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CRP-0357 Produção Gráfica
Aula 5Processos de impressão – parte I
O processo gráficoCarimbos, gravuras, telas,fotolitos e computadores
A vida como ela era:
Agências de propaganda no passado: processo tradicional
A única vantagem da época: o cliente também sabia que as coisas levavam mais tempo, por isso
havia mais prazo.
A qualidade gráfica da época era, na maior parte das vezes, bem ruim. Os estúdios tinham
profissionais mais experientes, mas valorizavam um aspecto mais artesanal que criativo.
Rascunho e layout• O diretor de arte rascunhava uma ideia enquanto o redator
datilografava(!) o conteúdo.
• Títulos, imagens e textos eram apresentados separadamente ao diretor de criação.
• Aprovadas as peças, elas seguiam para o estúdio, que era cheio de pranchetas.
• Lá a imagem era ilustrada, o título desenhado à mão e o texto, decalcado.
• Enquanto isso uma secretária datilografava o texto em papel timbrado.
Apresentação• Tudo era montado em papel cartão e coberto com
papel-manteiga, para não se desfazer com a chuva.
• O cliente via algo muito diferente do resultado final: ilustração em vez de fotografia, texto falso (às vezes não tinha o mesmo tamanho do texto real) e assim por diante.
Fotocomposição• Uma vez aprovado, o texto ia para a fotocomposição, um
processo em que era re-digitado em uma máquina (a composer) que produzia uma tripa de texto na tipografia correta, em alta definição, em papel fotográfico.
• Depois ele seguia para a revisão, feita por um humano.
• A fotografia, depois de aprovada, seguia para um processo de separação cromática, a quadricromia, que gerava quatro fotolitos.
• Um deles era projetado em papel fotográfico no tamanho final, em um processo chamado de Bromuro.
Paste-up• Todo esse material era levado para o profissional de paste-up, que
recortava o Bromuro e a fotocomposição (linha a linha, se fosse necessário fazer o texto contornar a imagem) e as colava em um papel para fazer a arte final.
• A cola usada para isso tinha Benzina e o estúdio tinha um cheiro forte que dava barato em muitos.
• Com uma caneta nanquim, todos os splashes e linhas eram desenhados à mão.
• Desnecessário dizer que todo esse processo não tinha Undo e qualquer etapa errada ou que demandasse alterações precisava recomeçar.
Fotolito• Pronta, a arte-final era fotografada e formava o
filme preto do fotolito.
• As outras cores seguiam a indicação do bromuro na arte-final e eram, também, fotografadas.
• Os quatro fotolitos eram retocados para eliminar quaisquer marcas de poeira, emendas e impurezas e seguiam para a prova de prelo, uma espécie de gráfica manual que queimava uma chapa especial e imprimia uma ou mais cópias, sempre poucas.
Provas• As provas seguiam para o cliente, que fazia a
aprovação final antes de mandar para a gráfica, onde as chapas definitivas eram gravadas e o material, finalmente impresso.
• Em anúncios de revistas, várias dessas etapas eram feitas na própria editora, para poupar tempo. Todo o processo levava de uma a duas semanas, e chegava a envolver mais de 20 profissionais.
Tipografia• A tipografia era um capítulo à parte. Ela poderia ser decalcada
ou desenhada à mão, o que limitava bastante as opções.
• As agências precisavam ter em seus estúdios pilhas de caixas de filme transferível.
• Cada tipo, em cada estilo, de cada tamanho precisava de um filme diferente.
• Helvetica Bold, corpo 12 era diferente de Helvetica Bold corpo 11 e de Helvetica Regular corpo 12.
• Cada tipo específico era chamado de “fonte”. Helvetica era uma “família tipográfica”.
Gráfica• Se a gráfica ainda não usasse modernidades como os fotolitos,
precisaria de tipos de metal (uma liga de chumbo e antimônio) para cada fonte. No processo de fotocomposição, cada família tipográfica precisava de uma matriz especial. Desnecessário dizer que aberrações como “corpo 11,75″ não existiam nem em piadas.
!
• Com isso tudo, propaganda e editoração eram processos muito caros, e não poderiam ser tocados por qualquer um. A pulverização das agências e editoras depois do surgimento da Editoração Eletrônica não é coincidência.
Como vemos as cores
CMYK ou Escala Europa
Ângulos de impressão:K: 45º, M: 75º, Y: 90º, C: 105º
Pontos, Pixels, Dots• PPI: Pixel: picture element – “ponto de tela”.
• Tem cor própria
• Depende da definição (resolução) do monitor
• Normalmente 72 a 96 ppi
• DPI: Dot: ponto de impressão
• Não tem cor própria, simula a cor através de retícula.
• LPI: Line: freqüência da tela
LPI, PPI, DPI• Dois fatores básicos para a definição da LPI:
• Suporte (porosidade)
• Equipamento gráfico (capacidade)
• LPI determina DPI que determina PPI
• (resolução de saída / freqüência de tela)^2+1= número de tons de cinza. O máximo que pode produzir é 256, e deve ficar perto disso.
• Relação scan: (altura da imagem final / altura do original) x LPI x 2 = PPI necessários.
Moiré:• Se um dos filmes aparecer fora de seu ângulo previsto, pode
“interferir” perceptualmente nos outros (Gestalt).
• Pontos que não deveriam ser aglutinados são vistos e se formam padrões texturados sobre a imagem, um efeito normalmente conhecido como padrão Moiré.
• O Moiré chama a atenção para seu padrão e atrapalha a percepção de transição suave de cor.
• Uma forma comum de se reproduzi-lo é digitalizar imagens impressas e reimprimi-las, pois a sobreposição de retículas tenderá a causar o padrão Moiré.
Moiré
Moiré
Moiré
Moiré
LPI > DPI > PPI(e não o contrário)
Suporte > Processo > Ideia(e não o contrário)
Tipos de impressos• Tipografia
• Flexografia
• Rotogravura
• Silk-screen
• Litografia
• Off-set
• Impressão a laser
• Gráfica rápida
Custo fixo vs. Variável• Qualquer processo de impressão deve considerá-
los.
• Tiragem: número de exemplares impressos. Alguns processos têm custo muito alto para pequenas tiragens, mas esse custo se dilui ao imprimir grandes volumes.
Normalmente se calculam:• Custo fixo: matriz (fotolitos, chapas), mão de obra
e perdas iniciais para regulagem do equipamento, especialmente quando o serviço envolve várias camadas de cores.
• Custo variável: insumos (pigmentos), materiais (papel) e acabamento.
Qual processo é mais adequado?
• Vantagens
• Deficiências
• Custo
• Tiragem
• Oferta de materiais e disponibilidade (sazonalidade, matérias-primas)
• Competência e experiência dos fornecedores
Elementos a se considerar em um briefing de gráfica:
• Suporte (e sua espessura)
• Tipo de tinta
• Tipografia
• Imagens e sua resolução
• Número de cores
• Encadernação
• Acabamento
• Distribuição
Contextoé essencial
FIMpg.eca.luli.com.br
Para casa:Nada. Aproveitem.