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ESS – Licenciatura em Terapia Ocupacional – UC1 1 O que é Terapia Ocupacional? Engloba o estudo das ocupações e a sua relação com a saúde e a sensação de bem-estar dos indivíduos. Fundamenta-se na gestão das competências de desempenho requeridas para desempenho dessas ocupações. Assim, este estudo das ocupações abrange a análise do tipo de ocupações; significado e importância na sua participação; competências que se têm de adquirir param um bom envolvimento. A terapia ocupacional possuiu como grande propósito promover a manutenção do desempenho ocupacional dos indivíduos na sua participação ocupacional e para isso capacita, através dos seus métodos e de diferentes formas, as pessoas para conseguirem alcançar um ótimo funcionamento e, por vezes, usam métodos de adaptação no desempenho dessas mesmas ocupações. Portanto, promove a manutenção da participação de cada individuo. As ocupações, por sua vez, dizem respeito à participação, de cada individuo, nas suas experiências do fazer que se relacionam com o contexto em questão e possuem diferentes significados.

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O que é Terapia Ocupacional?

Engloba o estudo das ocupações e a sua relação com a saúde e a sensação de bem-estar dos

indivíduos. Fundamenta-se na gestão das competências de desempenho requeridas para

desempenho dessas ocupações. Assim, este estudo das ocupações abrange a análise do tipo

de ocupações; significado e importância na sua participação; competências que se têm de

adquirir param um bom envolvimento.

A terapia ocupacional possuiu como grande propósito promover a manutenção do

desempenho ocupacional dos indivíduos na sua participação ocupacional e para isso capacita,

através dos seus métodos e de diferentes formas, as pessoas para conseguirem alcançar um

ótimo funcionamento e, por vezes, usam métodos de adaptação no desempenho dessas

mesmas ocupações. Portanto, promove a manutenção da participação de cada individuo.

As ocupações, por sua vez, dizem respeito à participação, de cada individuo, nas suas

experiências do fazer que se relacionam com o contexto em questão e possuem diferentes

significados.

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Modelo de Ocupação Humana (M.O.H.)

O Modelo de Ocupação Humana tenta perceber como a ocupação é motivada, padronizada e

desempenhada. Através dos seguintes conceitos que tem uma interacção directa no sujeito:

A Volição é a predisposição para a acção bem como a capacidade para escolher fazer ou

continuar uma acção. Inerente a este conceito está:

• Causalidade pessoal que traduz o sentido/ noção de competência e efectividade;

• Interesses que são gerados a partir da experiência (resulta do prazer e da satisfação);

• Valores que são as convicções pessoais e forma como o individuo percepcionam o

Mundo.

A Habituação resulta do padrão sólido de comportamentos guiados pelos nossos hábitos e

papéis. Os papéis derivam de um estatuto social e correspondem à definição social.

A Capacidade de Desempenho é a aptidão para a acção podendo assumir duas abordagens:

• Abordagem Objectiva: perspectiva exterior da capacidade de desempenho;

• Abordagem Subjectiva: perspectiva própria da capacidade de desempenho.

Volição

Habituação Capacidade de

Desempenho

Sujeito

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Associado a estes conceitos surge o conceito de Corpo Vivido que é a experiência de ser e

conhecer o Mundo através de um corpo em particular.

O papel do ambiente também é preponderante visto que existe e opera em múltiplos contextos,

como se observa no seguinte esquema.

Ambiente

Físico Social

Espaços Objectos Grupos Sociais Formas Ocupacionais

Natural Construído Pessoas se

agregam com

objectivos

formais ou

informais

Organização

interna que

caracteriza o

fazer

Formas

convencionais

de fazer algo

Maneiras

específicas,

acções e

significados

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A Cultura e o seu papel na interacção com o individuo, resulta de comportamentos

partilhados por um grupo ou sociedade e são transmitidos de geração em geração. Determina

como o nosso contexto físico está organizado e que tipo de instrumentos podemos encontrar

dentro dele.

Deste modo existem vários níveis do fazer:

• Participação é o envolvimento de um indivíduo numa situação da vida real. Ela

representa a perspetiva social da funcionalidade (CIF). É influenciada pela capacidade

de desempenho, habituação, volição e condições ambientais.

1. Restrições de participação são problemas que um indivíduo pode enfrentar quando

está envolvido em situações da vida real. A presença da restrição de participação é

determinada pela comparação entre a participação individual com aquela esperada de

um indivíduo sem deficiência naquela cultura ou sociedade. (CIF)

2. Participação social é o envolvimento do individuo nas actividades do seu contexto

sociocultural. E têm significado social e sociocultural sendo desejadas e necessárias

para a sua saúde, bem-estar e qualidade de vida. A ocupação ocupacional é

influenciada pela volição, capacidade de desempenho e condições ambientais.

(MOHO).

• Desempenho Ocupacional é a realização de uma tarefa de acordo com uma forma

ocupacional. Sendo influenciado por habituação, papéis e factores ambientais.

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• Competência Ocupacional são acções com objectivo como por exemplo:

Competências Motoras;

Competências de Processo;

Competências de Comunicação e Interacção.

Consequências do fazer:

• Identidade Ocupacional é sentido de quem se é e o que se deseja ser enquanto

ser ocupacional;

• Competência Ocupacional está relacionada com colocar a identidade

ocupacional em acção de forma continua. Incluindo assim, o sentido de

concretizar expectativas, a manutenção de rotinas e ainda, manter e actuar de

acordo com os seus valores;

• Adaptação Ocupacional é a construção de uma identidade ocupacional positiva

e o alcançar de uma nova competência ocupacional.

Ocupação e Saúde

O bem-estar é uma sensação de equilíbrio/ocupações percebidas como significativas e vai ser,

assim, influenciado pelos estilos de vida e as escolhas ocupacionais feitas pela pessoa, quer o

bem-estar físico, quer o psicológico.

Co

nst

rói

Ref

lete

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Relação rotina/ ocupação/ saúde

Para obter saúde, bem-estar, segurança, participação, igualdade, independência e

interdependência, todos necessitam de ser capazes de se envolver em ocupações que

preencham as suas necessidades e sejam as suas escolhas para crescer através do que fazem.

(EPTO).

As rotinas são sequências estabelecidas de ocupações que dão estrutura à vida diária e

podem ser benéficas ou prejudiciais para a saúde (EPTO).

A ocupação surge também como organizador de ritmo que origina uma sensação de equilíbrio

na vida, que permite a experiência de controlo, facilita as relações interpessoais e é um

contributo para a família e a sociedade.

Equilíbrio Ocupacional na Saúde…

Equilíbrio Ocupacional pode ser entendido como a participação equilibrada do indivíduo nas

diversas áreas de ocupação ou uma forma de organização rotineira de maneira satisfatória,

através da perspectiva do uso do tempo.

Para Wilcock, o equilíbrio ocupacional varia ao longo do tempo e ao longo da vida de cada

pessoa com a individualidade de cada pessoa e está relacionado, de uma forma complexa e

vital, com a saúde.

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Terapia Ocupacional baseia-se na premissa de que, o que as pessoas fazem influencia ao

estado de saúde destas e tem como papel a promoção da participação ocupacional,

apresentando consequências positivas como melhorias dos níveis de saúde, satisfação e bem-

estar.

Segundo Kielhofner, o equilíbrio ocupacional deve refletir a dinâmica e interdependência da

participação e a sua relação com os valores, interesses, objetivos pessoais da pessoa e as

solicitações do contexto em que esta se insere.

Desequilíbrio Ocupacional na Saúde

Desequilíbrio ocupacional é uma situação de excesso de tempo dedicado a uma área de

ocupação em detrimento de outras, que compromete a saúde e a qualidade de vida (Towsend &

Wilcock), sendo que existem necessidades importantes não estão a ser cumpridas, por exemplo,

por haver um aumento ou diminuição da exigência dos papéis ou por haver demasiados papéis.

Esta situação vai provocar um aumento do stress e, portanto, também, uma diminuição da

saúde.

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Justiça Ocupacional

Igualdade de oportunidades para o desenvolvimento de ocupações que permitam

ás pessoas alcançar o seu potencial e experimentar o bem-estar.

Foca os direitos, as responsabilidades, as liberdades para habilitar o indivíduo, as

necessidades ocupacionais diversas, as forças e os potenciais.

Possíveis resultados de injustiças ocupacionais:

o Privação ocupacional - A privação de escolha ocupacional e diversidade por

causa de circunstâncias para além do controlo dos indivíduos ou comunidades.

o Alienação Ocupacional - Sentido de isolamento, frustração, impotência, perda

de controle e distanciamento da sociedade ou de si próprio como resultado do

envolvimento na ocupação que não satisfaz as necessidades internas.

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Avaliação

Intervenção Monitorização dos

Resultados

Processo em Terapia Ocupacional

O que é o processo em Terapia Ocupacional?

O processo ocupacional é a forma como se põe em prática os seus conhecimentos no

tratamento dos clientes, colaborando com estes para que os objetivos pretendidos sejam

atingidos.

O processo está dividido em três fases e não ocorre sequencialmente, ou seja, é fluído e

dinâmico.

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1. Avaliação:

A avaliação é contínua ao longo de todo o processo, sendo baseada no perfil e na

análise do desempenho ocupacional do indivíduo.

• Perfil Ocupacional: consiste na história ocupacional do cliente e nas suas perspetivas.

Inclui experiências, padrões de rotina diária, interesses, valores e necessidades. Nesta,

o terapeuta identifica as mudanças ocupacionais que foram desafiando a adaptação

ocupacional, conferindo, assim, uma identidade e uma competência ocupacional. O perfil

ocupacional está relacionado com a capacidade de desempenho, visto que o cliente tem

plena consciência das suas limitações bem como dos seus pontos fortes. A isto se

chama causalidade pessoal.

• Análise do Desempenho Ocupacional: consiste na observação e na avaliação, pelo

terapeuta, das competências e dos padrões de desempenho do cliente, tendo em

atenção os seus fatores inerentes e os requisitos de atividade que podem influenciar a

sua realização em interação com o meio envolvente. Seguidamente, o terapeuta

interpreta os dados que foi recolhendo ao longo do processo e determina os meios

necessários para atingir os objetivos definidos com o cliente. A avaliação pode ser

informal ou formal.

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Instrumentos de Avaliação

Autoavaliação Ocupacional (O.S.A.) serve para apreender a percepção que o cliente

tem da sua própria competência ocupacional e o impacto que o ambiente que o rodeia

tem na sua adaptação ocupacional. Fornece dados sobre:

Pessoa – Competência/ Desempenho Ocupacional, Habituação e Volição;

Ambiente Pessoal – Físico e Social.

Questionário Ocupacional serve para ficar a conhecer dados sobre o cliente tais como,

participação ocupacional, causalidade pessoal, interesses e valores. Fundamentalmente

é um instrumento de avaliação do terapeuta ocupacional para perceber um pouco da

participação do seu cliente nas diversas atividades do seu dia-a-dia.

Neste questionário, que por sinal é um pouco demorado e implica alguma interação

entre o terapeuta e o cliente, o terapeuta descobre o tipo de atividades em que o seu

cliente participa, a classificação das mesmas atividades, a avaliação da

autocompetência e qual o valor/ significado que a atividade tem e sobretudo a satisfação

da mesma. Assim, concluímos que é um método complexo, mas relativamente simples e

descritivo do auto--relato do cliente. É aconselhado para a terapia em jovens e adultos.

Neste mesmo questionário o cliente responde e elucida o terapeuta das atividades que

realiza. Na primeira pergunta pretende-se que o cliente caracterize as diferentes

atividades que vai realizando ao longo do dia como trabalho, atividades da vida diária,

lazer e descanso, enumerando-as de um a quatro, respetivamente. Depois, como

considera que a faz, e aqui as respostas podem ir de muito bem a muito mal (1 a 5).

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Seguidamente, qual a importância que dá à atividade, desde extramente importante até

a uma perda de tempo (1 a 5). Por último, deve indicar o quanto gosta de a realizar (1 a

5). Assim, durante aa entrevista semiestruturada ocorre o auto e hetero preenchimento

do questionário, e pretende-se que o cliente se recorde da sua rotina das semanas

passadas e das atividades que realiza em períodos de trinta minutos.

Após o preenchimento, ocorre uma pequena discussão entre o cliente e o terapeuta

sobre a informação recolhida.

Portanto, o objetivo deste método é a identificação de problemas como: será que o

padrão de atividades é o mais adequado? Como é a gestão do seu tempo? Qual os seus

interesses e motivações? Podemos assim concluir que é a base da intervenção.

Um exemplo de um modelo Questionário Ocupacional:

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Checklists;

Entrevista.

2. Intervenção:

Posteriormente à avaliação, o terapeuta passa à prática aplicando as técnicas

necessárias e indicadas para atingir os objetivos pretendidos no cliente. Então, com base na

interpretação de dados realizada na avaliação, o terapeuta procura facilitar o envolvimento do

cliente em ocupações, utilizando abordagens específicas. Nesta fase, planeia-se, aplica-se e

revê-se de forma contínua a intervenção, procedendo a alterações do tratamento sempre que

necessário.

3. Monitorização dos Resultados:

Esta é a última fase do processo. Aqui o terapeuta percebe se a intervenção foi

adequada ao cliente reavaliando a intervenção feita. Há que ter em conta que os resultados

diferem conforme o contexto e os seus intervenientes. Quando o cliente não atinge todos os

objetivos a que de propôs não ocorre adaptação ocupacional sendo necessário reajustar os

objetivos e as intervenções a fazer. Sendo assim, o terapeuta ocupacional procede a uma nova

avaliação com novos objetivos usando novas intervenções para atingir novos resultados.

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Classificação Internacional de Funcionalidade (C.I.F.)

A Classificação Internacional de Funcionalidade (C.I.F.) apresenta como principais objectivos:

Proporcionar uma linguagem única para a descrição da saúde e dos estados de saúde;

Definir componentes da saúde e alguns componentes de bem-estar relacionados com

saúde, como educação e trabalho;

Servir várias disciplinas e diferentes sectores;

Proporcionar bases cientificas para compreender e estudar a saúde, os resultados e

determinantes;

Melhorar a comunicação entre os diferentes utilizadores, como os profissionais de

saúde, investigadores, políticos e o público em geral;

Permitir comparação de dados entre países e serviços ao longo do tempo;

Estabelecer um esquema de códigos para os sistemas de informação de saúde.

O C.I.F. é utilizado para descrever situações relacionadas com a função do ser humano e as

suas restrições. Serve também de referência para organizar informação. É uma estrutura de

informação de forma significativa, inter-relacionada e facilmente acessível.

Esta devidamente organizada em duas partes diferentes, sendo que cada uma tem dois

componentes. Cada componente tem um constructo e por sua vez, cada construto tem aspectos

negativos e positivos, como se pode constatar na tabela seguinte.

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Funcionalidade e Incapacidade Factores Contextuais

Componentes Funções e

Estruturas do corpo

Actividades e Participação

Factores Ambientais

Factores Pessoais

Domínios Funções do

Corpo e Estruturas do

Corpo

Áreas da Vida (Tarefas, acções)

Influências externas na

funcionalidade e incapacidade

Influências Internas na

funcionalidade e incapacidade

Constructos Mudanças nas

funções e estruturas

Capacidade e Desempenho em executar tarefas num

ambiente normal

Facilitação ou impacto

negativo no mundo

envolvente

Impacto dos atributos do

indivíduo

Aspectos Positivos

Integridade funcional e estrutural

Actividades Participação Facilitadores Não Aplicável

Funcionalidade

Aspectos Negativos

Deficiência

Limitação na Actividade

Restrições na participação

Barreiras / Obstáculos

Não Aplicável

Incapacidade

As Funções Corporais dizem respeito a funções mentais, sensoriais e de dor, da voz e da fala,

dos sistemas cardiovasculares, hematológico, imunológico e respiratório, dos sistemas digestivo,

metabólico e endócrino, dos sistemas genito-urinário e reprodutivo, músculo-esquelético e

relacionado com o movimento, da pele e estruturas associadas.

As Estruturas Corporais são estruturas como as do sistema nervoso, do olho, ouvido,

envolvidas na voz e fala, e restantes sistemas já mencionados anteriormente.

O Dominio da Saúde abrange a visão, audição, fala, digestão, excreção corporal, fertilidade,

actividade sexual, pele e desfiguramento, respiração, dor, afeto, sono, energia / vitalidade,

cognição, comunicação, mobilidade e destreza.

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Para facilitar a organização, existe uma classificação correspondente entre códigos e

qualificadores:

b – Funções do Corpo;

s – Estruturas do Corpo;

d – Actividades e Participação;

e – Factores Ambientais.

Exemplo de um código de identificação alfa-numérica:

B21022

- b – Função do Corpo - 2 – Funções sensoriais e de dor (1º nível) - 10 – Função da Visão (2º nível) - 2 – Qualidade da Visão (3ºnível) - 2 – Sensibilidade ao contraste (4º nível)

Os códigos da C.I.F. que apenas ficam completos e com real significado quando

acompanhados pelos qualificadores (a atribuir, de acordo com uma escala). Estes são códigos

numéricos que especificam a magnitude ou extensão da funcionalidade ou incapacidade para

cada categoria.

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