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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Discentes: Ana Rita Pacheco Nº 33715; Cristiana Valente Nº 33708; Joel Fig. Neves Nº 33709; Luís Sampaio Nº 33706; Tiago Rodrigues Nº 33696. Docente: João Ricardo Ecologia Geral Descomposição Biológica Biologia e Geologia 2º Ano 2º Semestre 2010/2011

Decomposição biológica (plátano e carvalho)

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Page 1: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Discentes: Ana Rita Pacheco Nº 33715; Cristiana Valente Nº 33708; Joel Fig. Neves Nº 33709; Luís Sampaio Nº 33706; Tiago Rodrigues Nº 33696.

Docente: João Ricardo

Ecologia Geral Descomposição Biológica

Biologia e Geologia

2º Ano 2º Semestre

2010/2011

Page 2: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

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Índice

Introdução ..................................................................................................................................... 3

Resultados obtidos e respectiva análise ....................................................................................... 7

Discussão ..................................................................................................................................... 13

Gráfico 1: ................................................................................................................................. 13

Gráfico 2: ................................................................................................................................. 14

Gráfico 3: ................................................................................................................................. 15

Gráfico 4: ................................................................................................................................. 15

Gráfico 5: ................................................................................................................................. 16

Gráfico 6: ................................................................................................................................. 17

Gráfico 7: ................................................................................................................................. 17

Gráfico 8: ................................................................................................................................. 18

Conclusão .................................................................................................................................... 18

Bibliografia .................................................................................................................................. 19

Page 3: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

3

Introdução

Para que um ecossistema funcione e a sua manutenção seja assegurada, tem que

existir um fluxo de energia e de nutrientes (Swift et al., 1979), sendo a reciclagem

destes nutrientes de extrema importância, visto que vai permitir a produtividade e

sustentabilidade do sistema.

Um dos processos de maior relevância, em relação à reciclagem de nutrientes,

nos ecossistemas terrestres, é o designado processo de decomposição (Montagnini e

Jordan, 2002). Este consiste, basicamente, na desintegração gradual da matéria

orgânica (a nível estrutural) até que a mesma fique irreconhecível, verificando-se a

modificação de moléculas orgânicas em dióxido de carbono, água e componentes

minerais (mineralização).

O processo de decomposição da matéria orgânica envolve, assim, factores de

origem física, química e biológica, ou seja, factores que vão promover a transformação

desta matéria, caracterizada pela perda de massa e alterações constantes na dimensão

das partículas e composição química (Berg e McClaugherty, 2008).

Conforme o primeiro autor referido, Swift, estas transformações devem-se ao

efeito de três fases distintas: lixiviação, catabolismo e fragmentação (ou cominuíção),

podendo, estas, ocorrer simultaneamente ou segundo uma ordem dependente,

consoante as características dos materiais e os factores edafo-climático. Deste modo,

existe um complexo conjunto de factores que interagem entre si na regulação do

processo de alterações químicas e perda da respectiva massa dos materiais durante a

decomposição.

A lixiviação integra, normalmente, a fase inicial do processo de decomposição,

em que a perda de massa e libertação de nutrientes estão ligados à acção física do

respectivo movimento da água no solo, resultante do processo fluxo de massa

(Cameron e Haynes, 1986). É de notar que as fracções solúveis são as que apresentam

uma maior contribuição para os fenómenos de perda de massa e de nutrientes,

ocorridos nesta fase inicial.

Já a fase de fragmentação, está relacionada com a redução das dimensões das

partículas em questão. Esta é mais física do que propriamente química (Swift et al.,

1979) e está relacionada com as actividades de digestão e ingestão por parte de

animais decompositores. A passagem das partículas orgânicas através do tubo

digestivo dos animais, onde a fragmentação é acompanhada por processos

modificadores catabólicos, reduz o tamanho das respectivas partículas e altera a

qualidade química inicial (Syers et al., 1979; Tian et al., 1995). Contudo, também se

pode verificar uma intervenção que pode não ser da fauna decompositora mas de

factores abióticos, que promovem a redução das partículas sem que para isso se

verifique a alteração química. Este processo de cominuíção, a nível dos factores

abióticos, pode dever-se, por exemplo, a períodos de congelamento/descongelamento

e/ou secagem/re-humedecimento.

Page 4: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

4

Por sua vez, a fase de catabolismo está relacionada com a obtenção de energia.

Existe, nesta fase, um período activo de decomposição microbiana responsável pela

transformação e simplificação de compostos orgânicos complexos em compostos

orgânicos mais simples (decomposição estrutural), durante a qual, os nutrientes

envolvidos no processo de respiração microbiana poderão ser disponibilizados nas

formas inorgânicas, pelo processo denominado mineralização.

Durante um determinado espaço de tempo, os produtos intermediários

(nutrientes) obtidos no processo de decomposição-mineralização, poderão ser

reutilizados pelos microrganismos na síntese de novos compostos, enquanto outros

vão ser integrados na matéria orgânica considerada não celular, húmus. Nesta fase,

particularmente quando as quantidades de nutrientes existentes no material em

decomposição são insuficientes para poderem satisfazer as necessidades microbianas,

vai ocorrer, então, um processo inverso ao da mineralização, ou seja, ocorre a

imobilização.

Assim, existem factores que influenciam a decomposição da matéria orgânica;

são disso exemplo os processos biológicos, cuja intensidade está dependente de

interacções complexas. Os de maior relevância apresentam-se relacionados com a

natureza da comunidade biológica e com os factores que interferem na sua actividade,

por exemplo, condições edafo-climáticas e qualidade do substrato (parte orgânica e

mineral). A temperatura, a disponibilidade de nutrientes e o conteúdo em água,

reacção e textura do solo são exemplos de factores abióticos que também eles

influenciam a decomposição da matéria orgânica.

A temperatura condiciona os processos fisiológicos dos microrganismos,

acabando por influenciar a sua actividade e crescimento, e, deste modo, a

decomposição e mineralização da matéria orgânica. Por outro lado, o conteúdo em

água no solo apresenta uma dependência tanto do clima, temos o caso da

precipitação, como de determinadas propriedades do solo. A água funciona como

meio de transporte de solutos e como meio de distribuição dos compostos resultantes

da actividade dos microrganismos, manifestando-se, a sua influência, pelo consumo de

água que estes necessitam para a sua actividade metabólica.

Por sua vez, a reacção do solo é outro factor edáfico tido em conta no processo

de decomposição. Esta reacção está relacionada com a dinâmica da biologia do solo,

influenciada pelos valores de pH. Normalmente, a actividade biológica é tanto maior

quanto mais neutra a reacção do solo se apresentar, ou seja, o valor de pH. Esta

neutralidade (pH óptimo) vai provocar uma maximização na actividade das enzimas

intervenientes nos processos de decomposição numa mais ampla gama de

microrganismos. Se o pH for baixo o teor em alumínio é evidente, o que provoca um

efeito tóxico diminuindo a diversidade de microrganismos e a sua actividade; já o

fósforo ou o cálcio, que são essenciais ao crescimento microbiano, são encontrados

em solos de pH perto da neutralidade.

Page 5: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

5

A textura do solo deve também ser tida em conta, uma vez que, segundo

estudos, revela que para diferentes tipos de solo se obtêm diferenças no carbono e

azoto mineralizado. Esta propriedade, em conjunto com a temperatura, conteúdo em

água e reacção do solo são factores a ter em conta, no estudo de

decomposição/mineralização por parte dos organismos.

Entre os métodos disponíveis para o estudo do processo de decomposição em

condições de campo (incubações in-situ) destaca-se o método dos sacos de

decomposição (Berg e Laskowski, 2006). Este, para além de ter várias aplicações, como

o estudo deste processo em solos não perturbados, tem uma simplicidade e custos

reduzidos, apresentando, hoje em dia, uma ampla e diversificada aplicabilidade.

A metodologia consiste, basicamente, na colocação de uma determinada

amostra de material orgânico (neste caso folhas de Plátano e Carvalho) num saco com

características específicas (o diâmetro dos poros, dimensão e material de fabrico, são

disso exemplo), o qual é depois colocado a incubar em condições de campo, à

superfície ou enterrado no solo (neste caso à superfície), durante um determinado

período de tempo (Berg e Laskowski, 2006). No final do período de incubação, o

respectivo saco de decomposição é retirado do solo e após o seu tratamento, de modo

a serem eliminadas as impurezas, a fracção remanescente é seca e pesada, admitindo-

se que as diferenças registadas são devidas à decomposição do material (Anderson e

Ingram, 1993). Assim, é possível obter-se a informação do processo de decomposição

do respectivo material orgânico aplicado ao solo, devendo, contudo, ter-se em conta

que os factores de contaminação do material orgânico, como partículas minerais,

podem influenciar a determinação gravimétrica da matéria seca remanescente, uma

vez que estamos perante um sistema aberto, onde a troca de matéria é constante.

Na realização deste trabalho utilizamos dois tipos de folhas de duas espécies

diferentes, Carvalho e Plátano.

O carvalho, neste caso, mais precisamente o Quercus coccinea Münchh, da

família Fagaceae, tem como origem a América do norte e estando difundida por toda a

Europa Central, sendo conhecido por diversos nomes (Ex: Carvalho-americano;

Carvalho-vermelho; Carvalho-vermelho-americano). O carvalho-vermelho é comum

em toda a Europa, Norte de África e Ásia Ocidental. Em Portugal é espontâneo,

sobretudo no Norte litoral. Encontra-se numa grande variedade de solos,

caracterizando-se os melhores por possuírem uma textura fina e um lençol freático

abundante. É uma espécie que suporta bem o frio e exige grandes quantidades de

pluviosidade.

Como na experiência, a parte mais importante são as folhas, faremos uma

descrição das mesmas. As suas folhas são caducas, de forma ovada, com 7 a 11 pares

de lobos triangulares, são glabras (sem pêlos) e verde-mate na página superior, glaucas

(verde-azuladas ou acinzentadas) e com pubescência nas axilas na página inferior. Têm

pecíolos de 2,5 a 6 cm, amarelados e com a base avermelhada. As utilizadas já se

encontravam castanhas pois foram recolhidas do solo nas imediações da árvore.

Page 6: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

6

Neste trabalho prático, como já referido, utilizamos também folhas de Plátano

(Acer pseudoplatanus L.). Esta planta tem a sua origem entre a Europa e o oeste da

Ásia.

Em Portugal, esta espécie surge espontaneamente na zona Noroeste, nas

montanhas da zona do centro e na Serra de Sintra. Esta espécie vegeta até 1500m de

altitude, requer solos frescos, tolera alguma poluição e a sua folhada melhora as

características do solo.

Esta espécie tem folhas caducas, simples, opostas, palmadas e divididas em 3

ou 5 lóbulos agudos. Quanto á cor das mesmas, só foram utilizadas as que se

encontravam no solo (castanhas), mas enquanto jovens tem uma coloração verde,

sendo mais escuras por cima e mais claras por baixo. Estas folhas têm também pêlos

ao longo das nervuras principais e medem entre 10 a 15 cm de comprimento.

As espécies estudadas possuem níveis semelhantes de polifenóis e lenhina.

Ao utilizarmos dois tipos de folhas de espécies diferentes, em dois locais de

características distintas (Local A- sem coberto e Local B- com coberto – Figura 1), foi-

nos possível estudar os efeitos que diferentes condições edafo-climáticas têm em

folhas de diferentes espécies.

Os dois locais utilizados possuem características distintas, as quais vão interferir

na forma e no tempo em que as diferentes espécies de folhas se vão decompor. No

local A (sem coberto), no início vai ocorrer uma elevada lixiviação do material dos

sacos (diferentes tipos de folhas), pois não existe coberto, possibilitando que as águas

da chuva penetrem mais facilmente. No local B (com cobertura), a perda de matéria é

mais retardada pois os microrganismos, nomeadamente os fungos, só começam a sua

actividade umas semanas depois da colocação dos sacos no terreno.

Figura 1 – Locais onde foram colocadas as amostras

Page 7: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

7

Resultados obtidos e respectiva análise

Gráfico 1 - Matéria seca remanescente nas folhas do carvalho

Este gráfico relaciona a matéria seca ao longo do tempo para o carvalho nos

diferentes locais estudados.

No local sem coberto, os valores de matéria seca remanescente obtidos são

negativos do dia 0 ao 28 (1ª classe) e do dia 70 ao 77 (5ª classe), sendo positivos nos

restantes dias.

No local com coberto, os valores de matéria seca remanescente obtidos são

negativos do dia 0 ao 28 e do dia 63 ao 77 (4ªclasse), sendo positivos nos restantes

dias.

No local com coberto, dos dias 0 a 28 e 70 a 77 o valor de matéria seca

remanescente obtido foi mais negativo que no local sem coberto; do dia 28 ao dia 35

(2ª classe) a matéria seca remanescente é maior no local com coberto; dos dias 35 a 70

(classes 3 e 4) a matéria seca remanescente é maior no local sem coberto.

-4,0

-3,0

-2,0

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

0-28 28-35 35-63 63-70 70-77

Carvalho MSR

CC

SC

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8

Gráfico 2 – Matéria seca remanescente nas folhas do plátano

Este gráfico relaciona a matéria seca ao longo do tempo para o plátano nos

diferentes locais estudados.

No local com coberto, os valores de matéria seca remanescente obtidos são

negativos dos dias 0 ao 28, 35 ao 63 e 70 ao 77, sendo positivos nos restantes dias.

No local sem coberto, os valores de matéria seca remanescente obtidos são

negativos do dia 0 ao 28 e do dia 35 ao 63, sendo positivos nos restantes dias.

Neste gráfico as discrepâncias mais acentuadas verificam-se no local sem

coberto nos dias 28 a 35 (valores positivos) e 35 a 63 (valores negativos).

Gráfico 3 – Matéria seca remanescente no local com coberto

-8,0

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

0-28 28-35 35-63 63-70 70-77

Plátano MSR

CC

SC

-4,0

-3,0

-2,0

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

0-28 28-35 35-63 63-70 70-77

Com coberto MSR

Carvalho

Plátano

Page 9: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

9

Este gráfico relaciona a MSR ao longo do tempo para as duas espécies no local

com coberto.

No carvalho os valores da matéria seca remanescente são negativos do dia 0 ao

28 e do 63 ao 77 enquanto nos outros dias, os valores são positivos.

No caso do plátano os valores da matéria seca remanescente são negativos do

dia 0 ao 28, do 35 ao 63 e do 70 ao 77, enquanto nos outros dias, os valores são

positivos.

Em relação a este gráfico, podemos também afirmar que o carvalho apresenta

os valores mais negativos entre os dias 0 e 28, apresentando os valores mais positivos

desde o dia 28 ao dia 63.

Na última semana (dias 70 a 77) os valores de matéria seca remanescente são

iguais para as duas espécies (-0.5).

Gráfico 4 – Matéria seca remanescente no local sem coberto

Este gráfico relaciona a MSR ao longo do tempo para as duas espécies no local

sem coberto.

No carvalho os valores da matéria seca remanescente são negativos dos dias 0

a 28 e do dia 70 ao 77, enquanto nos outros dias, os valores são positivos.

No caso do plátano os valores da matéria seca remanescente são negativos do

dia 0 ao 28 e do 35 ao 63, enquanto nos outros dias, os valores são positivos.

Os valores de matéria seca remanescente atingem, para o plátano, o seu

máximo, entre os dias 28 a 35 e o seu mínimo para os dias 35 a 63. Por sua vez, para o

carvalho, os valores mais altos observam-se do 35º ao 63º dia e os mais baixos nos dias

0 a 28.

-8,0

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

0-28 28-35 35-63 63-70 70-77

Sem coberto MSR

Carvalho

Plátano

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10

Gráfico 5 – Carbono orgânico nas folhas do carvalho

Este gráfico relaciona a diferença de percentagens de carbono orgânico no

carvalho entre os dias iniciais e finais de cada classe (por exemplo, 100- 55,7=44,3 para

o carvalho no local com coberto) ao longo do tempo.

Podemos observar que na classe 1 (do dia 0 ao dia 28), as percentagens de

carbono são elevadas para ambos os locais, notando-se um decaimento abrupto na

primeira classe para a segunda, passando para valores negativos nos dois locais.

Na terceira classe (do dia 35 ao 63) no local com coberto a percentagem passa

a ser zero, passando, no local sem coberto, a valores ligeiramente mais negativos que

na classe anterior.

Na classe seguinte a percentagem de carbono orgânico aumenta nos dois

locais, tornando-se positiva no local sem coberto.

Na última classe, a percentagem de carbono orgânico desce nos dois locais,

passando para zero no local com coberto e para 0,8 no local sem coberto.

-10,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

0-28 28-35 35-63 63-70 70-77

Carvalho Corg

CC

SC

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11

Gráfico 6 – Carbono orgânico nas folhas do plátano

Este gráfico relaciona a diferença de percentagens de carbono orgânico no

plátano entre os dias iniciais e finais de cada classe ao longo do tempo.

Podemos observar que na classe 1 (do dia 0 ao dia 28), as percentagens de

carbono são elevadas para ambos os locais, notando-se um decaimento acentuado da

primeira classe para a segunda.

Na terceira classe (do dia 35 ao 63) os valores passam a negativos nos dois

locais, sendo -0,1 no local com coberto e -0,5 no local sem coberto.

Na classe seguinte a percentagem de carbono orgânico aumenta nos dois

locais, tornando-se positiva em ambos.

Na última classe, a percentagem de carbono orgânico desce em ambos os

locais, passando para negativa no local com coberto.

Gráfico 7 – Carbono orgânico no local com coberto

-5,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

0-28 28-35 35-63 63-70 70-77

Plátano Corg

CC

SC

-10

0

10

20

30

40

50

0-28 28-35 35-63 63-70 70-77

Com coberto Corg

Carvalho

Plátano

Page 12: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

12

Este gráfico compara a diferença de percentagem do carbono orgânico no local

com coberto para as duas espécies.

Podemos observar que na classe 1 (do dia 0 ao dia 28), as percentagens de

carbono são elevadas para ambas as espécies, notando-se um grande decaimento da

primeira classe para a segunda. No carvalho a percentagem torna-se negativa (-1,2) e

no plátano aproxima-se muito de zero.

Na terceira classe (do dia 35 ao 63) a percentagem de carbono orgânico no

carvalho passa a zero e no plátano torna-se negativa (-0,1).

Na classe seguinte a percentagem de carbono orgânico aumenta nas duas

espécies, tornando-se positiva em ambas.

Na última classe, a percentagem de carbono orgânico diminui em ambas as

espécies, passando a negativa no plátano.

Gráfico 8 – Carbono orgânico no local sem coberto

Este gráfico compara a diferença de percentagem do carbono orgânico no local

sem coberto para as duas espécies.

Podemos observar que na classe 1 (do dia 0 ao dia 28), as percentagens de

carbono são elevadas para ambas as espécies, notando-se um grande decaimento da

primeira classe para a segunda. No carvalho a percentagem torna-se negativa (-0,1) e

no plátano mantém-se positiva, ainda que assuma um valor muito baixo (0,5).

Na terceira classe (do dia 35 ao 63) a percentagem de carbono orgânico no

carvalho torna-se mais negativa (-0,3) e no plátano assume, também, valores inferiores

a zero (-0,5). Na classe seguinte a percentagem de carbono orgânico passa a positiva

em ambas as espécies, mantendo-se assim até ao último dia, diminuindo, no entanto,

o seu valor.

-5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

0-28 28-35 35-63 63-70 70-77

Sem coberto Corg

Carvalho

Plátano

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Discussão

Tal como é referido na introdução, a matéria seca remanescente (MSR) diz

respeito à matéria que resta (matéria orgânica + matéria inorgânica) após a acção dos

microrganismos, como tal, é de esperar que esta vá diminuindo ao longo do tempo.

O carbono orgânico diz respeito à parte da amostra vegetal que é retirada pelos

microrganismos, sendo, então de esperar que a sua quantidade vá diminuindo ao

longo do tempo. Na fase inicial é de esperar que os valores diminuam bastante, uma

vez que, ocorre a decomposição dos compostos mais simples; numa fase mais

intermédia, começam a ser degradados os compostos mais complexos, logo, os valores

de carbono orgânico diminuem em menor quantidade.

Gráfico 1:

No tempo zero, a percentagem de MSR é de 100% nos dois locais. Passados 28

dias esta é 103,15 % no local com coberto e 101,91 % no local sem coberto. Os valores

negativos observados no gráfico entre os dias 0 e 28 devem-se, por isso, à diferença

entre a data inicial e a data final deste intervalo de tempo, ou seja, desta classe. O

valor resultante da diferença de percentagens é negativo provavelmente devido à

contaminação das amostras por factores extrínsecos, como por exemplo, materiais

provenientes da manta morta e queda de folhas de árvores (local com coberto) e

folhas e sementes, entre outros, (local sem coberto). As contaminações mais

acentuadas são observadas no local com coberto, devido ao maior número de

contaminações possíveis.

Na segunda classe (dos dias 28 a 35), no local com coberto a percentagem de

MSR é maior que no local sem coberto. Como o primeiro local se encontra protegido

pelas árvores as condições climatéricas não se vão fazer sentir significativamente, por

isso, é natural que a MSR seja maior, uma vez que, os factores climáticos são os que

mais influenciam a degradação na fase inicial. Por sua vez, a presença de maiores

contaminações neste local, também influenciam este resultado. No entanto, no local

sem coberto a menor percentagem de MSR é justificada pela elevada lixiviação

existente, devida à ausência de vegetação de grande porte e também pelo facto das

contaminações terem sido menores.

Na terceira classe (dos dias 35 a 63), verifica-se o inverso do que sucedeu no

intervalo de tempo anterior, pois, é o local sem coberto que apresenta maior

percentagem de MSR. Nesta fase, a acção microbiana começa a fazer-se sentir com

maior intensidade, passando a ter mais influência sobre a decomposição do que os

factores climáticos.

No local com coberto, devido à existência de manta morta, o número de

microrganismos à superfície é maior que no local sem coberto, sendo, por isso, mais

Page 14: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

14

acelerado o processo de degradação no local com coberto. A MSR é, assim, menor

neste local.

Nas últimas duas classes (dos dias 63 a 70 e dos dias 70 a 77) a MSR continua a

diminuir nos dois locais, mantendo-se a tendência do intervalo de tempo anterior

(menor percentagem de MSR no local com coberto). No local com coberto a

percentagem de MSR é negativa nas duas classes, sendo mais acentuada na segunda.

Por sua vez, no local sem coberto, esta mantém-se positiva inicialmente passando a

negativa na última classe. As percentagens negativas devem-se, mais uma vez, à

presença de contaminações, que começam agora a ser decompostas; estas observam-

se primeiramente no local com coberto, uma vez que, foi neste que as contaminações

foram mais acentuadas e também porque estão presentes mais microrganismos.

Gráfico 2:

No tempo zero, a percentagem de MSR é de 100% nos dois locais. Passados 28

dias esta é 101,6 % no local com coberto e 100 % no local sem coberto. Os valores

negativos, no local com coberto, observados no gráfico entre os dias 0 e 28 devem-se,

por isso, à contaminação da amostra durante esses dias. No local sem coberto, a

mesma percentagem significa, tal como entre os dias 70 e 77, que as contaminações se

compensam com as perdas de matéria.

O valor resultante da diferença de percentagens é negativo provavelmente

devido à contaminação das amostras por factores extrínsecos, como por exemplo,

queda de folhas de árvores (local com coberto) e folhas provenientes de locais

próximos, que chegaram até este através do vento (local sem coberto). As

contaminações mais acentuadas são observadas no local com coberto, devido à maior

possibilidade de queda de folhas, juntamente com outros tipos de contaminações.

Na segunda classe (dos dias 28 a 35), no local com coberto a percentagem de

MSR é maior que no local sem coberto. Como o primeiro local se encontra protegido

pelas árvores as condições climatéricas não se vão fazer sentir significativamente, por

isso, é natural que a MSR seja maior, uma vez que, os factores climáticos são os que

mais influenciam a degradação na fase inicial. Por sua vez, a presença de maiores

contaminações neste local também influencia este resultado. No entanto, no local sem

coberto a menor percentagem de MSR é justificada pela elevada lixiviação existente,

devida à ausência de vegetação de grande porte e também pelo facto das

contaminações terem sido menores.

Na terceira classe (dos dias 35 a 63), verifica-se que se dá um aumento da

quantidade de MSR, isto deve-se, provavelmente, a um grande índice de contaminação

da amostra. Esta contaminação dá-se principalmente no local sem coberto visto neste

local não existir vegetação alta que proteja a amostra das contaminações (ex. folhas e

sementes que são arrastadas pelo vento).

Page 15: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

15

Na classe que se encontra definida desde o 63º ao 70º dia, a MSR diminui nos

dois locais, o que significa que a acção de decomposição dos microrganismos foi mais

acentuada do que a contaminação causada por agentes exteriores.

Por fim, na última classe (dos 70 aos 77 dias), no local com coberto, nota-se

um ligeiro aumento na quantidade de MSR, o que nos indica que a acção

microbiológica na amostra não foi suficiente para que as contaminações fossem

decompostas.

Gráfico 3:

Inicialmente, a percentagem de MSR é de 100% para as duas espécies. Na

primeira classe, ao 28º dia, a percentagem de MSR é de 103,2% para o carvalho e

101,6% para o plátano. Estas percentagens assumem um valor negativo,

provavelmente, devido a contaminações.

Na segunda classe (dos dias 28 a 35), para ambas as espécies os valores são

positivos, sendo os do carvalho mais acentuados (2,2) e o plátano menos (0,8). Esta

situação deve-se ao facto de as amostras juntamente com as contaminações

começarem a ser degradadas, sendo no plátano menos acentuado, provavelmente,

devido às características das suas folhas.

Na terceira classe (dos dias 35 a 63), os valores para o carvalho permanecem

positivos, sendo agora mais elevados (3,0) que na classe anterior; no plátano, os

valores passam a negativos (-0,6). No caso do carvalho, as amostras começam agora a

ser decompostas a uma taxa elevada, provavelmente devido aos fungos, que só agora

começarem a sua actividade. As amostras de plátano, provavelmente foram

contaminadas, sendo, por isso, os ganhos superiores às perdas.

Na quarta classe (dos dias 63 a 70), os valores diminuem para o carvalho, e

tornam-se positivos para o plátano atingindo valores negativos (-0,1). No entanto,

apesar da degradação mais lenta, no caso do plátano, as perdas conseguem

compensar os ganhos.

Na última classe (dos dias 70 a 77), tanto as amostras de carvalho como as de

plátano, provavelmente foram contaminadas, daí adquirindo valores negativos.

Gráfico 4:

Inicialmente, a percentagem de MSR é de 100% para as duas espécies. No 28º

dia, a percentagem de MSR é de 101,91% para o carvalho e 100,02% para o plátano.

No caso do carvalho, a diferença de percentagens dá um valor negativo,

provavelmente, devido a contaminações. No plátano, o valor é zero aproximadamente,

o que quer dizer, que a percentagem de MSR quase não se alterou, provavelmente,

porque as perdas (degradação) compensam os ganhos (contaminações) ou porque a

contaminação é muito reduzida.

Page 16: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

16

Na segunda classe (dos dias 28 a 35), para ambas as espécies os valores são

positivos, sendo no plátano mais acentuados (8,8). Esta situação deve-se ao facto de as

amostras juntamente com as contaminações começarem a ser degradadas, e também,

por a degradação ser mais acelerada neste local na fase inicial (devido à lixiviação). No

caso do plátano, os valores são mais elevados, provavelmente, devido às

características das suas folhas.

Na terceira classe (dos dias 35 a 63), os valores para o carvalho permanecem

positivos, mas são mais elevados (3,9); para o plátano, os valores passam a negativos (-

7,0). No caso do carvalho, a amostra continua a ser decomposta, e ainda a uma taxa

elevada. As amostras de plátano, provavelmente foram contaminadas, sendo, por isso,

os ganhos superiores às perdas.

Na quarta classe (dos dias 63 a 70), os valores diminuem para o carvalho, e

tornam-se positivos para o plátano. Nesta fase, a degradação torna-se mais lenta, uma

vez que, os compostos mais resistentes começam a ser alterados. No entanto, apesar

da degradação mais lenta, no caso do plátano, as perdas conseguem compensar os

ganhos.

Na última classe, as amostras de carvalho, provavelmente foram contaminadas,

daí o valor negativo e as amostras de plátano continuam a degradar-se lentamente.

Gráfico 5:

No tempo zero, a percentagem de carbono orgânico é de 100% nos dois locais.

Ao longo dos 28 dias seguintes a percentagem de carbono orgânico que se perdeu foi

de 44,3% para o local com coberto e de 43,6% para o local sem coberto.

Como era de esperar, na primeira classe (dos 0 aos 28 dias) houve um

decréscimo acentuado na quantidade de carbono orgânico da amostra, visto que os

compostos mais facilmente degradáveis são rapidamente decompostos pelos

microrganismos.

Na segunda classe (dos 28 aos 35 dias), a percentagem de carbono orgânico foi

negativa, o que significa que houve contaminação da amostra, havendo

consequentemente entrada de carbono no sistema. A percentagem é mais negativa no

local com coberto (-1,2) devido à existência de manta morta, entre outras

contaminações.

Na terceira classe, no local com coberto a percentagem de carbono orgânico

manteve-se, provavelmente porque as perdas (decomposição) e os ganhos

(contaminações) se compensam. No local sem coberto obteve-se uma percentagem de

carbono orgânico negativa pouco relevante (-0,3), o que poderá indicar que houve

pouca decomposição quando comparada com a contaminação.

Nas duas classes seguintes houve perdas de carbono sendo, no entanto, pouco

acentuadas. Estas perdas reduzidas podem ser devidas à difícil alteração dos

Page 17: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

17

compostos mais resistentes, que só agora começam a ser decompostos. No entanto,

na última classe, no local com coberto a percentagem de carbono manteve-se.

Gráfico 6:

No tempo zero, a percentagem de carbono orgânico é de 100% nos dois locais.

Ao longo dos 28 dias seguintes a percentagem de carbono orgânico que se perdeu foi

de 44,4% para o local com coberto e de 44,3% para o local sem coberto.

Como era de esperar, na primeira classe (dos 0 aos 28 dias) houve um

decréscimo acentuado na quantidade de carbono orgânico da amostra, visto que os

compostos mais facilmente degradáveis são rapidamente decompostos pelos

microrganismos.

Na segunda classe (dos 28 aos 35 dias), a percentagem de carbono orgânico

perdida foi de 0,1 no local com coberto e 0,5 no local sem coberto, o que nos indica

que, apesar de ter havido decomposição, também houve contaminação da amostra.

Na terceira classe, em ambos os locais, os valores de carbono orgânico obtidos

foram negativos, -0,1 para o local com coberto e -0,5 para o local sem coberto, o que

representa uma maior contaminação da amostra do que decomposição.

Nas duas classes seguintes houve perdas de carbono sendo, no entanto, pouco

acentuadas. Estas perdas reduzidas podem ser devidas à difícil alteração dos

compostos mais resistentes, que só agora começam a ser decompostos. No entanto,

na última classe, no local com coberto a percentagem de carbono foi negativa,

significando que, mais uma vez a decomposição não foi muito relevante, quando

comparada com a taxa de contaminação.

Gráfico 7:

No tempo zero, a percentagem de carbono orgânico é de 100% para as duas

espécies. Nos 28 dias seguintes o carvalho perdeu 44,3% de carbono orgânico e o

plátano 44,4%.

Na segunda classe (dos 28 aos 35 dias), a percentagem de carbono orgânico

apresentou valores negativos, ainda que pouco relevantes (-1,2), para o carvalho, o

que significa que houve uma pequena contaminação da amostra, havendo,

consequentemente, uma pequena entrada de carbono no sistema. No plátano

verificou-se uma pequena quebra na percentagem de carbono orgânico o que

evidencia actividade decompositora, ainda que praticamente insignificante (0,1).

Na terceira classe, observa-se um muito ligeiro aumento de contaminações no

carvalho, enquanto no plátano não existem alterações da percentagem de carbono,

significando que não se ganhou nem se perdeu carbono.

Na quarta classe as duas espécies sofreram perdas de carbono orgânico, sendo

estas perdas muito semelhantes e pouco acentuadas (2,9 no carvalho e 2 no plátano).

Na última classe, volta a observa-se um muito ligeiro aumento de contaminações no

Page 18: Decomposição biológica (plátano e carvalho)

18

carvalho, enquanto no plátano não existem alterações da percentagem de carbono,

significando que não se ganhou nem se perdeu carbono.

Gráfico 8:

No tempo zero, a percentagem de carbono orgânico é de 100% para as duas

espécies. Nos 28 dias seguintes o carvalho perdeu 43,6% de carbono orgânico e o

plátano 44,3%.

Na segunda classe (dos 28 aos 35 dias), a percentagem de carbono orgânico

apresentou valores negativos, ainda que pouco relevantes (-0,1), para o carvalho, o

que significa que houve uma pequena contaminação da amostra, havendo,

consequentemente, uma pequena entrada de carbono no sistema. No plátano

verificou-se uma pequena quebra na percentagem de carbono orgânico o que

evidencia actividade decompositora, ainda que praticamente insignificante.

Na terceira classe, observa-se um ligeiro aumento de contaminações no

carvalho, verificando-se, também, o aparecimento de pequenas contaminações no

plátano.

Por fim, entre os dias 63 e 77, as duas espécies sofreram perdas de carbono

orgânico, sendo estas perdas muito semelhantes e pouco acentuadas.

Conclusão

As lenhinas só começam a ser degradadas tardiamente, por isso, é que nas

datas intermédias há um aumento da MSR. Esta situação é devida à acção dos fungos

que atacam os compostos de difícil alteração. Retiramos esta conclusão através dos

resultados obtidos no local com coberto, uma vez que, é apenas aqui existe manta

morta (existência de fungos). Devido à sua existência, as amostras neste local foram

mais contaminadas, entre outras formas de contaminação.

No local sem coberto, as contaminações iniciais são devidas a materiais

provenientes de outros locais, sendo menos significativas que as do local com coberto,

visto que não existe manta morta. Pela análise dos gráficos do carbono orgânico e da

MSR, é nítida a acção da lixiviação no início da experiência, dado que há uma

significativa diminuição do carbono orgânico e um aumento da MSR. O crescimento de

vegetação rasteira contribuiu muito para a contaminação das amostras de plátano,

não se verificando o mesmo no carvalho.

Concluímos que a longo prazo o local com coberto favorece mais a

decomposição, apesar de na fase inicial a decomposição ser mais acelerada no local

sem coberto, devido à lixiviação.

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Podemos concluir que as espécies são muito semelhantes, como se vê pela

análise dos gráficos do carbono orgânico. Apesar dos gráficos da MSR apresentarem

algumas discrepâncias, causadas por contaminações em alturas e quantidades

distintas, a semelhança mantém-se.

Concluímos também, que se a amostra e o tempo de estudo fossem maiores,

os resultados seriam mais fidedignos, e consequentemente poderíamos tirar mais

conclusões relativamente à comparação das duas espécies.

Bibliografia

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