26
CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS TURMA JOAQUIM NABUCO CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS Preparatório para o CACD 2013 | Profa. Vivian Müller AULA 01 | TPT/01 | Slide 1

Curso de Produção de Texto e Leituras Brasileiras para o CACD 2013 - Profa. Vivian Müller - AULA 1

Embed Size (px)

Citation preview

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRAS

TURMA JOAQUIM NABUCO

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 1

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 2

AULA 01/40 TEORIA E PRODUÇÃO DE TEXTO 01/25

TÓPICOS ABORDADOS:

Apresentação (turma e ações relevantes); Metodologia para fichamento e resenha; Noção de texto.

OBJETIVOS:

Socializar os indivíduos do grupo; Esclarecer sobre atividades relativas à aula; Orientar a produção metodológica de técnicas de estudo; Introduzir o conhecimento linguístico do texto.

APRESENTAÇÃO

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 3

Quando uma criatura humana despertapara um grande sonho e sobre ele lança toda a

força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.Johann Goethe

Os diplomatas sabem o quanto há de construção linguística, de técnica retórica, de

jogos de poder em cada trecho de um argumento.Carlos Haag

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 4

1. ONDE ESTAMOS?

1

2

4

31

1

2

1

1

1

1

11

LOCALIZAÇÃO

AM

BA

SP

PR

DF

MS

SC

RS

PE

RJ

ES

PA

JAPÃO

São José dos Campos 2Bauru 1Carapicuíba 1

Salvador 2

Curitiba 2Londrina 1

Joinvile 1Canoinhas 1

A Turma Joaquim Nabuco é composta por 20 alunos, que estão distribuídos em 12estados brasileiros e em 01 país estrangeiro (Japão).

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 5

11

2

2

2

1

11

FORMAÇÃO ACADÊMICA

Direito

Comunicação

Relações Internacionais

Odontologia

Letras

Psicologia

Administração

Jornalismo 1Publicidade e Propaganda 1

2. EM QUE NOS FORMAMOS?

Os bacharéis em Direito totalizam 55% da Turma Joaquim Nabuco.

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 6

11

9

Gênero social

Masculino

Feminino

3. QUEM SOMOS?

Ao contrário do que, normalmente, ocorre, o gênero masculino é maioria na TurmaJoaquim Nabuco.

Diego AlfieriDouglas Martins

Emaxsuel RodriguesEric AquinoFelipe Melo

Flávio MarianiJair Chita

Jonatas PabisHenrique Rosseto

Moisés ConaSaulo Santana

Aline Paola GodoyAna Celina DouradoGisele Juliane Silva

Isis SibenKarlas Rodrigues

Luciene FariasPaloma Ryds

Renata RibeiroThais Fabrin

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 7

ATIVIDADE 1

Cursos a distância são qualificados sempre como impessoais. Isso é muito ruim, pois gera nos

alunos uma sensação de solidão, de falta de cooperação com colegas no processo de estudo.

Para tentarmos minimizar isso, proponho a seguinte atividade:

Crie uma conta WordPress (www.wordpress.com), que servirá para o envio de trabalhos

para o BLOG LEITURAS BRASILEIRAS PARA O CACD 2013;

Ao criar seu perfil, em “nome de exibição” indique seu nome e sobrenome;

Em “Sobre você” elabore uma breve apresentação sobre você: sua formação, seu

trabalho, seus estudos para o CACD, suas experiências em relação à preparação etc.

Não deixe de anexar uma foto e indicar seus contatos de e-mail e em redes sociais.

PRAZO: 08/07.

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 8

METODOLOGIA DE ESTUDO

FICHAMENTO E RESENHA

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 9

O E S T U D O

CRÍTICA: porque aperfeiçoa os julgamentos e desenvolve o discernimento entre o essencial

e o acidental; entre o prioritário e o secundário.

OBJETIVA: porque liberta a aprendizagem de toda posição subjetivista, evitando as meias-

soluções.

RACIONAL: porque evita preconceitos, emocionalidades, pré-julgamentos, lugares comuns

do pesquisador.

O QUE É? O estudo, na prática, se traduz pela conquista de uma mente:

CRÍTICA ...................................... OBJETIVA ...................................... RACIONAL

FONTE: SILVA, Roberto G. Metodologia para alunos que desejam estudar de verdade. Disponível nainternet: http://www.arq.ufsc.br/urbanismo1/metodologia.pdf. Acesso em 12.04.2010.

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 10

FICHAMENTO

O fichamento é um tipo de documentação de estudo, cujo objetivo é registrar o quefoi, efetivamente, compreendido do texto lido (ideias e argumentos). Antonio JoaquimSeverino (1991) indica três modalidades de fichamento:

MODALIDADE CARACTERÍSTICAS

Bibliográfico Fichamento por obra / apontamentos sobre texto específico (comidentificação de contexto de leitura – Assunto/tema) / DEVE ser realizadoapós a leitura de cada texto indicado. Ex.:

ASSUNTO: O Romantismo e a ideia de nação brasileira – José de Alencar.RICUPERO, Bernardo. O indianismo como mito nacional. In: __________. Oromantismo e a ideia de nação no Brasil (1830-1870). São Paulo: MartinsFontes, 2004. p. 153-178.

Temático Fichamento por temas / reunião de bibliografia temática diversificada(livros, revistas, aulas, palestras, observações de campo etc) / DEVE serrealizado ao final de cada módulo de estudos. Ex.: Aulas de 35 – 40:Módulo 7. Análise de Discurso Crítica.

Geral Fichamento por grupos de material. Ex.: Seleção de recortes dejornal/revista sobre José de Alencar. (Irrelevante)

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 11

ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DO FICHAMENTO

A) ORIENTAÇÃO GERAIS (FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO E TEMÁTICO)

1) Leia, analiticamente, o texto:a) Motive-se para a leitura do texto Ele abrirá uma série de possibilidades

cognitivas e analíticas;b) Sublinhe os segmentos textuais que você considera mais relevantes;c) Marque as margens com identificações de importância;d) Realize, mentalmente, o processo lógico de construção argumentativa do autor

em relação à tese que ele está defendendo.

2) Esquematize seu fichamento:a) Ficha ou A4;b) Fontes: Times New Roman / Arial / Calibri; c) Tamanho da fonte geral: 12 | Tamanho da fonte em títulos: 14;d) Espaçamento: 1,15;e) Margens em A4: 3 cm (esquerda e superior) e 2 (direita e inferior);f) Extensão: variável, pois aceita esquemas.

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 12

B) ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS E FACULTATIVOS PARA O FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO

B1) Elementos obrigatórios

a) Indicação completa da obra;

ASSUNTO: O Romantismo e a ideia de nação brasileira – José de Alencar.RICUPERO, Bernardo. O indianismo como mito nacional. In: __________. O romantismoe a ideia de nação no Brasil (1830-1870). São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 153-178.

b) Palavras-chave;

Romantismo brasileiro; José de Alencar; ideia de nação; Indianismo.

c) Indicação da tese defendida pelo autor e de sua linha argumentativa.

Ricupero retoma as discussões centrais do período destacado, além de mostrar osprincipais embates ocorridos à época, tais como as disputas entre Vernhagen eGonçalves de Magalhães, entre Gonçalves de Magalhães e José de Alencar e entre Joséde Alencar e Joaquim Nabuco. O que se evidencia é a tentativa do autor de desvendar omotivo de o tema ter sido escolhido, enfaticamente, pelos românticos brasileiros. Oautor sugere que o indianismo seria uma forma de discutir posições sociais na sociedadebrasileira do século XIX.

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 13

B2) Elementos facultativos

a) Principais trechos do texto que justificam a tese (citação em discurso direto1 do que é importante);

b) Esquemas de leitura (gráficos, desenhos, mapas mentais);

c) Esquema por tópicos.

___________________________1 A citação em discurso direto é marcada pelo uso de aspas.

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 14

RESENHA

A resenha também é considerada um tipo de documentação de estudo, entretanto, suaabordagem em relação ao objeto (texto resenhado) é bem mais refinada que a realizada queno fichamento.

Estabelece-se, nessa modalidade de documentação de estudo, uma relação discursivaintelectual entre o autor do texto e o da resenha, por isso, ela só é realizada em relação abibliografias. Além disso, não são aceitos esquemas ou tópicos na elaboração da resenha.

É tratada por alguns como resumo crítico, o que não deixa de serverdade, pois, introdutoriamente, é necessário resumir e contextualizar a obra resenhada.Após a apresentação do percurso argumentativo desenvolvido pelo autor do texto, o autorda resenha deve posicionar-se em relação à leitura realizada, indicando:

a) Lacunas; imprecisões; distorções teóricas; generalizações; abordagens preliminaresetc;

b) Coerências; resoluções de problemas, eventualmente, propostos e não resolvidospor outros autores; aproximações teóricas etc;

c) Posicionamento frente ao panorama geral do texto.

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 15

ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA RESENHA

A) ORIENTAÇÃO GERAIS

1) Leia, analiticamente, o texto:a) Motive-se para a leitura do texto Ele abrirá uma série de possibilidades

cognitivas e analíticas;b) Sublinhe os segmentos textuais que você considera mais relevantes;c) Marque as margens com identificações de importância (já dialogando com o

texto);d) Realize, mentalmente, o processo lógico de construção argumentativa do autor

em relação à tese que ele está defendendo, tentando encontrar os elementosindicados no slide anterior.

2) Esquematize seu fichamento:a) Ficha ou A4;b) Fontes: Times New Roman / Arial / Calibri; c) Tamanho da fonte geral: 12 | Tamanho da fonte em títulos: 14;d) Espaçamento: 1,5;e) Margens em A4: 3 cm (esquerda e superior) e 2 (direita e inferior);f) Extensão: no máximo, duas laudas.

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 16

ATIVIDADE 2

Recomenda-se a leitura do seguinte texto:

SILVA, Roberto G. Metodologia para alunos que desejam estudar de verdade. Disponível na internet: http://www.arq.ufsc.br/urbanismo1/metodologia.pdf. p. 1-28.

O texto contém muitas informações interessantes sobre as qualidades do bom estudante.

Embora o autor se dirija a universitários, suas dicas são importantes para qualquer

estudante que precisa dedicar-se a um volume grande de matérias. Ah, a linguagem é

muito acessível, bem diferente dos manuais de metodologia.

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 17

NOÇÃO DE TEXTOO QUE É TEXTO?

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 18

Problemas de definição do conceito de texto

A palavra TEXTO tem, por natureza, um conceito polissêmico, o que gera imprecisão na

delimitação clara desse elemento. Cada área da Linguística — como a Linguística Textual, a

Linguística Enunciativa, a Linguística Cognitiva, a Linguística Crítica (Análise de Discurso

Crítica), a Linguística Pragmática, a Sociolinguística — que tem o TEXTO como objeto

disciplinar desenvolveu um conceito para ele. Até mesmo os dicionários são inespecíficos em

relação a um conceito base. Observemos o que diz o Dicionário de Linguagens e Linguística

(2008, p. 291):

“Os linguistas utilizaram por muito tempo a palavra texto muito informalmente para

denotar qualquer trecho de língua em que, por acaso, estivessem circunstancialmente

interessados. Contudo, especialmente a partir da década de 1960, a noção de texto

ganhou status teórico em vários domínios, e a análise de textos é hoje considerada um

dos principais objetivos da investigação linguística. Porém, a concepção do que constitui

um texto não é a mesma em toda parte.”

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 19

Uma tentativa de explicação combinada: etimologia e gramatica

O vocábulo TEXTO deriva do latim textus, que significa tecido, trama, encadeamento. Emtermos, basicamente, linguísticos, texto seria o conjunto total do encadeamento de signoslinguísticos, desde que observada sua relação sintagmática e paradigmática.

O homem se barbeia todas as manhãs.

O bebê se barbeia todas as manhãs.

Eixo sintagmático (relações

morfossintáticas entre sintagmas)

Sintagma nominal

artigo + substantivo

Eixo paradigmático(relações semânticas

entre sintagmas)Explicação correta,

porém parcial.

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 20

Antes de sanarmos a parcialidade da explicação anterior, vejamos mais alguns conceitos:

O TEXTO como corpus ou produto

O Dicionário de Semiótica (2008, p. 503) chama a atenção para uma conceituação muitoparcial, porém comum, de TEXTO:

“Por vezes, emprega-se o termo em sentido restrito: isso se dá quando a natureza doobjeto escolhido (a obra de um escritor [...]) marca-lhe os limites: nesse sentido, texto setorna sinônimo de corpus.”

Um dos grande autores de Linguística Textual, Jean Michel Adam, também parcializa, emalguns momentos, a visão de texto como produto. Segundo ele (Apud Marcuschi, 2008, p.83), o texto é um

“objeto concreto, material e empírico resultante de um ato deenunciação”.

Dessa forma, qualquer conjunto de ícones ou sons poderia serconsiderado texto.

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 21

O TEXTO como um processo automático

É bastante comum e correta a conceituação de TEXTO como um processo, porém, conformevermos com bastante profundidade nas próximas aulas, tal processo não pode serconsiderado autônomo. Teun Van Dijk (Apud Guimarães, 2009, p. 12), um dos maioresnomes da Análise do Discurso, afirma que:

[O texto é]“um processo que se perfaz numa totalidade integrada por uma unidadetemática, um formato e uma significação. Tal totalidade é alcançada mediante arelação entre seus constituintes e seu contexto de produção”.

A chave de tal conceito está em duas ideias: de significação e de contexto.

Entretanto, considerar como autônomo o processo de produção que tem como

base, fundamentalmente, a significação de um determinado produto (formato de

materialização [oral ou escrito] e formato de gênero) em relação ao seu contexto (Qual

contexto? De produção?) é, no mínimo, imprecisa.Explicação correta,

porém parcial.

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 22

Afinal, o que TEXTO?

Vejamos algumas definições bastante esclarecedoras:

“Um texto não existe, como tal, a menos que alguém o processe como tal”.

(Beaugrande Apud Marcushi, 2008, p. 89.)

“O texto só se realiza com o leitor/ouvinte”.

(Ingedore Villaça G. Koch , em vários livros]

O texto é “uma unidade processual, uma unidade semântica, um evento”, “que ocorre

na forma da linguagem inserida em contextos comunicativos” e que, por ser

interativo, “não se dá como um artefato monológico e solitário, sendo sempre um

processo de co-produção”.

(Marcuschi, 2008, p. 72, 76, 80, adaptado)

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 23

CONCLUSÃO

A partir de agora, para nós, o TEXTO deve ser considerado como uma unidade linguística

empírica que, PARA EXISTIR, DEPENDE, FUNDAMENTALMENTE, DA CONSTRUÇÃO DE

SENTIDOS NEGOCIADA ENTRE AUTOR E LEITOR, descaracterizando a automaticidade do

processo. Sem CONSTRUÇÃO (ou formação) DE SENTIDOS não há TEXTO, mas um conjunto

iconográfico ou fonográfico com potencialidade textual.

A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS leva em consideração uma série de elementos de natureza

linguística (basicamente, sintaxe e semântica) e não linguística ou extraverbal (contexto

sociocognitivo de enunciação = contextos de produção e de recepção, posição

social/intelectual dos sujeitos, objetivos da interação social etc).

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 24

Resumo desta aula e relação com a próxima:

TEXTO = SENTIDO = TEXTUALIDADE

LEMBRE-SE: a próxima aula será em 14/07.

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 25

ATIVIDADE 3

Leia:

“MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:ed. Parábola, 2008. p. 71 – 72.

ATIVIDADE 4

Assista:

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Fala e escrita.

Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=XOzoVHyiDew&feature=plcp&list=PLF90315C1C9CF4FAEParte 2: http://www.youtube.com/watch?v=6y9xK-9bbcw&feature=BFa&list=PLF90315C1C9CF4FAEParte 3: http://www.youtube.com/watch?v=UqSfGyR1ERA&feature=BFa&list=PLF90315C1C9CF4FAE

CURSO DE PRODUÇÃO DE TEXTO E DE LEITURAS BRASILEIRASPreparatório para o CACD – 2013 | Profa. Vivian Müller

AULA 01 | TPT/01 | Slide 26

Bibliografia citada:

GREIMAS, A. J.; COUTRTÉS, J. Dicionário de Semiótica. Trad. Alceu Dias Lima et al. São Paulo:Ed. Contexto, 2008. p. 503.

GUIMARÃES, Elisa. Texto, discurso e ensino. São Paulo: Contexto, 2009.

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 7. ed. São Paulo:Contexto, 2003.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:ed. Parábola, 2008. p. 71 – 83.

TRASK, R. L. Dicionário de Linguagens e Linguística. Trad. Rodolfo Ilari. 2. ed. São Paulo: Ed.Contexto, 2008. p. 291.