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CUSTOS LOGÍSTICOS
CONTEXTUALIZAÇÃO
As mudanças ocorridas nos países europeus no início do século
XVIII, crescimento das cidades e desenvolvimento dos centros
comerciais, fez com que as pessoas localizadas no campo, com
atividades agropecuárias, migrassem para os grandes centros.
Na época a atividade principal era o comércio, com o advento das
tecnologias nos processos produtivos como exemplo, a invenção
da máquina a vapor vertical e posteriormente a máquina a vapor
horizontal, revolucionou-se a forma de produção desse período.
CONTEXTUALIZAÇÃO
No século XVIII ocorreu a revolução industrial, que derivou de dois eventos em particular: o surgimento das fábricas e a invenção da máquina a vapor. A revolução industrial revolucionou também a produção e aplicação de conhecimento administrativo em torno do processo produtivo. (Maximiano, 2011. p.40-41) .
No período entre o século XVIII e XX, havia cerca de 2.700.000 trabalhadores industriais nos Estados Unidos em 1900 esses números passou a ser de 4.500.000 e havia cerca de aproximadamente 1.000 fábricas, sendo que 450 delas empregavam em torno de 1.000 pessoas, as usinas siderúrgicas era a que mais empregava cerca de 8.000 a 10.000 pessoas.
CONTEXTUALIZAÇÃO
As siderúrgicas não tinham rivais em termos de contração de
mão de obra até o surgimento das fábricas automobilísticas. Em
1914, a fábrica da Ford tinha 13.000 funcionários em 1915 eram
19.000, em 1916 eram de 33.000 funcionários, em 1924 a fábrica
de River Rouge, possuia a marca de 70.000 funcionários,
ganhando o status de maior fábrica do mundo. (Maximiano, 2011,
p.52-58) .
CONTEXTUALIZAÇÃO
Tais números fomentou um estudo para a redução de custos com
mão de obra, através Frederick Winslow Taylor, iniciou-se os
estudos de tempos e processos produtivos e das condições de
trabalho. Ele foi o criador e o indivíduo mais importante desse
movimento.
CONTEXTUALIZAÇÃO
Com os estudos de Taylor, houve uma revolução no processo de
fabricação, disponibilizando aos administradores tomar decisões
para a redução de desperdícios, ociosidade, padronização de
ferramentas e instrumentos, padronização de movimentos,
sistema de pagamento de acordo com o desempenho e cálculos
de custos. Assim deriva a contabilidade de custos.
CONTABILIDADE DE CUSTOS
Com o advento da Revolução industrial e do grande crescimento das indústrias na época, a contabilidade deparou-se com um problema, como adaptar a contabilidade das empresas comerciais (empresas que apenas revendiam seus produtos).
Inicialmente pensou-se em adaptar o mesmo esquema das empresas comerciais, substituindo a compra por insumos utilizados no processo de fabricação, tais como: mão de obra, matéria prima, energia elétrica, combustíveis, etc.
O ramo da contabilidade que controlava todo esse processo e os gastos passou a ser denominada Contabilidade de Custos. (Neves, 2013. p 7-9)
CONTABILIDADE DE CUSTOS
Inicialmente a contabilidade de custos teve como objetivo a
administração e controles dos estoques, processo que se
demonstrava mais simples nas empresas comercias da época.
A apuração dos resultados nas indústrias foi similar ao processo das
empresas comerciais, avaliando-se os estoques iniciais e finais, e
substituindo as compras pelos insumos consumidos pelo processo de
produção. (Padoveze, 2013. p.4-9).
Podemos, então, definir custos como o desembolso financeiro ou
sacrifício de ativos para obtenção de bens ou serviços. Em
outras palavras e o valor pago por alguma coisa.
CONTABILIDADE DE CUSTOS: Finalidades
A contabilidade de custos fornece informações que auxiliem os
administradores nas tomadas de decisões tais como:
Como fixar o Preço de Venda de produtos e Serviços;
A determinação dos custos de insumos utilizados na produção;
A determinação dos custos das diversas áreas que compõem
uma organização;
Ao controle das operações e atividades;
CONTABILIDADE DE CUSTOS: Finalidades
A elaboração de orçamentos;
A redução de desperdícios e tempo ocioso;
Qual produto teve ter sua produção e vendas incentivadas;
Identificar problemas de produção;
Decisão de produzir interna ou externamente;
Devem-se comprar novos equipamentos;
Qual produto ou serviço que lhe dão lucro ou prejuízo.
CONTABILIDADE DE CUSTOS
REFLITA !!! A gestão de custo tem um papel fiscal e gerencial. Sugerimos que
se deve utiliza-la com maior afinco na contabilidade gerencial, ou
seja, para a tomada de decisão.
TERMINOLOGIAS
Para facilitar o entendimento da sistemática de apuração dos
custos é necessário compreender o significado dos principais
termos utilizados na contabilidade.
TERMINOLOGIAS
Ativo:
“O Ativo compreende de forma muito simplificada, os bens de direitos da entidade expressos em moeda, caixa, banco (ambos constituem disponibilidade financeira imediata), imóveis, veículos, equipamentos, mercadorias, contas a receber de clientes, são alguns bens e direitos que uma empresa normalmente possui” (EQUIPE DE PORFESSDORES DA FEA-USP, 2010. p.18).
Em outras palavras: são os recursos à disposição da empresa e por ela controlados e administrados. Exemplo é a aquisição de matéria prima, matérias de produção, embalagens, máquinas e equipamentos, estoques entre outros.
TERMINOLOGIAS
Gastos:
É todo desembolso financeiro ou sacrifício de um ativo com o objetivo de adquirir bens e serviços.
Podendo o gasto ser classificado de acordo com sua aplicação, ou seja, o gasto para investimentos, quando o bem ou o serviço for utilizado em vários processos produtivo, e o gasto de consumo, quando o bem ou serviço for consumido no momento da produção ou do serviço que a empresa presta, dependendo da destinação o gasto pode ser classificado como custo ou despesa, depende de sua aplicação, como perda, antes mesmo de se aplicar ao processo produtivo.
TERMINOLOGIAS
Gastos:
Exemplos:
Gasto com reorganização administrativa;
Gasto com aluguel de edifício;
Gasto com aquisição de veículos;
Gasto com aquisição de matéria prima;
Gasto com mão de obra da produção;
TERMINOLOGIAS
Investimentos:
De acordo com Neves (2013), investimento é o gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuídos no futuro.
Exemplos:
Aquisição de máquinas e equipamentos;
Aquisição de móveis e imóveis;
Aquisição de Matéria Prima para o estoque;
Suprimentos para o escritório
TERMINOLOGIAS
Perda: Segundo Padoveze (2010), perda são fatos ocorridos em situações excepcionais que
fogem à normalidade das operações da empresa.
São consideradas não operacionais e não fazem parte dos custos de produção dos produtos ou serviços. São eventos econômicos negativos ao patrimônio empresariais, não habituais e eventuais.
Exemplo:
Deterioração anormal dos estoques;
Capacidade Ociosa Anormal;
Perda dos estoques por uma enchente;
Estoque obsoleto;
Perda com incêndios;
Gasto com mão de obra durante período de greve.
TERMINOLOGIAS
Custos:
É todo desembolso financeiro ou sacrifício de ativo com o objetivo de adquirir bens ou serviços que serão utilizados na produção de outros bens e serviços. Em outras palavras são gastos utilizados na produção.
Exemplos:
Gastos com mão de obra dos funcionários da produção;
Aluguéis e seguros do prédio da fábrica;
Depreciação das máquinas e equipamentos da fábrica;
Combustíveis e lubrificantes utilizados nas máquinas da fábrica;
Gastos com manutenção preventiva ou corretiva dos equipamentos da fábrica;
Gasto com matéria prima no processo de produção.
TERMINOLOGIAS
Em termos práticos, a distinção entre custos e despesas não é
fácil, pois podemos ter o mesmo gasto sendo tratado como custo
e despesa dentro da mesma empresa, ou seja, o que define a sua
classificação é a sua aplicação.
Se o mesmo estiver ligado ao produto ou ao processo de
produção será tratado como custo, caso não será despesa.
TERMINOLOGIAS
De grande importância para a gestão de negócios, a correta
diferenciação dos gastos em custos e despesas se faz
necessária já que a contabilidade trata ambas de formas
distintas. Contabilmente os custos integram diretamente o valor
dos estoques, já as despesas são deduzidas do resultado apenas
na Demonstração do Resultado do Exercício.
CLASSIFICAÇÃO APLICADA A CUSTOS
Principais Termos -
Os custos são classificados de várias formas para atender às
diversas finalidades de acordo com sua aplicação. As duas
principais classificações básicas permite determinar o custo de
cada produto ou departamento e o seu comportamento em
relação à quantidade produzida.
Classificação quanto aos produtos fabricados
Com relação ao produto a ser fabricado podemos classificar os
custos em:
Diretos
Indiretos
Classificação quanto aos produtos fabricados
Custos Diretos: São os custos que estão ligados ao produto e
que possui uma medida de mensuração, ou seja, possui uma
medida exata, podemos quantificar a sua necessidade para ser
utilizado na confecção de bens ou na confecção da prestação de
serviço.
De acordo com Ribeiro (2013), são assim denominados porque,
além de integrarem os produtos, suas quantidades e seus valores
podem ser facilmente identificados em relação a cada produto
fabricado.
Classificação quanto aos produtos fabricados
Custos Diretos:
Exemplos:
Matéria Prima;
Mão de Obra de fabricação;
Componentes de Fabricação
Exemplo na produção de um veículo
Para montar um veículo, necessitamos de 5 (cinco) pneus.
Classificação quanto aos produtos fabricados
Custos Indiretos:
Para Viceconti (2013) custos indiretos são aqueles que não possuem relação direta com os produtos, porém são necessários para elaboração do mesmo, são identificados nos produtos através de uma forma de alocação ou rateados aos produtos, utilizando-se de uma base para alocar os custos aos produtos ou serviços. Este parâmetro é denominado base de rateio ou critério de rateio.
A classificação com custos indiretos ocorre quando não é possível sua identificação segura e objetiva ao produto, e também por causa desses gastos beneficiarem a fabricação de vários produtos ao mesmo tempo.
Classificação quanto aos produtos fabricados
Custos Indiretos:
Exemplos:
Energia elétrica consumida na fábrica;
Depreciação das máquinas e equipamentos;
Mão de obra do supervisor de produção;
Gasto com limpeza da fabrica;
Aluguel da Fábrica.
Exemplo: Para determinar quanto cada apartamento construído demanda do engenheiro civil, precisamos alocar os custos através do processo de rateio, identificando a melhor base para ser rateado o custo.
Com relação ao volume (quantidade produzida) os
custos são classificados em fixos e variáveis
Custos fixos: São os gastos, que independente do volume produzido, o
custo permanecerá sempre o mesmo, sem alteração de valores.
São custos necessários ao processo industrial em geral, motivo esse
que se repetem todos os anos.
Atenção: Não podemos confundir constancia de pagamento com custo
fixo. Os pagamentos realizados mensalmente não impõem a condição
para ser um custo fixo.
O que realmente determina essa condição e a variação no volume de
produção e o custo sofre alteração devida essa movimentação no
volume produzido.
Com relação ao volume (quantidade produzida) os
custos são classificados em fixos e variáveis
Custos fixos-
Exemplos:
Aluguel da fábrica.
Depreciação das máquinas.
Mão de Obra direta.
Energia Elétrica
Com relação ao volume (quantidade produzida) os
custos são classificados em fixos e variáveis
Custos fixos-
Existem algumas situações em que o custo fixo sofre alterações em seu valor comparando um período com outro, exemplo ocorre com o aluguel, mesmo tendo uma clausula em contrato aonde o valor sofrerá uma correção, este gasto contínuo sendo fixo comparado com o volume produzido não sofre alterações.
Exemplo: O pagamento do aluguel da fábrica é considerado um custo fixo, pois indiferente do volume de produção o valor pago pelo aluguel permanecerá o mesmo, não sofrerá variações.
Observação: Aumentos anuais constantes no contrato de locação mudam o valor a ser pago, mas esse aumento não está relacionado com o volume, para ser considerado custo fixo ou variável, o mesmo precisa sofrer ou não alterações em função do volume produzido.
Com relação ao volume (quantidade produzida) os
custos são classificados em fixos e variáveis
Custos variáveis: De acordo com Padoveze (2010), custos variáveis são aqueles que sofrem variação conforme o volume de produção, um custo é realmente variável quando ele acompanha a proporção das atividades que ele é relacionado.
Exemplo: Veja como exemplo a confecção de um bolo, para a produção de uma única unidade se faz necessário a utilização de 3 ovos, para a produção de 10 (dez) unidades, necessita-se de 30 ovos, ou seja, o custo com ovos acompanhou o volume de produção, quando mais se produz, maior o consumo do custo variável, porém por unidade produzida o custo permanecerá o mesmo.
Com relação ao volume (quantidade produzida) os
custos são classificados em fixos e variáveis
IMPORTANTE -
Os custos fixos por unidade é inversamente proporcional ao
volume produzido, ou seja, quanto maior a quantidade produzida
menor o custo fixo por unidade.
Custo do Serviço Prestado – (CSP)
Este conceito é aplicado a empresas prestadoras de serviços.
Os serviços a terceiros podem ser prestados por pessoas jurídicas e físicas. As empresas só podem ser classificadas apenas como prestadoras de serviços como podem ser classificadas como comerciais e industriais e mesmo assim prestarem serviço a seus clientes.
Podemos citar como empresa comercial as autopeças. As concessionárias de veículos além de comercializar a venda de novos automóveis, presta serviços de revisão e manutenção preventiva e corretiva nos veículos de seus clientes.
Custo do Serviço Prestado – (CSP)
Para Ribeiro (2013) os custos na prestação de serviço entende-se como o valor do salário e encargos sociais do trabalhador que executou o serviço, custo com equipamentos ou máquinas, ferramentas, consumo de materiais auxiliares, material de limpeza, energia elétrica, combustíveis etc.
Quando uma empresa contrata o serviço prestado por outra ou por um profissional autônomo, para a empresa que se se beneficiou com o serviço, o valor expresso na nota fiscal será o valor de custo para a mesma. Entretanto, o custo para quem presta o serviço, está embutido no valor da nota somado ao lucro desejado pelo prestador.
Custo do Serviço Prestado – (CSP)
O custo de serviço da prestação de serviço pode ser composto
pelos mesmos elementos que compõem os custos de uma
empresa industrial, ou seja, mão de obra, matéria de apoio,
insumos de produção etc.
Podemos concluir que os critérios para apuração do custo nas
empresas prestadora de serviço possuem as mesmas
características dos custos de uma empresa industrial, apenas
variações nos componentes que fazem parte do custo.
Custo do Serviço Prestado – (CSP)
Importante-
Na prestação de serviço, se tornam inexistentes o conceito e
aplicação de estoque de produtos acabados, uma vez que o
principal produto comercializado pelas empresas prestadoras de
serviço é a venda de mão de obra, que por sua vez não tem como
participar do estoque de produtos acabados.
ESTOQUES
Nos estoques podemos encontrar matérias primas, componentes,
embalagens, materiais em processo e produtos acabados.
Para empresa é de suma importância que esses estoques
estejam sempre abastecidos, e por esse motivo a empresa deve
ter atenção especial sobre eles, pois é neles que esta alocada a
maior parte do capital da empresa.
ESTOQUES
A administração de estoques nunca foi uma tarefa fácil, pois
exige mão de obra especializada e possui um numero elevado de
variáveis e problemas a serem administrados. Existem várias
ferramentas que auxiliam na tomada de decisão sobre a gestão
dos estoques (GONÇALVES, 1979).
Os estoques possuem papel importante para as empresas e para
os clientes consumidores, pois se trata do atendimento. Segundo
Viana (2000), estoques ajudam a potencializar o atendimento aos
clientes, antecipando a empresa de qualquer surpresa.
ESTOQUES
A meta das empresas é prever a demanda dos seus clientes, ou
seja, o que querem, quanto quer e quando querem, evitando
incerteza futura, para isso algumas empresas utilizam o histórico
de consumo para estabelecer a política que seja estabelecida
para administrar os estoques.
ESTOQUES
Para Arnold (1999, p.273) o problema equilibrar o estoque com os alguns fatores:
Atendimento aos clientes - Quanto menor o nivel de estoque, maior a probabilidade de um esvaziamento e não atendimento da demanda.
Mudança de produção acarretam em elevação dos custos - Custos resultantes de se exceder a capacidade dos equipamentos, de horas extras, de contratações, de treinamentos e de demissões.
Custo de emissão de pedidos - Estoques menores podem ser conseguidos se os pedidos forem feitos em quantidades menores e com mais frequência, mas essa pratica resulta em maiores custos de pedidos por ano.
Custo de logística - As mercadorias transportadas em pequenas quantidades custam mais por unidades, porém, transportar lotes maiores exige maiores estoques.
ESTOQUES
O principal papel dos estoques é maximizar as vendas, participar
diretamente no controle do processo produtivo e quanto maior o
investimento em estoques maior será o comprometimento de
todos os departamentos em busca da redução de perdas e
custos, proporcionando um investimento menor de capital por
parte da empresa (Dias, 2010).
ESTOQUES
IMPORTANTE-
O estoque de matéria prima requer uma administração rigorosa,
uma vez que o mesmo possui um valor agregado elevado.
Pensando nessa questão os Japoneses da Montadora Toyota
criaram um sistema de manutenção de estoque de matéria prima
denominada Just in Time.
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE APLICADOS A CONTABILIDADE DE CUSTOS
Princípio dos custos histórico de valor
De acordo com Martins (2010), Os ativos são registrados
contabilmente por seu valor original de entrada, ou seja,
histórico. Ao somarmos todos os custos de produção e estocá-
los pelo valor original, acabamos por ter um estoque que diz
quanto custou para produzi-lo na época em que foi elaborado.
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE APLICADOS A CONTABILIDADE DE CUSTOS
Princípio da Realização da Receita
Só devemos reconhecer a receita a partir da transferência de
um bem ou um serviço a terceiros (Clientes). Este princípio
determina o resultado contábil das instituições que trabalham no
regime de lucro real, determinando assim o lucro ou prejuízo da
entidade.
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE APLICADOS A CONTABILIDADE DE CUSTOS
Princípio da Realização da Receita
Portanto, normalmente as indústrias só reconhecem o resultado obtido em sua atividade quando da realização da receita, ou seja, no momento em que há a transferência do bem elaborado para o adquirente.
Com isso, a contabilidade de custos, , quando aplicada no contexto da contabilidade Financeira, também não pode apurar resultado antes desse instante e, no máximo, pode servir como ferramenta para previsão de crédito.
Do ponto de vista econômico, o lucro já surge durante a elaboração do produto, pois há agregação de valores nessa fase, inclusive do próprio resultado, mesmo que ainda numa forma potencial, sem se concretizar em dinheiro, direitos a recebimento futuro ou outros ativos. (MARTINS, 2010, p-31)
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE APLICADOS A CONTABILIDADE DE CUSTOS
Princípio da competência ou da confrontação
Este princípio é de extrema importância, pois se trata da confrontação entre as receitas e as despesas ocorridas em um determinado período de tempo.
Quando reconhecemos a receita através do princípio da realização da receita, logo após deduzimos o montante relativo ao volume os custos e as despesas das unidades ou do serviço prestado a terceiros.
Não é possível reconhecer os custos e despesas relacionadas às unidades que não foram transferidas a um terceiro, ou seja, o princípio da confrontação autoriza a confrontação entre custos e despesas dos produtos vendidos.
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE APLICADOS A CONTABILIDADE DE CUSTOS
Princípio da Consistência (Uniformidade)
Quando se identifica que existem várias formas de registro de um evento válido e dentro dos princípios legalmente aceitos pela contabilidade, que deriva de um mesmo fato gerador, o principio da consistência indica que a empresa deve adotar apenas um e uma vez escolhido o mesmo não deve ser alterado.
De acordo com MARTINS (2010), para a apropriação de inúmeros custos industriais há a necessidade de adoção de critérios escolhidos entre várias alternativas.
Exemplo é a empresa que utiliza como base de rateio horas máquinas para distribuir a energia elétrica da fábrica, como, às utilizações de horas trabalhadas também podem ser base de rateio, porém não se deve utilizar aleatoriamente bases diferentes.
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE APLICADOS A CONTABILIDADE DE CUSTOS
Princípio da Consistência (Uniformidade)
Com a adoção deste princípio diminui a distorção ocorrida nos
valores dos estoques, e consecutivamente no valor do resultado
da empresa (Lucro ou Prejuízo) quando comparados os períodos
de apuração de Custo.
Podemos considerar também que “esse é um dos aspectos que a
Auditoria Independente mais procura verificar, já que tem
interferência direta e às vezes relevante nas peças de sua maior
preocupação: Balanço e Demonstração do Resultado” (MARTINS,
2010, p-36).
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE APLICADOS A CONTABILIDADE DE CUSTOS
Materialidade ou relevância
Este princípio possui sua relevância para custo, uma vez que o
mesmo desobriga de um tratamento rigoroso os itens de
produção que não possuem um valor relevante diante dos gastos
totais de produção.
Em outras palavras, os itens considerados de pequeno valor
(irrelevantes) não devem consumir muitos recursos da empresa
em sua apuração.
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE APLICADOS A CONTABILIDADE DE CUSTOS
Princípio da Entidade
O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, ou seja, a
necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no
universo dos patrimônios existentes, independentemente de
pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade
ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem
fins lucrativos.
Segundo esse princípio, o patrimônio da empresa (entidade) não
se confunde com o dos seus sócios ou proprietários.
Métodos de Avaliação de Estoques
Os métodos mais comuns utilizados no Brasil são:
PEPS
UEPS
Custo Médio Ponderado
Métodos de Avaliação de Estoques
PEPS
Neste método avalia-se os estoques pelo custo de aquisição mais
recente, nele a baixa do estoque das matérias primas são
considerados os valores de custos mais antigos.
Métodos de Avaliação de Estoques
UEPES
Este modelo apresenta valores referente aos estoques mais
reduzidos e custos dos produtos vendidos mais elevados, fazendo
com que o lucro seja menor e consecutivamente o pagamento
dos impostos relacionados a geração de lucro seja menor.
Este método não é aceito para fins fiscais, o mesmo é aceito para
fins contábeis
Exemplo prático a entrada e saída de um elevador, quem entra
primeiro normalmente sairão por último.
Métodos de Avaliação de Estoques
Custo Médio Ponderado
Este método prática a média calculado pela divisão do saldo total
em valor pelo saldo em quantidade.
Métodos de Avaliação de Estoques
IMPORTANTE –
Para efeito contábil os três métodos são aceitos, por utilizarem o
custo histórico de aquisição para composição dos valores.
Entretanto, a legislação vigente, ou seja, legislação tributária do
imposto de renda social permite apenas a utilização do sistema
PEPS e Media Pondera Móvel, descartando a utilização do sistema
UEPS.
Métodos de Avaliação de Estoques
Inventário Permanente
“Inventário Permanente é um sistema contábil por meio do qual
os resultados podem ser apurados a qualquer momento”.
(RIBEIRO, 209. ED.Atl/o sp, 175).
O termo inventário permanente deriva da contagem e valorização
dos estoques, que possibilitara apurar o resultado da empresa
permanentemente.
Nesta metodologia a empresa atualiza os valores e quantidades a
cada compra realizada de materiais utilizados em seu processo
de fabricação.
Métodos de Avaliação de Estoques
Inventário Permanente
A utilização de documentos e sistemas informatizados facilita a operacionalização desse processo, que esta em constante mudança. Com isso conseguimos apurar o custo unitário de cada produto, empresas que adotam esse processo possui uma carga maior de trabalho e controle do seu processo, motivo esse que faz com que essa metodologia seja adotada pelas grandes empresas.
Trata-se, portanto, de um sistema complexo, cuja principal vantagem é o acompanhamento do custo unitário dos produtos, adotando o sistema de inventário permanente, todas as decisões a serem tomadas em relação ao gerenciamento da produção e vendas terá fundamento em registros contábeis.
Métodos de Avaliação de Estoques
Inventário Periódicos
“Inventários / Periódicos é um sistema contábil por meio do qual os resultados são apurados somente no final de um período” (RIBEIRO, 209. ED.Atl/o sp, 148).
Normalmente o período apurado corresponde a um exercício social da empresa, ou seja, período contábil equivalente a 12 meses, iniciando-se em primeiro de janeiro (01/01/2XXX) e encerrando em 31/12/2XXX1.
Em algumas empresas esse período pode ser menor, utilizando essa apuração de resultado por exigência legal ou para tomada de decisões, pode ser desenvolvido mensalmente, trimestralmente e semestral.
Métodos de Avaliação de Estoques
Inventário Periódicos
O inventário periódico deriva da contagem física do estoque e avalia-se o seu valor economicamente em períodos (meses, semestres e ano). Empresas que optam por essa metodologia, agregam todos os custos de produção e trata como se o processo industrial envolvesse apenas a produção de um único item. Com este sistema não é possível terminar o custo unitários da produção.
Devido a sua praticidade e custo baixo, essa metodologia é utilizada por empresas de pequenos e médios portes. Para efeito gerencial a empresa terá que manter registros paralelos para que a empresa possa estabelecer através dos custos o seu preço de venda, a sua margem de lucratividade e usar as mesmas informações para tomada de decisão.
Métodos de Avaliação de Estoques
Inventário Periódicos
O inventário periódico deriva da contagem física do estoque e avalia-se o seu valor economicamente em períodos (meses, semestres e ano). Empresas que optam por essa metodologia, agregam todos os custos de produção e trata como se o processo industrial envolvesse apenas a produção de um único item. Com este sistema não é possível terminar o custo unitários da produção.
Devido a sua praticidade e custo baixo, essa metodologia é utilizada por empresas de pequenos e médios portes. Para efeito gerencial a empresa terá que manter registros paralelos para que a empresa possa estabelecer através dos custos o seu preço de venda, a sua margem de lucratividade e usar as mesmas informações para tomada de decisão.
Métodos de Avaliação de Estoques
IMPORTANTE
De acordo com a legislação vigente, somente as empresa de
grande porte, as S.A (Sociedade por ações), estão obrigadas a
realizar ao menos 1(Um) no ano, e o mesmo deve ser apresentado junto com outros relatórios a receita federal.
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO E RATEIO DOS CUSTOS
INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
São gastos incorridos para a produção e que não fazem parte
dos materiais diretos ou são classificados como mão de obra
direta.
De acordo com (NEVES; VICECONTI), existe outras denominações
para os custos indiretos de fabricação tais como: despesas
gerais de fabricação, despesas indiretas de fabricação, gastos
gerais de produção, custos gerais de fabricação, custos gerais
de produção e outras.
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO E RATEIO DOS CUSTOS
INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
Exemplo de Custos Indiretos de Fabricação:
Materiais indiretos;
Mão de Obra Indireta;
Seguro da Fábrica;
Energia elétrica;
Depreciação das máquinas de produção;
Aluguel da fábrica.
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO E RATEIO DOS CUSTOS
INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
Para (JUNIOR; OLIVEIRA; COSTA), os custo indiretos de fabricação são gastos que não conseguimos identificar ou relacionar com as receitas geradas por ele.
O Processo de custeamento seja ele na indústria, comércio ou prestação de serviço se apoio nos fundamentos contábeis essenciais. Os custos indiretos somente ocorrem durante o processo de fabricação quando a empresa possui em seu processo produtivo, mais de um item sendo fabricado.
Nos dias atuais observa-se uma redução gradativa dos custos diretos e um aumento dos custos indiretos proporcionado pela evolução das tecnologias aplicada aos processos produtivos.
Um exemplo é a redução da mão de obra direta nas industrias, uma vez que a mão de obra direta é utilizada como base para alocação dos custos indiretos de fabricação, pode ocorrer distorções graves nos custos dos produtos.
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO E RATEIO DOS CUSTOS
INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
Composição dos custos indiretos de fabricação –
Podemos classificar os custos indiretos de fabricação em três grandes grupos:
Materiais Indiretos: são matérias que integram o processo produtivo, porém, não integram fisicamente o produto final a ser elaborado.
Mão de Obra indireta: corresponde a mão de obra que não está ligada ao processo produtivo, mas se faz necessária para elaboração do produto, ou seja, não trabalha
diretamente na transformação da matéria prima em produto final, produto acabado.
Outros custos indiretos: corresponde aos outros custos ocorridos no processo de fabricação, cujo consumo não pode ser identificado nos produtos.
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO E RATEIO DOS CUSTOS
INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
Composição dos custos indiretos de fabricação –
Dificuldade para estabelecer as bases de rateio para alocação
dos custos indiretos de fabricação.
A dificuldade em apropriar os custos indiretos de fabricação está
na escolha da base a ser utilizada para rateio, pois essa escolha
acaba sendo de uma forma subjetiva e muitas vezes arbitrária.
Como sabemos que todos os custos serão alocados aos produtos,
corremos o risco de subavaliar algum produto e superavaliar
outro, devido ao processo de rateio dos custos indiretos.
Critérios de Rateio
Os critérios de rateio representam a forma como serão
distribuído os custos indiretos de fabricação aos produtos,
centro de custos, centro de despesas ou receitas geradas. Esses
critérios são normalmente arbitrados pelo gestor responsável
pelo custo, este critério pode proporcionar distorções nos
resultados finais.
Não existe um critério que seja válido para todas as empresas e
sua definição depende do gasto que estiver sendo rateado, vale
lembrar que a principal regra para definir o critério mais
adequado para ratear um custo, esta diretamente relacionada
com o bom senso na escolha do mesmo.
Critérios de Rateio- exemplos
GASTOS CLASSIFICAÇÃO POSSIVEL CRITÉRIO
Depreciação de Máquinas e Equipamentos
Custos dos Produtos
Quantidade de Itens Produzidos ou tempo de utilização de
Máquinas
Mão de Obra indireta
Custos dos Produtos
Percentual fixo
Materiais indiretos
Custos dos Produtos
Consumo de Material Direto
Depreciação do Prédio da Fábrica
Custos dos Produtos
Metro Quadrado utilizado por cada setor produtivo
Gasto com refeitório
Administrativo
Despesa Administrativa
Quantidade de Refeições Servidas
Gasto com Propaganda e Marketing
Despesa de Vendas
Receitas geradas por produto
anunciado
Critérios de Rateio
A natureza do custo indica a prioridade e seu critério de rateio a
ser adotado, com isso pode esperar como efeito, a coerência tem
compatibilizado o estabelecimento dos métodos de repartição de
valores com objetos desejados.
É clara a importância da escolha do critério de rateio para
alocação dos custos indiretos de fabricação, uma vez alocados os
custos tem objetivo de determinar um valor justo do item
produzido.
Critérios de Rateio
Segue alguns exemplos de base de rateio
Unidades produzidas;
Horas de MOD;
Horas de uso direto das máquinas;
Valor (custo) da MOD;
Matéria-prima consumida;
Horas diretas de serviços prestados;
QWH – hora (energia elétrica) ou HP;
M³ de ar comprimido;
N’. de funcionários.
Critérios de Rateio
IMPORTANTE- Cabe a área de custo determinar a metodologia para realizar o
processo de custeio, já as bases de rateio deve ser discutida em
conjunto com as responsáveis pelos custos indiretos.
Rateio ou alocação dos custos indiretos A escolha da base utilizada deve ser feita em função do recurso
mais utilizado na produção. A forma como será rateado os custos
indiretos terá um papel importante na contabilização dos custos
dos produtos.
Os custos podem ser contabilizados em contas e posteriormente
alocados aos produtos. Outro fluxo é a contabilização dos custos
indiretos em departamentos e posteriormente destinados aos
produtos que consume da atividade daquele departamento.
Rateio ou alocação dos custos indiretos Em geral esses departamentos são denominados centro de custos,
independentes da sua característica que são:
Centro de Custos Administrativos - São aqueles que estão alocados os departamentos não produtivos. Exemplo: Recursos Humanos, Contabilidade.
Centro de Custos Comerciais - São aqueles que se destinam aos departamentos com atividades de comercialização dos produtos: Exemplo: Marketing, vendas, merchandising, análise de vendas etc.
Centro de custos produtivos: São aqueles que estão diretamente ligados ao processo de fabricação. Exemplo: Usinagem, departamento de corte e dobra, Estamparia, Controle de qualidade, engenharia de processo etc.
Rateio ou alocação dos custos indiretos Com a criação de centro de custo torna-se mais fácil a
acumulação de custos e despesas e a viabilidade de verificar o
custo por departamento ou atividade dentro da empresa.
Normalmente as empresas utilizam de uma descrição alfa
numérica para identificar cada centro de custo.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
De acordo com Megliorini, o modelo por absorção caracteriza-se
pela alocação dos fixos e variáveis ao custo de produção do período avaliado, assim sendo, os produtos absorvem uma parcela dos custos incorridos no período, ou seja, custos fixos e variáveis são apropriados ao produto.
Para Neves e Viceconti, denomina custeio por absorção o processo de apuração de custo, que possui o objetivo de somar todos os custos (fixos e variáveis), e aloca-los ao custo de produção do período.
Assim sendo, cada unidade produzida será responsável pela absorção de uma parcela dos custos. Nos Estado Unidos, esse método é conhecido como custo convencional.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Para dar início ao processo de apuração do resultado utilizando o
modelo por absorção, devemos seguir alguns passos, são eles:
1- Identificar e separar os gastos em: Despesas, Custos e
Investimentos;
2- Apropriar a produção do período os custos diretos e indiretos;
3- Calcular o valor da produção acabada;
4- Apurar os custos dos produtos vendidos;
5- Determinar o resultado da empresa.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Para dar início ao processo de apuração do resultado utilizando o
modelo por absorção, devemos seguir alguns passos, são eles:
1- Identificar e separar os gastos em: Despesas, Custos e
Investimentos;
2- Apropriar a produção do período os custos diretos e indiretos;
3- Calcular o valor da produção acabada;
4- Apurar os custos dos produtos vendidos;
5- Determinar o resultado da empresa.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
As despesas no modelo por absorção recebe um tratamento
diferenciado, os custos são alocados aos produtos, já as
despesas não participam da composição do custo do produto,
sendo tratadas de forma diferenciada.
A despesa seja qual for a sua natureza: administrativa, comercial
ou financeira, será alocada em sua integra na demonstração do
resultado do exercício, por estarem relacionadas diretamente a
geração de receita e a administração da empresa.
Os investimentos serão ativados sofrerão o processo de
depreciação relacionado à sua vida útil.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
IMPORTANTE!!! A mportância da correta classificação entre custos e despesas.
Uma despesa lançada com custo ou um custo lançado com
despesa provoca distorções no resultado apurado pela empresa
em cada período, prejudicando a correta avaliação monetária dos
estoques existentes na empresa.
CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL
Custeio Direto ou Variável - Modelo esse utilizado para fins
gerenciais, os custos obtidos no custeio por absorção são
eficientes para a tomada de decisão em virtude do tratamento
dos custos fixos, ou seja, a produção acaba absorvendo os custos
fixos.
A produção pode ter dois destinos, os estoques de produtos
acabados e a venda, uma vez no estoque, no modelo por absorção
os custos fixos serão também estocados.
CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL
No custeio variável existe a separação entre os custos fixos e
variáveis, uma vez que os custos fixos não são apropriados ao
custo de produção e sim tradados como despesas, ou seja,
lançados contra o resultado do exercício, proporcionando uma
redução do lucro antes do pagamento dos impostos incidentes
sobre o mesmo.
Com essa metodologia, conseguimos identificar os custos e
despesas que estão diretamente relacionados com a produção.
Por esse método de custeio, os produtos receberão apenas os
custos variáveis decorrentes do processo de fabricação.
CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL
De acordo com Megliorini, custeio variável consiste em apropriar
aos produtos somente os custos variáveis, sejam eles, custos
diretos ou indiretos.
A diferença entre esse método e o custo por absorção está no
tratamento dos custos fixos, enquanto no custeio por absorção
os custos fixos são rateados aos produtos, no custeio variável os
custos fixos recebem o mesmo tratamento dado às despesas.
CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL
O modelo por absorção é desenhado para atender às disposições
legais da legislação tributária rege sobre a apuração do
resultado e à equivalência patrimonial, ao passo que o modelo
direto e variável, atende à administração da empresa.
Através do método variável obtém-se a margem de contribuição
de cada produto, de cada unidade de negocio, de linhas de
produção e de produtos, clientes etc.
CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL
Segue alguns exemplos de tomada de decisão que o custeio
direto e variável pode proporcionar:
Identificar qual produto possui a melhor rentabilidade para a
empresa;
Determinar quais produtos devem ter suas vendas incentivadas,
reduzidas ou mesmo serem excluídos da linha de produção;
Determinar quais produtos proporciona a melhor rentabilidade
quando existem fatores que restringem a produção;
Qual o preço mínimo a ser praticado em condições especiais, tal
como venda de capacidade ociosa;
CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL
Segue alguns exemplos de tomada de decisão que o custeio
direto e variável pode proporcionar:
capacidade ociosa;
Decisão entre comprar ou fabricar (Terceirização);
Determinação do nível mínimo de atividades em que o negócio passa a ser rentável;
Definição, em uma negociação com o cliente, de qual o limite de descontos permitido;
Estabelecer o preço de venda;
Estabelecer parcerias na compra de matéria prima e utilização de mão de obra terceirizada.
CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL
IMPORTANTE!!! Custeio direto e variável: O sistema de Custeio direto e variável
não é aceito pelo Fisco (Receita Federal) como forma de apurar o
imposto de renda (IR) e contribuição social sobre o lucro líquido
(CSLL) das empresas.
CUSTEIO BASEADO POR ATIVIDADES
O custeio baseado por atividades foi desenvolvido na década de
90, por contadores norte americanos, tendo como objetivo uma
apuração de custos voltada para tomadas de decisões.
Padoveze (2013, p. 252) atribui que o custeio ABC preocupa-se
exclusivamente com os custos indiretos ou fixos, objetivando
identificar, primeiro, os elementos causadores de seu consumo e,
apenas posteriormente, promover a alocação aos produtos.
Como os custos variáveis e diretos já estão alocados
corretamente, não há necessidade de tratamento diferenciado
para esses elementos de custos.
CUSTEIO BASEADO POR ATIVIDADES
Garcia que se observa é que o Sistema de Custeio por Atividade
(ABC) surgiu para refletir melhor o que ocorre no processo de
produção. Com isso, algumas empresas têm implantado a
contabilidade de custos por atividade, já que os seus sistemas
tradicionais não oferecem as informações adequadas,
principalmente para medir a redução de custos resultantes da
introdução de uma nova tecnologia no processo de produção.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS MODELOS POR ABSORÇÃO E VARIÁVEL
Qual o melhor modelo para apuração de custo? Essa é um duvida de muitos estudiosos. Em linhas gerais, as vantagens do modelo direto / variável parecem ser mais claras, pois não tendem a distorcer o custo com rateios dos custos indiretos sem base científica e apropriada.
Já o modelo por Absorção transmite uma tranquilidade ao empresário uma vez que todos os custos foram alocados aos produtos e fazendo com que os parâmetros para formação do preço de venda seja mais bem embasado.
Ficam claro as vantagens e desvantagem entre os modelos quando utilizado para tomada de decisões entre a produção e a venda de produção, quando a demanda esta fora do mix de produção da empresa.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS MODELOS POR ABSORÇÃO E VARIÁVEL
Vantagens do custeamento Direto / Variável :
O custo é mensurado objetivamente, pois não sofreram com processos arbitrários de distribuição dos custos comuns;
O resultado da empresa não sofre alteração por mudanças no volume de produção;
As informações para serem utilizadas para tomada de decisões são obtidas rapidamente;
O entendimento pelos gestores de produção é considerado mais acessível, pois os dados são conhecidos por eles e são de sua responsabilidade a gestão dos mesmos, com isso possibilita uma correta avaliação de desempenho setorial;
Essa metodologia e totalmente integrada com um processo orçamentário flexível, possibilitando um correto controle sobre os custos.
O custeamento possibilita mais clareza no planejamento do lucro e na tomada de decisões gerenciais.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS MODELOS POR ABSORÇÃO E VARIÁVEL
Desvantagens do custeamento Direto / Variável :
A exclusão dos custos fixos para valorização dos estoques pode
causar uma subavaliação, ferindo os princípios contábeis e
alterando o valor do resultado do exercício;
A separação dos custos fixos dos variáveis pode não ser um
processo fácil de realizar com resultados duvidosos;
Este modelo é utilizado para tomada de decisão de curto prazo,
mas subestima os custos fixos que estão ligados a planejamento de
longo prazo, trazendo problemas de continuidade para a empresa.
CUSTO PADRÃO
Custo padrão pode ser definido como o custo planejado para um
produto, ou seja, deve ser estabelecido antes da confecção do
produto. Sua utilização e mais adequada em empresas que possui
uma produção padronizada e em série que trabalha com
demanda sobre encomenda.
Para Megliorini (2012), custo padrão é o que pode ser alcançado
quando um produto entra em linha de produção, fabricação, pois
é calculado de acordo com as condições normais de operação da
empresa.
CUSTO PADRÃO
Custo padrão é o custo que pode ser alcançado, levando em
considerações as intempéries do processo de fabricação, mercado
consumidor e do ambiente empresarial da empresa, o custo padrão
e diferente do custo ideal e do custo estimado.
CUSTO PADRÃO
Custo ideal é o custo que deriva de um processo que será realizado
nas melhores condições possíveis, sem nenhuma interferência, seja
humana, infraestrutura, ambiente externo.
Em sua composição é considerados como exemplo a matéria prima
de melhor qualidade e com o menor custo, no processo não haveria
perdas em função de qualquer que seja o motivo.
Este custo é de difícil aplicação, e apenas cientificamente calculado
como referencia.
CUSTO PADRÃO
Custo estimado: Neste modelo o custo não possui tanta
veracidade, pois a base para elaboração constitui em custos
incorridos em períodos anteriores e que possam ser ajustados
para períodos futuros, considerando a demanda estimada para os
períodos futuros.
O custo Padrão deve refletir as condições de eficiência do processo
no período apurado, para isso devem-se considerar as metas de
eficiências de consumo de matéria prima, mão de obra,
equipamentos.
UTILIZAÇÃO DO CUSTO PADRÃO
A finalidade do custo padrão é estabelecer um padrão de
comportamento do processo produtivo, criando condições para que
possa ser controlado, e avalia eficiência do processo, através dele
podemos estabelecer padrões físicos e monetários dos recursos
empenhados no processo.
Outro objetivo do custo padrão e auxiliar na redução de custos e na
formação do preço de vendas dos produtos.
COMO DETERMINAR O CUSTO PADRÃO
Para se determinar o custo padrão, utilizamos um mix de informações resultante do trabalho da engenharia e da área de custos e orçamentos, cabe a engenharia determinar o padrão de consumo físico dos recursos e ao departamento de custo cabe valorizar monetariamente o empenho de tais recursos.
Os padrões utilizados pela engenharia são aqueles que podem ser mensurados no processo, como: matéria prima, mão de obra direta, tempo de utilização de máquinas etc.
Sistema de Custeio é a forma de registrar os custos. O sistema de custeio pode ser por custo-histórico ou por custo-padrão. E eles podem ser usados com qualquer Sistema de Acumulação de Custos e com qualquer Método de Custeio.
COMO DETERMINAR O CUSTO PADRÃO
CUSTO-HISTÓRICO: Nesse sistema os custos são apropriados na
medida em que ocorrem e os resultados só poderão ser apurados
no final do período.
CUSTO-PADRÃO: Nesse sistema os custos são predeterminados
antes da produção. São utilizadas contas para registrar os custos
reais (históricos) e contas para registrar os custos padrões. As
variações entre essas contas são apropriadas às contas de
estoques e C.P.V.
O custo-padrão tem grande utilidade na Contabilidade de Custos e é
usado para fins gerenciais. Desde que usado juntamente com o
Custeio por Absorção é aceito para fins legais.
TIPOS DE CUSTO-PADRÃO
Custo-padrão Ideal – esse custo-padrão supõe a utilização com a
máxima eficiência dos recursos produtivos (M.D., M.O.D. e C.I.F.),
não levam em consideração desperdícios normais de M.D.,
diminuições no ritmo de trabalho dos funcionários, possíveis
quebras de equipamentos.
Na prática é difícil de ser atingido.
TIPOS DE CUSTO-PADRÃO
IMPORTANTE -
O custo padrão não é recomendado para ser utilizado na
formulação do preço de venda dos produtos.
TIPOS DE CUSTO-PADRÃO
Custo-padrão Corrente – esse custo-padrão leva em
consideração um desempenho possível de ser alcançado,
considerando perdas de M.D., queda na produtividade dos
funcionários ou possíveis quebras de equipamentos.
Na prática é usado o custo-padrão corrente.
DIMENSÕES DO CUSTO-PADRÃO
Para a contabilização todos os dados devem ser expressos em
termos monetários.
A conversão para custo-padrão, expresso em termos monetários, é
feita pela multiplicação do padrão físico pelo padrão de Custo.
Custo-padrão = Padrão Físico x Padrão de Custo
( unidade, tempo ) ( valor )
DIMENSÕES DO CUSTO-PADRÃO
As variações entre o Custo-padrão e o Custo-histórico são obtidas
da seguinte maneira:
Variação do Material Direto = Variação no Preço do Material
Direto + Variação na Quantidade de Material Direto
Variação da MOD = Variação na Taxa de MOD + Variação no tempo
da MOD
Variação do CIF Variável = Variação no Custo do CIF + Variação de
Eficiência do CIF
Variação do CIF Fixo = Variação no Custo do CIF + Variação no
Volume do CIF
Custos Logísticos
O objetivo de apuração dos Custos Logísticos é o de
estabelecer políticas que possibilitem às empresas,
simultaneamente, uma redução nos custos e a melhoria do
nível de serviço oferecido ao cliente.
Envolve o processos de identificação, classificação,
mensuração, acumulação, análise e interpretação das
informações operacionais, econômicas e financeiras.
Custos Logísticos
País Custo da Logística em
% do PIB
China 14,5
Japão 10,1
França 11,7
Alemanha 11,8
Itália 12,6
Holanda 12,2
Portugal 13,6
Espanha 12,1
Suíça 13,2
Inglaterra 12,2
USA 8,5
Custos Logísticos
Custos Logísticos
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
Brasil Europa Brasil Europa
INDÚSTRIA COMERCIO
Inventário
Armazenagem
Transporte
Custos Logísticos
Custos Logísticos
“Fluxo de materiais e bens, dos fornecedores à fabricação
(Logística do Abastecimento) , nos Processo de produção
(Logística de Planta) e na entrega ao cliente incluindo o
serviço pós-venda (Logística de Distribuição ).”
Custos Logísticos
Custos Logísticos
Custos Logísticos
Custos Logísticos
Processos logísticos
Processos Conceitos
Abastecimento
(Inbound Logístics)
Engloba as atividades realizadas para colocar os materiais e componentes nacionais e
importados utilizando as técnicas de armazenagem, movimentação, estocagem,
transporte e fluxo de informação.
Planta
(Mov. de Materiais)
Engloba as atividades realizadas no suporte logístico á produção , envolvendo o fluxo
de materiais e componentes na manufatura dos Produtos em processo, até a entrega
dos produtos acabados para a logística de distribuição.
Distribuição
(Outbound Logístics)
É uma parte do composto de marketing (produto, preço, promoção e
distribuição).Envolve os subprocessos de Armazenagem e transporte.
Conceitos de Custos Aplicáveis à Logística
Finalidade da Informação Classificação dos Custos Logísticos
Quanto ao relacionamento com o objeto (fornecedor,
cliente, produto,regiões, etc..).
Diretos e Indiretos.
Quanto ao comportamento diante do volume de
atividade.
Variáveis e Fixos.
Quanto ao relacionamento com o processo de gestão
(processo de tomada de decisões sejam de natureza
estratégica, tática ou operacional).
• Controláveis e Não Controláveis;
• Custos de Oportunidades;
• Custos Relevantes;
• Custos Irrecuperáveis;
• Custos Incrementais ou Diferenciais;
• Custos Ocultos ( Hidden Costs );
• Custo Padrão;
• Custo Meta;
• Custo Kaizen;
• Custo de Ciclo de Vida.
Custos aplicáveis a logística
Classificação dos Custos Logísticos Conceitos
Custos Diretos Custos de Transportes na distribuição, que podem ser
identificados em função dos produtos faturados e
entregues a cada cliente
Custos Indiretos Custos de Tecnologia de Informação utilizada em
processo logístico que atenda a diversos clientes.
Custos Fixos Custos com armazenagem própria, contemplando a
depreciação dos ativos logísticos, os gastos com a
mão-de-obra mensalista, etc..
Custos Variáveis Frete varia em função do volume a ser entregue a
determinado cliente se este for contratado em função
das unidades físicas a serem transportadas.
Custos aplicáveis a logística
Classificação dos custos logísticos Conceitos
Custos Controláveis e Não Controláveis
Controláveis -> varia com o volume de esforço de um
processo/atividade. É aquele que é influenciado pela decisão e
ação de um gestor.
Não Controláveis ->Não é influenciado pela decisão e ação de
um gestor. Ex. gastos com segurança e limpeza.
Custos de Oportunidade
Quanto a empresa sacrificou em termos de remuneração por
ter aplicado seus recursos numa alternativa ao invés de em
outra. Ex. Investir em estoques , ativos imobilizados ( veículos,
empilhadeira, , etc.. ) ou aplicar no mercado financeiro ?
Custos Relevantes
Custos cujos resultados futuros afetam o fluxo de caixa.Ex.
escolha do modal de transporte.
Custo Total da Logística
CLT = CAM + CTRA + CE + CMI + CTI + CTRI + CDL + CDNS +CAD
Custo Total da Logística
Custo Total da Logística
CAM = Custo de Armazenagem e Movimentação de Materiais.
CTRA = Custo de Transporte.
CE = Custo de Embalagem.
CMI = Custo de Manutenção de Inventário.
Custo Total da Logística
CTI = Custo de Tecnologia de Informação
CDL = Custo Decorrentes de Lotes
CTRI = Custo Tributários
CDNS = Custo Decorrentes do Nível de Serviço
CAD = Custo de Administração Logística
Custo de armazenagem
Etapas do Custeio da Armazenagem
1. Identificar os Itens de Custos - Nessa etapa, deve-se
selecionar os itens de custos que serão considerados:
• Custo Com a Mão-de-Obra Envolvida (salários,
benefícios e encargos sociais da mão-de-obra
operacional e de supervisão);
Etapas do Custeio da Armazenagem
• Custo com Gastos Condominiais (aluguéis , impostos, seguros,
energia, etc..);
• Custos com Manutenção dos ativos destinados à Armazenagem
/Movimentação;
• Custos com Prestação de Terceiros;
• Custos com Depreciação dos Ativos.
Etapas do Custeio da Armazenagem
2. Cálculo dos Itens de Custos - Alguns itens, como salários,
benefícios, manutenção, aluguel e outros, são obtidos com
facilidade através da contabilidade. Outros itens, como a
depreciação e o custo de oportunidade, precisam ser calculados de
fato, conforme é exposto abaixo:
Etapas do Custeio da Armazenagem
Depreciação - quanto tempo a empresa utiliza um determinado
ativo antes de substituí-lo. Assim, para calcular o valor mensal de
depreciação, deve-se dividir a diferença entre o valor de aquisição
e o residual pelo tempo (n meses) que a companhia irá utilizar o
ativo (antes de trocá-lo).
Etapas do Custeio da Armazenagem
Custo de Oportunidade - sobre o investimento em ativos
logísticos (móveis, equipamentos, etc). O custo de oportunidade
representa o valor que a empresa deixou de ganhar em outros
projetos , quando apoio pela utilização do imóvel de estocagem.
Representa o montante líquido que a empresa iria ganhar, se não
tivesse utilizado os recursos na aquisição do imóvel para
estocagem.
Etapas do Custeio da Armazenagem
3. Agrupar os Itens de Custos Relativos a cada Função (ou
Atividade) - O objetivo de agrupar os custos em funções ou
atividades é facilitar a alocação desses custos na etapa seguinte.
Por exemplo, a função de movimentação irá reunir itens de custos
de diferentes contas - pessoal, manutenção, depreciação – mas que
estão todos direcionados ao mesmo objetivo, movimentar
materiais, e assim podem ser alocados por um único critério de
rateio.
Etapas do Custeio da Armazenagem
Quando a operação for relativamente simples, o sistema de custeio
pode ser desenvolvido considerando as funções básicas da
atividade de armazenagem.
A seguir, serão abordadas as funções básicas que devem ser
consideradas:
Etapas do Custeio da Armazenagem – funções básicas
a. A Movimentação de Materiais inclui a recepção e a expedição
de mercadorias.
Devem ser agrupadas nessa função todos os itens de custos
referentes a essas atividades, como por exemplo os custos
associados a empilhadeiras, transelevadores, operadores de
empilhadeira, supervisores da movimentação etc.
Etapas do Custeio da Armazenagem – funções básicas
b. O Acondicionamento de produtos se refere a estocagem do
produto.
Deve-se ter em mente que esta função não engloba a
movimentação. Esta função se refere apenas ao fato de o produto
estar parado em estoque.
Etapas do Custeio da Armazenagem – funções básicas
b. O Acondicionamento de produtos se refere a estocagem do
produto.
Deve-se ter em mente que esta função não engloba a
movimentação. Esta função se refere apenas ao fato de o produto
estar parado em estoque.
Nesse caso, o produto estaria consumindo um espaço, não só de
um armazém como também de um palete, de um container, rack.
Assim, teriam que ser agrupados os custos referentes ao
espaço, como aluguel ou custo de oportunidade do armazém, e os
itens referentes a ativos que estão sendo utilizados no
acondicionamento do produto como paletes e racks.
Etapas do Custeio da Armazenagem – funções básicas
c. A função de Administrar o Fluxo de Bens na realidade irá
agregar os custos que não dizem respeito às funções anteriores
por terem um caráter mais administrativo, como por exemplo os
custos referentes ao gerente, à secretária, ao telefone, ao
material de escritório etc.
Etapas do Custeio da Armazenagem
4. Alocar Custos a Cada Produto ou Cliente - Uma vez agrupados
segundo as funções (ou atividades) é necessário alocar esses
custos aos produtos.
Os custos dos clientes, podem ser obtidos a partir do mix de
consumo de cada cliente, estando sempre atento, é claro, para
alguma condição especial que o cliente possa exigir.
Etapas do Custeio da Armazenagem -critérios de alocação
A seguir, são discutidos alguns critérios de alocação para cada uma
das três funções básicas da armazenagem:
a. Movimentar Material - os custos dessa função, mesmo que
indiretamente, se referem ao volume de carga expedida. É
importante perceber qual é de fato o gerador do consumo de recursos.
No exemplo de um armazém em que toda mercadoria é paletizada, o
número de paletes expedidos de cada produto seria um bom critério de
rateio para esses custos de movimentação.
Etapas do Custeio da Armazenagem -critérios de alocação
b. Acondicionar Produtos - os custos dessa função, usualmente, dão
margem a distorções na alocação, uma vez que esses não são
proporcionais ao volume expedido.
Uma linha de produto pode estar ocupando espaço no armazém e
não ter nenhuma unidade vendida, enquanto outra pode ocupar um
espaço relativamente pequeno e ter um alto volume de vendas.
Etapas do Custeio da Armazenagem -critérios de alocação
c. Administrar o Fluxo de Bens - os custos relativos à administração
do armazém usualmente não estão relacionados ao volume de
carga expedido, tampouco à quantidade dos produtos em estoque,
mas sim ao número de processamentos realizados.
Etapas do Custeio da Armazenagem
Etapas do Custeio da Armazenagem
CUSTO DE
ARMAZENAGEM
Custos de
Armazém Geral
Custos de
Armazém Próprio
Taxas de
Armazenagem por
Unidade
Estocada,
por Unidade
Movimentada ,
por
Prédio Próprio Prédio Alugado
Aluguel,
Manutenção,
Água, Luz,
IPTU, Seguro
Admin, Mão-de-
Obra, Encargos,
Material para
Escritório, Embal.
One Way.
Manutenção,
Depreciação e
Custo de Capital
dos Equipamentos
Equipamentos de MAM
Aluguel dos
Equip. do MAM
Manut.
Depreciação e
Custo de Capital
dos Equip. MAM
Custos de Capital
investido na
construção: prédio
, piso, instalações
Elétricas , etc..
Manut.
Água , Luz,
IPTU ,
Seguro
Admin. Mão-
de-Obra ,
Encargos,
Comum. ,
Mat. Escrit.
Manut.
,Depreciação e
Custo de
Capital dos
Equip.
Equipamentos de MAM
Aluguel dos
Equip.
Manut. Depreciação e
Custo de Capital dos
Equip. de MAM
Custo de Transferência
Chamou-se de “transporte” o trecho executado por um modal em
questão e de “transferência” a somatória de n transportes, que
concluem a entrega de um material de sua origem ao destino
almejado.
O custo total do serviço de transporte inclui o frete para
transportar a carga, taxas adicionais (como, por exemplo,tributos e
taxas de recolhimento da mercadoria o ponto de origem e/ou
destino), seguros e preparação ou acondicionamento das
mercadorias.
Elementos do Custo de Transporte
Frete ou Custo de Transporte;
Seguro da carga;
Perda de carga;
ICMS;
Armazenagem;
Estoque em trânsito;
Transbordo.
Elementos do Custo de Transporte
Seguro de Frete e Transporte
Quando a operação de transporte é terceirizada, esta parcela é
simplesmente o preço cobrado pelo serviço, ou seja, o frete. Já no
caso da operação ser feita pela própria empresa, um levantamento
de custos faz-se necessário para se estimar quanto custa
realizar o transporte.
Elementos do Custo de Transporte
Seguro de Frete e Transporte
Quando a operação de transporte é terceirizada, esta parcela é
simplesmente o preço cobrado pelo serviço, ou seja, o frete. Já no
caso da operação ser feita pela própria empresa, um levantamento
de custos faz-se necessário para se estimar quanto custa
realizar o transporte.
Elementos do Custo de Transporte
Ressalta-se que, além dos custos de operação do veículo uma
empresa ainda tem outros custos (pessoal, aluguel, telefone, luz,
etc...) que indiretamente estão ligados à atividade e, portanto,
devem ser adicionados para se chegar ao custo final do serviço.
O valor de mercado cobrado pelo frete rodoviário é sujeito a muitas
variáveis.
Elementos do Custo de Transporte
Além da distância do percurso, a região de origem e destino da
carga, o produto, o tipo de acondicionamento do mesmo, a oferta
de veículos para o transporte, etc., também são fatores que
influenciam o preço da tarifa praticada.
Elementos do Custo de Transporte
Abaixo apresenta-se um gráfico de fretes para a soja:
Elementos do Custo de Transporte
A rota Sapezal – Porto Velho é muito mais longa do que a rota
Londrina – Ponta Grossa e ainda assim tem seu frete, em alguns
momentos (até 18 de fevereiro), mais alto, fato este incoerente com
a lógica de diluição dos custos fixos por uma quilometragem maior.
Isso mostra a diversidade de aspectos já descritos, fazendo com
que os valores de frete praticados no mercado sejam determinados
por múltiplas questões.Os picos evidenciam a época de maior
demanda por transporte, evidentemente o período da safra.
Elementos do Custo de Transporte
No caso de transporte ferroviário, em geral, não existe competição
direta entre as empresas, pela simples razão de que cada linha
possui um trajeto específico que atende uma determinada região
produtora.
Elementos do Custo de Transporte
Elementos do Custo de Transporte
Em última instância, o frete ferroviário acaba sendo determinado
pelo frete rodoviário. Ou seja, as concessionárias verificam os
fretes cobrados pelas transportadoras rodoviárias e reduzem uma
percentagem, para chegar à tarifa cobrada pela ferrovia.
Os valores também dependem da política tarifária da
concessionária em questão, que tipo de produto ela prioriza
transportar (reduz o frete para estes produtos e aumenta para
aqueles que não a interessa muito) e da disponibilidade de vagões.
Elementos do Custo de Transporte
Elementos do Custo de Transporte
Seguro de Carga - Aliquota de Seguro fixas e
percentuais
Fixas são valores de acordo com a carga movimentada.
Percentuais são taxas que incidem sobre o valor da nota
fiscal da carga movimentada.
Elementos do Custo de Transporte
Questões que influenciam a Alíquota-
( Risco/ Tipo de Modal e Reajustes Anuais )
Elementos do Custo de Transporte
Perda de Carga
A perda de carga é caracterizada pela carga perdida ou
avariada durante o trajeto e manipulação da mercadoria
(transbordo).
A percentagem de carga perdida é dependente do modal
utilizado, tipo de acondicionamento do produto, idade e
estado de manutenção da frota, número de transbordos,
etc.
Elementos do Custo de Transporte
Produtos conteinerizados não apresentam perda. Já os
granéis são os campeões, especialmente quando se trata
de transporte rodoviário feito por veículos antigos,
chegando a gerar uma perda de cerca de 2% da carga.
Elementos do Custo de Transporte
Índices de Perda de Carga são:
Transporte Rodoviário de longa distância: 0,75%
Transporte Rodoviário de curta distância (ponta rodoviária4): 0,4%
Transporte Ferroviário: 0,2%
Transporte Hidroviário: 0%
Transbordo em terminal intermodal: 0,25%
Transbordo em terminal portuário: 0,2%
O custo da perda de carga também é calculado sobre o valor
agregado da mercadoria
Elementos do Custo de Transporte
ICMS
A incidência dos impostos na operação de transportes varia de
acordo com o produto, modal, localidade, atividade e especialidade
da empresa, trajeto do transporte, etc.
No Brasil, de todos os tributos incidentes sobre o transporte de
cargas, o ICMS é, sem sombra de dúvidas, o mais representativo.
Por isso foi o único imposto considerado por este estudo.
Elementos do Custo de Transporte
Incidência dos Tributos sobre o Transporte Rodoviário de
Cargas
Gestão dos Custos Logísticos
A Gestão de Custos Logísticos é a atividade de
utilização ou desenvolvimento de novas estratégias
para o Gerenciamento dos respectivos custos.
Gestão dos Custos Logísticos
Tem por objetivo monitorar os custo operacionais
dos serviços logísticos, por meio de indicadores,
visando acompanhar resultados tendências e
oportunidades, bem como desenvolver estudos de
impacto logístico e respectivo custeio, de maneira a
dar suporte ao processo de tomada de decisão em
seus diversos níveis: Estratégico, Tático e
Operacional.
Etapas da Gestão dos Custos Logísticos
Coleta dos dados iniciais
(origem do material,volume,embalagem, etc. nos 3
processos Logísticos: Abastecimento, Planta (mov.
Materiais) e Distribuição;
Fluxos dos processos (mapeamento dos processos);
Definição das modalidades de transporte e estratégia da
operação;
Etapas da Gestão dos Custos Logísticos
Identificar e mensurar os Custos Logísticos envolvidos;
Definir as ferramentas/instrumentos a serem utilizados
para a gestão dos Custos Logísticos; e
Informar os gestores por meio de relatórios úteis e
oportunos.
Etapas da Gestão dos Custos Logísticos
1. Conceitos básicos:
Fornecer um maior Nível de Serviço.
Objetivo da Logística
Ao menor custo logístico possível.
Etapas da Gestão dos Custos Logísticos
Fatores que influenciam os Custos Logísticos:
• Políticas alfandegárias • Taxas
• Desqualificação da mão-de-obra
• Condições das estradas
Estoque Armazenagem
Pedidos Transporte
Etapas da Gestão dos Custos Logísticos
Total Cost
No Planejamento de Soluções Logísticas Integradas, a análise do Custo
Total é a chave.
O objetivo dessa análise é minimizar os Custos Totais das Atividades da
Cadeia Logística, ao invés do seu custo individual.
Etapas da Gestão dos Custos Logísticos
Trade-Offs
São as trocas compensatórias de custos entre os
elementos das cadeias logísticas.
Um dos principais desafios da Logística é conseguir
gerenciar a relação entre os elementos de custos e o
nível de serviço requerido.
Principais Trade – Off Logísticos
O que é um Trade – Off Logístico?
Trade – Off Logístico são situações complicadoras e
conflitantes sob o ponto de vista dos Custos Logísticos.
Exemplos de Trade – Off Logístico:
Aumentar o Nível de Transporte para atender melhor as
demandas?
Construir mais Armazéns para aumentar o Nível de
Serviço (tempo de entrega)?
Transportar de trem ou de caminhão?
Etapas da Gestão dos Custos Logísticos
Questões Básicas:
Se a empresa aumentar o nível de transporte em X%, a
diminuição dos custos com estoque compensará este
aumento?
Se a empresa construir X armazéns, haverá uma
diminuição do tempo de entrega em Y dias, mas o aumento
do Nível de estoque compensará este investimento?
Etapas da Gestão dos Custos Logísticos
Questões Básicas:
Se a empresa passar a transportar de caminhão seus
produtos, estes chegarão mais rápidos e seus Níveis de
Estoque diminuirão, porém os Custos com Transporte
aumentarão. Será que compensa adotar tal estratégia?
Etapas da Gestão dos Custos Logísticos
Questões Básicas:
Toda e qualquer decisão sob o ponto de vista de Trade –
Off Logístico deve ser baseada levando – se em conta os
impactos nos Custos Totais.