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1 VIVIAN APARECIDA BLASO SOUZA SOARES CESAR - Docente na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), Universidade Presbiteriana Mackenzie. Doutoranda e Mestre em Ciências Sociais. Pesquisadora do Complexus Núcleo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo(PUC/SP). Habilitação Relações Públicas pelo Centro Universitário Newton Paiva. Especialista em Gestão Responsável para Sustentabilidade pela FDC Fundação Dom Cabral. Diretora da Agência Conversa Sustentável. Especialista em Comunicação para Sustentabilidade, Engajamento de Stakeholders, Smart Cities e Responsabilidade Social. Blogueira em Sustentabilidade. [email protected] EDUCAÇÃO PARA SUSTENTABILIDADE: UMA QUESTÃO FUNDAMENTAL? “O canteiro de obras da governança mundial presta-se hoje mais do que nunca a uma reflexão existencial, profunda e urgente”. Stéphane Hessel A crise ecológica do presente não existe separadamente das crises políticas, econômicas, sociais e éticas que atravessamos. Em um contexto policrísico os conflitos tendem a se acentuar num movimento crescente, da mesma forma que a incompreensão sobre suas possíveis causas e soluções. O mundo necessita de uma governança mundial mas para superarmos a crise atual é preciso uma reflexão existencial como apontado por Stephane Hessel (2012) no livro: O mundo não tem mais tempo a perder: apelo por uma governança mundial solidária e responsável, organizado por Sacha Goldman. O livro é um “Apelo” assinado por 18 membros do “Collegium Internacional”, endereçado ao Secretário-Geral da ONU na expectativa de contribuir com as discussões que serão realizadas durante a COP21. O “Collegium Internacional” é uma instituição multidisciplinar que tem o objetivo de debater e oferecer novas abordagens para lidarmos com as crises que ameaçam o planeta e a sociedade. MORIN (2013) ressalta que, a hiperespecialização avança compartimentalizando ainda mais os saberes, fragmentando a visão das relações de interdependências entre homem, natureza e cultura. Essa fragmentação dos saberes promoveu a separação entre disciplinas, que por sua vez, oculta as conexões complexas que existem entre as partes e suas correlações com o ambiente.

EDUCAÇÃO PARA SUSTENTABILIDADE: UMA QUESTÃO FUNDAMENTAL?

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VIVIAN APARECIDA BLASO SOUZA SOARES CESAR - Docente na Fundação

Armando Álvares Penteado (FAAP), Universidade Presbiteriana Mackenzie. Doutoranda e

Mestre em Ciências Sociais. Pesquisadora do Complexus Núcleo na Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo(PUC/SP). Habilitação Relações Públicas pelo Centro Universitário

Newton Paiva. Especialista em Gestão Responsável para Sustentabilidade pela FDC –

Fundação Dom Cabral. Diretora da Agência Conversa Sustentável. Especialista em

Comunicação para Sustentabilidade, Engajamento de Stakeholders, Smart Cities e

Responsabilidade Social. Blogueira em Sustentabilidade. [email protected]

EDUCAÇÃO PARA SUSTENTABILIDADE: UMA QUESTÃO FUNDAMENTAL?

“O canteiro de obras da governança mundial presta-se hoje mais do que nunca a uma reflexão existencial, profunda e urgente”.

Stéphane Hessel

A crise ecológica do presente não existe separadamente das crises políticas,

econômicas, sociais e éticas que atravessamos. Em um contexto policrísico os

conflitos tendem a se acentuar num movimento crescente, da mesma forma que a

incompreensão sobre suas possíveis causas e soluções.

O mundo necessita de uma governança mundial mas para superarmos a crise

atual é preciso uma reflexão existencial como apontado por Stephane Hessel (2012)

no livro: O mundo não tem mais tempo a perder: apelo por uma governança mundial

solidária e responsável, organizado por Sacha Goldman.

O livro é um “Apelo” assinado por 18 membros do “Collegium Internacional”,

endereçado ao Secretário-Geral da ONU na expectativa de contribuir com as

discussões que serão realizadas durante a COP21. O “Collegium Internacional” é uma

instituição multidisciplinar que tem o objetivo de debater e oferecer novas abordagens

para lidarmos com as crises que ameaçam o planeta e a sociedade.

MORIN (2013) ressalta que, a hiperespecialização avança

compartimentalizando ainda mais os saberes, fragmentando a visão das relações de

interdependências entre homem, natureza e cultura. Essa fragmentação dos saberes

promoveu a separação entre disciplinas, que por sua vez, oculta as conexões

complexas que existem entre as partes e suas correlações com o ambiente.

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Precisamos de uma reforma na forma do pensar, em religar o que foi desligado,

contextualizar e recontextualizar as relações entre os saberes fragmentados. Essa é

uma proposta ousada, mas não é impossível, uma vez que a reforma do pensamento

nos sugere reaprender a pensar, a religar todos os continentes que foram separados

pela visão cartesiana e que percorre a ciência contemporânea até os dias de hoje.

Para reverter este processo, deveríamos apostar na solidariedade, na via

regeneradora das ideias capazes de produzir uma política de civilização e essa

política já proposta por MORIN (2012), nos levaria para outra direção: A Ética.

A Ética propõe retomada de valores porque a crise moral que atravessamos é

resultado da crise de fundamentos que tentam fundar uma ética sem fundamentos.

Isso deve a um conjunto de fatores que desarticulam a relação trinitária:

individuo/espécie/sociedade:

- aumento da deterioração do tecido social

- enfraquecimento do espirito de coletividade

- hiperdesenvolvimento do egocentrismo

- a desarticulação trinitária (individuo/espécie/ sociedade)

- supervalorização monetária

Por isso é preciso refundar a ética e regenerar as fontes de responsabilidade-

solidariedade e essa regeneração partiria do despertar interior da crise moral que

atravessamos. “Todo ato ético é um ato de religação com o outro, com os seus, com

a comunidade, com a humanidade e o cosmo”. (CARVALHO, 2011)

As fontes de religação estão relacionadas ao tetragrama dialógico

Ordem desordem interações organizações

“O tetragrama dialógico combina simultaneamente relações antagônica e

complementares produzindo o efeito da ética da religação”. (MORIN, 2005: 29). Para

compreender a força da agitação dentro do circuito é preciso considerar a ecologia da

ação:

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“Em função das múltiplas interações e retroações no

meio em que se desenrola a ação, uma vez

desencadeada, escapa, com frequência, ao controle do

ator, provoca os efeitos inesperados e até mesmo

contrários ao esperado.1º princípio da ação: a ação não

depende mais das ações do ator, mas também das

condições do meio em que se desenrola;2º os efeitos a

longo prazo da ação são imprevisíveis”. (MORIN,

2005: 206)

Em 15 de junho de 2012, ás vésperas da realização da Rio + 20 foi publicado

no DOU – Diário Oficial da União as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação

Ambiental que reconhecem a relevância e obrigatoriedade da Educação Ambiental no

âmbito dos direitos humanos onde a educação para cidadania compreende a

dimensão política do cuidado com o meio ambiente local, regional e global.

Reconhecer a importância da Educação Ambiental como fonte para reestruturar

a mudança no modelo atual de pensamento é um grande desafio das instituições

responsáveis pela educação do país e por isso requer lidar com a complexidade e

conjunturas político, econômica, cultural, social e ecológica que enfrentamos.

Reaprender a pensar é a aposta de Edgar Morin para ultrapassarmos o nosso

modo fragmentado de conhecer. Entrelaçar saberes e práticas religando-os ao seu

contexto é a via necessária para metamorfosearmos a sociedade. Tais reformas

poderão vir a fortalecer as redes de conhecimento a fim de que os mesmos sejam

compartilhados, ampliados, retroalimentados e transformados. Incluem-se aí as

empresas, porque elas também são geradoras de conhecimento, formadoras de

opinião e influenciam os nossos comportamentos. É uma possível entrada do homem

na era noética, onde ele aceitaria sua condição em cooperar com a natureza em vez

de subjugá-la como tem feito. “A noologia põe ordem na casa, atua como operador

organizacional do material gerado na noosfera”. (CARVALHO, 2011)

A revolução ecológica - que está apenas começando -

constitui uma inversão para baixo: não é mais a

natureza que está a serviço do homem, é o homem que

está a serviço da vida. A revolução noética - no sentido

estrito do termo - constitui uma inversão para cima: não

é mais o pensamento que está a serviço do homem, mas

o homem que está a serviço do espírito. (HALÉVY,

2010: 84)

A grande crise planetária está atrelada a crise cognitiva uma vez que não

conseguimos atingir o estado de humanidade apontada por MORIN (2011). Frijot

Capra chamou-a de crise de percepção devido a visão mecanicista da vida e a

incapacidade da ciência enxergar a vida como sistemas. No caso das mudanças

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climáticas, por exemplo, a falta de informações levou a sociedade cientifica e os

tomadores de decisões globais à concorrência entre diferentes interpretações sobre o

fenômeno, como aponta MLODINOW (2009). Resultado: ainda nos dias de hoje

existem certos grupos que acreditam que os estudos sobre as mudanças climáticas

são exagerados ou mesmo que o fenômeno não existe. Isso acontece por alguns

motivos: o nosso imprintg cultural1, a normatização excessiva, a visão de mundo

ocidentalizada que analisa as crises apenas sob os aspectos econômicos, reflexo da

visão fragmentada entre natureza e cultura. Por isso, é tão difícil abandonarmos certos

padrões mentais e comportamentos repetitivos e até mesmo perversos – pessoas que

persistem no erro, na teimosia, que ignoram as evidências, que se desviam do certo

e do verdadeiro, como apontou PARKIN (2014). Sofremos o efeito recursivo de como

agimos. Isso se espelha na sociedade e talvez seja por isso que não consigamos

alcançar novas formas de agir e pensar que promovam a sustentabilidade na sua

complexidade.

Frente às degradações-contaminações-explorações que persistem devemos

nos perguntar: a tomada de consciência ecológica é ainda superficial, fraca,

inconsistente para lidarmos com as graves ameaças à biosfera? É possível que não

tenhamos apreendido o seu significado na sua complexidade? Se não, o que seria ela

então?

A reforma da educação proposta por Edgar Morin pressupõe a complexidade e

para isso requer olhar para as incertezas e destinos comuns dos homens e mulheres

na terra pátria, retomar a ética, manter um diálogo aberto, nutrir a nooesfera não

abdicando das artes, literatura, filosofia em detrimento a racionalidade, lutar pela

refundação de uma política de civilização capaz de nos colocar em outra direção.

A educação para sustentabilidade será capaz de refundar a ética com ênfase

na tríade perdida individuo/espécie/sociedade buscando princípios que possam

assegurar: os direitos fundamentais das pessoas valorizando as integrações regionais

sem esquecer da nossa condição global e interdependente que nos encontramos.

SERRES (2005), em O Incandescente sugere um tronco pedagógico comum a

todas as universidades que poderia sugerir o avanço da paz inspirado na mestiçagem

entre saberes.

1 Imprinting cultural inscreve-se cerebralmente desde a mais tenra infância pela estabilização seletiva das

sinapses, inscrições que marcarão irreversivelmente o espirito individual no seu modo de conhecer e de agir. O

imprinting manifesta os seus efeitos mesmo em nossa percepção visual. Morin, Edgar. Método 4: as ideias:

habitat, vida, costumes, organização; trad. Juremir Machado da Silva. eds. – Porto Alegre: Sulina, 2011. p.30.

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I O programa comum da especialidade

II A grande narrativa unitária de todas as ciências

Elementos da física, e da astrofísica: a formação do Universo, do big

bang ao resfriamento dos planetas.

Elementos da geofísica, da química, e de biologia: do nascimento da

Terra ao surgimento da vida e a evolução das espécies.

Elementos da agronomia, de medicina de passagem à cultura: o

relacionamento dos homens com a Terra, com a vida e com a própria

humanidade.

III O mosaico das culturas humanas

Elementos de linguística geral, geografia e história das famílias das

línguas.

As linguagens de comunicação: sua evolução.

Elementos da história das religiões: politeísmos, monoteísmos,

panteísmos, ateísmos.

Elementos de ciências políticas: os diversos tipos de governo.

Elementos de economia: a divisão de riqueza do mundo.

Obras primas recolhidas entre belas artes e as sabedorias. Sites: o

patrimônio da humanidade segundo a Unesco. (SERRES, 2005: 306)

A tomada de consciência ecológica exige uma compreensão profunda do

significado de ecologia. É comum aprendermos que a ecologia é uma disciplina da

área das ciências biológicas que estuda os ecossistemas como sendo as relações

entre os seres vivos em seu habitat. Tal definição normalmente a vincula ao estudo

do meio natural e a aparta do meio social, reduzindo-a e especializando-a. Ensinada

dessa maneira somos incapazes de compreendê-la como uma ciência policompetente

e transdisciplinar, que trata dos ecossistemas com seus constituintes, físicos,

biológicos e antropossociológicos.

Ter consciência dos problemas ambientais causados pela ação humana,

separar os resíduos para reciclagem, ou mesmo produzir ou consumir produtos que

reduzam a pegada ecológica é o que aprendemos com a educação ambiental, é o que

entendemos por conscientização ecológica. Mas quando Morin (2008) trata da tomada

de consciência ecológica, aponta para a necessidade de um pensamento

ecologizado2, o qual a sociedade ocidentalizada desconhece ou ainda não se

apropriou.

2 Pensamento Ecologizado: conceito apresentado durante o III SIRSO - Simpósio de Responsabilidad Social de

las Organizaciones, realizado em outubro de 2014 em Lima, Peru. Artigo original elaborado por Vivian Aparecida

Blaso Souza Soares César e Sydney Cincotto Junior. Título: Responsabilidade Social: ecologizar ideias e ações

para as vias transformadoras do futuro da humanidade. Disponível em:

http://www.uladech.edu.pe/sirso/ponencias-2

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Em princípio ecologizar o pensamento significa reaprender a pensar.

Aprendemos a pensar fragmentando e reduzindo para conhecer; utilizamos uma

metodologia disciplinarizadora, calcada nos princípios disjuntivos da lógica clássica

de identidade, não contradição e terceiro excluído. Reduzimos aquilo que queremos

conhecer à condição de objeto e isolando-o de seu meio verificamos o seu

comportamento. O conhecimento ensinado e aprendido contribui para desecologizar

as ideias e as ações. Ao contrário disso, o pensamento ecologizado relaciona os fatos

e os fenômenos ao seu contexto e busca superar a fragmentação disciplinar do

conhecimento que acomete a ciência e a filosofia contemporâneas. É um pensamento

hologramático capaz de relacionar as partes ao todo e o todo às partes. É um

pensamento complexo, capaz de tecer em conjunto os saberes e fazeres das

sociedades humanas vinculando-os à realidade do mundo. É um pensamento que

aspira à religação, tem na complexidade uma estratégia autocriativa e regeneradora

do conhecimento.

Um segundo ponto é compreender que todas as ações e ideias possuem vida

própria, que são retroalimentadas pelo ecossistema onde se desenvolvem e que por

isso são ecologizadas. Morin (s/d.a) denomina por ecologia da ação o jogo de inter-

retroações a que está submetida uma ação ao ser iniciada. Sujeita às influencias do

meio, bifurcam em outra direção daquela prevista em seu início. Toda ação traz

consigo um princípio de incerteza, pois não sabemos com exatidão qual será o seu

fim. Diante da ecologia da ação o pensamento ecologizado erige-se sobre o princípio

da precaução, que deve zelar por nossas mínimas ações a fim de conter danos

irreversíveis à vida. Morin (s/d.b), também aponta que, como as ações, as ideias

também possuem vida própria em seus ecossistemas, habitam a noosfera e

retroagem sobre a sociedade. As ideias que possuímos acabam por nos possuir, essa

dupla possessão coloca os sistemas filosóficos, mitológicos, científicos, ideológicos,

teológicos, a serviço dos nossos interesses da mesma forma que nos põem a servi-

los.

A noosfera, quando nutrida por um ecossistema onde impera o pensamento

simplificador, tende a enrijecer seus vasos comunicantes retroalimentadores,

esclerosando e minando toda criatividade e capacidade de reinvenção; e alheia à sua

natureza ecológica, alia-se à certeza, se dogmatiza. Ecologizar as ideias implica fazê-

las entrar no circuito gerador e regenerador de si e das sociedades, misturando-as,

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mestiçando-as, colorindo-as. De natureza complexa, o pensamento ecologizado

comporta a ecologia das ideias e ações.

Outro fator fundamental para ecologizar o pensamento é o reconhecimento do

nosso duplo enraizamento cósmico e biológico. Somos filhos do Cosmo, nossas

partículas e nossos átomos de carbono se formaram nos primeiros instantes do

Universo, os elementos físico-químicos que se associaram para dar forma ao planeta

estão presentes em tudo que é vivo. A vida, por sua vez, é uma emergência terrestre,

seu desenvolvimento e evolução multiforme deu origem a incontáveis formas de

seres, dentre eles os humanos. Somos filhos de Gaia fertilizada por Cosmo, nosso

código genético revela nossa descendência materna terrestre e paterna cósmica. O

Cosmo e a Terra estão em nós, como nós estamos neles.

Ecologizar o pensamento ao sistema político econômico, social e cultural em

geral, as inter-retroações existentes nas relações de interdependência entre homem-

natureza, entre ecologia-economia; contribuiria para a tomada de consciência

planetária de que estamos todos no mesmo barco, que habitamos a Terra, e que o

futuro da humanidade depende do futuro do planeta; chamaria todos a se

responsabilizarem pelas decisões tomadas na direção daquilo que hoje é designado

como sustentabilidade ambiental, econômica e social, complexificando-a; promoveria

a regeneração e a transformação das trocas materiais e simbólicas; reformularia os

conceitos de sustentabilidade e de responsabilidade social empresarial, que estão

atualmente alicerçados na cosmovisão cartesiana.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Revolução Noética no Século XXI, São Paulo: Unesp.

MLODINOW, L. (2009). O andar do bêbado: como o acaso determina nossas

vidas, Rio de Janeiro: Zahar.

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Cortez; Brasília: UNESCO, 2000.

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Machado Silva. 4 ed. Porto Alegre: Sulina, 2012.

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___________. Para onde vai o mundo? Petrópolis: Vozes, 2010.

___________. Rumo ao abismo? Ensaios sobre o destino da humanidade, Tradução

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___________. A via para o futuro da humanidade. Tradução Edgard de Assis

Carvalho e Marisa Perassi Bosco. 1. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2013.

PARKIN S. (2014) O divergente positivo. Liderança em sustentabilidade em um

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SACHA, Goldman/coordenação; O mundo não tem mais tempo a perder

/Trad. Clóvis Marques. 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.

REGO, Teresa Cristina(org.); Currículo e política educacional. Petrópolis, Rio

de Janeiro, Vozes; São Paulo, SP: Revista Educação; Editora Segmento, 2011.

Coleção Contemporânea.

SERRES, Michel. O incandescente. Tradução Edgard Assis Carvalho e Mariza

Perassi Bosco. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005

___________. O contrato natural, Lisboa: Instituto Piaget, 2000