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CIÊNCIA POLÍTICA Na Antiga Grécia, Aristóteles afirmava que o estudo da política (palavra de origem grega politiké , significa: Arte ou ciência de governar), deveria envolver a pólis (cidade) e as suas estruturas e instituições. Graças à importância dada à ciência política por ele, este filósofo é considerado o pai desta ciência. Seus registros apontavam para sua preocupação em relação a um governo capaz de garantir o bem-estar geral (o bom governo). Aristóteles foi discípulo de Platão cuja obra “A República” descrevia um Estado Perfeito contrapondo a postura política da época. Mais adiante veremos outros nomes igualmente importantes para a concepção de Ciência Política. Hoje quando referimos o “Maquiavelismo” ao presenciarmos comportamentos inescrupulosos, nos esquecemos de analisar o que de fato originou este termo: O escritor, historiador e políticoMaquiavel é prontamente reconhecido por uma de suas mais importantes obras e recomendamos sua leitura. Acesse: "O Príncipe", obra do século XVI, dá origem à modernidade política, extremamente contemporâneo. Mas o que levou à criação deste termo? Maquiavel defendia um príncipe ou dirigente de governo sem preocupações morais ou éticas, que não se importava com os meios desde que atinja seus fins. A política, era assim, a arte de governar, ou seja, uma técnica que permitisse ao dirigente ou governante alcançar os fins independentemente dos meios, não visa a realização geral mas sim pessoal. Na segunda metade do século XVI, Jean Bodin escreve uma obra de mesmo nome a de Platão “República”, mas com uma abordagem um tanto diferenciada. Procurava explicar e sistematizar os fenômenos políticos. No século XVIII, Montesquieu filósofo, político e escritor do Iluminismo. Ele idealizou o Estado regido por três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. A partir da segunda metade do século XVIII, a sociologia, a economia e o direito começam a tomar lugar ocupado anteriormente pela investigação dos fenômenos políticos embora a ciência política não tenha desaparecido. A. Comte, filósofo francês, escritor fundador da Sociologia e do Positivismo, alertou para a necessidade de

Ciência política

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CIÊNCIA POLÍTICA

Na Antiga Grécia, Aristóteles afirmava que o estudo da política (palavra de origem grega politiké, significa: Arte ou ciência de governar), deveria envolver a pólis (cidade) e as suas estruturas e instituições. Graças à importância dada à ciência política por ele, este filósofo é considerado o pai desta ciência. Seus registros apontavam para sua preocupação em relação a um governo capaz de garantir o bem-estar geral (o bom governo). Aristóteles foi discípulo de Platão cuja obra “A República” descrevia um Estado Perfeito contrapondo a postura política da época. Mais adiante veremos outros nomes igualmente importantes para a concepção de Ciência Política.

Hoje quando referimos o “Maquiavelismo” ao presenciarmos comportamentos inescrupulosos, nos esquecemos de analisar o que de fato originou este termo: O escritor, historiador e políticoMaquiavel é prontamente reconhecido por uma de suas mais importantes obras e recomendamos sua leitura.  Acesse: "O Príncipe", obra do século XVI, dá origem à modernidade política, extremamente contemporâneo.

Mas o que levou à criação deste termo? Maquiavel defendia um príncipe ou dirigente de governo sem preocupações morais ou éticas, que não se importava com os meios desde que atinja seus fins. A política, era assim, a arte de governar, ou seja, uma técnica que permitisse ao dirigente ou governante alcançar os fins independentemente dos meios, não visa a realização geral mas sim pessoal. Na segunda metade do século XVI, Jean Bodin escreve uma obra de mesmo nome a de Platão “República”, mas com uma abordagem um tanto diferenciada. Procurava explicar e sistematizar os fenômenos políticos.

No século XVIII, Montesquieu filósofo, político e escritor do Iluminismo. Ele idealizou o Estado regido por três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

A partir da segunda metade do século XVIII, a sociologia, a economia e o direito começam a tomar lugar ocupado anteriormente pela investigação dos fenômenos políticos embora a ciência política não tenha desaparecido.

A. Comte,  filósofo francês, escritor fundador da Sociologia e do Positivismo, alertou para a necessidade de analisar com objetividade os fenômenos ou fatos políticos. um dos três autores e pensadores do século XIX que mais contribuíam para mudanças dos pensamentos políticos. Alexis de Tocqueville, pensador do século XIX,  foi um dos grandes estudiosos sobre a democracia na América. (estudou e criou um quadro retratando o sistema político norte-americano. Karl Marx(introduz uma nova perspectiva de abordagem dos fenômenos políticos e de poder, uma vez que faz uma análise do ponto de vista econômico e social. É também nesta época que surgem as ciências políticas especializadas como a economia política, direito político, geografia política, etc.

As Universidades Norte-Americanas reconhecem a Ciência Política no final do século XIX como instrumento de combate às arbitrariedades do poder local e a corrupção nos partidos políticos.

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Mas somente após a Segunda Guerra Mundial, é que a ciência política retoma o cenário e torna-se uma disciplina nas universidades europeias. Os estudos e análise de sistemas eleitorais, e comportamento do eleitorado começam fazer parte desta ciência.

A ciência política no Brasil

 

A Ciência política brasileira tomou corpo há pouco tempo. Em meados dos anos 1950, seu principal veículos era a Revista Brasileira de Estudos Políticos, no entanto editada pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A Associação Brasileira de Ciência Política(ABCP) foi fundada em 1986 e só passou a atuar em 1996.

A mais importante avaliação feita da ciência política no Brasil foi elaborada, há cerca de 30 anos, por Bolivar Lamounier, como uma espécie de síntese do memorável seminário “A Ciência Política nos anos 80”, ocorrido em novembro de 1981, no então recém fundado IDESP, em São Paulo.

 Hoje a disciplina tem seu reconhecimento e faz parte dos currículos de faculdades, universidades em suas graduações e pós-graduações. Tem sua importância na formação de um ser crítico, pensante e responsável pelos seus atos, decisões e consequências destes. Reflete um país mais participativo e de vontades próprias, que entende a democracia como uma das maiores conquistas do povo brasileiro no século XX. 

Assista à entrevista de Bolivar Lamounier à jornalista Maria Lídia Flambolli  na TV Gazeta realizada em 2013 e publicada no “YouTube” em 09 de março do mesmo ano.

https://youtu.be/Xl1qTfQ7Xh4

RESUMO

Desde a Antiga Grécia, havia uma preocupação com a sociedade e suas instutuições assim como o que era feito por elas, por quem e para quem. Nomes que se destacam após Sócrates são Platão e Aristóteles.

No século XVI o nome em alta é o de Maquiavel, dentre suas obras destaca-se "O Príncipe" onde ressalta que o homem do poder não deve se intimidar pela ética, porque para ele, os fins justificam os meios.

No século XVII, Montesquieu cria os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Século XIX: Augusto Comte fundou a Sociologia e Alexis de Tocqueville foi grande estudioso da democracia norte-americana. Karl Marx faz uma abordagem econômica e social. Ainda neste século, as universidades dos EUA reconhecem a Ciência Política como estudo

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em combate às arbitrariedades e corrupção. Na europa isso acontece porém somente após a Segunda Guerra Mundial.

No Brasil ela emerge apenas a partir dos anos 80 em razão da ditadura militar que dominava o país e suas políticas. Um nome bastante lembrado é o do jornalista Bolivar Lamounier que publicou avaliação do Seminário “A Ciência Política nos anos 80”, de 1981.

  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARISTÓTELES. A política. Tradução: Roberto Leal Ferreira feita a partir da versão francesa de Marcelo Prelot. 1 ed.  São Paulo: Martins Fontes, 2002.

BONAVIDES, P.. Ciência política. 18ª ed. São Paulo: Malheiros, 2011

GRUPPI, L..Tudo Começou com Maquiavel. 14ª ed. São Paulo Tradução de Dario Canali, 1996. 

  MEIO ELETRÔNICOLAMOUNIER, B. A democracia no Brasil. Jornal da Gazeta. 09/01/2013.Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=Xl1qTfQ7Xh4, acesso em 07/03/2015

NOGUEIRA, S. G. O Conceito de Democracia para Tocqueville. Revista eletrônica de Ciências.Disponível em: http://www.cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos/art_24/conceitodemo.html, acesso em 07/03/2015

ABCP. Associação Brasileira de Ciência Política. Disponível em: http://www.cienciapolitica.org.br/, acesso em 08/03/2015

UOL Educação.  Enciclopédia Ilustrada da Folha. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/biografias/maquiavel-niccolo-machiavelli.jhtm, acesso em 09/03/2015

MAQUIAVELLI, N. DI B. O Príncipe.Disponível em: http://www.culturabrasil.org/maquiavel.htm, acesso em 06/03/2015

LESSA, R. O campo da ciência política no Brasil: uma aproximação construtivista. jan/2011.Disponívelem: http://revista.estudoshumeanos.com/o-campo-da-ciencia-politica-no-brasil-uma-aproximacao-construtivista-por-renato-lessa/, acesso em 08/03/2015

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A Ciência Política (C.P.) estuda o Estado e suas relações com as pessoas, agentes políticos internos que lutam pela conquista e aquisição do poder, visando a satisfação dos seus interesses. A C. P. é a disciplina que estuda os acontecimentos, as instituições e as ideias políticas, tanto na teoria (doutrina) como na prática (arte). Para alguns estudiosos, o objeto de estudo da C. P. é oEstado, para outros, o poder.

Aristóteles, deixou uma das mais importantes obras políticas. Em A Política, o primeiro tratado conhecido sobre as funções e divisão do Estado e as várias formas de governo. 

 O primeiro teórico a refletir sobre a formação dos Estados Modernos, foi o italiano Nicolau Maquiavel. Nascia no século XV, o Estado Moderno.

Com as fortes mudanças da nova sociedade, o Estado se tornou centralizado, a princípio, Absolutista, depois, Liberal.

Autores clássicos que dedicaram seus estudos à política: 

FIGURA 1

Thomas Hobbes, (1588-1679), teórico político e filósofo inglês. Em sua obra "Leviatã", a ideia central era a defesa do absolutismo e a elaboração da tese do contrato social, defendia o Estado Absolutista. Para ele, o Estado, garantiria segurança a todos. A ambição e o egoísmo dos homens os levariam à destruição. Para evitá-la, cria-se o Estado Absoluto. Para Hobbes, o homem é mau por natureza.

 

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FIGURA 2

 John Locke (1632-1704), filósofo inglês, defensor dos princípios do liberalismo. Em sua obra "Dois Tratados sobre o Governo", contestava o absolutismo. Para Locke, o homem é naturalmente livre, mas pelo temor de um homem subjugar a outro, foram delegados os poderes a um Estado, por um contrato social, a fim de assegurar suas propriedades e seus direitos. 

 FIGURA 3

 Para Rousseau, filósofo e teórico político suíço, a sociedade civil também nasce através de um contrato social. Em sua obra "O Contrato Social" desenvolveu a concepção de que a soberania reside no povo. Afirmava que a

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liberdade do homem, seu bem-estar e sua segurança seriam preservados através do contrato social. Ressalta que onde não existe igualdade, não há liberdade. Aponta que o mal está no surgimento da propriedade.

 Que pensamentos de Rousseau, influenciaram a Revolução Francesa?

 FIGURA 4

 No século XVIII, Montesquieu, difunde ideias políticas com base na ação humana. Foi com ele, que a geopolítica se tornou um elemento importante na análise política. Faz a distinção entre república (poder emana do povo), monarquia (poder emana dos reis) e despotismo (poder de uma única pessoa), afirmando sobre o perigo do último, pois, o déspota utiliza do terror e violência como forma de governação. Para banir o despotismo, apresenta a teoria da separação de poderes, para descentralizar o poder das mãos de uma única pessoa para que não o use em proveito próprio.

 FIGURA 5

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Karl Marx introduz uma nova perspectiva de abordagem dos fenômenos políticos e de poder, uma vez que faz uma análise do ponto de vista econômico e social, o fenômeno político é uma consequência das relações de produção, e o regime político era o reflexo da organização das forças produtivas.

  FIGURA 6

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 Pensamentos de: Maximillion Weber, economista, sociólogo e filósofo alemão. Foi um dos principais nomes da sociologia moderna. O Estado de Weber está ligado à questão do poder e da dominação, e estabelecia uma estrutura burocrática, fundamentada em regras jurídicas e de três poderes independentes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

 

 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO

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 Fonte: Noções de Administração Pública – Ciro Bächtold

  Pense no Poder Executivo sem atuação do Judiciário.

A vontade de um Presidente da República, de um Governador ou Prefeito seria SOBERANA se o Judiciário não tivesse a responsabilidade de julgar seus atos e na ausência do Legislativo, não haveria regras, normas, leis

que direcionassem, amparassem as decisões.

FONTE: MANUAL ANTICORRUPÇÃO KROTON

  

Qual a importância de Três Poderes independentes?

 Esta Lei Anti-corrupção seria criada num governo Déspota? Por quê?

 Saiba mais sobre a Lei Anticorrupção, video de 2014, Ministério Público/ RS.

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Um livro contemporâneo, apesar de escrito em 1535,  é  Utopia, no prologus, More fala das questões políticas inglesas do século XVI.

  RESUMO

Desde a criação das Polis, as cidades da antiga Grécia, os estudos filosóficos e políticos, levaram os homens a pensar a respeito de um Estado e a forma de governo. Da República de Roma, ao absolutismo da Idade Média, a soberania passou de mãos do povo para um único líder e, após a Revolução Francesa, retorna o poder às pessoas do povo. Vários escritores, estudiosos de ciência política, criaram conceitos sobre o Estado e como ele deveria proteger o cidadão. A conclusão consiste na divisão de Poderes que sejam independentes: Executivo, Judiciário e Legislativo.

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZAMBUJA, Darcy. Teoria Geral do Estado.  Rio de Janeiro/RJ/Brasil Editor: Globo Edição, 2008

BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Teoria do Estado e Ciência Política. Saraiva

BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política. UnB

BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 16. ed., São Paulo: Malheiros, 2009

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 29. Ed. São Paulo: Saraiva, 2010

 MEIO ELETRÔNICO

 http://www.portalconscienciapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/partidos-politicos/charges/photogallerycbm_458610/48/#!, acesso em 30/03/2015

 

https://artecienciapolitica.wordpress.com/tag/charge/, acesso em 30/03/2015

  Democracia Participativa. Disponível em: http://www.portalconscienciapolitica.com.br/ciber-democracia/democracia-participativa/, acesso em 30/03/2015

 FRAGA, G. V. Os três tipos de dominação legítima de Max Weber. 11/2013. Disponível em: http://jus.com.br/artigos/25863/os-tres-tipos-de-dominacao-legitima-de-max-weber#ixzz3W1vIpLnP, acesso em 30/03/2015

 

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MONTI, M. O que são os Três Poderes | Política Sem Mistérios. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=E7EjZgcp1bM, acesso em 30/03/2015

  

MORUS, T. Tradução:  Anah de Melo Franco. Utopia. 1535. Disponível em:  http://funag.gov.br/loja/download/260-Utopia.pdf, acesso em 30/03/2015

 VALENTE, D.C.O. Teoria traz novas concepções às relações do trabalho. 26 de junho de 2009. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2009-jun-26/conceito-poder-concepcao-relacoes-trabalho, acesso em 30/03/2015

Conteúdo Avançado  

O desenvolvimento da Ciência Política ocorre no início da Primeira Guerra Mundial e, ao final da Segunda. Nesse período, os EUA assumiram a posição de hegemonia mundial e, passaram a irradiar sua influência. As missões de paz e a preservação ou construção da democracia, eram elementos que contribuíam para aumentar a demanda de especialistas na área da Política, o que fez proliferar cursos da disciplina de C.P. em universidades norte-americanas. Fundações privadas, como a Ford, impulsionaram pesquisas de interesse da sociedade e da economia americana, com o apoio do governo dos E.U.A. Mais tarde disseminaria a C.P. nos países do Terceiro Mundo. No início do século XX, com estudos e pesquisas úteis às assessorias governamentais, a disciplina tornou-se imprescindível.

 No caso do Brasil, só é possível falar no processo de redemocratização levando-se em consideração o período obscuro que teve início com o golpe militar em 1964.

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 Atualmente, a legislação eleitoral brasileira e a Constituição, promulgada em 1988, acesse  CONSTITUIÇÃO 1988 , permitem a existência de várias agremiações políticas no Brasil. Com o fim da ditadura militar (1964-1985), vários partidos políticos foram criados, e outros, que estavam na clandestinidade, voltaram a funcionar.

 

 FONTE: http://www.nepac.ifch.unicamp.br/pt-br

  Graças a diversos movimentos em favor à “Diretas já”, o o povo deu início à democratização do país. Músicos, artistas, estudantes, atuaram cada qual fazendo uso de seu melhor talento. Relembre a história do movimento diretas já do Brasil que completou 30 anos em 2014. Diretas Já foi um movimento político democrático com grande participação popular que ocorreu no ano de 1984. Este movimento era favorável e apoiava a emenda do deputado Dante

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de Oliveira que restabeleceria as eleições diretas para presidente da República no Brasil. Disponível em: MOVIMENTO DIRETAS JÁ

Movimento Diretas já na Praça da Sé em janeiro de 1984

http://www.blogdosarafa.com.br/wp-content/uploads/2014/01/tancredo-diretas-j%C3%A1-pra%C3%A7a-da-s%C3%A9-

1984.jpg

  Em 25 de abril de 1984, a emenda constitucional das eleições diretas foi colocada em votação. Porém, para a desilusão do povo brasileiro, ela não foi aprovada. 

 

Eleições indiretas 

 

Em 15 de janeiro de 1985, ocorreram eleições indiretas e Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil. Porém, em função de uma doença, Tancredo faleceu antes de assumir o cargo, sendo que o vice, José Sarney, tornou-se o primeiro presidente civil após o regime de Ditadura Militar (1964-1985).

 

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As eleições diretas para presidente do Brasil só ocorreriam em 1989, após ser estabelecida na Constituição de 1988.

 

Um exemplo de contestação e indignação, foi o do cantor Cazuza ao cantar os INIMIGOS QUE ESTÃO NO PODER, através da música “Ideologia” que marcou uma geração inteira. Se alguns erros ele cometeu, em sua postura nos shows, por outro lado suas letras inspiraram jovens brasileiros a sair de sua zona de conforto e ir direto para as ruas.

Ouça Ideologia. Disponível em: IDEOLOGIA, CAZUZA.

O primeiro Presidente eleito pelo voto direto, Collor de Melo, renunciou em dezembro de 1992 porque outro movimento também muito importante, os "Cara-Pintadas", pediam seu "impeachment", em bases legais, porém, para que não perdesse seus direitos políticos, preferiu deixar o poder. Assume seu vice Itamar Franco. Depois foram eleitos Fernando Henrique Cardoso, reeleito e Luís Inácio Lula da Silva, também por dois mandatos. A Presidenta Dilma foi eleita em 2010 e reeleita em 2014.

Situação Problema

Nosso país vive ainda uma transformação em termos de liberdade de expressão, cidadania, cujos valores se confundem com “desrespeito” ao próximo. Em que medida o nosso direito termina? Recordo que no ensino fundamental, reforçavam para as crianças o conceito de que o seu direito termina onde começa o do outro. A escola é espaço de politização, não partidarização. Você já refletiu sobre a legitimidade das manifestações, e como elas devem ocorrer para que sejam respeitadas e ouvidas?

Para ajudar a pensar a respeito do estilo e da postura nas manifestações, acesse o artigo escrito por Fabio Pereira: 

Protesto armado, de rosto coberto, não é protesto!  Qual a maneira mais assertiva para conscientizar a população de seus direitos mas sem esquecer de seus deveres?

Você entende agora a importância da CIÊNCIA POLÍTICA na vida das pessoas e como ela pode mudar o destino de milhões de pessoas, seja no Brasil ou em todo o mundo?

Para uma reflexão a respeito da liberdade do pensamento, de expressão, recomendo que você ouça NATIRUTS, LIBERDADE PRÁ DENTRO DA CABEÇA .

A música relata uma liberdade de expressão que a alma precisa ter e que as pessoas podem pensar além do cotidiano. Trazer à tona o que você realmente pensa é um modo de sair da alienação que o mundo determina.

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Para ampliar seu entendimento sobre questões políticas, de ideologia e poder, assista o vídeo produzido pelo History.com baseado no livro "A Arte da Guerra", de Sun-Tzu.https://youtu.be/Pfr2_0bQJzw