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Centro Universitário Toledo – Presidente Prudente – Curso de Pós-Graduação Lato Sensu DIREITO PROCESSUAL COLETIVO Antônio Cordeiro da Silva E-mail: [email protected] Whatsapp: 18-981310266 Presidente Prudente (SP), 27 de fevereiro de 2016

Direito processual coletivo assagra

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Centro Universitário Toledo – Presidente Prudente – Curso de

Pós-Graduação Lato Sensu

DIREITO PROCESSUAL COLETIVO

Antônio Cordeiro da SilvaE-mail: [email protected]: 18-981310266

Presidente Prudente (SP), 27 de fevereiro de 2016

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PRIMEIRA PARTE

DIREITO MATERIAL COLETIVO

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1. O surgimento do interesse pela matéria

2. A importância dos movimentos consumerista e ambientalista para a consagração da tutela jurídica dos interesses massificados

3. A tutela jurídica coletiva no plano do movimento mundial pelo acesso à justiça

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4. Fases dos direitos ou interesses materiais coletivos no Brasil:

4.1 Fase da absoluta predominância da tutela individual (até a CR/1934);

4.2 Fase da tutela fragmentada ou taxativa (até a CR/1988);

4.3 Fase da tutela jurídica ampla e irrestrita (surgiu com a CR/1988).

 

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5. O advento da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e a situação atual no plano da tutela coletiva

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6. A inserção do Direito Coletivo brasileiro no plano da teoria dos direitos e garantias constitucionais fundamentais

como modelo para o mundo (Título II, Cap. I, da CR/1988)

7. A nova summa divisio constitucionalizada relativizada no país (Direito Coletivo e Direito Individual) e a

importância da sua compreensão no plano da teoria dos direitos e garantias

constitucionais fundamentais

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9 A CR/1988 e a consagração dos direitos ou interesses coletivos como direitos fundamentais: uma nova summa divisio constitucionalizada (Título II, Capítulo I, da CR/1988):

9.1 Paradigmas teóricos da nova summa divisio;

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8. Teoria dos direitos e garantias constitucionais fundamentais no contexto do Estado Democrático de Direito (aspectos reflexivos);

9. A classificação doutrinária dos Direitos e Interesses

9.1 Algumas considerações sobre as expressões “Direito” e “Interesse”

9.2 Direito Coletivo ou Interesse Coletivo?

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•9.2.1 Concepção clássica (interesse coletivo)

•9.2.2 Concepção revisionista (Direito Coletivo subjetivo)

•9.2.3 Concepção intermediária (direito e interesse coletivo)  

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9.3. Classificação dos Direitos e Interesses

9.3.1 Classificação dicotômica (interesse público e interesse privado)

9.3.2 Classificação dicotômica flexibilizada (interesse público e interesse privado – os interesses difusos seriam espécies de interesses públicos)

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9.3.3 Classificação tricotômica (interesse público, interesse privado e interesse transindividual)

9.3.4 Classificação dicotômica constitucionalizada no Brasil, superação das concepções dicotômica e tricotômica analisadas e a extensão do sentido do Direito Coletivo brasileiro como categoria constitucional fundamental: direito individual e direito coletivo

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10 Direito Coletivo Objetivo e Direito Coletivo Subjetivo

11. Direito social e Interesse Social

•12. O Direito Civil como espécie do gênero “Direito Individual”

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13 Algumas diretrizes interpretativas do Direito Coletivo

13.1 O art. 81, parágrafo único, do CDC como norma de superdireito material coletivo

13.2 Aplicabilidade no Direito Coletivo das regras e princípio de interpretação e de aplicação dos direitos e garantias constitucionais fundamentais

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13.3 O diálogo entre as fontes direcionado pela teoria dos direitos e garantias constitucionais fundamentais

13.4 Interpretação restritiva da cláusula da reserva do possível e incompatibilidade com o sistema constitucional brasileiro da cláusula de reserva de orçamento

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13.5 Interpretação apoiada no diálogo multidisciplinar

13.6 Interpretação coletiva sustentável

13.7 Interpretação aberta e ampliativa e o Direito Coletivo como cláusula pétrea em decorrência da ideia em torno da abertura das cláusulas superconstitucionais

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14 Conceituação legal das espécies de Direito Coletivo e algumas das suas principais dimensões constitucionais

14.1 Conceituação legal das espécies de Direito Coletivo

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•14.2 Considerações introdutórias

14.3 Direitos ou interesses transindividuais (compreensão conceitual)

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14.4 A importância da situação concretamente ventilada para o enquadramento conceitual do direito no plano do direito coletivo

14.5 Características conceituais legais e doutrinárias das espécies de Direito Coletivo

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14.6 A importância prática de o parágrafo único do art. 81 do CDC ter utilizado as duas expressões: “direitos” ou “interesses”

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14.7 Critérios observados para conceituação legal dos direitos e interesses coletivos (parágrafo único do art. 81 do CDC)

14.8 A perfeita e adequada compatibilidade constitucional da conceituação tripartite do Direito Coletivo prevista no parágrafo único do art. 81 do CDC

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14.9 A incompatibilidade com o sistema constitucional brasileiro da conceituação bipartida do Direito Coletivo prevista no art. 1º do Código-Modelo de Processos Coletivos para Ibero-América

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15 Os direitos ou interesses coletivos como direitos fundamentais e a classificação tripartida adotada pelo parágrafo único do art. 81 do CDC:

15.1 Direitos ou interesses?

15.2 Direitos ou interesses difusos (art. 81, parágrafo único, inciso I, do CDC);

15.3 Direitos ou interesses coletivos (art. 81, parágrafo único, inciso II, do CDC);

15.4 Direitos ou interesses individuas homogêneos (art. 81, parágrafo único, inciso II, do CDC).

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15 O controle abstrato e concentrado da constitucionalidade como espécie de Direito Coletivo: a tutela de interesse coletivo objetivo legítimo

16 Direito ou interesse individual puro

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17 A multifuncionalidade dos direitos ou interesses coletivos como direitos fundamentais:

17.1 Aplicabilidade imediata;

17.2 Proibição de interpretação restritiva;

17.3 Parâmetros objetivos para o controle da constitucionalidade e parâmetros subjetivos para a aferição concreta da titularidade.

17.4 Cláusulas superconstitucionais;

17.5 Máxima flexibilização da técnica processual para garantia da tutela material.

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18 A multifuncionalidade dos direitos ou interesses coletivos como direitos fundamentais e o princípio da transformação social (art. 3º da CF/1988):

18.1 Cláusula da reserva do possível e o projeto constitucional da CR/1988 (art. 3º);

18.2 Mínimo existencial e o princípio da transformação da realidade social (art. 3º da CR/1988).

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19 A compreensão dos modelos de Estado de Direito à luz da evolução dos direitos e das garantias constitucionais fundamentais:

19.1 Estado Liberal de Direito: tutela jurídica individual

19.2 Estado Social de Direito: tutela jurídica individual e social limitada

19.3 Estado Democrático de Direito: tutela jurídica irrestrita a direitos ou interesses individuais e coletivos.

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SEGUNDA PARTE

O Direito Processual Coletivo

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1 Origem remota da tutela processual coletiva: ações populares romanas (actiones populares romanas), que já tutelavam espécies de direitos difusos.

2 O surgimento do movimento mundial pela coletivização do direito processual: class actions do sistema dos Estados Unidos (reforma da Rule 23 do Código Federal de Processo Civil norte-americano - 1966).

3 Direito Transnacional e Direito Interno A tutela coletiva no Brasil é tanto judicial como extrajudicial como TAC, INQUERITO CIVIL e agora através da mediação (Lei 13.140/2015).

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4 A importância dos movimentos ambientalistas e consumeristas para a consagração da tutela jurídica coletiva no mundo contemporâneo.5 Ondas renovatórias do acesso à justiça e o movimento mundial pela coletivização do direito processual.ONDAS RENOVATÓRIAS DE ACESSO À JUSTIÇA:1ª)GRAUIDADE DA JUSTIÇA AOS POBRES2ª)REPRESENTAÇÃO EM JUÍZO DOS INTERESSES OU DIREITOS DIFUSOS 3º) UM NOVO ENFOQUE SOBRE O ACESSO À JUSTIÇA QUE TEM TRÊS DIMENSÔES:1)ABRANGE AS ANTERIORES2)PROPÕE UM AMPLO E MODERNO PROCESSO DE REFORMA (REFORMAS PONTUAIS)OS PROCESSOS COLETIVOS SÃO TUTELAS DIFERENCIADAS.

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6 Ingresso e fases do movimento pela coletivização do direito processual no Brasil: GRANDES ETAPAS DO DIREITO COLETIVO NO BRASIL:

6.1 LACP (Lei nº 7.347/1985); AQUI QUE ENTROU NO BRASIL O MOVIMENTO MUNDIAL PELA COLETIVIZAÇÃO.

6.2 CR/1988; CONFERIU DIGNIDADE AOS DIREITOS MATERIAIS (direito fundamental) E PROCESSUAIS COLETIVO (garantia fundamental)

6.3 CDC (Lei nº 8.078/1990). Trouxe a classificação bipartida dos direitos coletivos.

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7 A tentativa de construção de uma quarta fase da evolução do movimento pela coletivização do direito processual no Brasil:

7.1 A proposta de Antonio Gidi e a elaboração do Código Modelo de Processos Coletivos para Ibero-América (2004);

7.2 A elaboração de Anteprojetos brasileiros de processos coletivos (2004-2008);

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7.3 A criação de uma Comissão de Juristas no Ministério da Justiça (2008), responsável pela elaboração do Anteprojeto da Nova LACP e sua conversão no PL n º 5.139/2009;

7.4 A criação no Senado Federal de Comissão de Juristas (dezembro 2010), responsável pela reforma do CDC (PLS 282/2012);

7.5 O Projeto da Lei de Judicialização de Políticas Públicas (PL 8.058.2014. Deputado Federal do PT, Paulo Teixeira).. É PROTEÇÃO DE INTERESSES E DIREITOS FUNDAMENTAIS. Õ PROF. NÃO CONCORDA COM A EXPRESSÃO JUDICIALIZAÇÃO DE POLITICAS PÚBLICAS.

7.6 A necessidade de uma nova etapa metodológica no plano dos movimentos de reformas legislativas: etapa do planejamento legislativo.

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8 O direito processual coletivo brasileiro como um novo ramo do direito processual:8.1 Surgimento como ramo autônomo; O PRIMEIRO A DEFENDER A AUTONOMIA DO DIREITO PROCESSUAL COLETIVO: GREGÓRIO.

8.2 Natureza jurídica;

8.3 Objeto formal (princípios e regras) e material;

8.4 Divisão;

8.5 Conceito e método (MÉTODO PLURALISTA);

8.6 Críticas à terminologia direito processual civil coletivo. PREFERÍVEL TIRAR O CIVIL.

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9 Institutos estruturais do direito processual coletivo como novo ramo do direito processual:9.1 Trilogia estrutural: ação coletiva; processo coletivo e jurisdição coletiva.9.2 Tetralogia estrutural: ação coletiva; processo coletivo; jurisdição coletiva; defesa no processo coletivo. (A DEFESA É AUTÔNOMA – A CF dispõe contraditório e ampla defesa). QUATRO ETAPAS DO CONTRADITÓRIO: Direito de informar o réu, direito de participar em simétrica paridade. Contraditório como dever de boa-fé objetiva (art. 10 do novo CPC).AMPLA DEFESA: alegar violação ao contraditório. A ampla defesa não está dentro do processo.9.3 Pentalogia estrutural: ação coletiva; processo coletivo; jurisdição coletiva; defesa no processo coletivo; coisa julgada coletiva. Segurança jurídica é direito fundamental básico previsto no art. 5º caput da CF.

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10 DIREITO PROCESSUAL COLETIVO (Questões Gerais):

10.1 A plena aplicabilidade dos princípios constitucionais processuais fundamentais ao direito processual coletivo;

10.2 Princípios específicos do Direito Processual Coletivo Comum:

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10.2.1 Princípio da flexibilização da categoria da admissibilidade processual ou do interesse jurisdicional no conhecimento do mérito do processo coletivo (arts. 1º, 2º e 3º, Título II,Capítulo I, e art. 5º, XXXV, todos da CR/1988; art. 9º do PL nº 5.139/2009) - No julgamento do RESp 1.177.453 – RS, o Ministro do STJ Mauro Campbell Marques aplicou esse princípio, de forma a permitir a flexibilização da categoria da admissibilidade processual ao admitir a correção da legitimidade ativa na ação civil pública sem extinção da demanda coletiva.

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10.2.2 Princípio da máxima prioridade da tutela

jurisdicional coletiva comum (arts. 1º, 3º e art.

5º, § 1º, todos da CR/1988; art. 3º, II, do PL nº

5.139/2009);AQUI É UMA LEGITIMAÇÃO

AUTÔNOMA PARA CONDUÇÃO DO PROCESSO.

NO COMUM É

10.2.3 Princípio da presunção de legitimidade

ad causam ativa pela afirmação de direito

coletivo tutelável (art. 5º, XXXV, art. 127,

caput, art. 129, III, § 1º, todos da Cr/1988; art.

5º da LACP e art. 82 do CDC);

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16.2.4 Princípio do máximo benefício da tutela Princípio do máximo benefício da tutela

jurisdicional coletiva comum jurisdicional coletiva comum (art. 103, § 3º, do

CDC; art. 36 do Projeto de Lei 5.139/2009).

TRANSPORTE IN UTILIBUS (transferência da

coletiva para a individual – já entra na fase de

liquidação- a coisa julgada coletiva é transferida

para o plano individual)

16.2.5 Princípio da máxima efetividade do

processo coletivo (Título II, Capítulo I, art. 5º,

XXXV; art. 5º, § 1º, todos da CR/1988; art. 20,

VIII, do Projeto de Lei 5.139/2009; art. 12, § 1º,

do Código-Modelo).

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16.2.6 Princípio da não-taxatividade da ação

coletiva (art. 5º, XXXV, art. 5º, § 2º, art. 129,

III, todos da CR/1988; art. 1º, IV, da LACP; art.

1º, V, do PL nº 5.139/2009).

16.2.7 Princípio da disponibilidade motivada e

Princípio da proibição do abandono da ação

coletiva (art. 5º, § 3º, da LACP; art. 9º da LAP;

art. 8º do PL nº 5.139/2009). A desistência

deve ser motivada. Porém, e proibido o juiz

extinguir por abandono que deverá intimar

outro órgão. Assim, nunca pode ocorrer a

perempção no processo coletivo.

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10.2.8 Princípio da obrigatoriedade da

execução coletiva pelo Ministério Público

(art. 16 da LAP e art. 15 da LACP).

10.2.9 Princípio da legitimidade ativa

concorrente e pluralista (arts. 5º, XXXV, 103,

125, § 2º; 129, § 1º, todos da CR/1988; art. 5º

da LACP; art. 82 do CDC; art. 6º do Projeto de

Lei 5.139/2009). A interpretação da

legitimidade é ampliativa. Ex. a OAB tem

legitimidade para defender o idoso podendo

estender ao deficiente e criança. Partido

político pode impetrar MS coletivo, poderia

também ajuizar ACP

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10.2.10 Princípio da interpretação aberta e flexível do pedido e da causa de pedir (art. 3º, Título II, Capítulo I, art. 5º, XXXV, todos da Cr/1988; art. 11 da LAP; art. 10 do Código-Modelo): A respeito da interpretação mais flexível do pedido, já decidiu o STJ: A prescrição tutela interesse privado, podendo ser compreendida como mecanismo de segurança jurídica e estabilidade. O dano ambiental refere-se àquele que oferece grande risco a toda humanidade e à coletividade, que é a titular do bem ambiental que constitui direito difuso. Destacou a Min. Relatora que a reparação civil do dano ambiental assumiu grande amplitude no Brasil, com profundas implicações, na espécie, de responsabilidade do degradador do meio ambiente, inclusive imputando-lhe responsabilidade objetiva, fundada no simples risco ou no simples fato da atividade danosa, independentemente da culpa do agente causador do dano. O direito ao pedido de reparação de danos ambientais, dentro da logicidade hermenêutica, também está protegido pelo manto da imprescritibilidade, por se tratar de direito inerente à vida, fundamental e essencial à afirmação dos povos, independentemente de estar expresso ou não em texto legal. No conflito entre estabelecer um prazo prescricional em favor do causador do dano ambiental, a fim de lhe atribuir segurança jurídica e estabilidade com natureza eminentemente privada, e tutelar de forma mais benéfica bem jurídico coletivo, indisponível, fundamental, que antecede todos os demais direitos – pois sem ele não há vida, nem saúde, nem trabalho, nem lazer – o último prevalece, por óbvio, concluindo pela

imprescritibilidade do direito à reparação do dano ambiental. Mesmo que o pedido seja genérico, havendo elementos suficientes nos autos, pode o magistrado determinar, desde já, o montante da reparação. REsp 1.120.117-AC, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 10/11/2009.

• 

Page 47: Direito processual coletivo  assagra

10.2.11 Princípio da priorização da tutela jurídica coletiva preventiva (arts. 1º, e 5º, XXXV, da CR/1988): a importância da diferenciação de ilícito de dano (ATACÁVEL POR MEIO DA TUTELA RESSARCITÓRIA) e a necessidade de combater o ilícito pela tutela inibitória TUTELA PREVENTIVA: PARA REMOVER O ILÍCITO MESMO QUE AINDA NÃO TENHA OCORRIDO O DANO. O ILÍCITO É TODA OMISSIVA OU COMISSIVA CONTRÁRIO AO DIREITO. O DANDO É A CONSEQUEQUENCIA DO ILÍCITO.O ART. 495 DO NOVO CPC PREVÊ TUTELA INIBÍTÓRIA.

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10.2.12 Princípio da máxima amplitude da tutela jurisdicional coletiva comum: com base no princípio da máxima amplitude da tutela jurisdicional coletiva comum são admitidos todos os tipos de ações, procedimentos, provimentos e medidas necessárias e eficazes para a tutela dos direitos coletivos. Tem esse princípio previsão expressa na lei (art. 83 do CDC, em sua combinação com o art. 21 da LACP, que lhe confere hipereficácia na sua condição de norma de superdireito processual coletivo comum). Este princípio também está presente nos arts. 212 do ECA (Lei 8.069/90) e art. 82 do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) No sentido da interpretação ampliativa e da máxima amplitude da tutela jurisdicional, decidiu o

STJ: REsp 625249 /PR RECURSO ESPECIAL2004/0001147-9 / Ministro LUIZ FUX (1122) / T1 - PRIMEIRA TURMA/ Data de Julgamento: 15/08/2006. PROCESSO CIVIL. DIREITO AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA TUTELA DO MEIO AMBIENTE. OBRIGAÇÕES DE FAZER, DE NÃO FAZER E DE PAGAR QUANTIA. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE PEDIDOS ART. 3º DA LEI 7.347/85. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA. ART. 225, § 3º, DA CF/88,

ARTS. 2º E 4º DA LEI 6.938/81, ART. 25, IV, DA LEI 8.625/93 E ART. 83 DO CDC. PRINCÍPIOS DA PREVENÇÃO, DO POLUIDOR-PAGADOR E DA REPARAÇÃO INTEGRAL.

Page 49: Direito processual coletivo  assagra

QUATRO DIMENÇÕES DA MÁXIMA AMPLITUDE.

MAXIMA AMPLITUDO DE:

1)CAUSA DE PEDIR, 2)PROCEDIMENTO3)DE PROVAS, 4) DE PROVIMENTO

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11 Regras interpretativas do direito processual coletivo comum:

11.1 Completa e perfeita interação entre o CDC e a LACP (art. 90 do CDC e art. 21 da LACP);

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11.2 Exigibilidade de compatibilidade necessária para a aplicação subsidiária do CPC no direito processual coletivo comum (art. 19 da LACP; art. 69 do Projeto de Lei 5.139/2009): a necessidade de compatibilidade formal e material.

11.3 CDC e a LACP como diplomas fixadores de normas de superdireito processual coletivo comum (arts. 21 da LACP e 90 do CDC). São normas gerais do sistema. Não importa se a questão é ambiental, trabalhista. Aplica o CDC E A LACP

11.4 A aplicabilidade de todas as regras interpretativas e principiológicas do direito constitucional ao direito processual coletivo e às ações coletivas.

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12 O Novo CPC (Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015) e 12 O Novo CPC (Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015) e seus prováveis efeitos no Processo Coletivo:seus prováveis efeitos no Processo Coletivo:12.1 O Novo CPC é realmente um Novo Código?Para ser um 12.1 O Novo CPC é realmente um Novo Código?Para ser um novo Código tem que inovar. E o art. 3º renovou dnando novo novo Código tem que inovar. E o art. 3º renovou dnando novo conceito de acesso à justiça.conceito de acesso à justiça.12.2 Houve o devido planejamento do Novo CPC?12.2 Houve o devido planejamento do Novo CPC?

12.3 A aplicabilidade das normas do CPC aos Processos 12.3 A aplicabilidade das normas do CPC aos Processos

Coletivos continuará sendo limitada e condicionada com o Coletivos continuará sendo limitada e condicionada com o

Novo CPC (Lei Federal nº 13.105/2015)?Novo CPC (Lei Federal nº 13.105/2015)?

•Ver artigo 18 do Novo CPC (Ver artigo 18 do Novo CPC (Ninguém poderá pleitear direito Ninguém poderá pleitear direito

alheio em nome próprio, salvo qundo autorizado pelo alheio em nome próprio, salvo qundo autorizado pelo

ordenamento jurídicoordenamento jurídico) e, também, artigo 506 do Novo CPC () e, também, artigo 506 do Novo CPC (A A

sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada,

não prejudicando terceirosnão prejudicando terceiros.) .) A coisa julgada é inter partes e pro et contra.A coisa julgada é inter partes e pro et contra.

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Enunciado Carta de Tiradentes. A aplicabilidade do Novo CPC ao direito processual coletivo continuará sendo limitada e condicionada à presença de compatibilidade formal e material.

O Novo CPC deveria ter disciplinado o sistema de tutela O Novo CPC deveria ter disciplinado o sistema de tutela coletiva?coletiva?

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13 CONSIDERAÇÕES FINAIS:

13.1 O direito processual coletivo é um novo ramo do direito processual;

13.2 O direito processual coletivo é mecanismo constitucional de promoção da transformação positiva da realidade social por intermédio do Judiciário (arts. 3º e 5º, XXXV, da CR/1988);

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13.3 A priorização da tutela jurídica preventiva é fundamental para a eficácia social do direito processual coletivo (art. 1º, 3º e 5º, XXXV, da CF/1988);

13.4 Ainda não é o momento adequado para a criação no Brasil de um Código de Direito Processual Coletivo.

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TERCEIRA PARTE

Introdução às Ações Coletivas e Ação Civil Pública

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1 Conceito de ação coletiva: deverá levar em conta, preponderantemente o objeto material (a tutela de direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos)

2 Natureza jurídica: deverá ser estuada em várias dimensões, especialmente no plano do direito constitucional.

3 Objeto material: os direitos conceituados no parágrafo único do art. 81 do CDC.

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4 Posições que o Ministério Público poderá ocupar nas ações coletivas:

4.1 Demandante: representante adequado constitucionalmente (art. 127, caput, art. 129, II e III, da CF, art. 5º da LACP e art. 82 do CDC) e legitimado com exigência somente pertinência temática geral;

4.2 Órgão interveniente: a) assistencial (assiste à parte); b) fiscal da ordem jurídica (art. 127, caput, da CF – art. 5º, § 1º, da LACP;

4.3 Polêmicas: O Ministério Público poderá ser demandado nas ações coletivas? Pode ser em ações para anulação de TAC

4.4 Polêmicas: O Ministério Público na defesa dos direitos ou interesses individuais homogêneos – correntes. Só se tiver interesse social que pode ser presumido.

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5 Ação Civil Pública:

5.1 Conceito e natureza jurídica da ACP:

5.2 Objeto Material da ACP:

a) direitos tuteláveis;

b) questões polêmicas sobre o objeto material;

c) questões previdenciárias: STJ, AgRg no Recurso Especial nº 1.214.633 SC, Quinta Turma, j. 02.08.2011, relatora Ministra Laurita Paz; STJ Recurso Especial nº 946.533 PR, Sexta Turma, relatora Maria Thereza de Assis Moura, j. 10 de maio de 2011; STF, AgR no AI 516.419/PR, 2º Turma, rel. Ministro Gilmar Mendes – Orientações firmadas no sentido da legitimidade do Ministério Público pela presença de interesse social.

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5.3 Condições da ação na ACP: interesse processual e legitimidade;5.4 Legitimidade na ACP: a)ativa (natureza jurídica, características e interpretação); Características: pluralista, concorrente e disjuntiva (um pode comparecer sem o outro)b) passiva; c) legitimidade passiva do grupo - ação coletiva passiva ou substituição processual no polo passivo?Discute-se a representação adequada no polo passivo.

d) Legitimidade ativa, pertinência temática e representação adequada

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5.5 Competência e prevenção na ACP:

a) natureza jurídica da competência na ACP?Territorial –functional.

b) art. 2º da LACP: competência e prevenção;ONDE PRIMEIRO FOI AJUIZADA A AÇÃO. DIFERENTE DO CPC QUE PODE SER DESPACHO OU CITAÇÃO VÁLIDA.

c) art. 93 do CDC e sua aplicabilidade na ACP;

d) dano local, regional e nacional;

e) competência no primeiro grau;

f) competência nos Tribunais.

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5.6 Despesas Processuais: art. 18 da LACP e art. 87 do CDC – aplicabilidade do art. 88, parágrafo único, da Lei nº 10.741/2003;

5.7 Recursos: todos do CPC são cabíveis, mas, em regra, o efeito será somente o devolutivo (art. 14 LACP);

5.8 Coisa julgada: art. 16 LACP e art. 103 do CDC – o art. 103 deverá prevalecer por ser norma posterior;

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5.9 Litispendência: art. 104 do CDC não há efeito negativo da litispendência entre ação coletiva e ação individual – é possível a identidade entre ações coletivas (basta identidade entre demandados, causas de pedir e pedidos), mas o mais adequado será a reunião entre as ações e não a extinção; contudo, a matéria é polêmica.

5.10 Execução coletiva: aplica-se o CDC (arts. 97-100), o CPC - nos casos de pagamento em quantia deverão ser observados os art. 13 LACP e art. 18 da Lei nº 8.429/1992, conforme o caso. Aplicabilidade pelo diálogo das fontes dos arts. 60-68 da Lei nº 8.884/1994.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS:

1 As ações coletivas possuem natureza constitucional fundamental e, portanto, devem ser interpretadas ampliativamente.

2 O que caracteriza uma ação como individual ou coletiva é o seu objeto material.

3 Ação coletiva é toda ação que tutela direito ou interesse difuso, coletiva ou direitos ou interesses individuais homogêneos.

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4 As ações coletivas são imprescritíveis;

5 Não cabe interpretação restritiva em relação às coletivas e ao seu objeto material.

6 As ações coletivas poderão ser de conhecimento; de conhecimento-efetivação; de execução; cautelar; e antecipatórias efeitos da tutela satisfativa.

7 As causas de pedir nas ações coletivas são valorativas, sociológicas e complexas.

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8 É cabível a fungibilidade entre ações coletivas.

9 As ações coletivas são, em regra, concorrentes.

10 As ações coletivas possuem carga de eficácia que lhes confere aplicabilidade imediata.

11 Nas hipóteses de direitos difusos de dimensão individual, o ajuizamento e a procedência de ação individual poderá beneficiar reflexamente, no mundo dos fatos, direito difuso.

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12 Por força de comando constitucional, o Ministério Público é o principal representante adequado nas ações coletivas.

13. O Ministério Público poderá atuar nas ações coletivas como: demandante (autor); interveniente assistencial (parte adesiva ativa quando não for o autor) e interveniente especial (agora, por imposição constitucional, fiscal da ordem jurídica).

14. O Ministério Público está isento das despesas processuais provisórias e definitivas, inclusive em relação às custas recursais.

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FINAL

MUITO OBRIGADO!