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À terça-feira, vamos à piscina municipal da Azueira
Esta atividade, dinamizada no âmbito da parceria entre as salas do Jardim de Infância e a
Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB1/JI de S. Miguel, nasceu da evidência de
que o espaço de adequação ao meio aquático é uma estratégia fundamental para o
desenvolvimento integrado e holístico da criança e, com o apoio da Câmara Municipal de Mafra,
tornou-se possível após um espaço de preparação e análise detalhada das condições necessárias e
existentes.
Findo o primeiro semestre de atividade, tornou-se evidente, quer no espaço de avaliação individual,
quer no espaço de avaliação global, os efeitos notórios no crescimento e no desenvolvimento de
competências das crianças que frequentam a atividade.
IMPORTÂNCIA DE UMA BOA ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO
Entende-se por adaptação ao meio aquático, “o processo que envolve a iniciação à natação, recorrendo ao domínio do corpo na água, com base nos
objetivos de cinco domínios: equilíbrio, respiração, imersão, propulsão e salto” (Campaniço, 1988).
A natação favorece a tomada de consciência do aluno em relação a si, ao meio, ao grupo e à sociedade, contribuindo no seu desenvolvimento e
favorecendo o desenvolvimento de todas as suas aptidões.
A natação dá-nos a possibilidade de, utilizando a água, desencadearmos na criança uma nova vivência que irá provocar novas capacidades de adaptação.
O meio aquático cria novas sensações, modifica o equilíbrio abrindo um largo campo de experiências à capacidade motora sob o efeito de uma certa
ausência de gravidade.
O equilíbrio, a respiração e a propulsão são as componentes básicas inerentes ao ato de nadar e cujo domínio é necessário para garantir um
comportamento ajustado na água.
“Descobrimos que afinal
existem brinquedos que
podemos utilizar na
piscina para brincar,
jogar e criar, assim como
fazer experiências na
sala”
“Saber nomear e utilizar diferentes
equipamentos e utensílios, utilizar objetos
para construir novas formas, reconhecer e
nomear diferentes cores, sensações e
sentimentos…” (OCEPE, p.81)
“Através da orientação
no espaço, onde nos
encontramos,
aprendemos a orientar-
nos no nosso corpo”
“Há, por exemplo, conteúdos relativos à biologia,
conhecimento dos órgãos do corpo, dos animais,
do seu habitat e costumes, plantas, etc., e ainda a
experiências da física e da química (luz, ar, água,
etc.) que podem ser realizadas por crianças em
idade pré-escolar…” (OCEPE, p.81)
“Por sermos curiosos,
descobrimos que nem só os
materiais que
experimentámos são leves
ou pesados. Quando
estamos dentro da água
também nós ficamos leves e
flutuamos”
“Brincar com a água, encher e esvaziar recipientes
pode ser, por exemplo, um meio de compreender que o
ar ocupa espaço, experimentar o princípio dos vasos
comunicantes, questionar porque há objetos que flutuam
e outros que vão ao fundo…” (OCEPE, p.81)
“Ao entrarmos no autocarro
estamos a partir à
descoberta. Pomos o cinto
de segurança e aí vamos
nós!
Mas caminhar também nos
leva a explorar outros sítios
e outros meios.”
“Estão também neste caso a geografia que pode
alargar-se para além do meio imediato, ou aprofundar-
se e diversificar-se a partir dele…” (OCEPE, p.82)
“Ao ouvirmos contar
uma história, a nossa
imaginação voa…
Mas é tão giro ver que
há histórias que falam
da nossa vida.”
“Assim, a partir de uma situação ou problema, as
crianças terão oportunidade de propor explicações e
confrontar as suas perspetivas da realidade…”
(OCEPE, p.82)
“O tratamento da área do Conhecimento do Mundo não visa
promover um saber enciclopédico, mas proporcionar
aprendizagens pertinentes com significado para as crianças que
podem não estar obrigatoriamente relacionadas com a experiência
imediata…” (OCEPE, p.85)
“E nós a pensar que os berlindes
serviam só para jogar…
…afinal também pintamos com eles
e fazemos experiências que nos
mostram que os líquidos e os
sólidos são diferentes.”
“A jogar com as palavras, os gestos, os
traços, as tintas e os borrões para
recriar as nossas experiências na
água, interessamo-nos pelo mundo que
nos cerca, criando, explorando
transformando e respeitando-o.”
“O Conhecimento do Mundo deverá mobilizar e
enriquecer os diferentes domínios de Expressão e
Comunicação (…), a linguagem e a matemática;
implica também o desenvolvimento de atitudes de
relação com os outros, de cuidado consigo próprio,
de respeito pelo ambiente e pela cultura que
também se relacionam com a área de Formação
Pessoal e Social…” (OCEPE, p.83)
“Aprendemos a despir-nos e a
vestir-nos e que existem regras
que devem ser cumpridas,
como passar o corpo na água
antes e depois de irmos para a
piscina, ou não correr…”
“Assim, a educação para a saúde e higiene fazem parte do
dia a dia do jardim de infância, onde a criança terá
oportunidade de cuidar da sua higiene e saúde…” (OCEPE,
p.84)
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ME (1997) Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Editorial do Ministério da Educação, Lisboa.
Silva, A. & Campaniço, J. (1988) Prontidão aquática. I Seminário da Natação. UTAD, Vila Real, pp 11-130.