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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LUCILANE TAVARES DE OLIVEIRA CONSUMO SUSTENTÁVEL: A PERCEPÇÃO E A PRÁTICA DE ESTUDANTES DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU IGUATU-CEARÁ 2012

Consumo sustentável a percepção e a prática de estudantes do curso de ciências biológicas da faculdade de educação, ciências e letras de iguatu luc

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

LUCILANE TAVARES DE OLIVEIRA

CONSUMO SUSTENTÁVEL: A PERCEPÇÃO E A PRÁTICA DE ESTUDANTES DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO,

CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU

IGUATU-CEARÁ 2012

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LUCILANE TAVARES DE OLIVEIRA

CONSUMO SUSTENTÁVEL: A PERCEPÇÃO E A PRÁTICA DE ESTUDANTES DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO,

CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU

Monografia apresentada ao curso de Graduação em Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciado em Ciências Biológicas. Orientadora: Profa. Esp. Mayle Alves Bezerra.

IGUATU-CEARÁ 2012

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LUCILANE TAVARES DE OLIVEIRA

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Dedico a Deus, pelo amor e pela dádiva

de viver esse momento. A minha família,

a minha orientadora Mayle Alves Bezerra

e ao meu namorado Carlos Alberto, pelo

esforço de todos em me ajudar nessa

caminhada.

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AGRADECIMENTOS

Neste momento, muitas coisas vêm em minha cabeça, muitas

lembranças, muitas pessoas e momentos que ficarão para sempre guardados em

meus pensamentos. Grandes foram às batalhas, derrotas e glórias em minha vida,

que deixaram marcas e ensinamentos que me ajudaram a crescer como pessoa e

como profissional.

Agradeço a Deus que sempre esteve presente em minha vida, e me

segurou firme impedindo que eu caísse em meio às lutas. Deus foi quem me

iluminou desde o vestibular até este momento, e sei que na minha jornada Ele

continuará a segurar em minha mão com todo o seu amor.

A minha querida orientadora Mayle Alves Bezerra, que levarei em meu

coração por toda minha vida, pois ela é para mim um exemplo de mulher

batalhadora, profissional exemplar e uma pessoa maravilhosa que me ajudou

sempre que precisei, me orientando com carinho e paciência.

De coração, agradeço ao meu namorado, Carlos Alberto, que foi um

presente que Deus me enviou, e que sempre me ajudou nessa jornada, e com toda

a sua paciência, não mediu esforços para me ver bem e realizada.

Agradeço a minha tão amada mãe Lúcia Maria, que sempre me apoiou e

me incentivou a não desistir nunca dos meus sonhos. Ao meu pai Francisco Felipe,

que sempre acreditou em mim e me ensinou a superar as barreiras que a vida nos

coloca. Ao meu irmão Leonardo, que foi a pessoa que mais me incentivou a

ingressar num curso acadêmico e que pela sua coragem e determinação em vencer

me impulsionou a tentar ser sempre o melhor possível, mesmo diante das

dificuldades. A minha linda e amada irmã Lucineide que sempre me apoiou em todas

as minhas escolhas e me incentiva a crescer sempre mais. Ao meu cunhado

Wilderval, que sempre quando possível me ajudou nessa etapa da minha vida.

Aos meus amigos de caminhada acadêmica, no qual dividimos as lutas e

aflições e que vivemos muitos momentos que marcaram minha vida, momentos

estes que nos tornou verdadeiros irmãos de coração, Deus nos uniu durante esses

anos para que realmente fossemos uma família, e foi isso que nos tornamos uma

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grande e amável família. Nunca me esquecerei das nossas batalhas vencidas e

sofridas, pois foram elas que nos uniram, apesar das nossas diferenças.

Aos meus maravilhosos professores Alana Cecília, Ana Cristina, Ricardo

Rodrigues, Môngolla Abreu, Fernando Roberto, Carmen Rogelia, Sdena Nunes,

Irismaura, Ana Kelen, pelo incentivo e apoio, sempre nos impulsionando a crescer

como pessoa e como profissional. Esse grupo de professores foi muito importante

na minha vida, pois foram eles que me mostraram que ser professor é algo belo e

que vale a pena seguir nessa estrada, com eles aprendi não só disciplinas da grade

curricular, mas aprendi também a viver e isso ficará para sempre guardado em meu

coração. Esses professores são, sem dúvida alguma, os mais especiais presentes

que Deus colocou em meu caminho, agradeço com todo o meu amor por eles terem

cumprido perfeitamente a função de educar para ser um bom profissional e ser uma

ótima pessoa, eles se tornaram exemplos de vida e de amor pela profissão.

Obrigada a todos, pois sem vocês nada disso teria tanto valor!

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Não desista, não pare de crer.

Os sonhos de Deus jamais vão morrer.

Ludmila Ferber

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RESUMO

Nos últimos anos, a mídia e supostas necessidades pessoais vêm influenciando a sociedade a desenvolver um consumo desordenado, o que vem acarretando atos compulsivos em relação à aquisição de bens; muitas vezes, essa influência, apenas potencializa um desejo já existente nos consumidores. Ambientalmente, isso acarreta consequências desastrosas, principalmente para o meio ambiente. Por essa razão, viu-se a necessidade de conhecer e praticar o consumo sustentável. O curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, proporciona a disciplina de Educação Ambiental e a Ecologia, que tratam do meio ambiente e das questões ambientais, tendo um papel fundamental na formação de princípios e reflexões sobre a sustentabilidade. Este trabalho teve como objetivo identificar o nível de sensibilização ambiental e a prática do consumo sustentável dos alunos do curso de licenciatura em Ciências Biológicas, verificando a influência do curso nessas práticas de consumo. A população pesquisada foi alunos do sétimo e nono semestres do curso de Ciências Biológicas da referida faculdade. Os dados foram coletados no mês de setembro de 2012, a partir de um questionário estruturado, composto por dezesseis perguntas, com o intuito de responder aos objetivos desta pesquisa. A partir deste trabalho, pôde-se verificar que os universitários em estudo, tem um nível favorável de sensibilização ambiental, sendo que a maioria deles reflete essa sensibilização nos seus atos de consumo, apesar de alguns não praticarem o consumo sustentável, e o curso de Ciências Biológicas tem uma influencia positiva nas práticas de consumo sustentável dos universitários. Devido a isso, conclui-se que o curso de Ciências Biológicas, juntamente com os professores, deve continuar atuando como incentivadores e fornecedores de conhecimento sobre a sustentabilidade, seja em disciplinas como a Educação Ambiental e a Ecologia, como também nas outras disciplinas de forma interdisciplinar, com essa atitude, formar-se-á profissionais responsáveis e conhecedores da importância da prática e do incentivo ao consumo sustentável em seu cotidiano.

Palavras-chave: Sustentabilidade; Educação Ambiental; Sensibilização Ambiental.

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ABSTRACT

In recent years, the media and alleged personal needs has been influencing society to develop a disordered consumption, which has been causing compulsive acts in relation to the acquisition of goods; often this influence, only potentiates a desire existing consumers. And environmentally, this entails disastrous consequences mainly for the environment. Therefore see itself the need to know and practice sustainable consumption. The Bachelor's Degree in Biological Sciences, Faculty of Education, Sciences and Letters of Iguatu, offers the discipline of environmental education and ecology, that deal with the environment and environmental issues, having a fundamental role in the formation of principles and reflections on sustainability. This study aimed to identify what level of environmental sensitization and the practice of sustainable consumption of pupils the pursued a licentiate in Biological Sciences, checking the influence the course of these consumption practices. The surveyed population was pupils of the seventh and ninth semesters of Biological Sciences, Faculty of Education, Sciences and Letters of Iguatu. The data were collected in the month of September 2012, from one structured questionnaire composed of sixteen questions, with the intention of respond to the objectives of this research. From this work it can be verified that the academics under study has a favorable level of environmental sensitization, the majority them reflects this sensitization in their acts of consumption, despite some do not practice sustainable consumption, and the Biological Sciences course has a positive influence on sustainable consumption practices of academics. Because of this, it is concluded that the course of Biological Sciences, together with teachers, should continue to act as encouragers and providers of knowledge about the sustainability, is in disciplines such as Environmental Education and Ecology, as also in other disciplines in an interdisciplinary manner, with that attitude, will form responsible professionals and connoisseurs the importance of practice and the incentive to sustainable consumption in their daily.

Keywords: Sustainability, Environmental Education, Environmental sensitization.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................

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2 OBJETIVOS............................................................................................................ 12

2.1 Objetivo Geral...................................................................................................... 12

2.2 Objetivos Específicos........................................................................................... 12

3 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................... 13

3.1 A importância da Educação para a sustentabilidade........................................... 13

3.2 O consumismo e seus reflexos no Meio Ambiente.............................................. 14

3.3 Educação Ambiental e o consumo sustentável.................................................... 18

3.4 Percepção ambiental: a contribuição do ensino superior..................................... 22

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS................................................................ 25

4.1 Tipo de Estudo...................................................................................................... 25

4.2 População e Amostra............................................................................................ 25

4.3 Local de Estudo.................................................................................................... 25

4.4 Coleta de Dados................................................................................................... 26

4.5 Análise Estatística de Dados................................................................................ 26

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................... 27

5.1 Nível de sensibilização ambiental dos alunos...................................................... 27

5.2 Prática de consumo sustentável por parte dos alunos......................................... 32

5.3 Influência do curso de Ciências Biológicas nas práticas de consumo sustentável..................................................................................................................

45

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 50

REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 52

APÊNDICES............................................................................................................... 60

Apêndice A – Questionário para alunos do sétimo e nono semestres do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu..........

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Apêndice B – Termo de Autorização para realização da pesquisa............................ 65

Apêndice C – Termo de Consentimento dos participantes da pesquisa.................... 67

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1 INTRODUÇÃO

O futuro das espécies, inclusive da espécie humana, depende do

equilíbrio da natureza, isto é, de uma relação harmoniosa entre as espécies do

planeta. No entanto, nos últimos séculos esse equilíbrio tem-se desfeito devido à

prática egoísta dos humanos em querer dominar a natureza sem pensar em suas

consequências. Nesse sentido, vê-se a importância da Educação Ambiental no

processo de ensino, como uma ferramenta indispensável para a formação de

cidadãos cada vez mais preocupados com a conservação do meio ambiente,

formando pessoas com atitudes e valores voltados para o bem da natureza de forma

geral.

A Educação Ambiental pode ser considerada como uma forma de educar

o ser humano em relação ao meio ambiente ao qual ele é parte integrante que não

pode ser desvinculada (SOUZA; BENEVIDES, 2005). Por mais que essa Educação

Ambiental esteja presente, não basta só saber o que é correto, mas também praticar

aquilo que foi repassado, sendo esta ação transmitida para a sociedade como uma

forma de cidadania, pois o nível de sensibilização ambiental deverá ser medido por

ações e não simplesmente por saberes.

Atualmente, a sociedade é voltada para o consumo desenfreado,

influenciado pela mídia e por desejos pessoais. Os jovens são as principais vítimas

desse consumismo, querendo sempre seguir as tendências de moda que mudam

constantemente, exigindo deles a compra incessante de produtos novos. A cada

momento, surgem novas marcas, modelos, tecnologias e produtos, sempre

incentivando o consumo. Muitas vezes, o desejo de consumir sempre, se torna algo

compulsivo. Ambientalmente, isso acarreta consequências desastrosas, pois se o

consumo é maior, o descarte, o lixo e a produção de produtos também aumentam,

desequilibrando ainda mais a natureza por meio da poluição e da extração de

recursos naturais para a industrialização. Para isso, torna-se essencial a percepção

e a prática de um consumo mais equilibrado, que possa atender as nossas

necessidades e ao mesmo tempo preservar o meio ambiente, entendendo o ser

humano como parte integrante e não como proprietário desse meio.

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O processo de aprendizado, pela Educação Ambiental, é uma das

melhores maneiras de mudar esse consumismo desenfreado, colocando em prática

o consumo sustentável, que deverá ser refletido na sociedade como um ato de

consumo consciente, visando não só o bem estar próprio, mas também o bem da

natureza. Essa forma de consumo está relacionada ao ato da compra de produtos,

reciclagem e ao não desperdício dos recursos naturais.

A sustentabilidade é um tema que atualmente é discutido em todo o

mundo, e inclui questões sociais, econômicas e ambientais, que visam uma melhor

qualidade de vida, sem prejudicar o meio ambiente e as gerações futuras. Pode-se

dizer que a sustentabilidade, bem assimilada, consiste em assegurar, hoje, o bem-

estar físico, psíquico e espiritual, sem inviabilizar o multidimensional bem-estar futuro

(FREITAS, 2011).

O curso de licenciatura em Ciências Biológicas proporciona a disciplina de

Educação Ambiental e a Ecologia, que também trata do meio ambiente e das

questões ambientais, tendo um papel fundamental na formação de princípios e

reflexões sobre a sustentabilidade, algumas das responsabilidades é a formação de

uma sensibilização e atitude ambiental positiva, como o consumo sustentável.

Portanto, o curso de Ciências Biológicas, além de ter uma contribuição significativa

para a formação pessoal de seus alunos sobre a sensibilização ambiental, também

ajudará na disseminação dessa postura para outras instâncias, uma vez que esses

acadêmicos serão educadores e formadores de opiniões.

Entretanto, ter a percepção das questões ambientais, não significa,

obrigatoriamente, ter uma ação de consumo ecologicamente correto. Isso porque o

comportamento do consumidor consciente relacionado aos problemas ambientais,

deve ser analisado não somente por meio da conduta de compra, reciclagem ou

eliminação do produto, mas também através da verificação de atitudes ativas e

positivas (GOMES; GORNI; DREHER, 2011).

Neste contexto, percebeu-se a necessidade de realizar uma investigação

a fim de identificar se os discentes do curso de Ciências Biológicas aprenderam, no

decorrer do processo de formação acadêmica, a pensar, executar e disseminar a

sustentabilidade em todos os seus aspectos, visto que, serão futuros formadores de

opinião e certamente serão exemplos para boa parte de seus alunos.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Investigar a percepção e a prática do consumo sustentável dentre os

alunos do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e

Letras de Iguatu – FECLI/CE.

2.2 Objetivos Específicos

Identificar o nível de sensibilização ambiental dos alunos do curso de

Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu

– FECLI/CE;

Investigar o comportamento quanto ao consumo sustentável dos alunos do

curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras

de Iguatu – FECLI/CE;

Verificar a influência do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de

Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/CE, nas práticas de consumo

sustentável dos alunos.

.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 A importância da Educação para a sustentabilidade.

Nos últimos anos, os recursos naturais têm sido utilizados como se

fossem infinitos, e não há qualquer preocupação com os impactos das atividades

realizadas (GOMES, 2006). Com isso, a sociedade vem sentindo o efeito de

mudanças ecológicas, como as mudanças climáticas, que resultam em tragédias em

todos os cantos do mundo. Esse cenário promove um repensar sobre o

comportamento humano na sua relação com o ambiente (GOMES; GORNI;

DREHER, 2011).

De uma forma geral, a Educação é comumente conceituada, apenas

como o ato ou a arte de saber educar e educar-se. Sob o ponto de vista ecológico,

ela constitui a adaptação (ecológica- evolutiva- social) do ambiente em que se vive.

Em outras palavras, o homem tem que se instruir para conhecer seu ambiente

(SOUZA; BENEVIDES, 2005).

A Educação, relacionada ao meio ambiente, é entendida como os

processos por meio dos quais, o indivíduo e a coletividade constroem valores

sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a

conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidade (CAVALHEIRO, 2008). Com o intuito de

despertar em todas as pessoas a consciência de que o ser humano depende do

meio ambiente para sua sobrevivência, e com isso superar a visão antropocêntrica,

que fez com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo (COSTA; PAIVA;

FILGUEIRA, 2006).

Nas suas diversas possibilidades, a educação para a sustentabilidade

abre um estimulante espaço para um repensar de práticas sociais, com base numa

adequada percepção, essencial do meio ambiente global e local, da

interdependência dos problemas e soluções e da importância da responsabilidade

de cada um para construir uma sociedade mais equitativa e ambientalmente

sustentável (JACOBI, 2006).

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Partindo para o conceito de Sustentabilidade, em seu sentido lógico, é a

capacidade de se sustentar, de se manter. Uma atividade sustentável é aquela que

pode ser mantida para sempre. Em outras palavras, é uma exploração de um

recurso natural exercida de forma sustentável que durará para sempre, não se

esgotará nunca. O sentido mais importante dessa sustentabilidade é que ela

simplesmente representa a justiça em relação às gerações futuras (MIKHAILOVA,

2004).

Relativamente atualizado e relacionado a todas as esferas da vida em

sociedade, sejam elas econômicas, sociais, culturais ou ambientais, a definição de

sustentabilidade procura harmonizar o ser humano, enquanto um ser social, levando

em conta o desenvolvimento econômico e o equilíbrio do meio ambiente. Com isso,

é possível caracterizar práticas sustentáveis entre as ações que são, ao mesmo

tempo, economicamente viáveis, socialmente justas, culturalmente respeitosas e

ecologicamente corretas (INSTITUTO AKATU, 2009).

O ensino para a sustentabilidade destaca a necessidade de mudança de

atitudes e comportamentos individuais em detrimento de mudanças que envolvem

processos políticos e econômicos (LIMA, 2003). Sendo este ensino, utilizada para

capacitar a sociedade no sentido de proteger o bem comum para a presente, e as

futuras gerações, incentivando a busca e a disseminação do conhecimento, a

implantação de tecnologias orientadas para uso eficiente de recursos naturais e a

proteção da natureza (BRASIL, 2011).

3.2 O consumismo e seus reflexos no Meio Ambiente.

O consumismo é considerado um consumo excessivo, irresponsável e

desenfreado, que pode ser entendido como o processo pelo qual o consumidor

interage com os elementos do universo material de que se apropriam, e por meio do

qual se relacionam com outros seres humanos e consigo mesmo, sem medir

qualquer consequência do excesso deste ato (BELINKY, 2010).

O modelo econômico adotado atualmente pelas sociedades proporciona e

induz a um alto padrão de consumo, que mesmo ao alcance de poucos, é

insustentável pelos danos que acarreta para o meio ambiente (GOMES, 2006).

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O rápido crescimento populacional em todo o mundo causa uma

necessidade muito grande de bens de consumo, e o consumo excessivo, por sua

vez, gera desperdício (PANAROTTO, 2008). Consumir faz parte do dia-a-dia, e o

consumo identifica as pessoas e as torna homogêneas, ou heterogêneas pelo que

possuem (TRANNIN, 2011).

Deste modo, a sociedade atual de consumo, vende a satisfação dos

desejos individuais, mas desperta nos consumidores a cada momento novos

desejos a serem satisfeitos, fazendo-os querer consumir sempre mais (BUENO,

2008).

O consumo está presente em todos os momentos da vida do ser humano,

seja no ato de tomar banho, quando se utiliza água e sabonete, seja ao andar de

carro, quando se consome combustível. Dependendo da atividade exercida por cada

um, haverá diferentes tipos de consumo (COSTA; OLIVEIRA, 2009).

Os jovens, por exemplo, estão muito associados ao consumismo e ao

materialismo vinculados às marcas, às tecnologias e à mídia com os quais se

identificam. Dessa forma, eles se afirmam e se diferenciam perante os demais

grupos sociais, criando um estilo de vida que cultiva o presente e a sua satisfação

das necessidades (CARDOSO; CAIRRÃO, 2007). Inserido nesse contexto, o acesso

aos créditos, cartões e outras facilidades nas vias de pagamentos parcelados, faz

com que o consumo comece muito cedo e se ampara, sobretudo na combinação do

crédito fácil, do forte apelo do consumo e da necessidade de afirmação dentro do

grupo social. A responsabilidade sobre o consumo deve ser acompanhada para

evitar o endividamento e ter discernimento sobre o valor das coisas (AZEVEDO,

2011).

Isso acontece, porque para a sociedade a forma que se consome é

maneira de como se vê o mundo. Há, portanto, uma conexão entre valores éticos,

escolhas políticas, visões sobre a natureza e comportamentos relacionados às

atividades de consumo (BRASIL, 2005). Quando há o excesso de consumo, isso

pode indicar a despreocupação dos indivíduos quanto aos aspectos da coletividade,

na medida em que a consequência individualista indica o pensamento alienado,

quanto à abundância de recursos no meio ambiente.

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Os produtos que consumimos, muitas vezes não são de boa qualidade, a

maioria deles são fabricados de modo que tenham curta duração e não permitam

consertos ou reutilização. Com isso, vão rapidamente parar nos lixões, onde geram

mais contaminação. Mantendo esse estilo de vida não sustentável, exercendo

excessiva pressão sobre o meio ambiente, dentro de algum tempo, poderá levar o

planeta a uma crise. Para que isso não ocorra é preciso reagir contra o consumismo

desenfreado aconselhado pelas mensagens publicitárias (UNIMED, 2005).

É por isso que deve haver uma mudança na maneira de como se

visualiza o modelo de desenvolvimento atual e, por conseguinte, nas práticas de

consumo até então realizadas. Isso pode ser conquistado com a modificação no

padrão de consumo, em que se busca redirecionar a visão do consumo moderno.

Como as práticas de consumo são individuais, percebe-se que cada um possui a

condição de escolha sobre suas ações, seguir a ideia de mudança no padrão de

consumo e considerá-lo viável (SILVA; BALBINO; GÓMEZ, 2011).

No entanto, é o comportamento do consumidor que direciona e influencia

a estrutura e o funcionamento do mercado, e este comportamento pode ser

influenciado pela mídia com suas mensagens publicitárias, pelos familiares, amigos,

formação cultural e pela educação (OLIVEIRA; CÂNDIDO, 2010).

O estudo relacionado ao comportamento do consumidor e o impacto que

este causa sobre o meio ambiente, inserindo a questão do consumo nas discussões

acerca da sustentabilidade é algo novo. Essa discussão surgiu diante da

comprovação dos altos níveis de degradação ambiental ocasionados pela excessiva

extração de recursos naturais necessárias à produção e pela grande quantidade de

resíduos gerados após o consumo dos itens produzidos (BARROS; OLIVEIRA;

CÂNDIDO, 2010).

O consumo irresponsável dos produtos gerados pela tecnologia tem

conduzido o planeta a um caminho de degradação e colocado em risco iminente à

sobrevivência de boa parte da humanidade. A urgência em encontrar soluções para

a crise ambiental, tem feito com que a palavra sustentabilidade esteja cada vez mais

presente nas discussões sobre como melhorar a qualidade de vida humana sem

causar os efeitos adversos da degradação ambiental (HARTMANN; ZIMMERMANN,

2008).

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Ultimamente, a abundância dos bens de consumo, continuamente

produzidos pelo sistema industrial é considerada um símbolo do sucesso da

economia moderna. No entanto, esta abundância passou a receber um sentido

negativo, sendo objeto de críticas que consideram o consumismo, um dos principais

problemas das sociedades industriais modernas. O aumento no consumo de

energia, água, minerais e elementos da biodiversidade vêm causando sérios

problemas ambientais, como a poluição da água e do ar, a contaminação e o

desgaste do solo, o desaparecimento de espécies animais e vegetais e as

mudanças climáticas (BRASIL, 2005).

Certamente, a vida é dependente do consumo, sendo que este em

excesso, implica em diminuição ou esgotamento de recursos naturais necessários à

produção. Desta forma, a questão central, transfere-se para a ocorrência do

consumo excessivo, ou seja, a obsessão por consumir sem preocupações com os

problemas ambientais e sociais resultantes destes processos (OLIVEIRA;

CÂNDIDO, 2010).

Com isso, o consumo passou a ser reconhecido como elemento vital em

debates sobre sustentabilidade, com destaque para a Agenda 21, documento

elaborado durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e

Desenvolvimento - Rio 92, que consiste em um documento que estabelece um

programa de ação para implementar as decisões tomadas durante a realização da

“Rio 92”, estabelecendo as dez responsabilidades dos Estados em eliminar sistemas

insustentáveis de produção e consumo, o qual dedicou o capítulo às políticas

públicas para mudança nos padrões de consumo (JACKSON, 2006 apud OLIVEIRA;

CÂNDIDO, 2010).

A questão central da prática de consumo é saber que tipo de consumo se

deve praticar, para satisfazer necessidades básicas ou supérfluas. Aprender a

escolher e ajudar a sociedade a ter uma atitude crítica e saudável, com certeza

transformará as pessoas em seres humanos melhores, ampliando assim, o papel da

responsabilidade frente ao mundo, assim como a capacidade de agir e transformá-lo

(AIUB; MARTINS; REINECKE, 2011).

Com isso, a crescente degradação do meio ambiente devido ao consumo

exagerado, se tornou um desafio em estabelecer um equilíbrio entre o

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desenvolvimento socioeconômico e a preservação do meio ambiente. Isso requer,

dentre outras atitudes, a incorporação de outra forma de consumo, conhecido como

consumo sustentável (COSTA; OLIVEIRA, 2009).

3.3 Educação Ambiental e o consumo sustentável

Em meio à complexidade que envolve o comportamento do consumidor,

destaca-se a importância da sua relação com o meio ambiente. Com isso, surge a

reflexão sobre como os indivíduos podem suprir sua necessidade de consumir bens

e serviços, de modo a não promover a degradação ambiental, pois, mesmo o

consumo de poucas pessoas, ao longo de suas vidas, faz diferença, tendo impacto

sobre a sociedade e o meio ambiente (GOMES; GORNI; DREHER, 2011). A

humanidade precisa fazer a transição para uma economia sustentável, que respeite

os limites físicos essenciais ao ecossistema mundial e garanta que continue

funcionando no futuro (DALY, 2005).

Estão surgindo novas preocupações por parte de alguns consumidores,

que mudaram o foco individualista de seu consumo para uma visão mais ampla,

dando origem ao movimento na sociedade, por um consumo mais consciente

(SANTOS et al., 2008 apud SILVA; BALBINO; GÓMEZ, 2011). Essa mudança de

pensamento se dá através da Educação Ambiental e educação para o consumo, da

percepção ambiental e da mudança de pequenas atitudes (PANAROTTO, 2008).

No entanto, a Educação Ambiental concorre com os apelos ao consumo

veiculados pelos meios de comunicação de massa, nos quais prevalece o apelo ao

consumismo, embora também veiculem campanhas ambientalistas (BRANDALISE

et al., 2009). Portanto, as ideias que os indivíduos têm sobre sustentabilidade podem

variar, podendo ser orientadas por vontades ou desejos pessoais (GUIMARÃES;

TOMAZELLO, 2004).

A Educação Ambiental consiste em contribuir para a percepção das

complexidades do ambiente de uma maneira que pode sensibilizar tanto o indivíduo,

quanto a coletividade, da importância de sua organização e participação na defesa

de todas as formas de vida. Pretendendo incentivar a mobilização dos cidadãos, a

partir do reconhecimento das causas e das consequências dos impactos

socioambientais que afligem o planeta, buscando satisfazer as necessidades

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fundamentais da humanidade, ao mesmo tempo em que são respeitados os direitos

das gerações futuras terem acesso a um ambiente sadio. Resumindo, a Educação

Ambiental é um dos mecanismos que leva ao desenvolvimento sustentável, um dos

veículos das alternativas da sustentabilidade (CASTRO; VIEIRA, 2011).

O consumidor consciente ou sustentável é aquele que passa de ‘‘cidadão

consumidor’’ a ‘‘consumidor cidadão’’, e esse processo inclui a busca do equilíbrio

entre as necessidades individuais, as possibilidades ambientais e as necessidades

sociais nas três etapas de consumo, que é a escolha na compra, no uso e no

descarte. Nesse sentido, o consumidor passa a considerar os aspectos de eficiência

do produto ou do serviço ao lado dos impactos sobre o meio ambiente e na

sociedade (INSTITUTO AKATU, 2005). Este consumidor sustentável pode ser

considerado um primeiro passo, para alcançar a sustentabilidade, à medida que, no

plano individual, o consumidor pode adotar atitudes ambientalmente positivas,

mudando sua postura no consumo (COSTA; TEODÓSIO, 2011).

O consumo sustentável pode ainda ser entendido como sendo o

responsável pela mudança do cidadão. A responsabilidade social é uma nova

consciência do contexto social e cultural, no qual se inserem as empresas e os

cidadãos. A proposta do consumo sustentável está repleta de análises que

consideram que se os consumidores tiverem conhecimento suficiente, eles terão a

necessária sensibilização ambiental que poderá induzi-los a atitudes e

comportamentos corretos (AFONSO, PETRONI, SOUZA, 2011).

Ter uma consciência ambiental implica na busca e na concretização de

novos valores na forma de ver e viver no mundo, a partir da complexidade

ambiental, que possibilita a construção de novos padrões cognitivos na relação

homem/natureza (SOARES; NAVARRO; FERREIRA, 2004).

O consumo sustentável pode ser definido como a consciência ecológica

na compra de produtos e serviços, o não desperdício de recursos, o empenho em

reciclagem de materiais e produtos e a propensão para um estilo de vida menos

consumista (RIBEIRO; VEIGA, 2011).

Esse tipo de consumo nasce da mudança de atitude dos consumidores e

da sociedade em geral, é a forma de consumo que utiliza os recursos naturais para

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20

satisfazer as necessidades atuais, sem comprometer as necessidades e os anseios

das gerações futuras (GOMES, 2006). Ele abrange muito mais do que a escolha de

produtos dentre os mais sustentáveis, exige a discussão ampla da revisão do

modelo de consumo vigente e, em alguns casos, o consumo sustentável pode levar

a um não consumo (CAPELINI, 2007).

O consumo sustentável pode ser considerado como o uso de bens e

serviços que atendam às necessidades básicas, proporcionando uma melhor

qualidade de vida, enquanto minimizam o uso dos recursos naturais e materiais

tóxicos, a geração de resíduos e a emissão de poluentes durante todo ciclo de vida

do produto ou do serviço, de modo que não se coloque em risco, as necessidades

das futuras gerações (BRASIL, 2011).

De modo mais simples, esta forma de consumo, pode ser definida como

um ato de equilíbrio. Trata-se de consumir protegendo o meio ambiente, utilizando

os recursos naturais com sabedoria e promovendo a qualidade de vida agora, e

mesmo assim não estragar a vida dos futuros consumidores (OLIVEIRA; CÂNDIDO,

2010).

A ideia de um consumo sustentável não se limita a mudanças

comportamentais de consumidores individuais ou, ainda, as mudanças tecnológicas

de produtos e serviços para atender a este novo nicho de mercado. Apesar disso,

não deixa de enfatizar o papel dos consumidores, porém priorizando suas ações,

individuais ou coletivas, enquanto práticas políticas (BRASIL, 2005).

Em sua essência, este modo de consumo deve criar nos consumidores

uma sensibilização ecologicamente seletiva, capaz de desenvolver dentro do

cotidiano novos hábitos de consumo mais responsáveis com menor volume de

desperdício. Primeiramente deve-se educar para a redução, afinal nem tudo que

consumimos é realmente uma necessidade, devemos passar a observar nossas

necessidades “reais” e as “criadas” pela mídia. Posteriormente, deve-se educar para

a reutilização, muitos dos produtos que consumimos podem servir para novos usos,

a introdução desta prática em nossas vidas também minimizam os impactos dos

descartáveis. E em seguida, temos que passar a reciclar os produtos já utilizados,

ou seja, introduzi-los novamente ao sistema produtivo de forma que se transformem

em novos produtos (ORTIGOZA, s/d).

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21

Entretanto, o conhecimento das questões ambientais, apesar de ser

considerado como um indicador da possibilidade de ação consciente do consumidor,

não parece significar obrigatoriamente um comportamento de compra

ecologicamente correto (GOMES; GORNI; DREHER, 2011).

Isso porque o consumidor ecologicamente correto é aquele que tem

consciência do impacto de seus hábitos de consumo no meio ambiente e que se

empenha em comprar produtos que não prejudiquem o meio ambiente (CARDOSO;

CAIRRÃO, 2007). Sabe-se que para perceber que é necessário ser consciente de

que as ações do homem influenciarão no futuro da natureza e do planeta, é

necessário ter uma percepção ambiental. Essa percepção é a interpretação que uma

pessoa faz de uma mensagem e esta pode ser diferente dependendo de quem a

recebe, o que leva a crer que o nível de instrução e experiência, influencia no modo

como um estímulo é percebido e, consequentemente, nas atitudes e

comportamentos de consumo, sendo que essa percepção é decorrente da Educação

Ambiental (BRANDALISE et al., 2009).

É a partir da percepção de que os atuais padrões de consumo estão nas

raízes da crise ambiental, que a crítica ao consumismo pode passar a ser vista como

uma contribuição para a construção de uma sociedade mais sustentável. Mas como

o consumo faz parte do relacionamento entre as pessoas e promove a sua

integração nos grupos sociais, a mudança nos seus padrões se torna muito difícil.

Por isso, este tema vem fazendo parte de programas de Educação Ambiental

(BRASIL, 2005).

Devido aos aspectos mencionados anteriormente, a adesão dos

consumidores às propostas de consumo ecologicamente correto deve ser

compreendida e observada a partir de dois pontos de vista: atitudes e

comportamentos. “Atitude” significa o grau de adesão do consumidor a valores,

conceitos e opiniões sobre os papéis de empresas e consumidores em relação à

sustentabilidade, e consumo consciente. Já “comportamento” está ligado à prática

cotidiana de ações ligadas ao consumo e que geram impacto efetivo para o meio

ambiente, a economia, o bem-estar pessoal e a sociedade como um todo

(INSTITUTO AKATU, 2010).

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22

Nesse contexto, a sensibilização ecológica deve ser buscada através da

Educação Ambiental, sendo esta, uma grande aliada do consumo consciente e

sustentável (PANAROTTO, 2008). Portanto, ela é uma forma efetiva de estimular a

sensibilização e a participação de todos os cidadãos, partindo-se da dimensão

individual para a coletiva e das questões locais para as globais (CASTRO; VIEIRA,

2011).

3.4 Percepção ambiental: a contribuição do ensino superior

Nos últimos anos, os problemas ambientais vêm sendo alvo de

constantes discussões no meio acadêmico, muito se discute sobre a origem desses

problemas, as proporções que eles estão tomando na terra e em alguns momentos,

também são apresentadas algumas propostas de prevenção aos impactos negativos

que geram os problemas ambientais (MACÊDO; OLIVEIRA; MARACAJÁ, 2012).

As Universidades, e todos os estabelecimentos de Ensino Superior, que

assumem uma responsabilidade na preparação das novas gerações para um futuro

viável quer pela reflexão e/ou por seus trabalhos de pesquisa, esses

estabelecimentos devem não somente advertir, ou mesmo dar o alarme, mas

também conceber soluções racionais. Devem tomar a iniciativa e indicar possíveis

alternativas, elaborando esquemas coerentes para o futuro (SOUZA; BENEVIDES,

2005).

Há uma necessidade de formar "ambientalmente" profissionais que, por

sua atividade, anseia de alguma maneira, a qualidade do meio ambiente que é

urgente, até porque, em última instância, é a qualidade do meio ambiente que vai

garantir a qualidade de vida em uma sociedade mais justa (GUIMARÃES;

TOMAZELLO, 2003).

De acordo com Oliveira (2009, p. 14-15):

As instituições de ensino superior (IES) têm sua empregabilidade embasada por três linhas de ação: ensino, pesquisa e extensão. No contexto da sustentabilidade, tais linhas são claramente definidas e valorizadas e de importância inestimável. O ensino tem seu papel na formação dos futuros profissionais, oferecendo não apenas a educação formal, as ferramentas e a tecnologia, mas também propiciando uma formação plena, interiorizando valores e moldando o caráter comprometido com a sustentabilidade do planeta, com a promoção humana e valorização da vida. No campo da pesquisa, as IES têm o compromisso de desenvolver tecnologias limpas, voltadas para evitar ou reduzir os danos ambientais causados pelas

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atividades antrópicas [...]. A extensão consiste na difusão de tais tecnologias, aplicando-as em beneficio da coletividade [...].

A Universidade como contribuidora de um futuro sustentável, pode utilizar,

ao seu favor, as ciências e as tecnologias, a fim de proporcionar uma maior

compreensão dos limites da natureza, confrontando eficiência e produtividade na

certeza de que as necessidades atuais da humanidade estão próximas desses

limites; sendo a educação baseada na “eco-ética”, reconhecendo os recursos

naturais como bens universais e promovendo assim, um consumo justo e

responsável (OLIVEIRA, 2009).

Entende-se que cabem iniciativas de pesquisa sobre atitudes práticas dos

alunos em seu cotidiano, no sentido de fortalecer o preparo de profissionais que

sejam comprometidos com o atendimento de demandas relacionadas com a

sustentabilidade social e ambiental. É possível observar como prática relevante para

o contexto organizacional e social, assim como pelo crescente interesse e difusão, a

importância da formação em gestão social e ambiental para estudantes (AZEVEDO,

2011).

A Educação Ambiental no meio acadêmico pode ser considerada

essencial, como uma possível ferramenta mais apta e efetiva de sensibilização e

difusão de informações e percepções, capazes de tornar a coletividade, o ator

principal na luta pela sadia qualidade de vida (CASTRO; VIEIRA, 2011); sendo que

ela possui um papel fundamental na formulação de uma nova mentalidade. De modo

mais específico, a educação para o consumo é elemento-chave na sensibilização da

população. Somente com atitudes e procedimentos éticos será possível a

construção de uma sociedade mais justa, para o que a Educação Ambiental tem um

papel fundamental (GOMES, 2006).

A educação para a sustentabilidade deve ocorrer através de processos

contínuos e interativos, e inclina-se para a formação de atitudes, aptidões,

capacidade de avaliação e de ação crítica no mundo (SANTOS, 2002 apud GOMES,

2006). A partir desse momento, poderá haver uma mudança racional e acentuada

nos valores e princípios sociais, em que havendo um efetivo comprometimento no

resguardo da saúde das diferentes formas de vida, inclusive do próprio homem,

enquanto ser dependente e indissociável da cadeia formada pelas relações entre

sistemas vivos do planeta (CASTRO; VIEIRA, 2011).

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24

No meio acadêmico, a sustentabilidade das ações humanas tem sido um

assunto tratado por algumas disciplinas, como a Educação Ambiental e a Ecologia,

ambas inseridas no curso de licenciatura em Ciências Biológicas, sendo que este

curso deve contribuir de forma significativa no processo de sensibilização ambiental

por parte dos alunos.

Os alunos inseridos nesse curso podem ter ações individuais mais

conscientes, por serem sensibilizados, informados e possivelmente preocupados

com as questões ambientais, tendo uma estratégia de mudança em direção à

sociedade sustentável. As mudanças devem ocorrer no sentido de mudar o perfil

desses consumidores e, posteriormente a sociedade, alertando a responsabilidade e

a questão ética destes, em saber consumir corretamente e de maneira sustentável

(PORTILHO, 2003).

A faculdade pode, a partir da discussão sobre o meio ambiente em sala

de aula, contribuir de várias formas para a sustentabilidade, e uma delas é como

modelo de práticas sustentáveis, baseado na premissa que o comportamento

sustentável deve começar dentro da própria faculdade, para que assim possa

disseminar as atitudes “sustentáveis” para a sociedade. Portanto, será importante

que as faculdades desempenhem seu papel como disseminadoras de conhecimento

através formação de uma percepção e sensibilização ambiental. Elas devem ser

modelos para os estudantes e para a sociedade, incentivando a sustentabilidade na

sociedade e mostrando-se como um exemplo através de suas práticas sustentáveis

(FERRANTI; JABBOUR, 2012).

Partindo da assimilação correta sobre a sustentabilidade nesse ambiente

acadêmico, os alunos poderão por meio da reflexão do seu ato de consumir (na hora

de escolher o que comprar, de quem comprar e definir a maneira de usar e como

descartar o que não serve mais), maximizar os impactos positivos e minimizar os

negativos do consumo, contribuindo com seu poder para construir um mundo melhor

(INSTITUTO AKATU, 2002).

Nesse sentido, acredita-se que os jovens universitários, por estarem

envolvidos em discussões atuais e acadêmicas sobre as questões ambientais,

podem ser considerados mais sensibilizados com relação ao consumo sustentável

(GORNI, GOMES, DREHER, 2011).

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25

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.1 Tipo de Estudo

Este estudo teve caráter exploratório, descritivo com abordagem

quantitativa. O objetivo de uma pesquisa exploratória é a familiarização com um

assunto ainda pouco conhecido, pouco explorado. Ao final de uma pesquisa

exploratória, deve-se conhecer mais sobre aquele assunto tratado, estando apto a

construir hipóteses (GIL, 2008).

A pesquisa descritiva tem o objetivo de descrever determinada população

ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Esse tipo de estudo

tem como característica mais significativa a utilização de técnicas padronizadas de

coleta de dados, tais como o questionário (PONTE et al., 2007).

Uma pesquisa quantitativa se caracteriza, tanto na coleta de dados como

na sua análise, pela utilização de procedimentos numéricos, que garantem uma

maior precisão na interpretação dos resultados (BAPTISTA; CUNHA, 2007).

4.2 População e Amostra

A população do estudo envolveu alunos do sétimo e nono semestres, do

curso de licenciatura em Ciências Biológicas, da Faculdade de Educação, Ciências e

Letras de Iguatu – FECLI, Ceará. Tendo como amostra um total de 42 universitários

que participaram da pesquisa.

Para seleção da amostra foram adotados os seguintes critérios de

inclusão: alunos que estiveram presente na aula no dia da realização do

questionário; alunos que tinham cursado as disciplinas obrigatórias Educação

Ambiental e Ecologia.

4.3 Local de Estudo

O estudo foi realizado no curso de Ciências Biológicas da Faculdade de

Educação, Ciências e Letras de Iguatu, unidade da Universidade Estadual do Ceará.

Situada no município de Iguatu, na Avenida Deoclécio Lima Verde s/n, Bairro Areias.

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26

O município do Iguatu está localizado na região Centro-Sul do estado do

Ceará, a 305 km da capital Fortaleza, e está inserido no bioma da Caatinga,

ocupando uma área de aproximadamente 1.017 km2. Estabelece limites com

Quixelô, ao Norte; Cedro e Cariús, ao Sul; Orós, Icó e Cedro (IBGE, 2010).

A Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, foi fundada no

ano de 1979, e atualmente dispõe de cinco cursos de graduação em licenciatura,

que são: Matemática, Física, Letras, Pedagogia e Ciências Biológicas, sendo que

este último começou a funcionar em 2003.

4.4 Coleta de Dados

Os dados foram coletados no mês de setembro de 2012, a partir de um

questionário estruturado (Apêndice A), composto por dezesseis perguntas, com o

intuito de responder aos objetivos desta pesquisa.

Um questionário pode ser considerado como um conjunto de questões,

feito para gerar os dados necessários para se atingir os objetivos do projeto. A sua

construção não é uma tarefa fácil, e aplicar tempo e esforço adequados para se

construir um questionário é uma necessidade, um fator de diferenciação favorável

(PARASURAMAN, 1991 apud CHAGAS, 2000).

O questionário é um dos métodos mais utilizados, e consiste em uma lista

de questões formuladas pelo pesquisador a serem respondidas pelos sujeitos

pesquisados (BAPTISTA; CUNHA, 2007).

4.5 Análise Estatística dos Dados

Após levantamento, realizou-se o tratamento de dados, buscando

conhecer o nível de sensibilização ambiental dos alunos, o reflexo dessa

sensibilização nas práticas de consumo e analisou-se a influência do curso de

Ciências Biológicas nessas práticas de consumo por meio do ensino sobre as

questões ambientais.

Como a pesquisa apresenta uma abordagem quantitativa, para a

amostragem dos dados utilizaram-se recursos estatísticos como porcentagens,

gráficos e tabelas.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados encontrados foram analisados a partir de um levantamento

feito com universitários, do sétimo e nono semestres do curso de Ciências

Biológicas, da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, situada no

município de Iguatu/Ceará. Participaram da pesquisa 42 universitários, presentes na

sala de aula no dia da aplicação do questionário e que haviam cursado as disciplinas

obrigatórias que tratam das questões ambientais, critérios necessário para a

participação no estudo, informado aos alunos antes da aplicação do questionário.

Os dados foram analisados e demonstrados através de recursos

estatísticos com a utilização de porcentagens, gráficos e tabela, a fim de concretizar

os resultados da pesquisa com base nos objetivos propostos.

5.1 Nível de sensibilização ambiental dos alunos.

Para a análise do nível de sensibilização dos universitários, foram

elaborados alguns questionamentos. Na pergunta que versava sobre como os seres

humanos podem explorar os recursos naturais, a totalidade respondeu que devem

ser utilizados de forma equilibrada, respeitando os limites da natureza, lembrando

que os recursos naturais são limitados.

Um recurso natural é tudo que a natureza oferece para que a humanidade

possa atender às suas necessidades. Atualmente, esses recursos são utilizados de

forma desequilibrada, principalmente por algumas indústrias que pensam somente

no seu desenvolvimento econômico e social, esquecendo-se da importância que a

natureza tem para sobrevivência da humanidade. Muitas vezes, essas indústrias

utilizam esses recursos como se eles fossem infinitos, desequilibrando ainda mais a

natureza. É muito importante que cada pessoa saiba que é essencial para a

humanidade saber como utilizar os recursos que a natureza oferece, para que eles

não se esgotem.

Neste item, os universitários responderam positivamente a questão,

mostrando-se entendedores, este fato pode ter ocorrido devido aos alunos estarem

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no curso de Ciências Biológicas, e em suas disciplinas estes assuntos serem

tratados e discutidos em sala de aula.

De acordo com Rosmaninho e Naendralal (2007), um recurso natural é

tudo o que existe na Natureza e que serve para satisfazer as necessidades da

humanidade. Esses recursos são considerados inesgotáveis, pois é possível sua

renovação, no entanto, a superexploração pode levar a exaustão destes recursos,

tornando-os limitados.

Conforme menciona Raulino; Nóbrega e Costa (2007), o meio ambiente é

fonte de matérias primas e energia, essenciais ao desenvolvimento econômico e

social. Contribuindo significativamente para o bem-estar da população. Porém, não

se pode permitir que o futuro da humanidade seja ameaçado por uma corrida

capitalista que se preocupa em excesso com o lucro, deixando de lado a qualidade

de vida do homem. Deve-se criar condições propícias a essa qualidade de vida,

preservando o meio ambiente em função das gerações futuras e criando soluções

adequadas, voltadas à conservação e ao controle dos recursos naturais, os quais se

apresentam como fonte primária da economia e do controle do meio.

Para Medina (2012) a humanidade precisa usar os recursos naturais para

sua sobrevivência, e não é preciso dizer que o uso indiscriminado, apenas

consumindo e retirando predatoriamente sem se preocupar com o meio ambiente de

onde se consumiu, é uma maneira bastante ignorante, baseada na ideia de ganho

fácil e de que os recursos são infindáveis. É preciso encontrar uma solução de

equilíbrio, entre as necessidades humanas e o que o ambiente pode oferecer.

Em relação como os seres humanos devem manter o equilíbrio da

natureza, 79% dos universitários considerou que tanto a convivência harmoniosa

entre natureza e humanidade, como a utilização dos recursos naturais de forma

equilibrada são fatores que mantém esse equilíbrio natural; 14% consideram que,

somente a utilização equilibrada dos recursos naturais é suficiente para o equilíbrio

da natureza, e alguns 7% consideram que somente a convivência harmoniosa entre

o homem e a natureza favorecerá esse equilíbrio (GRÁFICO 1).

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GRÁFICO 1: Posicionamento dos universitários do curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE, sobre como os seres humanos devem manter o equilíbrio da natureza. Iguatu/CE, 2012.]

Os universitários demonstraram ter consciência de como se deve manter

o equilíbrio natural, visto que nenhum dos pesquisados escolheu o item que afirma

que o equilíbrio da natureza deve ser pela exploração abusiva do meio ambiente a

favor do bem estar humano.

A harmonia entre homem e natureza, assim como o uso dos recursos

naturais de forma equilibrada são fatores essenciais para a manutenção do equilíbrio

natural. Os seres humanos não existem somente para explorar o meio ambiente a

seu favor, muitos não percebem que são parte integrante da natureza e que seu

desequilíbrio pode levar a grandes consequências para a humanidade, estando esta

afirmação de acordo com Macedo et al. (2003), que o respeito e a convivência

harmoniosa entre os seres humanos e o meio ambiente, é um fator essencial para a

conservação da natureza e da sustentabilidade.

Fernandes (2010) afirma que a natureza e o ser humano compõem um

conjunto com todo o planeta e o universo, e quando esse conjunto é separado causa

um grande desequilíbrio. Isso leva a crer que a convivência harmoniosa entre

homem e natureza é indispensável para a manutenção do equilíbrio natural.

Para haver esse equilíbrio é essencial que os recursos naturais sejam

utilizados de forma equilibrada, balanceando o que é produzido e o que é consumido

(MEDINA, 2012).

14%

7%

79%

Utilização dos recursos naturais de forma equilibrada.

Convivência harmoniosa entre a humanidade e a natureza.

Os dois últimos itens anteriores.

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Em relação à percepção de quem deve se preocupar com a conservação

e a preservação do meio ambiente, 55% respondeu que os jovens universitários, a

sociedade, as indústrias, fábricas e os governantes, todos devem ser responsáveis

em preservar e conservar o ambiente; 45% dos universitários mencionaram que a

sociedade deve ser a responsável pela preservação e conservação do meio

ambiente.

Acredita-se que os universitários que mencionaram somente a sociedade,

que não inclui os empresários, como os responsáveis pela preocupação em

preservar e conservar o meio ambiente pode ser pouco conhecedor da

responsabilidade que as indústrias e fábricas (empresários) possuem com relação

ao meio ambiente, pois estes são os que mais exploram diretamente os recursos

naturais para produção de produtos e serviços, com o intuito de atender a sociedade

consumista que sempre quer uma maior quantidade de produtos para atender as

suas necessidades individuais, e isso torna as empresas mais preocupadas em

obter mais lucros, muitas vezes deixando de lado a questão ambiental.

Atualmente algumas empresas devido ao grande consumo de recursos

naturais, estão incorporando em suas estratégias o conceito de sustentabilidade e

produção mais limpa, pois são alvos de novas expectativas quanto as suas

responsabilidades para com a sociedade, como agentes que dispõem de recursos

tecnológicos e financeiros para uma atuação mais rápida, efetiva e eficaz na solução

dos problemas ambientais e sociais (MARTINS; CONTI; LISBOA, 2011).

Os governantes também são responsáveis pela preocupação com o meio

ambiente, através do incentivo à população em favor da preservação ambiental em

cada município, estado e/ou país, seja através de campanhas, projetos e

mobilização da sociedade em prol do bem da natureza.

O fato da maioria dos universitários considerarem que todos são

responsáveis pela preservação do meio ambiente, é algo positivo, pois esta deve ser

uma preocupação de todos, se cada um fizer a sua parte o meio ambiente se tornará

menos prejudicado pela ação humana, todos devem se preocupar com a

preservação da natureza, porque a humanidade depende diretamente do meio

ambiente para sua sobrevivência. Este resultado reflete a consciência dos

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universitários sobre a responsabilidade geral, diante da preocupação com a

preservação ambiental.

Macedo et al. (2003) afirma sobre a responsabilidade sobre o meio

ambiente, que a construção coletiva de um ambiente e de uma sociedade melhor,

depende de todos, sejam eles, alunos, políticos, governos, empresários, instituições

ou sociedade.

Para Salera Júnior (2010) não é diferente, segundo ele, todos contribuem

de diferentes maneiras, seja involuntariamente ou não, para a degradação do meio

ambiente, pois todo ser humano faz uso dos recursos que vêm da natureza por meio

da obtenção de bens e serviços diversos, o que constantemente causa alterações

nos ecossistemas naturais. Devido a este fato, todos são responsáveis pela

conservação e preservação do meio ambiente, sejam eles os jovens, a sociedade,

as indústrias e os governantes, visto que todos utilizam os recursos provenientes do

meio ambiente.

Relacionado ao conhecimento que os universitários detêm sobre as

definições de sustentabilidade e reciclagem, verificou-se que 100% são

entendedores sobre esses dois conceitos, que são fundamentais para verificar a

percepção e a sensibilização dos alunos com relação ao meio ambiente.

A sustentabilidade é uma forma de garantir uma boa qualidade de vida

para as gerações futuras, ou seja, é atender as necessidades básicas e atuais de

modo responsável, para que essas também possam atender as suas necessidades

sem que haja a destruição dos recursos. O desenvolvimento econômico é algo

essencial para o crescimento de uma cidade, estado ou pais, contudo, deve ocorrer

de forma sustentável, sem agredir o meio ambiente através do excesso de extração

de recursos naturais ou pela poluição causada pelos resíduos gerados. Já a

reciclagem é uma forma de reaproveitamento de materiais para a produção de

outros produtos de consumo.

Conhecer a definição de sustentabilidade e reciclagem é algo

indispensável para a obtenção de uma sensibilização ambiental, pois a partir deles é

que as pessoas podem ter hábitos de vida mais adequados à preservação do meio

ambiente. O conhecimento dos universitários, sobre essas definições pode ter sido

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obtido através do meio acadêmico ou através dos meios de comunicação, como a

mídia, que hoje em dia fala bastante sobre esses termos.

Para Matias e Pinheiro (2008), a sustentabilidade consiste em atender as

necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras, e que o

desenvolvimento econômico deve ocorrer sem causar nenhum dano ao meio

ambiente. No que se refere ao processo de reciclagem, ela pode ser entendida

como o reaproveitamento de materiais como matéria-prima para um novo produto e

como a reutilização e/ou transformação de materiais usados em novos produtos de

consumo.

Costa (2009) afirma que tanto a sustentabilidade, quanto seus termos

derivados como, por exemplo, desenvolvimento e consumo sustentável remetem à

ideia de que sustentável seria aquele modo de viver, de consumir e de desenvolver

que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as

futuras gerações satisfazerem as próprias necessidades.

Conforme menciona Freguglia, Silva e Almeida (2012), reciclagem é o uso

do lixo para produzir novos produtos, e é uma medida consciente de salvar o

planeta, pois ajuda a preservar as matérias-primas, e também reduz a poluição,

porque o lixo não precisa ser incinerado, enterrado ou controlado em locais

apropriados. Martins, Conti e Lisboa (2011) têm o mesmo pensamento, pois para

eles, a tecnologia avançada se propõe a facilitar a vida do ser humano, trazendo

materiais portáteis, fáceis de manipular e de pouca duração, o que

consequentemente torna-se lixo mais rápido, e a reciclagem é uma atividade que

ajuda minimizar os problemas causados pelo lixo gerado.

5.2 Prática de consumo sustentável por parte dos alunos.

Como análise da prática de consumo sustentável dos universitários, foram

elaboradas perguntas pessoais sobre seus hábitos diários de consumo. Foi

questionado aos universitários quanto à presença de produtos e/ou alimentos

produzidos por ele mesmo, ou por alguém da família em sua residência, como por

exemplo, alimentos plantados e materiais de limpeza. Verificou-se que 71%, não

possuem esses produtos em casa; 29% possuem esses produtos e alimentos que

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são plantas frutíferas, legumes, verdura, queijos, erva e material de limpeza, como o

sabão (GRÁFICO 2).

GRÁFICO 2: Atitude dos universitários do curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE, quanto a produção de produtos e/ou alimentos em sua casa. Iguatu/CE, 2012.

Ter o hábito de produção caseira é algo que não é difícil de ser praticado,

seja de materiais de limpeza ou pequenas plantações. E essa prática está

diretamente associada à questão da sustentabilidade, não apenas ambiental, mas

também econômica e social, uma vez que, esses produtos são considerados menos

agressivos ao meio ambiente devido a pouca utilização de matéria-prima química e

contaminante que pode em longo prazo, prejudicar a saúde humana e o meio

ambiente.

No caso de alimentos plantados, como legumes, verduras e ervas, alguns

dos universitários podem ter respondido não realizar esta prática por morarem na

zona urbana, pois muitas vezes, esta prática está associada somente a quem mora

em zona rural, no entanto, morar na zona urbana não impede de ter esses alimentos

em casa, por serem plantas pequenas e de fácil cuidado. É muito bom ter acesso

fácil a uma erva ou legume em casa, por ser mais saudável, além de favorecer a

saúde, devido ser um produto considerado orgânico por não ter grande quantidade

de agrotóxicos como aqueles encontrados no mercado, favorecendo também o meio

ambiente.

De acordo com Gontijo (2011), vivendo em zona urbana, são poucas as

pessoas que podem ir até o quintal e colher verduras, legumes e ervas fresquinhos

29%

71%

Sim. Não.

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34

na hora de preparar as refeições. Nos centros urbanos, a solução é mesmo fazer no

mercado, mas, para quem quer ter sempre à mão temperos naturais não é tão difícil

montar uma horta doméstica. Além de proporcionar a quantidade certa de ervas,

legumes e hortaliças, sem desperdício, plantar mudas em casa traz também a

vantagem de ter o alimento a um custo quase nulo. Qualquer pessoa que tenha um

espaço livre em casa com alguma incidência de sol pode cultivar, desde temperos,

ervas medicinais e aromáticas até hortaliças e legumes frescos, livres de produtos

químicos.

Bianco (2011) menciona que os alimentos plantados em casa têm

grandes vantagens, por serem mais saborosos que os encontrados no mercado,

eles estão sempre frescos, livres de agrotóxicos e podem ser plantados em qualquer

lugar, desde que haja incidência de luz, sem esquecer que são altamente

sustentáveis para o meio ambiente.

A produção de materiais de limpeza, como o sabão citado pelos

universitários, é uma pratica sustentável que utiliza óleo de cozinha usado. Este

sabão é considerado menos agressivo ao meio ambiente pela não utilização de

produtos químicos que geram poluição no meio ambiente, além de serem de baixo

custo e fácil de ser produzido. Esta prática é simples, pode ser realizada por

qualquer pessoa e em qualquer lugar, no entanto os alunos se apresentam pouco

interessados em ter esses hábitos mais sustentáveis de consumo.

Aikawa (2010) menciona que o sabão caseiro por utilizar menos matéria-

prima química, causa menor impacto à natureza após escoar pelo ralo e chegar aos

rios e oceanos. Também são mais baratos e tão eficientes quanto os

industrializados. Os produtos caseiros tendem a ser menos agressivos ao ambiente

do que os industrializados. Além de ser eficiente e poluir menos, o sabão caseiro

reaproveita o óleo, que causaria estragos ao ambiente se chegasse aos rios, sem

contar o risco de entupimento de tubulações de esgoto.

Apesar das grandes vantagens em realizar essas práticas de consumo,

isto parece não influenciar os universitários em estudo, talvez pela falta de

conhecimento, incentivo ou até mesmo pela falta de interesse dos mesmos em ter

hábitos simples de consumo sustentável no seu cotidiano.

Page 36: Consumo sustentável a percepção e a prática de estudantes do curso de ciências biológicas da faculdade de educação, ciências e letras de iguatu  luc

35

No que se refere aos alunos darem prioridade a produtos que não

prejudiquem o meio ambiente e se eles já influenciaram alguém a praticar essa

atitude, percebeu-se que 36% nunca praticaram esse ato; 31% sempre que possível

praticam essa ação; 19% dão preferência a esses produtos e já influenciaram

alguém a praticar a mesma atitude; e 14% dão preferência, mas não influenciaram

ninguém a isso (GRÁFICO 3).

GRÁFICO 3: Prática dos universitários do curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE, em relação a darem prioridade a produtos que não prejudicam o meio ambiente e a influenciar alguém a praticar essa atitude. Iguatu/CE, 2012.

Produtos que não prejudicam o meio ambiente podem ser biodegradáveis

ou aqueles feitos com material reciclado. Estes são encontrados atualmente em

muitos mercados, e tem a característica de agredir pouco ou não trazer nenhuma

consequência ao meio ambiente, desde a sua produção até o seu descarte.

Brandalise et al. (2009) considera um produto que não prejudica o meio

ambiente, como aquele que impacta de forma mínima a natureza, nas suas etapas

do ciclo de vida, que é a obtenção e o processamento de matérias-primas, uso, pós-

utilização e descarte, considerando a extração de matéria-prima utilizada, o seu

transporte, o quantidade de energia consumida, sua vida útil, biodegradabilidade e

reciclabilidade.

Atualmente muitas empresas, devido a grande repercussão do tema

sustentabilidade em conferências, debates e na mídia, elas são incentivadas a

produzir mais produtos que não prejudiquem o meio ambiente. Graças a esse

14%

19%

31%

36%

Sim, dou preferência, mas não influenciei ninguém a isso.

Sim, dou preferência e já influenciei algumas pessoas.

Sempre que possível pratico essa ação.

Nunca pratiquei esse ato.

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incentivo, às pessoas podem escolher produtos mais sustentáveis e que estejam

engajados em causas sociais e ambientais.

Para Costa (2009) devido ao aumento no interesse pelas questões

socioambientais por parte de algumas empresas, não demorou muito a aparecer no

mercado novos produtos e serviços engajados a alguma causa social, como os

produtos ecologicamente corretos, os produtos orgânicos, entre outros, para atender

a essa nova demanda por parte dos consumidores.

Dar preferência a produtos que não prejudicam o meio ambiente é algo

essencial para ser um consumidor sustentável. Um verdadeiro consumidor

sustentável não apenas escolhe esses produtos, como também tenta influenciar as

pessoas a seu redor, seja familiares, amigos, vizinhos, a praticar a mesma atitude. O

que infelizmente prevalece apenas em uma minoria dos universitários em estudo.

Para Raposo (2003) ser um consumidor ecologicamente correto ou

sustentável, é preciso ter a atitude de selecionar os produtos que compra e usa em

casa, dando preferência aos que menos contaminam o meio ambiente. E tentando

influenciar as pessoas ao seu redor a terem a mesma atitude.

De acordo com a pesquisa, praticar esse ato é algo que prevalece entre

muitos dos universitários, apesar de alguns ainda mencionarem não praticar essa

atitude, o que é algo preocupante o fato de universitários do curso de Ciências

Biológicas, possíveis conhecedores da importância do meio ambiente.

Quando questionados sobre a responsabilidade em relação ao processo

de reciclagem, verificou-se que 60% dos alunos mencionaram que sempre quando

possível, reaproveitam produtos ou materiais de consumo; 5% dão prioridade a

produtos feitos com material reciclável ou biodegradável; 33% responderam que

priorizam produtos feitos com material reciclado, como também quando possível

fazem o reaproveitamento de materiais e produtos; e 2% dos universitários

responderam diferente, justificando que não se importam em realizar a reciclagem

em seu dia a dia (GRÁFICO 4).

Page 38: Consumo sustentável a percepção e a prática de estudantes do curso de ciências biológicas da faculdade de educação, ciências e letras de iguatu  luc

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GRÁFICO 4: Atitude dos universitários do curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE, sobre o que eles desempenham no ato de consumo com relação a reciclagem. Iguatu/CE, 2012.

Comprar produtos feitos com material reciclado ou biodegradáveis é de

grande importância para a disseminação da sustentabilidade no mercado, pois

quando a demanda por esses produtos aumentam, consequentemente as empresas

se sentem incentivadas a produzir e a comercializar ainda mais. Muitos materiais

podem se tornar outro produto pelo processo de reutilização, com esta prática

ocorrerá à diminuição na produção de lixo e o custo é bem menor do que comprar

um novo produto. Essa atitude simples contribui para a prática do consumo

sustentável.

É notável que os universitários em estudo, sejam praticantes do processo

de reciclagem, fator positivo e determinante para a dispersão da prática do consumo

sustentável, tanto no meio acadêmico como também no dia a dia dos universitários.

Dessa maneira podem influenciar direta ou indiretamente as pessoas que estão ao

seu redor.

Um produto reciclado é aquele que ao chegar às mãos dos consumidores,

já passou por vários ciclos, por exemplo, uma cartela de ovo um dia já foi caixa de

papelão. O material reciclado também pode ter sido empregado anteriormente na

mesma forma que você o encontra hoje, ou seja, a cartela de ovos que tens em

mãos pode ter sido preparada com o mesmo papelão de uma cartela de ovos que

você comprou há meses atrás (FREGUGLIA; SILVA; ALMEIDA, 2012).

5%

60%

33%

2%

Dá prioridade a produtos feitos de material reciclado e/ou biodegradáveis.

Sempre que possível reaproveita produtos e/ou materiais de consumo.

Os dois itens anteriores.

Outra (Por favor especifique)

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Segundo Santos, Marques e Rosendahl (2006), a necessidade de reciclar

e reutilizar os produtos encontra cada vez mais adeptos e com isso incentiva as

empresas a terem atitudes mais sustentáveis. As empresas, embora um pouco

tardiamente, tem vindo a dar a sua contribuição nos últimos anos. Porém, mais que

mudar mentalidades é preciso mudar comportamentos. É preciso fazer ver que ao

proteger a natureza a humanidade se beneficia. Ao utilizar produtos reciclados

contribui para um ambiente mais limpo e sustentável.

Relacionado ao conhecimento dos universitários sobre embalagens

biodegradáveis, verificou-se que 95% dos alunos conhecem a definição desses

produtos e 5% demonstraram não conhecer o seu conceito (GRÁFICO 5).

GRÁFICO 5: Opinião dos universitários do curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE, sobre o que eles consideram como uma embalagem biodegradável. Iguatu/CE, 2012.

Conhecer o conceito de produtos biodegradáveis é um item fundamental

para ser um consumidor sustentável, esses produtos têm como principal

característica a fácil degradação no ambiente quando descartados, e essa vantagem

se deve ao fato de serem fabricados com fontes renováveis, como as fontes

vegetais. Isso mostra que os universitários em questão, têm conhecimento sobre o

que são esses produtos devido às respostas que prevaleceram positivas em relação

a este item. Apesar de alguns ainda não conhecerem este conceito tão discutido

atualmente.

3% 2%

95%

Uma embalagem produzida com material proveniente de recursos naturais não renováveis, como por exemplo o petróleo.

Embalagem que quando descartada pode demorar séculos para ser decomposta, como os plásticos a base de polietileno.

São embalagens produzidas de matéria-prima natural renovável, como a utilização de fontes vegetais.

Page 40: Consumo sustentável a percepção e a prática de estudantes do curso de ciências biológicas da faculdade de educação, ciências e letras de iguatu  luc

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De acordo com Brito et al. (2011), embalagens biodegradáveis são

aquelas provenientes de matérias-primas de fontes naturais renováveis, como milho,

cana-de-açúcar, celulose. As fontes renováveis são assim conhecidas por

possuírem um ciclo de vida mais curto, se comparado com fontes fósseis como o

petróleo o qual leva milhares de anos para se formar. Devido a isso quando são

descartadas demoram pouco tempo para ser decomposta no meio ambiente.

A sociedade sempre esteve acostumada a utilizar produtos não

biodegradáveis, como por exemplo, as famosas sacolas plásticas entregues em

supermercados e lojas. Este produto é bastante agressivo ao meio ambiente, pois

quando descartado não é renovável. Atualmente, existem empresas que produzem

sacolas biodegradáveis, provenientes de fontes renováveis, com isso é importante

conhecer o que é um produto biodegradável, porque a partir daí, as pessoas podem

no momento da compra, exigir dos comerciantes este tipo de sacola, isso irá

incentivar tanto os empresários que fabricam as sacolas, como também os que

utilizam em seu comércio, a serem mais sustentáveis.

Com o crescimento explosivo no consumo de plásticos (polietileno),

tornou-se necessário a produção de substitutos ambientalmente sustentáveis,

importante para o gerenciamento de resíduos, que são os plásticos biodegradáveis,

esta é uma opção adicional para conter o problema do lixo plástico. A degrabilidade

destes materiais, após seu uso permite que eles permaneçam no ciclo natural do

carbono. Esses plásticos biodegradáveis são feitos para substituir os plásticos

convencionais resultando em materiais de baixo custo e desempenho. Essa

substituição de recursos não renováveis por recursos renováveis contribui para o

desenvolvimento sustentável de forma direta (INNOCENTINI-MEI; MARIANI, 2006).

Quando os alunos foram questionados sobre a preferência por um

produto com embalagem biodegradável, mesmo sendo um pouco mais caro que os

produtos com embalagem comum, 31% afirmou não fazer esta consulta na hora da

compra, demonstrando indiferença em relação ao assunto; 28% mencionaram que

nem sempre, pois muitas vezes a preocupação com o meio ambiente não os

influencia na hora da compra; 24% afirmaram que pagariam a mais pelo produto

com embalagem biodegradável, porque se preocupam com a ação desse produto no

Page 41: Consumo sustentável a percepção e a prática de estudantes do curso de ciências biológicas da faculdade de educação, ciências e letras de iguatu  luc

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meio ambiente; e 17% citaram não escolher o produto com embalagem

biodegradável, pois a economia é sempre mais importante (GRÁFICO 6).

GRÁFICO 6: Preferência dos universitários do curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE, a

comprar um produto mais caro com embalagem biodegradável ao invés de comprar o mesmo produto

porém mais barato e sem embalagem biodegradável. Iguatu/CE, 2012.

O mercado oferece variados produtos, dentre eles podem-se encontrar

produtos que tenham algum objetivo ambiental, como é o caso de produtos com

embalagens biodegradáveis que causam menos danos ao meio ambiente no

momento em que forem descartados. Muitas vezes, os consumidores têm a sua

disposição produtos iguais, porém um com embalagem biodegradável e o outro não.

Se esses produtos tiverem preços diferentes a escolha por parte dos consumidores

partirá ou de suas condições financeiras ou do interesse pelo bem do meio

ambiente.

Nesse sentido, quando os universitários foram colocados em uma

situação em que o produto com embalagem biodegradável é mais caro do que outro,

os mesmos mostraram que não se preocupam, o que demonstra um desinteresse

pelas causas ambientais e sociais no momento da compra, isso pode ocorrer por

eles não se lembrarem de fazer essa pesquisa ou por não entenderem a importância

dessa atitude.

Cardoso (2011) em sua pesquisa que verificou a percepção ambiental de

alunos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual e Federal do Rio

24%

17%

28%

31%

Sim, pois me preocupo com a ação desse produto no meio ambiente.

Não, pois para mim a economia na hora da compra é mais importante.

Nem sempre, pois muitas vezes a preocupação com o meio ambiente não influencia na hora da compra.

Não faço este tipo de pesquisa no momento da compra.

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Grande do Sul, encontrou um resultado diferente em relação a este item, no qual

88,3% dos seus pesquisados responderam que pagariam a mais por um produto

que causasse menos danos ao meio ambiente, apenas 10% responderam que não e

somente 1,7% preferiram não responder a questão.

Para o autor supracitado, por serem alunos de um curso de Ciências

Biológicas, ele já esperava este resultado, pois se subtende que esses universitários

devem ser mais conhecedores das causas ambientais e pratiquem esse

conhecimento no seu dia a dia. Fato que não é comprovado pela pesquisa feita por

Coelho, Silva e Carregosa (2012) para analisar o nível de consciência ambiental de

alunos do curso de Ciências Biológicas de uma universidade pública da Bahia, o seu

resultado mostrou que os discentes pesquisados dão mais valor ao preço e a

durabilidade do produto do que as consequências ambientais causadas por estes.

Este caso indica que dos universitários pesquisados neste estudo, poucos

se preocupam com a compra de embalagens biodegradáveis por serem menos

prejudiciais ao meio ambiente, e que no momento da compra, este critério de

escolha ainda não é preferencial pelos universitários, fato que os mesmos

apresentam-se pouco preocupados em ter este hábito de consumo sustentável em

seu cotidiano, mesmo sendo alunos do curso de Ciências Biológicas.

Para Portilho (2005), o consumidor sustentável é aquele que além de

considerar aspectos como preço e qualidade, considera também a questão da

sustentabilidade, e procura, através do consumo, não apenas obter vantagens

econômicas, mas considera também aspectos como justiça social e preservação

ambiental. Com isso, consumidor através de suas escolhas cotidianas, seria um

corresponsável por gerar mudanças nos sistemas de produção e comercialização.

Em relação à preocupação que os alunos têm de como são utilizados os

recursos como água e energia elétrica, 79% responderam que se preocupam com o

consumo desses recursos em sua residência; 19% afirmaram que somente às vezes

se preocupam com isto; e apenas 2% responderam não se preocupar com esse

consumo (GRÁFICO 7).

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GRÁFICO 7: Existência de preocupação dos universitários do curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE, em relação ao consumo de água e energia elétrica em sua residência. Iguatu/CE, 2012.

Para ser um consumidor sustentável é fundamental que haja uma

preocupação com a utilização da energia elétrica e principalmente com o uso da

água. A água é um recurso natural abundante, porém a quantidade de água potável

é pequena e está sujeita a escassez, devido ao uso excessivo e irresponsável por

parte da população.

Geralmente, as pessoas que não se preocupam com o excesso de

consumo de água e energia elétrica em sua residência, não estão conscientes de

que seu ato pode acarretar problemas ambientais, como a escassez desses

recursos (BERTOLINI; POSSAMAI, 2005). E para ser um consumidor sustentável é

essencial ter hábitos de consumo mais responsáveis e que apresentem um baixo

volume de desperdício (CORTEZ; ORTIGOZA, 2007).

Para Abreu (2012), várias são as formas de ter um consumo sustentável

em casa, uma delas é a economia de água, este é um recurso abundante no

planeta, mas suas reservas de água potável são bastante limitadas. Fechar a

torneira, reduzir o tempo no banho, fazer o reaproveitamento de água das máquinas

de lavar são dicas simples para se tornar um cidadão ambientalmente sustentável.

É muito importante que as pessoas atentem para o cuidado com o

excesso de consumo tanto de água como também da energia elétrica, realizando

79%

19%

2%

Sim.

Às vezes.

Não.

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esta prática, além de contribuir para a sustentabilidade ambiental ainda estarão

economizando nas contas.

O resultado em relação a este item foi bastante significativo, pois mostra

que os universitários se preocupam com o consumo desses recursos, mesmo que

para alguns essa preocupação esteja associada somente a economia nas contas.

Em todo caso, há vantagens para o meio ambiente, pela prática sustentável

afirmada pelos universitários.

De acordo com Batista (2011) ter uma atitude sustentável significa fazer

coisas que preservem o meio ambiente, melhorando a vida das pessoas, e isso

inclui a utilização com responsabilidade dos recursos naturais que são esgotáveis,

como a água. Também se deve atentar para o uso indiscriminado da energia

elétrica.

Dos universitários, 52% admitiram que em relação a o que os influencia a

comprar produtos novos é o atendimento de suas necessidades básicas, ou seja,

somente quando realmente precisam; 41% mencionaram que compram para atender

suas necessidades básicas e também os seus desejos momentâneos; 7%

responderam que o incentivo a comprar, é o aparecimento de um novo produto

tecnológico mais avançado, e nenhum dos universitários teve outra resposta que

definisse o que os influenciam no momento da compra.

O mercado atualmente dispõe de vários produtos inovadores que

despertam nos consumidores o desejo de possuí-los, influenciando as pessoas a

consumirem sempre mais, mesmo sem necessidade. Esse comportamento do

consumidor é algo complexo que envolve várias questões sociais, culturais,

econômicas.

Conforme menciona Rocha (2005), o consumo é um fenômeno

essencialmente cultural, e como tal, torna-se imprescindível que seja desvendado,

caso queiramos compreender e analisar a sociedade atual. Na sua visão, mesmo as

necessidades básicas são culturalmente inventadas, ou seja, são criadas e fazem

sentido apenas dentro de um contexto cultural específico. O consumo deve ser

compreendido como um sistema cultural de significação, que busca suprir,

primordialmente, necessidades simbólicas.

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De acordo com Rambalducci (2010), para se verificar o comportamento

de um consumidor, é preciso estudar como eles selecionam, compram, usam e

descartam produtos ou serviços para atender suas necessidades e desejos, sendo

estes, influenciados por fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos.

O excesso de consumo pode acarretar grandes problemas ambientais,

pois se o consumo é maior, consequentemente a produção de lixo irá aumentar,

poluindo ainda mais o meio ambiente. Por isso, é muito importante que as pessoas

analisem a real importância e necessidade do consumo, que na maioria das vezes,

serve somente para atender desejos supérfluos.

A sociedade atual quer consumir sempre mais, quanto mais conforto as

pessoas têm, mais elas querem ter, adquirindo cada vez mais, bens de consumo

muitas vezes desnecessários. A sociedade cria necessidades por novos produtos, e

estes são sempre substituídos por outro, e assim incentivando as pessoas a

constantemente comprarem novos produtos. A cada nova invenção tecnológica

lançada no mercado, às pessoas criam necessidade por este produto, fato que não

é a tecnologia que atende às nossas necessidades, e sim as necessidades é que

são criadas para atender à crescente produção e à elaboração cada vez mais

diversificada dos bens de consumo. Mas quando se conhece que o excesso de

consumo desnecessário afeta diretamente o meio ambiente, o consumidor pode

mudar seus hábitos de consumo (EDDINE; VETTORAZZI; FREITAS, 2008).

Neste item, obteve-se um resultado satisfatório, apesar de alguns ainda

comprar em para atender seus desejos momentâneos. O fato de a maioria ter uma

atitude coerente com o meio ambiente, já é um grande avanço, pois os universitários

são todos jovens e representam o público alvo dos apelos das mensagens

publicitárias a comprar produtos novos, mesmo assim, mostram-se conscientes da

responsabilidade ambiental que os consumidores devem ter podendo esse ser o

reflexo do conhecimento adquirido por eles na vida acadêmica.

Para Dias e Moura (2007), um consumidor sustentável é aquele que

compra e usa bens ou serviços somente para atender as suas necessidades

básicas, lembrando que, com isso pode-se diminuir a degradação ambiental provada

pelo excesso de consumo.

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No dia em que cada pessoa souber consumir com qualidade, ou seja,

maximizando sua satisfação a cada compra, aproveitará melhor o que consome e,

consequentemente, consumirá em menor quantidade. Isso naturalmente, já contribui

para o ambiente, sem muito esforço adicional (CERBASI, 2012).

5.3 Influência do curso de Ciências Biológicas nas práticas de consumo

sustentável.

Para verificar a influência do curso de licenciatura em Ciências Biológicas

nas práticas de consumo dos universitários, foram elaboradas quatro perguntas. A

tabela 1 mostra que quando os universitários foram indagados sobre se sentirem

bem informados a respeito da sustentabilidade no meio acadêmico, 57,1%

respondeu que se sente bem informados. Em relação à influência dos professores

do curso a mudar seus hábitos de consumo, 64,3% mencionaram ser influenciados.

Quando questionados se o curso e as disciplinas os influenciaram a mudar seus

hábitos de consumo, 57,1% citaram ser influenciados a ter hábitos de consumo mais

sustentáveis. Com o conhecimento adquirido pelos universitários no decorrer do

curso, foram interrogados sobre se já influenciaram outras pessoas a ter também

hábitos de consumo sustentável, 62% admitiu que influenciam outras pessoas,

sempre que possível.

Tabela 1: Questionamentos para verificar a influência do curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE, nas práticas de consumo sustentável dos universitários. Iguatu/CE, 2012.

Nº %

Considera-se bem informado sobre a sustentabilidade no meio acadêmico? (n=42)

Sim. 24 57,1

Um pouco. 15 35,8

Não. 3 7,1

Sente-se influenciado pelos professores do curso de Ciências Biológicas a ter hábitos de vida mais sustentáveis? (n=42)

Sim. 27 64,3

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Às vezes. 13 30,9

Nunca. 2 4,8

O Curso e as disciplinas te influenciaram a mudar hábitos de consumo? (n=42)

Sim. 24 57,1

Um pouco, mas não o suficiente.

17 40,5

Não. 1 2,4

Com o conhecimento sobre as consequências do excesso de consumo para o meio ambiente, já influenciou alguém a praticar o consumo sustentável? (n=42)

Sempre que possível. 26 62,0

Algumas vezes. 15 35,8

Nunca. 1 2,2

FONTE: Direta Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI-UECE/2012.

Atualmente, a sustentabilidade é um tema bastante discutido nas

universidades, pelos meios de comunicação e empresas, com o intuito de formar

profissionais conhecedores das causas ambientais. Devido a isto, o atual modelo

econômico vem tentando ser mais sustentável, e as instituições de ensino estão

assumindo o compromisso de educar para o respeito perante o meio ambiente.

Como relata Spuldaro e Pereira (2011), a palavra sustentabilidade vem se

tornando comum em função das frequentes abordagens veiculadas pela mídia,

deixando explícito, as reais e variadas finalidades deste termo. Para Dubeux e

Borges (2010), além da mídia, o termo sustentabilidade penetrou em outros campos,

como o governamental, o acadêmico e o empresarial, impulsionando seu uso tanto

em discursos mais formais como em conversas do cotidiano.

Segundo Rocha, Pereira e Barbosa (2010) para atender as exigências

atuais da sociedade, as universidades têm se dedicado à formação de profissionais

diversos, que possam atuar nas diferentes áreas do conhecimento voltadas para o

meio ambiente, envolvendo os diversos currículos de cursos de áreas de

licenciaturas que têm focalizado com maior intensidade a educação ambiental e a

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necessidade de formação de educadores ambientais ou de profissionais voltados

para o desenvolvimento sustentável do planeta.

A educação ainda é um dos principais veículos de disseminação do

conhecimento sobre a sustentabilidade. Nas universidades, este tema é abordado

em várias disciplinas, motivado pela situação de degradação no qual se encontra o

meio ambiente. O curso de licenciatura em Ciências Biológicas tem disciplinas

envolvidas nas questões ambientais, tais como a educação ambiental, talvez por

este motivo os universitários mencionaram ser bem informados em relação a

sustentabilidade. Segundo Kraemer (2006), a educação ambiental é parte essencial

e indispensável na tentativa de se chegar ao desenvolvimento sustentável, pois é a

maneira mais direta e funcional de se conseguir a participação da população.

Araújo (2004) aponta que as faculdades de licenciatura, por serem

formadoras de educadores ambientais, têm duas principais funções, que é a de

formar professores para os distintos níveis de escolaridade, propondo iniciativas de

continuidade dessa formação, e de investir em pesquisa de práticas educativas e

metodologias fundadas na interdisciplinaridade e na investigação.

Conforme menciona Guimarães e Tomazelo (2003), a introdução da

educação para o meio ambiente na universidade como uma prática indispensável

para trabalhar valores e conceitos, além de desenvolver atitudes e aptidões para que

universitários possam adotar uma posição crítica, e ao mesmo tempo participativa,

em relação aos complexos problemas ambientais, firmando um compromisso com a

melhoria da qualidade de vida de todos.

Para Kraemer (2006), as Universidades, assim como todos os

estabelecimentos de Ensino Superior, que assumem uma responsabilidade

essencial na preparação das novas gerações para um futuro viável, tanto pela

reflexão como também por seus trabalhos de pesquisa básica, esses locais devem

não somente advertir, mas idealizar soluções racionais. Devem tomar a iniciativa

elaborando esquemas lógicos para o futuro. Devem também, fazer com que os

universitários tomem consciência dos problemas e das soluções através de seus

programas educativos e dando a eles o exemplo.

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48

A universidade é, sem dúvida, um local que pode contribuir com a

geração de uma cultura que incentive práticas, atitudes e comportamentos positivos

em relação ao ambiente (GUIMARÃES; TOMAZELO, 2003).

No momento em que é discutido o tema sustentabilidade em sala de aula,

espera-se que isto possa influenciar alguns alunos a terem hábitos de vida mais

sustentáveis, influência esta proveniente das disciplinas e dos professores que as

ministram, que tem como função repassar a importância do meio ambiente para os

alunos e os incentivar a preservá-lo para que a sociedade futura não se prejudique

pela escassez de recursos.

Os professores devem sensibilizar os universitários através do ensino e

também por meio de suas atitudes que servem como modelo de vida que os alunos

decidirão seguir ou não. Fato este, que é comprovado pela afirmação dos

universitários que se sentem mais influenciados pelos professores do que até

mesmo pelo curso e as disciplinas, sendo este um fator positivo, pois demonstra que

os professores são preparados para exercerem sua função, facilitando o

aprendizado dos universitários.

De acordo com Rambalducci (2010) a aprendizagem é um processo

contínuo, onde o conhecimento adquirido sobre o mundo é revisado

constantemente, enquanto as pessoas são expostas a novos estímulos.

O professor acadêmico precisa garantir na sua ação cotidiana um

posicionamento coerente entre o conhecimento que ensina e o conhecimento

científico. Fato este, fundamental para modificar as atitudes de alguns alunos que,

por algum motivo, ainda não fazem referência da importância e da responsabilidade

que cada indivíduo possui para com o meio ambiente (SPULDARO; PEREIRA,

2011).

O excesso de consumo causa vários problemas ambientais, como a

poluição e a extração irregular dos recursos naturais. A educação pode mudar a

atitude de muitas pessoas para praticarem o consumo sustentável, quando se tem

conhecimento das causas ambientais e são influenciados a mudar hábitos de vida. É

importante que nesse momento exerça a função de disseminar o conhecimento

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adquirido, influenciando outras pessoas a terem hábitos de consumo sustentável, é

este o papel de cada cidadão sensibilizado sobre as questões ambientais.

Por estarem incluídos no curso de licenciatura em Ciências Biológicas, e

futuros educadores e biólogos, é essencial que os universitários entendam o que é o

termo sustentabilidade, assim como pratiquem o consumo sustentável em seu

cotidiano. Pois são esses jovens que podem influenciar positivamente outras

pessoas a mudarem seus hábitos de vida não sustentáveis para serem

consumidores ecologicamente corretos.

A posição social desejável do Biólogo diante do público leigo seria, entre

outras atribuições, o de trazer à tona as problemáticas ambientais, para que este

possa formar sua consciência sobre o assunto (BELTRAME, 2008).

Os universitários, conhecedores das causas ambientais, devem enquanto

consumidores, ter comportamentos de consumo mais compatíveis com as causas

ambientais e, como cidadãos, devem ter plena consciência de seu papel e das

consequências de suas ações, para contribuir de forma decisiva, seja

individualmente como voluntário ou coletivamente, de forma organizada, para

construir uma sociedade mais justa, igualitária e mais responsável, que se preocupe

com a herança que deixará para as gerações futuras (ALMEIDA; JÚNIOR;

PASTORE, 2007).

Para Coelho (2012), a educação tem a função de contribuir para uma

mudança de comportamento em relação ao consumo não responsável, tornando-se

um instrumento de transformação da conduta dos indivíduos, contribuindo, dessa

forma, para a construção de valores sociais, atitudes e aptidões, com vistas à

concretização de um modelo de desenvolvimento que considere os aspectos sociais

e ecológicos.

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50

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sustentabilidade é um tema amplamente abordado e discutido nos

meios de comunicação, conferências e debates. Para se alcançar a

sustentabilidade, um dos caminhos é ser um consumidor ecologicamente correto ou

sustentável; considerando o atual modelo econômico e a sociedade consumista,

esse ato se torna um grande desafio.

O presente trabalho analisou três fatores essenciais para a disseminação

da sustentabilidade, em universitários incluídos no sétimo e nono semestres, do

curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de

Iguatu (FECLI). Os fatores foram: o nível de sensibilização ambiental dos

universitários, bem como as práticas de consumo sustentável por parte deles e a

influência da graduação nas suas práticas de consumo.

No estudo, percebeu-se que os universitários demonstraram um nível

favorável de sensibilização ambiental, comprovado pelas respostas que foram

positivas e coerentes com relação ao meio ambiente.

Na análise das práticas de consumo sustentável dos universitários,

evidenciou-se que a maioria deles pode ser considerados consumidores

sustentáveis, fato ocorrido provavelmente por serem universitários veteranos do

curso de Ciências Biológicas e possivelmente conscientes das suas atitudes na

sociedade do consumo. Apesar disso, alguns universitários não demonstraram ter

hábitos de consumo sustentável em seu cotidiano, mostrando que a prática do

consumo envolve outros fatores, que podem superar a preocupação que os alunos

possam ter com relação o meio ambiente no momento da compra.

O curso de Ciências Biológicas da FECLI demonstra contribuir para a

disseminação do conhecimento sobre a sustentabilidade, fato confirmado pela

pesquisa evidenciando que os universitários sentem-se influenciados pelo curso,

disciplinas e professores a serem consumidores sustentáveis e preocupados com as

causas ambientais. Esse conhecimento e atitude são decorrentes da percepção que

os universitários obtiveram sobre os assuntos tratados em sala de aula.

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Com isso, torna-se um fator de grande importância, que os professores do

curso de licenciatura em Ciências Biológicas permaneçam atuando como

incentivadores e fornecedores de conhecimento sobre a sustentabilidade, seja em

disciplinas como a Educação Ambiental e a Ecologia, como também em outras

disciplinas de forma interdisciplinar. Incentivando os universitários a participarem de

campanhas, projetos, debates relacionados às questões ambientais. Essa atitude da

faculdade poderá formar futuros profissionais conscientes da importância da

conservação do meio ambiente e da utilização equilibrada dos recursos naturais,

tornando-se possíveis consumidores responsáveis em seu cotidiano e também

propagadores do consumo sustentável.

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DE EXELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA, 2., 2005, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, 2005. p. 531- 548. SPULDARO, S. C.; PEREIRA, Y. C. C. Sustentabilidade: discurso recorrente ou instrumento para mudança de atitude. Rev. Enciclopédia Biosfera. Goiânia, v. 7, n. 12, p. 138-148, 2011. TRANNIN, M. C. O jovem universitário e o consumo verde: “fashion é parecer

verde”. 2011. 200 f. Tese (Doutorado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social) – Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2011. UNIMED. Manual de consumo consciente. São Paulo, nov. 2005. 74 p. Disponível em: <http://www.akatu.org.br/Content/Akatu/Arquivos/file/manualunimed.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2012.

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APÊNDICES

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA ALUNOS DO SÉTIMO E NONO

SEMETRES DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA FACULDADE DE

EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU.

Em qual semestre você está matriculado (a):

( ) Sétimo ( ) Nono

Sensibilização Ambiental

1- De que forma os seres humanos podem explorar os recursos naturais? ( ) Utilizando-os de forma equilibrada, respeitando os limites da natureza e

lembrando que os recursos naturais são limitados.

( ) Da forma que o ser humano considerar necessário para o desenvolvimento

econômico e social, pois a natureza existe somente para satisfazer as necessidades

humanas.

( ) De forma a promover o crescimento econômico, mesmo que se explore bastante

os recursos naturais eles jamais acabarão, pois são considerados infinitos.

2- Os seres humanos devem manter o equilíbrio da natureza através da:

( ) Exploração abusiva do meio ambiente a seu favor.

( ) Utilização dos recursos naturais de forma equilibrada.

( ) Convivência harmoniosa entre a humanidade e a natureza.

( ) Os dois últimos itens anteriores.

3- Quem, em sua percepção, deve se preocupar com a conservação e a

preservação do meio ambiente?

( ) Os jovens universitários.

( ) A sociedade de uma forma geral e não empresarial.

( ) Somente as indústrias e fábricas (empresários).

( ) Somente os governantes.

( ) Todos os itens anteriores.

4- Para você, a sustentabilidade:

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( ) Se baseia em ações humanas que tendem a suprir as necessidades atuais dos

seres humanos, sem comprometer as gerações futuras.

( ) Está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem

agredir o meio ambiente.

( ) É uma forma de garantir que se tenha uma boa qualidade de vida somente para

a atualidade.

( ) Os dois primeiros itens anteriores.

5- O processo de reciclagem pode ser definido como:

( ) O reaproveitamento de materiais como matéria-prima para um novo produto.

( ) Uma forma de reutilização e de transformação de materiais usados em novos

produtos de consumo.

( ) Os dois itens anteriores.

( ) Outra resposta. Justifique____________________________________________

___________________________________________________________________

Consumo sustentável

6- Existe algum tipo de produto, consumido na sua casa, que seja produzido por

você mesmo ou alguém da sua família? Por exemplo: alimentos plantados, materiais

de limpeza, etc.

( ) Sim.

( ) Não.

Em caso afirmativo, que tipo de produto?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

7- No momento da compra, você dá prioridade a produtos que não prejudiquem o

meio ambiente e com isso você já influenciou alguém a praticar esta atitude?

( ) Sim, dou preferência, mas não influenciei ninguém a isso.

( ) Sim, dou preferência e já influenciei algumas pessoas.

( ) Sempre que possível pratico essa ação.

( ) Nunca pratiquei esse ato.

8- Com relação ao processo de reciclagem, que papel você desempenha no ato de

consumo?

( ) Dá prioridade a produtos feitos de material reciclado e/ou biodegradáveis.

( ) Sempre que possível reaproveita produtos e/ou materiais de consumo.

( ) Os dois itens anteriores.

( ) Outros. Justifique__________________________________________________

___________________________________________________________________

9- Para você uma embalagem biodegradável é considerada:

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( ) Uma embalagem produzida com material proveniente de recursos naturais não

renováveis, como por exemplo o petróleo.

( )Embalagem que quando descartada pode demorar séculos para ser decomposta,

como os plásticos a base de polietileno.

( ) São embalagens produzidas de matéria-prima natural renovável, como a

utilização de fontes vegetais.

10- Quando você está no supermercado, e encontra um produto que tem a

embalagem biodegradável e outro com a mesma qualidade e quantidade do anterior,

só que mais barato, porém não possui a embalagem biodegradável. Você estará

disposto (a) a pagar um pouco mais por esse produto com embalagem

biodegradável?

( ) Sim, pois me preocupo com a ação desse produto no meio ambiente.

( ) Não, pois para mim a economia na hora da compra é mais importante.

( ) Nem sempre, pois muitas vezes a preocupação com o meio ambiente não

influencia na hora da compra.

( ) Não faço este tipo de pesquisa no momento da compra.

11- Você se preocupa com a forma como são consumidos, na sua casa, os bens

como água e energia elétrica?

( ) Sim.

( ) Às vezes.

( ) Não.

12- O que mais te influencia a comprar produtos novos?

( ) O aparecimento de um produto tecnológico mais avançado.

( ) Somente para atender as minhas necessidades básicas.

( ) Para atender as minhas necessidades básicas e às vezes os meus desejos

momentâneos.

( ) Outra resposta. Justifique____________________________________________

___________________________________________________________________

Influência do curso de Ciências Biológicas para o consumo sustentável.

13- Você se considera bem informado sobre a sustentabilidade em seu meio

acadêmico?

( ) Sim.

( ) Um pouco.

( ) Não.

14- Você se sente influenciado pelos professores do curso de Ciências Biológicas, a

ter hábitos de vida mais sustentáveis?

( ) Sim.

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( ) Às vezes.

( ) Nunca.

15- O curso de Ciências Biológicas e as disciplinas envolvidas nas questões

ambientais te influenciaram a mudar seus hábitos de consumo?

( ) Sim.

( ) Um pouco, mas não o suficiente.

( ) Não.

16- A partir do seu conhecimento sobre as consequências do consumo desenfreado

para o meio ambiente, você já influenciou e/ou incentivou alguém a ter hábitos de

consumo sustentável?

( ) Sempre que possível.

( ) Algumas vezes.

( ) Nunca.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

APÊNDICE B – TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DA PESQUISA

Eu, Lucilane Tavares de Oliveira, estou realizando um estudo, sob

orientação da professora Mayle Alves Bezerra, com o intuito de verificar o nível de

sensibilização ambiental e a prática de consumo sustentável dos alunos do sétimo e

nono semestres do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Faculdade de

Educação, Ciências e Letras de Iguatu, e analisar a influência do curso nas práticas

de consumo desses alunos.

Trata-se de um estudo quantitativo que tem como finalidade identificar os

itens acima citado bem como discutir os resultados.

Desse modo solicitamos-se, por meio deste, a autorização para a

realização da pesquisa, intitulada “CONSUMO SUSTENTÁVEL: A PERCEPÇÃO E

A PRÁTICA DE ESTUDANTES DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU” à

Coordenação do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências

e Letras de Iguatu.

Eu, __________________________________________________ RG n°

__________________________________ ciente das informações recebidas,

concordo com a coleta de dados da pesquisa intitulada “CONSUMO

SUSTENTÁVEL: A PERCEPÇÃO E A PRÁTICA DE ESTUDANTES DO CURSO

DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E

LETRAS DE IGUATU”. Que será realizada sob responsabilidade de Lucilane

Tavares de Oliveira graduando do curso de Ciências Biológicas, e da professora

Mayle Alves Bezerra todas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu -

FECLI, pois está sendo informado à Coordenadora Alana Cecília de Menezes

Sobreira de que em nenhum momento, a instituição estará exposta a riscos

causados pela liberação do estudo.

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Estou ciente também de que os resultados encontrados no estudo serão

usados apenas para fins científicos. Fui informado de que a instituição não terá

nenhum tipo de despesa ou gratificação pela referida participação nesta pesquisa, e

de que terei acesso aos resultados publicados em períodos científicos.

Tendo exposto concordo voluntariamente em autorizar a execução da

pesquisa na Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu.

_________________________________________

Profa. Dra. Alana Cecília de Menezes Sobreira

Coordenadora do Curso de Ciências Biológicas/FECLI

__________________________________

Lucilane Tavares de Oliveira

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

APÊNDICE C - TERMO DE CONSENTIMENTO DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA.

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Prezado Sr:

Eu Lucilane Tavares de Oliveira sou concludente do Curso de

Licenciatura em Ciências Biológicas pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras

de Iguatu – FECLI/UECE e estou desenvolvendo um estudo, sob orientação da

professora Mayle Alves Bezerra, que busca Investigar o conhecimento/percepção e

a prática dos estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas com

relação ao consumo sustentável, a partir de um questionário realizado para alunos

do sétimo e nono semestres da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de

Iguatu.

Assim, solicito sua autorização para que você possa participar dessa

pesquisa, que tem como título CONSUMO SUSTENTÁVEL: A PERCEPÇÃO E A

PRÁTICA DE ESTUDANTES DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU. Sua

participação será muito importante para a elaboração desse estudo, pois se espera

com ele, descobrir se os alunos do curso de Ciências Biológicas têm uma

sensibilização ambiental, se esta condiz com seus atos de consumo sustentável, e

se o curso influencia nessas práticas de consumo.

Mas para isso, preciso de sua autorização para que você responda ao

questionário que contempla os objetivos proposto desse trabalho. Desde já, dou-lhe

a garantia de que as informações que estou colhendo serão apenas para a

realização do meu trabalho e, também, lhe asseguro que a qualquer momento terá

acesso às informações sobre o estudo, inclusive para resolver dúvidas que possam

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ocorrer. O Sr. tem o direito de aceitar ou não de participar do estudo ou deixar de

participar do mesmo a qualquer momento, não vindo a sua desistência acarretar

qualquer prejuízo no seu direito a receber assistência nessa instituição.

Ainda informo-lhe que os dados serão apresentados ao Curso de

Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu -

FECLI, podendo ser utilizado também em eventos científicos, mas não mencionarei

seu nome, pois este será preservado, sendo em sigilo a identidade do participante.

_______________________________

Lucilane Tavares de Oliveira

Tendo sido satisfatoriamente informado sobre a pesquisa: Consumo

Sustentável: a percepção e a prática de estudantes do curso de Ciências Biológicas

da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, realizada sob a

responsabilidade da pesquisadora Lucilane Tavares de Oliveira, concordo em

participar da mesma. Estou ciente de que o nome não será divulgado e que o

pesquisador estará disponível para responder a quaisquer dúvidas.

Iguatu,_______ de________________2012.

__________________________________

Assinatura do Pesquisado