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Diagramas lógicos Proposições categóricas As proposições categóricas constituem-se num dos principais tópicos da Lógica Formal. Desde Aristóteles, as proposições categóricas têm sido estu- dadas e inúmeras contribuições de lógicos têm sido feitas. Preste atenção ao conceito de proposição categórica: Uma proposição categórica é aquela formada por um quantificador asso- ciado a um sujeito (primeira classe de atributos) que se liga a um predicado (segunda classe de atributos) por meio de um elo (cópula). Exemplos: Todos os animais são carnívoros. Predicado Elo Sujeito Quantificador Alguns cremes são oleosos. Predicado Elo Sujeito Quantificador Existem apartamentos que não são modernos. Predicado Elo Partícula de negação Quantificador Sujeito Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br

Diagramas lógicos

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  • 1. Diagramas lgicosProposies categricas As proposies categricas constituem-se num dos principais tpicos da Lgica Formal. Desde Aristteles, as proposies categricas tm sido estudadas e inmeras contribuies de lgicos tm sido feitas. Preste ateno ao conceito de proposio categrica: Uma proposio categrica aquela formada por um quantificador associado a um sujeito (primeira classe de atributos) que se liga a um predicado (segunda classe de atributos) por meio de um elo (cpula). Exemplos: Todos os animais so carnvoros. Predicado Elo Sujeito Quantificador Existem apartamentos que no so modernos. Predicado Elo Partcula de negao Sujeito Quantificador Alguns cremes so oleosos. Predicado Elo Sujeito QuantificadorEsse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br

2. Diagramas lgicosNenhum anfbio inteligente. Predicado Elo Sujeito QuantificadorNuma proposio categrica, importante que o sujeito se relacione com o predicado de forma coerente e que a proposio faa sentido, no importando se verdadeira ou falsa. Assim, por exemplo, em Todos os esportistas so competitivos temos uma proposio claramente falsa, mas que provida de sentido lgico.Classificao das proposies categricas As proposies categricas podem ser classificadas de acordo com dois critrios fundamentais: qualidade e extenso ou quantidade.Qualidade O critrio de qualidade classifica uma proposio categrica em afirmativa ou negativa. Exemplos: Algumas pessoas viajam no vero. Todas as pessoas so ingnuas. As proposies so categricas afirmativas. Algumas pessoas no viajam no vero. Nenhuma pessoa ingnua. As proposies so categricas negativas. Observe que, nesse critrio, no se classifica a proposio em verdadeira ou falsa, mas, sim, em afirmativa ou negativa.164 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 3. Diagramas lgicosExtenso O critrio de extenso ou quantidade classifica uma proposio categrica em universal ou particular. A classificao depender do quantificador que utilizado na proposio. Exemplos: Todos os animais so seres vivos. Nenhum carro tem sete portas. As proposies so categricas universais, pois os quantificadores todos e nenhum so universais. Algumas pessoas gostam de sorvete. Existem animais que no gostam de gua. As proposies so categricas particulares, pois os quantificadores algumas e existem so particulares (existenciais). Fica claro que, nesse critrio, a classificao determinada pelo quantificador, no importando se a proposio afirmativa ou negativa.Tipos de proposies e relaes entre proposies Desde a poca de Aristteles, de acordo com a qualidade e a extenso, a Lgica Formal classifica as proposies categricas em quatro tipos, representados pelas letras A, E, I e O. Observe o quadro contendo tais classificaes: TipoQualidadeExtensoExemploAAfirmativaUniversalTodo S P.ENegativaUniversalNenhum S P.IAfirmativaParticularAlgum S P.ONegativaParticularAlgum S no P.165 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 4. Diagramas lgicosNa tabela, S indica o sujeito e P indica o predicado de uma proposio categrica. Assim, de acordo com a tabela, temos: Proposio afirmativa universal (A): Toda cidade limpa. Proposio negativa universal (E): Nenhuma cidade limpa. Proposio afirmativa particular (I): Alguma cidade limpa. Proposio negativa particular (O): Alguma cidade no limpa. Com essas classificaes, pde-se construir um quadro, denominado Quadrado Geral de Oposio, que apresenta as relaes existentes entre as proposies. Tal quadro atribudo a Aristteles. Quadro 1 Quadrado Geral de Oposio Todo S P (SAP) ANenhum S P (SEP) ContrriasEContraditriasSubalternas e SuperalternasSubalternas e SuperalternasContraditrias IAlgum S P (SIP)SubcontrriasO Algum S no P (SOP)Observao: Representa-se SAP para descrever a ideia de que a sentena possui sujeito (S) relacionado ao predicado (P) por meio de uma proposio categrica do tipo A (universal afirmativa). Da mesma forma, ocorre com SEP, SIP ou SOP. As letras S e P indicam, respectivamente, sujeito e predicado. A letra do meio identifica o tipo de proposio categrica. Essas regras que relacionam as proposies so denominadas regras de contrariedade, contraditoriedade, subcontrariedade e subalternao. A seguir, estudaremos particularmente cada uma delas.166 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 5. Diagramas lgicosContrrias As proposies so ditas contrrias quando so universais e se opem entre si apenas pela qualidade. O sujeito em ambas o mesmo, mas enquanto uma afirma um predicado, a outra nega esse mesmo predicado. Todo S P (SAP) ANenhum S P (SEP) ContrriasEDuas proposies so contrrias quando ambas no podem ser verdadeiras ao mesmo tempo. Entretanto, em alguns casos, podem ser falsas ao mesmo tempo. Exemplo 1: Todo homem mortal. (A) Nenhum homem mortal. (E) Observe que todo homem mortal uma sentena verdadeira, enquanto nenhum homem mortal falsa. No pode ocorrer de ambas serem verdadeiras ao mesmo tempo. Exemplo 2: Todo homem professor. (A) Nenhum homem professor. (E) Nesse exemplo, a proposio todo homem professor uma sentena falsa e nenhum homem professor tambm falsa. Ambas no podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, mas podem ser falsas ao mesmo tempo.Contraditrias As proposies so ditas contraditrias quando se opem tanto em qualidade quanto em extenso. Enquanto uma universal, a outra particular; enquanto uma afirmativa, a outra negativa.167 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 6. Diagramas lgicosTodo S P (SAP)Nenhum S P (SEP)AE ContraditriasContraditrias IOAlgum S P (SIP)Algum S no P (SOP)Duas proposies so contraditrias quando ambas no podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, nem podem ser falsas ao mesmo tempo. Exemplo 1: Todo homem mortal. (A) Algum homem no mortal. (O) Observe que todo homem mortal uma sentena verdadeira, enquanto algum homem no mortal falsa. No pode ocorrer de ambas serem verdadeiras ao mesmo tempo, nem falsas ao mesmo tempo. Se uma verdadeira, a outra, obrigatoriamente, falsa, e vice-versa. Exemplo 2: Nenhum homem professor. (E) Algum homem professor. (I) Nesse exemplo, a proposio nenhum homem professor uma sentena falsa e algum homem professor verdadeira. Ambas no podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, nem podem ser falsas ao mesmo tempo. Importante: Se duas proposies categricas so contraditrias, uma a negao da outra.168 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 7. Diagramas lgicosSubcontrrias As proposies so ditas subcontrrias quando so particulares e se opem entre si apenas na qualidade. O sujeito em ambas o mesmo, mas enquanto uma afirmativa, a outra negativa. IOSubcontrriasAlgum S P (SIP)Algum S no P (SOP)Duas proposies so subcontrrias quando ambas no podem ser falsas ao mesmo tempo. Entretanto, em alguns casos, podem ser verdadeiras ao mesmo tempo. Exemplo 1: Algum homem mortal. (I) Algum homem no mortal. (O) Observe que algum homem mortal uma sentena verdadeira, enquanto algum homem no mortal falsa. No pode ocorrer de ambas serem falsas ao mesmo tempo. Exemplo 2: Algum homem professor. (I) Algum homem no professor. (O) Nesse exemplo, a proposio algum homem professor uma sentena verdadeira e algum homem no professor tambm verdadeira. Ambas no podem ser falsas ao mesmo tempo, mas podem ser verdadeiras ao mesmo tempo.Subalternao e superalternao As proposies so ditas subalternas ou superalternas quando so iguais em qualidade e se opem entre si apenas em extenso. Enquanto uma universal, a outra particular.169 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 8. Diagramas lgicosRaciocnio invlido Todo S P Nenhum S P (SAP) (SEP) AERaciocnio vlido Todo S P Nenhum S P (SAP) (SEP) AESuperalternaoSubalternaoIOIOAlgum S P (SIP)Algum S no P (SOP)Algum S P (SIP)Algum S no P (SOP) AI (vlida)Se algum diz todos os convidados esto presentes, logo, algum convidado est presente, est utilizando uma superalternao entre as proposies (A I). O raciocnio claramente vlido e decorre da seguinte regra: Da verdade do todo podemos inferir pela verdade das partes, mas da verdade das partes no podemos inferir pela verdade do todo. A (indeterminada) ISe algum diz algum convidado est presente e conclui que todos os convidados esto presentes, est utilizando uma subalternao (I A). Nesse caso, o raciocnio no vlido, pois no se pode afirmar que todos os convidados esto presentes apenas porque algum convidado est presente. Dessa forma, ocorre uma indeterminao, j que no se pode afirmar que verdadeiro ou que falso que todos os convidados esto presentes com base em algum convidado est presente. EO (vlida)Se algum diz nenhum convidado est presente e conclui que algum convidado no est presente, est utilizando uma superalternao entre as proposies (E O). O raciocnio vlido, pois se nenhum convidado est presente, certamente algum convidado no est presente.170 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 9. Diagramas lgicos OE (indeterminada)Se algum diz algum convidado no est presente e conclui que nenhum convidado est presente, est utilizando uma subalternao entre as proposies (O E). O raciocnio no vlido, pois no se pode afirmar que nenhum convidado est presente apenas porque algum convidado no est presente. Nesse caso, ocorre uma indeterminao, pois no se pode afirmar que verdadeiro ou que falso que nenhum convidado est presente com base em algum convidado no est presente. Assim, nas proposies superalternas, o raciocnio vlido e se pode concluir qual o valor lgico nico da concluso. J nas proposies subalternas, o raciocnio invlido e a concluso indeterminada, pois no se pode determinar o respectivo valor lgico dessa concluso. Para destacar, se dissermos que algum A B verdadeira, a proposio todo A B ser verdadeira ou ser falsa? Temos a uma proposio indeterminada, pois fica impossvel determinar um valor verdadeiro ou falso. Observao: A verificao da validade de argumentos categricos pode ser efetuada por meio de regras gerais de inferncias, de premissas e de termos. No convm aqui cit-las, pois a anlise dessas regras pode ser substituda pela anlise de diagramas. Utilizando apenas diagramas temos uma forma rpida e eficiente para testar os argumentos categricos.Diagramas lgicos Os diagramas utilizados na Teoria dos Conjuntos so importantes para testar a validade de argumentos categricos. Cada diagrama se baseia num dos quatro tipos de proposies categricas (A, E, I, O). Observe as ilustraes a seguir:171 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 10. Diagramas lgicosTipoQualidadeExtensoProposioDiagramas PS AAfirmativaUniversalTodo S PS ENegativaUniversalPNenhum S P SSIOAfirmativaNegativaParticularParticularPPAlgum S PAlgum S no PExemplos: Todos os advogados so honestos. (A) AdvogadosHonestos Nenhum advogado honesto. (E) AdvogadosHonestos Algum advogado honesto ou existem advogados que so honestos. (I) AdvogadosHonestosAdvogados honestos172 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 11. Diagramas lgicos Algum advogado no honesto ou existem advogados que no so honestos. (O) AdvogadosHonestosAdvogados no honestosQuando um sujeito s tiver certa propriedade S, diremos que s S. Caso s no tenha a propriedade S, escreveremos s S. Assim, por exemplo, nas proposies Joo mdico e Carlos no mdico, podemos ilustrar Joo como um elemento do conjunto dos mdicos, mas Carlos no: Mdicos Joo CarlosA utilizao de diagramas til, pois permite visualizar as premissas e a concluso, permitindo verificar a validade de um argumento. A seguir, analisaremos cada tipo de proposio categrica, relacionado-a com a teoria dos conjuntos, com as proposies lgicas e com a lgica de predicados (em que se faz o uso de quantificadores). Todo S P. (A) Quando dizemos, por exemplo, que um conjunto S est contido em um conjunto P, significa que a proposio todo elemento de S elemento de P verdadeira. Em smbolos de conjuntos: S Na lgica proposicional: x SP x PNa lgica de predicados: ( x), (S(x)P(x)) ou (~ x), (S(x) ~P(x)) SP173 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 12. Diagramas lgicos Nenhum S P. (E) Se um conjunto S no tem elemento em comum com um conjunto P, significa que qualquer elemento que pertence a S certamente no pertence a P. Nesse caso, dizemos que S e P so conjuntos disjuntos. Em smbolos de conjuntos: S Na lgica proposicional: x SP= x PNa lgica de predicados: ( x), (S(x) ~P(x)) ou (~ x), (S(x) P(x)) SP Algum S P. (I) Se algum elemento de S elemento de P, ento existe pelo menos um elemento que pertence simultaneamente a S e a P. Nesse caso, a interseco entre S e P no vazia, pois existe pelo menos um elemento no conjunto S P. Em smbolos de conjuntos: SPNa lgica proposicional: x, x S x P Na lgica de predicados: ( x), (S(x) P(x)) ou ~( x), (S(x) ~P(x)) SPS P Algum S no P. (O) Se algum elemento de S no elemento de P, ento existe pelo menos um elemento que no pertence simultaneamente a S e a P. A consequncia disso a de que S no est contido em P. O conjunto formado pelos elementos de S que no pertencem a P representado por S P.174 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 13. Diagramas lgicosEm smbolos de conjuntos: SPNa lgica proposicional: x, x S x P Na lgica de predicados: ( x), (S(x) ~P(x)) ou ~( x), (S(x) SP(x))PS-PObservao: O conjunto formado pelos elementos que pertencem a S ou a P (ou a ambos) o conjunto S unio P, representado por S P. S P SS-PPS PP-SSe for verdadeiro que todo S P e que todo P S, ento S Nesse caso, os conjuntos S e P so iguais, ou seja, S = P.PePS.Silogismos categricos Um silogismo um argumento composto de duas premissas e uma concluso. Um silogismo categrico um argumento composto por trs proposies categricas nas quais existem exatamente trs termos; cada um dos quais ocorre precisamente em duas das trs proposies. Uma das maneiras de verificar a validade ou no de um silogismo categrico visualizar cada um dos predicados (conjuntos que satisfazem determinada condio). Se a concluso do argumento for necessariamente verdadeira, supondo como verdadeira cada uma das premissas, o argumento considerado vlido, correto ou legtimo. Caso contrrio, invlido, incorreto ou ilegtimo. Observe alguns exemplos de silogismos categricos. 175 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 14. Diagramas lgicosExemplo 1: Todos os msicos so talentosos. ................. Premissa 1 Todos os talentosos so exticos. ................. Premissa 2 Todos os msicos so exticos. ..................... Concluso Exticos Talentosos MsicosDe acordo com os diagramas, o argumento vlido. Os termos que determinam as categorias msicos, talentosos e exticos aparecem em exatamente duas das trs proposies do argumento. Isso o que caracteriza um silogismo categrico. Exemplo 2: Todos os artistas so criativos. .................... Premissa 1 Existem homens que so artistas. ............. Premissa 2 Existem homens criativos. ............................ Concluso CriativosArtistasHomensO argumento vlido, pois a concluso necessariamente verdadeira. Observe que os predicados artistas, criativos e homens aparecem em exatamente duas das trs proposies do argumento. Trata-se, portanto, de um silogismo categrico.176 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 15. Diagramas lgicosExemplo 3: Nenhum fantico religioso. ...................... Premissa 1 Existem homens que so religiosos........... Premissa 2 Existem homens que so fanticos............ Concluso FanticosReligiososHomensO argumento invlido, pois a concluso no necessariamente verdadeira. Observe que, supondo como verdadeiro que alguns homens so religiosos e que nenhum fantico religioso, no h a garantia de que exista algum homem que seja fantico. Exemplo 4: Nenhum fantico religioso. ............................... Premissa 1 Existem homens que so religiosos. ................. Premissa 2 Existem homens que no so fanticos. ......... Concluso FanticosReligiososHomensO argumento vlido. A concluso necessariamente verdadeira. Pelos diagramas fica claro que se existem homens religiosos e nenhum fantico religioso, necessariamente alguns homens (religiosos) no so fanticos.177 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 16. Diagramas lgicosExemplo 5: Todos os sbios so introvertidos. ..................... Premissa 1 Existem animais que so introvertidos. ........... Premissa 2 Existem animais que so sbios. ........................ Concluso Introvertidos SbiosAnimaisO argumento invlido. A concluso no necessariamente verdadeira. Observe que mesmo que todos os sbios sejam introvertidos e que existam animais que sejam introvertidos, pode ocorrer que nenhum animal seja sbio. Exemplo 6: Todos os sbios so introvertidos. ..................... Premissa 1 Existem animais que so introvertidos. ........... Premissa 2 Existem animais que no so sbios. ................ Concluso Introvertidos Sbios AnimaisO argumento invlido, pois a concluso no necessariamente verdadeira. A ilustrao uma das possveis configuraes que se pode construir a partir da suposio da veracidade das premissas. Analisemos cada uma das premissas e a concluso para explicar porque o argumento invlido.178 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 17. Diagramas lgicosPremissa 1: Todos os sbios so introvertidos. Essa proposio categrica possui o quantificador universal todos. Dessa forma, deve-se destacar o conjunto dos sbios como subconjunto do conjunto dos introvertidos. Nenhuma outra possibilidade de ilustrao vivel a partir da veracidade dessa premissa. Premissa 2: Existem animais que so introvertidos. Essa proposio categrica possui o quantificador existencial existem. Assim, no possvel se garantir a exata relao entre os diagramas dos conjuntos animais e introvertidos. A ilustrao deve destacar que h interseco entre os conjuntos animais e introvertidos, mas nada impede que possamos ilustrar o conjunto animais como subconjunto de introvertidos. A premissa no contrariada nessa situao. Concluso: Existem animais que no so sbios. Inicialmente, observe que quando colocamos o conjunto animais como subconjunto de introvertidos, abrimos a possibilidade de que a concluso possa ser falsa, uma vez que, na ilustrao apresentada, todos os animais so sbios. Lembre-se sempre que o argumento s vlido quando a concluso necessariamente verdadeira. Se houver alguma possibilidade de a concluso ser falsa, mesmo mantendo a veracidade de cada uma das premissas, deve-se classificar o argumento como invlido. Exemplo 7: Nenhum lgico louco. ................................ Premissa 1 Existem bichos que so loucos. .................. Premissa 2 Existem lgicos que no so bichos. ........ Concluso Bichos LgicosLoucos179 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 18. Diagramas lgicosO argumento invlido. A concluso no necessariamente verdadeira. Mais uma vez, observe atentamente que a ilustrao uma das possveis configuraes que se pode construir, supondo que as premissas sejam verdadeiras. Vamos analisar as premissas e a concluso para constatar que o argumento falacioso. Premissa 1: Nenhum lgico louco. Essa proposio categrica possui o quantificador universal nenhum. Assim, o conjunto lgicos tem interseco vazia com o conjunto loucos, no existindo outra possibilidade em relao aos conjuntos. Premissa 2: Existem bichos que so loucos. Essa proposio categrica possui o quantificador existencial existem. Logo, no possvel se garantir a exata relao entre os conjuntos bichos e loucos. A ilustrao deve destacar que h interseco entre os conjuntos bichos e loucos. Isso no impede que ilustremos o conjunto lgicos como subconjunto de bichos. A premissa no contrariada nessa situao. Concluso: Existem lgicos que no so bichos. Observe que ao colocarmos o conjunto lgicos como subconjunto de bichos, abrimos a possibilidade de que a concluso possa ser falsa, pois, na ilustrao apresentada, todos os lgicos so bichos. Mais uma vez lembremos que um argumento vlido apenas quando a concluso necessariamente verdadeira. Como nesse caso existe a possibilidade de a concluso ser falsa, sem que isso contrarie qualquer premissa, conclumos que o argumento invlido.Validade de silogismos categricos pelo mtodo de Venn Para determinar se um tpico silogismo categrico vlido ou no, existe um mtodo elaborado pelo matemtico John Venn (1834-1923) que consiste em se representar as premissas e a concluso em trs diagramas que se interceptam dois a dois. Pelo mtodo, analisando os diagramas, as premissas e a concluso do argumento pode-se verificar se o argumento vlido. Considerando que os trs termos de um silogismo categrico so representados pelas letras S, M e P, observe a seguinte ilustrao: 180 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 19. Diagramas lgicosSPMComo os trs diagramas (S, M e P) interceptam-se dois a dois, podemos identificar oito diferentes regies que determinam oito distintas classes. SP SMPSMPSMPSMP SMPSMP SMPSMPMOs smbolos e os correspondentes significados de cada uma dessas regies o seguinte: SMP: Elementos pertencentes a S e a P e a M. SMP: Elementos pertencentes a S e a M, mas no a P. SMP: Elementos pertencentes a S e a P, mas no a M. SMP: Elementos pertencentes a M e a P, mas no a S. SMP: Elementos pertencentes a S, mas no a M, nem a P. S MP: Elementos pertencentes a P, mas no a S, nem a M. SMP: Elementos pertencentes a M, mas no a S, nem a P. S MP: Elementos que no pertencem a S, nem a M, nem a P. Observe que o trao acima da letra que representa um conjunto indica que o elemento considerado no pertence a esse conjunto. Ainda, em vez de 181 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 20. Diagramas lgicosutilizar a barra acima da letra que representa um dado conjunto, poderamos tambm representar utilizando a notao de conjunto complementar. Por exemplo, o complementar do conjunto A representa-se por Ac. Nos prximos exemplos, observe como o procedimento de verificao da validade de silogismos categricos por meio do mtodo de Venn. Exemplo 1: Todo homem mortal. .................................................. Premissa 1 Existem homens que so esportistas. ...................... Premissa 2 Existem esportistas que so mortais. ....................... Concluso Inicialmente, construmos os diagramas, considerando H como conjunto dos homens, M como conjunto dos mortais e E como conjunto dos esportistas. Em seguida, se, por exemplo, uma premissa indicar que uma determinada regio vazia, vamos sombrear a rea correspondente para indicar que na regio sombreada no existe qualquer elemento. A premissa 1 afirma que todo homem mortal. Logo, devemos sombrear as regies formadas pelas categorias HME e HME, pois essas regies so vazias se a premissa 1 for verdadeira. HM HMEHMEEA premissa 2 afirma que existem homens que so esportistas. A partir dela, no podemos sombrear alguma regio especfica, mas podemos colocar um X na regio que, necessariamente, no vazia. Este X marcado garantir que existe pelo menos um elemento na regio em que ele se encontra. Essa regio a que, de acordo com a premissa 1, no foi sombreada e que est contida nos conjuntos H e E simultaneamente. Na figura a seguir, o X indica que a premissa 2 verdadeira.182 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 21. Diagramas lgicosHM HME HME HMEXEA concluso afirma que existem esportistas que so mortais. A presena de X na regio comum a H, E e M, garante que existe pelo menos um homem que seja mortal e esportista. Por isso, garante a veracidade de existem esportistas que so mortais. Logo, a concluso verdadeira e consequncia das premissas. Portanto, o argumento vlido. HM HME HME HMEXA presena de elementos nesta regio garante que a concluso verdadeira.EExemplo 2: Nenhum homem louco. .............................. Premissa 1 Existem bichos que so loucos. .................... Premissa 2 Existem homens que no so bichos. ........ Concluso De incio, vamos construir os diagramas, considerando H como conjunto dos homens, L como conjunto dos loucos e B como conjunto dos bichos. Em seguida, de acordo com as premissas, devemos sombrear a rea que indica que a classe correspondente vazia. A primeira premissa afirma que nenhum homem louco. Logo, a interseco entre os conjuntos homens e loucos vazia. Isso ser representado sombreando a regio comum aos conjuntos homens e loucos. 183 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 22. Diagramas lgicosHLBA segunda premissa afirma que existem bichos que so loucos. Assim, colocaremos um X na regio que comum aos conjuntos bichos e loucos. Isso identifica que a regio que possui o X no vazia. HLXBA concluso afirma que existem homens que no so bichos. Observe na prxima ilustrao que a regio exclusiva do conjunto H, formada apenas pelos elementos que so apenas homens, pode ser vazia. A consequncia disso que todos os homens seriam bichos, o que tornaria a concluso falsa. HLSe esta regio for vazia, todos os homens sero bichos. XB184 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 23. Diagramas lgicosPortanto, o argumento invlido. Observao: Em geral, a utilizao de diagramas de Venn na verificao da validade de argumentos categricos eficiente nos casos em que o argumento um silogismo, ou seja, um argumento com duas premissas, uma concluso e a presena de trs termos, cada um aparecendo duas vezes no argumento. Entretanto, para argumentos com um maior nmero de premissas, a anlise tradicional, possibilidade por possibilidade, torna-se mais conveniente.Ampliando seus conhecimentos O prximo texto foi extrado do livro Lgica Elementar.Lgica Antiga (MATES, 1967, p. 257-260)Se, com essas observaes em mente, buscamos as origens de nossa cincia, poderemos dizer, sem rodeios, que a histria da Lgica tem incio com o filsofo grego Aristteles (384-322 a.C.). Embora, entre os historiadores, seja quase um lugar comum afirmar que as grandes conquistas intelectuais nunca se devem a uma pessoa apenas (Euclides utilizou-se, para fundar a geometria, de resultados obtidos por Eudoxo e outros; quanto mecnica, Newton pode erguer-se sobre os ombros de Descartes, Galileu e Kepler; e assim por diante), Aristteles, segundo todas as evidncias ao nosso alcance, criou a cincia lgica inteiramente ex nihilo. Com uma franqueza que desarma, ele prprio nos diz isso, em passagem ao fim das Refutaes aos Sofistas, e no h motivo para duvidar da preciso de seu relato. Muitos estudiosos afirmaram, apoiados em argumentos a priori, que tal ato de criao impossvel e lanaram-se ao exame das obras dos predecessores de Aristteles, especialmente Plato, procurando encontrar pelo menos o germe da lgica aristotlica. A busca foi inteiramente infrutfera; em razo, porm, de confuses de que demos notcia nos dois pargrafos, tem-se por vezes afirmado o contrrio. Os escritos de Aristteles a propsito da Lgica contm-se num conjunto de tratados que pocas posteriores vieram a denominar Organon. Renem-se nele seis obras: as Categoriae, De Interpretatione, Analytica Priora, Analyti-185 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 24. Diagramas lgicosca Posteriora, Tpicos e Refutaes aos Sofistas (os ttulos provavelmente no foram dados por Aristteles e so pouco indicativos do contedo). Impressos, eles correspondem a um volume de vrias centenas de pginas, mas a silogstica, ou teoria do silogismo, que o ncleo essencial da lgica aristotlica, vem exposta em poucas pginas, ao comeo da Analytica Priora. O mais que se inclui no Organon diz respeito, em maior poro, a tpicos estranhos ao campo da Lgica, embora passagens ocasionais esclaream a terminologia utilizada na silogstica ou proporcionem outras informaes teis. Antes de nos adiantarmos, importa anotar, entre parnteses, que o leitor de Aristteles no deve perder de vistas as vicissitudes a que os escritos de Aristteles estiveram sujeitos ao longo dos 23 sculos de sua histria. Houve mutilao de trechos, notas marginais de comentadores foram includas no texto, alterou-se a ordem dos livros e captulos, perderam-se pargrafos inteiros e obras esprias surgiram e tudo isso alm dos erros por omisso, duplicao e substituio normalmente cometidos pelos copistas. O lgico dado leitura de Aristteles dever tambm acautelar-se contra a pouca importncia por ele atribuda distino uso-meno. Locues da forma toda A B e A est includo em B so usadas indiferentemente por locues da forma B predicado de todo A e B pertence a todo A; com efeito, a certa altura, o autor diz redondamente: pois o mesmo uma primeira coisa ser includa como um todo em outra e esta outra ser predicada de toda a primeira. Assim, nas Categoriae, nos deparamos com a seguinte afirmao: Sempre que uma coisa predicado de outra, que sujeito, tudo que predicado do predicado tambm predicado do sujeito, e.g. homem predicado de homem especfico, e animal, de homem; assim, animal ser tambm predicado de um homem especfico. Se propusermos a questo de saber se, nesse passo, Aristteles est se referindo a palavras ou coisas ou tanto a umas quanto a outras, estaremos provavelmente fazendo uma pergunta sem resposta; isso no quer dizer, naturalmente, que no tenha contedo o que ele afirma. Silogismo, segundo Aristteles, uma parte do discurso na qual, sendo postas certas coisas, delas decorrem outras, necessariamente. Essa definio poderia levar a supor que Aristteles usa o termo silogismo como equivalente aproximado de argumento vlido, mas, na verdade, o alcance que lhe empresta muito mais restrito. Prximo ao comeo da Analytica Priora, ele re-186 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 25. Diagramas lgicoslaciona as espcies de sentena que podem ser integrantes de um silogismo. E nos diz que toda premissa ou concluso afirmativa ou negativa, segundo afirme ou negue algo a propsito de algo. Classificam-se as sentenas em universais, particulares ou indefinidas: uma sentena universal assevera que algo pertence a todo ou a nenhum outro algo; uma sentena particular assevera que algo pertence ou no a algum ou a no todo algo diverso; e, por fim, uma sentena indefinida assevera, sem faz-lo em geral nem em particular, que algo pertence a algo, e.g., que o prazer no um bem. Na prtica, as sentenas indefinidas so ignoradas por Aristteles; razo para isso, de acordo com os comentadores, est em que elas equivalem a correspondentes sentenas particulares. Seja como for, as componentes do silogismo aristotlico so sempre sentenas universais ou particulares e afirmativas ou negativas; isto , recorrendo a exemplos do prprio Aristteles, so sentenas como Todo homem branco e Nenhum homem branco, Alguns homens so brancos e Nem todos os homens so brancos, sentenas posteriormente designadas como das formas A, E, I ou O, respectivamente. Expresses como homem e branco so chamadas termos. A teoria do silogismo nada diz a propsito de sentenas singulares, como Scrates branco, embora sentenas desse tipo hajam desempenhado papel relevante em descries da chamada Lgica Tradicional. Nem todo argumento composto de sentenas A, E, I ou O um silogismo, mas apenas aqueles que apresentam exatamente duas premissas e uma concluso e envolvem, no mximo, trs termos. Assim, as duas premissas tem sempre um termo em comum, pelo menos, e esse o chamado termo mdio. O predicado da concluso o termo maior e o sujeito da concluso o termo menor. No tratado De Interpretatione, Aristteles menciona algumas das relaes lgicas existentes entre as sentenas A, E, I ou O que tenham os mesmos termos como sujeito e predicado. As sentenas A e O so contraditrias, assim como o so as E e I; de cada par de contraditrias, diz ele, uma verdadeira. A e E so chamadas contrrias; as contrrias no podem ser ambas verdadeiras, mas ambas podem ser falsas. Essas relaes e outras foram, mais tarde, representadas esquematicamente no Quadrado de Oposio, figura encontradia em quase todos os textos de Lgica Tradicional e que primeiro apareceu no comentrio que Apuleio de Madauros (sculo II a. C.) escreveu a propsito de De Interpretatione.187 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 26. Diagramas lgicosAristteles inicia sua exposio dedutiva da teoria estabelecendo assim as chamadas leis de converso que, posteriormente, usa para reduzir uma espcie de silogismo a outra. Diz ele que a sentena negativa universal se converte em negativa universal; por exemplo, se nenhum prazer um bem, ento nenhum bem ser prazer. As sentenas afirmativas particulares e universais convertem-se em afirmativas particulares; por exemplo, se todo prazer um bem ou se algum prazer um bem, ento algum bem prazer. A negativa particular no se converte; no o caso de se algum animal no homem, ento algum homem no animal. Aristteles formula essas leis valendo-se de variveis: Se A pertence a no B, ento B no pertence a nenhum A. Se A pertence a todos os B, ento B pertencer a algum A. Se A pertence a algum B, ento B pertencer a algum A. Essa foi a primeira vez em que se fez o uso claro de variveis em cincia.Atividades de aplicao 1. Classifique as proposies categricas de acordo com a qualidade e a extenso: a) Todo animal carnvoro. b) Nenhum homem cristo. c) Alguns macacos latem. d) Algumas ruas no so pblicas. e) Existem praias poludas. f) Existem motoristas sem carteira. 2. Considere a proposio categrica Todo homem mortal. Escreva as correspondentes proposies: contraditria, contrria e superalterna. 3. Se for verdade que todos os alunos so estudiosos, ento necessariamente verdadeiro que:188 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 27. Diagramas lgicosa) Nenhum aluno estudioso? b) Alguns alunos so estudiosos? c) Alguns alunos no so estudiosos? 4. Se for verdade que nenhum aluno estudioso, ento necessariamente verdadeiro que: a) Todos os alunos so estudiosos? b) Alguns alunos so estudiosos? c) Alguns alunos no so estudiosos? 5. Se for verdade que alguns alunos so estudiosos, ento necessariamente verdadeiro que: a) Todos os alunos so estudiosos? b) Nenhum aluno estudioso? c) Alguns alunos no so estudiosos? 6. Se for verdade que alguns alunos no so estudiosos, ento necessariamente verdadeiro que: a) Todos os alunos so estudiosos? b) Nenhum aluno estudioso? c) Alguns alunos so estudiosos? 7. Escreva a sentena que nega cada uma das proposies categricas abaixo: a) Todos os marujos esto no navio. b) Nenhum marujo est no navio. c) Alguns marujos esto no navio. d) Alguns marujos no esto no navio.189 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 28. Diagramas lgicos8. Considere o silogismo categrico a seguir. Nenhuma rvore nativa. ......................................Premissa 1Nenhum nativo homem. ..................................... Premissa 2Nenhuma rvore homem. ................................... ConclusoResolva o que se pede: a) Construa diagramas e verifique se o argumento vlido pelo mtodo tradicional. b) Verifique se o argumento vlido pelo mtodo de Venn.9. (Vunesp-adap.)Marque um X nos argumentos em que ocorre uma concluso verdadeira (real) e o argumento invlido. ( ) Raulino homem e todo homem mortal, portanto Raulino mortal. ( )Toda a pedra um homem, pois alguma pedra um ser e todo ser homem. ( )Todo cachorro mia e nenhum gato mia, portanto cachorros no so gatos. ( )Todo o pensamento um raciocnio, portanto todo o pensamento um movimento, visto que todos os raciocnios so movimentos. ( )Toda cadeira um objeto e todo objeto tem cinco ps, portanto algumas cadeiras tm s quatro ps. 10.Verifique a validade do argumento categrico: Existem mariscos que so txicos. Existem txicos que so teis. Logo, existem mariscos que so teis.190 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 29. Diagramas lgicosReferncias ABELARDO, Pedro. Lgica para Principiantes. Petrpolis: Vozes, 1994. ALENCAR FILHO, Edgard de. Iniciao Lgica Matemtica. So Paulo: Nobel, 2003. 203 p. ARISTTELES. Tpicos. So Paulo: Abril Cultural, 1973. (Coleo Os Pensadores). _____. Organon. So Paulo: Nova Cultural, 1999. (Coleo Os Pensadores). BOLL, Marcel; REINHART, Jacques. A Histria da Lgica. Lisboa: Edies 70, 1982. 127 p. CASTRUCCI, Benedito. Introduo Lgica Matemtica. 6. ed. So Paulo: Nobel, 1986. 158 p. DESCARTES, Ren. Discurso do Mtodo. 4. ed. So Paulo: Martins Fontes, 2003. 102 p. KELLER, Vicente; BASTOS, Cleverson L. Aprendendo Lgica. 12. ed. Petrpolis: Vozes, 2000. 179 p. KOPNIN, P. V. A Dialtica como Lgica e Teoria do Conhecimento. Rio de Janeiro, 1978. 353 p. LAUSCHNER, Roque. Lgica Formal. 4. ed. rev. Porto Alegre: Sulina/ Unisinos, 1984. 207 p. LIARD, L. Lgica. 6. ed. So Paulo: Cia. Editora Nacional, 1965. 211 p. LIPSCHULTZ, Seymour. Teoria dos Conjuntos. So Paulo: McGraw-Hill, 1972. 337 p. MACHADO, Nilson Jos. Matemtica 1 por Assunto lgica, conjuntos e funes. So Paulo: Scipione, 1988. 240 p. _____. Lgica? Lgico! So Paulo: Scipione, 2000. 49 p. (Coleo Vivendo a Matemtica). MARITAIN, Jacques. Elementos de Filosofia II: a ordem dos conceitos, lgica menor. Rio de Janeiro: Agir, 1980. 318 p. MATES, Benson. Lgica Elementar. Traduo de: HEGENBERG, Lenidas H. B.; MOTA, Octanny Silveira da. So Paulo: Nacional/ USP, 1967. 298 p. 191 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 30. Diagramas lgicosNAHRA, Cnara; WEBER, Ivan Hingo. Atravs da Lgica. 5. ed. Petrpolis: Vozes, 1997. 174 p. OLIVEIRA, Augusto J. Franco de. Lgica Aritmtica. Braslia: UnB, 2004. 241 p. SALMON, Wesley C. Lgica. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. 142 p. SRATES, Jonofon. Raciocnio Lgico. 8. ed. Braslia: Jonofon, 1998. 432 p. v. 1. _____. Raciocnio Lgico. 8. ed. Braslia: Jonofon, 1998. 467 p. v. 2. SOARES, Edvaldo. Fundamentos da Lgica elementos da Lgica Formal e Teoria da Argumentao. So Paulo: Atlas, 2003. 187 p. TELLES JR., Goffredo. Curso de Lgica Formal. 3. ed. So Paulo: Edusp, 1973. 367 p.192 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 31. Diagramas lgicosGabarito 1. a) Extenso: universal. Qualidade: afirmativa.b) Extenso: universal. Qualidade: negativa.c) Extenso: particular. Qualidade: afirmativa.d) Extenso: particular. Qualidade: negativa.e) Extenso: particular. Qualidade: afirmativa.f) Extenso: particular. Qualidade: negativa (a palavra sem indica negao).2. Proposio: Todo homem mortal. Contraditria: Algum homem no mortal.Contrria: Nenhum homem mortal.Superalterna: Algum homem mortal.3. Observe a ilustrao que destaca a proposio todos os alunos so estudiosos: Estudiosos AlunosA partir dessa ilustrao, pode-se corretamente responder: 193 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 32. Diagramas lgicosa) No, pois todo aluno estudioso. b) Sim, pois se todo aluno estudioso, algum aluno estudioso. c) No, pois todo aluno estudioso. 4. Observe a ilustrao que destaca a proposio nenhum aluno estudioso: AlunosEstudiososA partir dessa ilustrao, pode-se corretamente responder: a) No, pois nenhum aluno estudioso. b) No, pois nenhum aluno estudioso. c) Sim, pois se nenhum aluno estudioso, ento alguns alunos no so estudiosos.5. Observe algumas ilustraes possveis a partir da veracidade da proposio alguns alunos so estudiosos: AlunosEstudiososEstudiosos AlunosA partir dessas ilustraes, pode-se corretamente responder: a) No, pois, pela primeira ilustrao, possvel que existam alunos que no sejam estudiosos. b) No, pois, pela primeira ilustrao, possvel que existam alunos que sejam estudiosos. c) No, pois, pela segunda ilustrao, possvel que todos os alunos sejam estudiosos.194 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 33. Diagramas lgicos6. Observe algumas ilustraes possveis a partir da veracidade da proposio alguns alunos no so estudiosos: AlunosEstudiososAlunosEstudiososA partir dessas ilustraes, pode-se corretamente responder: a) No, pois, pela primeira ilustrao, possvel que existam alunos que no sejam estudiosos. b) No, pois, pela primeira ilustrao, possvel que existam alunos que sejam estudiosos. c) No, pois, pela segunda ilustrao, possvel que nenhum aluno seja estudioso.7. a) Alguns marujos no esto no navio. b) Alguns marujos esto no navio. c) Nenhum marujo est no navio. d) Todos os marujos esto no navio. 8. a) Sejam A: conjunto das rvores, N: conjunto dos nativos e H: conjunto dos homens. Observe uma possvel ilustrao de tais conjuntos:195 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 34. Diagramas lgicosNHADe acordo com as premissas, no existem elementos comuns aos conjuntos A e N, e, tambm, aos conjuntos N e H. Mas isso no impede que existam elementos comuns aos conjuntos A e H. Logo, a concluso nenhuma rvore homem pode ser verdadeira ou pode ser falsa. Assim, a concluso no est garantida na hiptese das premissas serem verdadeiras e, portanto, o argumento no vlido.b) Em primeiro lugar, devemos representar os trs conjuntos (A, N e H) em diagramas, com interseces dois a dois. Em seguida, analisar as premissas. A premissa 1 afirma que nenhuma rvore nativa, logo devemos sombrear as regies ANH e ANH, pois tais regies so vazias na hiptese da premissa 1 ser verdadeira. AN ANHANHANHANH ANHANH ANH HANHA premissa 2 afirma que nenhum nativo homem. Logo, as regies ANH e ANH devem ser sombreadas, pois so vazias.196 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 35. Diagramas lgicosAN ANHANHANHANH ANHANH ANHANHHA concluso nenhuma rvore homem afirma que os conjuntos A e N no tm elementos comuns. A parte comum aos conjuntos A e N formada pelas regies ANH e ANH. A regio ANH vazia, pois foi sombreada. Mas a regio ANH pode no estar vazia, pois no foi sombreada. Como a regio da concluso do argumento no foi inteiramente sombreada e, nesse caso, deveria ser inteiramente sombreada, conclumos que o argumento no vlido.9. Analisando cada argumento, temos: a) ( ) Raulino homem. ............................ Premissa 1Todo homem mortal. ....................... Premissa 2Raulino mortal. ................................... Concluso Mortais Homens RaulinoNo sentido real, a concluso Raulino mortal verdadeira. Alm disso, de acordo com a ilustrao anterior, o argumento vlido.197 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 36. Diagramas lgicosb) ( ) Alguma pedra um ser. ......................... Premissa 1Todo ser homem. ....................................... Premissa 2Toda pedra um homem. .......................... Concluso Homens SeresPedrasO diagrama mostra que, mesmo que alguma pedra seja um ser e mesmo que todo ser seja homem, pode ocorrer de existirem pedras que no so homens. Logo, o argumento invlido. A concluso toda pedra um homem , no sentido real, evidentemente falsa.c) ( ) Todo cachorro mia. .................................. Premissa 1Nenhum gato mia. ........................................ Premissa 2Cachorros no so gatos. ........................... Concluso Animais que miamGatosCachorrosDe acordo com a ilustrao, o argumento vlido. No sentido real, a concluso cachorros no so gatos verdadeira.d) ( ) Todo o pensamento um raciocnio. ................ Premissa 1198 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 37. Diagramas lgicosTodos os raciocnios so movimentos. .................. Premissa 2Todo o pensamento um movimento. ................. Concluso Movimentos Raciocnios PensamentosO argumento vlido. Embora no esteja clara a extenso do significado da palavra movimento, no sentido real a concluso pode ser considerada verdadeira.e) ( X ) Toda cadeira um objeto. ................................. Premissa 1Todo objeto tem cinco ps. ....................................... Premissa 2Algumas cadeiras tm s quatro ps. .................... Concluso Cinco ps Objetos CadeirasDa ilustrao, conclui-se que todas as cadeiras tm cinco ps. A partir disso, conclumos ser falsa a afirmao de que algumas cadeiras tm s quatro ps. Portanto, o argumento invlido. A questo solicitava que marcssemos o argumento invlido, cuja concluso, na realidade, verdadeira. Observe que, no sentido real, entretanto, quando dizemos que algumas cadeiras tm s quatro ps, tal concluso verdadeira. Ou seja, mesmo que existam cadeiras com menos que quatro ps ou mais que quatro ps, no sentido real devemos admitir que existem cadeiras que tm s quatro ps. 199 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 38. Diagramas lgicos10.Observe como podemos organizar os diagramas a partir das premissas consideradas verdadeiras: mariscotxicosteisMesmo que existam mariscos que sejam txicos e que existam txicos que sejam teis, no necessariamente verdadeiro que existam mariscos que sejam teis. Portanto, o argumento invlido.200 Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 39. Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br 40. Esse material parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.videoaulasonline.com.br