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Set/2010 e-INFORMATIVO 03 Centro Universitário Nilton Lins Pró-Reitoria de Ensino e Graduação Pró-Reitoria de Planejamento e Avaliação Núcleo de Educação a Distância/NEAD http://enadeblog.blogspot.com/

E informativo 3 set2009

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e-informativo da Uninilton Lins que traz textos selecionados sobre temas de Formação Geral, como ecologia, meio ambiente, direitos humanos, entre outros.

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Set/2010

e-INFORMATIVO 03

Centro Universitário Nilton Lins Pró-Reitoria de Ensino e Graduação

Pró-Reitoria de Planejamento e Avaliação Núcleo de Educação a Distância/NEAD

http://enadeblog.blogspot.com/

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APRESENTAÇÃO

Oi, pessoal

A universidade tem o papel de preparar os

acadêmicos para o mundo do trabalho, mas sua

missão vai mais além: formar profissionais éticos,

competentes e comprometidos com a sociedade na

qual vivem; cidadãos que possam ser agentes ativos

na construção de uma sociedade mais solidária,

atenta às questões ambientais e de responsabilidade

social e respeituosa com as minorias.

No e-INFORMATIVO 03 preparamos para vocês textos selecionados pela Pró-reitoria

de Graduação da Uninilton Lins que tratam sobre assuntos gerais. A leitura desse material

permitirá ampliar sua visão sobre temas interessantes e atuais, como ecologia, globalização,

desenvolvimento sustentável, multiculturalismo, direitos humanos e cidadania, inclusão

digital, entre outros. Confira!

Informações & contatos: na coordenação do seu curso, no NAPS de Medicina (Unicenter) ou através

dos e-mails: [email protected]; [email protected] e [email protected]

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A FORMAÇÃO GERAL

A Formação geral demandada ao formando na universidade considera a formação de

um profissional ético, competente e comprometido com a sociedade em que vive. Os

principais temas que envolvem essa formação são:

I - ecologia;

II - biodiversidade;

III - arte, cultura e filosofia;

IV – mapas geopolíticos e socioeconômicos;

V - globalização;

VI - políticas públicas: educação, habitação, saneamento, saúde, segurança,

defesa, desenvolvimento sustentável;

VII - redes sociais e responsabilidade: setor público, privado, terceiro setor;

VIII - relações interpessoais: respeitar, cuidar, considerar, conviver;

IX – sociodiversidade: multiculturalismo, tolerância, inclusão;

X - exclusão e minorias;

XI – relações de gênero;

XII - vida urbana e rural;

XIII - democracia e cidadania;

XIV - violência;

XV - terrorismo;

XVI - avanços tecnológicos;

XVII - inclusão/exclusão digital;

XVIII - relações de trabalho.

Alguns destes temas são definidos a seguir:

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CULTURA

O conceito de cultura é amplo, mas podemos defini-la como o conjunto de hábitos,

costumes de um povo, cuja língua reúne e transmite de geração a geração as

tradições e práticas cotidianas.

Compõe ainda este conceito a noção de religião, cujas crenças e rituais marcam as

mais variadas atividades humanas.

MULTICULTURALISMO

Na contemporaneidade, a convivência entre as mais diversas culturas tornou-se

uma necessidade.

Os processos migratórios, decorrentes das novas relações de trabalho, tornam os

espaços, principalmente urbanos, em lugares de convivência dos mais diversos

segmentos culturais.

DEMOCRACIA

É a tendência da organização política mundial.

Baseia-se no princípio da igualdade de direitos para todos.

Entretanto, para que ela seja real nos dias atuais, é necessário que todos sejamos

conscientes de que ela resulta de um esforço contínuo

ECOLOGIA

Ecologia é um conceito que a maioria das pessoas já possui intuitivamente, ou seja, sabemos que nenhum organismo, sendo ele uma bactéria, um fungo, uma alga, uma árvore, um verme, um inseto, uma ave ou o próprio homem, pode existir autonomamente sem interagir com outros ou mesmo com ambiente físico no qual ele se encontra. Ao estudo dessas inter-relações entre organismos e o seu meio físico chama-se Ecologia. Mas, para termos uma definição histórica: “Pela palavra ecologia, queremos designar o conjunto de conhecimentos relacionados com a economia da natureza - a investigação de todas as relações entre o animal e seu ambiente orgânico e inorgânico, incluindo suas relações, amistosas ou não, com as plantas e animais que tenham com ele contato direto ou indireto, - numa palavra, ecologia é o estudo das complexas inter-relações, chamadas por Darwin de condições da luta pela vida”. Foi assim que Ernest Haeckel, em 1870, definiu ecologia.

Assim, como em qualquer outra área, em Ecologia são definidas unidades de estudo, as quais são fundamentais para melhor compreensão desta Ciência. Utilizando-se um modelo de níveis de organização, fica mais fácil de compreendermos as unidades de estudo da Ecologia. Fonte: http://educar.sc.usp.br

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Para saber mais:

Reciclagem : http://www.suapesquisa.com/reciclagem/ Poluição ambiental: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/ecologia.htm Desenvolvimento sustentável: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/ecologia.htm Educação ambiental: http://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/educacao_ambiental.htm Biocombustível: http://www.biologo.com.br/ecologia/ecologia8.htm

BIODIVERSIDADE

O termo biodiversidade ou diversidade biológica inclui a diversidade ecológica e

genética. A diversidade ecológica se refere ao número de espécies em determinadas

áreas, o papel ecológico que estas espécies desempenham, o modo como a

composição de espécies muda conforme muda a região e o agrupamento de espécies

que ocorrem em áreas específicas, junto com os processos e interações que ocorrem

dentro destes sistemas.

Em anos recentes, a intervenção humana em habitats que eram estáveis aumentou significativamente, gerando perdas maiores de biodiversidade. Biomas estão sendo ocupados, em diferentes escalas e velocidades. Áreas muito extensas de

vegetação nativa foram devastadas no Cerrado do Brasil Central, na Caatinga e na Mata Atlântica. É necessário que sejam conhecidos os estoques dos vários biomas naturais e dos modificados existentes no Brasil, de forma a desenvolver uma abordagem equilibrada entre conservação e utilização sustentável da diversidade biológica, considerando o modo de vida das populações locais. São sete os biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Pampas e Zonas Costeira e Marítima.

Figura 1- Fonte: www.felipex.com.br/ms_biomas_bras.htm

POLÍTICAS PÚBLICAS (Educação)

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Políticas públicas compreendem as decisões de governo em diversas áreas

(educação, habitação, saneamento, saúde, segurança, defesa, desenvolvimento

sustentável, por exemplo) que influenciam a vida de um conjunto de cidadãos. São os

atos que o governo faz ou deixa de fazer e os efeitos que tais ações ou a ausência

destas provocam na sociedade.

Fonte: http://www.semu.ma.gov.br

A educação é um direito fundamental, universal e inalienável e é dever do

Estado implementar políticas públicas que são as ferramentas para que se torne capaz

de garantir sua qualidade social, bem como o acesso e permanência de todos;

construir espaços de participação direta, indireta e representativa, nos quais a

sociedade civil possa atuar efetivamente na definição, gestão, execução e avaliação

dessas políticas públicas educacionais. É tarefa de todos que acreditam no direito à

educação exigir que o Estado efetive políticas públicas para a educação de qualidade,

concebendo-a não como simples acesso às escolas e sim à garantia ao conhecimento

historicamente construído.

O Ministério da Educação propôs, em 2008, o Plano de Desenvolvimento da

Educação (PDE) cujos programas podem ser organizados em torno de quatro eixos

norteadores amplos: educação básica, educação superior, educação profissional e

alfabetização.

Um dos principais pontos do PDE é a formação de professores e a valorização

dos profissionais da educação. Nesse sentido, o PDE promove o desdobramento de

iniciativas fulcrais levadas a termo recentemente, quais sejam: a distinção dada aos

profissionais da educação, única categoria profissional com piso salarial nacional

constitucionalmente assegurado, e o comprometimento definitivo e determinante da

União com a formação de professores para os sistemas públicos de educação básica (a

Universidade Aberta do Brasil 7 – UAB – e o Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação à Docência – PIBID).

As diretrizes que orientam as ações do Plano de Metas Compromisso Todos

pela Educação, programa estratégico do PDE, em resumo, são: Estabelecer como foco

a aprendizagem; alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade;

acompanhar cada aluno da rede individualmente; combater a repetência, por estudos

de recuperação ou progressão parcial; combater a evasão; ampliar a jornada;

fortalecer a inclusão educacional das pessoas com deficiência; promover a educação

infantil; instituir programa de formação e implantar plano de carreira, cargos e salários

para os profissionais da educação; valorizar o mérito do trabalhador da educação; fixar

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regras claras, considerados mérito e desempenho, para nomeação e exoneração de

diretor de escola; promover a gestão participativa na rede de ensino; fomentar e

apoiar os conselhos escolares etc.

No contexto do PDE, a educação superior baliza-se pelos seguintes: i) expansão

da oferta de vagas, dado ser inaceitável que somente 11% de jovens, entre 18 e 24

anos, tenham acesso a esse nível educacional, ii) garantia de qualidade, pois não basta

ampliar, é preciso fazê-lo com qualidade, iii) promoção de inclusão social pela

educação, minorando nosso histórico de desperdício de talentos, considerando que

dispomos comprovadamente de significativo contingente de jovens competentes e

criativos que têm sido sistematicamente excluídos por um filtro de natureza

econômica, iv) ordenação territorial, permitindo que ensino de qualidade seja

acessível às regiões mais remotas do País, e v) desenvolvimento econômico e social,

fazendo da educação superior, seja enquanto formadora de recursos humanos

altamente qualificados, seja como peça imprescindível na produção científico-

tecnológica, elemento-chave da integração e da formação da Nação.

No que diz respeito à expansão do acesso ao ensino superior privado, há que

se considerar que o PDE promove inovações consideráveis no mecanismo de

financiamento do estudante do ensino superior não-gratuito, por meio de uma

alteração no funcionamento do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino

Superior (FIES), que se coadunam integralmente com o programa de bolsas de estudo

consubstanciado no Programa Universidade para Todos (PROUNI)

Fonte: Plano de Desenvolvimento da Educação

Acima temos informações oficiais sobre as políticas públicas para a educação.

Porém o que a realidade da educação brasileira nos informa? Não é novidade ouvir

falar que a educação brasileira apresenta graves problemas: falta de vagas nas escolas,

professores mal preparados, baixos salários, escolas sem equipamentos adequados,

desvio de verbas em grande escala, merenda escolar que não chega às escolas ou que

estraga em depósitos, baixos índices nas provas nacionais...

POLÍTICAS PÚBLICAS (habitação)

O ato de morar faz parte da própria história do desenvolvimento da vida

humana. Isso significa dizer que não podemos viver sem ocupar lugar no espaço.

Entretanto as características desse ato mudam de acordo com cada contexto

sociopolítico e econômico. Podemos dizer, então, que o ato de morar tem um

conteúdo político, social, econômico e, principalmente, espacial. No contexto dessa

espacialidade, podemos observar características diversas da habitação e, por

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conseguinte, formas espaciais diferentes, concretizando uma produção diferenciada da

cidade.

Partindo de uma visão socioeconômica em que a cidade se constitui no locus da

reprodução do capital, a urbanização passou a ser vista “como um conjunto de

relações sociais, que reflete as relações estabelecidas na sociedade como totalidade”

(Harvey, apud França, 1999, p. 210). A nosso ver, constituindo-se num conjunto

complexo de relações sociais, esse fenômeno assume novas dinâmicas a partir dos

estágios do desenvolvimento capitalista e isso configura importantes aspectos de

interesse geral.

Entender a questão da moradia na sociedade capitalista significa desvendar

também as contradições inerentes ao acesso à moradia. Tal entendimento deve, antes

de qualquer coisa, procurar desvendar o significado da terra, isto é, de um bem natural

que não pode ser reproduzido e, assim sendo, não pode ser criado pelo trabalho.

Portanto, o fato de alguém trabalhar na terra não significa dizer que vai produzi-la, isso

porque as edificações sobre ela são produtos do trabalho, mas ela não o é. Para

Tolosa (1978, p.16), “na sociedade capitalista a terra é, também, uma espécie de

capital, que está se valorizando. É na verdade um falso capital, porque é um valor que

se valoriza, mas a origem de sua valorização não é a atividade produtiva, investe-se

capital – dinheiro em terra e espera-se a sua valorização”.

Pensando no processo de produção do espaço urbano, devemos pensar

também nos agentes da produção desse espaço, que segundo Correa (1989), são os

seguintes: os proprietários fundiários, os promotores imobiliários e o Estado. Este

último se constitui em um dos agentes mais importantes desse processo, uma vez que

promove a distribuição e a gestão dos equipamentos de consumo coletivos que são

indispensáveis à reprodução da vida nas cidades, especialmente nas grandes cidades.

A produção da cidade se dá de forma social. Ao contrário, a sua apropriação acontece

de forma individual. E o poder político é chamado para exercer um papel

extremamente ativo nessa produção.

A intervenção do Estado Brasileiro, no que se refere à habitação, pode ser vista

a partir das seguintes ações:

Na década de 30 o Estado Brasileiro assume a responsabilidade da produção e

oferta de casas populares, com a criação das carteiras prediais dos Institutos de

Aposentadorias e Pensões – IAPs;

Em 1964, ocorreram as criações do BNH, extinto em 1996 e do Serfhau

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A política habitacional desencadeada a partir dos anos de 1960 contou com

recursos oriundos da Caderneta de Poupança, e dos recursos do Fundo de Garantia por

Tempo de Serviços (FGTS).

No intervalo temporal de 1970 a 1980, os recursos do BNH ficaram escassos,

tendo em vista, principalmente, a inadimplência dos mutuários já contemplados com a

casa própria e a diminuição dos recursos oriundos do FGTS, mediante o aumento do

desemprego e a retirada dos fundos por parte dos trabalhadores que ficaram

desempregados. A partir de 1986, quando ocorreu a extinção do BNH, a Caixa

Econômica Federal ficou com a atribuição de desenvolver a política habitacional do

país.

Com a elaboração da Constituição de 1988, a sociedade brasileira passou a contar

com um respaldo legal importante no trato do planejamento e gestão urbanos, o

capítulo da política urbana, principalmente através dos artigos 182 e 183, que

estabelecem a gestão da política urbana brasileira. Mesmo assim, não se garantiu a

efetiva justiça social e a gestão democrática nas cidades brasileiras.

No governo de Collor de Melo, nos anos de 1990, com o confisco das Cadernetas

de Poupança, deu-se a estagnação na poupança e no FGTS, comprometendo

severamente a política habitacional do Brasil.

No final dos anos de 1990, o governo brasileiro criou o Programa Carta de

Crédito, que tem proporcionado o financiamento de construção sob a forma

associativa, propiciando uma nova maneira de morar, na qual as pessoas são

agrupadas e coordenadas por entidades organizadas, que constroem os conjuntos

habitacionais e condomínios fechados.

(Fragmentos do artigo Política habitacional e urbanização no Brasil) .

No governo atual o programa habitacional mais divulgado é o "Minha casa,

minha vida¨, lançado em abril de 2009. No texto de Pedro Arantes e Mariana Fix, de

Julho de 2009, temos um resumo desse programa de âmbito federal.

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O pacote habitacional "Minha casa, minha vida", lançado em abril de 2009, com a meta de construção de um milhão de moradias, tem sido apresentado como uma das principais ações do governo Lula em reação à crise econômica internacional – ao estimular a criação de empregos e de investimentos no setor da construção –, e também como uma política social em grande escala. O volume de subsídios que mobiliza é de 34 bilhões de reais (o equivalente a três anos de Bolsa-Família), para atender a população de 0 a 10 salários

mínimos de rendimento familiar. Por isso, o governo Lula tem destacado que o investimento, apesar de focado na geração de empregos e no efeito econômico anticíclico, tem um perfil distributivista, ao contrário do que provavelmente faria a oposição – um conjunto de obras diretamente de interesse do capital.

O objetivo declarado do governo federal é dirigir o setor imobiliário para atender à demanda habitacional de baixa renda, que o mercado por si só não alcança. Ou seja, é fazer o mercado habitacional, restrito no Brasil a uma parcela minoritária da população, finalmente incorporar setores que até então não tiveram como adquirir a mercadoria moradia de modo regular e formal. Se as "classes C e D" foram descobertas como "mercado" por quase todas as empresas nos últimos anos, ainda havia limites, numa sociedade extremamente desigual e de baixos salários, para a expansão no acesso a mercadorias caras e complexas, como a moradia e a terra urbanizada. Com o pacote habitacional e o novo padrão de financiamento que ele pretende instaurar, esses limites pretendem ser, se não superados, alargados por meio do apoio decisivo dos fundos públicos e semi-públicos, de modo que a imensa demanda por moradia comece a ser regularmente atendida.

Para os mais pobres, o subsídio é alto (entre 60% a 90% do valor do imóvel) e o despejo, no caso de inadimplência, é improvável. Para os demais, que entram em financiamentos convencionais, mas também subsidiados, o governo estabeleceu um "fundo garantidor" para cobrir prestações em atraso e preservar o sistema. O pacote é generoso com todos os que conseguirem nele entrar. Para as construtoras, a promessa é que "haverá para todos, grandes e pequenos", como se manifestou um empresário da construção recentemente. Entretanto, para os sem-teto, o atendimento previsto é para apenas 14% da demanda habitacional reprimida, do nosso déficit habitacional de ao menos 7,2 milhões de casas.

Leia mais: http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3560/9/

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MAPAS GEOPOLÍTICOS

Geopolítica é uma disciplina das Ciências Humanas que mescla a Teoria Política à Geografia, considerando o papel das características geográficas — como localização, território, posse de recursos naturais, contingente populacional -, na determinação ou influência dos processos políticos internacionais, especialmente no âmbito das relações internacionais entre os Estados.

É o estudo da estratégia, da manipulação, da ação política. Estuda o Estado enquanto organismo geográfico, ou seja, é o estudo da relação intrínseca entre a geografia e o poder. Método de análise que utiliza os conhecimentos da geografia física e humana para orientar a ação política do Estado.

Geopolítica e a arte

Criança Geopolítica Observando o Nascimento do Homem Novo, de Salvador Dali.

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Veja, por exemplo, que as reservas descobertas na camada pré-sal ao longo da

costa, entre o Espírito Santo e Santa Catarina, inseriram o Brasil no mapa geopolítico

do petróleo.

O cartograma abaixo mostra a proximidade existente entre os pontos de

ataque dos EUA na ocupação do Iraque (um dos países do Oriente Médio), os poços de

petróleo, as regiões controladas por instituições norte-americanas junto com a

proibição de Síria e Irã de usar seu espaço aéreo.

Observe o mapa a seguir. Se interpretado a luz da ciência geopolítica, fica claro aqui que a justificativa de levar a “democracia” ao Iraque cai por terra. Seria muita inocência acreditar que a maior potência mundial ocuparia uma região com tanto petróleo apenas para levar a “democracia”.

Será que o Iraque hoje vive uma realidade melhor que na época de Saddam Hussein?

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GLOBALIZAÇÃO

Pode-se dizer que globalização é um processo econômico e social que

estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste

processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações

financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.

Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e

XVI com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o

homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo

relações comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX,

logo após a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O

neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de

globalização econômica.

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Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais

buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém

saídos do socialismo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez

mais recursos tecnológicos para baratear

os preços e também para estabelecerem

contatos comerciais e financeiros de

forma rápida e eficiente. Neste contexto,

entra a utilização da Internet, das redes

de computadores, dos meios de

comunicação via satélite etc.

Uma outra característica

importante da globalização é a busca

pelo barateamento do processo

produtivo pelas indústrias. Muitas delas,

produzem suas mercadorias em vários

países com o objetivo de reduzir os

custos. Optam por países onde a mão-

de-obra, a matéria-prima e a energia são mais baratas. Um tênis, por exemplo, pode

ser projetado nos Estados Unidos, produzido na China, com matéria-prima do Brasil, e

comercializado em diversos países do mundo.

Dentro deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram

blocos econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações comerciais entre os

membros. Neste contexto, surgiram a União Européia, o Mercosul, a Comecom, o

NAFTA, o Pacto Andino e a Apec. Estes blocos se fortalecem cada vez mais e já se

relacionam entre si. Desta forma, cada país, ao fazer parte de um bloco econômico,

consegue mais força nas relações comerciais internacionais.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/globalizacao/

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REDES SOCIAIS E RESONSABILIDADE: SETOR PÚBLICO, PRIVADO E TERCEIRO SETOR

Rede Social é uma das formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres entre si ou entre seus agrupamentos de interesse mútuos. A rede é responsável pelo compartilhamento de idéias entre pessoas que possuem interesses e objetivo em comum e também valores a serem compartilhados. Assim, um grupo de discussão é composto por indivíduos que possuem identidades semelhantes. Essas redes sociais estão hoje instaladas principalmente na internet devido ao fato desta possibilitar uma aceleração e ampla maneira das idéias serem divulgadas e da absorção de novos elementos em busca de algo em comum.

Segundo Fritjot Capra, “redes sociais são redes de comunicação que envolvem a linguagem simbólica, os limites culturais e as relações de poder”. São também consideradas como uma medida de política social que reconhece e incentiva a atuação das redes de solidariedade local no combate à pobreza e à exclusão social e na promoção de desenvolvimento local. As redes sociais são capazes de expressar idéias políticas e econômicas inovadoras com o surgimento de novos valores, pensamentos e atitudes. Esse segmento que proporciona a ampla informação a ser compartilhada por todos, sem canais reservados e fornecendo a formação de uma cultura de participação, é possível, graças ao desenvolvimento das tecnologias de comunicação e da informação, à globalização, à evolução da cidadania, à evolução do conhecimento científico sobre a vida etc. as redes unem os indivíduos organizando-os de forma igualitária e democrática e em relação aos objetivos que eles possuem em comum.

POLÍTICAS AFIRMATIVAS

As chamadas políticas de ação afirmativa são muito

recentes na história da ideologia anti-racista. Nos

países onde já foram implantadas (Estados Unidos,

Inglaterra, Canadá, Índia, Alemanha, Austrália, Nova

Zelândia e Malásia, entre outros), elas visam

oferecer aos grupos discriminados e excluídos um

tratamento diferenciado para compensar as

desvantagens devidas à sua situação de vítimas do

racismo e de outras formas de discriminação. Daí as

terminologias de “equal oportunity policies”, ação

afirmativa, ação positiva, discriminação positiva ou

políticas compensatórias.

Nos Estados Unidos, onde foram aplicadas desde a década de sessenta, elas pretendem

oferecer aos afro-americanos as chances de participar da dinâmica da mobilidade social

crescente. Por exemplo: os empregadores foram obrigados a mudar suas práticas,

planificando medidas de contratação, formação e promoção nas empresas visando a

inclusão dos afro-americanos; as universidades foram obrigadas a implantar políticas de

cotas e outras medidas favoráveis à população negra; as mídias e órgãos publicitários foram

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obrigados a reservar em seus programas uma certa percentagem para a participação dos

negros. No mesmo momento, programas de aprendizado de tomada de consciência racial

foram desenvolvidos a fim de levar a reflexão aos americanos brancos na questão do

combate ao racismo.

As experiências feitas pelos países que convivem com o racismo poderiam servir de

inspiração ao Brasil, respeitando as peculiaridades culturais e históricas do racismo à moda

nacional. Podemos, sem cópia, aproveitar das experiências positivas e negativas vivenciadas

por outros para inventar nossas próprias soluções, já que não contamos com receitas

prontas para enfrentar nossas realidades raciais.

Vozes eloqüentes, estudos acadêmicos qualitativos e quantitativos recentes realizados

pelas instituições de pesquisas respeitadíssimas como o IBGE e o IPEA não deixam dúvidas

sobre a gravidade gritante da exclusão do negro, isto é, pretos e mestiços na sociedade

brasileira. Fazendo um cruzamento sistemático entre a pertencia racial e os indicadores

econômicos de renda, emprego, escolaridade, classe social, escolaridade, idade, situação

familial e região ao longo de mais de 70 anos desde 1929, Ricardo Henriques (2001) chega à

conclusão de que “no Brasil, a condição racial constitui um fator de privilégio para brancos e

de exclusão e desvantagem para os não-brancos. Algumas cifras assustam quem tem

preocupação social aguçada e compromisso com a busca de igualdade e qualidade nas

sociedades humanas”:

Do total dos universitários, 97% são brancos, sobre 2% de negros e 1% de descendentes de orientais.

Sobre 22 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza, 70% deles são negros.

Sobre 53 milhões de brasileiros que vivem na pobreza, 63% deles são negros (Henriques, 2001).

A questão fundamental que se coloca é como aumentar o contingente negro no ensino

universitário e superior de modo geral, tirando-o da situação de 2% em que se encontra

depois de 114 anos de abolição em relação ao contingente branco que sozinho representa

97% de brasileiros universitários.

NÃO PERCA O NOSSO PRÓXIMO e-INFORMATIVO ENADE/2010

Acesse http://enadeblog.blogspot.com/ Edições anteriores: e-Informativo 01 (Informações gerais sobre o ENADE) ; e-

Informativo 02, traz o cronograma das atividades que a Uninilton Lins está desenvolvendo para preparar seus alunos para o exame do ENADE, a ser realizado em

21 de Novembro, às 13h (Horário de Brasília).