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CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS (ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 1 www.pontodosconcursos.com.br AULA 8 ESTÁGIOS DA RECEITA E DA DESPESA Olá amigos! Como é bom estar aqui! Começo mais uma aula na alegria de ter você como aluno, que acreditando em seus objetivos, persevera e não se deixa abater pelas dificuldades e obstáculos. Afinal, como diria um homem centrado em seus objetivos: “Os obstáculos são aquelas coisas terríveis que você vê quando desvia o foco de seus objetivos”. (Henry Ford) Ao longo do exercício financeiro, concomitantemente, as receitas são arrecadadas e as despesas são executadas. Nesta aula, teremos a oportunidade de estudar como ocorre a realização de receitas e despesas, por meio dos denominados estágios da receita e da despesa pública. Antes, vamos falar das carreiras de Analista Judiciário – Área Administrativa integrantes dos mais diversos tribunais em todo o nosso país, como os Tribunais Superiores, Federais, de Justiça, Eleitorais e do Trabalho. Ao Analista Judiciário – Área Administrativa, com formação superior em qualquer área, compete, em geral, a realização de atividades de nível superior, de natureza técnica, relacionadas ao planejamento, organização, coordenação, supervisão, assessoramento, estudo, pesquisa e execução de tarefas que envolvam a gestão estratégica, de pessoas, de processos, de recursos materiais e patrimoniais, de licitações e contratos, de orçamento e finanças, de controle interno e auditoria e outras atividades complementares de apoio administrativo. A remuneração inicial gira em torno de R$ 6.611,39; incidindo ainda adicionais sobre este valor. A cobrança de AFO nos editais para a carreira é regra, porém com grandes variações. Alguns concursos abordando todo o conteúdo de AFO tradicionalmente exigido, outros enfatizando pontos específicos. A FCC e a CESPE predominam nos concursos para tribunais. Como exemplo, citarei o último edital para Analista Judiciário – Área Administrativa, do Supremo Tribunal Federal, em 2008, cuja banca examinadora foi o CESPE: N oções de administração financeira e orçamentária: 1. Orçamento público. 2. Orçamento público no Brasil.

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ESTÁGIOS DA RECEITA E DA DESPESA

Olá amigos! Como é bom estar aqui! Começo mais uma aula na alegria de ter você como aluno, que acreditando em seus objetivos, persevera e não se deixa abater pelas dificuldades e obstáculos. Afinal, como diria um homem centrado em seus objetivos: “Os obstáculos são aquelas coisas terríveis que você vê quando desvia o foco de seus objetivos”. (Henry Ford) Ao longo do exercício financeiro, concomitantemente, as receitas são arrecadadas e as despesas são executadas. Nesta aula, teremos a oportunidade de estudar como ocorre a realização de receitas e despesas, por meio dos denominados estágios da receita e da despesa pública. Antes, vamos falar das carreiras de Analista Judiciário – Área Administrativa integrantes dos mais diversos tribunais em todo o nosso país, como os Tribunais Superiores, Federais, de Justiça, Eleitorais e do Trabalho. Ao Analista Judiciário – Área Administrativa, com formação superior em qualquer área, compete, em geral, a realização de atividades de nível superior, de natureza técnica, relacionadas ao planejamento, organização, coordenação, supervisão, assessoramento, estudo, pesquisa e execução de tarefas que envolvam a gestão estratégica, de pessoas, de processos, de recursos materiais e patrimoniais, de licitações e contratos, de orçamento e finanças, de controle interno e auditoria e outras atividades complementares de apoio administrativo. A remuneração inicial gira em torno de R$ 6.611,39; incidindo ainda adicionais sobre este valor. A cobrança de AFO nos editais para a carreira é regra, porém com grandes variações. Alguns concursos abordando todo o conteúdo de AFO tradicionalmente exigido, outros enfatizando pontos específicos. A FCC e a CESPE predominam nos concursos para tribunais. Como exemplo, citarei o último edital para Analista Judiciário – Área Administrativa, do Supremo Tribunal Federal, em 2008, cuja banca examinadora foi o CESPE: N oções de administração financeira e orçamentária:

1. Orçamento público. 2. Orçamento público no Brasil.

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3. O ciclo orçamentário. 4. Orçamento-programa. 5. Planejamento no orçamento-programa. 6. Orçamento na Constituição da República. 7. Conceituação e classificação de receita pública. 8. Classificação orçamentária de receita pública por categoria econômica no

Brasil. 9. Classificação de gastos públicos. 10. Tipos de créditos orçamentários. 11. Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar nº 101/2000.

E vamos às nossas questões sobre Estágios da Receita e da Despesa:

ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA 1) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) No estágio da previsão, tem-se a estimativa de arrecadação da receita, constante da LDO. O estágio da receita orçamentária é cada passo identificado que evidencia o comportamento da receita e facilita o conhecimento e a gestão dos ingressos de recursos. Os estágios da receita orçamentária são os seguintes:

• Previsão; • Lançamento; • Arrecadação; • Recolhimento.

O comportamento dos estágios da receita orçamentária é dependente da ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos e obedece à ordem acima. Esses estágios são estabelecidos levando-se em consideração um modelo de orçamento existente no país e a tecnologia utilizada. Dessa forma, a ordem sistemática inicia-se com a previsão e termina com o recolhimento. A previsão (ou planejamento) se configura por meio da estimativa de arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual – LOA, resultante de metodologia de projeção de receitas orçamentárias. Logo, no estágio da previsão, tem-se a estimativa de arrecadação da receita, constante da LOA, e não da LDO. Resposta: Errada. 2) (CESPE– Analista Ambiental- Administração e Planejamento– MMA- 2008) As alterações da legislação tributária são parâmetros adotados para se definirem as estimativas de arrecadação, que constituem uma das etapas do processo

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orçamentário. Nesse sentido, é relevante levar em conta, entre outros aspectos, as alterações de alíquotas, as desonerações fiscais e a concessão de créditos tributários. Segundo a LRF: Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. Logo, são parâmetros para previsão de receitas os efeitos das alterações na legislação, como a alteração de alíquotas, as desonerações fiscais e a concessão de créditos tributários. Devem ser considerados, ainda, a variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante. Resposta: Certa. 3) (CESPE – Analista Ambiental – Política e Gestão – MMA - 2008) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) determina que as autorizações de despesas, constantes do projeto de lei orçamentária, devem considerar os efeitos das alterações na legislação, da variação dos índices de preços, do crescimento econômico e de qualquer outro fator relevante. O art. 12 da LRF (não é a LDO) dispõe que as previsões de receita (e não autorizações de despesas) observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante. Resposta: Errada. 4) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Observadas as normas técnicas e legais, as previsões de receita considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante, e serão acompanhadas, além do demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da: (A) projeção para as receitas obtidas com serviços de terceiros. (B) metodologia de cálculo do impacto dos resultados nominal e primário que possam afetar as receitas. (C) projeção da estimativa do impacto orçamentário e financeiro do exercício em que entrar em vigor. (D) demonstração da composição das dívidas ativas decorrentes de financiamentos e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. (E) projeção para os dois seguintes exercícios àqueles a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

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Novamente este importante artigo da LRF é cobrado em provas. Desta vez com transcrição literal. Para guardar: Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da

projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de

cálculo e premissas utilizadas.

Resposta: Letra E 5) (FCC - Analista do MP/SE – Contabilidade – 2009) O procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível, corresponde ao estágio da receita pública denominado: (A) recolhimento. (B) arrecadação. (C) previsão. (D) lançamento. (E) fixação. O lançamento, segundo o art. 142 do Código Tributário Nacional, é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Resposta: Letra D (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Estágio da receita orçamentária é cada passo identificado que evidencia o comportamento da receita e facilita o conhecimento e a gestão dos ingressos de recursos. Em conformidade aos estágios da receita, julgue os itens: 6) Tendo ocorrido o fato gerador, há condições de se proceder ao registro contábil do direito a receber da fazenda pública. O lançamento é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Tendo ocorrido o fato gerador, há condições de se proceder ao registro contábil do direito a receber da fazenda pública em contrapartida a uma variação ativa, em contas do sistema patrimonial, o que representa o registro da receita por competência. Resposta: Certa.

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7) (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) O lançamento, caracterizado como um dos estágios da receita pública, não se aplica a todos os tipos de receita. São tipicamente objetos de lançamento os impostos indiretos e, em particular, os que decorrem de substituição tributária. Segundo a Lei 4320/64: Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato. O que se desprende desse artigo é que algumas receitas não percorrem o estágio do lançamento, consoante a afirmação inicial da questão. No entanto, são tipicamente objetos de lançamentos os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato. Resposta: Errada. 8) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) No que concerne a estágios da receita, o lançamento de ofício é efetuado pela administração sem a participação do contribuinte. O lançamento é ato indispensável para que o fisco possa exigir do contribuinte o seu direito de receber os valores correspondentes às exações por ele devidas, não possuindo, entretanto, o condão de constituir o crédito tributário. Para continuar com os tipos de lançamentos, devemos saber que compõem a obrigação tributária nascida com a ocorrência do fato gerador um sujeito ativo e um sujeito passivo. O sujeito ativo será a pessoa jurídica, normalmente de direito público, titular do direito subjetivo de exigir a prestação pecuniária (tributo ou penalidade) ou a prestação não-pecuniária positiva ou negativa. Já a pessoa natural ou jurídica, privada ou pública, de quem se exige o cumprimento da prestação pecuniária (tributo ou penalidade) ou a prestação não pecuniária positiva ou negativa, denomina-se sujeito passivo. Existem três tipos de lançamento tributário: lançamento por declaração, lançamento por homologação e lançamento de ofício:

• Lançamento por declaração: compreende a espontaneidade do sujeito passivo em declarar corretamente. Esse tipo de lançamento enseja para o sujeito passivo um papel fundamental, de grande importância. É o próprio contribuinte que deverá apurar o valor devido. Segundo Amaro, para que isso ocorra, é necessário que o contribuinte majore os fatos ocorridos afim de que o agente fazendário, a vista das informações contidas na declaração, efetive documentadamente, o ato de lançamento, do qual deve dar ciência ao sujeito passivo, a fim de tornar exigível o tributo. As

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informações do sujeito passivo servirão de base para a quantificação do montante devido. Exemplo: imposto de exportação.

• Lançamento por homologação: No lançamento por homologação, o

pagamento e as informações prestadas pelo contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio da autoridade administrativa. Segundo Amaro, cuida-se aqui de tributos que, por sua natureza (multiplicidade de fatos geradores, de caráter instantâneo) têm o recolhimento exigido do devedor independentemente de prévia manifestação do sujeito ativo, vale dizer, sem que o sujeito ativo deva lançar para tornar exigível a prestação tributária. Ex: tributos sujeitos a retenção na fonte.

• Lançamento de ofício: Como regra, o lançamento de ofício é adequado

aos tributos que têm como fato gerador uma situação cujos dados constam dos cadastros fiscais, de modo que basta à autoridade administrativa a consulta a aqueles registros para que se tenha às mãos dados fáticos necessários à realização do lançamento. Desta forma, é efetuado pela administração sem a participação do contribuinte. Ex: IPTU.

Logo, o lançamento de ofício é efetuado pela administração sem a participação do contribuinte. Resposta: Certa. 9) (FCC – Procurador - Recife – 2008) Sobre receitas públicas, a Lei n° 4.320/64 dispõe: I. Nenhum tributo será exigido ou aumentado sem que a lei o estabeleça. II. Os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das importâncias que arrecadarem. III. Será admitida a compensação da observação de recolher receitas com direito creditório contra a Fazenda Pública. Está correto o que se afirma SOMENTE em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. A Lei nº 4.320/64 traz ainda alguns dispositivos importantes relacionados aos estágios da Receita Pública, os quais serão abordados nesta questão: I) Correto. Segundo o art. 51, nenhum tributo será exigido ou aumentado sem que a lei o estabeleça, nenhum será cobrado em cada exercício sem prévia autorização orçamentária, ressalvados a tarifa aduaneira e o imposto lançado por motivo de guerra. II) Correto. Veremos na próxima questão o estágio da arrecadação, o qual corresponde a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes

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arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro. Segundo o art. 55, os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das importâncias que arrecadarem, em uma única via, os quais devem conter o nome da pessoa que paga a soma arrecadada, proveniência e classificação, bem como a data a assinatura do agente arrecadador. III) Errado. Segundo o art. 54, não será admitida a compensação da observação de recolher rendas ou receitas com direito creditório contra a Fazenda Pública. Exemplo: se o contribuinte tem um valor a receber da Prefeitura porque ganhou uma ação judicial contra ela, não pode compensar deixando de pagar o IPTU. Logo, os itens I e II estão corretos. Resposta: Letra D 10) (CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Os contribuintes, por não terem acesso direto ao Tesouro Público, quitam seus débitos tributários mediante pagamento aos agentes arrecadadores, em geral instituições financeiras autorizadas; elas próprias e as demais pessoas jurídicas, por outro lado, atuam como depositários, ora descontando e retendo tributos sobre rendimento pagos, ora cobrando de seus clientes e consumidores tributos sobre bens e serviços fornecidos. Falaremos agora da arrecadação. Do ponto de vista orçamentário, o reconhecimento da receita orçamentária ocorre no momento da arrecadação. Tal situação decorre da aplicação da Lei nº 4.320/64, que em seu artigo 35 dispõe que pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas. O regime adotado pela Lei nº 4.320/64 para reconhecimento das receitas decorre do enfoque orçamentário dessa lei, com o objetivo de evitar o risco de que a execução das despesas orçamentárias ultrapasse a arrecadação efetivada. A arrecadação é a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro. Eles atuam como depositários, ora descontando e retendo tributos sobre rendimento pagos, ora cobrando de seus clientes e consumidores tributos sobre bens e serviços fornecidos. Assim, os contribuintes quitam seus débitos tributários mediante pagamento aos agentes arrecadadores, em geral instituições financeiras autorizadas, já que não têm acesso direto ao Tesouro Público. Resposta: Certa. 11) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Os estágios de arrecadação e recolhimento ocorrem concomitantemente e representam o ingresso do recurso nos cofres públicos.

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O recolhimento é a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando o Princípio da Unidade de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente. O recolhimento ao Tesouro é realizado pelos próprios agentes ou bancos arrecadadores. Essa ordem é bastante nítida, pois os agentes arrecadadores podem ser bancos ou caixas avançados do próprio ente. A arrecadação consiste na entrega do recurso ao agente ou banco arrecadador pelo contribuinte ou devedor. Já o recolhimento consiste no depósito em conta do Tesouro, aberta especificamente para esse fim, pelos caixas ou bancos arrecadadores. Dependendo da sistematização dos processos dos estágios da arrecadação e do recolhimento, no momento da classificação da receita deverão ser compatibilizadas as arrecadações classificadas com o recolhimento efetivado. Logo, o recolhimento representa o ingresso do recurso nos cofres públicos por meio dos caixas ou bancos arrecadadores. Resposta: Errada. 12) (FCC - Analista do MP/SE – Contabilidade – 2009) Considere as afirmativas a seguir. I. Recolhimento é a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores, aos agentes ou bancos autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro. II. Arrecadação é a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira. III. Planejamento compreende a previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da Lei Orçamentária Anual −LOA, resultante de metodologias de projeção usualmente adotadas, observada as disposições constantes na Lei de Responsabilidade Fiscal −LRF. Está correto o que se afirma APENAS em: (A) III. (B) I. (C) I e III. (D) II. (E) II e III. I) Errado. Arrecadação é a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores, aos agentes ou bancos autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro. II) Errado. O recolhimento é a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando o Princípio da Unidade de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente. III) Correto. A previsão (ou planejamento) se configura por meio da estimativa de arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual –LOA, resultante

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de metodologia de projeção de receitas orçamentárias, observada as disposições constantes na LRF, como aquelas já estudadas do art. 12. Resposta: Letra A

ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA 13) (FCC - Analista do MP/SE – Contabilidade – 2009) De acordo com a doutrina majoritária, são estágios da despesa orçamentária: (A) previsão, lançamento, empenho e pagamento. (B) fixação, reserva, empenho e liquidação. (C) previsão, empenho, fixação e pagamento. (D) fixação, liquidação, pagamento e cancelamento. (E) fixação, empenho, liquidação e pagamento. Ao longo do exercício financeiro, ao mesmo tempo, as receitas são arrecadadas e as despesas são executadas. Assim como ocorre com as receitas, cujos estágios já estudamos, para que se execute uma despesa do Poder Público ela deve passar por estágios de execução, os quais devem ser seguidos com rigor. Uma vez publicada a LOA, observadas as normas de execução orçamentária e de programação financeira da União estabelecidas para o exercício, e lançadas as informações orçamentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, no SIAFI, por intermédio da geração automática do documento Nota de Dotação – ND, cria-se o crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita. A doutrina majoritária considera que os estágios da despesa são fixação (ou programação), empenho, liquidação e pagamento. São eles que estudaremos nas próximas questões. Resposta: Letra E. 14) (CESPE – Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde- 2008) Embora o Regulamento de Contabilidade Pública somente reconheça como estágios da despesa pública o empenho, a liquidação e o pagamento, muitos especialistas da área defendem a necessidade de se considerarem, pelo menos, mais dois estágios antes do empenho: a programação (ou fixação) da despesa e a licitação. Já vimos que a doutrina majoritária considera que os estágios da despesa são fixação (ou programação), empenho, liquidação e pagamento. Acrescento que há praticamente consenso que empenho, liquidação e pagamento são estágios da execução da despesa. Atualmente se encontra em aplicação a

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sistemática do pré-empenho antecedendo esses estágios, já que, após o recebimento do crédito orçamentário e antes do seu comprometimento para a realização da despesa, existe uma fase geralmente demorada de licitação obrigatória junto a fornecedores de bens e serviços que impõe a necessidade de se assegurar o crédito até o término do processo licitatório. A fixação da despesa é estabelecida na Lei Orçamentária Anual. É a dotação inicial da LOA que, segundo o princípio do equilíbrio, visa assegurar que as despesas não serão superiores à previsão das receitas. A legislação não permite a inversão de qualquer estágio. O que pode ocorrer é exceção quanto ao estágio da programação, como acontece com as despesas realizadas através da abertura de créditos extraordinários. Este tipo de despesa não passa pelo estágio da programação, em virtude de sua imprevisibilidade e urgência. Ainda, a licitação é considerada por parte da doutrina como estágio da despesa. A licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar, entre vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para a aquisição de bem ou serviço. Logo, pode-se concluir que parte da doutrina e especialistas da área defendem a necessidade de se considerarem, pelo menos, mais dois estágios antes do empenho: a programação (ou fixação) da despesa e a licitação. Resposta: Certa 15) (CESPE – AFCE - TCU - 2008) O orçamento é o mais eficaz instrumento de verificação prévia da utilização dos recursos públicos visto que, além de passar pela aprovação dos representantes políticos da população, fixa tetos para as despesas, que só podem ser realizadas mediante prévio empenho e, conforme o caso, após licitação. Executar o orçamento é realizar as despesas públicas nele previstas e apenas essas, pois, para que qualquer utilização de recursos públicos seja efetuada, a primeira condição é que esse gasto tenha sido legal, oficialmente previsto e autorizado pelo Congresso Nacional, e que sejam seguidos à risca os três estágios da execução das despesas previstos na Lei nº 4320/64 : empenho, liquidação e pagamento. Portanto, o orçamento é um instrumento de verificação prévia do emprego do dinheiro público. Passa pela aprovação dos representantes da população, já que, segundo o art. 166 da CF/88, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

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O orçamento também estima as receitas e fixa tetos para as despesas. O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas não serão superiores à previsão das receitas. As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, consoante o art. 60 da Lei 4320/64, o qual veda a realização de despesa sem prévio empenho. A licitação é regra para a Administração Pública. No entanto, a lei apresenta exceções a esta regra. São as situações onde ela é inexigível, dispensável ou dispensada, conforme a Lei 8.666/93, estudada pelo Direito Administrativo. Resposta: Certa. 16) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Em caso de urgência caracterizada na legislação em vigor, é permitida a realização de despesa sem prévio empenho. O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Segundo o art. 58 da Lei 4320/64, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. Assim o empenho precede a realização da despesa e está restrito ao limite do crédito orçamentário. O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a realizar, por força do compromisso assumido. Segundo a Lei 4320/64: Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. § 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho. O Decreto 93.872/86 dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente, bem como trata dos estágios da despesa. Reforça em seu art. 24 que é vedada a realização de despesa sem prévio empenho e acrescenta que, em caso de urgência caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á que o ato do empenho seja contemporâneo à realização da despesa. Atenção: O que pode ser dispensado é a nota de empenho e nunca o empenho. A nota de empenho (N E) é a materialização do empenho. É um documento extraído para cada empenho, o qual indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa, bem como a dedução desta do saldo da dotação própria. Na União é elaborado no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI e impresso após o empenho da despesa. É a emissão

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da nota de empenho que poderá ser dispensada em casos especiais previstos na legislação específica. Logo, é vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Em caso de urgência caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á que o ato do empenho seja contemporâneo à realização da despesa. Resposta: Errada. 17) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Excepcionalmente, um administrador público pode, desde que motivado, promover o empenho da despesa em volume que exceda os créditos que tenham sido concedidos. Segundo a Lei 4320/64: Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos Logo, o empenho precede a realização da despesa e está restrito ao limite do crédito orçamentário. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. Resposta: Errada. 18) (FCC – Analista Judiciário - Administrativo – TRT 5° Região – 2008) O empenho utilizado para os casos de despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamentos é uma modalidade denominada: (A) subempenho. (B) empenho ordinário. (C) empenho por estimativa. (D) empenho normal. (E) empenho global. Os empenhos são classificados consoantes sua natureza e finalidade. São modalidades de empenho:

• Empenho ordinário: para as despesas com montante previamente conhecido e cujo pagamento deve ocorrer de uma só vez.

• Empenho global: para atender às despesas com montante também

definido. A especificidade é que tal modalidade é permitida para atender despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento. São exemplos os aluguéis, salários, prestação de serviços, etc.

• Empenho por estimativa: a característica desta modalidade é a existência

de despesa cujo montante não se possa determinar. Normalmente possui

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base não homogênea, ou seja, o valor sempre varia. São exemplos as contas de água, luz e telefone; diárias, gratificações, etc.

Caso o empenho se revele insuficiente para atender a um determinado compromisso ao longo do exercício financeiro, existe a possibilidade de a Unidade emitente reforçar o empenho. Assim, o novo valor do empenho passa a ser o valor inicial mais o valor do reforço. Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota de empenho" que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa, bem como a dedução desta do saldo da dotação própria. Logo, o empenho global destina-se a atender às despesas com montante definido e é utilizado para os casos de despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamentos. Resposta: Letra E. 19) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/SP – 2008) Sobre a despesa pública e seu processamento, é correto afirmar: (A) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. (B) É permitida a realização de despesa sem prévio empenho e, em casos especiais, justificados pela autoridade competente, será dispensada a emissão da nota de empenho. (C) Não será permitido o empenho por estimativa, quando o montante da despesa não se possa determinar. (D) Não é permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento. (E) Para cada empenho será extraído um documento denominado “autorização de empenho” que indicará o nome do devedor, a representação e a importância da despesa. a) Correta. Segundo o art. 58 da Lei 4320/64: “O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição”. b) Errada. Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho. No entanto, é vedada a realização de despesa sem prévio empenho. c) Errada. Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar. d) Errada. É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.

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e) Errada, Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota de empenho" que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa, bem como a dedução desta do saldo da dotação própria. Resposta: Letra A Julgue o item que se segue quanto às disposições do Decreto nº 93.872/1986 relativas à execução da despesa pública. 20) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) As despesas relativas a contratos ou convênios de vigência plurianual serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte a ser executada no referido exercício. O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a realizar, por força do compromisso assumido. O empenho não poderá exceder o saldo disponível de dotação orçamentária, nem o cronograma de pagamento o limite de saques fixado, evidenciados pela contabilidade, cujos registros serão acessíveis às respectivas unidades gestoras em tempo oportuno. Segundo o Decreto 93.872/86: Art. 27. As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte nele a ser executada. Resposta: Certa. 21) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Quando ocorrer a anulação de um empenho, no exercício da sua emissão, a importância anulada será: (A) registrada como uma receita extra-orçamentária. (B) considerada receita orçamentária. (C) contabilizada como uma variação ativa independente da execução orçamentária. (D) classificada como uma insubsistência passiva. (E) revertida à dotação. O empenho deverá ser parcialmente anulado no decorrer do exercício quando seu valor exceder o montante da despesa realizada. Deverá ser totalmente anulado quando o serviço contratado não tiver sido prestado, o material encomendado não tiver sido entregue, ou o empenho tiver sido emitido incorretamente. Segundo o art. 35 do Decreto 93.872/86, o empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando: I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;

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II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor; III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; IV - corresponder a compromissos assumidos no exterior. E também consoante o referido Decreto: Art. 28 A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total, revertendo a importância correspondente à respectiva dotação, pela qual ficará automaticamente desonerado o limite de saques da unidade gestora. Logo, a redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total. A importância correspondente será revertida à respectiva dotação orçamentária. Resposta: Letra E 22) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) Quanto ao estágio de empenho da despesa, considere: I. A nota de empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. II. A realização de despesa sem prévio empenho é permitida quando não se pode determinar o montante exato da despesa. III. A redução ou cancelamento no exercício financeiro de compromisso que caracterizou o empenho implicará sua anulação parcial ou total, revertendo o valor à respectiva dotação. IV. A realização de empenho global é permitida para os casos de despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento. V. As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte nele a ser executada. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I, III e IV. (C) I, II e V. (D) II, III e IV. (E) III, IV e V. I) Errado. O empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Já a nota de empenho é o documento que materializa o empenho. II) Errado. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Quando não se pode determinar o montante exato da despesa, procede-se ao empenho por estimativa.

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III) Correto. Segundo o art. 28 do Decreto 93.872/86, a redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total, revertendo a importância correspondente à respectiva dotação, pela qual ficará automaticamente desonerado o limite de saques da unidade gestora. IV) Correto. Conforme o § 3º do art. 60 da Lei 4320/64, é permitido o empenho global de despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento. V) Correto. É o art. 27 do Decreto 93.872/86: “as despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte nele a ser executada”. Logo, estão corretos os itens III, IV e V. Resposta: Letra E 23) (FCC – Procurador de Contas – TCE/AL – 2008) A respeito do processamento da despesa pública, a Lei nº 4.320/64 dispõe: I. Poderá o Município, no último mês do mandato do prefeito, assumir compromissos financeiros para execução depois do término do seu mandato, nos casos de calamidade pública. II. Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar. III. O empenho da despesa poderá exceder o limite dos créditos concedidos. Está correto o que se afirma SOMENTE em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. Mais uma questão baseada integralmente na Lei 4320/64: I) Correto. Consoante o § 2º do art. 59, é vedado aos Municípios, no último mês do mandato do prefeito, assumir, por qualquer forma, compromissos financeiros para execução depois do término do mandato do Prefeito. No entanto, tal dispositivo não se aplica nos casos comprovados de calamidade pública. (§ 3º do art. 59). II) Correto. É o § 2º do art. 60: “Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar”. III) Errado. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos (caput do art. 59). Logo, estão corretos os itens I e II. Resposta: Letra D 24) (FCC - Analista do MP/SE – Administração – 2009) De acordo com a Lei n° 4.320/64, a fase de execução da despesa que consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, é denominada:

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(A) liquidação. (B) empenho. (C) licitação. (D) pagamento. (E) recolhimento. Segundo o art. 63 da Lei 4320/64, a liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Assim, a despesa deve passar pelo processo de verificação do direito adquirido do credor denominado liquidação, antes de ser paga. Esse procedimento tem como objetivo verificar a importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação. A liquidação também é realizada no SIAFI, por meio da Nota de Liquidação (NL). A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar:

• A origem e o objeto do que se deve pagar; • A importância exata a pagar; e • A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.

Durante o exercício financeiro, a Secretaria do Tesouro nacional considera despesa aquela que já foi liquidada. No entanto, toda aquela que foi empenhada e não anulada no fim do exercício financeiro (31/12) será considerada despesa nas demonstrações contábeis. Resposta: Letra A 25) (FGV – Consultor Orçamentário - Senado - 2008) A despesa deve passar pelo processo de verificação do direito adquirido do credor, antes de ser paga. Esse procedimento tem como objetivo verificar a importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação. É certo que antes deve ser criada a obrigação de pagamento que constitui ato praticado por autoridade competente para tal fim. Os dois estágios da despesa citados são, respectivamente: (A) licitação e liquidação. (B) liquidação e fixação. (C) liquidação e pagamento. (D) liquidação e empenho. (E) licitação e empenho. A despesa deve passar pelo processo de verificação do direito adquirido do credor, antes de ser paga. Segundo o art. 63 da Lei 4320/64, a liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Esse procedimento tem como objetivo verificar a importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação. É certo que antes deve ser criada a obrigação de pagamento que constitui ato praticado por autoridade competente para tal fim. Segundo o art. 58 da referida

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Lei, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Logo, os dois estágios da despesa citados são, respectivamente, liquidação e empenho. Resposta: Letra D 26) (CESPE – Analista - INMETRO – 2009) O estágio da liquidação só pode ser efetuado após o regular pagamento da despesa. Segundo a Lei 4320/64: Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

Estando a despesa legalmente empenhada, nem assim o Estado se vê obrigado a efetuar o pagamento, uma vez que o implemento de condição poderá estar concluído ou não. A Lei 4320/64 determina que o pagamento de qualquer despesa pública, seja ela de que importância for, passe pelo crivo da liquidação. É nesse segundo estágio da execução da despesa que será cobrada a prestação dos serviços ou a entrega dos bens, ou ainda, a realização da obra, evitando, dessa forma, o pagamento sem o implemento de condição. Somente após a apuração do direito adquirido pelo credor, tendo por base os documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da completa habilitação da entidade beneficiada, a Unidade Gestora providenciará o imediato pagamento da despesa. Assim, nenhuma despesa poderá ser paga sem estar devidamente liquidada. Resposta: Errada. 27) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008) No que diz respeito aos estágios da despesa pública, considere: I. O empenho por estimativa destina-se a atender despesa determinada, mas cujo pagamento será feito parceladamente durante o exercício. II. A liquidação da despesa sempre antecede o seu pagamento. III. O empenho global consiste no procedimento de verificação do direito do credor da Fazenda Pública, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. IV. A autoridade administrativa competente somente pode autorizar o empenho de despesa para a qual haja prévia dotação orçamentária com recursos disponíveis. Está correto o que consta APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV.

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(E) III e IV. I) Errado. O empenho global destina-se a atender às despesas com montante definido. A especificidade é que tal modalidade é permitida para atender despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento. O empenho por estimativa possui a característica da existência de despesa cujo montante não se possa determinar. II) Correto. Segundo o art. 62 da Lei 4320/64, o pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. III) Errado. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. IV) Correto. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. Assim o empenho precede a realização da despesa e está restrito ao limite do crédito orçamentário. O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a realizar, por força do compromisso assumido. Segundo o art. 26 do Decreto 93.872/86, o empenho não poderá exceder o saldo disponível de dotação orçamentária, nem o cronograma de pagamento o limite de saques fixado, evidenciados pela contabilidade, cujos registros serão acessíveis às respectivas unidades gestoras em tempo oportuno. Logo, a autoridade administrativa competente somente pode autorizar o empenho de despesa para a qual haja prévia dotação orçamentária com recursos disponíveis. Logo, os itens II e IV estão corretos. Resposta: Letra D 28) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) Ao se realizar a execução orçamentária da despesa, deve haver, no momento da liquidação, a baixa do crédito disponível de acordo com sua a destinação. Segundo o Decreto 93.872/86: Art. 25. O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a realizar, por força do compromisso assumido. Logo, no momento do empenho é que deve ocorrer a dedução do crédito disponível da dotação, de acordo com sua destinação. Resposta: Errada. 29) (CESPE– Analista Ambiental- Administração e Planejamento– MMA- 2008) Na vigência de um convênio ou contrato, é permitido o pagamento antecipado de fornecimento de bens, execução de obra ou prestação de serviço, desde que esse procedimento possibilite abreviar o prazo de execução do respectivo convênio ou contrato. O pagamento consiste na entrega de recursos ao credor equivalente à dívida líquida, mediante ordem bancária no SIAFI. É a última fase da despesa.

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O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. Desta forma, nenhuma despesa poderá ser paga sem estar devidamente liquidada. O art. 64 da Lei 4320/64 define ainda a ordem de pagamento, a qual é o despacho exarado por autoridade competente determinando que a despesa seja paga. Ou seja, é a assinatura do Gestor Público determinando o pagamento. Atenção: Ordem de pagamento é o despacho determinando o pagamento da despesa. Já a Ordem Bancária é o documento emitido por meio do SIAFI transferindo o numerário para a conta do credor. Quanto ao pagamento antecipado de fornecimento de bens, execução de obra ou prestação de serviço, o Decreto 93.872/86 determina: Art. 38. N ão será permitido o pagamento antecipado de fornecimento de materiais, execução de obra, ou prestação de serviço, inclusive de utilidade pública, admitindo-se, todavia, mediante as indispensáveis cautelas ou garantias, o pagamento de parcela contratual na vigência do respectivo contrato, convênio, acordo ou ajuste, segundo a forma de pagamento nele estabelecida, prevista no edital de licitação ou nos instrumentos formais de adjudicação direta. A possibilidade de abreviar o prazo de execução do respectivo convênio ou contrato não é exceção para que ocorra o pagamento antecipado. Resposta: Errada. 30) (FGV – Auditor Substituto de Conselheiro – TCM/RJ - 2008) Em relação à despesa pública, assinale a afirmativa incorreta. (A) Liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. (B) Empenho de despesa é ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. (C) Despesas de capital são voltadas para a manutenção de serviços já criados ou para a realização de obras de conservação de bens imóveis. (D) O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após regular liquidação. (E) É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Questão totalmente baseada na Lei 4320/64, interessante para revermos diversos dispositivos: a) Correta. Segundo o art. 63, a liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.

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b) Correta. Conforme o art. 58, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. c) É a incorreta. Na aula anterior demos uma atenção especial ao art. 12 e novamente ele responde a questão, desta vez numa prova da FGV. Segundo o § 1º do art. 12, classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. d) Correta. Consoante o art. 62, o pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. e) Correta. De acordo com o art. 60, é vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Resposta: Letra C E aqui terminamos nossa aula 8. Na aula 9 continuaremos a tratar do assunto despesas públicas. Falaremos dos temas despesas com pessoal, restos a pagar, despesas de exercícios anteriores, despesa obrigatória de caráter continuado e suprimento de fundos. Forte Abraço! Sérgio Mendes

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MEMEN TO AULA 8

ESTÁGIOS DA RECEITA:

PREVISÃO

Configura-se por meio da estimativa de arrecadação da receita, constante da LOA, resultante de

metodologia de projeção de receitas orçamentárias.

As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais e considerarão: os efeitos das

alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de

qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos

três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo

e premissas utilizadas.

LAN ÇAMEN TO

É o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação

correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar

o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

Tipos de lançamento:

• Lançamento por declaração: compreende a espontaneidade do sujeito passivo em declarar

corretamente.

• Lançamento por homologação: o pagamento e as informações prestadas pelo contribuinte

são realizados sem qualquer exame prévio da autoridade administrativa.

• Lançamento de ofício: Como regra é adequado aos tributos que têm como fato gerador

uma situação cujos dados constam dos cadastros fiscais, de modo que basta à autoridade

administrativa a consulta a aqueles registros para que se tenha às mãos dados fáticos

necessários à realização do lançamento.

Tendo ocorrido o fato gerador, há condições de se proceder ao registro contábil do direito a

receber da fazenda pública em contrapartida a uma variação ativa, em contas do sistema

patrimonial, o que representa o registro da receita por competência.

ARRECADAÇÃO

É a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos

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autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro.

Do ponto de vista orçamentário, o reconhecimento da receita orçamentária ocorre no momento

da arrecadação.

RECOLHIMEN TO

É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela

administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando o Princípio da

Unidade de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente.

ESTÁGIOS DA DESPESA:

FIXAÇÃO (PROGRAMAÇÃO)

É a dotação inicial da LOA que, segundo o princípio do equilíbrio, visa assegurar que as despesas

não serão superiores à previsão das receitas.

N ão é estágio da execução da despesa.

EMPEN HO

É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento

pendente ou não de implemento de condição. É materializado pela Nota de Empenho (NE) no

SIAFI.

É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a realizar, por força do

compromisso assumido.

O que pode ser dispensado é a nota de empenho e nunca o empenho.

A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o empenho,

implicará sua anulação parcial ou total. A importância correspondente será revertida à respectiva

dotação orçamentária.

Modalidades de empenho:

• Ordinário: valor definido e pagamento de uma única vez

• Global: valor definido e pagamento parcelado

• Por estimativa: valor indefinido e pagamento parcelado

LIQUIDAÇÃO

Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos

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comprobatórios do respectivo crédito. É realizada no SIAFI por meio da Nota de Liquidação (NL).

Terá por base o contrato, ajuste ou acordo respectivo; a nota de empenho e os comprovantes da

entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.

A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar:

• A origem e o objeto do que se deve pagar;

• A importância exata a pagar; e

• A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação

PAGAMEN TO

Consiste na entrega de recursos ao credor equivalente à dívida líquida, mediante OB no SIAFI.

Ordem de pagamento é o despacho determinando o pagamento da despesa.

Já a Ordem Bancária (OB) é o documento emitido por meio do SIAFI transferindo o numerário

para a conta do credor.

O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

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QUESTÕES COMEN TADAS N ESTA AULA: 1) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) No estágio da previsão, tem-se a estimativa de arrecadação da receita, constante da LDO. 2) (CESPE– Analista Ambiental- Administração e Planejamento– MMA- 2008) As alterações da legislação tributária são parâmetros adotados para se definirem as estimativas de arrecadação, que constituem uma das etapas do processo orçamentário. Nesse sentido, é relevante levar em conta, entre outros aspectos, as alterações de alíquotas, as desonerações fiscais e a concessão de créditos tributários. 3) (CESPE – Analista Ambiental – Política e Gestão – MMA - 2008) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) determina que as autorizações de despesas, constantes do projeto de lei orçamentária, devem considerar os efeitos das alterações na legislação, da variação dos índices de preços, do crescimento econômico e de qualquer outro fator relevante. 4) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Observadas as normas técnicas e legais, as previsões de receita considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante, e serão acompanhadas, além do demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da: (A) projeção para as receitas obtidas com serviços de terceiros. (B) metodologia de cálculo do impacto dos resultados nominal e primário que possam afetar as receitas. (C) projeção da estimativa do impacto orçamentário e financeiro do exercício em que entrar em vigor. (D) demonstração da composição das dívidas ativas decorrentes de financiamentos e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. (E) projeção para os dois seguintes exercícios àqueles a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. 5) (FCC - Analista do MP/SE – Contabilidade – 2009) O procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível, corresponde ao estágio da receita pública denominado: (A) recolhimento. (B) arrecadação. (C) previsão. (D) lançamento. (E) fixação.

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(CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Estágio da receita orçamentária é cada passo identificado que evidencia o comportamento da receita e facilita o conhecimento e a gestão dos ingressos de recursos. Em conformidade aos estágios da receita, julgue os itens: 6) Tendo ocorrido o fato gerador, há condições de se proceder ao registro contábil do direito a receber da fazenda pública. 7) (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) O lançamento, caracterizado como um dos estágios da receita pública, não se aplica a todos os tipos de receita. São tipicamente objetos de lançamento os impostos indiretos e, em particular, os que decorrem de substituição tributária. 8) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) No que concerne a estágios da receita, o lançamento de ofício é efetuado pela administração sem a participação do contribuinte. 9) (FCC – Procurador - Recife – 2008) Sobre receitas públicas, a Lei n° 4.320/64 dispõe: I. Nenhum tributo será exigido ou aumentado sem que a lei o estabeleça. II. Os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das importâncias que arrecadarem. III. Será admitida a compensação da observação de recolher receitas com direito creditório contra a Fazenda Pública. Está correto o que se afirma SOMENTE em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 10) (CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Os contribuintes, por não terem acesso direto ao Tesouro Público, quitam seus débitos tributários mediante pagamento aos agentes arrecadadores, em geral instituições financeiras autorizadas; elas próprias e as demais pessoas jurídicas, por outro lado, atuam como depositários, ora descontando e retendo tributos sobre rendimento pagos, ora cobrando de seus clientes e consumidores tributos sobre bens e serviços fornecidos. 11) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Os estágios de arrecadação e recolhimento ocorrem concomitantemente e representam o ingresso do recurso nos cofres públicos. 12) (FCC - Analista do MP/SE – Contabilidade – 2009) Considere as afirmativas a seguir.

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I. Recolhimento é a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores, aos agentes ou bancos autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro. II. Arrecadação é a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira. III. Planejamento compreende a previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da Lei Orçamentária Anual −LOA, resultante de metodologias de projeção usualmente adotadas, observada as disposições constantes na Lei de Responsabilidade Fiscal −LRF. Está correto o que se afirma APENAS em: (A) III. (B) I. (C) I e III. (D) II. (E) II e III. 13) (FCC - Analista do MP/SE – Contabilidade – 2009) De acordo com a doutrina majoritária, são estágios da despesa orçamentária: (A) previsão, lançamento, empenho e pagamento. (B) fixação, reserva, empenho e liquidação. (C) previsão, empenho, fixação e pagamento. (D) fixação, liquidação, pagamento e cancelamento. (E) fixação, empenho, liquidação e pagamento. 14) (CESPE – Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde- 2008) Embora o Regulamento de Contabilidade Pública somente reconheça como estágios da despesa pública o empenho, a liquidação e o pagamento, muitos especialistas da área defendem a necessidade de se considerarem, pelo menos, mais dois estágios antes do empenho: a programação (ou fixação) da despesa e a licitação. 15) (CESPE – AFCE - TCU - 2008) O orçamento é o mais eficaz instrumento de verificação prévia da utilização dos recursos públicos visto que, além de passar pela aprovação dos representantes políticos da população, fixa tetos para as despesas, que só podem ser realizadas mediante prévio empenho e, conforme o caso, após licitação. 16) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) Em caso de urgência caracterizada na legislação em vigor, é permitida a realização de despesa sem prévio empenho. 17) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Excepcionalmente, um administrador público pode, desde que motivado, promover o empenho da despesa em volume que exceda os créditos que tenham sido concedidos.

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18) (FCC – Analista Judiciário - Administrativo – TRT 5° Região – 2008) O empenho utilizado para os casos de despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamentos é uma modalidade denominada: 19) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/SP – 2008) Sobre a despesa pública e seu processamento, é correto afirmar: (A) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. (B) É permitida a realização de despesa sem prévio empenho e, em casos especiais, justificados pela autoridade competente, será dispensada a emissão da nota de empenho. (C) Não será permitido o empenho por estimativa, quando o montante da despesa não se possa determinar. (D) Não é permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento. (E) Para cada empenho será extraído um documento denominado “autorização de empenho” que indicará o nome do devedor, a representação e a importância da despesa. Julgue o item que se segue quanto às disposições do Decreto nº 93.872/1986 relativas à execução da despesa pública. 20) (CESPE – Analista – SERPRO – 2008) As despesas relativas a contratos ou convênios de vigência plurianual serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte a ser executada no referido exercício. 21) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Quando ocorrer a anulação de um empenho, no exercício da sua emissão, a importância anulada será: (A) registrada como uma receita extra-orçamentária. (B) considerada receita orçamentária. (C) contabilizada como uma variação ativa independente da execução orçamentária. (D) classificada como uma insubsistência passiva. (E) revertida à dotação. 22) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) Quanto ao estágio de empenho da despesa, considere: I. A nota de empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. II. A realização de despesa sem prévio empenho é permitida quando não se pode determinar o montante exato da despesa. III. A redução ou cancelamento no exercício financeiro de compromisso que caracterizou o empenho implicará sua anulação parcial ou total, revertendo o valor à respectiva dotação.

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IV. A realização de empenho global é permitida para os casos de despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento. V. As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte nele a ser executada. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I, III e IV. (C) I, II e V. (D) II, III e IV. (E) III, IV e V. 23) (FCC – Procurador de Contas – TCE/AL – 2008) A respeito do processamento da despesa pública, a Lei nº 4.320/64 dispõe: I. Poderá o Município, no último mês do mandato do prefeito, assumir compromissos financeiros para execução depois do término do seu mandato, nos casos de calamidade pública. II. Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar. III. O empenho da despesa poderá exceder o limite dos créditos concedidos. Está correto o que se afirma SOMENTE em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 24) (FCC - Analista do MP/SE – Administração – 2009) De acordo com a Lei n° 4.320/64, a fase de execução da despesa que consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, é denominada: (A) liquidação. (B) empenho. (C) licitação. (D) pagamento. (E) recolhimento. 25) (FGV – Consultor Orçamentário - Senado - 2008) A despesa deve passar pelo processo de verificação do direito adquirido do credor, antes de ser paga. Esse procedimento tem como objetivo verificar a importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação. É certo que antes deve ser criada a obrigação de pagamento que constitui ato praticado por autoridade competente para tal fim. Os dois estágios da despesa citados são, respectivamente: (A) licitação e liquidação. (B) liquidação e fixação.

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(C) liquidação e pagamento. (D) liquidação e empenho. (E) licitação e empenho. 26) (CESPE – Analista - INMETRO – 2009) O estágio da liquidação só pode ser efetuado após o regular pagamento da despesa. 27) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 2ª Região-2008) No que diz respeito aos estágios da despesa pública, considere: I. O empenho por estimativa destina-se a atender despesa determinada, mas cujo pagamento será feito parceladamente durante o exercício. II. A liquidação da despesa sempre antecede o seu pagamento. III. O empenho global consiste no procedimento de verificação do direito do credor da Fazenda Pública, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. IV. A autoridade administrativa competente somente pode autorizar o empenho de despesa para a qual haja prévia dotação orçamentária com recursos disponíveis. Está correto o que consta APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV. 28) (CESPE – Analista Administrativo – ANAC – 2009) Ao se realizar a execução orçamentária da despesa, deve haver, no momento da liquidação, a baixa do crédito disponível de acordo com sua a destinação. 29) (CESPE– Analista Ambiental- Administração e Planejamento– MMA- 2008) Na vigência de um convênio ou contrato, é permitido o pagamento antecipado de fornecimento de bens, execução de obra ou prestação de serviço, desde que esse procedimento possibilite abreviar o prazo de execução do respectivo convênio ou contrato. 30) (FGV – Auditor Substituto de Conselheiro – TCM/RJ - 2008) Em relação à despesa pública, assinale a afirmativa incorreta. (A) Liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. (B) Empenho de despesa é ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. (C) Despesas de capital são voltadas para a manutenção de serviços já criados ou para a realização de obras de conservação de bens imóveis.

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(D) O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após regular liquidação. (E) É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

GABARITO:

1 E 16 E

2 C 17 E

3 E 18 E

4 E 19 A

5 D 20 C

6 C 21 E

7 E 22 E

8 C 23 D

9 D 24 A

10 C 25 D

11 E 26 E

12 A 27 D

13 E 28 E

14 C 29 E

15 C 30 C