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ESCOLA DE THEOLOGIA MINAS GERAIS

Doutrina de Deus - Prof Sandro Valentin

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ESCOLA DE THEOLOGIA MINAS GERAIS

ETHEMG- ESCOLA DE THEOLOGIA MINAS

GERAISPROF SANDRO [email protected](31) 8353-9579 / 9581-6544

Leitura Bíblica inicial.

Mateus 22. 23 a 30

Qual é a diferença entre religião e teologia?

Religião é a prática, teologia o conhecimento. É possível ser religioso sem o conhecimento sistemático(estudo sobre Deus e de suas relações com o universo e com suas escrituras posto em ordem sistemática progressivo.) e doutrinário ou ser um teólogo sem ser verdadeiramente religioso.

Qual é o valor da teologia para você?

Alguém leia alto:Efésios 6. 17 a 20

- É de suma importância para que você tenha um conhecimento doutrinário e

após o conhecimento expor com autoridade as verdades em ordem

sistemática. Quando estamos convictos de um fato e o podemos provar, nós agimos

com mais liberdade e autoridade.- É indispensável para o pleno

desenvolvimento do caráter cristão: Quando a crença é firme o caráter

também é firme. Crença bem definida, produzem convicções bem definidas.

1- QUEM É DEUS PARA VOCE?2- QUAL A ORIGEM DE DEUS?

3- DEUS É DE QUAL SEXO? (Papel social de figuras paternas e maternas na

antiguidade).4- QUANTOS DEUSES EXISTEM NO MUNDO?

5- POR QUE DEUS PRECISOU SE MANIFESTAR AO HOMEM PARA

QUE ESTE O CONHECESSE?6- QUAL DAS TRÊS PESSOAS DA TRINDADE É A

MAIOR?7- QUAL É A IMAGEM DE DEUS?

8- COMO PROVAR A EXISTÊNCIA DE DEUS PARA OS OUTROS?

Vocês se sentem prontos para responder a qualquer um que lhe perguntar a razão da esperança

que há em vós???

Ao final desta aula você estará melhor esclarecido sobre assuntos relacionados á pessoa de Deus, podendo argumentar contra qualquer informação que não tenha respaldo do texto bíblico.

O objetivo desta disciplina é nos trazer informações de maneira

sistemática acerca da pessoa de Deus.• - Quem é Deus, sua Deidade, natureza.• - Teorias humanas sobre sua pessoa.• - Provas racionais, argumentos usados para

comprovar sua existência • - Posição de alguns filósofos• - Títulos e atributos de Deus• - Paternidade, pessoa e gênero de Deus• - A Trindade e decretos particulares de Deus

Origem do entendimento, do conhecimento sobre a

existência e Pessoa de Deus Para você, qual a origem do conhecimento que o homem possui sobre

a pessoa de Deus?• Pela intuição – Pressentimento,

percepção• Pela razão – faculdade de avaliar e

provar por argumentos• Pela tradição – transmissão de

geração a outra, ineficiente devido as mudanças.

• Segundo a Bíblia – ela não discute nem tenta provar sua existência, mas simplesmente afirma que Ele é a causa de tudo.

TEORIAS HUMANAS SOBRE A PESSOA DE DEUS

Ateísmo – etmológicamente - é “não de Deus” – negativa franca e positiva da existência de Deus. Não se aplica à mera ignorância da existência de Deus. O ateu é mais um objeto teórico do que prático. Do ponto de vista Humano há dois tipos de ateísmos

1. Pratico – vivem como se Deus não existisse pois nega sua influencia na conduta humana

2. Teórico – aqueles que encontram para tudo em seus questionamentos filosóficos, uma explicação pela causalidade, não estando familiarizados com as explicações regressas

Diferentes manifestações de ateísmo

- - Pseudo-ateus - negam sua existência mas crêem num criador – questão metafísica – ausência de Deus no universo- Absolutos – Através de instrumentos psicológicos procuram constatar a ausência de Deus e fundamentar suas teorias. Idolatram a matéria para povoar a existência diminuindo a angústia- Positivo - luta incessante em combater tudo que lembra Deus. Vem daí o desejo de saber tudo, e conquistar tudo com o auxílio da técnica da ciência e do racional.- Negativo - processo de orientação consciente no sentido de que não há Deus, é angustiante e, cultiva um vazio que arruína qualquer existência, mergulha no aniquilanismo voluntário.- Critico – num mundo secularizado, marcado pela exatidão da ciência, questionam a permanência de Deus, com objetivo de nega-lo, alegando que á luz da ciência não há mistérios.

Como se preparar para enfrentar

as manifestações do ateísmo?• Inteligência, • esperteza, • poder hermenêutico filosófico, • conhecimento bíblico-teológico

significativo, • discernimento espiritual e as

armaduras espirituais.

Panteísmo –

• etimologicamente é: “DEUS É O TODO OU O TODO É DEUS”

• Crença de que Deus está em todas as coisas,

• e todas as coisas são Deus, confundindo Deus

• com a natureza, matéria com espírito e o

• Criador com as criaturas.

- Emanantista – todo o universo emana (sai) de Deus. (absorve Deus no mundo – corrente do panteísmo) - Realista – Todos os seres criados são fenômenos de Deus. - Idealista – entre as coisas finitas e o principio absoluto a relação é a mesma- reduz a Idade de Deus à mesma do Universo. - Evolucionista – Deus está no termo da transformação universal. Deus não é mas, se fez. É uma forma imanente que move o mundo pelo interior e dirige sua evolução.

Avatar Um deus panteísta

Imagem

Algumas Teorias humanas acerca da pessoa de Deus

• - Ceticismo - Atitude ou doutrina segundo a qual o homem não pode chegar a qualquer conhecimento indubitável(incontestável), quer nos domínios das verdades de ordem geral, quer no de algum determinado domínio do conhecimento. Em maior ou menor escala é a dúvida arraigada de que Deus

• - Dualismo – Qualquer teoria filosófica que pressupõe duas substancias primárias distintas, coexistência de dois princípios ou posições contrárias, opostas, usado para designar tipos diferentes.

• Não dá para aceitarmos essa filosofia no todo, pois afirma que existe dois princípios eternos: O mal e o bem. O BEM que é Deus é eterno, porém o MAL que é diabólico não é eterno.

Jo 8.441 Jo 1.5

- Teísmo – doutrina que admite a existência de um Deus pessoal.

- Politeísmo – É a crença na existência de vários deuses inclusive com adoração

- Monoteísmo - Sistema ou doutrina daqueles que admitem a existência de um único Deus

• Gnosticismo e Agnosticismo – vem de gnoses, saber por excelência. Ligado ao sentido de estudos dos limites da faculdade humana de conhecimento e dos critérios que condicionam a validade dos nossos conhecimentos

• Gnóstico – Advogam que Deus estaria bem distante deste mundo. Não há possibilidade dele tocar na matéria pois o contaminaria. Alegam que Deus é um ser desconhecido, inefável(encantador) , acerca de quem nada pode ser atribuído. Deus estaria distante demais e somente através de 30 emanações angelicais pode se ter acesso a Ele. Coloca que esses anjos é que devem ser adorados pois seriam responsáveis pela nossa redenção. Procuram sempre distancia do Deus das criaturas e negar a realidade da natureza de Cristo.

• - Agnóstico – Não afirma a existência de um Deus, nem nega a existência Dele, mas evita o juízo de valores. Para o agnóstico é impossível saber se Deus existe.

Transcendência de Deus – Ele é elevadíssimo, está muito distante além

do nosso alcance, superior,

- Imanência de Deus - Diz-se daquilo de que um ser participa, ou a que um ser tende, ainda que por intervenção de

outro ser. Deus interage com as coisas que Ele criou.

- Deísmo – Ponto de vista segundo o qual Deus criou o mundo mas não o sustenta providencialmente, ou seja, crê que Ele existe mas não interagem com o mundo. Ef. 4.6 .

Provas racionais da Existência de Deus:Principais

Argumentos:• Cosmológico.

Da palavra grega Kosmos, “mundo”. O universo é um efeito que exige uma causa adequada, e a única causa suficiente é Deus (Sl 19.1).

2) Teleológico. Da palavra grega Telos, “fim”. O universo não apenas prova a existência de um Criador, mas indica a existência de uma Planejador (Rm 1.18-20). Há um propósito observável no universo que indica a existência de Deus como seu planejador.

3) Antropológico. Da palavra grega anthropos, “homem”. Já que o home é um ser moral e intelectual, deve ter um Criador que também seja moral e inteligente (At 17.29). A natureza moral, os instintos religiosos, a consciência e a natureza emocional do homem argumentam em favor da existência de Deus.

4) Ontológico. Da palavra grega on, “existente, ser”. O homem tem a idéia inerente de um Ser Perfeito. Esta idéia naturalmente inclui o conceito de existência, já que um ser, em tudo mais perfeito, que não existisse, não seria tão perfeito quanto um ser perfeito que existisse. Portanto, visto que a idéia de existência está contida na idéia de um Ser Perfeito, esse Ser Perfeito deve necessariamente existir.

Argumentos Bíblicos para a Existência de Deus:

Os autores bíblicos tanto presumem quanto defendem a existência de

Deus.

Posição de Filósofos e teólogos sobre Deus. Títulos conferidos à

Pessoa de Deus• Não há um versículo com contexto que nos indique um nome

para a pessoa de Deus. Os títulos ou nomes dados a Deus são dados de acordo com os acontecimentos.

• Entre os Hebreus era costume dar um nome para o filho recém nascido referente as circunstâncias relacionadas com nascimento ou o futuro da criança. Segundo a mentalidade antiga o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado.

• - Para nós o nome geral de Deus é subdividido em muitos nomes , que expressam o multiforme ser de Deus. Os nomes de Deus não são uma invenção humana, mas tem origem divina, , embora tomado da linguagem humana e derivados das relações humanas e terrenas. Foram dados por Deus com a certeza de que contem, em certa medida, uma revelação do ser divinO.

Títulos conferidos à Pessoa de Deus- Antigo Testamento

• 1) Javé (Yahweh):A. Significado - O Auto-Existente (de Ex 3.14, “Eu Sou o Que Sou”). B. Características - É o nome do relacionamento entre o verdadeiro Deus e Seu povo, e, quando usado, enfatiza a santidade de Deus, o Seu ódio pelo pecado e amor aos pecadores.

• 2) Elohim:A. Significado - O Forte. B. Características - É uma palavra usada para o verdadeiro Deus e deuses pagãos. É um substantivo plural, o chamado plural majestático. O plural permite a revelação subsequente da Trindade no N.T., mas não ensina a Trindade propriamente dita.

• 3) Adonai:A. Significado - Senhor, Mestre. B. Características - Usado para homens de Deus, e indica o relacionamento senhor-servo,

Nomes Compostos do Antigo Testamento

• 1) com El:A. El Elyon - traduzido por Altíssimo (Is 14.13,14).B. El Roi - O Forte que Vê (Gn 16.13).C. El Shaddai - Deus Todo-Poderoso (Gn 17.1-20).D. El Olam - O Eterno Deus (Is 40.28).

• 2) com Javé:

A. Javé Jireh - O Senhor Proverá (Gn 22.13,14).B. Javé Nissi - O senhor é minha bandeira (Ex 17.15).C. Javé Shalom - O Senhor é paz (Jz 6.24).D. Javé Sabbaoth - O Senhor dos Exércitos (1Sm 1.3).E. Javé Maccadeshkem - O Senhor que te santifica (Ex 31.13).F. Javé Raah - O Senhor é o meu Pastor (Sl 23.1).G. Javé Tsidkenu - O Senhor justiça nossa (Jr 23.6).H. Javé El Gmolah - O Senhor Deus da recompensa (Jr 51.56).I. Javé Nakeh - O Senhor que fere (Ez 7.9).J. Javé Shammah - O Senhor que está presente (Ez 48.35)

TESTEMUNHAS DE JEOVA E O NOME DE DEUS

• As Testemunhas de Jeová alegam ser eles a única religião que usa o nome divino, a única que santifica o nome de Deus. No livro "PODERÁ VIVER PARA SEMPRE NO PARAÍSO", pág. 184 diz: "Como identificar uma religião verdadeira"; ali eles apresentam cinco características de uma religião verdadeira. A primeira é "SANTIFICAR O NOME DE DEUS".

Para eles, santificar o nome de Deus é chamar Deus pelo nome e divulgá-lo, mencionando Mt 6.9 e Jo 17.6. É importante deixar claro que apesar de Jesus ter dito "Tenho feito manifesto o teu nome", Ele nunca chamou Deus de Jeová.

Por que Jesus nunca chamou Deus de Jeová, ou melhor, dizendo, nunca pronunciou o Seu nome, sendo que as Testemunhas de Jeová alegam que é importante chamar Deus pelo nome?

Eles alegam também que toda pessoa tem um nome, então é lógico que Deus também tenha um nome; dizem também que o nome é para diferenciar o Deus criador dos deuses falsos. Por exemplo: como Deus pode ouvir sua oração se você chamá-lo pelo título "Deus", sabendo que existem outros deuses? Assim Ele não saberia quem você estaria invocando. Isto é um absurdo, caro leitor!

Será que Deus tem um único nome, ou tem outros nomes que nós podemos usá-los para nos referir a Ele? As Testemunhas de Jeová respondem. Livro Jeová, pág. 8:

"Jeová, o imortal... Ele tem se revelado as suas criaturas pelo seu nome Jeová; pelo seu nome Deus...; pelo seu nome Todo-Poderoso...pelo seu nome Altíssimo".

QUESTÃO DA PRONUNCIA

• No hebraico escrevia-se somente com consoantes; as vogais eram somente pronunciadas, isto é, as vogais eram transmitidas, através das gerações do povo de Israel, oralmente e não de forma escrita, visto que a escrita da língua hebraica possuía apenas as consoantes.

Naquele período era fácil para o judeu porque a língua hebraica era uma língua cotidiana, então eles não tinham dificuldade em pronunciar as palavras. No momento da pronúncia, eles supriam corretamente as consoantes com as devidas vogais.

Depois o hebraico entrou em declínio. Por muitos anos, devido a fatores históricos inelutáveis. Somente no século VI depois de Cristo, é que começaram a surgir os "Massoretas" (do hebraico "massorah", que quer dizer "tradição") os quais instituíram um sistema de pontos e sinais representando as vogais, ou melhor, dizendo, os sons vocálicos abertos e fechados, e por isso são chamados "sinais massoréticos". Estes sinais eram colocados acima, abaixo e até mesmo dentro das consoantes. Convém frisar que essas anotações não fazem parte do texto sagrado original, visto que os manuscritos originais hebraicos são puramente consonantais.

Por essa razão, a palavra que hoje se conhece como Jeová constava unicamente de quatro letras, isto é, quatro consoantes hebraicas que transliteradas são: YHVH, conhecidas como o tetragrama. Portanto não devemos afirmar que a pronúncia do texto massorético de hoje seja exatamente a mesma dos tempos bíblicos.

O TETRAGRAMA YHVH• Por que os judeus não pronunciavam o nome divino?

• Quando Moisés recebeu os dez mandamentos, Ex. 20.1-17, o versículo 7 - “Não tomarás o nome do YHVH teu Deus em vão: porque o YHVH não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" - deixa claro que Deus não ia tomar por inocente o que invocasse seu nome em vão.

• Quando os judeus se deparavam com YHVH, automaticamente eles pronunciavam, liam e falavam Adonay que significa Senhor.

• Devido a este temor ou superstição, os judeus deixaram de pronunciar o nome divino. Portanto, não temos como saber que vogais eles usavam na pronúncia do tetragrama YHVH.

É digno de nota que as Testemunhas de Jeová reconhecem que ninguém sabe a pronúncia correta do nome divino. Você leitor pode certificar-se disso examinando a "BROCHURA” (literatura produzida pelas Testemunhas de Jeová) O NOME DIVINO QUE DURARÁ PARA SEMPRE, pág. 7 subtítulo: Como é pronunciado o nome de Deus diz: "A verdade é que ninguém sabe com certeza como o nome de Deus era pronunciado originalmente". Na mesma página, no rodapé, diz: "Portanto, é evidente que a pronúncia original do nome de Deus não mais é conhecida. Nem é realmente importante. Se fosse, o próprio Deus se teria certificado de que fosse preservada para o nosso uso".

• Em outra literatura das Testemunhas de Jeová, "PODERÁ VIVER PARA SEMPRE NO PARAÍSO NA TERRA", pág. 43 parágrafo 11 encontramos: "Portanto, o problema hoje é que não temos meios de saber exatamente que vogais os hebreus usavam junto com as letras YHVH".

QUANDO SURGIU O NOME JEOVÁ?

• No hebraico moderno do século VI depois de Cristo, os Massoretas colocaram os sinais das vogais adonay nas consoantes do tetragrama, daí em diante que os clérigos católicos começaram a tentar escrever o nome divino: Iahweh, Jehovah, Iavé e Jeová.

• A partir do ano de 1514 depois de Cristo, começaram a usar o nome JEOVÁ e assim ficou conhecido e usado não porque seja a forma correta, mas por questão de ser bem mais conhecida.

• Portanto, em algumas traduções João Ferreira de Almeida, revista e corrigida, antigas, ali encontram o nome Jeová (somente no Antigo Testamento). Esta é a forma incorreta. O certo é Senhor ou Iahweh que estão com as vogais de Adonay que se traduz por Senhor.

ATRIBUTOS DE DEUS• Qual a diferença entre atributos e

nomes de Deus?• Definição:

Um atributo é uma propriedade intrínseca ao seu sujeito, pela qual ele pode ser distinguido ou identificado.

Trindade – Pág. 309 e 316