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Proponente: Executor: Apoio Financeiro: Parceiro: Co-executores: Diretoria de Ensino Região de Piracicaba Projeto Ponte...Fonte...Horizonte Ponte que é fonte Fonte de conhecimento Que simplifica Ponte que é atalho Atalho entre a teoria e a prática Que aproxima A ponte Ponte que leva ao horizonte Horizonte de sabedoria Que eleva Ponte que é ligação Ligação entre a escola e a universidade Que soma, aumenta, Ponte que é fonte Fonte no horizonte Ponte que leva Ao horizonte Do saber Autor: Sandro José Celeste “Caminhos para o fortalecimento da parceria Universidade - Escola” CADERNO nº 4/ 2º semestre de 2009

Caderno pedagógico 4

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Page 1: Caderno pedagógico 4

Proponente: Executor:

Apoio Financeiro:

Parceiro:Co-executores:

Diretoria de EnsinoRegião de Piracicaba

Projeto

Ponte...Fonte...HorizontePonte que é fonte

Fonte de conhecimentoQue simplifica

Ponte que é atalho

Atalho entre a teoria e a práticaQue aproxima

A ponte

Ponte que leva ao horizonte

Horizonte de sabedoriaQue eleva

Ponte que é ligação

Ligação entre a escola e a universidadeQue soma, aumenta,

Ponte que é fonte

Fonte no horizontePonte que leva

Ao horizonteDo saber

Autor: Sandro José Celeste

“Caminhos para o fortalecimento da parceria Universidade - Escola”CADERNO nº 4/ 2º semestre de 2009

Page 2: Caderno pedagógico 4

Sumário

PROJETO PONTE • 2

Colaboradores desta Edição

Alberto Barreto

Alef Henrique Tegon

Anderson Marcelli Palmieri

Angélica de Oliveira Silva

Antonio Adilson Fernandes

Antonio Carlos de Azevedo

Celia Regina Vello

Davi Andrade Pacheco

David Cardelli Gomes

Eliane Cristina Guimarães Pedro

Falta redações

Geraldo Brunheira Viana

Jaime Sepulveda Figueroa

Jane Mara Moroni Fracassi

Jane Siqueira Lino

João Humberto Venturini

José Reinaldo Peres Campestrini

Lais Fernanda Correia

MarcosYassuo Kamogawa

Maria Lídia Romeiro

Maria Roseli Novello

Marina Martins Barreto

Marisa Sampaio Cerqueira

Maurício Puitt Brasil

Oldack Chaves

Patrícia A. Giacomini

Patrícia Pâmella de Lima

Raquel Fernanda

Sandro José Celeste

Sérgio Oliveira Moraes

Silvia Davanzo Dionisio

Vagner Ap. Nicolai Hernández

Vera Lucia Alves de Moura

Vilmar Cessaricci

EDITORIAL .......................................................................................................................................................................................................... 03

O PROJETO PONTE ..................................................................................................................................................................................... 04

ENTREVISTAS E ARTIGOS .................................................................................................................................................................... 05

Como fortalecer os caminhos da parceria Universidade e a Escola. ......................................................................... 05

A Relação da EscolaBásica com a Universidade ......................................................................................................................... 06

Uma ponte com tráfego nos dois sentidos ................................................................................................................................... 06

Entrevista com a Equipe da Oficina Pedagógica da Diretoria de Ensino na Área de Ciências e Geografia. ...... 08

Uma Visão geral do projeto ...................................................................................................................................................................... 09

AS EXPERIÊNCIAS DO PROJETO PONTE .................................................................................................................................. 13

RELATOS DAS ATIVIDADES ................................................................................................................................................................ 24

DIFUSÃO E DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES ...................................................................................................................... 26

CALENDÁRIO DAS ATIVIDADES REALIZADAS .................................................................................................................. 28

Projeto Ponte

Coordenador geral:Gerd Sparovek

Professores da ESALQ/USP

Participantes:Antonio Roberto Pereira

Flávio Bertini GandaraAntonio Carlos AzevedoMª Angélica P. Pipitone

Marcos Vinicius FolegattiMarcos Y. Kamogawa

Sergio Oliveira MoraesTarlei Ariel Botrel

Vânia Galindo MassabniWalter de Paula Lima

Mário Massayuki Inomoto

Apoio Técnico/AdministrativoCélia Regina Vello

Maria Lídia Romero MeiraSueli Pereira Nunes Silva

Equipe Executora:

Daniely CrespiKaren Leyton

Maria Antônia R. de Azevedo

Estagiários: Gustavo C. da Rocha

Aline CarvalhoGabriel Braga Martone

Ivan ZarosNeliton Ricardo Freitas Lara

Rachel Trovarelli

Contato: [email protected]

Projeto

PROJETO PONTE • 1

AgradecimentosAgradecemos a todos os nossos parceiros que contribuíram para o desenvolvimento pleno do Projeto Ponte.Nesse 2º semestre de 2009 gratificamos especialmente: Profa. Dra. Vânia GAlindo Massabi e aos estudantes estagiários da Licenciatura Rodrigo Prado dos Santos, Felipe Antonio Gibim, Vivyan Justi Conceição; Ao Sr. José Rodolfo Penatti – Gerente do Departamento Técnico da AFOCAPI, e a toda equipe da COPLACANA; Aos estagiários do Museu da Energia de Rio Claro.

Page 3: Caderno pedagógico 4

PROJETO PONTE • 3

Editorial

Gerd SparovekCoordenador Geral do Projeto PonteProfessor do Depto. de Ciência do Solo (ESALQ/USP)

Estou muito feliz de poder voltar a este espaço e abrir o terceiro caderno do Projeto Ponte em seu editorial. Aliviado

também pelo empenho, dedicação e qualidade com que a equipe conduziu o projeto durante meu afastamento

que me impediu de abrir o segundo caderno. Estas qualidades a equipe e os parceiros do projeto mantiveram e os

resultados alcançados estão em parte refletidos neste caderno.

Quero apenas ressaltar alguns pontos:

O tema do caderno reporta ao papel da extensão para (ou na) Universidade. Com certeza, das diversas atividades

realizadas nas universidades públicas brasileiras, a extensão é uma das mais incompreendidas e por isto, mal

resolvidas. O ensino de graduação, a pós-graduação e cada vez mais a pesquisa de ponta visando inserção

internacional são os carros-chefe das nossas atividades. Nestas áreas há compreensão exata de significados,

valores além de apoios institucionais claros. Nestas atividades certamente há componentes de relevância e

responsabilidade social, mas estas, nos casos da pesquisa e ensino assumem, muitas vezes, dimensão indireta. Não

interagem diretamente com o público externo; que será beneficiado, quando for, indiretamente. Este fato, sem

entrar no mérito da quantificação de benefícios, não gera percepção imediata por quem está do lado externo do

processo. Sem percepção direta, é difícil esperar que exista reconhecimento. A extensão tem outro caráter, ela se

ocupa diretamente e interage com o público externo. Traz a vantagem do contato direto, da troca de vivências,

visões e contextos. Os reflexos disto podem ser vistos no vídeo documentário sobre o Ponte, que pode ser assistido

no site do projeto (HTTP://ponte.esalq.usp.br). Ele fala por si, vale à pena conferir!

O caderno também traz a novidade do Observatório da Água, financiado pelo CNPq, iniciativa que dará fôlego ao

Ponte quando a atual parceria com a Finep terminar. Agradecemos a confiança depositada em nossa equipe em

mais esta atividade que pretendemos realizar com o mesmo esforço, determinação e empolgação. Contamos com

a parceria valiosa do já experiente Águamiga, promovido pelo SEMAE e coordenado por José Carlos Esquierro, para

nos guiar em mais este eixo temático.

Por último o eixo da agricultura aparece mais claramente inserido nos temas abordados nas intervenções. Com isto

aproveitamos melhor os recursos e saberes da Esalq, que trata das questões ligadas à agricultura com prioridade.

Agradeço aos egressos da equipe do Ponte pela dedicação durante o tempo em que conviveram diretamente com

o projeto e os convido a voltar para dar uma olhada como andam as coisas a qualquer momento. Saúdo também

aos ingressos e reforços de nossa equipe. Fico feliz das idéias e propostas do Ponte terem motivado sua decisão de

participar. Aos de sempre, um enorme muito obrigado!

PROJETO PONTE • 4

O Projeto

Equipe Executora do Projeto Ponte*

da esquerda para direita (Gustavo, Ivan, Gabriel, Neliton, Aline, Antonia, Karen, Rachel e Danielly)

A Ponte foi construída, e o mais bonito de tudo isso foi perceber que ela foi feita junto... mãos se entrelaçaram,

idéias e intenções foram surgindo. Essa Ponte tem cor, forma, tamanho e o mais importante ela tem sentido e

sentimentos.

Foram dias, semanas, meses e anos projetando, construindo, fazendo, avaliando os passos as ações e os

sonhos.

Posso afirmar com absoluta certeza que valeu a pena!

Construir a Ponte que integrou a Universidade e as escolas publicas de Piracicaba foi o caminho que possibilitou

a interligação entre conhecimentos; a interação entre professores e alunos e a inserção de todos nos diferentes

espaços formativos.

O Projeto Ponte, durante dois anos, possibilitou que professores da ESALQ/USP e professores das escolas

publicas pudessem pensar formas de correlacionar os conhecimentos acerca da engenharia com as questões sócio-

ambientais.

Desafios foram muitos, mas a vontade de que a Ponte em nenhum momento ruisse foi a grande motivadora

para que professores e alunos pudessem aprender. As equipes do projeto Ponte trabalharam de forma articulada e

séria e junto com o trabalho árduo e intenso da Diretoria de Ensino e dos professores e equipe gestora das escolas

o processo foi verdadeiramente vivenciado por todos.

Acredito que todos de certa forma aprenderam o sentido da formação para a cidadania pois cada um foi e

se percebeu cidadão co-responsável pela educação integra de outro ser humano.

Agradeço em particular ao professor Gerd ESALQ/USP, coordenador geral do projeto Ponte, por acreditar

que a educação superior pode ser parceira e ser presente na vida dos alunos e professores da educação básica e

que a Universidade precisa urgentemente entender o sentido da extensão corelacionando - a com o ensino e a

pesquisa que lá é produzido.

Que todos nós possamos cuidar da Ponte que junto construimos e que saibamos, também, mantê-la viva

e iluminada por ideias, pessoas e ações.

Muito Obrigada à todos que a construiram e obrigada por eu poder ter feito parte disso!

Page 4: Caderno pedagógico 4

PROJETO PONTE • 5

Como fortalecer os caminhos da parceria Universidadee a Escola.

A Relação da EscolaBásica com a Universidade

Uma ponte com tráfego nos dois sentidos

Entrevistas & Artigos

PROJETO PONTE • 6

Houve uma época em que a relação entre a escola pública de ensino básico e as universidades públicas (ensino superior) era muito mais estreita. Naqueles tempos os “bons alunos” estudavam nos colégios públicos que, em geral, mantinham alto padrão de qualidade. Alguns alunos que não se enquadravam às propostas da escola públicas eram “convidados” a se retirarem e acabavam em algum colégio particular. Claro que já existiam colégios particulares de orientação religiosa ou de pedagogias alternativas, por exemplo. Mas, via de regra, a escola pública era referência. E dos colégios públicos saiam os alunos das universidades públicas.Infelizmente, naqueles tempos poucas crianças brasileiras iam às escolas e aquela realidade nacional que provocou a mudança na escola básica está batendo às portas da universidade pública brasileira. As universidades particulares já a conhecem melhor. Nossos campi estão literalmente envolvidos (cercados mesmo) por um contexto socioambiental cruel. Algo parecido com o que diz o Prof. Gerd ao lembrar que há algo como ilhas de excelência envoltas por um mar difícil de singrar. O conflito está estabelecido e a retomada das relações entre secundaristas e graduandos é uma estratégia interessante para pôr em contato estes atores sociais que não se encontram mais nesta ou naquela escola apenas; estão em todas, protagonistas entre coadjuvantes e figurantes. Projetos que exponham estes atores secundaristas aos palcos da graduação e ainda lancem um pouco das luzes deste cenário sobre a comunidade em geral são fundamentais. A relação entre a escola básica e a universidade está em crise e isso é bom. Neste conflito socioambiental estabelecido podemos dar vez e voz aos mais variados atores sociais envolvidos e não somente aos tradicionais “tomadores de decisão”. São novas pontes sobre águas revoltas.

Vagner Ap. Nicolai Hernández Professor da E.E. Catharina Casale Padovani

Entrevistas & Artigos

Culturalmente, há uma ampla aceitação de que cada setor da sociedade deve cumprir com a sua função, de forma individualizada. De maneira gradativa, estamos – Setores Públicos – redescobrindo outros caminhos nas parcerias, interagindo com a sociedade mais intensamente.Criavam-se expectativas, hoje obsoletas, de que a escola deveria desenvolver seu projeto pedagógico isoladamente, e por meio dele dar solução às questões do mundo ao redor, sem solicitar a ajuda de ninguém.Os estudantes que ingressavam na universidade, por sua vez, deixavam para trás toda uma história de vida representada pela escola que os formou e, nesse sentido, essa atitude colaborava para o que temos em pauta, ou seja, uma sociedade altamente especializada, sem que os setores estabelecessem qualquer relação direta.A realização de parcerias entre as escolas e a universidade cria a possibilidade de uma nova concepção de produção do conhecimento. É inegável que a parceria a que nos referimos deve fortalecer as práticas educativas, tanto aquelas que são construídas na escola, bem como, e como não poderíamos deixar de considerar, aquelas que possibilitam o desenvolvimento do conhecimento científico, porque, apesar da pesquisa visar, de maneira geral, a melhoria da qualidade de vida, este processo se dá também em função da educação.A política da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo é, acertadamente, coerente ao avaliar os projetos que ocorrem nesse âmbito, e entende que as escolas aumentam as suas chances de acesso no que concerne à tecnologia e ao saber que é gerado nos pólos de desenvolvimento e aperfeiçoamento técnico-científico. Mas, ressalta que a universidade,

Oldack Chaves

Dirigente de Ensino – Regional de Piracicaba

em contrapartida, ao inserir seus professores e seus alunos no contexto escolar amplia-se, pois a extensão universitária é de suma importância para que os sujeitos sejam sensibilizados para as demandas educacionais da rede pública estadual de ensino.Assim, o fortalecimento dos caminhos que levam à construção da parceria Escola e Universidade depende de incentivos das agências de fomento à pesquisa, aos projetos de extensão, ou ainda, aos programas de iniciação científica júnior que hoje são destaques na rede pública estadual de ensino na cidade de Piracicaba e também da aceitação democrática e do desenvolvimento pedagógico dos profissionais desta rede em seus vários segmentos. menos ainda concluíam o ensino básico. Imagine então quantos jovens chegavam até a universidade. Nosso atual governador foi um dos alunos daquela escola pública. Depois, durante a graduação, este ex-aluno da escola pública foi muito atuante na UNE, exemplo do engajamento da época. Bons tempos dos movimentos estudantis. Havia mais contato entre secundaristas e graduandos. De maneira desafortunada, também houve equívocos em todo aquele contexto de críticas dos movimentos sociais de então. Por exemplo, muitos “teóricos de esquerda” passaram a criticar pra valer o modelo “quadrado e careta” da “escola tradicional”. Aquele modelo não serviria mais para as crianças que cada vez mais eram matriculadas e permaneciam na escola. Por fim, “jogamos a criança junto com a água do banho”. Os pais, percebendo as mudanças na escola pública, e tendo condições, passam a matricular seus filhos nas escolas particulares que se dispuseram a manter o esquema “quadrado e careta” que continuou enviando alunos para a universidade pública, via vestibular. A escola pública assumiu a missão de formar cidadãos “críticos e conscientes” enquanto as particulares passaram a formar os “futuros patrões” simplesmente. Neste contexto, muito se perdeu na relação entre secundaristas e graduandos. Simplesmente se “decoravam” o que era necessário para passar pelo vestibular. Não havia crises.Hoje temos vivenciado uma crise generalizada nos sistemas de ensino.

Nada melhor que este último número dos cadernos pedagógicos PONTE para uma reflexão sobre a contribuições para o Programa Solo na Escola (SNE) nestes dois anos de trabalho. Os relatos dos professores das escolas, dos estudantes, dos monitores são abundantes nos números anteriores dos cadernos, e literalmente falam por si só no belo trabalho feito com o vídeo da PONTE, distribuído às escolas e aos colaboradores. Então talvez reste relatar o que eu, como coordenador do SNE, aprendi com esta interação. Seguem então algumas destas lições:1) A arrogância acadêmica é uma armadilha. Nosso desafio é adaptar o conhecimento para que faça sentido no contexto a que se destina;2) Para colaborar no Ensino Fundamental e Médio, é preciso entender e respeitar o cotidiano escolar, e identificar oportunidades de trabalho conjunto;3) Existem algumas escolas que não estão preparadas para interagir com iniciativas universitárias. Da mesma forma, existem algumas iniciativas universitárias que não estão preparadas para interagir com as escolas. Frustrações são inevitáveis. É preciso estar preparado para aceitá-las. São também oportunidades de aprendizado, não se deve perdê-las.4) O estudante universitário/profissional do presente precisa de formação técnica e humana. A comunidade universitária, de modo geral, está focada apenas na formação técnico - cientifica. Não há foco da política universitária atual na construção de um currículo que integre ensino, pesquisa e extensão de maneira equilibrada e efetiva. Por enquanto, o que pode ser feito são iniciativas individuais, que ofereçam esta oportunidade aos estudantes que já possuem maturidade para identificá-las e usufruí-las.Obrigado a toda equipe do PONTE e das escolas com as quais tive oportunidade de interagir e aprender minhas pequenas lições. Quem sabe também nós do SNE, no futuro, possamos nos aventurar a construir pontes assim, que por mais estreitas que sejam, permitam o tráfego nos dois sentidos.

Antonio Carlos de Azevedo Prof. Coordenador do Programa Solo na Escola – Dpto de Solos ESALQ/USP

Page 5: Caderno pedagógico 4

PROJETO PONTE • 7

Por décadas, busca-se implantar uma educação

pró-qualidade, com acesso universal, embasada em

práticas pedágogicas diferenciadas, construtivismo,

didáticas diferenciadas pautadas em ações

interdisciplinares e em outras metodologias de

ensino que são fundamentadas em investigações e

pesquisas.

Atualmente, o grande desafio, para a secretaria

da educação e outros orgãos governamentais, é

transformar o sistema de educação pública num

sistema educacional no qual cada aluno, tenha nas

salas de aula, professores com formação de alta

qualidade.

Perante esta temática, sabemos que as escolas e

as universidades têm objetivos importantes em

comum. Portanto, para fortalecer e enriquecer

a sociedade democrática contemporânea, é

necessario que o acesso à universidade seja amplo

e ofereça oportunidades de estudo para os jovens

procedentes de diferentes classes sociais e de

diversos grupos culturais, através das parcerias entre

a universidade e a escola.

Firmada parceria entre a universidade (ESALQ-USP)

e a escola (Olívia Bianco) teve a preocupação para

que fossem atingidas as seguintes metas:

• Aumentar o rendimento escolar e a

aprendizagem dos alunos.

• Aprimorar a prática pedagógica do corpo

docente.

• Criarumaculturaescolarqueprivilegiassea

reflexão, a pesquisa e a inovação.

• Despertaroolharcriticoparasituaçõesdo

cotidiano em frente um fato real.

• Sensibilizar sobre a necessidadede serem

solidários uns para com os outros potencializando,

Maurício Puitt Brasil

Coordenador do Ensino Médio – E.E. Profa. Olívia Bianco vir a reconhecer o verdadeiro valor da extensão

universitária, na melhoria da aprendizagem dos

alunos da rede pública estadual de ensino. Outra

possibilidade seria a inclusão do projeto Ponte no

programa de Iniciação Científica Júnior.

4. Quais são os maiores desafios que vocês enfrentam

na parceria entre a ESALQ/USP e as escolas?

Dos desafios que visualizamos, podemos apontar:

1. A necessidade de aperfeiçoar as demandas

do projeto ao cotidiano escolar (calendário e rotina

escolar);

2. Manter os financiamentos para a

implementação do projeto;

3. Garantir a efetivação de mudanças que

resultem da aquisição do conhecimento gerado em

função do desenvolvimento do projeto, bem como

assegurar sua autonomia

1. Que aspectos podem ser considerados relevantes

do trabalho desenvolvido pelo Projeto Ponte junto

às escolas publicas de Ensino Médio de Piracicaba

durante esses dois anos?

R: O planejamento das ações a serem desenvolvidas

nas unidades escolares, constitui um aspecto que

diferencia o projeto Ponte de outros projetos.

Também a integração dos estagiários com a

comunidade escolar (professores, alunos e

equipe gestora) tem sido um dos destaques no

desenvolvimento das ações educativas do projeto.

Além disso, o envolvimento de todos os alunos

de uma mesma série na vivência com o programa

das atividades do projeto, leva os mesmos a uma

experiência ímpar na sua formação, uma vez que

podem ampliar o seu acesso à universidade pública.

2. Que aspectos poderiam ter sido melhorados para

que o Projeto Ponte tivesse uma maior repercussão

no contexto escolar?

R: Os eixos temáticos do projeto devem contribuir

cada vez mais para o enriquecimento das situações

de aprendizagem apresentadas nos cadernos que

compõem a proposta curricular do estado de São

Paulo, para que o projeto apresente nos próximos

anos, resultados ainda melhores.

3. Que sugestões a Diretoria de Ensino aponta para

que a parceria da ESALQ/USP com as Escolas não

termine?

R: Para dar continuidade a parceria, é de suma

importância dar maior visibilidade ao projeto, a fim

de que as agências de fomento à pesquisa possam

Davi Andrade Pacheco Jaime Sepulveda Figueroa

Entrevistas & Artigos

assim, espaços de aprendizagem.

Junto a isso é pertinente percebermos que ambas

instituições cresceram porque :

* Foi oportunizado a realização de projetos-pedagógicos

escolares em colaboração com os professores da

universidade; professores do sistema escolar nos quais

eles sentirão práticas pedagógicas com inovações

metodológicas e curriculares que ajudaram a melhorar

sensivelmente a prática pedagógica e metodológica

no ensino-aprendizagem. Deste modo, a escola

transforma-se em uma comunidade de aprendizes

que contou com o apoio dos recursos intelectuais e

materiais que são oriundos da parceria; oportunidade

para que o professor tivesse mais um profissional

em sala de aula (o monitor ou aluno-professor) que

também possuisse um conhecimento essencial de

como agir efetivamente em sala de aula.

* Foi oportunizado um espaço em que a universidade

pode, de fato, se envolver e participar com mais afinco

na vida cotidiana escolar. Para isso, foi necessário a

participação ativa dos professores pesquisadores nas

dinâmicas, nos desafios, nos casos bem-sucedidos e

nos dilemas que estão presentes nas salas de aula. Esta

participação envolveu aspectos relacionados com a

construção de conhecimentos, que estão relacionadas

com as teorias pedagógicas presentes, no currículo

da universidade, para a comunidade escolar. Esta

interação universidade-escola otimiza a possibilidade

de criação de projetos de pesquisa que têm como

objetivo capacitar os professores, possibilitando-os

conhecer as teorias pedagógicas atuais, o que pode

resultar em transformações na prática-pedagógica

escolar.

Por esses beneficios e outros mais nossos governantes

não deveriam deixar acabar as parcerias mas sim

articular e otimizar essas parcerias que benefeciam

diretamente toda a sociedade.

PROJETO PONTE • 8

Entrevistas & ArtigosEntrevista com a Equipe da Oficina Pedagógica da Diretoria de Ensino na Área de Ciências e Geografia.

Page 6: Caderno pedagógico 4

PROJETO PONTE • 9

O Projeto PONTE estabelece uma relação direta entre o conhecimento científico aprendido na escola e as situações cotidianas, de modo que os estudantes se deparam com uma nova experiência, onde o conteúdo visto em sala de aula encontra-se aplicado diante dos seus olhos em situações comuns do dia-a-dia. Desta forma, o projeto oferece a oportunidade aos alunos da rede publica de ensino, para começarem a entender que existem outras oportunidades e caminhos além dos cursos técnicos, despertando seu interesse por novos conhecimentos que se encontram aplicados em situações cotidianas, podendo despertar assim o interesse em cursar uma universidade, vendo esta como uma oportunidade viável de formação profissional. Dentro do eixo agricultura, o Projeto PONTE oportuniza aos alunos uma visão mais ampla da relação meio ambiente e agricultura, de modo a proporcionar uma vivência dos processos que permeiam o processo de plantio e colheita de determinada cultura, relacionando estas com conceitos de física, química, biologia e geografia. Assim, é possível entender o uso de novas tecnologias como o GPS para localização, mecanismos como pivôs de irrigação, além de formas alternativas de plantio de diferentes culturas, dentre elas o café, que fora uma das principais fontes de riqueza do nosso país.

De um ponto de vista físico, muitas vezes não imaginamos como esta ciência está presente em nosso dia-a-dia, ficando presos apenas a formulas e conceitos que parecem não ter nada a ver com as situações cotidianas, sendo uma ciência difícil e distante da realidade da realidade vivida em nosso dia-a-dia. Desse modo, o Projeto PONTE vem beneficiar o aprendizado dos alunos, os

Entrevistas & Artigos

PROJETO PONTE • 10

Entrevistas & ArtigosUma Visão geral do projetoEquipe docente da escola E.E. “Prof. Jethro Vaz de Toledo”

Anderson Marcelli Palmieri

Professor de FísicaE.E. “Prof. Jethro Vaz de Toledo”

quais passam a ver em eixos temáticos a física que antes parecia jamais ter feito parte de sua vida. No eixo temático Agricultura, por exemplo, isso fica evidenciado, pois quantos de nós somos capazes de imaginar alguma física no processo de plantio ou colheita? Pois é! Mas ela está lá, na radiação solar fornecendo energia às plantas que produzem seu alimento com a fotossíntese, na umidade do ar que influência diretamente nos processos de absorção de energia e liberação de vapor d’água pelas plantas e que necessitam de uma maior ou menor irrigação, ou ainda a temperatura que permite não só a formação de ventos chuvas e geadas, mas que também afetam direta e indiretamente o rendimento de uma produção agrícola. Assim, todos estes conceitos que estão presentes em nosso cotidiano, podem ser percebidos pelos alunos no Projeto PONTE, pois não basta só plantar é necessário saber como e onde plantar para que se obtenha um resultado satisfatório e compense seu trabalho, e isso pode ser obtido através do conhecimento científico.

A parceria universidade/escola é necessária, principalmente sendo a ESALQ um ícone no Brasil e no exterior. Imaginem, então, em Piracicaba? Um município rico, onde a agricultura canavieira se destaca e que necessita cada vez mais de profissionais aptos para o setor. Como não haver essa parceria?Sabemos que a maior fatia dos recursos destinados à educação vão para as universidades e a universidade pública, ao meu ver, tem o dever de estabelecer essa parceria com a Educação Básica.Além disso, sabemos que o acesso a ela não visa aos alunos egressos da escola pública, o que é uma incoerência, apesar das diversas políticas públicas implementadas.Sendo assim, a universidade pública deve contribuir com a formação dos professores, para investir na relação entre os seus formandos e a escola pública, para que os mesmos conheçam essa realidade, adquirindo experiências e conhecimentos, estreitando relacionamentos com os estudantes do ensino médio a fim de que conheçam as diversas profissões.Portanto, os projetos de extensão devem continuar por todos os motivos já expostos.Estes despertam a curiosidade dos alunos que vivenciam situações concretas, fortalecem a responsabilidade, desenvolvem valores sócio-culturais e o respeito ao meio ambiente, motivam as atividades extras e intracurriculares, viabilizam o contato com as diferentes profissões estimulando a continuação dos estudos graduados, além de levantarem sua auto-estima.Dessa forma, o projeto PONTE é imprescindível, pois desenvolve um papel não só pedagógico como também, social aos nossos professores e alunos.

Vera Lúcia Alves de Moura

Professora de Ed. Física E.E. “Prof. Jethro Vaz de Toledo”

Maria Roseli Novello

Professora de MatemáticaE.E. Juracy

João Humberto Venturini

Professor de BiologiaE.E. Juracy

E.E. Pedro Moraes Cavalcanti Coordenação e corpo docente

Em relação à disciplina Educação Física, posso afirmar

que o objetivo principal é conscientizá-los sobre a

importância da qualidade de vida no seu dia-a-dia,

mas para que isso se torne possível, é necessário

saber distinguir fatores como, a importância do

meio ambiente, alimentação e hábitos saudáveis

de vida, que vão de encontro com o Projeto PONTE,

pois só é possível obter uma vida de qualidade

tendo consciência do que é saudável ou nociva a

saúde humana. Esse projeto oferece essa visão aos

educandos que num futuro próximo poderão também

estar fazendo parte de forma direta ou indireta para

uma melhor qualidade de vida em seu meio social.

O projeto Ponte ajuda os alunos a desenvolverem conceitos e relacionarem os fatos do dia-a-dia com a questão ambiental. Por isso a parceria entre Universidade e escola é de suma importância para o desenvolvimento da escola como um todo. O projeto poderia também levar os alunos a conhecerem os laboratórios da universidade onde foram analisadas as amostras de água, pois muitos demonstraram interesse em saber onde e como eram feitas essas análises. Muitos desconhecem as universidades

A parceria Universidade-Escola traz benefício para ambas às partes: À Universidade a possibilidade de colocar em prática estudos, teorias e verificar resultados e à escola a possibilidade de aperfeiçoar e atualizar o conhecimento dos professores, avançar e ampliar os conhecimentos adquiridos em sala de aula.Essa inter-relação partindo de conhecimentos prévios e pautando-se no cotidiano dos alunos favorece o desencadeamento de projetos voltados para atuação na resolução de problemas na comunidade escolar, transformando-as em sujeitos ativos de transformação.Tais projetos, quando enriquecidos com esta parceria levam o aluno a ter contato com outras vivências e realidades, fazendo com que eles consigam participar, dialogar e por em prática os conhecimentos no seu dia - a - dia, ou seja, conseguem transpôr as páginas do livro didático.Cria-se com essa união uma força capaz de romper obstáculos como: transporte, material, aperfeiçoamento além de abrir as portas desta Instituição, favorecendo e estimulando estudos futuros.Esperamos que essa parceria se mantenha e se fortaleça a cada ano para que juntos possamos continuar enriquecendo, escola, professores, alunos e universidade e colaborando para formação de cidadãos críticos e atuantes na sociedade.

e como é o ambiente de um laboratório onde se desenvolve pesquisa e trabalhos científicos. Por isso, seria essencial que os alunos entrassem em contato com o ambiente acadêmico para auxiliá-los no embasamento desses conhecimentos.

Page 7: Caderno pedagógico 4

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O Projeto PONTE estabelece uma relação direta entre o conhecimento científico aprendido na escola e as situações cotidianas, de modo que os estudantes se deparam com uma nova experiência, onde o conteúdo visto em sala de aula encontra-se aplicado diante dos seus olhos em situações comuns do dia-a-dia. Desta forma, o projeto oferece a oportunidade aos alunos da rede publica de ensino, para começarem a entender que existem outras oportunidades e caminhos além dos cursos técnicos, despertando seu interesse por novos conhecimentos que se encontram aplicados em situações cotidianas, podendo despertar assim o interesse em cursar uma universidade, vendo esta como uma oportunidade viável de formação profissional. Dentro do eixo agricultura, o Projeto PONTE oportuniza aos alunos uma visão mais ampla da relação meio ambiente e agricultura, de modo a proporcionar uma vivência dos processos que permeiam o processo de plantio e colheita de determinada cultura, relacionando estas com conceitos de física, química, biologia e geografia. Assim, é possível entender o uso de novas tecnologias como o GPS para localização, mecanismos como pivôs de irrigação, além de formas alternativas de plantio de diferentes culturas, dentre elas o café, que fora uma das principais fontes de riqueza do nosso país.

de pessoas, pois permite, sem problema algum a reflexão, a emoção, a pesquisa e um re-estudo (entender e compreender novamente os fenômenos e objetos) do que ali se apresenta.Nem sempre este espaço permitiu os aspectos mencionados acima, pois eram rígidos em seus objetivos e só frequentavam, quem de verdade, intelectulizavam os temas propostos.Com a globalização instalada na humanidade, tudo se torna mais acessível para o ser humano, assim, faz-se necessário tomar consciência dos fatos e isso só é realmente adquirido, quando o ser humano constrói seu próprio pensar, com sua própria emoção e assim agir por vontade própria de forma consciente.Segundo Jorge Wagensberg diretor do Museu de Ciências de Barcelona o “estímulo é a principal função de um Museu. Criar uma distinção entre o antes e o depois”. Após uma participação das atividades de um museu que a pessoa saia com mais perguntas do que entrou, estimulando assim, a busca pela resposta.As propostas de atividades para o Museu “Luiz de Queiroz” procuram contribuir para esse processo cognitivo, com estímulos, para que as pessoas possam adquirir a vontade de aprender. Através do seu acervo ou temas propostos por diversos profissionais, são organizadas oficinas, palestras, projetos de extensão, visitas monitoradas, exposições científicas e artísticas, teatro, música, etc. Essas atividades em sua maioria são interativas, abrangendo uma comunicação de objetos com objetos, objetos e visitantes e visitantes com visitantes. É importante que as pessoas possam adquirir novas formas de pensar o mundo, principalmente aquelas que as façam mudar de atitudes, e uma delas é interiorizando o conhecimento científico. Com isso, apresentar uma máquina ou um objeto, com seu nome e para que eles servem, é uma coisa, apresentá-los de forma que o visitante possa descobrir os mecanismos que ali foram utilizados, é outra coisa.Esses espaços (incluindo Museu e Centro de Ciências) dentro de uma Universidade se tornam cada vez mais necessários, pois nela, é que se dá grande número de produção científica e esta deve ser conhecida e compreendida pela sociedade, assim de fato vale a pena pesquisar.Quando isso acontece (esse dinamismo entre o científico e entendimento prático) dizemos que ali há extensão e quando nesse acontecimento, são envolvidos um número maior de profissionais com suas especificidades, o trabalho enriquece de tal forma que não há máquinas e objetos de um acervo de museu bem cuidados e catalogados, que fiquem apenas parados esperando visitantes, ficam novos e atraentes, por consequência promove um

aprendizado vivo e interessante.Nos últimos 5 anos, o Museu “Luiz de Queiroz” recebeu em torno de 25.000 visitantes de todas as idades. Eles foram alunos de ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas, alunos de graduação e adultos. Com isso acredito que o Museu (espaço) e principalmente dentro de uma Universidade, onde esta permite um livre pensar e criação, com seus inúmeros itens e atividades, pode contribuir com a formação de pessoas. Pessoas estas que passem a pensar e refletir, pois muitas histórias estão aí concentradas.

O ensino de ciências no Brasil é um desafio para muitos professores, uma vez que a estrutura e os recursos financeiros das instituições não permitem adequadas condições. É consenso, a importância dos trabalhos práticos no aprendizado, entretanto esta atividade não tem sido utilizada ou empregada de modo profundo. É importante despertar nos estudantes a curiosidade diante do desconhecido e o espírito investigativo, pois resultará em cidadãos mais críticos, com discernimento para realizar julgamentos e tomar decisões. Aulas práticas empregando Kit de análise química é um bom exemplo, no qual sua utilização pode ser contextualizada em temas como meio ambiente saneamento básico, saúde pública, etc. Os resultados das análises químicas podem ser discutidos em função da origem da contaminação, causas e consequências. Levando o aluno a refletir em como solucionar estes problemas e despertando um espírito participativo. Ações concretas podem ser adotadas com parcerias da Universidade com as Escolas. A Universidade pode contribuir com a montagem dos kits e planejamento experimental dos temas, contribuindo com os professores do Ensino Médio que poderão utilizar esta ferramenta para o ensino das ciências, facilitando a discussão dos temas e tornando o conteúdo teórico, muitas vezes abstrato, mais palpável. Parcerias como esta, com certeza contribuirão para a formação dos estudantes e auxiliarão os professores nesta importante tarefa.

O Projeto Ponte nos foi apresentado como um trabalho interdisciplinar, onde os eixos centrais são temas relacionados com o meio ambiente, sem que nos fosse cobrado qualquer contrapartida o que deixou o grupo de professores bem à vontade em optar pela participação ou não do projeto. Decidimos pela participação do projeto, e, logo após escolhemos o eixo principal previamente Existe uma série de problemas enfrentados no ambiente escolar, que muitas vezes, o professor, por medo de fracassar ou não render o esperado, opta pela não participação, cabe salientar que este receio está diretamente ligado à falta de condições de trabalho nas escolas públicas, entre materiais e pessoais. Quanto à realização do projeto as primeiras impressões que tive foram à seriedade e responsabilidade dos integrantes do projeto, além de que os temas oferecidos estão atualizados e pertinentes ao interesse tanto dos professores como dos alunos.Quanto à realização do projeto, senti um estímulo muito grande pelo respeito, atenção e preparação que recebi dos integrantes do Projeto, além de sentir um envolvimento de grande parte dos alunos que participaram do Projeto, devem citar como causas dessa empolgação dos alunos, o fato de muitos deles nunca terem participado de algum projeto como este, e muitos nunca tinham saído da própria escola, além disso, outros motivos, não menos importantes, foram o respeito em como foram tratados no projeto, a competência e responsabilidade do grupo supracitado anteriormente, e por último, os alunos tiveram a oportunidade de observarem toda a teoria que aprendem na sala de aula em prática, através de experimentos, invenções, soluções na universidade e no mercado de trabalho.Pude observar que o Projeto só acrescentou aos alunos que participaram principalmente em relação ao aprendizado dos conteúdos em sala de aula, verificado no desempenho destes na realização de trabalhos e avaliações, além, é claro, de proporcionar aos alunos a chance de conhecer o ambiente de uma universidade pública, muitas vezes muito distante da realidade dos alunos, como, também a possibilidade de uma nova forma de aprendizado fora da sala de aula.Para finalizar e como contrapartida, que não me foi cobrado, mas que sinto prazer em fazer, deixo um agradecimento à toda equipe do Projeto Ponte pelo apoio e estímulo recebido, cujos, não recebo como professor de escola pública, o que me motivou a continuar a acreditar que através de projetos como esse, que ligam à universidade a escola e que capacitam os professores, que um dia teremos uma escola pública de melhor qualidade.

Reflexões sobre a Experimentação no Ensino de Ciências

Estar como educadora em um Museu e nele estabelecer um lugar de aprender é desafiador. Me deparo a todo instante, com a necessidade de ir a busca de atividades que vai muito além das exposições (de qualquer natureza), e acervo bem cuidado e catalogado.No decurso do meu trabalho diário verifico a riqueza deste espaço e da sua importância como testemunho de um sentir e fazer humano e a posteriori o seu pensar intelectual na produção científica.Em geral este espaço, com seus altos e baixos momentos em sua história e agora novamente em ascensão, é de grande valia para a formação

Entrevistas & Artigos

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Entrevistas & Artigos

Célia Regina Vello

Educadora do Museu “Luiz de Queiroz”Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – USP. Comissão e Serviço de Cultura e Extensão Universitária – Seção de Atividades Culturais.

MarcosYassuo Kamogawa

Professor DoutorDepartamento deCiências ExatasÁrea de QuímicaESALQ/USP

Sandro José Celeste

Prof. de História E.E. Sud Mennucci

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As Experiências doProjeto Ponte

3ª Reunião do Conselho Gestor do Projeto Ponte

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As Experiências doProjeto Ponte

No dia 3 de novembro de 2009 foi realizada a 3ª Reunião do Conselho Gestor do Projeto Ponte. Esta reunião teve um caráter especial, pois foi realizada na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) e nela foi apresentado o vídeo institucional do Projeto. A reunião teve início com a fala do Prof. Gerd Sparovek, coordenador do Projeto Ponte, o qual agradeceu a presença de todos e destacou as ações de continuidade do Projeto e o intuito de transformá-lo em um Programa. Também estiveram presentes o Prof. Natal Antônio Vello, vice-diretor da ESALQ, o Prof. Fábio, representante da Diretoria de Ensino de Piracicaba, bem como, professores e diretores das escolas participantes, professores da ESALQ que participam e contribuem com o Projeto e toda sua equipe

executora. Esta reunião do Conselho Gestor teve como objetivo avaliar as atividades desenvolvidas no semestre, bem como, discutir com todos os atores envolvidos a continuidade e possíveis formas de perenização do Projeto. Ainda, foi realizada a estréia do Vídeo Institucional do Projeto Ponte. O vídeo apresenta de forma bem autêntica o caráter e o desenvolvimento do Projeto nas escolas, trazendo relatos de diferentes

participantes, tais como a equipe do projeto, seus monitores, estudantes e professores das escolas estaduais, entre outros. A reunião foi finalizada com o espaço Café, Prosa e Música, com a apresentação musical de Márcio Sartório, cantor e compositor de piracicaba que já participou do Projeto. Algumas músicas de sua autoria compõem a trilha sonora do vídeo do Projeto. Nesse momento todos os presentes puderam conversar de forma mais descontraída enquanto apreciavam uma boa música.

O projeto “Observatório da água: Da natureza à torneira” surgiu com o intuito de agregar-se ao programa Ponte: Interligando Conhecimentos. Iniciou suas atividades no segundo semestre de 2009, já trabalhando com 4 escolas estaduais. Financiado pelo CNPQ, o projeto deverá ter a duração de dois anos, tendo como produto final o livro Atlas da água de Piracicaba, agregando dados de diferentes instituições que trabalham com análise e qualidade da água na cidade, caracterizando espacialmente a água de Piracicaba.No ano de 2009 as atividades nas escolas foram desenvolvidas em 3 momentos:1. Dinâmica de Pergunta e Resposta sobre a água na contemporaneidade, buscando nos alunos

sua compreensão e consciência sobre o consumo da água. Nesse momento os alunos se expressavam e tomavam conhecimento das diferentes utilidades da água no dia a dia do Ser humano, e os diferentes parâmetros de qualidade da água.A Análise da Água (pH, Dureza Total, Ferro, Fósforo, Cloreto, Oxigênio, Amônia) da escola foi feita com um kit de análise portátil, desenvolvido pelo laboratório de química da ESALQ/USP.2. A Coleta de Água para análise em laboratório foi realizada na escola (torneira e SEMAE) e em cursos d’água próximo à escola. Nesse momento foram discutidos os fatores observados no entorno dos rios que afetam a qualidade da água (erosão, mata ciliar, esgoto, lixo etc.). Durante o percurso no entorno da escola os alunos se orientaram por Materiais Cartográficos (foto aérea, mapa e GPS) para chegarem aos locais sugeridos para a coleta de água.3. A Discussão dos Resultados foi feita em um terceiro momento, já com os resultados das análises de água em mãos. Um Circuito Prático foi aplicado com os alunos, onde estes puderam vivenciar os resultados na prática, compreendendo o que cada parâmetro provoca na água (sabor, cheiro, textura, cor, transparência). Os resultados foram apresentados e comparados com os limiares permitidos por lei para a potabilidade da água.

Os Resultados encontrados nas análises foram muito interessantes, e devem ser de conhecimento dos habitantes da cidade de Piracicaba. São nascentes contaminadas com nitrato, águas salobras, elementos indicativos de esgoto clandestino em altas quantidades, dentre outros parâmetros que serão apresentados na publicação do projeto. Um dos maiores trunfos do projeto é contribur para ampliar os horizontes e proporcionar uma abordagem ampla e crítica da questão dos recursos hídricos aos estudantes, para que eles possam refletir sobre sua ação e a ainterferência humana no meio ambiente atualmente e para futuro; e para que esses possam ser multiplicadores de bons hábitos e de respeito à natureza e à esse bem finito que é a água.Agradecemos o Prof. Dr. Gerd Sparovek, coordenador geral do projeto, o Jaime e Davi da Oficina Pedagógica - Diretoria de Ensino de Piracicaba e Região, a Profa. Antônia de Azevedo, coordenadora pedagógica do projeto, o Prof. Dr. Prof. Dr. Marcos Yassuo Kamogawa, parceiro do projeto, o Laboratório de Ecologia Aplicada da ESALQ, a coordenação das escolas participantes, os professores envolvidos, a equipe do projeto, e especialmente os alunos, objetivo de toda ação.

Observatório da Água

Com cinco roteiros de atividades temáticas desenvolvidos, neste semestre o ponte buscou diferenciar algumas atividades. Neste último caderno trazemos algumas novidades e algumas experiências que chamaram muito a atenção dos estudantes e professores.

Caça ao tesouro: Técnicas de Geoprocessamento no ensino médio

Jane e Beto são alunos de pós-graduação em Ecologia Aplicada e no Programa de Solos na ESALQ/ USP. Eles contribuíram muito com o eixo agricultura por meio da elaboração, aplicação e real vivência de uma atividade muito criativa, e inovadora.

Imaginar que a simples existência de um centro de excelência em pesquisa na agricultura como a ESALQ emana automaticamente tal conhecimento, estabelecendo virtual zona de influência em toda a cidade, é um imenso erro mas assustadoramente comum. A percepção desta inverdade se dá na prática, onde é possível perceber a enorme distância da linguagem existente entre quem desenvolve pesquisa e a comunidade. É um exercício constante adaptar conteúdos de importância social para uma linguagem simples e limpa. Esse é o desafio do Projeto Ponte que, até o desenvolvimento da atividade de geoprocessamento, eu acompanhava a certa distância. Estabelecer as conexões entre o uso de tecnologias de geoinformação, cada vez mais acessíveis, e o cotidiano dos alunos é foco principal de uma atividade que dispõe de pouco tempo para despertar o interesse dos alunos.Usando GPS, uma proposta lúdica, com mais prática que teoria, e fora da sala de aula, foi possível resgatar alguns conteúdos vistos principalmente nas aulas de geografia, matemática e até física, tornando-os aplicáveis em determinada situação.Participar por uma atividade de um projeto embasado num conceito de prática de ensino que se permite ser diferenciado, fez certamente parte de um crescimento e de uma mudança de concepção de extensão e intervenção universitária. Tomara que mais pessoas que derem sua contribuição possam sentir isso também.

Eixos Temáticos

Karen Leyton

Eng. AgrônomaCoordenadora Técnica

Alberto Barreto e Jane Siqueira Lino

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O papel do show de Física na aquisição de conhecimentos científicos, sociais e ambientais.

Creio ser difícil uma resposta definitiva para a questão colocada e isso implica num Show de Física como uma atividade nunca acabada, o que desafia e estimula. O Show tem uma linha mestra que vai desde os conceitos básicos, como força, pressão, formas de energias e seus intercâmbios, chegando a geração convencional e não convencional de energia elétrica. Mostra ainda o consumo de eletrodomésticos e regras práticas para diminuí-lo. Então, tenta equilibrar entre duas motivações: os mistérios da energia e seu uso racional, como condição para a sobrevivência. Creio que estas motivações tocam em dois aspectos apontados na pergunta: ”a relevância e a contribuição com a formação dos cidadãos”. Por outro lado os estudantes podem ter diferentes motivações, o que exige mudanças rápidas de enfoque. Explicando: O Projeto Ponte trabalha com temas e então o Show está inserido num contexto. Quando o Show não está ligado a um contexto, seja ele um Projeto ou o que está sendo trabalhado na escola que realiza a visita, o interesse dos estudantes pula de celulares em avião e postos de gasolina até energia nuclear... Tenho pensado também que o Show deve elaborar um texto para, dito de maneira simples, permitir que os estudantes calculem o consumo doméstico de energia e apresentem alternativas para sua redução. Creio que essa seria uma atividade que responderia ao aspecto de “visibilidade” colocado também na pergunta e auxiliaria a voltar ao foco, mesmo que as questões durante o Show fossem dispersas.

Conheça aqui um pouco do espaço que foi amplamente utilizado nas atividades do projeto Ponte e que conquistou a atenção dos estudantes e docentes como espaço de aprendizagem prática, desenvolvimento de tecnologias, restauração florestal e sustentabilidade.

O Centro Ecológico Flora Guimarães Guidotti, é uma propriedade de 48,4 hectares, localizada

na divisa dos municípios de Piracicaba e Rio das Pedras, no Bairro Batistada. Foi doado à Fundação de Estudos Agrário Luiz de Queiroz – FEALQ em dezembro de 2003, para ser um local destinado à desenvolver diversas ações e atividades voltadas à conservação e educação ambiental.Em meio à cultura predominante da cana-de-açúcar, margeando o Ribeirão Tijuco Preto,

o Centro Ecológico é um espaço para a conservação e educação ambiental. Sua área, que até o início dos anos 1980 foi ocupada por um canavial, hoje conta com mais de 39 hectares de mata em recuperação: possui 21,58 hectares reflorestados na década de 1990 com mais de 100 espécies nativas da região; 9,71 hectares de área em regeneração natural; 7,82 hectares de floretas ribeirinhas remanescentes e 1,1 hectares de capoeira, o equivalente a 81,79% de sua área destinados à restauração da vegetação nativa.Uma das atividades realizadas no Centro Ecológico Flora Guimarães Guidotti, é o desenvolvimento e difusão de tecnologias mais sustentáveis, que contribuam para a conservação dos recursos naturais, tais como as tecnologias que utilizam energia solar. Nas atividades do Projeto Ponte, essas tecnologias são utilizadas ferramentas pedagógicas que contribuem para o aprendizado

sobre os impactos ambientais causados por nossas atividades cotidianas e como podem ser diminuídos com simplicidade. Os participantes do Projeto Ponte também vivenciam atividades em áreas reflorestada do Centro Ecológico: a simulação de um inventário florestal permite que os estudantes aprendam sobre a relevância da biodiversidade florestal nativa, identifiquem espécies originais da nossa formação de mata atlântica e conheçam um método de mensuração da quantidade de carbono acumulado nas árvores, o que possibilita o mercado de créditos de carbono. Comparando os canaviais do entorno com o reflorestamento do Centro Ecológico, que após 15 anos continua seu processo de regeneração, procura-se contribuir para que os estudantes entendam que existem técnicas para recuperação ambientes degradados, mas que são complexas, trabalhosas e de longo prazo.Abaixo, segue a descrição das tecnologias utilizadas nas atividades do Projeto Ponte. O Centro Ecológico não fabrica ou vende estas tecnologias, mas utiliza-as e demonstra.

Este modelo de aquecedor solar de água foi desenvolvido tendo em vista ser uma tecnologia de baixo custo e fácil instalação pelo próprio usuário, sem necessidade de reformas na casa ou local de instalação, pois a tubulação é toda externa. A tecnologia não substitui completamente o chuveiro elétrico, mas contribuir para o aquecimento de água na residência, permitindo o uso do chuveiro elétrico em posição que gasta menos energia (morno ou verão). Utiliza material simples: tambor de ferro galvanizado, tinta preto-fosca, manta de alumínio, mangueira de polietileno, 100 a 300 garrafas PET incolor, arame, plástico de estufa incolor e conexões hidráulicas. O aquecedor não precisa ficar elevado, pode estar no nível do chão pois a água deverá circular por pressão. A água é aquecida dentro do tambor que fica sempre cheio, num sistema fechado em que a água fria que entra para se aquecida, empurra a água quente para sair. O tambor é posicionado de forma inclinada (o ângulo de inclinação é igual à latitude do local mais 10 graus) para que os raios cheguem perpendicularmente a ele, contribuindo

para um maior aquecimento. O metal aquecido pela luz solar aquece a água que é levada ao chuveiro ou torneira pelas mangueiras de polietileno. Garrafas PET envolvem a mangueira para não haver perda de calor.O custo de implantação é de aproximadamente R$ 300,00 e numa residência pode gerar uma economia de até 15% de energia, dependendo do uso do equipamento. No Centro Ecológico Flora Guimarães Guidotti, associado ao aquecedor solar que está instalado para um chuveiro externo, há uma pequena plantação de bananeiras ao redor do chuveiro (circulo ou roda de bananeiras). Esta técnica permite que a água do chuveiro que cai no solo seja absorvida pelas bananeiras que têm alto poder de absorção de água e evaporação, além de se beneficiarem pelos minerais presentes no sabão usado no banho, como o potássio. Ao absorver o potássio da água e outros elementos, as bananeiras realizam o que chamamos de filtragem biologica.Na investigação desta tecnologia com os estudantes, discute-se a fração do chuveiro elétrico no consumo de energia residencial, que chega a 30% do consumo total, e o impacto da geração de energia hidrelétrica em comparação com o aproveitamento direto da energia solar.

Utiliza do principio da compostagem, transformando fezes em composto com o acréscimo de serragem e/ou folhas secas, para equilibrar a relação entre os elementos Carbono e Nitrogênio, que influenciam no processo de decomposição da matéria orgânica. A serragem ou folhas fornecem Carbono em maior quantidade, já as fezes são ricas em nitrogênio. Se houver excesso de nitrogênio e pouco carbono, a decomposição produzirá mau cheiro, mas balanceando esses elementos, não há odor desagradável. Após aproximadamente 3 meses de decomposição, o composto resultante pode ser utilizado para adubação de culturas não comestíveis, como floricultura e árvores.As descargas valvuladas gastam de 7 a 15 litros de água por descarga, sendo responsáveis por cerca de 40% do consumo de água potável de uma casa. O Banheiro seco contribui para minimizar o consumo de água potável e tratada que é utilizada para escoar as fezes humanas.

Sérgio Oliveira Moraes

Show de física na salade aula

Centro Ecológico “Flora Guimarães Guidotti”

Aquecedor Solarde água

Banheiro Seco

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Por uma nova relação universidade e escola pública.

O Forno Solar é feito com caixas de papelão, material isolante (como jornal picado dentro de saquinhos), papel alumínio, chapa de metal e plastico transparente.Duas caixas de proporções apropriadas, colocadas uma dentro da outra, tem suas paredes e bases isoladas com jornal

ou papelão. Na caixa interna coloca-se uma chapa pintada de preto para potencializar a transformação da luz solar em calor, onde a panela será apoiada. Uma tampa dupla de plástico transparente garante o efeito estufa que conservará o calor dentro do forno para cozer ou assar diversos alimentos. No Forno Solar os alimentos precisam ser cozidos por mais tempo que no fogão à gás, ou o fogão solar descrito anteriormente.

Mais informações sobre estes e outros modelos de forno e fogão solares podem ser obtidas nos endereços eletrônicos:http://fornosolar.wordpress.com/http://solarcooking.org/portugues/

O secador solar de frutas desidrata frutas e hortaliças, produzindo alimento como ervas para chás, banana passa etc. Sua estrutura considera o fluxo de massas: o ar frio, mais denso, entra pela parte inferior e aquece-se ao longo de uma rampa isolada com vidro, saindo quente (menos denso) na parte superior, onde localiza-se a câmara de secagem com os alimentos a serem desidratados . O vidro tem função de permitir a passagem da luz solar, que é absorvida por pedras de cor escura, aquecendo-se e transmitindo o calor ao ar. Este, ao entrar em contato

com o alimentos faz sua água evaporar devido à alta temperatura (aproximadamente 70º C), desidratando-os. A câmara de secagem mantém o calor e permite a saída da umidade. Na lateral, há um sistema de aquecimento por lenha para dias sem sol. Essa tecnologia permite

aos produtores de frutas e hortaliças uma alternativa para a sua pós-colheita, em situações onde há excedente de produção, ou até mesmo para agregar valor ao seu produto. Um secador convencional utiliza grande quantidade de gás de cozinha ou de energia elétrica para funcionar, recursos que são economizados com o uso da energia solar.

Utiliza de materiais locais para a construção de estruturas como casas, quiosques, áreas de lazer, economizando tanto os produtos poupados de utilização, quanto a energia para fabrica-los. Possibilita a construção de estruturas fortes com uso de barro e bambu, entre

outros materias encontrados no local de implantação, alem da reciclagem de outros materiais como garrafas de vidro utilizadas para iluminação.

Bioconstrução

Estrutura de aço inoxidável, em forma de parábola que reflete a luz solar para um único ponto em seu centro, onde concentra-se calor e coloca-se a panela que vai preparar o alimento.Possui reguladores que permitem ajustar a posição de maior incidência perpendicular de raios solares sobre a parábola. Sua utilização promove economia de gás de cozinha, mas é ainda muito limitada no Brasil. A construção é complexa, devido ao seu formato parabólico e se for feito de material inoxidável, tem custo elevado, porém tem alta durabilidade e eficiência na transformação da luz solar em calor. Cozinha grande variedade de alimentos.O fogão solar do Centro Ecológico foi doado pela empresa Soletrol.

Fogão solar

Forno Solar

Secador solar de frutas

Diretoria de Ensino de Piracicaba: A Ponte entre o Projeto eas Escolas A parceria entre universidade e escola vem acontecendo de forma viva e intensa entre a Equipe da Diretoria de Ensino e a equipe do Projeto Ponte, pois ambos se envolvem e se coresponsabilizam para que essa vivência dê bons frutos e para que aconteçam inúmeras aprendizagens entre todos. Essa idéia fica ainda mais clara no texto abaixo

A concepção de universidade que a grande maioria tem, corresponde a um lugar privilegiado para a reflexão e para o apontamento de inovações tecnológicas. De fato, este tem sido o papel dos centros acadêmicos, ou seja, o de apresentar, segundo pressupostos técnico-científicos, análises sofisticadas e ferramentas adequadas para a superação dos desafios da vida moderna. Mas, muito do que se produz do que chamamos de ciência, fica em poder de poucos, encastelado nas bibliotecas ou em artigos de revistas especializadas, que, somente permitirá a uma parcela pequena de profissionais se apropriar do conhecimento que eleva a qualidade de vida. Felizmente, a universidade vem revertendo esta situação, e sua atuação vem se modificando por meio dos projetos de extensão universitária, que funcionam como pontes entre a produção científica e a escola pública de ensino médio. Para que um projeto de extensão obtenha bons resultados, se faz necessário que o mesmo objetive uma formação científica pautada nos princípios da igualdade e da justiça, de tal forma que venha a contribuir com uma educação voltada para o efetivo exercício da cidadania de nossos alunos. O projeto Ponte tem representado para nós a concretização de um processo educativo inovador e instigante, na medida em que propicia o desenvolvimento das habilidades e competências estabelecidas em nossa proposta pedagógica e traz a possibilidade de incentivar nossos alunos a pleitearem uma vaga na universidade pública.

e a capacidade das equipes das escolas estaduais e da ESALQ/USP; o constante aperfeiçoamento da integração com o currículo escolar e o uso de múltiplos espaços para realização das atividades.O Projeto Ponte almeja hoje transformar-se em “Programa Ponte”, para perenizar e ampliar suas atividades e fortalecer a parceria entre a ESALQ/USP e as escolas estaduais da região. Para isso observo a necessidade de institucionalizar o Ponte. A institucionalização trará mais estabilidade para a relação entre a ESALQ/USP e as escolas. Ao mesmo tempo, trará o desafio da rotina nas práticas educativas e institucionais, que deverá ser superado com a criatividade que já caracteriza o Projeto Ponte.Um dos ingredientes deste processo criativo são os espaços utilizados pelo Projeto, que possibilitam vivências práticas significativas. O Centro Ecológico Flora Guimarães Guidotti/FEALQ, especificamente, é um espaço único de vivência na região de Piracicaba por reunir uma extensa área de mata nativa em recuperação e uma coleção de tecnologias que contribuem para a conservação dos recursos naturais.Como possibilidade de aprimoramento da parceria com o Centro Ecológico, há a sugestão de realizar com os professores, uma atividade sobre o Centro Ecológico previamente às visitas dos estudantes. Isto aconteceria em adição ao já existente acompanhamento dos docentes nos horários de trabalho pedagógico coletivo (HTPC). Esta “oficina com os professores” poderia acontecer na própria escola, como uma visita virtual apoiada em recursos multimídia, ou, sendo possível, poderá ser realizada no próprio Centro Ecológico.Este tipo de atividade contribuiria para incrementar os fatores de qualidade do Ponte que citei inicialmente, e para aprimorá-lo na sua futura forma de Programa: fortaleceria a parceria com os professes, contribuiria para formação permanente da equipe, possibilitaria o aprimoramento da integração com o conteúdo da sala de aula e potencializaria o uso dos espaços em que acontecem as atividades do Ponte.

Monitoria e ExtensãoNeste caderno trazemos, na ótica dos monitores da equipe Ponte, suas importantes contribuições nos diferentes eixos temáticos trabalhados consubstanciando-os ao papel dos projetos de extensão

O projeto Ponte completou dois anos de atividades. A qualidade com que o Ponte atingiu seus objetivos nesse período deve-se a diversos fatores, dos quais destacarei os seguintes nesta oportunidade: o engajamento, a parceria

Perenização do Ponte: institucionalização, parcerias e criatividade.

Maria Lídia Romeiro

Coordenadora Técnica Centro Ecológico Flora Guimarães Guidotti

Davi e Jaime

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e gestores ambientais, possam ser discutidos junto à comunidade, estreitando os laços entre universidade e escola.“No caso do eixo Processos Ecológicos, muitos conceitos, de diversas áreas da engenharia florestal, da biologia e da ecologia são trabalhados e interligados entre si de forma a construir uma visão holística do meio que nos cerca, dos processos que ocorrem nesse meio, e de como interfirimos nesses processos. Ao longo das quatro atividades do eixo os alunos são expostos à conceitos cada vez mais específicos, que se complementam, de maneira a aproximá-los e sensibilizá-los das questões ambientais. Por meio de exposições teóricas, observações, práticas direcionadas e problematizações esses alunos desenvolvem um olhar crítico, reconhecendo-se como parte desse ambiente, e como fator determinante na manutenção desses processos.Não só os alunos do ensino médio, mas também nós alunos da graduação, e os professores participantes do projeto vão se aprofundando e entendo melhor tanto os processos ecológicos como a prática educativa, seja na elaboração de materiais didáticos, seja discutindo e avaliando cada intervenção nas reuniões de HTPC e de formação.Sendo assim, o Projeto Ponte cumpre plenamente àquilo que se propõe, seja aproximando escola pública da Universidade, seja levando e difundindo o conhecimento científico para toda a comunidade, como, também, contribuindo na formação de alunos, professores e futuros profissionais.

Correlações de diferentes áreas do conhecimento: A experiência do Ponte no Eixo Processos Ecológicos

O Projeto Ponte é uma oportunidade única, na qual nós, alunos da Universidade, e da licenciatura, vivenciamos o dia-a-dia das escolas, as realizações e as dificuldades de educadores, coordenadores, diretores e alunos, entendendo melhor onde nos enquadramos nesse contexto educacional.Os eixos trabalhados no projeto permitem que aquilo que aprendemos nas nossas matérias e pesquisamos em campo e em laboratório, como futuros biólogos, agrônomos, engenheiros florestais

Um dos grandes desafios a ser enfrentado nos próximos anos em relação ao meio ambiente, é a problemática da água. A falta desse recurso não é novidade em algumas regiões do mundo e já está se tornando presente em algumas localidades que antes não sofriam desse mal. Devido a crise ambiental que a Terra já enfrenta e a má utilização dos recursos disponíveis, aliado a falta de interesse

ou de informação de uma grande parcela da população, temo o futuro ambiental do planeta. O eixo água se preocupou em trabalhar conceitos e realizar atividadades que provocassem o estudante a refletir sobre o uso que a sociedade como um todo e ele individualmente. O projeto “Observatório da água: da natureza à torneira” veio fortalecer o assunto no Projeto Ponte e trouxe uma “cara nova” as intervenções. Com um olhar mais técnico–científico, as atividades demonstram o porque qualquer alteração na composição original físico-química ou microbiológica seja ela por meios naturais ou antrópicos, representam conseqüências para os diversos usos que fazemos da água. Analisando diversos parâmetros e contextualizando no ambiente, é possível perceber a relação que o ecossistema externo tem com a qualidade do recurso e como isso afeta os consumidores. Para que essa mensagem seja trabalhada com sucesso, é muitíssimo importante a parceria firmada com o corpo docente da escola. É necessário que os professores se aprofundem dentro de suas disciplinas para que os estudantes percebam a importância da utilização dos conceitos aprendidos na escola e sua prática no ambiente em que vivem. Ao terem claro essa relação, poderão aplicar, mesmo que em pequenas escalas, a aprendizagem e a consciência adquirida na parceria Projeto Ponte-Escola. Dessa forma, todos os envolvidos saem ganhando. Professores que vêem nos alunos uma nova motivação em aprender conceitos básicos das disciplinas e a Equipe Ponte que têm a oportunidade de estar em contato com o corpo pedagógico das escolas públicas e com os estudantes trabalhando num projeto de extensão aplicado a sociedade. Essa vivência traz riquezas peculiares para a formação de todos os envolvidos. Entendo que para a extinção dos problemas ambientais é necessária a conscientização de toda a população. A preservação do meio ambiente deve ser algo básico e cultural. Ações imediatas para um resultado em curto prazo são importantíssimas, porém “taparão o Sol com a peneira”. Para solucionar de forma definitiva as causas dos impactos que já sofremos, é necessária a informação, a articulação de vários conhecimentos, a educação e a conscientização da forma de uso dos recursos naturais do planeta Terra e é isso que o Projeto Ponte pretende proporcionar.

Neliton Ricardo Freitas Lara

Estudante de Ciências BiológicasESALQ/USP - Monitor Ponte

Consciência Ambiental e o Eixo Água

Rachel Trovarelli

Estudante de Gestão AmbientalESALQ/USP - Monitor Ponte

Plantar Sonhos e Sementes: A experiência do Ponte no Eixo Agricultura“É preciso cantar os sonhosDe quem quer plantar sementePra que a fome não roubeO riso de tanta gente

Se plantá o arroz ali, se plantá o milho acoláUm jeito de produzir, pra gente se alimentáPrimeiro cantar do galo, já se levanta da cama,E o camponês se mistura, à terra que tanto ama.

Amar o campo, fazer a plantaçãoNão envenenar o campo é purificar o pãoAmar a terra e nela botar sementeA gente cultiva ela e ela cultiva a gente” Zé Pinto – “Caminhos Alternativos”

Numa era de tecnologias e modernidades, em que o conforto e a urbanização vem ganhando força frente à vida simples do campo, fazer do Projeto Ponte uma travessia que coloca os estudantes em contato novamente com nossa terra é algo ao mesmo tempo estimulante e desafiador. O Eixo agricultura teve como meta o reconhecimento da nossa terra e dos processos que nela ocorrem para que possamos cultivá-la; da semente plantada ao alimento na mesa; do copo quente do café; aos funcionários que trabalham dia a dia para que possamos ter fartura; sem contar é claro do entendimento que se faz necessário da nossa natureza sempre viva, mas que sofrida precisa de uma atenção redobrada. É barro daqui, é mosca de lá e longas caminhadas de sol pela fazenda Areão, pela ESALQ e pelo Centro Ecológico. Tudo montadinho para

que com detalhes os estudantes pudessem, além de reconhecer a terra, incorporar um pouco dos conceitos e aprendizados que dela surgem – onde cada planta se encaixa, onde entra o animal, onde entra a máquina, o trabalhador, onde se pode arar onde não se pode, onde a agricultura destrói, onde a agricultura constrói e forma vida. É um conhecimento que se forma devagar como a boa agricultura que não prejudica o meio ambiente, que não faz erosão, que não assoreia. É passar os valores simples da terra, sofisticados pela ciência da universidade, sem esquecer nunca do resgate do conhecimento já adquirido pelos estudantes; tem os que vieram da roça, tem os que nunca viram os tratores, tem os que não gostam de mato, e os que sabem o nome do feijão Guandu. Pra todos um pedacinho de terra não fez nem fará mal, o despertar foi dado e o recado passado, há aqueles que passarão a olhar para os rios e matas de Piracicaba sabendo da sua importância e complexidade, aqueles que no café da manhã lembrarão das sementes no campo e até aqueles que desejarão entrar na ESALQ por ver que nossa terra é próspera e pode dar bons frutos. Pra esses o projeto Ponte foi fundamental, dando um gostinho do que virá para que sejam futuros profissionais comprometidos com os valores da terra.Até lá continuaremos trabalhando firme para que possamos dar a todos, um pouquinho do que ainda faz de Piracicaba ser uma cidade caipira.

Gabriel Braga Martone

Estudante de Engenharia Florestas – ESALQ/USPMonitor Ponte

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As Experiências doProjeto Ponte

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As Experiências doProjeto Ponte

Minha escola foi uma das escolhidas para participar do Projeto Ponte, fornecido pela ESALQ.Para esse projeto, tivemos três etapas e aprendemos o valor da água.No primeiro dia, descobrimos o quanto dependentes somos da água e o quanto a gastamos. Um exemplo disso é que ficamos sabendo que 70% da água para o consumo, ou seja, água doce, vai para a agricultura.Nessa mesma etapa, fizemos um experimento com a água da escola. Testamos o quanto de amônia, cloreto, oxigênio e cloro ela tem. Para isso, tivemos que coletar uma certa quantidade de água, colocar os reagentes (produtos líquidos que se adicionam à água para obter-se o resultado) e esperar alguns minutos para se chegar em determinada cor. Comparamos a cor resultante com a cor de uma tabela e assim soubemos a quantidade de cada produto.Na segunda etapa, tivemos uma aprendizagem prática. Coletamos a água da nascente até onde o córrego desemboca para analisá-la. O córrego se chama “O Rego da Velha” que tem início no bairro Noiva da Colina.Para analisarmos a água, coletamos amostras de diferentes pontos. O primeiro foi na nascente, onde a água parece ser limpa. O segundo em um ponto logo depois da nascente, o terceiro é onde cai o esgoto do bairro e o último onde o córrego desemboca no Rio Piracicamirim. Também coletamos água da escola.Na terceira e última etapa, fizemos a conclusão sobre todo o projeto. A equipe da ESALQ nos trouxe o resultado das águas que foram coletadas. Nós comparamos esses resultados entre a nascente, o ponto três, a escola e o Ribeirão do Enxofre, que é considerado um dos mais poluídos de Piracicaba.Apesar do Ribeirão do Enxofre ser mais poluído, em alguns resultados como a turbidez, acidez, amônia e nitrato, o ponto três tem maior concentração desses poluentes. Isso pode ser explicado pela concentração de outros produtos. Exemplo: de acidez, o Ribeirão tem 0,5 mg/l, enquanto o Córrego tem 77 mg/l. Isso porque o Ribeirão tem maior quantidade de água e essa acidez é menor por causa por causa de outros produtos. O mesmo vale para o Rio Piracicamirim e o Córrego.O resultado foi que apesar da nascente parecer limpa ela não é potável. Por isso, concluímos que, antes de beber água da nascente, é importante saber de onde ela vem e se realmente é potável.Esse projeto ajudou a conhecer mais sobre a água e a analisarmos o quanto ela é potável, já que a maior parte do ser humano é composta por água.

O Projeto Ponte, além de nos mostrar e nos dar informações que antes nós não conhecíamos, abriu nosso Mundo para obtermos muito mais conhecimento.O que para gente antes, conhecíamos apenas sobre a limpeza da água, com a visita à hidrelétrica, passamos a conhecer como a água contribui com a transformação da energia elétrica.Antes, o que para nós só havia o chuveiro como uma forma de energia solar, agora entendemos, de fato, a existência de inúmeros equipamentos, como o forno, entre outras tecnologias, visto no Centro Ecológico.Uma visão que tínhamos sobre a plantação de cana-de-açúcar ficou muito mais ampla. As plantas que ficam na beira do rio era o que poderia evitar a voçoroca e o assoreamento.Assim, ao final de tudo pudemos ampliar, aprofundar e reter diversos conhecimentos.

Patrícia Pâmella de Lima

Estudante do 2º do Ensino MédioE.E. Sud Mennucci

Marisa Sampaio Cerqueira

Aluna do 1º ano do Ensino MédioEscola JuracyO Projeto Ponte foi de grande importância para

o complemento do nosso aprendizado, levando em conta que não é apenas uma aprendizagem acadêmica, mas que devemos usá-la em nosso cotidiano, pois conhecimento nunca é demais. Esse tipo de projeto também valoriza as idéias de estudantes de escolas públicas, bem como a interação destes com uma universidade, despertando seu interesse em cursar uma faculdade após ter visto de perto as diferentes áreas disponíveis na ESALQ/USP. Trabalhar em ambiente aberto, na natureza desperta muito mais interesse nos alunos, até mesmo os menos interessados em saber mais, do que em um ambiente fechado, como a sala de aula.O projeto além de ensinar, nos mostrou como é trabalhar em grupo respeitando as diferentes opiniões; trabalhos teóricos e na prática, para reavivar o nosso conhecimento e transmiti-lo para nossos colegas.Oportunidades como essa deveria ser oferecida sempre aos alunos de escola pública. Foi ótima essa experiência, a recepção dos orientadores e o ambiente onde estivemos.

Marina Martins Barreto

Estudante do 2º ano do Ensino Médio E.E. Sud Mennucci

Para mim, este foi o projeto que mais me rendeu frutos porque foi nele que aprendi quanto é bom gostar da natureza.Na primeira visita, foi muito legal, apesar daquelas moscas e do meu pé cheio de barro, a lagoa era linda, as árvores eram maravilhosas, enfim, a primeira visita no nosso próprio bairro foi ótima.A segunda visita fomos à ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e lá não era como eu pensava que fosse, eu achei que toda ela era um laboratório gigante em que todos ficavam estudando seja lá o que fosse... E então eu me deparo com um lugar mais do que GIGANTE! Tem até banco Santander lá dentro!!!O lugar era maravilhoso, paisagem sem igual! Já dentro daquele “museu” de animais empalhados, vi muitas aves, répteis, fetos de animais (nojentos mais interessante), muitas aranhas (foi aí que eu morri de medo), muitos primatas, etc. Foi ótimo.Na última visita, dentro daquele matagal, me senti um Engenheiro Agrônomo, aprendendo a medir árvores (o topo e a base da árvore), aprender a reconhecer sementes, planejar o plantio, simular o mapa com a cidade, a cana, a mata, o pasto, rios. FOI MUITO LEGAL!!

Alef Henrique Tegon

Aluno do 1º ano do Ensino Médio da E.E. Pedro Moraes Cavalcanti

Todos os esforços para implementação e realização do Projeto Ponte tinham como objetivo maior dialogar com os estudantes sobre a questão da Engenharia e Meio Ambiente. Mas o que realmente foi o projeto para eles? Confira os depoimentos

A Ponte foi feita pra eles

Tratar sobre o tema Energia pode ser um assunto complexo e de difícil entendimento. No entanto, a energia é um elemento extremamente presente e necessário em nossas vidas, sendo utilizado para os mais diversos fins, de atividades industriais, à iluminação de nossas casas, para movimentar nossos carros e é claro, em nossa própria alimentação.Desta forma, o tema energia é amplo e está conectado com outros diversos assuntos. Está intimamente ligado com a maneira em que nossa sociedade se organiza e funciona, e na forma em que esta se relaciona com a natureza e utiliza seus recursos naturais.Foi partindo desse entendimento que o Eixo Energia foi desenvolvido, procurando trabalhar os conceitos, as transformações da energia discutindo as fontes e formas de produzi-la, sempre relacionando com a realidade e as experiências dos estudantes, tornando assim o tema mais próximo e tangível a eles. Ao longo das atividades do Eixo, a produção de energia foi discutida relacionada aos seus impactos ambientais e sociais, muito significativos nas diversas formas de geração de energia. Diante disso, os estudantes puderam visualizar que muitas das atividades humanas, das quais nós dependemos e utilizamos diariamente, têm impactos severos à natureza.Também foram apresentadas algumas formas alternativas de produção de energia, como a solar. Os estudantes puderam entrar em contato com tecnologias que utilizam o sol enquanto fonte de energia e discutiram as vantagens e a viabilidade de utilização dessas tecnologias. Outra questão muito importante tratada nas atividades do Eixo foram os agrocombustíveis, propagandeados atualmente como aparente solução à questão energética. Perante a realidade da paisagem de Piracicaba, marcadas pelas monoculturas de cana-de-açúcar, puderam realizar uma reflexão sobre tal questão, questionando se a expansão e o desenvolvimento de tais combustíveis representa realmente alguma solução. Desta forma, um dos grandes objetivos do Eixo Energia foi estimular o pensamento crítico dos estudantes, tanto das suas ações individuais, bem como da complexidade que o tema nos é

Refletir para transformar

apresentado, discutido e pensado instigando, assim, os estudantes a refletirem sobre essa problemática apontando possíveis encaminhamentos visando mudanças necessárias. A problemática energética requer transformações profundas em nossa sociedade, uma vez que, estão se esgotando os recursos dos quais mais dependemos, como o petróleo, e a demanda por energia são cada vez maiores, seja na forma de combustíveis ou elétrica. Diante disso, precisamos antes de tudo de pessoas conscientes e capazes de compreender essa realidade e de agir no sentido de transformá-la.

Ivan Zaros

Estudante de Engenharia FlorestalESALQ/USPMonitor do Projeto Ponte

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PROJETO PONTE • 24

Relatos das AtividadesEixo ÁguaO eixo água atualmente é trabalhado através do projeto Observatório da água: da natureza à torneira. Este consiste em demonstrar os processos desde o rio até o abastecimento urbano.

Neste semestre participaram desse eixo as escolas: E.E. Catharina Padovesi Casales, E.E. Juracy, E.E. Olívia Bianco e

Na primeira atividade é feita uma dinâmica sobre a importância desse recurso e em seguida a água da escola é analisada através de um kit por comparações colorimétricas.

Já na segunda intervenção, caracterizamos o entorno da escola até o corpo d’água mais próximo realizando a coleta.

Na terceira atividade, foi feita a discussão dos dados obtidos e proposições para que se melhore a qualidade da água e consequentemente do ambiente local.

Processos EcológicosO eixo processos ecológicos atua numa dinâmica geral sobre os processos que ocorrem no ambiente. Neste semestre as escolas que participaram desse eixo foram: E.E. João Chiarini e E.E.Pedro Moraes A primeira intervenção é realizada no entorno da escola, onde os estudantes observam as características ecológicas em que estão inseridos. Já a segunda atividade, realizada no Centro Ecológico Flora Guimarães Guidotti, são abordados temas como o reflorestamento, a recuperação e manutenção dos processos ecológicos relacionados com os ciclos da água, do carbono e a cadeia alimentar.

A terceira intervenção relaciona os biomas brasileiros com as suas respectivas faunas e como esses animais interferem no equilíbrio natural. Nessa mesma atividade, os estudantes visitam o Projeto Solos na Escola e o Museu de Zoologia, ambos na ESALQ.

A atividade de encerramento traz tecnologias alternativas e prática de reflorestamento. Dessa forma, os estudantes observam a inserção dos processos ecológicos em diversos ambientes e como este reage a essas situações.

PROJETO PONTE • 23

As Experiências doProjeto Ponte

Há algumas semanas, participamos de várias aulas de um ótimo projeto chamado Projeto Ponte. Discutimos sobre o tema água e fizemos pesquisas, análises, experiências, passeios, dinâmicas. As explicações dos universitários da ESALQ foram ótimas, pois obtemos informações interessantes que podemos usar no nosso dia-a-dia. Foi importante saber como é tratada e de onde vem a água que usamos e bebemos.Houve também uma dinâmica em que os alunos participaram colocando suas opiniões e falando o que podemos fazer com a água.Entre outras coisas, aprendemos a classificar os valores da água mineral e da água da torneira (ambas fluoretadas).Fizemos experiências interessantes com água e alguns reagentes, e obtendo sucesso e mais conhecimento.Gostei também porque nossos professores participantes do projeto fizeram perguntas e argumentações.Fizemos coletas de água dos rios e córregos próximos à área onde moramos e também na escola.Enfim, gostei muito das aulas do projeto, das experiências e informações que ficarão guardadas e serão usadas sempre.

Lais Fernanda Correia

Aluna do 1º ano do Ensino MédioEscola Juracy

Esse astuto grupo denominado “Projeto Ponte”, me fez entender e conhecer muitas coisas sobre o nosso planeta, como a despreocupação e responsabilidade de todos os moradores com o mesmo, fazendo com que, pelo menos eu, o trate melhor. Eu, e todas as salas da “Pedro Moraes Cavalcanti” que participamos deste belo projeto, saímos satisfeitas com tudo que aprendemos nessas quatro vezes que nos encontramos com o Projeto Ponte. Assim como fez bem para nós do “Pedrão”, eu gostaria de pedir para vocês organizadores deste maravilhoso projeto, que prorrogassem o término do mesmo, e que tenha outras edições para que outras pessoas possam aproveitar e ter os mesmos conhecimentos e consciência adquirida por nós.Tivemos extraordinários encontros com o projeto, para desfrutamos de muito conhecimento com todos os integrantes e profissionais.Mesmo com o término do projeto, adorei participar de todas as atividades elaboradas pelo grupo, me fazendo mais capaz e consciente para ajudar o nosso planeta e alertar o próximo.Agradecimentos..

David Cardelli Gomes

Aluno do 1º ano do Ensino Médio da E.E. Pedro Moraes Cavalcanti

interesse para a bacia em si. Coletamos água após o lançamento de esgoto no Rio Corumbataí, de uma fonte pública do SEMAE (que se localiza no “Campinho do Taiguara”), pegamos outra amostra um pouco acima no mesmo rio e depois fomos até um córrego afluente deste rio, depois do Bairro IAA, na “Estrada do Cera”, num ponto chamado de “Prainha”. Ao chegarmos de volta a escola, coletamos água servida aos alunos (bebedouros). Nesta atividade estiveram presentes conosco a Karen, o Felipe e o Ivan. Já, na terceira atividade foram trazidos os resultados das análises das águas coletadas. Estiveram junto de nos a Karen e a Rachel. Elas mostraram como é uma água dura e depois transformamos água mole em água dura. Também vimos como a água dura se comporta com o sabão (“não tira”). No final, para encerrar a nossa participação no projeto fizemos uma roda e demos nossas opiniões. Para mim, o Projeto Ponte foi, de todo este ano, a melhor coisa que aconteceu na escola que estudo. As opiniões foram dadas e de todas as atividades, a que eu mais gostei foi a primeira (análises), na qual pudemos fazer as experiências.

O Projeto Ponte chegou já marcando ponto. Logo na primeira aula com eles, gostei do que aprendi. Naquele dia vieram a Karen e o Gabriel; respondemos algumas perguntas e depois fizemos algumas análises de amostras d’água (anamorfose, fósforo, etc.). O meu grupo ficou com a análise de anamorfose e, nosso trabalho decorreu tudo bem. Adoramos mexer com aquela experiência que, para nós, foi algo novo. Já, na segunda aula, saímos pela redondeza da escola para coletar água dos rios, manusear o GPS e marcar pontos de coleta e de

Raquel Fernanda

Aluna do 1º ano do Ensino Médio da E.E. Catharina Casale Padovani

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PROJETO PONTE • 26

Difusão e Divulgação das AtividadesAo longo desses 2 anos de duração do Projeto Ponte, financiado pela FINEP, desenvolvemos uma série de materiais com o intuito de Potencializar a divulgaçao dos diferentes conhecimentos que foram sendo produzidos pelos sujeitos nos diferentes espaços formativos.

Os cadernos pedagógicos, assim, foram elaborados de forma coletiva onde professores das escolas participantes, professores e profissionais da ESALQ/USP, equipe gestora, estudantes de pós graduaçao e graduaçao dos cursos da ESALQ, alunos das escolas contruíram saberes, conquistaram habilidades e mudaram atitudes. Como cada caderno tem temática própria, o foco da mesma visa contemplar o encaminhamento de reflexoes sobre a problemática do Ensino em diferentes níveis tendo as dinâmicas institucionais papéis relevantes para que os conhecimentos sejam de fato elaborados e divulgados.

O caderno 1 enfoca a importância do estabelecimento de parcerias entre

Universidade e Escolas. Não é temática nova, mesmo porque muito tem se falado

da importância disso acontecer, mas por que de fato tem sido contruído.

Acreditamos que a idéia de parceria universidade/escola tenha dado certo

pois a equipe adotou uma postura inovadora no estabelecimento de relaçoes

profissionais com as escolas, a Diretoria de Ensino, os professores da Esalq e os

professores das escolas.

O caderno 2 teve como foco a apresentaçao

de diferentes espaços formativos dentro

da ESALQ/USP destacando possibilidades

de trabalho correlatos entre Universidade

e Escola.

Já o caderno 3 promoveu reflexões a cerca do papel dos projetos de extensão

universitária sucitando análises tanto em nível de concepçoes de projetos de

extensão como também práticas efetivas de se constituírem de fato.

O caderno 4 aborda possíveis encaminhamentos da continuação de parcerias

institucionais pelos diferentes olhares dos sujeitos provenientes dos espaços.

Destacamos também o importante

papel que o Vídeo institucional do Projeto

Ponte tem tido destacando-se como difusor

da experiência por meio de depoimentos,

imagens, história e contextos.

PROJETO PONTE • 25

Relatos das AtividadesAgricultura

Energia

O eixo agricultura propiciou aos estudantes uma visão interdisciplinar da agricultura no Brasil, promovendo o conhecimento de modelos, técnicas e importância, refletindo sobre seus impactos e possíveis soluções dentro do campo da engenharia e das ciências sócio-ambientais.Participou desse eixo a E.E. Jethro Vaz de Toledo

O eixo energia procura abordar os diversos segmentos do assunto através de atividades que explorem o senso critico dos estudantes. Participou desse eixo a escola Sud Mennucci.

Na primeira intervenção, foi realizada uma discussão sobre o que é energia e quais são as principais formas de geração nos dias de hoje. Após essa dinâmica, o professor Sérgio, da ESALQ, fez uma série de experiências, chamadas de Show de Física.

A segunda atividade foi realizada na Usina Hidrelétrica de Rio Claro. Ficou claro para os estudantes o funcionamento, as vantagens e desvantagens desse tipo de energia.

Na terceira intervenção houve uma breve apresentação e discussão sobre a matriz energética do Brasil. Em seguida, visitamos a usina de biodísel Coplacana.

A quarta e última atividade, ocorreu no Centro Ecológico Flora Guimarães Guidotti. Lá os estudantes puderam conhecer tecnologias alternativas para geração e reutilização de energia. No encerramento, os estudantes propuseram através de analises cartográficas alternativas energéticas para cada região do país.

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Calendário das Atividades Realizadas2º Semestre de 2008

14/09 Entorno da Escola (E.E. João Chiarini)15/09 Entorno da Escola (E.E. João Chiarini)16/09 Entorno da Escola (E.E. João Chiarini)17/09 Atividade: Água e Meio Ambiente (E.E. Mons. Jeronymo Gallo)28/09 Entorno da Escola (E.E. Pedro Moraes)29/09 Show de Física (E.E. Sud Mennucci)30/09 Entorno da Escola (E.E. Pedro Moraes)01/10 Entorno da Escola (E.E. Pedro Moraes) 05/10 Inventário Florestal no Centro Ecológico (E.E. João Chiarini)06/10 Inventário Florestal no Centro Ecológico (E.E. João Chiarini)06/10 Show de Física (E.E. Sud Mennucci)07/10 Inventário Florestal no Centro Ecológico (E.E. João Chiarini)19/10 Inventário Florestal no Centro Ecológico (E.E. Pedro Moraes)20/10 Inventário Florestal no Centro Ecológico (E.E. Pedro Moraes)20/10 Show de Física (E.E. Sud Mennucci)21/10 Show de Física (E.E. Sud Mennucci)21/10 Visita à Fazenda Areão (E. E. Jethro Vaz de Toledo)22/10 Inventário Florestal no Centro Ecológico (E.E. Pedro Moraes)22/10 Visita à Fazenda Areão (E. E. Jethro Vaz de Toledo)26/10 Visita à ESALQ – Museu de Zoologia e programa “Solos na Escola” (E.E. João Chiarini) 27/10 Visita à ESALQ – Museu de Zoologia e programa “Solos na Escola” (E.E. João Chiarini) 27/10 Visita à Usina Hidrelétrica de Rio Claro (E.E. Sud Mennucci)28/10 Visita à ESALQ – Museu de Zoologia e programa “Solos na Escola” (E.E. João Chiarini) 28/10 Visita à Usina Hidrelétrica de Rio Claro (E.E. Sud Mennucci)29/10 Visita à Fazenda Areão (E. E. Jethro Vaz de Toledo)03/11 Visita à Usina Hidrelétrica de Rio Claro (E.E. Sud Mennucci)03/11 Visita à ESALQ – Museu de Zoologia e programa “Solos na Escola” (E.E. Pedro Moraes)04/11 Visita à ESALQ – Museu de Zoologia e programa “Solos na Escola” (E.E. Pedro Moraes)05/11 Visita à ESALQ – Museu de Zoologia e programa “Solos na Escola” (E.E. Pedro Moraes)05/11 Visita ao Centro Ecológico (E. E. Jethro Vaz de Toledo)09/11 Visita ao Centro Ecológico – Reflorestamento e Tecnologias (E.E. João Chiarini)10/11 Visita ao Centro Ecológico – Reflorestamento e Tecnologias (E.E. João Chiarini)10/11 Visita à ESALQ e à Coplacana – Matriz Energética (E.E. Sud Mennucci)11/11 Visita ao Centro Ecológico – Reflorestamento e Tecnologias (E.E. João Chiarini)11/11 Visita à Usina Hidrelétrica de Rio Claro (E.E. Sud Mennucci)12/11 Visita ao Centro Ecológico (E. E. Jethro Vaz de Toledo)16/11 Visita ao Centro Ecológico (E. E. Jethro Vaz de Toledo)17/11 Visita ao Centro Ecológico – Reflorestamento e Tecnologias (E.E. Pedro Moraes)17/11 Visita à Usina Hidrelétrica de Rio Claro (E.E. Sud Mennucci)18/11 Visita ao Centro Ecológico – Reflorestamento e Tecnologias (E.E. Pedro Moraes)18/11 Visita à ESALQ e à Coplacana – Matriz Energética (E.E. Sud Mennucci)18/11 Visita à ESALQ – Técnicas de Geoprocessamento, Máquinas e Museu (E. E. Jethro Vaz de Toledo)19/11 Visita ao Centro Ecológico – Reflorestamento e Tecnologias (E.E. Pedro Moraes)19/11 Visita à ESALQ – Técnicas de Geoprocessamento, Máquinas e Museu (E. E. Jethro Vaz de Toledo)23/11 Visita ao Centro Ecológicos – Tecnologias Alternativas (E.E. Sud Mennucci)24/11 Visita ao Centro Ecológicos – Tecnologias Alternativas (E.E. Sud Mennucci)25/11 Visita ao Centro Ecológicos – Tecnologias Alternativas (E.E. Sud Mennucci)25/11 Visita à ESALQ – Técnicas de Geoprocessamento, Máquinas e Museu (E. E. Jethro Vaz de Toledo)26/11 Visita ao Centro Ecológicos – Tecnologias Alternativas (E.E. Sud Mennucci)

PROJETO PONTE • 28PROJETO PONTE • 27

Difusão e Divulgação das Atividades

Ao longo desses 2 anos de duração do Projeto Ponte, financiado

pela FINEP, desenvolvemos uma série de materiais com o intuito

de Potencializar a divulgaçao dos diferentes conhecimentos

que foram sendo produzidos pelos sujeitos nos diferentes

espaços formativos.

Os cadernos pedagógicos, assim, foram elaborados

de forma coletiva onde professores das escolas participantes,

professores e profissionais da ESALQ/USP, equipe gestora,

estudantes de pós graduaçao e graduaçao dos cursos da

ESALQ, alunos das escolas contruíram saberes, conquistaram habilidades e mudaram atitudes.

Como cada caderno tem temática própria, o foco da mesma visa contemplar o encaminhamento de reflexoes sobre a

problemática do Ensino em diferentes níveis tendo as dinâmicas institucionais papéis relevantes para que os conhecimentos

sejam de fato elaborados e divulgados.

NOVIDADES DO SITE

Agora você pode assistir o vídeo do Ponte direto do site! Acesse:http://ponte.esalq.usp.br/index.php/video-ponte

Professor da Rede Estadual de Piracicaba, você pode consultar os livros disponíveis na Biblioteca Ponte e fazer a requisiçao no próprio site e levamos o livro até a escola. Não deixem de acessar!

Estudantes e Professores: querem saber mais sobre água, energia, resíduos, processos ecológicos e agricultura?! Nos materiais didáticos tem tudo que vocês querem saber:

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