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Como podemos aproveitar os diferentes contextos de alfabetização?* Por Emile Araujo *Esta reflexão é baseada na discussão do texto: Contextos de Alfabetização na Aula, de Ana Teberosky e Núria Ribera.

Contextos De AlfabetizaçãO Emile

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Page 1: Contextos De AlfabetizaçãO  Emile

Como podemos aproveitar os diferentes contextos de

alfabetização?*

Por Emile Araujo

*Esta reflexão é baseada na discussão do texto: Contextos de Alfabetização na Aula, de Ana Teberosky e Núria Ribera.

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Já faz tempo que as novas teorias da educação nos mostram a grande importância da bagagem trazida pela criança...

Mas como o professor se posiciona diante da enorme diversidade de contextos de

alfabetização dentro das salas de aula hoje?

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Um pouco da visão construtivista

O professor deve encontrar na criança um aliado no processo da construção do conhecimento;

A pesquisa é um auxilio para o professor;

O professor é o mediador entre a criança e o conhecimento;

O professor ultrapassa os muros da escola e conhece um pouco de cada aluno;

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Diferentes contextos de alfabetização

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Relação entre ações e objetos

As crianças manipulam os diferentes objetos textuais;

O professor, como mediador, coordena a manipulação e cria questionamentos sobre a funcionalidade dos objetos;

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Na relação entre ações e objetos, as crianças podem manipular diferentes tipo de textos e começar a identificar as características de cada tipo de texto...

O professor pode estimular seus alunos através de perguntas, incentivando a observação das diferenças entre os textos...

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O professor pede que seus alunos observem os seguintes textos e apontem suas diferenças:

Bolo de chocolate

Ingredientes

• 2 xícaras de farinha de trigo

• 2 xícaras de açúcar

• 1 xícara de leite

• 6 colheres de sopa cheias de chocolate em pó

• 1 colher de sopa de fermento em pó

• 6 ovos

Modo de preparo

10. bata as claras em neve, acrescente as gemas e bate novamente, coloque o açúcar e bata outrea vez

11. coloque a farinha, o chocolate em pó, o fermento, o leite e bata novamente

12. Untar um tabuleiro e colocar para assar por aproximadamente 40 minutos em forno médio

13. Enquanto o bolo assa faça a cobertura com 2 colheres de chocolate em pó, 1 colher de margarina, meio copo de leite e leve ao fogo até começar a ferver

14. jogue quente sobre o bolo já assado

15. É só saborear

Chapeuzinho Vermelho

Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho, que tinha esse apelido pois desde pequenina gostava de usar chapéus e capas desta cor.

Um dia, sua mãe pediu:

-Querida, sua avó está doente, por isso preparei aqueles doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão na cestinha. Você poderia levar à casa dela?

- Claro, mamãe. A casa da vovó é bem pertinho!

- Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada. Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer que tem um lobo muito mau na estrada da floresta, devorando quem passa por lá.

- Está bem, mamãe, vou pela estrada do rio, e faço tudo direitinho!

E assim foi. Ou quase, pois a menina foi juntando flores no cesto para a vovó, e se distraiu com as borboletas, saindo do caminho do rio, sem perceber.

Cantando e juntando flores, Chapeuzinho Vermelho nem reparou como o lobo estava perto...

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Após a observação, o professor pode propôr diversas atividades: lista das diferenças entre os textos, reescrever os textos invertendo suas características, etc.

A interação entre a criança e o objeto de estudo é um ponto principal para a apreensão do conhecimento.

Ou seja, quando a criança “brinca” com os as palavras, frases e textos, a apreensão da leitura e escrita se torna prazerosa e significativa.

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Observar ações dos adultos

Os pais são os primeiros “ídolos” das crianças;

Os professores podem incentivar seus alunos a serem leitores... Ou não!

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O adulto/professor deve estar atento às suas atitudes, pois ele é ativo no processo de ensino-aprendizagem da criança.

A criança sozinha, muitas vezes, imita por gostar do adulto que observa. O adulto pode perceber esse processo de imitação e iniciar um processo de significação dessa imitação. Estimulando atitudes de leitor-escritor na criança.

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É importante que o professor estimule a leitura aos seus alunos. Proporcionado um ambiente

para leitores. Mesmo que seus alunos não saibam ler!

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Escutar a leitura em voz alta

É importante que as crianças estejam em contato com um novo vocabulário todos os dias;

Através da leitura de histórias, o professor pode estimular a oralidade das crianças. Incentivando-as a recontar a historia;

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Através da leitura em voz alta, as crianças entram em contato com novas palavras e podem explorar o novo vocabulário com a mediação do professor.

O papel do professor mediador se torna fundamental para o desenvolvimento da leitura e escrita dos seus alunos.

Um professor leitor estimula os alunos a serem leitores.

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Escrever em voz alta

O professor escriba auxilia no processo associação fala-escrita;

Escrever em voz alta estimula a oralidade e a criatividade das crianças;

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O professor pode incentivar seus alunos a criar história, recontar fatos do dia, reinventar uma poesia, etc.

As crianças visualizam a “escrita da fala”. Percebendo a importância da escrita e leitura para a nossa sociedade.

O professor dispõe de diversos suportes para auxiliar seu trabalho de escriba. Cartazes, quadro negro, flanelógrafo, etc.

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Perguntar e receber respostas

Perguntar e responder estimula a compreensão dos conteúdos;

O professor pode criar um contexto de perguntas e respostas para conhecer um pouco mais de seus aluno e trabalhar baseado em sua realidade e interesses;

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O contexto de perguntar e responder estimula a oralidade da criança e trabalha sua capacidade de questionar.

A criança pode interagir com os colegas e com o professor, conhecendo diferentes realidades e gostos e interesses.

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Suas próprias ações de escrever

A criança visualiza sua escrita, compara e corrige;

O professor deve estar atento para a escrita do aluno e auxiliá-lo em sua correção;

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A interação entre as alunos é uma das estratégias que o professor pode utilizar. Através dela ele pode observar o desenvolvimento da escrita das crianças.

Os alunos também são beneficiados com a interação, eles podem se socializar, trocar idéias e dúvidas e buscar juntos soluções para seus questionamentos.

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Esses contextos de alfabetização podem ser aproveitados pelo

professor para despertar o interesse de seus alunos pela

leitura e escrita.

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O professor precisa estar disposto a ouvir seus alunos, proporcionar debates e entrevistas, contar histórias, escrever...

Aproveitar ao máximo o potencial, muitas vezes não estimulado, dos alunos.

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A sala de aula pode se tornar um ambiente prazeroso de

trocas e descobertas. Ensino e aprendizagem, onde professores e alunos compartilham e recriam

o mundo de uma outra perspectiva.