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1153 Nas prestações sucessivas por tempo determinado têm como exemplo a hipótese do acordo trabalhista. As parcelas do acordo são definidas previamente e, no adimple- mento de uma prestação, as demais têm seu vencimento antecipado, como se observa da redação do art. 891, da CLT. 2. QUESTÕES DE CONCURSOS 01. (TRT – 1ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2008/ADAPTADA) Tratando-se de prestações su- cessivas por tempo indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as prestações devidas até a data em que proferida a sentença. 02. (TRT – 11ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/FCC/2007) Em determinada ação trabalhista, as partes se compõem, ajustando na transação o pagamento de R$ 10000,00 pela reclamada, em quatro parcelas iguais de R$ 2500,00, com vencimento em 25/08/07, 25/09/07, 25/10/07 e 25/11/07, tendo sido, ainda, pactuado na hipótese de inadimplência 50% de multa. O acordo foi devidamente homologado. Vencida a primeira parcela e não se verificando o pagamento, terá início a execução pelo valor (A) da parcela vencida, mais 50% de multa sobre a parcela. (B) da parcela vencida, acrescida da multa de 50%, mais parcelas vincendas, sem multas. (C) das parcelas vencidas até a data da assinatura do mandato executório, mais multa de 50% sobre tais parcelas. (D) total da conciliação, mais a multa, devendo aguardar-se o término do prazo avençado para cumprimento do acordo, para ato contínuo expedir mandado executório. (E) total do acordo, mais a multa de 50%. 03. (TRT – 24ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2007/ADAPTADA) Tratando-se de prestações sucessivas (FCC – TRT 11 – Analista Judiciário/2012) Em relação à execução por prestações sucessivas, por tempo indeterminado, é correto afirmar que (A) não há previsão de execução por prestações sucessivas no processo do trabalho. (B) a execução compreenderá inicialmente as prestações devidas até a data do ingresso na exe- cução. (C) a execução por prestações sucessivas no processo do trabalho obedece aos parâmetros estabelecidos no CPC, aplicável subsidiariamente ao processo do trabalho. (D) a execução pelo não pagamento de uma prestação compreenderá as que lhe sucederem. (E) a execução compreenderá apenas as prestações devidas após o ingresso na execução. GAB 1 E 2 E 3 C ` CAPÍTULO VI – DOS RECURSOS Ê RECURSOS EM ESPÉCIE Art. 893. Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: I – embargos; II – recurso ordinário; III – recurso de revista; IV – agravo. TÍTULO X – DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO Art. 892 e 893

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Nas prestações sucessivas por tempo determinado têm como exemplo a hipótese do acordo trabalhista. As parcelas do acordo são definidas previamente e, no adimple-mento de uma prestação, as demais têm seu vencimento antecipado, como se observa da redação do art. 891, da CLT.

2. QUESTÕES DE CONCURSOS

01. (TRT – 1ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2008/ADAPTADA) Tratando-se de prestações su-cessivas por tempo indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as prestações devidas até a data em que proferida a sentença.

02. (TRT – 11ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/FCC/2007) Em determinada ação trabalhista, as partes se compõem, ajustando na transação o pagamento de R$ 10000,00 pela reclamada, em quatro parcelas iguais de R$ 2500,00, com vencimento em 25/08/07, 25/09/07, 25/10/07 e 25/11/07, tendo sido, ainda, pactuado na hipótese de inadimplência 50% de multa. O acordo foi devidamente homologado. Vencida a primeira parcela e não se verificando o pagamento, terá início a execução pelo valor

(A) da parcela vencida, mais 50% de multa sobre a parcela.(B) da parcela vencida, acrescida da multa de 50%, mais parcelas vincendas, sem multas.(C) das parcelas vencidas até a data da assinatura do mandato executório, mais multa de 50%

sobre tais parcelas.(D) total da conciliação, mais a multa, devendo aguardar-se o término do prazo avençado para

cumprimento do acordo, para ato contínuo expedir mandado executório.(E) total do acordo, mais a multa de 50%.

03. (TRT – 24ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2007/ADAPTADA) Tratando-se de prestações sucessivas (FCC – TRT 11 – Analista Judiciário/2012) Em relação à execução por prestações sucessivas, por tempo indeterminado, é correto afirmar que

(A) não há previsão de execução por prestações suces sivas no processo do trabalho.(B) a execução compreenderá inicialmente as pres tações devidas até a data do ingresso na exe-

cução.(C) a execução por prestações sucessivas no processo do trabalho obedece aos parâmetros

estabelecidos no CPC, aplicável subsidiariamente ao processo do trabalho.(D) a execução pelo não pagamento de uma prestação compreenderá as que lhe sucederem.(E) a execução compreenderá apenas as prestações devidas após o ingresso na execução.

GAB 1 E 2 E 3 C

` CAPÍTULO VI – DOS RECURSOS

Ê RECURSOS EM ESPÉCIEArt. 893. Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:I – embargos;II – recurso ordinário;III – recurso de revista;IV – agravo.

TíTulo X – Do PRoCESSo JuDICIÁRIo Do TRABAlHo Art. 892 e 893

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Ê IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS§ 1º – Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admi-

tindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.

Ê RECURSO AO STF: AUSÊNCIA DE EFEITO SUSPENSIVO§ 2º – A interposição de recurso para o Supremo Tribunal Federal não prejudicará a

execução do julgado.

1. COMENTÁRIOS

1.1 Natureza e Conceito de Recurso

O recurso é definido como meio de impugnação das decisões judiciais, posto à disposição da parte, de terceiro interessado, ou do Ministério Público, cujo objetivo é reformar, anular ou integrar a decisão, modificando-a no mesmo processo em que proferida, de acordo com o procedimento previsto legalmente. A reforma ocorrerá sempre que a decisão comete um erro de julgamento (error in judicando), como, v.g., a má-apreciação do conjunto probatório. A anulação tem lugar quando o juízo comete um erro de procedimento (error in procedendo), comprometendo a decisão, v.g., no indeferimento de prova indispensável à demonstração do fato constitutivo do direito do autor. A integração da decisão é o fenômeno que visa superar os vícios formais da decisão, como ocorre com os embargos da declaração.

Sendo o recurso meio de impugnação que é utilizado no mesmo processo, entende a doutrina majoritária que sua natureza é de prolongamento do exercício de direito de ação; confirma esta natureza o fato de que os pressupostos de admissibilidades do re-curso, são, em boa monta, derivados do pressupostos processuais e condições da ação.

1.2 Prazo

O processo do trabalho uniformizou os prazos recursais em 8 (oito) dias, conforme regra prevista no art. 6º da Lei nº 5.584/70: “será de 8 (oito) dias o prazo para interpor e contra-arrazoar qualquer recurso (CLT, art. 893).”. No que tange ao prazo para contrar-razoar, a regra da lei ordinária citada se compatibiliza com o art. 900, da CLT. A regra, ou quase-regra, como prefere Rodrigues Pinto, Recursos, 2006, p. 71, comporta três exceções: a) o pedido de revisão, no prazo de 48 horas, previsto no art. 2º, § 1º, da Lei nº 5.584/70; b) os embargos de declaração, no prazo de 5 dias, do art. 897-A, da CLT; c) o recurso extraordinário, de 15 dias, do art. 508 do CPC. Podem-se admitir, ainda, outras exceções, quanto a recursos cujo prazo pode variar para cada Tribunal, escapando da regra geral da uniformização: Reclamação Correicional e Agravo Regimental, cujos pra-zos serão estabelecidos nos regimentos internos de cada Tribunal.

1.3 Efeitos

O primeiro e imediato efeito de cada recurso, é prolongar a formação da coisa jul-gada, ou, na hipótese dos embargos de declaração, evitar a preclusão. A este adiamento

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da forma da coisa julgada há quem denomine efeito obstativo, conforme Cássio Scar-pinella Bueno, apud Bebber, Recursos, 2009, p. 176.

O efeito obstativo é provocado pelo uso do recurso que tem por objetivo remeter ao Tribunal o conhecimento e julgamento da matéria impugnada; a esta delimitação do que se pretende impugnar e remeter ao Tribunal se dá o nome de efeito devo-lutivo, que é inerente a todo e qualquer recurso trabalhista; mesmo os embargos de declaração, na hipótese de omissão do julgamento, têm efeito devolutivo.

O efeito devolutivo analisado quanto à sua extensão (perspectiva horizontal) cor-responde à identificação do objeto do recurso, ou seja, a matéria impugnada e que será apreciada pelo Tribunal; a perspectiva horizontal do efeito devolutivo é representada pelo brocado tantum devolutum quanto appellatum, previsto no art. 515, caput, do CPC. Analisado o efeito quanto à sua profundidade (perspectiva vertical) temos que o Tribu-nal estará obrigado a apreciar, dentro da matéria impugnada (extensão), todas as ques-tões e alegações das partes, independentemente de apelo neste sentido (art. 515, §§ 1º e 2º, do CPC). A titulo de exemplo, apresentado recurso quanto ao capítulo da sentença que resolveu as horas extras, as alegações referentes à compensação, banco de horas, dedução das horas pagas, etc., serão objeto de automática apreciação pelo Tribunal, mesmo que a sentença não tenha apreciado estes temas (neste sentido as Súmulas 100, VII e 393, ambas do TST).

O efeito translativo, que para alguns é exceção ao efeito devolutivo (Bebber, Re-cursos, 2009, p. 181), é identificado pela exigência do Tribunal apreciar temas não abor-dados no recurso, mas que devem ser conhecidas de oficio, por razões de ordem pú-blica; seria o caso, por exemplo, da apreciação de nulidade absoluta, por ser o juízo de primeiro grau incompetente em razão da matéria.

O efeito suspensivo é previsto na suspensão da eficácia da decisão impugna-da. O procedimento da CLT não identifica este efeito para nenhum recurso. A Lei nº 10.192/2001, em seu art. 14, prevê tal efeito para o recurso ordinário interposto contra acórdão normativo dos Tribunais (vide comentários ao art. 895, a seguir). Afora esta hipótese, o efeito suspensivo só será obtido por ação cautelar, apresentada em depen-dência ao recurso que se queira imprimir tal efeito (S. 414, I, do TST).

O efeito expansivo ocorre sempre que o julgamento do recurso ensejar decisão mais abrangente que seu objeto, seja para atingir capítulos da sentença não impug-nados (efeito expansivo objetivo), seja para abranger pessoas que não foram parte no recurso, apesar de serem parte no processo – efeito expansivo subjetivo (Daniel Neves, Manual, 2009, p. 508). O efeito expansivo objetivo se subclassifica em expansivo interno e externo. O interno, se refere a capítulos da sentença que acabam sofrendo os efeitos do recurso, mesmo não tendo sido apreciados pelo Tribunal, numa relação de causa e efeito; é o caso, v.g., de recurso que consegue obter o reconhecimento do vínculo de emprego no Tribunal, sem ter havido apelo sobre as verbas rescisórias, cujo tema so-frerá o efeito do julgamento do vínculo antes negado. O segundo, externo, se verifica sempre que o julgamento do recurso atinge outros atos processuais, como na declara-ção de nulidade do processo, que atingirá outros atos praticados (Daniel Neves, Manual, 2009, p. 509). O efeito expansivo subjetivo, segundo a maioria da doutrina, só se aplica

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aos litisconsortes unitários, pois a sentença uniforme para estes litisconsortes, permite que o recurso oferecido por um dos litisconsortes aproveite os demais (CPC, art. 519).

O efeito substitutivo é representado pelo fenômeno da substituição do julga-mento pelo órgão de superposição: o acórdão regional substitui a sentença, e assim sucessivamente (CPC, art. 512); tal efeito se manifesta na revisão (reforma), como na manutenção da decisão, mas não existe na anulação, pois nesta hipótese desaparecerá o primeiro julgamento, sem ser substituído por qualquer outro.

O efeito regressivo, ou infringente, é identificado pela possibilidade de retrata-ção ou modificação do julgamento pelo próprio órgão judicante. Tal efeito é inerente aos recursos de embargos de declaração (art. 897-A, da CLT) e agravo de instrumento (art. 897, “b”, da CLT), mas também pode aparecer no recurso ordinário, quando o juiz se retratar da admissibilidade de um recurso, quando chamada sua atenção nas contrarra-zões (CPC, art. 518, § único).

O efeito diferido é observado quando o julgamento de um recurso depende da apreciação de outro ou de uma condição que suspende sua apreciação. É o caso, v.g., do exame de recurso de revista, na mesma sessão do Tribunal que deu provimento ao agravo de instrumento que o antecedeu e permitiu seu julgamento.

1.4 Princípios

A doutrina não encontra uniformidade de tratamento no tema, mas podem ser des-tacados, com certa regularidade, os seguintes princípios recursais: a)duplo grau de ju-risdição: possibilidade de revisão das decisões, quando prevista em lei; só é obrigatório no reexame necessário, quando toma o nome de duplo grau obrigatório, requisito de eficácia dos julgamentos em que a fazenda pública é desfavorecida (DL nº 779/69 e S. 303, do TST); b) taxatividade (ou legalidade): a permissão de recursos somente quan-do previstos em lei federal, diante da competência privativa do art. 22, I, da CF, quanto à matéria processual; há certa flexibilidade para se admitirem recursos previstos no regimento interno; c) dialeticidade: necessidade de fundamentação dos recursos e de formulação de efetivos pedidos, como anulação ou reforma; o recurso ordinário é tido como recurso de fundamentação livre, não sendo influenciado por este princípio; d) vo-luntariedade: demonstração inequívoca da vontade de recorrer, manifestada no prazo de sua interposição; e) fungibilidade: possibilidade de adaptações quanto a equívocos de técnica da apresentação do recurso, desde que não haja erro grosseiro; f) proibição da reformatio in pejus: impossibilidade de que o recorrente veja sua situação agravada diante do recurso que ofereceu; g) irrecorribilidade imediata das decisões interlo-cutórias: impossibilidade de recurso imediato contra as decisões interlocutórias, salvos as exceções previstas em lei e construídas pela jurisprudência (vide comentários a este mesmo artigo, logo abaixo, em tópico próprio); h) uniformidade dos prazos recursais: unificação dos prazos recursais em 8 dias (vide exceções ao princípio no tópico acima, destinado ao prazo); i) variabilidade: possibilidade de se alterar o recurso, ou trocá-lo por outro dentro do prazo recursal; sua aceitação era clara no CPC, de 1939, art. 809, mas o código que o sucedeu não o permitiu, o que faz com que muitos defendam a preclusão consumativa no momento da interposição do recurso; quem ainda defende a variabilidade na esfera trabalhista, sustenta o princípio pelo jus postulandi da parte,

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sujeitando o leigo a estes equívocos de técnica recursal (Rodrigues Pinto, Recursos, 2006, p. 50-51); j) alterabilidade: há quem veja na alterabilidade (possibilidade de mo-dificar a fundamentação ou o pedido do recurso) um princípio próprio, mas preferimos incluí-lo como atitude da variabilidade, opondo as mesmas restrições antes menciona-das; k) complementariedade: possibilidade de adendar as razões recursais, quando a sentença ou acórdão for modificado posteriormente à interposição do recurso, pelo provimento dos embargos de declaração.

1.5 Pressupostos de Admissibilidade Recursal

A doutrina aponta diversas classificações acerca dos pressupostos recursais: objeti-vos e subjetivos, gerais e específicos, mas a que desponta como predominante classifica os pressupostos em extrínsecos e intrínsecos. Os pressupostos, ou requisitos intrínse-cos, são atinentes à própria existência do direito de recorrer e os requisitos extrín-secos são concernentes ao exercício deste mesmo direito (Barbosa Moreira, O Novo, 2007, p. 119).

São pressupostos intrínsecos: a)cabimento – que consiste em adequar-se o recur-so à decisão; para tanto, o legitimado a recorrer deve observar se a decisão compor-ta alguma espécie de recurso (existem decisões irrecorríveis, como os despachos, que são atos do juiz sem conteúdo decisório); o erro na interposição de um recurso, desde que não seja grosseiro, não prejudica seu cabimento, pois o princípio da fungibilidade permite a adaptação; b) legitimidade – aqueles que possuem algum grau de relacio-namento com o objeto litigioso estão legitimados a recorrer; são as partes, o terceiro que se tornou parte, como são os chamados, denunciados, opoentes e nomeados; os terceiros juridicamente interessados e o MPT (CPC, art. 499); c) interesse – “configura--se o requisito sempre que o recorrente possa esperar, em tese, do julgamento do recurso, situação mais vantajosa, do ponto de vista prático, do que aquela em que haja posto a decisão impugnada (utilidade do recurso) e, mais, que lhe seja preciso usar as vias recursais para alcançar este objetivo (necessidade do recurso)” (Barbosa Moreira, O Novo, 2007, p. 117); é que a doutrina qualifica como sucumbência; d) inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer – são atos que denotam, de forma tácita ou expressa, a intenção da parte de não recorrer, seja renunciando direta-mente ao recurso, seja praticando atos incompatíveis com o direito de recorrer, como a apresentação de cálculos de liquidação da sentença ainda na fluência do prazo recursal.

São requisitos ou pressupostos extrínsecos: a) tempestividade: os recursos são atos eminentemente formais, sendo imprescindível a observância do prazo, procedi-mento e forma legal; no que diz respeito a contagem, fluência, suspensão e outros fenômenos atinentes ao prazo, nos reportamos aos comentários aos artigos 774 e 775 da CLT; especificamente quanto à intimação da sentença, que dá inicio ao prazo recursal, vide comentários ao art. 852, da CLT.; b) preparo: no processo do trabalho este pres-suposto engloba as custas, que são recolhidas no ato de interposição do recurso (art. 789, § 1º, da CLT), e depósito recursal, que está previsto, originariamente no art. 899 da CLT, a cujos comentários nos reportamos; c) regularidade formal – a interposição de recursos deve observar a forma e o procedimento legal; diferentemente do que ocorre na fase de conhecimento, a oralidade não é inerente à fase recursal; são formalidades do recurso: a peça apresentada sob a forma escrita, a fundamentação, o instrumento de

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mandato, a instrução com documentos na hipótese de agravo, a assinatura das partes ou do advogado, etc.

1.6. Recursos não previstos no art. 893, da CLT

O rol de recursos trabalhistas constantes do art. 893, acima, não é exaustivo, porque a legislação processual trabalhista foi alterada ao longo do tempo, incluindo outros recursos, a seguir mencionados.

A) Recurso de Revisão de Alçada: também conhecido como Pedido de Revisão, ou Recurso Inominado, previsto no art. 2º, da Lei nº 5.584/70. Trata-se de remédio re-cursal cujo objetivo é modificar o valor de até 2 salários mínimos, fixado pelo juiz para fins de alçada, evitando a irrecorribilidade das sentenças proferida em deman-das com tal valor; a exceção à irrecorribilidade é a violação à CF (art. 2º, § 4º, da Lei nº 5.584/70). Trata-se de recurso sem preparo e sem efeito suspensivo da decisão, como é regra no processo do trabalho. Seu cabimento tem com pressuposto a re-jeição ao pedido de retratação do valor fixado à alçada, que deverá ser formulado pela parte em razões finais orais (art. 2º, § 1º, da Lei nº 5.584/70). Rejeitada a recon-sideração postulada, verbalmente, em audiência, a parte tem 48 horas, contados da audiência onde foi fixado o valor de alçada em até 2 salários mínimos, para interpor o apelo (art. 2º, § 1º, da Lei nº 5.584/70).

O Presidente do Tribunal apreciará o pedido de revisão no prazo de 48 horas. Pro-vido o recurso, a parte terá direito de recorrer da sentença, pois o valor de alçada será maior do que dois salários mínimos; negado provimento, o resultado obtido com a sentença é irrecorrível, formando coisa julgada, salvo violação à Constituição Federal. Qualquer que seja a decisão monocrática do pedido de revisão, ela será irrecorrível e extintiva do feito, pois encerra esta fase recursal (Rodrigues Pinto, Recursos, 2006, p. 214).

Havendo violação à norma constitucional, diante da sentença que, ao fim, continuou irrecorrível pelas vias ordinárias, a doutrina questiona o cabimento de recurso extraor-dinário direto ao STF ou a necessidade de esgotamento de todas as instâncias recur-sais, até se atingir a Suprema Corte. A possibilidade de recurso direto ao STF, segundo pensamos, afrontaria toda a hierarquia do sistema recursal, além de submeter à Corte Constitucional causas que sequer foram prequestionadas nas instâncias inferiores.

Defendendo o esgotamento das instâncias recursais, até se alcançar o STF: Coqueijo Costa, Direito Judiciário, 1978, p. 497: “Recorrivel – aduzimos nós – para o órgão traba-lhista imediatamente superior, e não diretamente para o STF, ante os termos da Consti-tuição Federal (art. 143). A posição do autor era compatível com o regime constitucional então vigente. Explica Bezerra Leite, Curso, 2007, p. 813, defendendo a possibilidade de recurso extraordinário diretamente ao STF: “Importa referir que, ao contrário da Car-ta de 1967 (art. 143), que só admitia recurso extraordinário das decisões do TST em matéria trabalhista/constitucional, a Constituição de 1988 (art. 102, III) já não mais exige que a decisão seja de Tribunal.”.

Valentin Carrion, Comentários, 2010, p. 861, tece semelhantes considerações para justificar o Recurso Extraordinário diretamente ao STF, nas causas de alçada: “...pela CF/69, art. 119, III, teriam de caber todos os recursos para chegar-se ao STF; a CF/88, art.

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102, III, diz: “única ou última instância”, sem acrescentar, como a anterior, “por outros Tribunais”. Evidencia-se, assim, o acerto dos que entendem suprimida a exigência de recursos intermediários, quebrando o propósito da instância única.”.

Parece-nos, com ressalva da minha posição pessoal, que a vigente Constituição admite o Recurso Extraordinário diretamente ao STF, em causas oriundas do primei-ro grau de jurisdição (neste sentido a S. 640 do STF).

B) Reclamação Correicional (ou Correição Parcial): não chega a ser precisa a afirma-ção de que este “recurso” não se encontra no rol do art. 893, da CLT, pois se trata, em verdade, de um “sucedâneo recursal”. A doutrina questiona sua natureza recursal, diante de sua origem – recurso previsto nos regimentos internos dos Tribunais e não em lei processual – e por sua finalidade – um misto de medida administrativa e remédio recursal – pois visa corrigir o ato processual tumultuário da boa ordem e serve de orientação ao corregedor para tomar, se for o caso, alguma medida admi-nistrativa contra o juiz.

A competência para sua apreciação é do Corregedor de cada Regional, ou de quem exerça a função correicional, quanto aos atos tumultuários praticados por juízes de pri-meiro grau, e do Corregedor Geral da Justiça do Trabalho, quanto aos atos praticados pelos juízes de segundo grau e os próprios Ministros do TST (art. 709, II, da CLT).

O prazo está definido no Regimento Interno de cada Regional; no TST o prazo é de 8 dias. A decisão do Corregedor, em reclamação correicional, é recorrível por agravo regimental (art. 709, § 1º, da CLT).

1.7. Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias

O CPC define como interlocutórias as decisões que resolvem questão incidental, sem encerrar o módulo processual (art. 162, § 2º, do CPC). Questão incidente é matéria não atinente ao mérito, pois se assim não fosse, o juiz estaria julgando em etapas, tese que não admitimos (sobre o tema discorremos nos comentários ao art. 831 da CLT).

A decisão interlocutória é recorrível, de imediato, nas seguintes situações, que re-presentam exceções à regra geral:

A) decisão que nega seguimento a outro recurso, por Agravo de Instrumento (art. 897, “b”, da CLT);

B) recurso de Revisão de Alçada (art. 2º, da Lei nº 5.584/70);

C) decisões que acolhem exceção de incompetência territorial, com remessa dos autos a outro TRT (S. 214, “c”, do TST), por Recurso Ordinário;

D) decisão que acolher preliminar de incompetência absoluta, determinando a remes-sa dos autos ao juízo competente (art. 795, § 2º, da CLT), por Recurso Ordinário (S. 214, “b”, TST);

E) decisões proferidas pelos de segundo grau, monocraticamente, por Agravo Regi-mental (S. 214, “a”, do TST e art. 709, § 1º, da CLT).

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2. SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS

Súmula nº 640/STF – 24/09/2003É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal.

Súmula nº 228/STFNão é provisória a execução na pendência de recurso extraordinário, ou de agravo destinado a fazê-lo admitir.

Súmula nº 100/TSTAÇÃO RESCISÓRIA. DECADÊNCIA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 13, 16, 79, 102, 104, 122 e 145 da SBDI-2) – Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005

I – O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia imediatamente subseqüente ao trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. (ex-Súmula nº 100 – alterada pela Res. 109/2001, DJ 20.04.2001)II – Havendo recurso parcial no processo principal, o trânsito em julgado dá-se em momentos e em tribunais diferentes, contando-se o prazo decadencial para a ação rescisória do trânsito em julgado de cada decisão, salvo se o recurso tratar de preliminar ou prejudicial que possa tornar insubsistente a de-cisão recorrida, hipótese em que flui a decadência a partir do trânsito em julgado da decisão que julgar o recurso parcial. (ex-Súmula nº 100 – alterada pela Res. 109/2001, DJ 20.04.2001)III – Salvo se houver dúvida razoável, a interposição de recurso intempestivo ou a interposição de re-curso incabível não protrai o termo inicial do prazo decadencial. (ex-Súmula nº 100 – alterada pela Res. 109/2001, DJ 20.04.2001)IV – O juízo rescindente não está adstrito à certidão de trânsito em julgado juntada com a ação resci-sória, podendo formar sua convicção através de outros elementos dos autos quanto à antecipação ou postergação do “dies a quo” do prazo decadencial. (ex-OJ nº 102 da SBDI-2 – DJ 29.04.03)V – O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial. (ex-OJ nº 104 da SBDI-2 – DJ 29.04.2003)VI – Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação rescisória somente começa a fluir para o Ministério Público, que não interveio no processo principal, a partir do momento em que tem ciência da fraude. (ex-OJ nº 122 da SBDI-2 – DJ 11.08.2003)VII – Não ofende o princípio do duplo grau de jurisdição a decisão do TST que, após afastar a decadên-cia em sede de recurso ordinário, aprecia desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. (ex-OJ nº 79 da SBDI-2 – inserida em 13.03.2002)VIII – A exceção de incompetência, ainda que oposta no prazo recursal, sem ter sido aviado o recurso próprio, não tem o condão de afastar a consumação da coisa julgada e, assim, postergar o termo inicial do prazo decadencial para a ação rescisória. (ex-OJ nº 16 da SBDI-2 – inserida em 20.09.2000)IX – Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente subseqüente, o prazo decadencial para ajuiza-mento de ação rescisória quando expira em férias forenses, feriados, finais de semana ou em dia em que não houver expediente forense. Aplicação do art. 775 da CLT. (ex-OJ nº 13 da SBDI-2 – inserida em 20.09.2000)X – Conta-se o prazo decadencial da ação rescisória, após o decurso do prazo legal previsto para a interposição do recurso extraordinário, apenas quando esgotadas todas as vias recursais ordinárias. (ex--OJ nº 145 da SBDI-2 – DJ 10.11.2004)

Súmula nº 214/TSTDECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) – Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos

Art. 893 TíTulo X – Do PRoCESSo JuDICIÁRIo Do TRABAlHo

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autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o dis-posto no art. 799, § 2º, da CLT.

Súmula nº 283/TST

RECURSO ADESIVO. PERTINÊNCIA NO PROCESSO DO TRABALHO. CORRELAÇÃO DE MATÉRIAS (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) dias, nas hi-póteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária.

Súmula nº 297/TST

PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO (nova redação) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

I – Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, ex-plicitamente, tese a respeito.

II – Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão.

III – Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração.

Súmula nº 393/TST

RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. Art. 515, § 1º, DO CPC (redação alterada pelo Tribunal Pleno na sessão realizada em 16.11.2010) – Res. 169/2010, DEJT divulgado em 19, 22 e 23.11.2010

O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do art. 515 do CPC, transfere ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sen-tença, ainda que não renovados em contrarrazões. Não se aplica, todavia, ao caso de pedido não apre-ciado na sentença, salvo a hipótese contida no § 3º do art. 515 do CPC.

Súmula nº 414/TST

MANDADO DE SEGURANÇA. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (OU LIMINAR) CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 50, 51, 58, 86 e 139 da SBDI-2) – Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005

I – A antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar é o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso. (ex-OJ nº 51 da SBDI-2 – inserida em 20.09.2000)

II – No caso da tutela antecipada (ou liminar) ser concedida antes da sentença, cabe a impetração do mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. (ex-OJs nºs 50 e 58 da SBDI-2 – in-seridas em 20.09.2000)

III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão da tutela antecipada (ou liminar). (ex-Ojs da SBDI-2 nºs 86 – inserida em 13.03.2002 – e 139 – DJ 04.05.2004)

3. QUESTÕES DE CONCURSOS

01. (MPT/PROCURADOR DO TRABALHO/2010/ADAPTADA) as decisões interlocutórias não ensejam recurso de imediato, salvo em hipóteses específicas, para evitar preclusão, como é o caso da decisão regional que, superando a preliminar de carência da ação arguida na defesa de empresa privada, declara existente o vínculo de emprego e determina o retorno dos autos à Vara do Trabalho, para julgar o restante do mérito;

02. (PREF. MUNICIPAL DE NATAL/PROCURADOR/CESPE/2008) Quanto aos recursos traba-lhistas, assinale a opção correta.

TíTulo X – Do PRoCESSo JuDICIÁRIo Do TRABAlHo Art. 893

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(A) Somente é admissível recurso adesivo no processo do trabalho se a matéria nele veiculada estiver relacionada com a do recurso principal, antes interposto pela parte contrária.

(B) Na justiça do trabalho, as decisões interlocutórias não possibilitam, em regra, recurso ime-diato.

(C) Da decisão do TRT que denegar mandado de segurança cabe recurso ordinário, dirigido ao TST, no prazo de quinze dias.

(D) Do acórdão do TRT que julgar agravo de instrumento cabe recurso de revista para o TST.

03. (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO/ANALISTA JUDICIÁRIO/CESPE/2008) Na Justiça do Trabalho, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, exceto quando sus-cetíveis de impugnação mediante recurso para o mesmo tribunal, quando houver acolhi-mento de exceção de incompetência territorial com remessa dos autos para TRT distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, ou ainda quando a respectiva decisão do TRT for contrária à súmula ou à orientação jurisprudencial do TST.

04. (CISMEPAR/PR – Advogado/2011) São peculiaridades gerais dos recursos trabalhistas, EX-CETO:

(A) irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias.(B) inexigibilidade de fundamentação.(C) efeito suspensivo dos recursos.(D) uniformidade de prazo para recurso.(E) instância única nos dissídios de alçada.05. (NCADE – Advogado/2011) Gabriela possuía contrato de prestação de serviços de gerência,

na qualidade de autônoma, com a empresa Y, recebendo um valor mensal. Após a rescisão do referido contrato, Gabriela ajuizou reclamação trabalhista requerendo o reconhecimento do vinculo de emprego com a empresa Y, bem como o pagamento e recolhimento de todas as demais verbas trabalhistas e previdenciárias. O M.M. juiz declarou a incompetência abso-luta da Justiça do Trabalho (em razão da matéria) e determinou a remessa dos autos à Justiça Comum. Neste caso,

(A) não caberá recurso, tratando-se de decisão interlocutória irrecorrível na justiça do trabalho.(B) caberá recurso ordinário para o Tribunal Regional do Trabalho competente.(C) caberá agravo de instrumento para o Tribunal Regional do Trabalho competente.(D) caberá recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho.(E) caberá agravo de instrumento para o Tribunal Superior do Trabalho.

06. (FCC – TRT 8 – Analista Judiciário/2010/ADAPTADA) Contra a decisão do M.M. juiz que declara a incom petência absoluta da Justiça do Trabalho e determi na a remessa dos autos para a Justiça Comum es tadual: caberá Recurso Ordinário.

GAB 1 E 2 B 3 C 4 C 5 B 6 C

Ê EMBARGOS NO TSTArt. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:I – de decisão não unânime de julgamento que:a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a

competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sen-tenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e

b) (VETADO)

Art. 893 e 894 TíTulo X – Do PRoCESSo JuDICIÁRIo Do TRABAlHo