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Género não se refere exactamente aos homens e mulheres mas a relações
entre os dois sexos.
Se factores biológicos produzem ou não diferenças no cérebro ou no corpo
de mulheres e homens, o meio social age fortemente nos dois sexos. O género
refere-se a essa acção e às relações que ela gera entre homens e mulheres, e não
propriamente, à identidade associada ao sexo masculino ou feminino. Esse
conceito chama a atenção para os processos culturais, sociais, políticos e morais
que atribuem valores a essas ralações, frequentemente designando mulheres a uma
posição subalterna.
Desigualdade de Género
Introdução: Género & Diferenças
Nos últimos 100 anos assuntos relativos a género, periodicamente dominam os
títulos dos jornais. Recentemente, por exemplo, o Presidente da prestigiosa
Harvard University fez alguns comentários sobre as mulheres terem, de nascença,
menos capacidades como cientistas. A autoridade que acompanha este posto, e o
carácter público desse comentário, fez com que género voltasse a ocupar um
lugar de destaque em várias discussões nos media. De repente, estávamos mais
uma vez as voltas com questões básicas que marcaram as lutas feministas do
começo do século XX, para reconhecimento da igualdade entre mulheres e
homens.
Desigualdade de Género
Durante todos esses anos, marcados por muitos ganhos a favor da igualdade
entre os géneros, muito se investigou, questionou ou qualificou. Mas não existe
nenhuma evidência final que prove a existência da capacidade científica ou de
qualquer outra capacidade inteiramente genética.
Pode-se concluir que tanto os homens como as mulheres podem ser
portadores dos relevantes genes. Portanto, como era de se esperar, algumas
pessoas continuam a formular perguntas:
Desigualdade de Género
Existem diferenças?
Se existem, será que reflectem atitudes ou interesses?
Ou será que as diferenças reflectem os diferentes processos de
socialização e expectativas?
É possível determinar reacções, comportamentos ou funcionamento
baseado no sexo da pessoa?
Enquanto essa discussão continua, uma coisa é absolutamente certa: mesmo
que existissem provas concretas e definitivas de que os sexos são claramente
diferentes, continuaria a ser necessário evidenciar que isso é distinto dos valores
sociais, políticos e morais associados a essas diferenças.
Desigualdade de Género
Várias diferenças de classe social, raça, etnia, geografia, identidade sexual,
geração e habilidade, entre outras, em interacção com género constituem e são
também reproduzidas em relações sociais determinando injustiças e exclusões.
Em resumo, o enfoque de género requer o exame de factores estruturais na
sociedade – isto é, as regras e práticas dentro de casa e com a família, no trabalho,
na comunidade, no estado e na sociedade em geral - que mantêm uma posição
desigual entre grupos diferentes de homens e mulheres.
Desigualdade de Género
Seja qual for a situação, a igualdade de tratamento tem que estar de
acordo com as respectivas necessidades de homens e mulheres.
Isso pode significar um tratamento diferente, mais adequado, mas no que
se refere aos direitos, benefícios, obrigações e oportunidades a igualdade
prevalece.
Desigualdade de Género
A discriminação não afecta só a população portuguesa, e não podemos
deixar de fora outras faces da realidade igualmente assentes em
discriminações de género como sejam, entre outras:
a mutilação genital feminina,
o tráfico de mulheres,
a violação, a prostituição forçada
o casamento forçado
Oque nos leva a afirmar que em matéria de direitos humanos, os direitos
das mulheres têm ainda velhos e novos desafios por conquistar.
Desigualdade de Género
O Fundo de População das Nações Unidas (UNPFA) defende a igualdade
entre os sexos e acrescenta que:
"Investir nas mulheres e nos jovens, que representam a maior parte da
população mundial, permitirá acelerar o desenvolvimento a longo prazo. Se tal
medida não for tomada, o risco de fortalecer a influência da pobreza nas
gerações futuras aumentará"
Fim da discriminação de género é a chave para o desenvolvimento
Fim da discriminação de género é a chave para o desenvolvimento
A discriminação é um dos principais responsáveis pelo aumento dos
índices de mortalidade das mulheres entre os 15 e os 44 anos.
Anualmente, cerca de 530.000 mulheres morrem por problemas
relacionados com a gravidez e pela falta de acesso aos anticoncepcionais,
responsáveis por cerca de 76 milhões de gestações não desejadas nos países
em vias de desenvolvimento e por cerca de 19 milhões de abortos praticados
em condições perigosas.
Acesso das mulheres à tomada de decisão
É na área da tomada de decisão que o crescimento da presença das mulheres se
tem produzido a um ritmo mais lento. Nesta matéria, são fracos os progressos
registados ao longo de 30 anos de democracia.
A Constituição Portuguesa consigna o direito de todos os cidadãos a “tomar parte
na vida política e na direcção dos assuntos públicos do país”. Por outro lado,
estabelece que “A participação directa e activa dos homens e das mulheres na
vida política constitui condição e instrumento fundamental de consolidação do
sistema democrático, devendo a lei promover a igualdade no exercício dos
direitos cívicos e políticos e a não discriminação em função do sexo no acesso
a cargos políticos”.
Em 2006 a Lei da Paridade (Lei Orgânica n.º 3/2006, de 21 de Agosto,
alterada pela Declaração 7/2006, de 4 de Outubro 2006) vem estabelecer
que as listas para a Assembleia da República, para o Parlamento Europeu e
para as autarquias locais são compostas de modo a assegurar a
representação mínima de 33% de cada um dos sexos.
Esta Lei significa uma enorme vitória para a Democracia Portuguesa e para
os Direitos das Mulheres, ao reconhecer que a democracia só estará
completa se for representada por homens e mulheres.
Acesso das mulheres à tomada de decisão
TOMADA DE DECISÃO POLÍTICA
Fontes: Women and men in decision-making (Base de Dados Europeia)Dossier de Género, INE
TOMADA DE DECISÃ ECONÓMICA
Fonte: BDAP (data de referência de 31 de Dezembro de 2005)
DIRIGENTES E CHEFIAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (2005)
FORÇAS ARMADAS
Outras Instâncias
CARREIRA DIPLOMÁTICA Fonte: Ministério dos Negócios Estrangeiros
Conclusão
Segundo os dados do Eurostat, as mulheres consolidaram nos últimos anos a
sua maioria entre os estudantes universitários em todos os países da UE, excepto
na Alemanha, apresentando Portugal um número muito próximo da média
europeia (55,2%).
Vamos concluir este trabalho com uma questão, que traduz o quanto ainda há
para fazer em relação à descriminação.
“Se a nível de licenciaturas há mais mulheres a entrarem nas faculdades e se
são também elas a terem mais sucesso, porque será que não ocupam mais lugares
de topo?”
Endereços consultados a 14 de Abril de 2009
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1163774, Jornal de Noticias 9-03-2009
http://195.23.38.178/cidm/portal/bo/portal.pl?pag=cidm_a_cidm
http://www.obs.obercom.pt/index.php/obs/article/viewFile/120/161pos de género são mais evidenciados na publicidade
http://195.23.38.178/cidm/portal/bo/portal.pl?pag=cidm_noticias_detalhe&id=246
Trabalho realizado por: Dorinda Da Silva, Odete Pinto e Jorge