38
Prof. thB. Weverton Costa [email protected] / [email protected] Teologia Sistemática II CRISTOLOGIA Seminário Teológico das Assembleias de Deus

Cristologia aula04

Embed Size (px)

Citation preview

Slide 1

Prof. thB. Weverton [email protected] / [email protected] Sistemtica IICRISTOLOGIA

Seminrio Teolgico das Assembleias de Deus

1

A Doutrina de Cristo

A Rejeio das Teorias KenticasWayne Gruden faz cinco argumentos contra as teorias:Nenhum mestre reconhecido dos primeiros 1800 anos da histria da igreja, incluindo os que falavam grego desde o nascimento, pensava que esvaziou-se, significando que o Filho de Deus abandonara alguns de seus atributos.UNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS O Auto Esvaziamento de Jesus

A Rejeio das Teorias KenticasDevemos reconhecer que o texto no afirma que Cristo esvaziou-se de alguns de seus poderes ou esvaziou-se de atributos divinos ou algo parecidoUNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS O Auto Esvaziamento de Jesus

A Rejeio das Teorias KenticasNesse esvaziamento, Jesus no deixou alguns de seus atributos, mas antes assumindo a forma de servo, isto , passou a viver como homem. O contexto interpreta o esvaziar-se como equivalente a humilhar-se e assumir a condio e posio inferior. A NVI traduz a frase a si mesmo se esvaziou em mas se tornou nada. O esvaziamento inclui mudana de funo e condio e no de atributos essenciais.UNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS O Auto Esvaziamento de Jesus

A Rejeio das Teorias KenticasO quarto motivo est no propsito de Paulo nesse contexto. Ele pretende convencer os filipenses a serem humildes e a colocar os interesses dos outros em primeiro lugar e coloca o exemplo de Cristo para que eles pudessem imit-lo. Assim, a interpretao real Jesus deixando a condio e privilgio que possua no cu para se tornar um homem, abdicando da glria para tornar-se pobre para que ns fssemos ricos (Jo 17.5; 2 Co 8.9)UNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS O Auto Esvaziamento de Jesus

A Rejeio das Teorias KenticasEssa teoria deve ser rejeitada por causa do contexto mais amplo do ensino do NT e o ensino doutrinrio de toda a Bblia. Se tivesse acontecido um esvaziamento dos atributos divinos de Jesus Cristo, tal incrvel fato teria sido ensinado repetidas vezes nos textos sagrados em vez de aceitar uma hermenutica duvidosa acerca de uma nica palavra de uma epstola.UNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS O Auto Esvaziamento de Jesus

Recapitulando o hino da KenosisFilipenses 2 famoso por causa da passagem sobre o auto-esvaziamento de Jesus, ou Sua humilhao e posterior exaltao (vide 2.6-11).O mundo antigo mofava da humildade; a doutrina crist, porm, exaltava-a como uma virtudeO trecho subtende claramente a preexistncia de Cristo antes da encarnaoUNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS O Auto Esvaziamento de Jesus

Recapitulando o hino da KenosisPorm, do que Cristo se esvaziara?De conformidade com a teoria da Kenosis, Ele se esvaziou de atributos divinos metafsicos (mas no dos morais)Todavia, cremos que Cristo se esvaziou exclusivamente do exerccio independente daqueles atributos (Jo 5.19), ou, simplesmente, da glria externa de Sua deidade.UNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS O Auto Esvaziamento de Jesus

Recapitulando o hino da KenosisPode-se entender esse esvaziar, segundo o vers. 7 que no se refira encarnao sob nenhuma hiptese, mas ao fato que Jesus expirou na cruz.Um paralelismo sinnimo com a referncia morte de Jesus, no verso seguinte.Paulo estaria aludindo ao texto de Isaas 53.12: porquanto derramou [esvaziou!] a sua alma [frequentemente equivale ao pron. refl. se] na morte...UNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS O Auto Esvaziamento de Jesus

A Unio HipostticaA unio do divino e do humano em Jesus foi chamada, pelos telogos da Igreja, de hiposttica.Gr. Hipstasis = unio de naturezas independentes e distintas.Essa unio ocorreu apenas uma vez na histria, no ato da encarnao do Verbo.UNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS A Hipstasis

A - A Unio Hiposttica em JesusA encarnao do Verbo deu-se numa condio miraculosa, a qual denominamos mistrio da encarnao.Sendo Deus, assumiu uma forma humana por obra e graa do E.S.Resultado: um homem com uma natureza divina e outra humana.UNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS A Hipstasis

B A Relao entre as duas Naturezas no Homem JesusJesus chegou vida adulta com duas naturezas: uma divina, onipotente e auto-suficiente e outra humana (Lc 2.40). Havia harmonia em suas naturezas desde a concepo. Nem alternncia e nem alterao em nenhum momentoAmbas as naturezas eram distintas: uma no interferia ou influenciava a outra. Ele no era super-humano e nem semi-deus. Jesus era PlenoUNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS A Hipstasis

C A Revelao das Duas NaturezasA existncia hiposttica em Jesus no declarada diretamente nas Escrituras, mas revelada ao longo de seu ministrio terreno.Foi reconhecido como divindade (Mt. 8.27)Duas Naturezas Plenas (Jo 11.33,34)Preexistia antes de Abrao (Jo 8.58)UNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS A Hipstasis

3.1 O Incio da DiscussoPor volta do Sc. IV, Vrios pontos de vistas teolgicos colocavam em risco a crena bblica das duas naturezas de Jesus.Fixao de uma posio doutrinria oficial como paradigma ortodoxoNo final do sc. IV, haviam duas famosas escolas teolgicas: Alexandria (Egito) e Antioquia (Sria)UNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS A Igreja e as Duas Naturezas de Jesus

Os Alexandrinos Em Alexandria, sob influncia da filosofia grega, dava-se mais nfase aos aspectos divinos de JesusNo ato da encarnao as duas naturezas se fundiram em uma s natureza, a divina, Todavia, nenhuma era plena. E Jesus possuia apenas uma naturezaUNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS A Igreja e as Duas Naturezas de Jesus

Os AntioquenosHavia distino entre as naturezas de JesusAps a encarnao, Jesus manteve as duas naturezasEram distintas e cooperavam entre siGrande nfase na distino levou-os a concepo de dois cristosUNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS A Igreja e as Duas Naturezas de Jesus

Fiis aos Santos Pais, todos ns, perfeitamente unnimes, ensinamos que se deve confessar um s e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto divindade, e perfeito quanto humanidade; verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, constando de alma racional e de corpo, consubstancial com o Pai, segundo a divindade, e consubstancial a ns, segundo a humanidade; em tudo semelhante a ns, excetuando o pecado; gerado segundo a divindade pelo Pai antes de todos os sculos, e nestes ltimos dias, segundo a humanidade, por ns e para nossa salvao, nascido da Virgem Maria, me de Deus; um e s mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unignito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundveis, imutveis, indivisveis, inseparveis; a distino de naturezas de modo algum anulada pela unio, antes preservada a propriedade de cada natureza, concorrendo para formar uma s pessoa e em uma subsistncia; no separado nem dividido em duas pessoas, mas um s e o mesmo Filho, o Unignito, Verbo de Deus, o Senhor Jesus Cristo, conforme os profetas desde o princpio acerca dele testemunharam, e o mesmo Senhor Jesus nos ensinou, e o Credo dos Santos Pais nos transmitiu.O Credo de Calcednia 451 d.C.

A Cristologia de Calcednia: Hypostasis Natureza humana sem pecado Natureza plenamente divinaUma natureza no anula a outra

3.2 A Soluo a Respeito das Duas Naturezas de JesusMesmo aps a Confisso de F as duas escolas teolgicas continuavam o debate.Em 527 d.C. a Igreja estava dividida por tais questes doutrinriasO Imperador Justiniano I validou as decises do Conclio de CalcedniaOcorreu um novo Conclio em 553 em Constantinopla.UNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS A Igreja e as Duas Naturezas de Jesus

3.2 A Soluo a Respeito das Duas Naturezas de JesusPresidiu o Conclio Lencio de Bizncio, telogoEste conseguiu solucionar o problema atravs do princpio de enipostsiaUNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS A Igreja e as Duas Naturezas de Jesus

3.2 A Soluo a Respeito das Duas Naturezas de JesusEle iniciou seu argumento: Uma natureza deve ter sua prpria pessoa? pode haver duas naturezas e uma s pessoa? O Verbo, o Filho de Deus, o sujeito da encarnao. Essa nica personalidade Jesus, Deus Filho. Ele tem duas naturezas e no duas personalidades. Duas naturezas no devem incluir duas pessoas? No! Ainda que a natureza humana no possa existir sem uma hipstase (pessoa), ela, contudo no precisa Ter sua prpria hipstase.. Ela pode ser hipostatizada.Segundo Lencio, a natureza humana de Jesus foi personalizada na pessoa divina de JesusUNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS A Igreja e as Duas Naturezas de Jesus

3.2 A Soluo a Respeito das Duas Naturezas de JesusNa encarnao no houve fuso, mas uma unio de duas naturezas em uma s pessoa, JesusApesar da distino entre as duas naturezas no havia alternncia entre elasJesus a pessoa das duas naturezasUNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS A Igreja e as Duas Naturezas de Jesus

O AdocionismoHeresia de Paulo de Samosata, bispo de Antioquia (260 d.C). Jesus sendo homem nascido da Virgem, foi cheio do Esprito Santo, sendo adotado por Deus como seu Filho por causa de sua conduta. Sua natureza divina era uma ddiva de Deus. Tal heresia retrata mais um homem tornando-se Deus que de Deus tornando-se homem.No Snodo de Antioquia de 268 d.C. o bispo foi excomungado da IgrejaUNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS Heresias Acerca das Duas Naturezas de Jesus

O ApolinarismoO telogo Apolinrio, bispo de Laodicia, 361 d.C., na sia Menor, passou a ensinar na Igreja que no momento da encarnao, Jesus havia adquirido um corpo, mas no uma mente ou esprito humano, e que a mente e o esprito de Cristo provinham de sua natureza divina de Filho de Deus. A mente de Jesus era divina e no humana.Ao ser questionado ele no soube explicar Igreja como Jesus poderia sentir dor, fome, sede, medo, etc. caractersticas prprias de um esprito humano. Em 381 d.C., foi excomungado e tido por heregeUNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS Heresias Acerca das Duas Naturezas de Jesus

O NestorianismoNestrio, bispo de Constantinopla. Ele no entendia como Jesus podia ter duas naturezas e ser uma pessoa. Para ele, cada natureza deveria ter sua pessoa. Jesus seria duas pessoas distintas, humana e divina e se alternavam em suas naturezas; isto , s vezes Jesus era Deus e, em outro momento, era homem.O Conclio de feso de 431 d.C. condenou essa heresia e exilou Nestrio no deserto da frica do Norte, onde faleceu.UNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS Heresias Acerca das Duas Naturezas de Jesus

O Eutiquianismo (Monofisismo)Eutquio foi abade do mosteiro de Constantinopla, influente pregador e ensinador na primeira metade do sc. V. Para ele na encarnao no houve uma unio, mas sim uma fuso das duas naturezas de Jesus, um homem com uma carne deificada.O Conclio de Calcednia rejeitou essa heresia.UNIDADE III A UNIO DO DIVINO E DO HUMANO EM JESUS Heresias Acerca das Duas Naturezas de Jesus

Permanecendo o que era, tornou-se o que no era.Em outras palavras, enquanto Jesus permanecia o que era (ou seja, plenamente divino), ele tambm se tornou o que no fora antes (ou seja, tambm plenamente humano). Jesus no deixou nada de sua divindade quando se tornou homem, mas assumiu a humanidade que antes no lhe pertencia.Wayne GrudemResumo Sobre a Divindade e Humanidade de Cristo

A Obra PerfeitaDa natureza divina para a natureza humana

Ainda que a natureza humana de Jesus no tenha mudado em seu carter essencial, porque ela foi unida natureza divina na pessoa nica de Cristo, a natureza humana de Jesus obteve:Dignidade para ser cultuadaIncapacidade de pecar

A Obra PerfeitaA natureza humana para a natureza divina

A natureza humana de Jesus lhe deu:

A capacidade de experimentar o sofrimento e a morte.A capacidade de ser nosso sacrifcio substitutivo.

Nem todos reconheceram Jesus como o Messias e por esse motivo no somente O rejeitaram como tambm O mataram. UNIDADE IV O CRISTO NA TERRAO principal propsito da vinda de Jesus a este mundo foi o de salvar a humanidade da condenao da morte eterna provocada pela desobedincia de Ado (Jo 3.16)

UNIDADE IV O CRISTO NA TERRAA Identidade de Jesus1.1 O MessiasIncio ministerial eufricoMultides o seguiam toda horaAlvo: curas e homiliasSua pregao: vibrante, profunda e direta (denunciava os pecados dos lideres religiosos da poca (Mt. 23)Zelo pastoral com os humildesMuitos duvidavam de sua identidade (Jo 10.24,25)Como seria o perfil completo do Messias?

UNIDADE IV O CRISTO NA TERRAA Identidade de Jesus1.1 O MessiasHaveria um sinal de identificao do salvador? (Mt. 16.1)O nico sinal seria sua morte e ressurreio (Mt. 16.4)Como pode! O Messias teria que morrer??? (Jo 12.34)Eles entendiam que o Messias jamais seria derrotado e vencido. At alguns discpulos ficaram decepcionados

UNIDADE IV O CRISTO NA TERRAA Identidade de Jesus1.1 O MessiasNa viso dos judeus ele viria de um lugar seria desconhecido (Jo 7.27)Ou de Belm, segundo as profeciasJesus era de Nazar da Galilia (Jo 7.41)A confuso de Andr e Natanael (Jo 1.46)Desconheciam que Cristo nascera em Belm e fora criado em Nazar

UNIDADE IV O CRISTO NA TERRAA Identidade de Jesus1.2 O ProfetaQual era a concepo do povo a seu respeito? (Mt. 16.14)Mesmo que houvesse dificuldades de reconhec-Lo como Messias, o povo aceitava-O como Profeta da Galilia (Jo 6.14)Era visto semelhantemente aos profetas veterotestamentriosSua funo era rejeitada devido a sua origem (Jo 7.52)Jonas fora um profeta da galilia (2 Reis 14.25)

UNIDADE IV O CRISTO NA TERRAA Identidade de Jesus1.3 Um Ser SuperiorSuperior a tudo e a todosQuem, pois, te fazes ser? (Jo 8.53)Superior a Abrao, JacTal reivindicao era blasfema e injuriosa segundo os judeusComo poderia algum ser superior a todos os heris da f do passado?Eis aqui quem maior que o templo (Mt. 12.6)Igualou-se Divindade -Jo 10.30; 14.9Que Messias teria a audcia de igualar-se a Jeov??

UNIDADE IV O CRISTO NA TERRAA Identidade de Jesus1.4 DeusJesus apenas um profeta Mortal x identidade divinaHavia unicamente um s DeusO apedrejamento para os blasfemosJustino Mrtir (Sc. II d.C.) Trfon, o judeu, disse a respeito das esperanas messinicas de Israel: Todos sabemos que o Cristo ser um homem, nascido de homemA teologia judaica do passado e do presente no atribui uma natureza divina ao Messias

AT A PRXIMA AULA

UNIDADE IVO Cristo na TerraA Expiao do Verbo de DeusA Identidade de JesusA Descida de Jesus ao Hades