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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES Caderno de Instrução A COMUNICAÇÃO SOCIAL EM APOIO ÀS OPERAÇÕES MILITARES 1ª Edição – 2005 CI 45-4/2 Caderno CCOMSEX 2005.pmd 16/8/2005, 09:54 1

CADERNO DE INSTRUÇÃO A COMUNICAÇÃO SOCIAL EM APOIO ÀS OPERAÇÕES MILITARES CI 45-4/2

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MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Caderno de Instrução

A COMUNICAÇÃO SOCIAL EMAPOIO ÀS

OPERAÇÕES MILITARES

1ª Edição – 2005

CI 45-4/2

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MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

PORTARIA N° - COTER, DE DE DE 2005.

Aprova o Caderno de Instrução CI 45-4/2A Comunicação Social em Apoio às Ope-rações Militares

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso dadelegação de competência conferida pela letra d) do item XI, Art. 1° da Portaria n°761, de 02 de dezembro de 2003, resolve:

Art. 1° Aprovar o Caderno de Instrução CI 45-4/2 A Comunicação Socialem Apoio às Operações Militares;

Art. 2º Estabelecer que esta Portaria entre em vigor na data de suapublicação.

Gen Ex ROBERTO JUGURTHA CAMARA SENNAComandante de Operações Terrestres

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ÍNDICE

Pag

1. Finalidade ...................................................................................................... 7

2. Objetivos ........................................................................................................ 7

3. Referências .................................................................................................... 7

4. Generalidades ................................................................................................ 8

5. Organização da Seção de Comunicação Social ............................................. 8

6. Orientações Gerais ...................................................................................... 12

7. A Comunicação Social em Apoio às Operações Internacionais .................... 15

8. A Comunicação Social em Apoio às Atividades Subsidiárias ........................ 15

9. Conclusão .................................................................................................... 16

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A COMUNICAÇÃO SOCIAL EM APOIO ÀS OPERAÇÕES MILITARES

1. FINALIDADE

Este caderno trata das orientações aos integrantes da Força Terrestre para odesenvolvimento das atividades relacionadas à Comunicação Social (Com Soc)no decorrer do planejamento e execução de operações militares, em suas trêsvertentes: Relações Públi-cas, Informações Públicas eDivulgação Institucional.

2. OBJETIVOS

a. Conscientizar os inte-grantes da Força sobre aimportância do emprego daComunicação Social nasoperações militares.

b. Desenvolver, em todosos escalões, a mentalidadede Comunicação Social.

c. Facilitar, em todos osníveis, a ação de comando.

3. REFERÊNCIAS

- Sistema de Comunicação Social do Exército (SISCOMSEX), criado pela PortMin Nr 529, de 26 Ago 98.

- Plano de Comunicação Social do Exército, triênio 2003/2005, aprovado pelaPortaria do Comandante do Exército Nr 6097, de 29 Nov 02.

- Diretriz Estratégica de Comunicação Social, aprovada pela Portaria do Co-mandante do Exército Nr 764, de 24 Dez 02.

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4. GENERALIDADES

No mundo moderno, a facilidade de comunicação e o acesso amplo e irrestritoà informação mudaram as relações entre sociedade, Governo e Forças Armadas.A transmissão imediata dos fatos, acontecimentos e até investigações levadas aefeito nos cenários de combate diretamente para os lares das famílias têm influen-ciado decisivamente o destino dos conflitos.

Cada operação militar tem características próprias que devem ser considera-das no planejamento e na execução da Comunicação Social. Aspectos como aduração e a amplitude da operação, as condições meteorológicas e o terreno,especialmente se houver núcleos populacionais, o emprego dos meios de comu-nicações e a segurança da população da área de operações são extremamenteimportantes.

Os planejamentos operacionais voltados para a Comunicação Social devemconsiderar, entre outros julgados pertinentes, os fatores acima citados para o

sucesso da operação,bem como as conseqü-ências e as repercus-sões da manobra a exe-cutar perante a opiniãopública local, nacional einternacional.

Para que isso seja le-vado a efeito, tanto o ofi-cial de ComunicaçãoSocial como o de Ope-rações Psicológicas de-vem participar, integra-dos ao Estado-Maior, detodos os planejamentos,

de modo a interagir e verificar as melhores oportunidades que se apresentem paralevar a efeito seus trabalhos.

5. ORGANIZAÇÃO DA SEÇÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Para o cumprimento da missão, todos os escalões participantes devem teruma estrutura mínima que desenvolva as atividades nessa importante área. Omais alto escalão da área de operações deve centralizar as ações e organizaruma Seção de Com Soc, conforme organograma abaixo.

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Organograma da Sec Com Soc

Seus componentes terão as atribuições abaixo listadas:

a. Chefia e Planejamento:

- planejar, promover e coordenar as atividades de Comunicação Social volta-das para as Operações Militares e seus públicos-alvo selecionados;

- assessorar o Comandante da Operação nas atividades de ComunicaçãoSocial;

- participar dos planejamentos, integrado ao Estado-Maior, de modo a as-sessorar nos assuntos relativos à Comunicação Social;

- interagir seus planejamentos com o de Operações Psicológicas ;- planejar as campanhas institucionais de apoio à operação militar;- coordenar os trabalhos das subseções da Seção de Com Soc a fim de que

todos mantenham a unidade de pensamento;- manter os comandos subordinados cientes dos temas a serem explorados nos

diversos contatos com a mídia;- ligar-se com os

órgãos de igual nível dasdemais Forças/Tropas,buscando a conjugação deesforços nas campanhas ouatividades de interessedelas;

- Numa Operação Com-binada existirá a coordena-ção do MD, em príncipio, quedeverá estabelecer a conjun-ção dos esfoços. Caso a SecCom Soc do EB seja real-mente a Sec Com Soc do alto escalão, ela não irá ligar-se e sim coordenar.

- analisar casos de gerenciamento de crises e avaliar suas conseqüências;- ficar em condições de solicitar o apoio de elementos especialistas em

negociação, quando necessário, particularmente nas Operações de Garantia daLei e da Ordem; e

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- manter estreita ligação com os elementos encarregados das OperaçõesPsicológicas.

b. Informações Públicas:- assessorar o chefe da seção de Com Soc na execução de atividades que

digam respeito ao relacionamento da Força/Tropa com a mídia;- elaborar estudos com vistas a sugerir qual deva ser a posição oficial da

tropa sobre matérias divulgadas pela mídia que digam respeito, direta ou indireta-mente, à operação;

- intermediar as ligações e os contatos entre o Chefe da Seção de Com Soce/ou do Cmt da Op com os integrantes da mídia, sobre temas de interesse doExército;

- centralizar o contatocom a mídia e responder aosseus questionamentos, deacordo com as orientações doescalão superior;

- providenciar, junto àProdução e DivulgaçãoInstitucional, a gravação,sempre que possível emáudio e vídeo, de todas as en-trevistas concedidas à mídia;

- propor estratégias paraa elaboração, se for o caso,da posição oficial da tropa so-bre temas de interesse daForça divulgados pela mídia;

- redigir notas para a imprensa, fornecendo todos os detalhes que possamser divulgados;

- planejar entrevistas coletivas e preparar pessoal para essas entrevistas;- acompanhar as matérias veiculadas pela mídia e preparar resenhas diári-

as, contendo um resumo dos jornais da área de operações com matérias deinteresse para a operação;

- utilizar o princípio da "única voz" (todos devem transmitir a mesma mensa-gem), empregando as resenhas diárias e as respostas encaminhadas à mídia,que devem ser remetidas a todos os escalões;

- manter um banco de dados de respostas e um arquivo das reportagensveiculadas pela mídia e que sejam do interesse da operação;

- providenciar o credenciamento dos jornalistas e preparar um local para oatendimento desses profissionais (Centro de Imprensa);

- permitir e controlar, quando possível, o acesso da mídia à Região de Opera-ções;

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- manter atualizada uma relação dos principais instrumentos de mídia e seusprofissionais, para manutenção de contatos;e

- preparar os profissionais da mídia capacitando-os a acompanhar as opera-ções (Correspondentes de Guerra).

c. Produção e Divulgação Institucional:

- atuar como produtora de mídia impressa e eletrônica, para a confecção dosdiversos produtos da Seção, de acordo com idéias-força levantadas pela Chefia ePlanejamento;

- realizar coberturas foto, vídeo e internet de interesse da tropa empregada;- elaborar filmetes institucionais para veiculação nos canais de televisão;- elaborar documentários em vídeo de interesse da tropa;- produzir programas

radiofônicos e elaborar “spots”de interesse da Força paraemissoras de rádio;

- levantar os custos deapoio solicitado ao Exército poroutros órgãos para a produçãode filmes, filmetes ou outrosmeios de divulgação;

- manter contato, por in-termédio da Informações Públi-cas, com os responsáveis damídia pelas coberturas aúdio-visuais, para troca ou cessãode material e a utilização deseus estúdios, quando for ocaso;

- confeccionar, quando for o caso, produtos para as campanhas de divulga-ção da operação;

- coordenar a arte final de produtos impressos para divulgação de campa-nhas de interesse da Força; e

- sempre que possível, valer-se dos meios disponíveis: vídeo, foto, grava-ções, etc, para registrar as ações da tropa, principalmente em situações de crise.Estes registros poderão ser de grande utilidade, caso os fatos sejam distorcidospor quaisquer dos participantes.

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d. Relações Públicas:

- responder os questionamentos do público em geral, exceto da mídia (tele-fone, e-mail, cartas e outros meios);

- manter contato com os responsáveis pelas atividades de Assuntos Civis,de modo a repassar levantamentos de apoio à população aos elementos da Infor-mações Públicas, que manterão a mídia informada desses dados;

- preparar os sumários diários de Com Soc; e- estabelecer uma central de ouvidoria para receber as reclamações do públi-

co no que se refere às ações ligadas à operação.

6. ORIENTAÇÕES GERAIS

a. Relacionamento com a Mídia – Correspondentes de Guerra

O apoio da opinião pública nacional e, em determinadas operações, da inter-nacional, é de fundamental importância para a consecução dos objetivos de com-bate. Portanto, o relacionamento com a mídia e, em particular, com os correspon-dentes de guerra, deve ser intenso, profissional e caracterizado por mútua coope-ração e confiança. Procure o seguinte:

- proporcionar aos represen-tantes da mídia a liberdade e oapoio possível para que desen-volvam os seus trabalhos,alertando-os dos riscos e dosperigos a que estão expostos;

- desenvolver, obrigatoria-mente, nos profissionais demídia, o sentimento de que osinteresses nacionais devem pre-ponderar sobre os interesses dedivulgação, quando o sucesso doesforço de guerra estiver em jogo;

- lembrar que a liberdade eo apoio dados aos correspondentes de guerra não podem comprometer o prosse-guimento das operações e a conquista dos objetivos militares táticos e estratégi-cos;

- habilitar os correspondentes de guerra para a missão, por intermédio detreinamentos básicos de combate;

- observar, com cuidado, o conteúdo das informações divulgadas para não

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correr o risco de interpretações ou deduções errôneas por parte dos órgãos decomunicação de massa, o que pode causar repercussões negativas para as for-ças que conduzem as operações e, em maior instância, abalar o necessário apoioda opinião pública ao esforço de guerra;

- considerar que os repórteres serão mais agressivos (incisivos nas pergun-tas) e investigativos do que em situações de normalidade;

- evitar negar ou mentir para tentar explicar fatos que já se tornaram públicos(princípio da verdade);

- definir o porta-voz e que este seja uma pessoa com total domínio do assun-to;

- buscar que todos os integrantes da missão tenham uma palavra uniforme arespeito da operação e de seus desdobramentos;

- orientar o repórter a procurar o porta-voz para maiores esclarecimentos;- reunir todas as informações sobre a operação e ficar em condições de

elaborar informações para distri-buição à imprensa;

- preparar-se, com auxilia-res, para entrevistas, principal-mente coletivas. Atenção espe-cial deve ser dada para entrevis-tas no rádio, pois geralmente sãoao vivo;

- convocar a imprensa paraentrevistas coletivas, conforme odesenvolvimento da operação.Nessas entrevistas, observe osseguintes aspectos:

- tomar a iniciativa semdemonstrar nervosismo ou fraqueza;

- exibir números e dados sobre o caso;- caracterizar o acidente/escândalo como exceção e informar sobre as

medidas tomadas para prevení-lo ou investigá-lo;- evitar palavras negativas ou alarmistas;- mencionar as providências tomadas no atendimento das possíveis víti-

mas e seus familiares;- manter-se disponível para esclarecimentos complementares para evitar

distorções, tendo sempre em mente o sigilo das informações, quando for o caso;e

- não falar em "off" – situação em que não há entrevista, apenas conver-sa entre o repórter e a fonte e a informação não fará parte da matéria – nada que

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possa comprometer a operação.

b. Ações junto à população

A busca do apoio da população no decorrer da operação deve ser crescentee permanente. Quanto maior esse apoio, maiores serão as facilidades para nossatropa operar e maiores serão as dificuldades para as forças adversárias. Procure:

- utilizar osmeios de comu-nicação locais(rádio, TV, etc.),para divulgar osbenefícios trazi-dos por nossasforças;

- explorarao máximo asidéias e os sen-timentos co-muns da maioriada população arespeito da ope-ração, de nos-sas tropas e doinimigo; e

- manter a população informada de que seus interesses estão resguardadose suas necessidades atendidas por intermédio da atuação de profissionais liga-dos a atividades de Assuntos Civis, responsáveis pelo restabelecimento dos ser-viços públicos essenciais e pela normalidade no cotidiano da população.

c. Ações sobre nossas tropas

Uma das principais preocupações do Comando quanto às nossas tropas dizrespeito a manter elevado o moral e imunizá-la quanto às operações psicológicasdo adversário. Procure:

- destacar o papel do Comandante, seu exemplo, suas ações de presen-ça e de comando, de modo a fortalecer o moral da tropa;

- manter a tropa constantemente informada das ações no decorrer dasoperações;

- repassar os principais acontecimentos nacionais e internacionais com adevida orientação do Comandante, de modo a desenvolver, no combatente, a con-fiança nos chefes e a crença na causa pela qual combate; e

- difundir os princípios, técnicas e processos utilizados pelo inimigo paraenfraquecer o moral e romper a coesão da tropa.

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7. A COMUNICAÇÃO SOCIAL EM APOIO ÀS OPERAÇÕES INTERNACIONAIS

Os militares que participam de operações internacionais, integrados a umatropa ou como observadores militares, estão representando não só o Exército,mas também o Brasil. Tendo em vista isso, devem estar preparados e conscien-tes do significado de suas condutas, individuais ou coletivas, para a imagem queserá passada aos outros integrantes da operação e à opinião pública internacio-nal.

A preparação do pessoal quanto à Comunicação Social deve, sempre quepossível, incluir o conhecimentos dos seguintes aspectos relacionados ao país ouà região onde serão empregados:

- história;- geografia;- religiões, tabus e crendices;- hábitos, usos e costumes relati-

vos ao comportamento social;- cerimonial civil e militar;- organização da sociedade e par-

ticipação do Estado;- organizações e instituições;- organizações político-partidária,

principais líderes e características;- símbolos, emblemas e cores

representativos;e- organizações não governamentais atuando na área e informações a respei-

to de cada uma delas, como sede, objetivos, organização, integrantes e destinação.

8. A COMUNICAÇÃO SOCIAL EM APOIO ÀS ATIVIDADES SUBSIDIÁRIAS

As Atividades Subsidiárias, atribuídas ao Exército Brasileiro em dispositivo le-gal, são de grande importância para a integração Exército-Comunidade e para orespaldo da opinião pública às decisões militares.

Ao desenvolver essas atividades, o Exército estabelece uma relação direta comos cidadãos envolvidos e cria na sociedade um sentimento de respeito, considera-ção, confiança e admiração pela Força, que gera vínculos duradouros. É umaoportunidade ímpar de contribuir para a preservação da imagem da Instituiçãojunto à opinião pública e mostrar à sociedade a importância da Força para acomunidade e para o País.

As organizações militares, ao desenvolverem atividades subsidiárias, devem,além de seguir as orientações gerais deste Caderno de Instrução, registrar assituações mais significativas por meio de fotos ou gravação em vídeo para usoposterior em publicações e informativos. Dados globais do empreendimento de-

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vem também ser levantados,bem como as benfeitorias queatenderam diretamente à po-pulação, os resultados e asrepercussões.

Por último, lembre-se queo emprego da Instituição ematividades subsidiárias é umaoportunidade ímpar para de-senvolver todos os instrumen-tos de comunicação socialem sua plenitude.

9. CONCLUSÃO

A Comunicação Social é um importante meio de que dispõe o comandanteoperacional para motivar, manter os princípios que norteiam a Instituição e exerceruma efetiva liderança sobre seus subordinados, além de um excelente instrumen-to a ser utilizado para projetar a imagem do Exército. Esta imagem deve ser oreflexo real da vida castrense, pautada em valores como a responsabilidade, aausteridade, a honestidade, a disciplina, a dedicação integral e o profissionalismo.

A exata compreensão dos comandantes, em todos os níveis, dos múltiplosaspectos da Comunicação Social e de seu emprego como um instrumento a maisde influenciação psicológica, certamente ensejará o aperfeiçoamento da Institui-ção e a conquista eficaz de seus objetivos.

No trato com a mídia, lembre-se, mais uma vez, que, respeitado o nível hierár-quico de quem fala, resguardado o sigilo do que não pode ser veiculado e conside-rado aquilo que há interesse de divulgar em benefício da imagem da Força, deve-se manter como princípio a máxima abertura e o mínimo de retardo.

A COMUNICAÇÃO SOCIAL É UM FACILITADOR DA AÇÃO DE COMANDOE UM MULTIPLICADOR DO PODER COMBATE.

EXÉRCITO BRASILEIRO. BRAÇO FORTE, MÃO AMIGA.

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Este Caderno de Instrução foi elaborado com base em anteprojetoapresentado pelo Centro de Comunicação Social do Exército.

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Mais uma realização da Sala de Editoração Gráfica do COTER

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