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Direito Administrativo - Processo Administrativo

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LEI 9.784/99PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL

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Processos Estatais: uma série de atos coordenados para realizaçãode fins estatais.

LEI 9.784/99PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL

PROCESSO LEGISLATIVO

PROCESSO JUDICIAL

PROCESSO ADMINISTRATIVO

Elabora a lei Provocado

Relação Trilateral

Partes:

Interesses

Opostos

Oneroso

Provocado ou não

Relação bilateral

Interessados

Gratuito

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

SENTIDOS:

Conjunto de papéis e documentos organizados numa pasta ereferentes a dado assunto de interesse do funcionário ou daAP;

Usado como PAD ( Art. 41, p. 1º da CF);

Atos coordenados para solução de controvérsia;

Atos preparatórios para decisão final (sem controvérsia).

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PRINCÍPIOS

1. TEORIA GERAL DO PROCESSO:

Obediência à forma;

Ampla Defesa e Contraditório;

Publicidade;

Impulso oficial.

2. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVOOFICIALIDADE:

Instauração de ofício; impulso oficial; poder de revisão dasdecisões.

GRATUIDADE

ATIPICIDADE

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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Regula o processo administrativo no âmbito da AdministraçãoPública Federal.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processoadministrativo no âmbito da Administração Federal direta eindireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dosadministrados e ao melhor cumprimento dos fins daAdministração.

LEI 9.784/99

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§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dosPoderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenhode função administrativa.

§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:

I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura daAdministração direta e da estrutura da Administraçãoindireta;

II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidadejurídica;

III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poderde decisão.

LEI 9.784/99

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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aosprincípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,segurança jurídica, interesse público e eficiência.

Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados,entre outros, os critérios de:

I - atuação conforme a lei e o Direito;

II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúnciatotal ou parcial de poderes ou competências, salvoautorização em lei;

III - objetividade no atendimento do interesse público, vedadaa promoção pessoal de agentes ou autoridades;

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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro eboa-fé;

V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas ashipóteses de sigilo previstas na Constituição;

VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição deobrigações, restrições e sanções em medida superior àquelasestritamente necessárias ao atendimento do interessepúblico;

VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito quedeterminarem a decisão;

VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dosdireitos dos administrados;

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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequadograu de certeza, segurança e respeito aos direitos dosadministrados;

X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação dealegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos,nos processos de que possam resultar sanções e nas situações delitígio;

XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas asprevistas em lei;

XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízoda atuação dos interessados;

XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhorgaranta o atendimento do fim público a que se dirige, vedadaaplicação retroativa de nova interpretação.

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DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante aAdministração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, quedeverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento desuas obrigações;

II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em quetenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias dedocumentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão,os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quandoobrigatória a representação, por força de lei.

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DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

Art. 4º São deveres do administrado perante a Administração, semprejuízo de outros previstos em ato normativo:

I - expor os fatos conforme a verdade;

II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

III - não agir de modo temerário;

IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas ecolaborar para o esclarecimento dos fatos.

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DO INÍCIO DO PROCESSO

Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou apedido de interessado.

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DO INÍCIO DO PROCESSO

Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo casos em quefor admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito econter os seguintes dados:

I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

II - identificação do interessado ou de quem o represente;

III - domicílio do requerente ou local para recebimento decomunicações;

IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seusfundamentos;

V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.

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DO INÍCIO DO PROCESSO

Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada derecebimento de documentos, devendo o servidor orientar ointeressado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

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DO INÍCIO DO PROCESSO

Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborarmodelos ou formulários padronizados para assuntos queimportem pretensões equivalentes.

Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de interessadostiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão serformulados em um único requerimento, salvo preceito legal emcontrário.

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DOS INTERESSADOS

Art. 9º São legitimados como interessados no processoadministrativo:

I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares dedireitos ou interesses individuais ou no exercício do direito derepresentação;

II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitosou interesses que possam ser afetados pela decisão a seradotada;

III - as organizações e associações representativas, no tocantea direitos e interesses coletivos;

IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídasquanto a direitos ou interesses difusos.

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DOS INTERESSADOS

Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, osmaiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em atonormativo próprio.

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DA COMPETÊNCIA

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãosadministrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos dedelegação e avocação legalmente admitidos.

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se nãohouver impedimento legal, delegar parte da sua competência aoutros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejamhierarquicamente subordinados, quando for conveniente, emrazão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica,jurídica ou territorial.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se àdelegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivospresidentes.

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DA COMPETÊNCIA

Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ouautoridade.

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DA COMPETÊNCIA

Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão serpublicados no meio oficial.

§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderestransferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e osobjetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conterressalva de exercício da atribuição delegada.

§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pelaautoridade delegante.

§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionarexplicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelodelegado.

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DA COMPETÊNCIA

Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivosrelevantes devidamente justificados, a avocação temporária decompetência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarãopublicamente os locais das respectivas sedes e, quandoconveniente, a unidade fundacional competente em matéria deinteresse especial.

Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processoadministrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menorgrau hierárquico para decidir.

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DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo oservidor ou autoridade que:

I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;

II - tenha participado ou venha a participar como perito,testemunha ou representante, ou se tais situações ocorremquanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até oterceiro grau;

III - esteja litigando judicial ou administrativamente com ointeressado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

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DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimentodeve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se deatuar.

Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar oimpedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares.

Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidorque tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dosinteressados ou com os respectivos cônjuges, companheiros,parentes e afins até o terceiro grau.

Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá serobjeto de recurso, sem efeito suspensivo.

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DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO

Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem deforma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.

§ 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, emvernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura daautoridade responsável.

§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somenteserá exigido quando houver dúvida de autenticidade.

§ 3º A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá serfeita pelo órgão administrativo.

§ 4º O processo deverá ter suas páginas numeradasseqüencialmente e rubricadas.

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DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO

Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, nohorário normal de funcionamento da repartição na qual tramitar oprocesso.

Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal osatos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular doprocedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração.

Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ouautoridade responsável pelo processo e dos administrados quedele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvomotivo de força maior.

Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatadoaté o dobro, mediante comprovada justificação.

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DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO

Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmentena sede do órgão, cientificando-se o interessado se outro for olocal de realização.

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DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS

Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processoadministrativo determinará a intimação do interessado para ciênciade decisão ou a efetivação de diligências.

§ 1º A intimação deverá conter:

I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidadeadministrativa;

II - finalidade da intimação;

III - data, hora e local em que deve comparecer;

IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-serepresentar;

V - informação da continuidade do processo independentementedo seu comparecimento;

VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

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DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS

§ 2º A intimação observará a antecedência mínima de três diasúteis quanto à data de comparecimento.

§ 3º A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, porvia postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meioque assegure a certeza da ciência do interessado.

§ 4º No caso de interessados indeterminados, desconhecidos oucom domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meiode publicação oficial.

§ 5º As intimações serão nulas quando feitas sem observância dasprescrições legais, mas o comparecimento do administrado supresua falta ou irregularidade.

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DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS

Art. 27. O desatendimento da intimação não importa oreconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direitopelo administrado.

Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantidodireito de ampla defesa ao interessado.

Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo queresultem para o interessado em imposição de deveres, ônus,sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atosde outra natureza, de seu interesse.

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PROCEDIMENTO DA LEI 9.784/99

1. INSTAURAÇÃO :

DE OFÍCIO

A PEDIDO

2.1. INSTRUÇÃO: De ofício ou pela parte (art. 29 ao 43)

Intimação: 3 dias úteis;

Parecer: 15 dias, salvo lei específica.

2. INQUÉRITO:

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DA INSTRUÇÃO

Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar ecomprovar os dados necessários à tomada de decisão realizam-sede ofício ou mediante impulsão do órgão responsável peloprocesso, sem prejuízo do direito dos interessados de proporatuações probatórias.

§ 1º O órgão competente para a instrução fará constar dos autosos dados necessários à decisão do processo.

§ 2º Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessadosdevem realizar-se do modo menos oneroso para estes.

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DA INSTRUÇÃO

Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provasobtidas por meios ilícitos.

Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto deinteresse geral, o órgão competente poderá, mediante despachomotivado, abrir período de consulta pública para manifestação deterceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo paraa parte interessada.

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DA INSTRUÇÃO

§ 1º A abertura da consulta pública será objeto de divulgaçãopelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicaspossam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento dealegações escritas.

§ 2º O comparecimento à consulta pública não confere, por si, acondição de interessado do processo, mas confere o direito deobter da Administração resposta fundamentada, que poderá sercomum a todas as alegações substancialmente iguais.

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DA INSTRUÇÃO

Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, dianteda relevância da questão, poderá ser realizada audiência públicapara debates sobre a matéria do processo.

Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matériarelevante, poderão estabelecer outros meios de participação deadministrados, diretamente ou por meio de organizações eassociações legalmente reconhecidas.

Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outrosmeios de participação de administrados deverão ser apresentadoscom a indicação do procedimento adotado.

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DA INSTRUÇÃO

Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiênciade outros órgãos ou entidades administrativas poderá serrealizada em reunião conjunta, com a participação de titulares ourepresentantes dos órgãos competentes, lavrando-se a respectivaata, a ser juntada aos autos.

Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado,sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para ainstrução e do disposto no art. 37 desta Lei.

Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estãoregistrados em documentos existentes na própria Administraçãoresponsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, oórgão competente para a instrução proverá, de ofício, a obtençãodos documentos ou das respectivas cópias.

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DA INSTRUÇÃO

Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes datomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requererdiligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes àmatéria objeto do processo.

§ 1º Os elementos probatórios deverão ser considerados namotivação do relatório e da decisão.

§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisãofundamentada, as provas propostas pelos interessados quandosejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.

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DA INSTRUÇÃO

Art. 39. Quando for necessária a prestação de informações ou aapresentação de provas pelos interessados ou terceiros, serãoexpedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo,forma e condições de atendimento.

Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgãocompetente, se entender relevante à matéria, suprir de ofício aomissão, não se eximindo de proferir a decisão.

Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados aointeressado forem necessários à apreciação de pedido formulado,o não atendimento no prazo fixado pela Administração para arespectiva apresentação implicará arquivamento do processo.

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DA INSTRUÇÃO

Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligênciaordenada, com antecedência mínima de três dias úteis,mencionando-se data, hora e local de realização.

Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgãoconsultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo dequinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade demaior prazo.

§ 1º Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitidono prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectivaapresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso.

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DA INSTRUÇÃO

§ 2º Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de seremitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento eser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidadede quem se omitiu no atendimento.

Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam serpreviamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos eestes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgãoresponsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico de outroórgão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes.

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DA DEFESA

Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito demanifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazofor legalmente fixado.

Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderámotivadamente adotar providências acauteladoras sem a préviamanifestação do interessado.

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Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obtercertidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que ointegram, ressalvados os dados e documentos de terceirosprotegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e àimagem.

Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitira decisão final elaborará relatório indicando o pedido inicial, oconteúdo das fases do procedimento e formulará proposta dedecisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo àautoridade competente.

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PROCEDIMENTO DA LEI 9.784/99

1. INSTAURAÇÃO :

DE OFÍCIO

A PEDIDO

2.1. INSTRUÇÃO: De ofício ou pela parte (art. 29 ao 46)

Intimação: 3 dias úteis;

Parecer: 15 dias, salvo lei específica.

2.2. DEFESA: 10 dias, salvo lei específica

2. INQUÉRITO:

2.3. RELATÓRIO

3. DECISÃO: 30 dias + 30 (art. 48 e 49)

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DO DEVER DE DECIDIR

Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitirdecisão nos processos administrativos e sobre solicitações oureclamações, em matéria de sua competência.

Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, aAdministração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvoprorrogação por igual período expressamente motivada.

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DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face derazões de legalidade e de mérito.

§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, aqual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminharáà autoridade superior.

§ 2º Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativoindepende de caução.

§ 3º Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contrariaenunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade prolatora dadecisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes deencaminhar o recurso à autoridade superior, as razões daaplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.(Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006)

Page 46: Direito Administrativo - Processo Administrativo

DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por trêsinstâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.

Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:

I - os titulares de direitos e interesses que forem parte noprocesso;

II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamenteafetados pela decisão recorrida;

III - as organizações e associações representativas, no tocantea direitos e interesses coletivos;

IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ouinteresses difusos.

Page 47: Direito Administrativo - Processo Administrativo

DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo parainterposição de recurso administrativo, contado a partir da ciênciaou divulgação oficial da decisão recorrida.

§ 1º Quando a lei não fixar prazo diferente, o recursoadministrativo deverá ser decidido no prazo máximo de trinta dias,a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente.

§ 2º O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá serprorrogado por igual período, ante justificativa explícita.

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DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderáconfirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, adecisão recorrida, se a matéria for de sua competência.

Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puderdecorrer gravame à situação do recorrente, este deverá sercientificado para que formule suas alegações antes da decisão.

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DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sançõespoderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício,quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantessuscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.

Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultaragravamento da sanção.

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PROCEDIMENTO DA LEI 9.784/99

4. RECURSO

Prazo para interpor: 10 dias

Prazo para julgar: 30 + 30

Máximo três instâncias

Pode agravar a decisão desde que haja vista para alegaçõesfinais – art. 64.

5. REVISÃO

Fato Novo ou Prova Nova

Imprescritível

Não pode agravar a decisão

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TRÂMITE DE RECURSO

LEI 9.784/99

PETIÇÃO (chefe 1: autoridade que proferiu a decisão)

RECURSO (chefe 2)

30 + 30 dias para julgar;

10 dias para recorrer.

PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO (chefe 1): 5 dias para julgar.

RECURSO DO RECURSO (chefe 3)

10 dias para recorrer.

30 + 30 dias para julgar;

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DA MOTIVAÇÃO

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, comindicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ouseleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processolicitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

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DA MOTIVAÇÃO

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questãoou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatóriosoficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ouconvalidação de ato administrativo.

§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendoconsistir em declaração de concordância com fundamentos deanteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que,neste caso, serão parte integrante do ato.

Page 54: Direito Administrativo - Processo Administrativo

DA MOTIVAÇÃO

§ 3º A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissõesou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termoescrito.

§ 2º Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode serutilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos dasdecisões, desde que não prejudique direito ou garantia dosinteressados.

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DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO

§ 1º Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atingesomente quem a tenha formulado.

Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita,desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda,renunciar a direitos disponíveis.

§ 2º A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso,não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administraçãoconsiderar que o interesse público assim o exige.

Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processoquando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornarimpossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente.

Page 56: Direito Administrativo - Processo Administrativo

DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

Art. 54. O direito da Administração de anular os atosadministrativos de que decorram efeitos favoráveis para osdestinatários decai em cinco anos, contados da data em que forampraticados, salvo comprovada má-fé.

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quandoeivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo deconveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo dedecadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.

§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medidade autoridade administrativa que importe impugnação àvalidade do ato.

Page 57: Direito Administrativo - Processo Administrativo

DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão aointeresse público nem prejuízo a terceiros, os atos queapresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pelaprópria Administração.

Page 58: Direito Administrativo - Processo Administrativo

DOS PRAZOS

Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data dacientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo eincluindo-se o do vencimento.

§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útilseguinte se o vencimento cair em dia em que não houverexpediente ou este for encerrado antes da hora normal.

§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.

§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data.Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele doinício do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.

Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, osprazos processuais não se suspendem.

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DAS SANÇÕES

Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente,terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer oude não fazer, assegurado sempre o direito de defesa.

Page 60: Direito Administrativo - Processo Administrativo

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão areger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenassubsidiariamente os preceitos desta Lei.

Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ouinstância, os procedimentos administrativos em que figure comoparte ou interessado: (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009)

I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009)

II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental; (Incluídopela Lei nº 12.008, de 2009)

III – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009)

Page 61: Direito Administrativo - Processo Administrativo

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla,neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível eincapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatiagrave, estados avançados da doença de Paget (osteítedeformante), contaminação por radiação, síndrome deimunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base emconclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenhasido contraída após o início do processo. (Incluído pela Lei nº12.008, de 2009)

Page 62: Direito Administrativo - Processo Administrativo

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

§ 1º A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntandoprova de sua condição, deverá requerê-lo à autoridadeadministrativa competente, que determinará as providências aserem cumpridas. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009)

§ 2º Deferida a prioridade, os autos receberão identificaçãoprópria que evidencie o regime de tramitação prioritária. (Incluídopela Lei nº 12.008, de 2009)

§ 3º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009)

§ 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009)

Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Page 63: Direito Administrativo - Processo Administrativo

COMPARATIVO ENTRE A LEI 8.112/90 E A LEI 9.784/99

Page 64: Direito Administrativo - Processo Administrativo

PROCESSO ADMINISTRATIVO

RITO SUMÁRIO - (art. 133 c/c art. 140 da lei 8.112/90)

APLICAÇÃO

1. Abandono de cargo

2. Inassiduidade habitual

3. Acumulação de cargos, empregos e funções.

PRAZO: 30 + 15 dias

FASES:

1. Instauração

2. Instrução Sumária

3. Julgamento.

Page 65: Direito Administrativo - Processo Administrativo

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Rito ordinário – Art. 143 ao 182 da lei 8.112/90.

AUTORIDADE

COMPETENTE

INSTAURA

Regra:

Sindicância

30 +30

Arquivamento

Advertência ou suspensão de até 30 dias

Exceção:

Direto o 60+ 60 Fato públicoe notório

PAD1. Instauração

2. Inquérito

3. Julgamento

Page 66: Direito Administrativo - Processo Administrativo

PROCEDIMENTO DA LEI 8.112/90

3. RECURSO

Art 104 ao 115

Pode-se agravar a decisão desde que haja vista para alegaçõesfinais – art. 64.

4. REVISÃO

Fato Novo ou Prova Nova

Imprescritível

Não pode agravar a decisão

Page 67: Direito Administrativo - Processo Administrativo

TRÂMITE DE RECURSO

LEI 8.112/90

PETIÇÃO (chefe 1)

PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO (chefe 1)

30 dias para julgar e recorrer.

RECURSO (chefe 2)

30 dias para julgar e recorrer.

RECURSO DO RECURSO (chefe 3)

LEI 9.784/99

PETIÇÃO (chefe 1: autoridade queproferiu a decisão)

RECURSO (chefe 2)

30 + 30 dias para julgar;

10 dias para recorrer.

PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO(chefe 1): 5 dias para julgar.

RECURSO DO RECURSO (chefe 3)30 dias para julgar e recorrer.

30 + 30 dias para julgar e 10 pararecorrer;

Recursos sucessivamenteinterpostos.

Page 68: Direito Administrativo - Processo Administrativo

QUADRO COMPARATIVOLEI 8.112/90 E LEI 9.784/99

LEI 8.112/90 – PAD 9.784/99

PRAZO DEFESA ESCRITA

REGRA: 10 DIAS EXCEÇÃO: 2 OU + INDICIADOS

PRAZO COMUM 20 DIAS10 DIAS

PRAZO DECISÃO 20 DIAS 30 + 30 DIAS

PRAZO INTERPORRECURSO

30 DIAS 10 DIAS

PRAZO JULGAR RECURSO

30 DIAS 30 DIAS

PRORROGADO POR MAIS 30

PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO

30 DIAS PARA JULGAR5 DIAS PARA

JULGAR

NÚMERO DE INSTÂNCIAS

PLURALIDADE MÁXIMO TRÊS