1. Direitos exclusivos para a lngua portuguesaCupyright 2000 by
EDITORA SPRiNT LTDA.Rua Adolfo Mota, 69 - TijucaCEP 20540-1 00 -
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ou reproduo desta obra, ou de suas partes, sob quaisquerformas ou
por quaisquer meios (eletrnico, mecnico, gravao, fotocpia ououtros)
sem o consentimento expresso, por escrito, da Editora.Capa: Joo
Renato Teixeira e Teresa PerrottaEditorao: F.A. EditoraoIlustraes:
AvazReviso: Cristina da Costa PereiraCIP-Brasil. Catalogao na
fonte.Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. C214b Campos,
Maurcio de Arruda. Biomecnica da musculao/ Maurcio de Arruda
Campos. - Rio de Janeiro: Sprint, 2000 inclui bibliografia ISBN
85-7332-115-6 1. Biomecnica 2. Musculao - Aspectos fisiolgicos 3.
Mecnica humana I. Titulo. 00-0191 CDD 612.76 CDU 612.67 180200
220200 008515Deposito legal na biblioteca nacional, conformeDecreto
n 1825 de 20 de dezembro de 1967Impresso no Brasil IPrinted in
Brazil
2. Maurcio de Arruda Campos Professor de cinesiologia,
biomecnica e ginstica de academia emusculao da Faculdade de Educao
Fsica da Universidade de Franca -UNIFRAN. Professor de cinesiologia
e ginstica de academia da Faculdade deEducao Fsica da Unio das
Faculdades Claretianas de Batatais - UNICLAR. Professor do Curso de
Ps-graduao em Nutrio e Condicionamentofsico da UNICLAR. Diretor
Tcnico Cientfico da Confederao Brasileira de Culturismo,Musculao e
Fitness. Professor da Academia Fsico e Forma de Batatais.
3. DEDICATRIA Dedico este livro a todas as pessoas que
influenciam minha vida: minha querida esposa Roberta, que sempre me
incentiva e tem marcantecolaborao em meus projetos, profissionais;
minha me Nilze, que sempreesteve ao meu lado em todos os momentos e
um exemplo de mulher; a meu paiJos Murillo que, por ser um
excepcional pai e professor universitrio deEducao Fsica, minha
inspirao e orgulho tanto em minha vida profissionalcomo pessoal;
aos meus irmos Maria Rita, Denise, Raquel e Marcelo pelo amorque tm
por mim.
4. APRESENTAO A biomecnica uma das reas da cinesiologia que
melhor proporcionaum profundo entendimento sobre o movimento
humano. O conhecimento de vriosprincpios biomecnicos favorece a
qualidade do programa de treinamentoresistido, por proporcionar uma
capacidade, ao profissional, de discemir eprescrever os melhores
exerccios para cada cliente. Este livro foi elaborado para
colaborar com os profissionais quetrabalham com exerccios
resistidos, tanto na prescrio do exerccio como naorientao da tcnica
correta e eficiente, atravs do conhecimento biomecnicodos aparelhos
utilizados em musculao e de alguns dos exerccios maisexecutados
pelos praticantes de exerccios resistidos. O primeiro captulo
proporciona a base biomecnica do movimentohumano relacionada ao
treinamento de fora e dos diversos aparatos utilizadosatualmente no
treinamento resistido. Os captulos seguintes so anlises biomecnicas
de exerccios demusculao, utilizando os princpios biomecnicos
comentados no captulo 1,portanto, a prvia leitura do primeiro
captulo fundamental para um bomentendimento das anlises dos
exerccios nos captulos subseqentes. Boa leitura! Maurcio de Arruda
Campos
5. SumrioDEDICATRIA
.......................................................................................................
5APRESENTAO
..................................................................................................
6PARTE 1: BIOMECNICA
.....................................................................................
9Captulo 1
.............................................................................................................
10 Bases Biomecnicas da Musculao
................................................................ 10
Cinemtica - Descrio de
Movimento...........................................................
10 Principais Tipos de Movimento do Corpo Humano
........................................ 10 Localizao do
Movimento.............................................................................
11 Articulaes: Movimentos e
Amplitudes.........................................................
12 Cintica: Anlise de
Foras............................................................................
18 Tipos de Dispositivos para Treinamento Resistido
........................................ 33PARTE 2: O MEMBRO
INFERIOR.......................................................................
38Captulo 2
.............................................................................................................
39O Tornozelo
.........................................................................................................
39 Exerccios para o Tornozelo
..............................................................................
39 Flexo Plantar com o Joelho Estendido
......................................................... 39 Flexo
Plantar com o Joelho Flexionado
....................................................... 41 Flexo
Dorsal
.................................................................................................
42Captulo 3
.............................................................................................................
44O Joelho
...............................................................................................................
44 Exerccios Para o Joelho
...................................................................................
44 Extenso do Joelho na Cadeira Extensora
.................................................... 44 Flexo do
Joelho na Mesa Flexora
................................................................ 47
Flexo do Joelho na Cadeira Flexora
............................................................
50Captulo 4
.............................................................................................................
52O Quadril e a
Pelve..............................................................................................
52 Exerccios para a Articulao do Quadril e Pelve
.............................................. 52 Flexo do Quadril
...........................................................................................
52 Extenso do Quadril no Aparelho (em
P)..................................................... 54 Extenso
do Quadril no Aparelho (em Decbito
Ventral)............................... 57 Aduo do Quadril
.........................................................................................
58 Aduo na Cadeira Adutora
...........................................................................
59 Abduo do Quadril
.......................................................................................
60 Abduo na Cadeira Abdutora
.......................................................................
62Captulo 5
.............................................................................................................
63Exerccios
Combinados......................................................................................
63 Exerccios Combinados de Quadril e Joelho
..................................................... 63
Agachamento Com
Barra...............................................................................
63 Agachamento Horizontal com aparelho
......................................................... 65PARTE
3: O
TRONCO..........................................................................................
70Capitulo 6
.............................................................................................................
71Exerccios Abdominais
.......................................................................................
71 Flexo da
Coluna...............................................................................................
71 Anlise Biomecnica do Exerccio
.................................................................
72 Flexo da Coluna no Aparelho
..........................................................................
73
6. Anlise Biomecnica do Exerccio
.................................................................
74 Flexo da Coluna com Elevao do
Quadril...................................................... 74
Anlise Biomecnica do Exerccio
.................................................................
75 Flexo da Coluna no Puxador Vertical
.............................................................. 76
Anlise Biomecnica do Exerccio
.................................................................
76 Rotao da Coluna
............................................................................................
77 Anlise Biomecnica do Exerccio
.................................................................
78 Compresso Abdominal
....................................................................................
79 Anlise Biomecnica do Exerccio
.................................................................
79 Exerccios para a Regio Dorsal
.......................................................................
79 Extenso da Coluna na Bola
.............................................................................
80 Anlise Biomecnica do Exerccio
.................................................................
80 Extenso da Coluna e Quadril (com fixao do membro
inferior)...................... 81 Anlise Biomecnica do Exerccio
.................................................................
81PARTE 4: O MEMBRO SUPERIOR
.....................................................................
83Captulo 7
.............................................................................................................
84O
Ombro...............................................................................................................
84 Exerccios para o Ombro
...................................................................................
84 Supino Reto com Barra
..................................................................................
84 Crucifixo Deitado (com Cabo ou
Elstico)...................................................... 87
Supino Reto (Com Halteres)
..........................................................................
88 Peitoral no
Aparelho.......................................................................................
89 Crucifixo Inverso
............................................................................................
90 Elevao Lateral (com Halteres)
....................................................................
91
Remada..........................................................................................................
94 Anlise Biomecnica do Exerccio
.................................................................
95 Remada Curvada Unilateral
...........................................................................
95 Puxador
Vertical.............................................................................................
97 Remada com Elstico
....................................................................................
99 Anlise Biomecnica do Exerccio
.................................................................
99 Desenvolvimento por Trs
...........................................................................
100 Crucifixo Inverso no Supino Inclinado
..........................................................
102Captulo 8
...........................................................................................................
104O Cotovelo
.........................................................................................................
104 Exerccios para o Cotovelo
..............................................................................
104 Rosca Scott no
Aparelho..............................................................................
104 Rosca Scott com Peso Livre
........................................................................
105 Rosca Direta
................................................................................................
107 Rosca Inversa
..............................................................................................
107 Extenso Unilateral do Cotovelo
..................................................................
108 Trceps Testa
...............................................................................................
110Captulo 9
...........................................................................................................
112O Punho
.............................................................................................................
112 Exerccios para o
Punho..................................................................................
112 Flexo Ulnar Com Halteres
..........................................................................
112 Flexo Radial Com Halteres
........................................................................
113REFERNCIAS
BIBLIOGRFICAS...................................................................
116
7. PARTE 1: BIOMECNICA
8. Captulo 1Bases Biomecnicas da MusculaoCinemtica - Descrio de
Movimento O esqueleto humano um sistema de componentes ou
alavancas. Umaalavanca pode ter qualquer forma, e qualquer osso
longo pode ser visualizadocomo uma barra rgida que pode transmitir
e modificar fora e movimento. A cinemtica envolve termos que
permitem a descrio do movimentohumano. As variaes cinemticas para
um dado movimento incluem: a) O tipo de movimento que est
ocorrendo. b) O local do movimento. c) A magnitude do movimento. d)
A direo do movimento.Principais Tipos de Movimento do Corpo Humano
H dois tipos principais de movimento que podem ser atribudos aquase
todos os ossos (ou caminhos que um osso pode percorrer). O
esqueletohumano composto de pequenas alavancas sseas. Pode-se
descrever atrajetria feita pelo corpo como um todo ou descrever a
trajetria feita por uma oumais de suas alavancas
componentes.Movimento Rotatrio (angular) - o movimento de um objeto
ou segmento emvolta de um eixo fixo (ou relativamente fixo),
percorrendo uma trajetria curvilnea. Figura 1 A flexo da coluna um
exemplo de movimento rotatrioMovimento Translatrio (linear) - o
movimento de um objeto ou segmento emuma linha reta. Cada ponto do
objeto move-se atravs da mesma distncia, ao
9. mesmo tempo, em trajetrias paralelas. Movimentos
translatrios verdadeiros deuma alavanca ssea, sem a concomitante
rotao articular, podem ocorrer empequena extenso, quando um osso
puxado para longe de sua articulao(descompresso) ou empurrado
diretamente no sentido desta articulao(compresso).Figura 2a Foras
compressivas Figura 2b Foras descompressivas na coluna vertebral
Embora pensemos nos msculos como estruturados para
realizarmovimentos de rotao articular, importante lembrar que
muitas foras exercidasno corpo (incluindo as foras musculares) tm
componentes que tendem aproduzir movimentos no s rotatrios como
translatrios. Os movimentostranslatrios nas articulaes do corpo
humano, at quando realizados empequenas magnitudes, so importantes
para entendermos o estresse e aestabilidade articular.Localizao do
Movimento Uma descrio cinemtica de um movimento deve incluir os
segmentose articulaes sendo movidas, bem como o lugar, ou plano, do
movimento. Os planos de movimento so chamados de transverso,
sagital e frontal. Os movimentos de flexo, extenso e hiperextenso,
por exemplo, sorealizados no plano sagital e possuem um eixo
frontal. A flexo lateral, aduo e abduo so realizadas no plano
frontal (oucoronal) e sobre o eixo sagital. A maioria dos
movimentos de rotao medial e lateral realizada noplano transverso e
sobre o eixo longitudinal (ou vertical).
10. Articulaes: Movimentos e Amplitudes O conhecimento dos
movimentos possveis e seguros de cadaarticulao do corpo humano, bem
como dos graus de amplitude de cadamovimento articular, proporciona
uma importante diretriz para uma correta anlisebiomecnica e,
conseqentemente, cinesiolgica. As principais articulaes
relacionadas maioria dos movimentos docorpo humano, durante
exerccios de musculao, esto descritas a seguir.Tornozelo - Esta
articulao realiza movimentos de dorsiflexo (ou flexo dorsal),flexo
plantar, inverso e everso. O movimento de dorsiflexo realizado numa
amplitude mdia de 15-20 (15 com o joelho estendido e 20 com o
joelho flexionado). A amplitude de movimento para a flexo plantar
de aproximadamente45. A dorsiflexo e a flexo plantar acontecem no
plano sagital sobre o eixofrontal. Os movimentos de inverso e
everso, apesar de ocorrerem naarticulao subtalar, so geralmente
considerados como movimentos do tornozelo.Joelho - Articulao do
tipo gnglimo (ou dobradia) modificada. Os movimentosdesta articulao
so flexo, extenso, rotao medial e rotao lateral. A amplitude de
movimento para a flexo do joelho de 140. A rotao ocorre durante os
movimentos de flexo e extenso do joelhoe realizada entre a tbia e o
fmur. Com o fmur fixo, o movimento queacompanha a flexo uma rotao
medial da tbia sobre o fmur; com a.tbia fixa, o movimento
queacompanha a flexo uma rotao lateral do fmur sobre a tbia. Com o
fmur fixo, o movimento que acompanha a extenso umarotao lateral da
tbia sobre o fmur; com a tbia fixa o movimento queacompanha a
extenso uma rotao medial do fmur sobre a tbia.Quadril - Articulao
do tipo esferide formada pela fossa do acetbulo e acabea do Fmur.
Os movimentos desta articulao so: flexo, extenso, abduo,aduo, rotao
medial, rotao lateral, circunduo.
11. Quando o quadril est flexionado possvel realizar os
movimentos deaduo e abduo transversal desta articulao. As
amplitudes mdias para os principais movimentos so: flexo
125,extenso 10, abduo 45 e aduo 10. Amplitudes maiores que estas
dependem de um movimento combinadocom a pelve e a coluna. Por
exemplo, 90 de abduo s acontecem com 45 deabduo do quadril
combinados com inclinao lateral da pelve e flexo da
colunalombar.Pelve - Articulao entre a pelve e a coluna lombar e
entre a pelve e o fmur. Na postura anatmica, a espinha ilaca ntero
superior (E.I.A.S.) ficaalinhada com a snfise pbica no plano
frontal. Quando a E.I.A.S. desloca-se anteriormente em relao snfise
pbicaocorre uma anteverso ou inclinao anterior da pelve. Como a
coluna e o fmurse articulam com a pelve, a anteverso ocorre
concomitantemente com umahiperextenso da coluna lombar e uma flexo
do quadril. Quando a E.I.A.S. desloca-se posteriormente em relao
snfisepbica ocorre uma retroverso ou inclinao posterior da pelve.
Com a retroversoa coluna lombar realiza uma flexo e o quadril uma
extenso. O movimento em que uma E.I.A.S. de um lado fica mais alta
que a dooutro lado chama-se inclinao lateral da pelve. Juntamente
com este movimentoo uma flexo lateral da coluna lombar com uma
abduo de uma articulao doquadril e aduo da outra.Coluna - Os
movimentos da coluna so flexo, extenso, hiperextenso, rotaopara a
direita (ou no sentido horrio), rotao para a esquerda (ou no
sentido anti-horrio), flexo lateral e circunduo. Estes movimentos
variam de amplitude entre as regies da coluna.
12. A expresso "encaixar o quadril", muito utilizada em
academias demusculao para movimentos na posio em p, uma retroverso
da pelve. Aretroverso da pelve flexiona a coluna lombar e isto
diminui a capacidade dacoluna em suportar grandes cargas, motivo
pelo qual esta postura no deve serrecomendada.Escpula - Realiza os
movimentos de abduo, aduo, elevao, depresso,rotao superior e rotao
inferior. Os movimentos de rotao superior e inferior
dependemrespectivamente de abduo e aduo da articulao do ombro. A
inclinao anterior da escpula ocorre no eixo frontal, com
ummovimento ntero-inferior do processo coracide e conseqente
movimentopstero-superior do ngulo inferior da escpula. Este
movimento associado comelevao da escpula.Ombro - Articulao entre a
cabea do mero e a cavidade glenide da escpula.Os movimentos desta
articulao so: flexo, extenso, abduo, aduo, rotaomedial, rotao
lateral e circunduo. Quando o ombro est em flexo possvel realizar
os movimentos deabduo e aduo transversal desta articulao. As
amplitudes para os principais movimentos so: flexo 120,extenso 45,
rotao medial 70 e rotao lateral 90. Para os movimentos deaduo e
abduo transversal (partindo de uma flexo do ombro de 90 comoposio
zero) as amplitudes so 90 para a abduo transversal e 40 para aaduo
horizontal. Partindo da posio zero, uma pessoa consegue realizar
ate um poucomais de 180 de abduo horizontal, porm, este movimento
no realizadosomente pela articulao glenoumeral, mas pela aduo da
escpula e rotao dacoluna vertebral. A aduo transversal tambm pode
ser feita em amplitudes maioresque 40, porm, com concomitante abduo
da escpula e rotao da colunavertebral.Cotovelo - Articulao do tipo
gnglimo (ou dobradia) formada pela articulao domero com o rdio e a
ulna. Os movimentos realizados por esta articulao so flexo e
extenso eacontecem no plano sagital sobre o eixo frontal.
13. A amplitude mdia para flexo de 145. Esta amplitude pode
diminuirno caso de uma grande hipertrofia dos flexores do cotovelo
e dos flexores dopunho.Rdio-Ulnar - Articulao que realiza os
movimentos de pronao (rotaomedialdo rdio sobre a ulna) e supinao
(rotao lateral do rdiosobre a ulna). Aamplitude normal de movimento
90 para ambos osmovimentos. muito comum a confuso entre rotao
medial do ombro e pronaoou rotao lateral do ombro e supinao. Para a
correta anlise destesmovimentos, o observador deve focalizar a
alavanca ssea que se movimenta. Na rotao medial ou lateral do
ombro, o mero necessariamente semovimenta. O mesmo no acontece se a
rotao acontecer na articulao radio-ulnar onde o rdio que se
movimenta.Punho - Os movimentos desta articulao so flexo, extenso,
aduo, abduoe circunduo. Partindo da posio zero (anatmica), o punho
realizaaproximadamente 80 de flexo, 70 de extenso, 35 de aduo e 20
deabduo. Quando o punho se desloca medialmente, com a articulao
rdio-ulnarem pronao, o movimento tambm se chama abduo. Apesar de a
mo estar seaproximando da linha mediana, a articulao rdio-ulnar,
nesta situao, no estem supinao (posio anatmica desta articulao).
Movimentos articulares no plano sagital (com o eixo frontal)
14. Movimentos articulares no plano frontal (com o eixo
sagital)
15. Cintica: Anlise de ForasDefinio de Foras Fora definida como
uma ao exercida por um objeto sobre outro.Este conceito s pode ser
usado para descrever as foras encontradas naavaliao do movimento
humano. Foras externas so foras que agem no corpo ou segmento,
queprovm de fontes fora do corpo. A gravidade uma fora que, em
condiesnormais, constantemente afeta todos os objetos e, por esta
razo, deve ser aprimeira fora externa a ser considerada no corpo
humano. Foras internas so foras que agem no corpo, provenientes de
fontesinternas do corpo humano como msculos, ligamentos e
ossos.
16. As foras internas servem para neutralizar aquelas foras
externas quedanificam a integridade e estabilidade da estrutura
articular do corpo humano. Outras formas de fora incluem presso
atmosfrica e frico.Vetores de Fora Um vetar tradicionalmente
representado por um trao que:1) Tem uma base no objeto na qual a
fora est agindo (ponto de aplicao).2) Tem um corpo e uma seta na
direo da fora sendo exercida (linha de ao).3) Tem um comprimento
que representa a quantidade de fora sendo aplicada(magnitude).Fora
da Gravidade Gravidade a atrao que a massa da Terra exerce sobre
outrosobjetos e, na superfcie terrestre, tem uma magnitude mdia de
9,8 m/s2. A forada gravidade da peso aos objetos de acordo com a
frmula a seguir:Peso =Massa x acelerao da gravidade ou P=m x g A
gravidade age em todos os pontos de um objeto ou segmento de
umobjeto. Seu ponto de aplicao dado como centro de gravidade do
objeto ousegmento. O centro de gravidade um ponto hipottico no qual
a massa pareceestar concentrada e o ponto em que a fora da
gravidade parece agir. Num objeto simtrico, o centro de gravidade
(CG) est localizado nocentro geomtrico do objeto. Num objeto
assimtrico, o CG est localizado emdireo extremidade mais pesada,
num ponto em que a massa est igualmentedistribuda em volta.*
Importante: A linha de ao e direo da fora da gravidade, agindo no
objeto, est sempre navertical em direo ao centro da Terra,
independentemente da orientao do objeto no espao.Centros de
Gravidade Segmentados A fora da gravidade age em cada segmento do
corpo que ter seuprprio centro de gravidade (fig.1.8 a). Se dois ou
mais segmentos semovimentam juntos, como um segmento nico, a
gravidade, agindo nestessegmentos, pode ser representada por um
nico vetar de CG
17. (fig.1.8b).Centro de Gravidade no Corpo Humano Quando todos
os segmentos do corpo esto combinados e o corpo dado como um nico
slido objeto na posio anatmica, o centro de gravidadefica
aproximadamente anterior segunda vrtebra sacral. A posio precisa
doCG para uma pessoa depende de suas propores e tem a magnitude
igual aopeso da mesma. Em outras posies do corpo humano o CG
altera. A quantidade demudana no CG depende do grau de desproporo
em que o segmento sedesloca. Fig. 1.9 - Centro de gravidade do
corpo na posio anatmicaRelao entre Estabilidade e Centro de
Gravidade Para a manuteno do equilbrio do corpo humano, a linha de
gravidadedeve estar, sempre, em cima da base de suporte (que no
corpo humano so osps). Quando o corpo se movimenta e o centro de
gravidade se move parafora da base de suporte, o indivduo perde o
equilbrio.
18. Dado que a linha de gravidade (LG) deve cair sobre a base
de suportepara estabilidade, dois fatores adicionais afetam a
estabilidade do corpo: - O tamanho da base de suporte de um objeto.
- A proximidade do CG da base de suporteRelocalizao do Centro de
Gravidade A localizao do CG do objeto no depende somente da
disposio dosegmento no espao, mas tambm da distribuio da massa
deste objeto. Toda vez que adicionada uma massa externa ao nosso
corpo o novoCG, devido massa adicionada, se deslocar em direo ao
peso -adicional. Odeslocamento ser proporcional ao peso
adicionado.Brao de Momento de Fora Brao de Momento (BM) a distncia
entre o eixo de uma articulao eo ponto de aplicao de fora muscular
(insero do msculo). O brao de momento sempre a menor distncia entre
a linha de aoda fora muscular e o eixo articular. achado pela
mensurao do comprimentode uma linha traada perpendicularmente ao
vetor de fora e intersectando o eixoda articulao. As linhas de aes
de msculos raramente aproximam-se de um ngulode 90, o que
significaria que a insero do msculo estaria perpendicular aoosso. A
maioria dos msculos tem linhas de aes que so muito prximas
deparalelas aos ossos em que esto inseridos. Quanto maior for o
brao de momento (BM) para um determinadomsculo maior ser o torque
produzido pelo msculo para a mesma magnitude
defora.*Importante:Dada uma constante fora de contrao, o torque
gerado pelo msculo ser o maior no ponto emque a linha de ao do
msculo estiver mais longe do eixo da articulao. O brao de momento
(BM) de qualquer fora ser o maior quando afora for aplicada a 90 ou
o mais prximo possvel de 90 em relao suaalavanca.
19. O ngulo de aplicao de fora muscular no diretamente
relacionadocom o ngulo articular.Fig. 1.10 - Brao de momento de
fora. Note que a distncia d a menor distncia perpendicularentre a
fora "F" e o eixo do movimento "E" (articulao do cotovelo).Brao de
Momento da Resistncia Qualquer fora aplicada a uma alavanca pode
mudar seu ngulo deaplicao medida que a alavanca se move no espao. A
mudana no ngulo deaplicao resultar num aumento ou diminuio no Brao
de Momento (BM) dafora da resistncia. O brao de momento (BM) da
fora da resistncia ser o maior quandoa fora for aplicada a 90 em
relao alavanca. Como a gravidade sempre age verticalmente para
baixo, a fora dagravidade aplicada perpendicularmente alavanca,
sempre que a alavanca estparalela ao cho. Quando uma alavanca do
corpo est paralela ao cho, a gravidade,agindo naquele segmento,
exerce seu mximo torque.
20. Fig. 1.11 - Brao de momento de resistncia. Enquanto o peso
do objeto (P) permanece constante,a distncia horizontal (BMR) entre
o peso e o eixo do movimento (articulao do cotovelo) mudapor todo o
movimento, afetando diretamente o torque da resistncia.Fora Motiva
a fora que movimenta o sistema msculo-esqueltico. Geralmenteeste
nome aplicado fora feita pelos msculos no esqueleto.Fora Resistiva
a fora que movimenta o sistema msculo-esqueltico. Geralmented-se
este nome fora gerada por uma resistncia externa.Linha de Ao A
linha de ao da fora uma linha infinita que passa atravs do pontode
aplicao da fora, orientada na direo na qual a fora exercida.
21. Fig. 1.12 - Foras motiva (F) e resistiva (P), braos de
momento de fora (BMF) e da resistncia(BMR), linha de ao da
resistncia e eixo do movimento.Torque Em movimentos rotatrios, a
fora e o ponto de aplicao da fora noobjeto em movimento so
importantes. Rotao depende tanto de onde um peso colocado - sua
distncia doeixo - quanto da quantidade de fora exercida. A
efetividade de uma fora em causar rotao o torque criado pelafora.
Torque o mesmo que tendncia rotao. A tendncia de uma foraem causar
rotao depende, da quantidade de fora aplicada e da distncia entrea
fora e o eixo (centro) de rotao. No caso de uma resistncia externa,
a prpria resistncia a fora, e obrao de momento desta resistncia a
menor distncia perpendicular entre oponto de aplicao da fora e o
eixo de rotao da articulao. Para os msculos envolvidos num
movimento, a ao do msculo afora e o brao de momento desta fora a
menor distncia perpendicular entre alinha de ao da fora muscular e
o eixo de rotao da articulao. A frmula para determinar quanta
tendncia para rotao existe emuma articulao (Valor do Torque) igual
Fora (F) multiplicada pelo brao deMomento (BM) ou T = F x BM.
22. Fig.1.13 - Os fatores que criam uma tendncia de rotao no
sentido da flexo so a fora dobceps e sua distancia do eixo (brao de
momento de fora). Os fatores que criam a tendncia de rotao no
sentido da extensoso o peso do objeto (na mo) e sua distncia do
eixo (brao de momento daresistncia). Pelo fato de o torque envolver
fora (F) e brao de momento (BM), aquantidade de fora muscular
necessria para produzi-Io depende do brao demomento do msculo
(distncia entre a linha de ao da fora muscular e o centrode rotao
ou eixo) e o brao de momento da resistncia.Alavancas
Msculo-Esquelticas No corpo, a maioria dos msculos opera com
pequenos braos demomento, porque suas inseres esto prximas aos
eixos das articulaes.Como resultado, os msculos sempre produzem
foras maiores do que os pesosde resistncia que eles encontram.
Foras de resistncia, especialmente aquelasseguras pela mo, tm a
vantagem mecnica de estarem a um brao decomprimento do eixo da
articulao. Por isso, conclui-se que o sistema msculo-esqueltico tem
umadesvantagem mecnica em relao produo de torque, mas possui
outrasvantagens que compensam muito esta deficincia. Entender esta
vantagem envolve um maior entendimento dos sistemasde alavancas. A
maioria das cadeias osteoarticulares (cadeias cinemticas) do corpo
exemplo de alavancas de terceira classe. O eixo de rotao esta
localizado emuma extremidade, a resistncia (objeto sendo levantado)
est prxima da outra
23. extremidade e a fora da contrao muscular aplicada entre as
duas. Emalavancas de terceira classe a resistncia sempre tem um
brao de momentomaior do que a fora muscular. Por isso, a fora de
contrao do msculo tem queser maior do que a resistncia, para
compensar o pequeno brao de momento noqual ele trabalha. No
entanto, as alavancas de terceira classe proporcionam vantagensem
relao quantidade e velocidade de movimento. No nosso corpo, msculos
e ossos giram em torno de articulaes.Desta maneira, extremidades
distais podem mover-se a maiores distncias commaiores velocidades
do que partes proximais. A habilidade do sistema msculo-esqueltico
em levantar objetos vantajosa, mas a habilidade em mov-Ias
porgrandes distncias com grandes velocidades at mesmo mais
essencial. Outra vantagem da alavanca de terceira classe com relao
natureza da contrao muscular. Os msculos podem encurtar-se somente
umpouco. Eles tm uma limitada capacidade de excurso
(aproximadamente 50% doseu comprimento) ento, as alavancas de
terceira classe so melhores em relaoa movimentos do esqueleto. O
msculo pode contrair-se devagar e com umaexcurso muito menor para
movimentar a mo mais rpido e com grandeamplitude. No gesto de
trazer a mo para perto do ombro, por exemplo, osmsculos flexores do
cotovelo encurtam-se 1/4 ou menos do que o comprimentodo
deslocamento da mo. No entanto, os msculos devem gerar fora
bastante para compensarseu pequeno brao de momento.Fig. 1.14. Flexo
dorsal do tornozelo. Note que, com um pequeno encurtamento
muscular, adistncia percorrida pelo p (e resistncia) muito
grande.
24. Torques Internos e Torques Externos Dois tipos de torque -
interno e externo - existem no corpo humano.Foras operando fora do
corpo produzem um torque externo. Por exemplo, ostorques externos
produzidos por uma barra com anilhas durante o movimento deflexo do
cotovelo (rosca direta). Os msculos, agindo em suas inseres nos
segmentos sseos,produzem torques internos. No exemplo da rosca
direta, a barra exerce um torque no sentido daao da gravidade e os
flexores do cotovelo exercem um torque na direooposta.Fatores de
Mudanas de Torques O torque muda conforme mudam a magnitude da fora
e o brao demomento. Os movimentos sempre resultam em mudanas no
comprimento dobrao de momento (BM) e o comprimento do msculo, no
comeo de suacontrao, afeta a quantidade de fora que este pode
produzir (relao fora-comprimento). A combinao destas mudanas,
incluindo o comprimento do msculo ebrao de momento (EM) em cada
ngulo do movimento, produz diferentes torquesem diferentes posies
articulares.Fig. 1.15 - O torque gerado pela fora da contrao dos
flexores do cotovelo mostrado emdiferentes ngulos. Note que a maior
produo de fora a 90 de flexo, quando o bceps tem omaior brao de
momento de toda a amplitude do movimento.
25. Cadeia Cinemtica Aberta e Cadeia Cinemtica Fechada Quando a
extremidade distal, livre do corpo humano, se movimentaeste
movimento denominado cadeia cinemtica aberta. Muitos movimentos
funcionais envolvendo a elevao de objetos emovimentos realizados na
vida diria so movimentos de cadeia cinemticaaberta. Por exemplo: o
antebrao flexiona em direo ao brao atravs de umaflexo do cotovelo
em cadeia cinemtica aberta, e o brao flexiona em relao aotronco
pela flexo do ombro, tambm em cadeia cinemtica aberta. Nestes
movimentos, a origem fica fixa e a insero se movimenta. No
movimento de flexo de brao, por exemplo, as mos ficam fixas e
otronco se movimenta em relao ao membro superior, caracterizando
ummovimento de cadeia fechada. A caracterstica que distingue
movimentos de cadeia fechada e decadeia aberta a funo da
extremidade distal da cadeia. Em cadeias abertas, osmsculos se
contraem para movimentar segmentos com extremidades distais quese
movimentam livres no espao. Os mesmos msculos contraem-se, atravs
dasmesmas articulaes, para produzirem movimentos de cadeia fechada,
quando asextremidades distais esto estticas.Fig. 1.16 - Cadeias
cinemticas: a) Aberta; b) Fechada Note que os dois movimentos so de
flexodo quadril.
26. Polias Anatmicas As polias anatmicas mudam a direo, mas no
a magnitude de umafora muscular. No entanto, a mudana de direo de
uma fora muscular resultanuma melhoria da habilidade de gerao de
torque pelo msculo. A mudana na direo (ou desvio) da linha de ao de
um msculo sempre para longe do eixo da articulao pela qual este
msculo passa. Desviando a linha de ao para longe do eixo articular,
o brao demomento (BM) da fora muscular aumenta com conseqente
aumento de torque. Um exemplo clssico de polia anatmica a patela na
articulao dojoelho.Fig. 1.17 - a)A patela aumenta a capacidade de
produo de torque do quadrceps por distanciar alinha de ao do msculo
do eixo do movimento. b) Sem a patela, o brao de momento
doquadrceps diminui.Componentes de Fora Uma fora translatria pode
resultar em dois componentes: a) Componente compressivo - quando
uma fora translatria aplicada na direo de uma articulao. . b)
Componente descompressivo - quando uma fora translatria aplicada na
direo oposta articulao. Uma fora rotatria resulta em movimento
articular. Uma mudana no componente rotatrio deve indicar uma
mudana naproporo de fora total aplicada na direo da translao, pois
as magnitudes do
27. componente rotatrio e do componente translatrio so
inversamenteproporcionais entre si, ou seja, quando h um aumento na
fora aplicadaperpendicular alavanca, concomitantemente, h uma
diminuio da foraaplicada paralela alavanca (e vice-versa). A maior
parte da fora produzida por um msculo contribui muito maispara
compresso (e, s vezes para descompresso) do que para rotao
articular.Assim, o msculo precisa gerar uma fora total maior para
produzir a forarotatria necessria para movimentar uma alavanca pelo
espao. Os componentes translatrios da maioria das foras
muscularescontribuem para compresso articular, o que aumenta a
estabilidade daarticulao.Fig.1.18 - Componentes rotatrio e
translatrio resultantes da contrao do bceps branquial. Noteque o
componente rotatrio sempre perpendicular ao osso onde o msculo est
inserido e ocomponente translatrio paralelo ao osso e aumenta a
estabilidade do cotovelo (compresso)nesta situao. Quanto mais perto
o ngulo articular estiver do ponto em que o nguloda insero do
msculo for 90, mais efetiva a fora muscular em produzirmovimento
rotatrio, ou seja, se o msculo estiver fazendo uma
foraperpendicular ao osso onde est inserido, toda esta fora
produzir movimentorotatrio e nenhum componente translatrio. O ngulo
de 90 em relao ao osso praticamente no acontece para amaioria dos
msculos do corpo humano e este ngulo do msculo quase nuncacoincide
com o mesmo ngulo para a articulao. No caso da articulao
docotovelo, por exemplo, o ponto em que a insero do msculo bceps
braquial seaproxima de 90 tambm a 90 de flexo desta articulao. J
para o msculobraquial, o cotovelo flexionado a 90 no o ponto em que
a sua insero estmais prxima de perpendicular ao osso e o mesmo
acontece com o msculobraquiorradial.
28. Fig. 1.19 - Resoluo vetorial das foras aplicadas por trs
flexores do cotovelo (bceps braquial,braquial e
braquiorradial).Energia Elstica: Relao Fora-Comprimento A relao
Fora-Comprimento diz que a fora contrtil que um msculo capaz de
produzir aumenta com o comprimento do mesmo e mxima quandoo msculo
est no comprimento de repouso, ponto onde existe a maiorsobreposio
dos filamentos de actina e miosina. A maior fora total (fora
produzida no esqueleto) existe quando omsculo est em uma posio
alongada. O aumento da tenso que ocorre nomsculo alongado,
entretanto, no somente devido fora de contrao mastambm pela
contribuio dos componentes elsticos nos tecidos. Em geral, a maior
tenso total pode ser produzida entre 120-130% docomprimento de
repouso.Fig. 1.20 - A relao fora-comprimento do msculo esqueltico.
O aumento na tenso total devido ao componente elstico.
29. Insuficincia Ativa e Passiva dos Msculos Bi-articulares
Insuficincia Ativa - Os msculos bi-articulares no podem
exercertenso bastante para encurtarem-se suficientemente e causarem
amplitudearticular total em ambas articulaes ao mesmo tempo. Por
exemplo, muitodifcil para o reto femural realizar fora e amplitude
para a extenso do joelho e aflexo do quadril ao mesmo tempo. Quando
um msculo comea a atingir uma insuficincia ativa, esteprecisa
recrutar um maior nmero de unidades motoras para continuar
produzindomovimento eficientemente.Insuficincia Passiva - muito
difcil para um msculo bi-articular se alongar obastante para
permitir total amplitude articular em ambas as articulaes aomesmo
tempo. Por exemplo, os isquiotibiais geralmente no conseguem
deixarque a articulao do joelho estenda e a do quadril flexione
completamente aomesmo tempo. Os alongamentos favorecem a
elasticidade muscular e, portanto,diminuem a probabilidade de
insuficincia passiva precoce durante os movimentosdo corpo humano,
principalmente aqueles envolvendo msculos bi-articulares. Apesar de
serem mais expressivas nos msculos bi-articulares, asinsuficincias
ativa e passiva tambm acontecem nos msculos monoarticulares.Um dos
atributos do ritmo escpulo-umeral prevenir o msculo deltide (que
mono-articular) de uma insuficincia ativa durante a abduo do ombro,
porexemplo.Fig. 1.21 - Exempla de insuficincia ativa e passiva dos
isquiotibios
30. Aplicaes da Biomecnica no Treinamento Resistido A fora
gravitacional de um objeto sempre age para baixo. O brao demomento
da resistncia, no caso de pesos livres, sempre horizontal. Assim,
otorque produzido pelo peso de uma barra, por exemplo, um produto
de seu pesoe a distncia horizontal entre o peso e o centro da
articulao. Embora durante ummovimento o peso no se altere, o
comprimento do brao de momento se alteradurante toda a excurso do
movimento. Quando o peso est horizontalmente maisperto do centro da
articulao, ele exerce um menor torque resistivo e quando opeso est
horizontalmente mais longe da articulao, ele exerce um maior
torqueresistivo. Numa rosca direta, por exemplo, a maior distncia
horizontal entre abarra e o eixo da articulao quando o antebrao est
na posio horizontal.Nesta posio o indivduo deve exercer o maior
torque para suportar o peso (oulevant-Io). O brao de momento
diminui quando o antebrao se movimenta tantono sentido da flexo
quanto da extenso, diminuindo tambm o torque gerado pelopeso.
Quando o peso est diretamente acima ou abaixo da articulao, noh
brao de momento e, conseqentemente, no h torque resistivo. Este
conhecimento fundamental para a perfeita aplicao da tcnicade execuo
da maioria dos movimentos da musculao e tambm para a anlisee
prescrio dos exerccios. Muitas vezes, durante os exerccios de
musculao, vrias articulaesvariam suas amplitudes, na inteno de
diminuir o torque resistivo de umaarticulao especfica. Estas
alteraes so praticamente inconscientes e por issoo profissional da
musculao deve estar sempre atendo tcnica de execuodos exerccios
para a eficcia dos mesmos e para a preveno de leses. Nos captulos
seguintes o leitor poder compreender como esteconhecimento da
biomecnica pode se aplicar aos principais exerccios
demusculao.Tipos de Dispositivos para Treinamento
ResistidoDispositivos de Treinamento com Resistncia ConstantePesos
Livres - O uso de pesos livres ou resistncias constantes, tais
comohalteres para treinamento de fora e resistncia, o mais usado na
maior partedas academias.
31. Uma grande diferena do treinamento com pesos livres para
otreinamento com mquinas que com pesos livres h uma maior exigncia
deestabilizao das articulaes envolvidas, o que aumenta a atividade
muscular. Este tipo de treinamento tem algumas limitaes pois o peso
dependediretamente da ao da gravidade (que s atua no sentido
vertical).Sendo assim,a melhor maneira de se trabalhar com o peso
livre posicionar o corpo dediferentes maneiras, para que fora
motiva muscular mova o peso na direovertical para cima (ou
parcialmente para cima). Quanto maior a acelerao vertical para
cima, maior deve ser a fora decontrao concntrica dos msculos
envolvidos. Os msculos que realizam movimentos no sentido
horizontal(independentemente da posio do corpo) no so afetados
diretamente pelospesos livres. Exemplo: No movimento de abduo
horizontal, o deltide posteriorser o agonista do movimento com uma
contrao isotnica concntrica e odeltide anterior ser responsvel por
desacelerar o movimento, atravs de umacontrao isotnica excntrica. O
deltide medial quem far o maior trabalho,pois ele quem est
segurando o peso do membro superior mais a resistncia naposio
abduzida (contrao isomtrica). H o aparecimento de momento,
dependendo da velocidade deexecuo do exerccio.Dispositivos de
Resistncia Gravidade-Dependente Estes aparelhos so os mais
encontrados em salas de musculao. O peso a ser levantado preso a um
cabo, que passa por uma ou maisroldanas, para colocar a alavanca
numa posio conveniente para o usurio. Afuno das roldanas mudar a
direo da fora aplicada. Embora a fora resistivadas placas de peso
empilhadas seja sempre para baixo, com o uso de umaroldana, a fora
resistiva pode se direcionar para cima. O sistema de polias torna o
trabalho verstil e conveniente para otrabalho de msculos isolados.
A amplitude dos movimentos realizados nestes aparelhos limitada
emuitos aparelhos no se adaptam estrutura corporal do aluno. O
treinamento com este tipo de aparelho remove os requerimentos
deequilbrio e estabilizao na execuo do esforo. importante lembrar
que nas
32. atividades da vida diria o equilbrio e estabilizao so
sempre necessrios paratotal efetividade do movimento. Assim como
com os pesos livres, a acelerao dos pesos influenciarna sobrecarga
muscular (inrcia). H o aparecimento de momel1to, dependendo da
velocidade deexecuo do exerccio. Algumas vantagens dos aparelhos
incluem: a) Segurana. O exerccio torna-se um pouco mais seguro e
requer menos habilidades do executante. b) Flexibilidade. Os
aparelhos podem ser estruturados para proporcionar resistncia para
movimentos do corpo, que so dificeis de serem executados
resistidamente com pesos livres. c) Facilidade de uso. rpido e fcil
escolher uma sobrecarga atravs da insero de um pino nas
placas.Dispositivos de Resistncia Varivel O torque produzido em um
segmento por um grupo de msculosdepende do ngulo de insero muscular
em relao ao osso e sua distncia daarticulao (brao de momento), bem
como da relao fora-comprimento dosmsculos e da velocidade de
encurtamento muscular. Os aparelhos de resistncia varivel alteram a
quantidade de torque dafora resistiva durante toda a amplitude do
movimento articular. Estes aparelhos possuem roldanas com formas
ovaladas, o que fazcom que o brao de momento da fora resistiva
mude, conforme o cabo gira emtorno da roldana, aumentando ou
diminuindo a resistncia durante diferentesmomentos de um movimento.
A vantagem que a resistncia pode ser disposta para aumentar naposio
em que o msculo pode produzir o maior torque, por causa da
relaofora-comprimento ou do maior brao de momento.Dispositivos
Isocinticos O termo isocintico foi originalmente criado para
significar umaconstante velocidade de encurtamento muscular quando
um segmento trabalhacontra um dispositivo estabelecido para mover
numa velocidade constante.
33. Tem sido mostrado, no entanto, que a velocidade de rotao
constantede um segmento no est associada com a velocidade constante
do encurtamentomuscular. O uso corrente do termo isocintico
aplicado contrao muscularque acompanha a constante velocidade
angular de um membro. Aparelhos isocinticos (ou resistncia
acomodvel) controlam a taxamxima de movimento articular, porque
eles podem ser programados para umavelocidade predeterminada. A
vantagem destas mquinas que o usurio pode produzir tanta foraquanto
quiser por toda a amplitude do movimento que a resistncia
noaumentar a velocidade ou ganhar momento, como ocorre nos
isotnicos. A resistncia desenvolvida projetada para igualar a fora
que oindivduo aplica ao aparelho. Depois que o movimento atinge a
velocidade preestabelecida, noimporta quanta fora voc faa contra o
aparelho, ele far a mesma fora nadireo oposta (igual fora de reao)
mas no se mover mais rpido. Assim, o aparelho permite o
desenvolvimento de mxima tensomuscular por toda a amplitude do
movimento articular. Este tipo de aparelho no somente utilizado
para exerccios resistidosmas tambm para diagnosticar fraqueza
muscular e avaliar o progresso noprocesso de
reabilitao.Dispositivos Assistidos por Computador Os aparelhos
computadorizados podem ser uma alternativa para osdispositivos
isocinticos para acomodar o treinamento resistido. Durante o curso
de uma repetio, o computador adapta a resistncia curva de fora do
executante, alterando a resistncia de acordo com a curva. Estes
aparelhos podem ser ajustveis na resistncia, na velocidade,
napotncia, aceleraes, desaceleraes e amplitudes de movimentos. Alm
disso, o computador armazena dados como repeties, sries,trabalho
por semana, por ms, entre outras variveis. Ainda pode-se saber o
volume de treinamento de um dia para o outroou de uma semana ou ms
para o outro, melhorando muito o controle dotreinamento, o que
facilita a periodizao.
34. Dispositivos Elstico-Resistidos Os exerccios realizados com
o uso de elsticos proporcionam poucaresistncia no comeo e muita
resistncia (de acordo com a espessura epropriedades do elstico) no
final do movimento, pois a resistncia proporcional distncia que o
elstico alongado. O uso de elsticos possui duas limitaes: a) O
aumento da resistncia acontece no final da amplitude articular,
quando a capacidade de produo de fora do sistema muscular diminui.
b) Os aparelhos que utilizam este dispositivo so limitados quanto
ao nmero de elsticos, que podem ser fixados no aparelho e/ ou
quanto variao da espessura dos elsticos utilizados (elsticos mais
espessos proporcionam maior resistncia).
35. PARTE 2: O MEMBRO INFERIOR
36. Captulo 2O Tornozelo Como foi visto anteriormente no
captulo 1, o tornozelo realizamovimentos de flexo plantar, flexo
dorsal (ou dorsiflexo), everso e inverso. Quando os movimentos do
membro inferior so realizados em cadeiacinemtica fechada, esta
articulao (e os msculos correspondentes) fundamental para a
manuteno do equilbrio e manuteno da postura do corpo.Exerccios para
o TornozeloFlexo Plantar com o Joelho Estendido um dos mais
efetivos e importantes exerccio para a maioria dosatletas e
praticantes de musculao pois, alm de participar da maioria dos
gestosesportivos, os msculos gastrocnmio e sleo so importantes
bombeadores desangue venoso de volta ao corao. Para os praticantes
de musculao pormotivos estticos, estes msculos tambm devem ser
enfatizados, porquemelhoram o equilbrio de volume entre a perna e a
coxa, deixando uma aparnciamais harmoniosa para o membro
inferior.Anlise Biomecnica do Exerccio A posio em que o brao de
momento da resistncia o maior de todoo percurso do movimento quando
os ps esto a 90 em relao tbia. Destaposio para cima ou para baixo,
o brao de momento da resistncia diminui,exigindo menos do
gastrocnmio e do sleo.
37. necessrio levar o calcanhar para baixo da posio neutra
antes decomear o exerccio, para que os msculos comecem a flexo
plantar partindo depr-estiramento (dorsiflexo), favorecendo, assim,
a relao fora-comprimento ea total amplitude de movimento desta
articulao. A posio de pr-estiramento no comeo do exerccio se
assemelha posio em que o tornozelo fica antes de realizar qualquer
movimento de flexoplantar, partindo do solo, nos esportes. A nica
diferena que, numa cadeiacinemtica fechada, em vez de o calcanhar
ficar abaixo da horizontal, a tbia quese projeta na direo do solo
na inteno de aumentar dorsiflexo e preestirar ogastrocnmio e o
sleo. Para o completo desenvolvimento muscular necessrio que
omovimento seja realizado na maior amplitude articular permitida
por estaarticulao. O msculo gastrocnmio bi-articular e por isso
realiza flexo plantardo tornozelo e flexo do joelho. Apesar de este
msculo ser principalmente umflexor plantar, os movimentos de flexo
do joelho devem ser executados paradesenvolv-Io totalmente. O
equilbrio no necessrio, quando este exerccio executado noaparelho,
diminuindo, assim, a ao dos msculos estabilizadores. Portanto,
parao desenvolvimento deste grupo muscular, no intuito de melhorar
um gestoesportivo, o exerccio mais indicado a flexo plantar com
peso livre. O exerccioexige equilbrio e a participao dos
estabilizadores, o que se assemelha maiscom o gesto esportivo. Se o
executante no conseguir realizar uma grande dorsiflexo antesde
comear o movimento, por causa de insuficincia passiva do
gastrocnmio, necessrio realizar exerccios de alongamento espe
cficos para este msculo.
38. Quando este exerccio realizado com o joelho em flexo,
ogastrocnmio no consegue realizar o movimento com eficincia, por
causa deuma insuficincia ativa. H um grande componente translatrio
de compresso durante toda aamplitude do movimento. Isto favorece a
estabilidade da articulao do tornozelo.Flexo Plantar com o Joelho
Flexionado Este exerccio parecido com o anterior, porm, com o
joelho emflexo. Apesar de o movimento para o tornozelo ser idntico,
a posio do joelhoinfluencia bastante na ao muscular.Anlise
Biomecnica do Exerccio O maior brao de momento da resistncia
acontece quando os psesto na posio horizontal, diminuindo no
sentido superior e inferior a este ponto. Este exerccio isola o
msculo sleo porque, como o msculogastrocnmio bi-articular, a flexo
do joelho favorece sua insuficincia ativa,tornando-o ineficiente em
realizar a flexo plantar e favorecendo a ao domsculo sleo, que
somente cruza a articulao do tornozelo. Se a plataforma de apoio
dos ps for inclinada para baixo (dos dedospara o calcanhar), ela
favorece uma maior amplitude de dorsiflexo do tornozelono comeo do
movimento. Este exerccio tambm pode ser realizado com uma barra
apoiadasobre os joelhos flexionados e com os ps em cima de uma
plataforma.
39. Neste caso, para maior eficincia biomecnica do exerccio, a
barradeve ser colocada o mais prximo possvel da articulao do
joelho. A distncia que as anilhas esto colocadas na barra (mais
prximas dojoelho ou mais em direo s extremidades da barra) no
altera a intensidade doexerccio.Flexo Dorsal Este exerccio
fundamental para adquirir ou manter o equilbrio entreos pares
antagnicos da articulao do tornozelo (gastrocnmio e sleo e
tibialanterior). O equilbrio de foras entre os pares antagnicos
essencial para aintegridade da articulao e diminuio dos riscos de
leso.Anlise Biomecnica do Exerccio Como na flexo plantar, a posio
de maior torque da resistncia quando os ps esto paralelos ao cho.
Como o tornozelo s realiza uma amplitude mdia de 15-20
dedorsiflexo, o exerccio deve ser realizado partindo-se de flexo
plantar, o queaumenta a amplitude do movimento em mais 45
aproximadamente. Para que a flexo dorsal seja realizada com maior
amplitude, o joelhodeve ficar ligeiramente flexionado, caso
contrrio, o gastrocnmio impedir algunsgraus de dorsiflexo por causa
de insuficincia passiva (pela exigncia deelasticidade do
gastrocnmio no joelho e no tornozelo ao ,mesmo tempo).
40. Se este exerccio for realizado com um cabo ou elstico, o
maior braode momento da resistncia ser quando a linha de ao do cabo
(ou elstico)estiver perpendicular ao p do executante. No caso de o
exerccio ser realizado com elstico, apesar do brao demomento da
resistncia ser o maior quando a linha de ao do elstico
estperpendicular ao p, conforme o tornozelo se aproxima da completa
flexo dorsal,a tenso do elstico no sentido contrrio aumenta,
exigindo mais do msculo tibialanterior no final da fase concntrica
do exerccio e no, no instante onde o braode momento da resistncia
maior.
41. Captulo 3O Joelho A articulao do joelho realiza movimentos
de flexo e extenso.Partindo da posio anatmica (extenso), a flexo do
joelho um movimentoposterior, ao contrrio de outras articulaes como
a coluna, quadril, ombro ecotovelo onde a flexo um movimento
anterior. As rotaes medial e lateral so movimentos resultantes de
flexo eextenso do fmur sobre a tbia ou da tbia sobre o fmur (ver
captulo 1).Portanto, os exerccios para esta articulao enfatizam
somente os doismovimentos (flexo e extenso), que so realizados no
plano sagital sobre umeixo frontal. A articulao do joelho no possui
uma grande estabilidade do ponto devista sseo, dependendo somente
dos outros dois componentes (ligamentos emsculos), para preserv-Ia
de leses durante os movimentos. Por isso, o fortalecimento dos
msculos que cruzam esta articulao necessrio para aumentar o grau de
estabilidade e diminuir o risco de lesesligamentares. Alm disso, o
elo de ligao do membro inferior fundamental paraqualquer movimento
que dependa de absoro de impacto e deslocamento.Exerccios Para o
JoelhoExtenso do Joelho na Cadeira Extensora Este um dos principais
exerccios que isola o grupo muscularquadrceps femural, que
compreende os vastos medial, lateral e intermdio e oreto femural.
Destes quatro msculos, o reto femural o nico msculo bi-articulare,
portanto, realiza extenso do joelho, flexo do quadril e anteverso
da pelve. Osoutros trs realizam apenas a extenso do joelho. Um
profundo conhecimento da anatomia dos msculos bi-articularesque
cruzam a articulao do joelho necessrio, para a correta
anlisebiomecnica dos exerccios desta articulao.
42. Seta para cima =fora de reao do apoioSeta para baixo =fora
do quadrcepsTrao=ponto de maior tenso de distoro do fmurAnlise
Biomecnica do Exerccio O maior brao de momento da resistncia neste
exerccio entre45 - 50. O ponto de maior brao de momento do
quadrceps, devido posioda patela, entre 45-60. Um aparelho de
musculao equipado com umaroldana do tipo cam aumenta o raio da
roldana durante estes ngulos. O apoio das costas deve ser um pouco
inclinado, para que o executantepossa realizar uma ligeira extenso
do quadril, o que favorece a ao do msculoreto-femural
(principalmente no final da extenso), por causa da relao
fora-comprimento. Se o quadril mantido a 90 durante toda a excurso
domovimento, o reto-femural atinge uma insuficincia ativa nos
ltimos graus daextenso (por estar encurtado no quadril e realizando
a extenso do joelho). Nestecaso, os vastos que conseguem realizar o
maior torque do final da extenso ou
43. o reto femural recrutar um nmero muito maior de unidades
motoras paraconseguir realizar o movimento com eficincia. Se o
executante no possuir muita flexibilidade, como o caso damaioria
dos iniciantes, o exerccio no ser realizado na maior amplitude
demovimento permitida pelo aparelho, por causa de uma insuficincia
passiva dosisquiotibiais que, por j estarem alongados no quadril,
impedem a completaextenso do joelho. Este mais um motivo para que o
encosto das costas seja umpouco inclinado, pois mantm um pouco de
extenso do quadril, diminuindo ainsuficincia passiva dos
isquiotibiais na extenso do joelho. A patela tem a funo de polia
anatmica que mantm a linha de aodo quadrceps um pouco mais longe do
centro de rotao do joelho, aumentando,assim, o brao de momento do
msculo e sua capacidade de produzir torque.Contudo, quando a patela
aumenta o componente rotatrio (para rodar a tbiasobre o fmur neste
exerccio), h tambm um aumento do componentetranslatrio, que tende a
deslizar a tbia anteriormente. O ligamento cruzadoanterior (LCA)
previne o deslizamento anterior da tbia neste momento. Assim,
aintegridade do LCA fundamental para a estabilidade da articulao do
joelhodurante este exerccio. Se o executante realizar uma flexo
dorsal do tornozelo durante aextenso do joelho, o msculo
gastrocnmio pode ter uma insuficincia passiva eimpedir a completa
extenso do joelho. Quando o aparelho de extenso do joelho no possui
um apoio para ascostas, o risco de leso da regio lombar aumenta
significativamente. Nestasituao, quando o executante est no final
de uma srie e quase atingindo umafalha concntrica, o movimento mais
natural jogar a coluna para trs na intenode estender o quadril e
diminuir a insuficincia ativa do reto femural (melhorando arelao
fora-comprimento), para que este msculo possa participar
comeficincia da extenso do joelho. Porm, quando o indivduo joga a
coluna paratrs e realiza, ao mesmo tempo, a extenso do joelho, a
pelve (origem do retofemural) se fixa, para que o reto femural atue
com eficincia no joelho. Com apelve fixa, o quadril no estende e
somente a coluna lombar continua no sentidoda extenso, ficando
hiperestendida, o que aumenta o risco de leso desta regioda coluna.
Os alongamentos para gastrocnmio e isquiotibiais devem
serenfatizados, principalmente para os iniciantes, para diminuir a
insuficincia passivadestes msculos durante a extenso do joelho.
Apesar do quadrceps realizar uma contrao mais eficiente quandoparte
de uma posio mais alonga da (por causa da relao fora comprimento),
ocomeo do exerccio com um ngulo menor que 90 prejudicial articulao
dojoelho, porque, nesta posio, o quadrceps pressiona fortemente a
patela contraos cndilos do fmur. O ideal realizar o movimento
partindo de 90 de flexo,
44. principalmente com sobrecargas mais altas, para evitar
leses da articulaopatelo-femural. A diminuio do brao de momento e
da relao fora-comprimento doquadrceps nos ltimos 15 da extenso do
joelho coloca o quadrceps emdesvantagem mecnica e fisiolgica. Um
aumento de mais ou menos 60% dafora do quadrceps necessrio nesta
fase da extenso. O componente translatrio da fora aplicada pelo
quadrceps em toda aamplitude do movimento de compresso e contribui
para a estabilidade daarticulao. Note na figura (fig. 3.1c) que h
duas foras em sentido contrrio,atuando diretamente sobre o fmur.
Como a base da cadeira pequena, umaparte da extremidade distal do
fmur fica sem apoio. No momento em que oexecutante contrai o
quadrceps, a tendncia da extremidade distal do fmur dedeslocamento
inferior. O fmur pressiona o apoio, causando uma fora de reaode
igual magnitude no sentido superior. Portanto, o ideal que o apoio
do fmurseja grande o bastante para que a maior parte de sua
extremidade distalpermanea apoiada.Flexo do Joelho na Mesa Flexora
Este exerccio isola o grupo muscular denominado isquiotibiais,
quecompreende os msculos semitendinoso, semimembranoso e bceps
femural.Estes trs msculos so bi-articulares e realizam flexo do
joelho, extenso doquadril e retroverso da pelve. O msculo bceps
femural possui uma poro, querealiza apenas a flexo do joelho e
outra poro que bi-articular. Apesar de realizar a flexo do joelho,
a ao principal do msculogastrocnmio na articulao do tornozelo.
Outros msculos menores quetambm so recrutados na flexo incluem o
poplteo, plantar, sartrio e grcil. O desenvolvimento dos
isquiotibiais importante para a manuteno doequilbrio entre este
grupo de msculos e o quadrceps, e para preservar aintegridade da
articulao. Alguns estudos tm provado que, quanto mais fortesforem
os isquiotibiais, mais o quadrceps pode ser desenvolvido. Como a
maioria dos msculos flexores do joelho so bi-articulares,
ahabilidade deles em produzir torque efetivo pode ser influenciada
peloposicionamento das duas articulaes que eles cruzam.Anlise
Biomecnica do Exerccio O maior brao de momento da resistncia
acontece quando o joelhoest por volta de 90 de flexo.
45. No comeo da contrao o componente translatrio de compresso,
oque favorece a estabilidade da articulao do joelho. No final da
flexo, porm, o componente translatrio dedescompresso. O aumento da
instabilidade da articulao deve ser prevenidopelos ligamentos e
pelo tendo patelar. A posio de flexo do quadril muito importante
para a seguraexecuo do exerccio. Quando o executante realiza a
flexo do joelho, vrias outrasarticulaes se movimentam alm da
articulao do joelho: a pelve fazanteverso, o quadril, flexo, a
coluna, hiperextenso e o tornozelo realiza umadorsiflexo. Todas
estas alteraes so feitas na inteno de aumentar aeficincia da flexo
do joelho. Esta composio de movimentos ocorre da seguinteforma: a)
O reto femural, quando alongado pela flexo da articulao do joelho,
puxa a espinha ilaca ntero-inferior (origem) no sentido da
tuberosidade da tbia (insero), por causa de insuficincia passiva, o
que faz com que a pelve realize uma anteverso, seguida de
hiperextenso da coluna lombar. b) O iliopsoas e os paravertebrais
contraem-se para aumentar as posies respectivas de flexo do quadril
e hiperextenso da coluna
46. lombar, com aumento da anteverso da pelve, na inteno de
distanciar a poro pstero-inferior da pelve (origem dos
isquiotibiais) das pores pstero-mediais e pstero-Iaterais da tbia
(inseres dos isquiotibiais). Isto ocorre para que os isquiotibiais
fiquem com sua origem mais fixa e alonga da e possam tornar-se mais
eficientes como flexores do joelho (relao fora-comprimento). c) A
dorsiflexo do tornozelo causada principalmente pelo tibial
anterior, na inteno de distanciar o calcneo (insero do gastrocnmio)
da poro posterior dos cndilos do temur (origem do gastrocnmio),
para fixar a insero do gastrocnmio e mant-Ia mais alongada e assim,
torn-Io mais eficiente como flexor do joelho (relao
fora-comprimento). Estas alteraes, apesar de levarem o indivduo a
realizar o movimento de flexo do joelho com uma sobrecarga maior
e/ou por mais tempo, deixam a coluna lombar numa posio muito
suscetvel leso. Portanto, quando estas alteraes comeam a acontecer,
o melhor interromper o exerccio, principalmente com os iniciantes
neste exerccio. Uma maneira de favorecer a fase excntrica da
contrao, quando osisquiotibiais atingem a falha concntrica do
movimento, realizar a dorsiflexo dotornozelo na fase concntrica
(para aumentar a participao do gastrocnmio naflexo do joelho),
seguida de flexo plantar na fase excntrica (para diminuir aao do
gastrocnmio por causa de insuficincia ativa), para que somente
osisquiotibiais realizem esta fase do movimento. Apesar de esta
tcnica ser eficientee no necessitar de um parceiro para o
treinamento da fase negativa dacontrao, ela s deve ser utilizada
por indivduos em estgios mais avanados,que j possuem uma tcnica
mais apurada. Os alongamentos para o reto-femural ajudam a diminuir
a insuficinciapassiva deste grupo muscular na fase final da flexo
do joelho e devem,principalmente, ser enfatizados nos iniciantes.
Quando os msculos paravertebrais esto fracos, a pelve realiza
umaretroverso no comeo de cada fase excntrica deste exerccio.
Assim, ofortalecimento prvio destes msculos favorece a correta
postura da pelve nomovimento. Os exerccios de flexo do joelho so
mais efetivos no desenvolvimentoda poro distal dos isquiotibiais,
especialmente a poro curta do bceps femural(que no cruza a
articulao do quadril), por dois motivos principais: a) Quando a
intensidade do exerccio aumenta, a flexo do quadril tambm aumenta,
para melhorar a relao fora-comprimento pelo aumento do comprimento
da extremidade proximal dos isquiotibiais. b) A extremidade
proximal dos isquiotibiais responsvel pela extenso da articulao do
quadril.
47. Em aparelhos onde a mesa reta todas as alteraes descritas
acimaso realizadas com maior intensidade, aumentando ainda mais o
risco de leso dacoluna lombar. O volume dos msculos gastrocnmio e
isquiotibiais tambm limita oalcance da flexo do joelho neste
movimento. Assim, um indivduo maishipertrofiado tem uma amplitude
de flexo do joelho menor do que um indivduono-hipertrofiado.Flexo
do Joelho na Cadeira Flexora Este exerccio muito parecido com o
anterior, porm, possui algumasdiferenas biomecnicas que devem ser
consideradas. O principal grupo muscularvisado neste exerccio o
composto pelos isquiotibiais.Anlise Biomecnica do Exerccio O maior
brao de momento da resistncia a 90 de flexo do joelho.Os
componentes translatrios de compresso e descompresso articular
48. acontecem no comeo e no final da flexo, respectivamente,
como no exerccioanterior. A principal diferena deste exerccio para
o anterior o grau de flexodo quadril. Esta posio favorece a
melhoria da relao fora comprimento e adiminuio da insuficincia
ativa dos isquiotibiais na flexo do joelho, por estesestarem mais
alongados (pela flexo do quadril) do que na mesa flexora. A
tendncia de dorsiflexo que ocorre no exerccio anterior tambm comum
neste exerccio e acontece para que o gastrocnmio participe
maisefetivamente da flexo do joelho (devido melhoria da relao
fora-comprimentopara este msculo). Se o executante no possuir uma
boa elasticidade dos isquiotibiais, apelve pode realizar uma
retroverso por causa de insuficincia passiva destesmsculos (por
estarem demasiadamente alongados no quadril e sendo exigidostambm
no joelho) e/ou por falha dos paravertebrais em sustentarem sua
postura.A retroverso da pelve leva a coluna lombar para a flexo,
aumentando o estressenesta articulao. Se os paravertebrais
conseguem preservar a postura da pelve,o joelho pode no estender
totalmente tambm por falta de elasticidade dosisquiotibiais.
Portanto, os alongamentos para isquiotibiais so imprescindveis
paramelhorar sua elasticidade e favorecer uma correta e segura
execuo desteexerccio. Os paravertebrais tm funo importante na
segurana deste exerccioe o seu fortalecimento deve ser feito
previamente, para aumentar a eficincia domovimento.
49. Captulo 4O Quadril e a Pelve A articulao do quadril (ou
coxofemural) formada pela unio da fossado acetbulo da pelve com a
cabea do fmur. Esta articulao do tipo esferidepossui 3 graus de
liberdade: flexo/ extenso no plano sagital, aduo/abduo noplano
frontal e rotao lateral/medial no plano transversal. Sua funo
principal suportar o esqueleto axial e apendicular superior,
durante a postura anatmica edurante as posturas dinmicas como na
marcha, por exemplo. Proporcionatambm uma via de transmisso de
foras entre a pelve e as extremidadesinferiores. Apesar de esta
articulao ser mais estvel do que a do joelho, ofortalecimento dos
msculos que a cruzam fundamental para sua integridade. A pelve se
articula com a coluna vertebral atravs da articulao sacro-ilaca e
realiza os movimentos de retroverso (ou inclinao posterior),
anteverso(ou inclinao anterior) e inclinao lateral. Quando a coluna
lombar realizarotao, a pelve, conseqentemente, roda no mesmo
sentido da coluna. Devido grande interdependncia entre a pelve, o
quadril e a coluna,um ideal equilbrio muscular entre os pares de
msculos antagnicos destasarticulaes essencial, para a manuteno do
correto alinhamento do corpohumano.Exerccios para a Articulao do
Quadril e PelveFlexo do Quadril Este exerccio muito importante para
atletas, porque os msculos doquadril tm uma grande funo na
estabilidade da coluna. Quando os flexores e extensores do quadril
esto em equilbrio deforas e elasticidade, a pelve fica corretamente
posicionada para equilibrar acoluna eficientemente. Os principais
msculos envolvidos neste exerccio so o reto femural, oiliopsoas
(formado pelo psoas maior e menor e pelo ilaco), tensor da fscia
lata esartrio. Alguns outros msculos como o pectnio, adutor longo,
adutor magno egrcil tambm participam deste movimento, porm, de
forma secundria. O iliopsoas considerado o mais importante flexor
do quadril. O seufortalecimento precisa ser contrabalanceado pelo
fortalecimento dos extensores
50. do quadril, para prevenir a anteverso da pelve e a
hiperextenso da colunalombar.Anlise Biomecnica do Exerccio O maior
brao de momento da resistncia quando o quadril est naposio
anatmica. Quando o quadril se desloca no sentido da flexo, o brao
demomento da resistncia diminui, devido aproximao do acolchoado
(onde aparte anterior do fmur est apoiada) do eixo da articulao do
quadril. A contrao do abdome fundamental na manuteno da postura
dapelve durante este movimento. A fraqueza dos msculos do
abdominais noconsegue prevenir a antevrso da pelve e hiperextenso
da coluna lombar, queso conseqentes da forte contrao do iliopsoas e
do reto femural. Comoconseqncia, a coluna lombar fica suscetvel a
leses durante o movimento. O exerccio deve comear a partir de 10 de
extenso. Para realizaruma extenso maior que 10 a pelve realiza uma
anteverso e a coluna fazhiperextenso , aumentando os riscos de leso
da coluna lombar . Com o joelho estendido durante o movimento,
apesar de o brao demomento da resistncia (perna e p) aumentar,
estimulando o aumento da forade contrao dos flexores, o reto
femoral no realiza uma contrao efetiva, poratingir uma insuficincia
ativa nos ltimos graus da flexo.
51. Nesta posio, os isquiotibiais limitam a flexo do quadril
por causa deinsuficincia passiva. Se, neste caso, o indivduo tentar
continuar o movimento deflexo, os flexores do quadril passam a
contrair isometricamente, passando acontrao isotnica para os
msculos que realizam a retroverso da pelve e flexoda coluna. Esta
posio tambm coloca a coluna sob grande estresse. Apesar de o msculo
sartrio realizar flexo do quadril e flexo dojoelho, ele no atinge
uma insuficincia ativa quando este exerccio realizadocom o joelho
em flexo, por quase no alterar seu comprimento quando o joelho
flexionado. O msculo grcil o nico bi-articular do grupo adutor que
realizaflexo do quadril. Neste exerccio, ele participa do movimento
quando o joelhoest estendido e no, quando o joelho est flexionado.
Quando o quadril est em extenso, no comeo do exerccio, a
posturaereta fundamental para que os flexores comecem a contrao
partindo de pr-estiramento melhorando, assim, a relao fora
comprimento. Contudo, se oexecutante inclinar-se para frente neste
momento, no h extenso do quadrilnem o aumento da relao
fora-comprimento. Para a correta tcnica de execuo e segurana deste
exerccio, apelve deve permanecer fixa durante toda a amplitude do
movimento da articulaodo quadril.Extenso do Quadril no Aparelho (em
P) Este exerccio deve ser feito para equilibrar a postura da pelve
e,conseqentemente, manter o ideal alinhamento da coluna vertebral.
Os principais msculos exercitados neste exerccio so o glteomximo
(mono-articular) e os isquiotibiais (bi-articulares). Estes msculos
podemser assistidos, neste movimento, Pela poro posterior do msculo
glteo mdio,pelas fibras superiores do msculo adutor magno e pelo
msculo piriforme.
52. Anlise Biomecnica do Exerccio O maior brao de momento da
resistncia no incio do exerccio(quando o fmur est na posio
horizontal) e diminui conforme o quadril estendedevido aproximao do
acolchoado (onde a parte posterior do fmur estapoiada) do eixo da
articulao do quadril. O glteo mximo o msculo que possui o maior
brao de momentodos extensores do quadril tendo, portanto, a maior
capacidade de produo detorque para o movimento de extenso. O maior
brao de momento deste msculo na posio anatmica (neutra). Embora o
brao de momento combinado dos isquiotibiais seja menorque o do
glteo mximo em todos os pontos do alcance do movimento,
osisquiotibiais aumentam seu brao de momento quando o quadril
flexiona para 35e diminui deste ponto em diante; o brao de momento
do glteo mximo decresceem qualquer ngulo, alm da posio neutra. O
movimento deve acontecer da flexo (aproximadamente 90) atmais ou
menos 10 de extenso permitidos pela articulao do quadril.
Qualquermovimento de extenso alm dos 10 resultar numa anteverso da
pelve e numaconseqente hiperextenso da coluna lombar, aumentando,
assim, os riscos deleso desta ltima articulao. Se os msculos reto
femural e iliopsoas no forem muito elsticos, suainsuficincia
passiva precoce far as alteraes da pelve e da coluna (citadasacima)
acontecerem antes mesmo de o quadril chegar posio anatmica.
53. Portanto, os exerccios de alongamento para estes msculos
flexores do quadrilso fundamentais para a segurana deste exerccio.
A manuteno da postura ereta necessria durante todo omovimento. A
inclinao do tronco, posteriormente, com concomitante extensodo
quadril (fase excntrica), resultar na contrao isomtrica dos
extensores doquadril e na limitao da amplitude do movimento. Os
paravertebrais devem ser eficientes em prevenir a pelve de
inclinar-se posteriormente (retroverso), principalmente na fase
excntrica do movimento.Assim, o fortalecimento prvio destes msculos
deve ser realizado para umamelhor eficincia e segurana do exerccio.
A extenso do joelho, durante a realizao da fase concntrica
doexerccio, previne a insuficincia ativa dos isquiotibiais no final
da extenso doquadril, por melhorar a relao fora-comprimento
(conforme os isquiotibiais seencurtam no quadril, eles se alongam
no joelho). Se o joelho ficar flexionado durante todo o movimento,
a participao doglteo mximo maior por causa de insuficincia ativa
dos isquiotibiais. Nestaposio, a extenso do quadril torna-se
limitada pela insuficincia passiva do retofemural. Se o executante
tentar continuar o movimento a partir deste ponto, osextensores do
quadril passam a contrair isometricamente e a contrao isotnicaser
transferida para os msculos que realizam a anteverso da pelve
ehiperextenso da coluna, aumentando assim, os riscos de leso da
colunavertebral. Para a correta tcnica de execuo e segurana deste
exerccio, apelve deve permanecer fixa durante toda a amplitude do
movimento da articulaodo quadril.
54. Extenso do Quadril no Aparelho (em Decbito Ventral)Anlise
Biomecnica do Exerccio Como neste exerccio o joelho faz uma ligeira
extenso durante a faseconcntrica do movimento, o brao de momento da
resistncia aumenta no finalda extenso. O componente translatrio de
compresso durante todo o movimento,favorecendo a estabilidade da
articulao do quadril. Como o joelho fica flexionado por toda a
excurso do movimento, aamplitude de extenso pode ficar limitada por
causa de insuficincia passiva domsculo reto femural ou do
iliopsoas. Nesta situao, o apoio anterior do aparelhopara a coluna
lombar no consegue prevenir a anteverso da pelve nem ahiperextenso
da coluna que, dependendo do grau de flexibilidade do
executante,pode ocorrer at mesmo antes de o quadril chegar na posio
anatmica. Para a correta execuo do movimento e maior segurana do
exerccio,a melhoria da elasticidade do msculo reto femural e do
iliopsoas, atravs dealongamentos especficos, fundamental. A incluso
deste exerccio, portanto, s deve ser feita depois que oiniciante
estiver com sua flexibilidade melhorada.
55. Aduo do Quadril A aduo do quadril realizada numa amplitude
de apenas 10. Osprincipais msculos que atuam neste movimento so os
adutores curto, longo,magno e grcil, alm do pectnio.Anlise
Biomecnica do Exerccio Por causa da pequena amplitude permitida
pela articulao do quadrilna aduo, este exerccio deve comear a
partir de aproximadamente 45 deabduo. Nesta posio os adutores
apresentam uma relao fora-comprimentofavorvel e a amplitude do
movimento de aduo passa a ser de 50-55. O brao de momento da
resistncia menor no comeo do exerccio eaumenta, conforme o quadril
aduz at a posio anatmica, diminuindo deste
56. ponto em diante at completar 10 de aduo (no caso de este
exerccio serexecutado utilizando um cabo). Para realizar mais que
10 de aduo (partindo da posio anatmica)o executante tem que
realizar uma aduo do quadril da outra perna e uma flexolateral da
coluna lombar, o que resulta numa inclinao lateral da pelve.
Nestecaso, a partir dos 10 em diante, a contrao dos adutores passa
a ser isomtrica(para manter o quadril aduzido) e a contrao isotnica
concntrica passa para osadutores da outra coxa e flexores laterais
da coluna, incluindo o reto do abdome,paravertebrais, oblquos
internos e externos e quadrado lombar, do lado da colunaoposto ao
dos adutores que se tornaram isomtricos. Esta posio predispe
acoluna s leses. Se o executante no possuir muita elasticidade nos
adutores, no finalda a