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Classicismo 1527 - 1580

Classicismo

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Classicismo 1527 - 1580

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Período Clássico

O Descoberta do Brasil em 1500, conquista que

reflete economicamente.

O Volta de Sá de Miranda da Itália.

O Grandes transformações.

O Descobertas cientificas.

O Invenções.

O Contrarreforma.

O Progresso no campo do saber.

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Reforma e contrarreforma

O Com o humanismo, houve um crescimento nos

estudos, principalmente da bíblia e com isso

pessoas foram alfabetizadas. Começaram a duvidar

da fé e da igreja e assim manifestação contra a

riqueza exagerada e houve afastamento de

membros, já que eles vendiam relíquias sagradas e

favores divinos. O mov. visava mudar a igreja.

Esse mov. foi iniciado por Lutero ( contestados de

ações da igreja cat.) e esse mov. dividiu a

população entre cristãos e protestantes.

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Absolutismo Inquisição

O O poder centralizado

nas mãos do monarca

(soberano). Criou-se

então a

contrarreforma para

conter o avanço dos

protestantes.

O Mov. criado pela Igreja a qual líderes condenaram milhares de homens e mulheres cristãos acusados de heresia (atitudes que questionavam as praticas estabelecidas pela igreja).

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Características

O Racionalismo.

O Equilíbrio e harmonia nas obras.

O Mitologia pagã (greco-latina) perfeição, idealismo e beleza.

O Verossimilhança: parecer real.

O Medida nova: versos em decassílabos e forma fixa.

O Sonetos: dois quartetos e dois tercetos = 14 versos, e também tercetos.

O Época Bifronte.

O Impessoalidade.

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Ordem dos acontecimentos

O A descoberta do caminho marítimo para as

índias, em 1498 por Vasco da Gama, seguida

pelo achamento do Brasil em 1500.

O Lisboa se transforma em centro comercial de

1º grandeza. Na corte impera o luxo.

O Atividade literária épica.

O Religião é trocada pelo paganismo = gozo

pleno pela vida.

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• O saber é voltado para a realidade

material.

• Avanço no campo da ciência.

• O ser humano prevalece ao divino.

• Miranda retorna cheio de novas

ideias.

• Introdução do soneto.

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Estética Clássica

O Imitação: Mimese – dos

clássicos gregos e latinos

considerados modelos de suma

perfeição estética.

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Consideração

O A arte clássica é racionalista, mas isto não

significa ausência de emoção, apenas

pressupõe que a razão exerce sobre eles uma

espécie de controle, a fim de evitar que

também haja exagero.

O Portanto, há um equilíbrio entre a razão e a

emoção

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Objetivo do período

OAlcançar a beleza, o

bem e a verdade.

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Representante do período

O Luís Vaz de Camões

O Nasceu e 1524/25, talvez em Lisboa.

O Era culto e talentoso.

O Foi exilado devido seus romances.

O Perdeu um olho e regressou para Lisboa.

O Foi preso várias vezes.

O Em 1553 chega as Índias.

O Em 1572 publica os Lusíadas.

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Destaques

Na arte Na literatura

O Raphael,

O Leonardo da Vinci,

O Michelangelo.

O Rabelais,

O Montaigne

O Thomarus Morus,

O Willian Shakespeare,

O Gil Vicente,

O Camões,

O Miguel de Cervantes

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Destaque

Na ciência

O Gutemberg,

O Leonardo da Vinci,

O Galileu Galilei,

O Copérnico.

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o Recebe uma pensão anual.

oMorre pobre e abandonado.

o Sua poesia se divide em maneira

medieval e nova.

o Escreve sobre suas experiências pessoais.

oVersos repletos de antíteses e paradoxos.

―Cantando espalharei por toda parte,

Se a tanto me ajudar engenho e arte.‖

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Antítese e Paradoxo

O ―Estou acordado e todos dormem, todos dormem, todos dormem‖.

(Monte Castelo, Renato Russo)

O Enquanto o eu lírico está acordado, os outros seremdormem. Seria um exemplo de paradoxo se a mesmaconstrução estivesse da seguinte maneira:

O ―Estou dormindo acordado‖.

O Neste caso, temos um exemplo de paradoxo, já que aoposição de ideias se dá num mesmo referente.

O Portanto, antítese é a figura de linguagem que consiste emconstruir um sentido através do confronto de ideiasopostas.

O CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Literatura Brasileira em diálogo com outras literaturas. 3 ed.

São Paulo, Atual editora, 2005, p.38.

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"Amor é fogo que arde sem se

ver,

é ferida que dói e não se sente;

é um contentamento

descontente;

é dor que desatina sem doer.

É um querer mais que bem-

querer;

é solitário andar por entre a

gente;

é um não contentar-se de

contente;

é cuidar que se ganha em se

perder.

É um estar-se preso por vontade,

é servir quem vence o

vencedor,

é ter com quem nos mata

lealdade.

Mas como causar pode o seu

favor

nos mortais corações

conformidade,

sendo a si tão contrário o

mesmo Amor?".

Camões

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Ainda sobre Camões

O Camões apela para a salvação, mas não se

pode confundir seu Deus com o catolicismo.

O Sua poesia busca respostas às suas

inquietações, interrogações de homem culto e

ultrassensível.

O Sua poesia espelha a confissão duma

tormentosa vida interior, repassada de

paradoxos e incertezas, a reflexão em torno

dos problemas que o atordoava.

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O Camões começa a sondar o sombrio mundo do EU,da mulher, da Pátria, da vida e de Deus.

O Nasce a dúvida: ser ou não ser?

O Ele pinta a mulher bela por ter em si o grau maisalto do amor: amor do Amor.

O Amor este mais pensado que sentido.

O Para ele é tudo muito contraditório, e sendo assimsó lhe resta a morte como refrigério pela falta quelhe faz a amada.

O A vida passa a ser mais importante que a mulher eo amor, por ser tema vasto.

O Obras traçadas pelo maneirismo (obras semequilíbrio).

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O ―não cuide o pensamento

O Que pode achar na morte

O O que não pode achar tão longa vida.‖

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O O núcleo da poesia de Camões é a vida, essa

que não tem razão de ser, e descobri-lo e

pensá-lo é inútil, além de perigoso.

O Camões confessa, ao longo de sua torturada

reflexão, um amor e respeito pelo homem.

O Sua poesia é marcada pelo lirismo e pelo

épico.

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Dinamene

Alma minha gentil, que te partiste

Tão cedo desta vida descontente,

Repousa lá no Céu eternamente,

E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste, ((celeste))

Memória desta vida se consente,

Não te esqueças daquele amor ardente

Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te

Alguma cousa a dor que me ficou

Da mágoa, sem remédio, de perder-te;

Roga a Deus que teus anos encurtou,

Que tão cedo de cá me leve a ver-te,

Quão cedo de meus olhos te levou.

-- Luiz de Camões (ca. 1560)

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Os lusíadas

O Texto em epopeia ( poema longo sobre assunto glorioso).

O Narra a viagem por Vasco da Gama para as índias.

O Contém 10 cantos, 1102 estrofes e 8816 versos.

O Os versos estão em oitava-rima sendo abababcc;

O Os versos são decassílabos.

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―As armas e os barões assinalados A

Que, da ocidental praia lusitana, B

Por mares nunca de antes navegados A

Passaram ainda além da Taprobana, B

Em perigos e guerras esforçados, A

Mais do que prometia a força humana, B

E entre gente remota edificaram C

Novo reino, que tanto sublimaram.C‖

— Os Lusíadas, Canto I, estrofe 1

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Divide-se em três partes:

O Introdução 18 primeiras estâncias, subdividida em

proposição (estâncias 1-3): o poeta se propõe a

cantar as façanhas das armas e dos barões.

O Invocação (estâncias 4-5): o poeta invoca as

Tágides, musas do rio Tejo.

O Oferecimento (estâncias 6-18): o poema é

dedicado a D. Sebastião.

O Narração: (Canto I, estância 19 – Canto X, estância

144; Epílogo (Canto , estâncias 145-156)

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―E vós, Tágides minhas, pois criado

Tendes em mim um novo engenho ardente,

Se sempre em verso humilde celebrado

Foi de mim vosso rio alegremente,

Dai-me agora um som alto e sublimado,

Um estilo grandíloquo e corrente,

Porque de vossas águas, Febo ordene

Que não tenham inveja às de Hipocrene.

Dai-me uma fúria grande e sonorosa,

E não de agreste avena ou frauta ruda,

Mas de tuba canora e belicosa,

Que o peito acende e a cor ao gesto muda;

Dai-me igual canto aos feitos da famosa

Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;

Que se espalhe e se cante no universo,

Se tão sublime preço cabe em verso.‖

— Invocação às Tágides. Canto I, estrofes 4 e 5.

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Sá de Miranda

O Nasceu em 1481 e morreu em 1558.

O Sua poesia oscilava entre o antigo e o novo.

O Escrevia em castelhano.

O Fazia uso de paradoxos e antíteses, em torno do amor e dos graves problemas existenciais:

O ―Comigo me desavim,

sou posto em todo perigo;

não posso viver comigo

nem posso fugir de mim.‖

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O ―A minha alma não repousa

nem de noite, nem de dia;

dentro dela contraria

toda cousa e toda cousa;

o cuidado, que mais ousa

e que mais confia em si,

ora é assi, e ora assi.‖

Manifestação da angústia

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O ―emudece a fantasia

O ver tanta contradição;

O perde a verdade valia,

O anda corrida a razão‖

Tudo comandado

pela razão,

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O ―desarrazoado amor, dentro em meu peito,

O tem guerra com razão. [...]

O Não espera razões, tudo é despeito, tudo

soberba a força [...]

O Doutra parte, a Razão tempos espia,

O espia ocasiões de tarde em tarde,

O que ajunta o tempo‖

O tema amor num

clima de refrega

(briga) sem

descanso.

Desarrazoada

( contrário a

razão).

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A última sílaba não

conta por ser tônica

Vogais se juntam.

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Fim do período

O Morte de Camões em 1580.

O Portugal passa a ficar sobre o domínio espanhol.

O Como?

O Unificação da Península Ibérica: Portugal passa a ser formado por Portugal, Espanha e Gibraltar e fica rodeado pelo oceano.

O Por que?

O Porque não se sustentava sozinho.

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Por que não se sustentava?

O Período marcado pela crise

econômica devido a tensão entre o

medieval e o clássico, naturalismo

e formalismo, racionalismo e

irracionalismo, sensualismo e

espiritualismo, tradicionalismo e

inovação.