quadro de pregas, sucata, textos, terrário, aquário, maquetes,

equipamentos esportivos, computador, vídeo, dvd, cd, internet, sites, correio

eletrônico, softwares, rádio, slide, TV, transparências para retroprojetor, etc.

REFERÊNCIAS:

É lista dos livros, jornais, cds, dvds, e outros tipos de materiais utilizados para

a aula, dentro das normas da ABNT.

METODOLOGIA DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA

1º passo: PRÁTICA SOCIAL INICIAL:

Iniciar as atividades apresentando aos alunos os objetivos, os tópicos e

subtópicos da unidade que se pretende estudar, e em seguida, dialogar com

os alunos sobre os mesmos, Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 56: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 56

Os alunos mostram sua vivência do conteúdo, isto é, o que já sabem sobre o

tema a ser trabalhado e perguntam tudo que gostariam de saber sobre o novo

assunto em pauta, e tudo será anotado pelo professor.

A prática social inicial pode ser feita como um todo no início da unidade e

retomada, em seus aspectos específicos, a cada aula, conforme o conteúdo a

ser trabalhado. Ou, a cada aula, o professor destaca a prática social

específica do conteúdo que vai trabalhar naquele dia.

2º passo: PROBLEMATIZAÇÃO:

Identificar os principais problemas postos pela prática e pelo conteúdo

curricular, seguindo-se uma discussão sobre eles, a partir daquilo que os

alunos já conhecem;

Explicar que o conhecimento (conteúdo) vai ser construído (trabalhado) nas

dimensões conceitual, científica, social, histórica, econômica, política,

estética, religiosa, ideológica, etc., transformadas em questões

problematizadoras.

3º passo: INSTRUMENTALIZAÇÃO:

É a apresentação sistemático-dialógica do conteúdo científico, contrastando-

o com o cotidiano e respondendo às perguntas das diversas dimensões

propostas. É o exercício didático da relação sujeito-objeto pela ação do aluno

e mediação do professor. É o momento da efetiva construção do novo

conhecimento.

4ºpasso: CATARSE:

Representa a síntese do aluno, sua nova postura mental; a demonstração do

novo grau de conhecimento a que chegou, expresso pela avaliação espontânea

ou formal.

5° passo: PRÁTICA SOCIAL FINAL:

É a manifestação da nova atitude prática do educando em relação ao

conteúdo aprendido, bem como do compromisso em pôr em execução o novo

conhecimento. É a fase das intenções e propostas de ações dos alunos.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 57: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 57

A seguir, apresentamos três planos de aula das respectivas áreas: Letras,

Geografia e Ed. Física. Leia-os com cuidado e reflita sobre os aspectos

organizacionais de cada um, procure identificar quais pontos positivos e

negativos das propostas e pense em como você na qualidade de professor de

uma dessas áreas os aplicaria em suas aulas. A ideia aqui é pensar sobre

elaboração e planejamento, que sabemos agora serem fases em que a prática

deve ser reflexiva para que o educador possa de fato atingir seu maior

objetivo: o aprendizado do aluno.

PLANO 1

Português

Narração e redação Ana Rosa Silva* Introdução

Uma das grandes escritoras brasileiras do século 20, Lygia Fagundes Telles recebeu o Prêmio Camões em 2005. Pertence à Academia Brasileira de Letras. Entre suas obras, podem-se citar os romances: "Ciranda de pedra" (1954), "Verão no aquário" (1964), "As meninas", vencedor do Prêmio Jabuti em 1973, e "As horas nuas" (1989). Escreveu vários contos, como "Venha ver o pôr do sol" e "As formigas", que são alguns dos mais conhecidos. Objetivos

1) Analisar o conto "Venha ver o pôr do sol", de Lygia Fagundes Telles. 2) Estudar os elementos da narrativa: enredo, narrador, personagens, espaço e tempo. Estratégias

1) O conto mencionado acima pode ser lido neste site ou no livro "Antes do baile verde". O estudo do texto poderá ser feito em duas aulas. Em primeiro lugar, deverá ser feita uma leitura silenciosa do texto. Depois, o professor poderá pedir que cada aluno leia em voz alta um período até o ponto final, seguindo a ordem das carteiras. Isso fará com que todos acompanhem a leitura. 2) Num segundo momento, os alunos sentarão em círculo e farão comentários sobre a história. Pedir a opinião dos alunos sobre o enredo, as personagens, o que acharam do final, etc. É importante que todos falem. Atividades

1) Pedir que os alunos identifiquem os elementos da narrativa: Enredo, narrador, personagens, espaço e tempo. Essa atividade pode ser oral. O professor anotará na lousa o que os alunos disserem. 2) Peça aos alunos para reescreverem o conto, modificando-lhe o final. 3) Depois de realizada a redação, peça que cada aluno leia o final que criou em voz alta.

*Ana Rosa Silva é professora de português do ensino fundamental e médio da rede estadual

de ensino de São Paulo.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 58

PLANO 2

Geografia

Lixo - o que fazer com ele? Luiz Carlos Parejo*

Objetivos

O aluno deverá compreender, descrever, localizar, pesquisar, sintetizar, questionar. Deve também ser capaz de associar o crescimento urbano e econômico ao aumento do consumo e ao impacto socioambiental causado pela produção do lixo. 1) Identificar o exagero na produção de lixo doméstico e coletivo; 2) Obter informações e ser capaz de relacioná-las, utilizando-as no seu dia-a-dia; 4) Aprender importância da destinação correta do lixo; 5) Propor teorias e soluções possíveis para problemas locais, regionais e nacionais; 6) Perceber que a atual visão de desenvolvimento econômico leva à exaustão dos recursos e à produção de lixo; 7) Compreender que existe um grande custo econômico e ambiental, que é coletivo, mas distribuído de forma desigual entre as classes sociais; 8) Desenvolver a capacidade crítica e auto-avaliar suas ações. Estratégia

1) Pesquisar a produção do lixo e suas principais destinações, destacando a reciclagem, a incineração (lixo hospitalar) e o aterro sanitário; 2) Pesquisar os impactos ambientais provocados pelo lixo em diferentes escalas: aparecimento de insetos e roedores, produção de gás metano, o chorume e a contaminação do lençol freático, o mau cheiro, etc.; 3) Pesquisar as maiores produções de lixo per capita no mundo e associá-las ao nível de

desenvolvimento econômico e social e à capacidade de consumo; 4) Pesquisar as pessoas que vivem do lixo, se possível passar o curta metragem Ilha das Flores; 5) Fazer um relatório, a partir da observação de um supermercado, sobre o lixo que será produzido. Por exemplo: um produto é embalado em um saco plástico; este, por sua vez, está em uma caixa pequena de papel, que chega, juntamente com várias outras caixas pequenas, em uma grande caixa de papelão. Para onde vai tudo isso? (Refletir sobre a grande produção de descartáveis - lixo.) No setor de frutas e hortaliças, perguntar aos responsáveis o quanto é retirado por dia de frutas estragadas. Qual é o desperdício? Fazer o mesmo em casa. É interessante dividir em uma tabela, com os itens:

Matéria orgânica:

Papel e papelão:

Metais:

Plásticos:

Outros materiais recicláveis. Caso ache conveniente, evite tornar público os dados individuais do lixo doméstico (alguns pais podem não gostar, considerando que a sua privacidade pode estar sendo exposta); 6) Pesquisar quanto uma empresa de reciclagem paga pela tonelada do papelão, ou do alumínio, do vidro, etc. E somar quanto dinheiro se perde por não se reciclar o lixo, individual e coletivamente; 7) Procurar saber quanto a prefeitura gasta para coletar o lixo e o que poderia ser melhorado na cidade com esse dinheiro; 8) Avaliar quantas pessoas em situação de exclusão social poderiam ser ajudadas com projetos sociais de reciclagem (cooperativas). Conclusão da atividade

1) Expor, em mural, fotos e embalagens mais significativas no contexto do projeto.

2) Fazer um debate sobre o papel de cada um de nós, das empresas e do Estado quanto à produção e à destinação do lixo. Conceitos

Sociedade de consumo, crescimento urbano, capitalismo, impactos ambientais, poluição.

*Luiz Carlos Parejo é geógrafo e professor de geografia.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 59: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 59

PLANO 3

Educação física

Tamanho não é documento Equipe de Veja na Sala de Aula

Objetivos

Perceber que a constituição física nem sempre implica limitações atléticas. A seguinte

reportagem serve como base para a aula: A baixinha vence as gigantes

Introdução

Franzina, a belga Justine Henin alcançou, pela terceira vez, o topo do ranking feminino de

tênis. A revista Veja ressalta as dificuldades enfrentadas pela supercampeã, incluindo asma

crônica. Para completar, um gráfico compara sua altura com a das principais concorrentes e

ajuda a destruir o mito segundo o qual só as grandalhonas se dão bem com a raquete na mão.

O texto serve de fio condutor para uma lição que todo adolescente precisa saber: nos esportes,

tamanho não é documento.

Atividades

1ª aula

Antes de promover a leitura coletiva da revista, proponha que cada aluno revele a própria

estatura e seus esportes favoritos. Então, pergunte quem já deixou de praticar alguma

modalidade por causa da medida corporal. Caso alguém se manifeste, peça detalhes.

Para jogar basquete ou vôlei, por exemplo, é imprescindível ser alto? Partilhe com a turma o

conteúdo da reportagem, esclarecendo as eventuais dúvidas deixadas pelo texto. Todos

sabem o que caracteriza a asma?

Explique que essa doença pulmonar, muitas vezes de natureza alérgica, provoca dificuldade de

respiração, acessos recorrentes de tosse e sensação de constrição. Em seguida, organize a

turma em grupos e encomende pesquisas enfocando a atuação de atletas de destaque cujo

biotipo, em tese, nao é o mais adequado para as funções desempenhadas por eles. Privilegie

esportistas de baixa estatura. Eis algumas sugestões: o nadador Ricardo Prado, 1,65 metro,

recordista mundial dos 400 metros meddley em 1982; o armador Earl Boykins, 1,65 metro.

Arremessador habilidoso e titular na disputada NBA, a liga americana de basquete profissional;

a jogadora de vôlei de praia Shelda Bede, 1,65 metro, medalha de prata em duas

Olimpíadas; o atacante Romário, 1,68 metro, artilheiro da seleção brasileira de futebol na

campanha do tetra, conquistado na Copa de 1994. Vale lembrar que o Baixinho,

autoproclamado autor de mais de 1.000 gols, cabeceia como poucos; o folclórico goleiro

Jorge Campos, 1,68 metro. Ídolo dos mexicanos, chegou à seleção de seu país e disputou

duas Copas.

O trabalho deve contemplar as principais qualidades desses esportistas. Que diferenciais

fizeram deles campeões? Os itens agilidade, força, velocidade, resistência, liderança,

determinação e visão de jogo provavelmente estarão entre as respostas.

2ª aula

Avalie o resultado das pesquisas e reforce a idéia de que talento, inteligência, técnica e tática

constituem a combinação ideal para superar vários obstáculos impostos pela constituição

física. Por fim, convide os estudantes - de todos os tamanhos - a gastar energia na quadra,

tendo em mente que o importante é competir e se divertir.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 60: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 60

10. SLIDES

ELABORAÇÃO DE SLIDES PARA AULA

Sempre ouvimos falar muito sobre a utilização de recursos diversos em

aula com vistas à promoção do aprendizado, mas, muitas vezes, docentes não

são profundos conhecedores das ferramentas que podem proporcionar a

diversificação metodológica. O domínio de editores de textos e programas

como Power point pode ser um diferencial para a dinâmica das aulas,

independente da disciplina. Para nos atualizarmos sobre como tirar o melhor

de recursos como slides, vamos nos ater agora à leitura das telas a seguir que

fazem parte do arquivo em Power point “Como fazer slides” também

disponível no ambiente de nossa disciplina. A leitura desse material visa ao

aprimoramento da preparação de slides, sendo indispensável o domínio dos

programas de editoração de texto como o Power Point.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 61: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Antes de iniciar

Reflexao:

• Objetivos

Qual a finalidade? P ara quem?

Onde será apresentado?

• Síntese do texto

• lnteração?

Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

Page 62: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Detalhes decisivos para uma boa apresentação

• Fontes

• Cores

• lmagens

• Fundo

• Efeitos No momenta da apresentação:

• Domínio do assunto

• Postura

Texto

• Planejar: pontos importantes

• Tópicos

• Quantidade de linhas: até 10 (média 40 palavras)

• Distribuir o texto em cada slide: respirar (ideal usar 2/3 da tela)

• Número de slides

• Tempo de apresentação

Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

Page 63: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Escolha das fontes - Serifadas (Serifa-- pequenos tras:os, prolongamentos no final das letras

• Facilitam leitura de impresses: jornais,

revistas, livros

• Passam solidez, respeito, tradição

• Evitar em grandes plateias (dificuldade

visualizar de Ionge)

• Exemplos: Times New Roman, Book

antiqua, Georgia

Fontes- Não Serifadas

• Não possuem serifa (adorno no final do

desenho das letras)

• Passam "ar de modernidade"

• Fácil visualizaçâo num slide (atenção ao

tamanho)

• Exemplos: Arial, Microsoft Sans Serif,

Tahoma, Verdana

Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

Page 64: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Observações sobre Fontes

• Tamanho - escolher corretamente

• Uma fonte -detalhes

• Evitar fontes "diferentes"

Dica

Recursos de sombra no texto:

Facilita visualização de pessoas distantes da projeção.

Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

Page 65: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Observaçõs sobre Cores

• Contraste de cor com o fundo?

Roxo Amarelo

AzuI Laranja

• Máximo 2 cores (uma para o texto e outra

para os destaques)

Fundo

Cuidados:

• Nao atrapalhar a

leitura

• "Peso" do arquivo

• "Casar" com texto e imagens

• Mesmo fundo em

todos slides

Como pode ser:

• Cor (chapada)

• Degradê

• lmagem

• Texturas

Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

Page 66: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Fundo de cor única: chapados

• Arquivo mais leve

• Porém ... "ar estático"

• Melhores cores: azul escuro, preto,

verde escuro, vermelho terra

• Cor do texto: amarelo o u branco

Fundo degradê

• Vantagens: arquivo leve, dá ideia de movimento

• Dicas:

-degradê escuro (ex: verde e preta) e texto

claro (ex: amarelo, branco)

-degradê claro (ex: amarelo e laranja) e

texto escuro (ex: preto, azuI escuro)

Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

Page 67: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Fundo com texturas ou padrao

• Cuidados:

- Exageros

- Escolha das cores

- Relação: texto I imagem I fundo

lmagens

• lmagens e gráficos – bem utilizados

• Sem exageros

• Arquivo mais pesado

• Cuidado: tamanho e contraste com o

fundo

• Relação: imagem e texto- coerência no

tema e proporção de tamanho

Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

Page 68: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Figura I Fundo I Texto

Minha intenção

era ilustrar umtexto sobre

compu-tadores.

Consegui?

Se a imagem está no fundo,

atenção ao texto ....

Janaina de Aqu ino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

Page 69: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Page 70: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Gráficos e tabelas

• Legenda

• Cores

• Contrastes

1'Trim :zo Trim 3'Tnm 4'Tnm

lncluir outros elementos

• Links para outros slides

• Links para páginas da Internet

• Vídeos

• Sons

• Setas, gifts animados, outros objetos

Atenção:

- configuração prévia: som, conexão

- cores dos links: http://deitarare.edunet.sp.gov.br/

Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

Page 71: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Efeitos

• Transição de slides

• Apresentação (mais

dinâmica)

• Aparecimento do

texto

• Cuidados:

- Nao abusar

- Navegação confusa

- Tira a atenção

Mais importante: a fala e não o PP

Preparando 0 0 0

Espaço físico preparado com antecedência:

• Equipamentos instalados e funcionando

• Conferir som, microfone

• Apresentação: salvar e testar no

computador

• Mesas e cadeiras no Iugar correto

• lluminação adequada

Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

Page 72: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Dicas para o momento da apresentação

1. 0 que você sabe bem, você faIa bem ...

Estude, se prepare, domine o assunto!

2. Saber o que há nos slides, conhecer a

sequência. Se foi feito por outra

pessoa, estude bem primeiro

Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

Page 73: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Liberdade no momento de falar

• Não fique preso ao slide;

• Sem desvio do assunto;

• Siga os tópicos;

• Apresentações(recurso a mais);

• Não fique apenas lendo o que aparece

nos slides.

Falando ...

Seja você mesmo, mas cuidado ...

• Pronuncie bem as palavras;

• Atenção com termos ou nomes em

outras línguas;

• Vícios de linguagem;

Conquiste a plateia usando um tom de

voz agradável, sem gritar ou falar muito

baixo.

Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

Page 74: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

Postura

• Movimente-se o suficiente para prender a

atenção.

• Apresente-se com trajes adequados à

situação com discrição e sobriedade

para não ser o foco errado da atenção.

• Sorria, brinque, mas sempre de acordo

com a plateia e a ocasião.

lmprevistos

Acabou a energia elétrica? O computador

travou? O som sumiu? Algo mais deu

errado?

Nada de pânico!

lmprevistos acontecem, esteja preparado ...

não interrompa a sua apresentação,

continue falando ... passe ao público a

certeza de que sabe o que está falando!

Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

Page 75: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 72

O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

A tarefa de produzir textos requer cuidado com a linguagem escrita e

nesse ínterim entra em voga a ortografia. Como recentemente passamos por

uma reformulação nas regras ortográficas do português é importante

conhecermos um pouco mais sobre o assunto para que possamos revisar nossos

textos com propriedade.

Comecemos pelo conceito da palavra ORTOGRAFIA :

A palavra Ortografia vem do grego orthos (correto) +

graphe (escrita), que significa escrita correta. A

ortografia é um conjunto de normas, decididas por leis,

que estabelecem o registro correto, por escrito de uma

língua (DALEFI, 2008, p. 250).

Também é importante saber que, apesar de oficialmente sancionada, a

ortografia não é mais do que uma tentativa de transcrever os sons de uma Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 76: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 73

determinada língua em símbolos escritos. Esta transcrição é sempre por

aproximação e raramente é perfeita e isenta de incoerências. De acordo com

Medeiros e Tomasi (2008, p.1):

A ortografia ideal de uma língua seria aquela em que para cada

fonema houvesse uma única letra ou sinal gráfico. Seria uma

língua sonhada; na prática, inexistente*, pois exigiria uma

multiplicidade de caracteres, sem contar as variedades

regionais e individuais dos falantes ao pronunciarem as

palavras. (grifo nosso*)

Assim como tudo que é humano, a ortografia é cheia de imprecisões,

pois a escrita não possui ferramentas suficientes para reproduzir os

fenômenos da língua falada. Devemos levar em conta que o sistema gráfico

da língua portuguesa conta com 23 letras e um número muito maior de

fonemas realizáveis.

Surge a pergunta: o que devemos pesquisar sobre a nova ortografia?

Basicamente, as alterações recentemente introduzidas na ortografia da Língua

Portuguesa pelo que oficialmente é conhecido por Acordo Ortográfico da

Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por

Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau,

Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste, países integrantes da

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). No Brasil, o Acordo foi

aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995, além dos

Protocolos Modificativos do Acordo, todos elencados na 5a edição do VOLP

(Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), de 2008.

Esse acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua

escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas

as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a Língua Portuguesa

como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação

ortográfica desses países.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 77: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 74

O que se ganha com a adoção do Acordo Ortográfico

A dupla grafia das palavras obrigava as editoras a publicarem edições

específicas em Portugal e no Brasil. A não adoção do Acordo Ortográfico

também dificultava a inserção do Português como uma das línguas oficiais da

Organização das Nações Unidas (ONU), embora ele seja uma das línguas

oficiais da União Europeia e do Mercosul.

Além disso, dificultava o ensino de Português como língua estrangeira

em qualquer outra parte do mundo e criava empecilhos na formatação dos

protocolos para os mais diferentes navegadores da Internet.

Assuntos tratados no Acordo

Entre outros aspectos, o Acordo Ortográfico trata do alfabeto, dos

nomes próprios, dos nomes estrangeiros e seus derivados, do h inicial e final,

da homofonia de certos grafemas consonânticos, dos ditongos, da acentuação

de modo geral, do emprego do hífen, da supressão do trema e da divisão

silábica.

Se não fosse a ortografia, graves problemas de comunicação poderiam

ocorrer em virtude das diferenças que, no Português falado, existem de uma

região para outra ou de um país para outro. Esse é principal argumento dos

que defendem um padrão ortográfico para todos os países lusófonos, isto é,

que falam a Língua Portuguesa.

Em termos práticos, em instituições públicas do Brasil que mantêm

constante contato com outros países de Língua Portuguesa, escrever, muitas

vezes, sem conhecer as normas vigentes, pode causar problemas de

comunicação escrita, e a Redação Oficial preza pela objetividade e clareza.

Assim, a ortografia ganha relevância para a manutenção da qualidade dos

textos formais bem como para a garantia de exposição clara das mensagens

escritas.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 78: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 75

Mudanças previstas no português do Brasil

As principais modificações no Português do Brasil, que afetarão apenas

cerca de 0,5% do léxico, são concentradas:

no alfabeto;

no uso do trema;

no uso do acento diferencial;

na acentuação dos ditongos abertos;

no uso do hífen;

no uso das maiúsculas e minúsculas.

No Alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w, e

y. O alfabeto completo passa a ser:

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria

dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:

Na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg

(quilograma), W (watt);

Na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show,

playboy, playground, windsurf, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo decrescente. É importante lembrar que esse grupo de palavras é baixa ocorrência.

Como era Como fica

Baiúca Baiuca

Bocaiúva Bocaiuva

Cauíla Cauila

Feiúra Feiura

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 79: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 76

Como era Como fica

Abençôo Abençoo

Crêem (verbo crer) Creem

Dêem (verbo dar) Deem

Dôo (verbo doar) Doo

Enjôo Enjoo

Lêem ( verbo ler) Leem

Magôo (verbo magoar) Magoo

Atenção! Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece.

Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para,

péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Como era Como fica

Ele pára o carro. Ele para o carro.

Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.

Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.

Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.

Comi uma pêra. Comi uma pera.

Atenção! O par pôde/pode permanece com o acento diferencial. Pôde é a

forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a

pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular.

Exemplo: Ontem, ele não pôde terminar o projeto mais cedo, mas hoje ele pode.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 77

Na mesma linha de procedimento, temos a manutenção do acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.

Exemplo: Vou pôr em discussão o parecer por mim elaborado na próxima reunião do departamento.

Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos

ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, interir, advir, etc.). Exemplos:

Ele tem dois cargos. / Eles têm dois cargos.

Ele vem de Brasília. / Eles vêm de Brasília.

Ele mantém a palavra./ Eles mantêm a palavra.

Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.

Fica facultativa a utilização do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em algumas situações, o uso do acento dá clareza à frase conforme podemos ver neste exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

Não se usa mais o acento agudo do u tônico das formas (tu) arguis, (ele)

argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir, etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.

Veja:

a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser

acentuadas. Exemplos:

verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.

verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.

b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser

acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):

verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam;

enxague, enxagues, enxaguem.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 81: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 78

PARA SABER MAIS

A “nova ortografia” dos textos digitais

Alguns estudiosos defendem que as regras de ortografia devem ser

preservadas nos textos digitais; outros defendem a liberdade de expressão, por

considerarem que as simplificações são ditadas pelos usuários.

A maioria, porém, concorda que a linguagem deve ser coerente com seu

objetivo e com o estilo linguístico de seu criador. Assim, em um texto científico

deve-se usar uma linguagem formal; em um texto descontraído ou na internet

pode-se adotar uma linguagem coloquial.

Como a comunicação via internet vem aumentando cada vez mais, o número

de expressões criadas para tornar a troca de informações rápida vem se

multiplicando a cada dia e são essas expressões que devem ser utilizadas com

parcimônia, pois o que é preciso ter em mente é qual o papel do gênero no

contexto virtual, por exemplo, o e-mail tem várias possibilidades de

comunicação que vão do formal ao informal. Em se tratando de redação oficial,

muitas vezes, substitui gêneros como o aviso circular, o que pede o uso da

linguagem formal, diferentemente do que ocorre com e-mails pessoais que

trocamos entre amigos. Assim, deixemos de lado as abreviaturas comumente

usadas nos textos digitais quando nosso propósito é escrever

verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem;

delinqua, delinquas, delinquam.

Atenção! No Brasil, a pronúncia mais comum é a primeira, aquela com a

e i tônicos.

Uso do hífen

Vimos anteriormente que a ortografia de uma língua consiste na padronização da forma gráfica de suas palavras para o fim de uma intercomunicação social universalista, e só em casos excepcionais são admitidas duas grafias para uma

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Competências linguísticas e midiáticas 79

mesma palavra (HOUAISS, 2008). Nesse sentido, a exemplo do que ocorre com a acentuação gráfica, que é utilizada para marcar diferentes fonemas, ou mesmo diferenciar o significado de palavras de mesma grafia e som, o hífen mostra-se como um recurso da língua escrita para solucionar possíveis inconsistências ortográficas.

USO DO HÍFEN

1) Na separação das sílabas de uma palavra Ex.: o-fí-cio

2) Na maioria dos substantivos e adjetivos

compostos

Ex.: guarda-costas

3) Nas formas verbais ligadas a pronomes Ex.: Amá-lo; viram-na

4) Na separação do dia, mês e ano, nas datas, além

do ano de nascimento e ano de morte

Ex.: 18-12-1957;

Camões (1524-1580)

5) Na união de certos prefixos a palavras Super-homem; sem-

terras

Para falar sobre o hífen, vamos iniciar pelas palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero-, agro-, além-

, ante-, anti-, aquém-, arqui-, auto-, circum-, contra-, eletro-, entre-, ex-, extra-, geo-, hidro-, hiper-, infra-, inter-, intra-, macro-, micro-, mini-, multi- , neo-, pan-, pluri-, proto-, pós-, pré-, pró-, pseudo, retro-, semi-, sobre-, sub-, super-, supra-, tele-, ultra-, vice- etc. em um primeiro momento, a lista pode parecer extensa, mas existem formas de organizá-la em categorias. Vejamos como:

Mantém-se o hífen em palavras derivadas por prefixação quando o segundo elemento inicia por h. Exemplos:

ANTES DO ACORDO

DEPOIS DO ACORDO

Pré-história

Pré-história

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Competências linguísticas e midiáticas 80

Super-homem

Super-homem

Extra-humano

Extra-humano

Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

Eliminação do hífen em vocábulos derivados por prefixação, cuja vogal final do prefixo é diferente da vogal inicial do segundo elemento. Exemplos:

ANTES DO ACORDO

DEPOIS DO ACORDO

Extra-escolar

Extraescolar

Auto-escola

Autoescola

Auto-estrada

Autoestrada

Plurianual

Plurianual

Co-editor

Coeditor

Agroindustrial

Agroindustrial

Semianalfabeto

Semianalfabeto

Exceção: o prefixo co- aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:

coobrigação, coedição, coeducar, cofundador, coabitação, coerdeiro, corréu, corresponsável, cosseno.

Esse procedimento segue as recomendações da Nota explicativa do VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) que diz:

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 84: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 81

Excluir o prefixo co- do caso 1º, letra a, da Base XVI, por merecer do Acordo exceção especial na observação da letra b da mesma Base XVI e por também poder ser incluído no caso 2º, letra B, da Base II (coabitar, coabilidade, etc). Assim, por coerência, co-herdeiro passará a coerdeiro. (2009, l. II)

Ainda de acordo com orientações do VOLP, “devemos incluir, por coerência e em atenção à tradição ortográfica, os prefixos re-, pre- e pro- à excepcionalidade do prefixo co-, referida na observação da letra b do caso 1º

da Base XVI: reaver, reeleição, preencher, proótico.” Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice- almirante etc.

Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:

ANTES DO ACORDO

DEPOIS DO ACORDO

Contra-regra

Contrarregra

Extra-regular

extrarregular

Co-seno

Cosseno

Contra-senso

contrassenso

Manutenção do hífen em vocábulos derivados por prefixação, cujo prefixo terminar por vogal igual à vogal inicial do segundo elemento. Exemplos:

ANTES DO ACORDO

DEPOIS DO ACORDO

Antiinflacionário

Anti-inflacionário

Antiintelectualismo

Anti-intelectualismo

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Page 85: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 82

Microondas

Micro-ondas

Pseudo-organizado

Pseudo-organizado

Contraassinatura

Contra-assinatura

Semiinternato

Semi-internato

Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:

ANTES DO ACORDO

DEPOIS DO ACORDO

Inter-racial

Inter-racial

Inter-regional

Inter-regional

Sub-bibliotecário

Sub-bibliotecário

Sub-base

Sub-base

Super-resistente

Super-resistente

Como podemos ver, essa regra já era praticada antes do acordo, o que reforça o fato de que o novo acordo não trouxe tantas modificações para o português do Brasil.

Atenção:

Nos demais casos, não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado,

intermunicipal, superinteressante, superproteção.

Com o prefixo sub-, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada

por r: sub-região, sub-raça etc.

Com os prefixos circum- e pan-, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 86: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 83

ANTES DO ACORDO

DEPOIS DO ACORDO

Interestudantil

Interestudantil

Hiperativo

Hiperativo

Superestrutura

Superestrutura

Superexigente

Superexigente

Usa-se sempre o hífen com os prefixos ex-, sem-, além-, aquém-, recém-, pós-, pré*-, pró*-. Exemplos:

ANTES DO ACORDO

DEPOIS DO ACORDO

Pós-graduação

Pós-graduação

Ex-ministro

Ex-ministro

Pré-formular

Pré-formular

Pró-reitoria

Pró-reitoria

Recém-empossado

Recém-empossado

* as exceções sobre o uso do hífen com os prefixos pre- e pro-, anteriormente apresentadas continuam válidas, pois se referem às formas átonas desses prefixos, o uso do hífen continua obrigatório para as formas tônicas pré- e pró- como descrito na última regra.

Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: -açu, - guaçu e -mirim. Exemplos:

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 87: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 84

Amoré-guaçu

Anajá-mirim

Capim-açu

Obs.: É importante frisar que esta regra contempla um número pequeno de

palavras.

Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.

Manutenção do hífen em palavras compostas por justaposição cujos elementos constituem uma unidade semântica, mas mantêm uma tonicidade própria e em compostos que designam espécies botânicas e zoológicas.

Observação: Esta regra, em alguns momentos, pode causar dúvidas por não

explicitar os casos em que a mudança deve ou não ocorrer, como sugestão de

consulta, indicamos o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa)

que contém o registro da ortografia oficial das palavras em português.

Ano-luz

Arco-íris

Tio-avô

Amor-perfeito

Segunda-feira

Bem-te-vi

Cravo-da-índia

Atenção: Eliminação do hífen em palavras compostas, cuja noção de

composição, de certa forma, perdeu-se.

ANTES DO ACORDO DEPOIS DO ACORDO

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 88: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 85

Pára-quedas Paraquedas

Manda-chuva Mandachuva

Cabra-cega Cabracega

Toca-fitas Tocafitas

Roda-viva Rodaviva

Girassol Girassol

Madressilva Madressilva

Eliminação do hífen das palavras compostas com elemento de ligação, sejam: locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, salvo algumas exceções de uso consagrado pela tradição lexicográfica

Cão de guarda

Fim de semana

Pé de moleque

Sala de jantar

Cor de vinho

Cada um

Quem quer que seja

À parte

Acerca de

A fim de que

Exceções de uso consagrado:

Água-de-colônia

Arco-da-velha

Cor-de-rosa

Mais-que-

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Competências linguísticas e midiáticas 86

perfeito Pé-

de-meia Ao

deus-dará

À queima-roupa

Eliminação do hífen nas formas conjugadas do verbo haver seguido da preposição de (Antes, apenas em Portugal era obrigatório esse uso)

Antes do acordo Depois do acordo

Hei-de

hei de

Há-de

há de

Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:

Na cidade, conta--se que ele foi exonerado do cargo de coordenador.

O coordenador recebeu

os ex-alunos.

Uso das maiúsculas e minúsculas

No que se refere à grafia de maiúsculas e minúsculas, o que

comumente observamos é algo mais intuitivo que sistemático. Isso ocorre

porque, de maneira geral, acredita-se que a utilização de letras maiúsculas e

minúsculas é de fácil apreensão, o que pode causar certa confusão em textos

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 90: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 87

oficiais que devem primar pela padronização. Assim, surgem várias perguntas

pertinentes, entre elas:

Como grafar as palavras „governo‟ , „estado‟ , „país‟ e „município‟ ,

com letra maiúscula ou minúscula? O que deve ser considerado para

saber a correta utilização de maiúsculas e minúsculas é o emprego dessas

palavras.

No caso de elas serem empregadas como substantivos comuns, devem ser grafadas com letras minúsculas.

No caso dos nomes próprios referentes a estados, cidades, municípios e tantos outros que são designativos, estes continuam sendo grafados com letras iniciais maiúsculas: Secretaria da Educação, Estado de São Paulo, Brasil, Serrana, Prefeitura Municipal de Cássia dos Coqueiros, etc.

O Novo Acordo refere-se a denominações que são grafadas com letras

maiúsculas:

Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: Marquês de

Sabugosa; Luís da Cunha, D. Quixote. Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, Luanda, Rio de

Janeiro; Atlântida, Hespéria.

Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos: Adamastor; Neptuno / Netuno.

Nos nomes que designam instituições: Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência Social.

Nota-se, porém, que, quando esses nomes estiverem expressando

conceitos gerais, serão grafados com letras minúsculas: Os institutos de

aposentadorias municipais e estaduais (..), As prefeituras estão obrigadas a

(..), Os governos deveriam estar mais atentos a (..), Os municípios que

apresentarem seus orçamentos até (..), etc.

Emprego Obrigatório das Iniciais Maiúsculas

Usam-se as maiúsculas nas seguintes situações:

1. A primeira palavra de um período ou citação:.

Ex.: “Bem festa faz que na sua casa está em paz.”

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 91: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 88

2. Substantivos próprios:

Rafael

Minerva

Deus

Juliana

Humberto

Carolina

Jesus Cristo

Cruzeiro do Sul

Via Láctea

Terra (planeta)

Janaína

Observação: no caso de usar a palavra deus de forma genérica, essa

regra não se aplica, permanecendo o uso da inicial minúscula.

Ex.: O deus pagão, a deusa Juno.

3. Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas religiosas:

Idade Média

Renascimento

Idade Moderna

Romantismo

Simbolismo

4. Nomes de altos cargos e dignidades:

Papa

Presidente da República

5. Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos:

Cristianismo

Islamismo

Protestantismo

Igreja

Estado

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 92: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 89

República

Observações:

A palavra país é um nome comum. Não é o fato de se referir a Brasil que deve levá-lo a ser escrito com letra maiúscula. Ex.: Brasil o país do futuro.

Em „Estado de São Paulo‟ , a palavra „estado‟ é maiúscula. A regra não

menciona município.

Casos Facultativos de uso das maiúsculas

6. Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos e órgãos públicos.

Antes do acordo, era obrigatório o uso de maiúscula para nomes de

logradouros públicos, templos e edifícios. Agora, com o acordo, é facultativo.

Ex.: Rua do Ouvidor ou rua do Ouvidor

Edifício Copan ou edifício Copan

Igreja da Lapa ou igreja da Lapa

7. Antes do acordo, os nomes dos pontos cardeais eram escritos em maiúsculas; agora não mais:

norte

sul

leste

oeste

8. Antes do acordo, as formas de tratamento e reverência eram escritos

com letra maiúscula; agora é facultativo. No entanto, para seu uso na Redação Oficial, convém esperar a atualização do Manual de Redação da Presidência da República pronunciando-se a respeito disso.

Santa Maria ou santa Maria Doutor José

Pinto ou doutor José Pinto Senhor

Reitor ou senhor reitor

Vossa Excelência ou vossa excelência Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 93: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 90

9. Antes do acordo, nomes de disciplinas que designam domínios do saber eram grafados com maiúsculas; agora é facultativo.

Português ou português

Linguística ou linguística

Semiótica ou semiótica

Literatura ou literatura

Pintura ou pintura

Dupla grafia

É consagrada a dupla grafia para palavras escritas e pronunciadas de

maneira diferente em Portugal e no Brasil.

Exemplos:

PORTUGAL BRASIL

facto fato

afectar afetar

dicção dição

Observação: Embora ambas as grafias passem a ser dicionarizadas, não

se justifica adotar registro diferente daquele que já se usa no Brasil e em

Portugal. Isso significa que, na prática, não haverá alteração na grafia dessas

palavras. O importante é reconhecer que as duas formas são corretas.

É aceita também a acentuação dupla, com acento circunflexo no Brasil

e agudo em Portugal, pois algumas palavras oxítonas, geralmente de origem

francesa, terminadas em -e tônico/tónico, podem ser escritas com acento

circunflexo (ê) ou acento agudo (é), pois a pronúncia delas

pode ser fechada (caso do Brasil) ou aberta (caso de Portugal).

Exemplos:

PORTUGAL BRASIL

académico acadêmico

cénico cênico

colónia colônia

oxigénio oxigênio

génio gênio

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 94: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 91

Sujeito preposicionado... Agora não pode mesmo!

Antes do Novo Acordo, essa regra sempre causou polêmica, pois nem

todos os gramáticos subscreviam tal proibição. Evanildo Bechara, por

exemplo, argumenta, em sua Moderna Gramática Portuguesa (2000, p. 536-

537), que ambas as construções são corretas e cita o uso da contração em

vários escritores clássicos da Língua. No entanto, há uma cláusula do Acordo

Ortográfico que adota aquela proibição. Assim, cometeremos, a partir da

vigência do Acordo, erro ortográfico se fizermos a contração. Assim:

ANTES DO ACORDO: eram válidas as duas formas

Exemplo 1:

Não é fácil de explicar o fato de os professores ganharem tão pouco.

Não é fácil de explicar o fato dos professores ganharem tão pouco.

Exemplo 2:

É tempo de ele sair.

É tempo dele sair.

DEPOIS DO ACORDO: deixa de valer a forma contraída.

Exemplo 1:

Não é fácil de explicar o fato de os (e não dos) professores ganharem tão

pouco.

Exemplo 2:

É tempo de ele (e não dele) sair.

Esclarecendo alguns pontos sobre o Novo Acordo Ortográfico

O Novo Acordo, cujo nome oficial é Acordo Ortográfico da Língua

Portuguesa (1990), contém vinte e uma bases, numeradas com algarismos

romanos, cada uma delas tratando de um item específico:

BASE I Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados

BASE II Do H inicial e final

BASE III Da homofonia de certos grafemas consonânticos

BASE IV Das sequências consonânticas

BASE V Das vogais átonas

BASE VI Das vogais nasais

BASE VII Dos ditongos

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 95: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 92

BASE VIII Da acentuação gráfica das palavras oxítonas

BASE IX Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas

BASE X Da acentuação gráfica das vogais tônicas/tônicas grafadas i e u

das palavras oxítonas e paroxítonas

BASE XI Da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas

BASE XII Do emprego do acento grave

BASE XIII Da supressão de acentos em palavras derivadas

BASE XIV Do trema

BASE XV Do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares

BASE XVI Do hífen nas formações por prefixação, recomposição e

sufixação

BASE XVII Do hífen na ênclise, na tmese (mesóclise) e com o verbo haver

BASE XVIII Do apóstrofo

BASE XIX Das minúsculas e maiúsculas

BASE XX Da divisão silábica

BASE XXI Das assinaturas e firmas

Com o Novo Acordo, passa a existir uma única forma para a grafia das

palavras da Língua Portuguesa. Isso não significa que todas as bases do Acordo

imponham mudanças no registro das palavras no Brasil, em Portugal e nos

demais países da Língua Portuguesa. Algumas bases ratificam modificações já

efetuadas no Brasil em 1971, como a suspensão do acento grave nas sílabas

subtônicas de palavras derivadas. Ex.: (Café – Cafezinho)

Em outros casos, como o da eliminação do trema,

atinge-se apenas o Registro Ortográfico no Brasil, pois este sinal já não era

usado em Portugal desde 1945. Vejamos o quadro abaixo:

Principais modificações Brasil Portugal

Alfabeto X X

H inicial X

Eliminação do c e do p, quando não

pronunciados na palavra

X

Ausência de acento no ditongo EI em

palavras paroxítonas

X

Ausência de acento no ditongo OI em

palavras paroxítonas

X X

Ausência de acento no hiato OO nas

palavras paroxítonas

X

Ausência de acento agudo de palavras X

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 96: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 93

oxítonas com vogais tônicas escritas

com i e u, se precedidas de ditongo

Redução e simplificação do uso do

hífen

X X

Ausência de hífen nas ligações das

formas verbais monossilábicas do verbo

haver mais preposição de

X

Trema X

Minúsculas em iniciais de nomes de

meses

X

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 97: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 94

UNIDADE 3

A equipe da Webs@ber- Unidade Netcity, com as novas contratações

ficou maior e agora ampliou seu projeto de atuação, com o Plano de Ação

Integrada-PAI, cuja meta é um maior apoio à estruturação de novas propostas

educacionais. Assim, para atender aos objetivos definidos, a equipe procurou

implantar um ambiente adequado, tanto do ponto de vista da proposta

pedagógica adotada, quanto da tecnologia escolhida. Por essa razão, os

selecionados foram aqueles que apresentaram um perfil compatível com a

proposta educacional da escola.

Na primeira reunião pedagógica, a Coordenação Pedagógica

apresentou o Vídeo “Vida Maria”, um premiado curta metragem em animação

gráfica 3D do diretor Márcio Ramos, gaúcho residente em Fortaleza, Ceará,

onde atua como editor de vídeo, designer, diretor e produtor de animação

para TV, filmes e internet.

A Coordenação Pedagógica, ao decidir pela temática e recursos para a

reunião, que acolheria os novos contratados, optou pela animação cearense

porque expõe, com crítica e poesia, um sério problema da educação no

Brasil.

Durante o semestre, a equipe desenvolveu um trabalho coletivo,

integrado, considerando o espaço institucional que tem por objetivo oferecer

experiências ricas e variadas para o desenvolvimento e a aprendizagem dos

alunos.

Assim, em sintonia com a sua proposta curricular que abrange, além

das tradicionais áreas do conhecimento, Língua Portuguesa, Matemática,

Ciências Sociais e Naturais, procurou desenvolver os processos de socialização

e o desenvolvimento motor e afetivo, na perspectiva dos conceitos,

procedimentos e atitudes aí envolvidos.

Ou seja, seu projeto procurou alcançar o ser integral, oportunizando

seu desenvolvimento máximo possível, em suas relações, em sua postura de

estudante e em suas aprendizagens instrucionais, tendo como suporte as

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

94

Page 98: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 95

competências midiáticas, com a intenção de instrumentalizar os alunos para a

proficiência lingüística e textual.

Por acreditar que a aprendizagem acontece pela interação do aluno

com os objetos de conhecimento e por intermédio de uma construção interna

realizada por ele, o projeto desenvolvido pela equipe Websaber privilegiou o

desenvolvimento de habilidade lingüísticas de forma a propiciar a

disseminação de ideias, crenças e formas de agir de seu corpo discente, a

partir de um ambiente rico não só em materiais, mas também em

intervenções desafiadoras.

Considerando o papel do professor como fundamental nessa

construção, como cooperador do processo e como um dinamizador de ações

educativas a partir de intervenções que vão ao encontro de seu aluno e que

sejam capazes de desafiá-lo para que ele avance em suas concepções, a

direção da Webs@ber propôs um desafio aos seus professores de todas as

áreas: a produção de um relato de experiência em formato de artigo de

divulgação científica a ser publicado em anais de congresso da área

específica. Esse trabalho seria o resultado das experiências significativas

adquiridas ao longo do semestre escolar, com a implementação e aplicação do

projeto de ensino, previsto no PAI.

O material que servirá de corpus para a realização do artigo é todo o

acervo escolar registrado na produção de planos e documentos variados pelas

equipes (projetos de trabalho, sequências didáticas, planos semanais,

exercícios e tarefas de casa, relatórios de avaliação, pareceres, textos para

apresentação de trabalhos aos pais, dentre outros.

Após a apresentação do curta e do momento de debates e

extrapolação da temática, a equipe pedagógica, preparou uma aula expositiva

sobre os gêneros textuais: artigo científico e artigo de opinião. E solicitou aos

professores que escrevessem um artigo de opinião, versando sobre a temática

discutida. Suponha que você seja um desses professores e escreva um artigo,

em uma lauda simples, expondo seu ponto de vista sobre a questão levantada.

Seu artigo será publicado no portal da Webs@ber, no mural da sala dos

professores e no Blog Webs@ber. Esse blog é uma ferramenta de comunicação

desenvolvida pelos próprios professores.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 99: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 96

Leia a seguir a síntese da exposição feita pela Coordenação

Pedagógica da Webs@ber:

11. ARTIGO CIENTÍFICO

O artigo é a apresentação sintética, em forma de relatório escrito, dos

resultados de investigações ou estudos realizados a respeito de uma questão.

O artigo científico relata informações e resultados de uma pesquisa de

maneira clara e concisa para atender aos critérios de publicação em

periódicos científicos. Constitui-se em uma forma de transmitir à comunidade

técnico-científica o conhecimento de novas descobertas, e o desenvolvimento

de novos materiais, técnicas e métodos de análise nas diversas áreas da

ciência, por isso se caracteriza com artigo de divulgação científica.

TIPOS DE ARTIGO CIENTÍFICO

Artigos originais

São contribuições destinadas a divulgar resultados pesquisa original

que possam sem generalizados ou replicados. Incluem estudos controlados e

randomizados, estudos de testes diagnósticos e de triagem e de outros

estudos descritivos e de intervenção, bem como a pesquisa básica com

animais de laboratório.

Relatos de casos ou Caso clínico

São trabalhos de observações clínicas originais, acompanhados de

análise e discussão. Tratam de pacientes ou situações singulares, doenças

raras ou nunca descritas, assim como formas inovadoras de diagnóstico ou

tratamento. O texto é composto por uma introdução breve que situa o leitor

quanto à importância do assunto e apresenta o objetivo da apresentação do

caso; por um relato resumido do caso; e por comentários que discutem

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 100: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 97

aspectos relevantes e comparam o relato com outros casos descritos na

literatura.

Artigos de revisão

Avaliação crítica sistemática da literatura sobre determinado assunto,

devendo conter conclusões. A organização do texto do artigo, com exceção da

Introdução, Discussão e Conclusão, fica a critério do autor.

Artigos especiais

São textos não classificáveis nas categorias acima, que o Conselho Editorial da

revista julgue de especial relevância para as ciências da saúde ou ensino na

área da saúde. Sua revisão admite critérios próprios, não havendo limite de

tamanho ou exigência prévia quanto às referências bibliográficas.

ESTRUTURA DO ARTIGO

1.Título

2. Autor (es)

3. Epígrafe (facultativa)

4. Resumo e Abstract

5. Palavras chaves

6. Conteúdo (Introdução, desenvolvimento textual e conclusão),

7. Referências.

12. ARTIGO DE OPINIÃO

Como já indica o próprio nome, é um texto no qual o autor expõe seu

posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos. Por ser

um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado,

seu autor, além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo por meio de

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

97

Page 101: Caderno competencias oficina_producao_textos

Para produzir um artigo

de opinião siga as

orientações a seguir:

a) Após a leitura de vários pontos

de vista, anote num papel os

argumentos que achou melhor,

eles podem ser úteis para

fundamentar o ponto de vista que

você irá desenvolver.

b) Ao compor seu texto, leve em

consideração o interlocutor:

quem irá ler sua produção. A

linguagem deve ser adequada ao

gênero e ao perfil do público

leitor.

c) Escolha os argumentos, entre

os que anotou, que podem

fundamentar a ideia principal do

texto de modo mais consciente e

desenvolva-os.

d) Pense num enunciado capaz de

expressar a ideia principal que

pretende defender.

e) Pense na melhor forma possível

de concluir seu texto: retome o

que foi exposto, ou confirme a

ideia principal, ou faça uma

citação de algum escritor ou

alguém importante na área

relativa ao tema debatido.

f) Crie um título que desperte o

interesse e a curiosidade do leitor.

g) Formate seu texto em colunas e

coloque entre elas uma chamada

(um importante e pequeno trecho

do seu texto).

h) Após o término, releia o texto

observando se nele você se

posiciona claramente sobre o

tema; se a ideia é fundamentada

em argumentos fortes e se estão

bem desenvolvidos; se a

linguagem está adequada ao

gênero; se o texto apresenta título

e se é convidativo e, por fim,

observe se o texto como um todo é

persuasivo.

Competências linguísticas e midiáticas 98

informações coerentes e admissíveis. Assim, as

ideias defendidas no artigo de opinião são de total

responsabilidade do autor, que deve ter cuidado com

a veracidade dos elementos apresentados, além de

assinar o texto no final.

Uma característica inerente a esse tipo de

gênero textual é a persuasão, que consiste na

tentativa do escritor de convencer o leitor a adotar a

opinião apresentada. Por este motivo, é comum

presenciarmos descrições detalhadas, apelo emotivo,

acusações, humor satírico, ironia e fontes de

informações precisas. Em geral é escrito em primeira

pessoa, por se tratar de um texto com marcas

pessoais e, portanto, com indícios claros de

subjetividade. Mas pode também ser escrito em

terceira pessoa, dependendo do estilo e da intenção

do autor.

Um dia, passando pelo mural da sala dos professores,

um edital chamou sua atenção: era a chamada para a

submissão de trabalhos para o número da Revista

Eletrônica “REDE UAB”- Revista Especializada em

Educação a Distância. Os trabalhos devem seguir as

normas publicadas no edital e conter o relato de uma

experiência significativa em educação, empregando

uma mídia em especial. O primeiro passo para a

submissão é o envio de um resumo, de até 30 linhas,

contendo: introdução, objetivos, metodologia,

resultados, conclusão e referências bibliográficas.

Veja a seguir a definição e as características do

gênero resumo.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya Reescreva-o se necessário.

98

Page 102: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 99

13. RESUMO

É uma apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento (NBR

6028:2003)

TIPOS DE RESUMO:

De acordo com a NBR 6028:2003, são os seguintes tipos de resumos:

a- resumo crítico: é redigido por especialistas com análise crítica de um

documento. Também chamado de resenha. Quando analisa apenas uma

determinada edição entre várias, denomina-se recensão.

b- resumo indicativo: indica apenas os pontos principais do documento, não

apresentando dados qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não

dispensa a consulta ao original.

c- resumo informativo: informa ao leitor finalidades, metodologia, resultados

e conclusões do documento, de tal forma que este possa, inclusive, dispensar

a consulta ao original.

ESTRUTURA DE UM RESUMO:

O resumo para artigos científicos e monografias é o do tipo indicativo e deve

conter:

- 150 a 500 palavras (monografia, teses, dissertações e relatórios científicos).

- 100 a 250 palavras (artigo científico).

- 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves.

- Os resumos críticos, por suas características especiais, não estão sujeitos a

limite de palavras.

- O resumo deve ser precedido da referência do documento, com exceção do

resumo inserido no próprio documento.

- Frases concisas e afirmativas e não enumeração de tópicos.

- Parágrafo único.

- Escrito na 3ª pessoa do singular.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 103: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 100

- A primeira frase deve ser significativa explicando o tema principal do

documento.

- Objetivo/finalidades, metodologia, resultados e conclusões.

- Verbo na voz ativa.

- Logo após o resumo devem vir as palavras chaves que são palavras

representativas do conteúdo do documento, escolhida, preferentemente, em

vocabulário controlado.

- As palavras chaves devem ser separadas entre si por ponto e finalizadas

também por ponto.

Devem-se evitar em um resumo:

a - Símbolos e contrações que não sejam de uso corrente;

b - Fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente

necessários; quando seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira

vez que aparecerem.

14. NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS I- NORMAS GERAIS

Serão aceitos artigos originais, destinados exclusivamente à Revista Eletrônica

“REDE UAB”- Revista Especializada em Educação a Distância, e submetidos à

avaliação e aprovação do Conselho Editorial.

Os trabalhos poderão ser enviados por via eletrônica(e-mail ou CD Rom).

Deverá ser enviada, também, uma carta de solicitação de publicação, com

indicação de endereço e telefone para contato com o(s) autor(es), por via

postal tradicional.

Serão aceitos trabalhos escritos em português, inglês ou espanhol.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 104: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 101

Não serão admitidos acréscimos ou alterações após o envio para composição

editorial.

As opiniões emitidas nos trabalhos, bem como a exatidão e adequação das

referências bibliográficas são de exclusiva responsabilidade dos autores.

II- INSTRUÇÕES PARA OS TRABALHOS

Os trabalhos deverão ser digitados em Programa Word for Windows, em

formatação, no máximo, 10 laudas, digitadas em papel tamanho A4, com letra

Arial, tamanho 12, com espaçamento entre linhas igual a 1,5 e observando a

seguinte seqüência de tópicos:

A - Título do artigo; B - Nome(s) completo(s) do(s) autor(es), bem como titulação, local de

atividade, atividade profissional e e-mail(se houver) em nota de rodapé;

C - Resumo. Para artigos escritos em português, resumo em português. Os

resumos devem ser redigidos em espaço simples, com até 100 palavras, de

acordo com a NBR 6028 da ABNT;

D – três palavras chaves que identifiquem o artigo; E – Estrutura do Texto – Introdução, objetivos, metodologia, resultados,

conclusão e referências bibliográficas. As citações bibliográficas deverão ser

de acordo com o sistema autor-data da NBR 10520 da ABNT;

F - Referências bibliográficas regidas de acordo com a NBR 6023 da ABNT;

G - Anexos (se houver);

H - Endereço completo de um dos autores para correspondência impressa, se

necessário.

Artigos de Opinião

A - Título

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 105: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 102

B - Autor(es) C - Texto – máximo de duas laudas, seguindo as mesmas orientações gráficas

para artigos originais

D - Referências bibliográficas, quando houver, de acordo com a NB 66/1989

(NBR 6023) da ABNT.

Resenha A - Referência da obra e acordo com NBR 6023 da ABNT.

B - Texto de no máximo 5 laudas, digitadas em papel tamanho A4, com letra

Times New Roman, tamanho 12, com espaçamento entre linhas igual a 1,5.

C - Nome e credenciais do autor da resenha

BLOG

A palavra “blog” é uma abreviação para a expressão inglesa weblog, ou seja,

registro virtual. Este registro diz respeito a qualquer coisa que o usuário

deseja publicar. Cada vez mais novos blogueiros têm criado suas páginas e

expressado suas idéias, pois esse espaço tem se mostrado uma alternativa

simples e barata, cuja adesão de pessoas transformou a comunicação virtual

em uma via de mão dupla e tirou o poder de emissão das grandes corporações

e jornais. Isso significa que não só o escritor, mas o leitor também pode

produzir informação.

Veja a seguir um tutorial para que você também possa criar seu Blog e postar

seus textos.

15. BLOG

PASSO A PASSO PARA SE CRIAR UM BLOG

Antes, entre com a sua Conta Google no site do Blogspot

(www.blogspot.com). Caso você ainda não tenha uma Conta Google, entre no

site www.google.com.br e clique na parte superior direita da tela em

“Efetuar Login”, em seguida clique em “Crie uma conta agora” e preencha os

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 106: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 103

dados. Feito isso, vá ao site do Blogspot https://www.blogger.com/start e

entre com seu login e senha. Essa conta é gratuita

PRIMEIRO

PASSO

SEGUNDO PASSO

Agora que você já criou a sua Conta Google e já se registrou no Blogspot, já

pode criar o seu blog. O primeiro passo é clicar em “Criar um blog”. Depois

você deve dar nome ao blog e criar um endereço.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 107: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 104

Agora escolha um modelo:

Selecione um modelo e clique em “continuar” e aparecerá a janela:

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

104

Page 108: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competencias linguisticas e midiciticas

PARAO S£L£CIOHE 0 .M00£1.0

8 Escolha urn modelo

-... ...

(j) Blogger

0 seu blog esta pronto!

0 seu Wow < abou dser ai*. .t.Jora vod podfazef po<> gens, alar urn pe1fil soal e

penonatrur aparfncli do bloB·

Voce já pode usar o seu blog, depois de clicar na seta.

Janaina de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

Page 109: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 106

Preste atenção nas três abas na parte superior da tela: POSTAGEM,

CONFIGURAÇÕES e LAYOUT. Por elas você navega nas configurações do seu

blog.

POSTAGENS:

Agora você pode postar seu primeiro texto ou imagem. É bem simples:

1. Clique em “Começar a usar o blog” para iniciar.

2. Você será redirecionado automaticamente para a página de novas

postagens. Digite, ou copie e cole o texto de seu computador; escolha

o tamanho, a fonte e a cor da letra, clicando nos ícones da barra

superior. Insira imagens, clicando no ícone; dê um título na janela

indicada; organize em pastas as publicações, criando um marcador na

janela do canto inferior direito; coloque a data, clicando em opções de

postagem, no canto inferior esquerdo;

3. Quando terminar a edição do seu texto, basta clicar em “Publicar

Postagem” para que o conteúdo seja enviado para a página

principal do seu blog.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 110: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 107

CONFIGURAÇÕES

Na aba “Configurações” você altera as principais opções do seu

blog como importação e exportação de conteúdo ou até mesmo excluir o

seu blog. LAYOUT

Na aba “Layout” você pode alterar a ordem dos seus gadgets, ou seja,

dos complementos da barra lateral do seu blog.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 111: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 108

Com esta aba ativa, você vê quatro funções diferentes:

“Elementos da página”, “Fontes e cores”, “Editar HTML” e “Escolher

novo modelo”. Se você abrir a opção “Fontes e cores” vai se

deparar com uma janela de personalização do tema atual do seu blog.

Nela, é possível mudar as cores do texto, plano de fundo, links e

muito mais. Em “Editar HTML”, é preciso dominar pelo menos o

básico desta linguagem para operar algumas mudanças

no seu layout.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 112: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 109

“Escolher novo modelo” já é auto-explicativo – nesta janela, há uma lista com

diversos temas para que você escolha qual deles combina mais com o estilo do

seu blog. Se você não gostar de nenhum dos temas que o Blogspot oferece,

pode procurar os sites de ajuda, ou outros blogs que deem sugestões. Há

muitos deles na internet. Veja o quadro:

Veja aqui algumas sugestões de consultas para criar ou

implementar seu blog:

https://www.blogger.com/start

http://www.baixaki.com.br/info/1220-como-criar-um-blog-no-

blogspot.htm

http://www.criarumblog.com/

http://querocriarumblog.blogspot.com

http://layoutparablog.blogspot.com/

http://www.createblog.com/blogger-layouts/

http://templatesparanovoblogger.blogspot.com/

http://cantinhodoblogger.blogspot.com/

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 113: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 110

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Caro aluno,

Durante o desenvolvimento das três unidades, convidamos você a

vivenciar a inserção em uma comunidade escolar, tendo como cenário uma

escola fictícia, situada em uma cidade também imaginada com o intuito de

levá-lo a compreender os processos de leitura e escrita que estão intrínsecos

nas relações suscitadas pelos gêneros textuais que veiculam nesses espaços

sociais e de trabalho. Tendo em vista a natureza da disciplina, a ênfase foi

dada aos gêneros que circulam nos ambientes de profissionais e acadêmicos.

Nossa vida pessoal, social e profissional é construída na interação

possibilitada pela interface com os textos que vão sendo tecidos nessa

trajetória.

Somos resultados dos discursos que construímos e que nos constroem e

esses são materializados em forma de textos que se realizam nos gêneros

sistematizados segundo a exigência de cada situação comunicativa.

O verdadeiro sucesso na vida profissional depende da habilidade de

relacionamento interpessoal, da capacidade de compreender e comunicar

ideias e emoções. Quando entramos em contato com o outro, não

gerenciamos apenas informação, mas também a nossa relação com ele.

Muitas vezes, um diálogo é puro gerenciamento de relação. No espaço

privado, gerenciamos mais informação do que relação. No espaço público, por

motivo de sobrevivência social, as pessoas procuram gerenciar, além de

informação, a relação, conforme mostra Abreu (1999, p. 26), quando nos diz

que: “Argumentar, é, pois, em última análise, a arte de,

gerenciando informação, convencer o outro de alguma coisa, no plano das

idéias e de, gerenciando relação, persuadi-lo, no plano das emoções, a fazer

alguma coisa que nós desejamos que ele faça”.

Esperamos que você tenha compreendido na prática que aprender a

escrever é bem mais do que um exercício de aplicação de regras a uma

estrutura linguística. Escrever é se posicionar como autor, consciente do

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 114: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 111

objetivo e do alcance do texto. Nossa intenção foi proporcionar a você as

condições necessárias para refletir sobre as questões do uso da linguagem nos

diversos gêneros empregados no universo acadêmico e profissional, sem

deixar de observar os aspectos metodológicos nos quais a escrita desses

textos se pauta. De outro modo, intentamos propiciar a compreensão de que:

O que impulsiona a questão pedagógica de ensinar/aprender é a contradição entre as atividades teóricas e práticas resultantes dos processos de ensinar, exemplificar na prática, pesquisar nas bibliotecas e aplicar na vida social. O objetivo maior do ensino é a construção do conhecimento contando com a protagonização do aluno. O professor, nesse processo, aparece como ator responsável pelo ensino: orienta, coordena, faz escolhas pedagógicas, promove a interação teoria/prática, proporciona um encontro com a realidade, ou ao menos, instiga o aluno a perceber e a criar a sua realidade. Para isso deve levar em consideração a experiência e os saberes que já possuem, procurando articulá-los a novos saberes. (Ribeiro, 2006b, p.75-76).

Participando das oficinas de produção voltadas para as competências

linguísticas e midiáticas, acenamos com uma proposta prática, mais próxima

de uma realidade, com o objetivo de ajudá-los a desenvolver suas habilidades

de escrita, aliando as experiências do cotidiano de seu trabalho à necessidade

de proficiência na produção e na recepção de textos acadêmicos.

É nosso desejo que essa narrativa e as oficinas tenham sido um fio

condutor de seu aprimoramento nas atividades de leitura e de escrita e que

tenham estimulado você a gerenciar as suas habilidades de leitor e produtor

de textos em todos os gêneros e especialmente naqueles que fazem parte do

seu cotidiano acadêmico e de trabalho.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 115: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 112

REFERÊNCIAS ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua

Portuguesa. 5ª Edição. São Paulo: Global, 2009.

ABREU, Antônio Suárez. A arte de argumentar: Gerenciando razão e emoção. Cotia: Ateliê Editorial, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: Informações e documentação: resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

BARROS, Jayme. Encontros de Redação. São Paulo: Moderna 1985.

BRASIL. Congresso. Câmara dos Deputados. Manual de redação. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2004a.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações

adotadas pelas Emendas Constitucionais nos 1/92 a 44/2004 e pelas Emendas

Constitucionais de Revisão nos 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2004b.

BRASIL. Presidência da República. Manual de Redação da Presidência da

República . 2. ed. rev. e atual. Brasília : Presidência da República, 2002.

BRASIL. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990). In: ACADEMIA

BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. 5.

ed. São Paulo: Global, 2009. p. XV-XXXII.

DALEFI, Roberto G. et alii. Enciclopédia do Estudante: gramática e linguística: história, regras e usos da língua portuguesa. São Paulo: Moderna, 2008.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua

Portuguesa. 3ª Edição Revista e Atualizada. Editora Positivo. 2007.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.

HOUAISS, Antonio (Ed.). Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa.

[S.l.]: Editora Objetiva, 2001. 1 CD-ROM. Versão 1.0.

FERRAZ, Janaína de Aquino et alii. Reflexões sobre a língua portuguesa: uma abordagem multimodal. Petrópolis: Vozes, 2007.

HOUAISS, I. A. Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do novo acordo ortográfico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Publifolha, 2008.

MCKAY, Sandra L. O professor reflexivo: guia para investigação do comportamento em sala de aula. Tradução Renata Oliveira. Série Portifólio: reflexões sobre o ensino de idiomas. São Paulo: Special Book Services, 2003.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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Page 116: Caderno competencias oficina_producao_textos

Competências linguísticas e midiáticas 113

RIBEIRO, Ormezinda Maria. Janelas na construção da leitura. Uberaba: Vitória, 2006a.

RIBEIRO, Ormezinda Maria. Ri melhor quem ri na escola: quando o texto humorístico é também pedagógico. In: VIEIRA, Sérgio Darci. Dicas para lecionar. Uberaba: Publi, 2006b.

SILVA, M. O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa: o que muda e o que não muda. Rio de Janeiro: Contexto, 2008.

TOMASI, Carolina; MEDEIROS, João Bosco. Comunicação empresarial. São

Paulo: Atlas, 2007.

TUFANO, D. Guia Prático da Nova Ortografia. São Paulo: Melhoramentos, 2008.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensino, Aprendizagem e Projeto Político Pedagógico. Em: Cadernos Pedagógicos da Libertad, v.1. São Paulo: Libertad, 2002.

Janaína de Aquino Ferraz e Ormezinda Maria Ribeiro - Aya

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