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CONCEIÇÃO APARECIDA FONTOLAN

ESCASSEZ DE ÁGUA E OS CONFLITOS

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CONCEIÇÃO APARECIDA FONTOLAN

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Alguns países usam menos de 10 litros de água por pessoa ao dia. Gâmbia usa 4.5; Mali, 8; Somália, 8.9; e Moçambique, 9.3. Em contraste, o cidadão médio dos Estados Unidos usa 500 litros de água por dia, e a média britânica é de 200 litros. No Oeste dos Estados Unidos, são utilizados cerca de 8 litros para escovar os dentes, 10 a 35 litros para nivelar a descarga, e 100 a 200 litros para tomar banho.

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•Quantos de nós parecemos nos incomodar com a falta de água para beber, tomar banho, cozinhar ou apertar o botão da descarga? Não parece, mas somos muitos. Somos muito mais do que aqueles que reclamam quando a cisterna seca no ápice do verão. Somos aqueles que vivemos em cidades menores, que dependemos diretamente da água de rios, riachos, nascentes e de poços artesianos. Somos aqueles que vivemos em bairros esquecidos das cidades maiores onde o saneamento básico (água e esgoto) ainda não chegou.

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Segundo o jornal britânico, "o Ministro da Defesa da Grã-Bretanha, John Reid, fez uma previsão sombria de que a violência e o conflito político tornar-se-ão mais prováveis nos próximos 20 ou 30 anos, na medida em que aumentarem a desertificação, o derretimento das calotas polares e o envenenamento de fontes de água". John Reid apontou as mudanças climáticas como o motivo dos conflitos violentos causados com o crescente aumento da população e a diminuição das reservas de água.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

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RIO JORDÃO

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MAR MORTO

MAR MORTO , RECEBE ÁGUAS DO RIO JORDÃO

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Israel, Jordânia e Palestina: 5% da população do mundo sobrevivem com 1% da sua água disponível no Oriente Médio, nesse contexto ainda há a guerra entre árabes e israelenses. Isso poderia contribuir para crises militares adicionais enquanto o aquecimento global continua. Israel, os territórios palestinos e a Jordânia necessitam do rio Jordão, mas Israel controla-o e corta suas fontes durante as épocas de escassez. O consumo palestino é então restringido severamente por Israel.

SITUAÇÃO MUNDIAL

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Turquia e Síria: Os projetos da Turquia para construção de represas no rio Eufrates levaram o país à beira de um conflito com a Síria em 1998. Damasco (Síria ) acusa Ancara (Turquia) de usar deliberadamente sua fonte de água enquanto o rio desce pelo país que acusa a Síria de proteger líderes separatistas curdos. A falta de água ocasionada pelo aquecimento global aumentará a pressão nesta volátil região. Ancara- Turquia Damasco- Síria

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China e Índia: O rio Brahmaputra já causou tensão entre Índia e China e pode se tornar uma faísca para dois dos maiores exércitos do mundo. Em 2000, a Índia acusou a China de não compartilhar informações sobre o funcionamento do rio desde o Tibet que causou inundações no nordeste da Índia e em Bangladesh. As propostas chinesas para desviar o rio também concernem a Deli.

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MAR DE ARALEle tinha uma área equivalente à dos estados do Rio de Janeiro e Alagoas juntos. Por séculos, foi um oásis no meio do deserto. Mas agora o mar de Aral, entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, está morrendo. Simboliza o que poderá acontecer com os outros mananciais do planeta se o ritmo do uso irracional continuar como nos dias de hoje. Apesar do nome, o Aral é um. grande lago que se tornou salgado. Antes da década de 1960, tinha 62.000 km2 de extensão. Hoje, já perdeu dois terços da sua área de superfície

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MAR DE ARAL

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MAR DE ARAL

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 Sua morte foi prevista há quase 50 anos, quando o então governo soviético desviou dois rios que o alimentavam para irrigar plantios de algodão. Os agrotóxicos poluíram 15% das águas, também castigadas pelos efeitos das barragens de 45 usinas hidrelétricas. A floresta que cercava suas margens praticamente acabou. Cerca de 80% das espécies de animais desapareceram. 

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Aral recebe anualmente 60 milhões de toneladas de sal carregadas pelos rios, matando peixes e, por consequência, a indústria pesqueira que sustentava a economia local. O sal e os pesticidas agrícolas , a erosão e a retirada exagerada de água, se infiltraram no solo. Contaminaram lençóis freáticos, tornaram impossível a lavoura e elevaram a níveis epidêmicos doenças como o câncer. O Aral pode desaparecer se nada for feito para modernizar os sistemas de irrigação e adotar práticas ambientais menos agressivas.

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Oscar D’Ambrosio

A crise é mundial: 20 países exauriram suas reservas e a cada 15 minutos 500 pessoas morrem de sede ou por beberem de fontes contaminadas. No Brasil, onde o quadro é igualmente preocupante, especialistas alertam: é preciso poupar e garantir com rigor a qualidade do precioso líquido

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    A água – ou a falta dela – foi apontada, pelo governo federal, como a grande vilã desta ameaça de apagão que paira sobre nossas cabeças, sobretudo de quem vive nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do País. A carência de água – estamos falando, agora, claro, de água potável –, no entanto, ultrapassa de muito a questão energética e, num certo sentido, a antecede. Afinal, produz-se energia elétrica sem a existência de água, recorrendo-se a usinas termelétricas, movidas a gás ou a energia nuclear. Mas não se produz água – em outras palavras, as reservas de água do planeta são finitas, não renováveis e estão cada vez menores. "Estima-se que 400 crianças e 100 adultos morrem a cada 15 minutos no mundo devido à falta ou à má qualidade da água", alerta o médico veterinário Luiz Augusto do Amaral, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) da UNESP, câmpus de Jaboticabal. "Por isso, um poço de água potável valerá em breve o que valia um poço de petróleo nos anos 70."

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"Resta apenas 1% de água disponível para uso, armazenada nos lençóis freáticos,

subterrâneos, lagos, rios e na atmosfera", diz Amaral, que é também um dos coordenadores

do Projeto Acquaunesp. O volume total de água na Terra é de 1,35 bilhão de km3, mas 97% está

nos oceanos e mares – portanto, salgada e imprópria para consumo. Dos 3% que restam, 2% está armazenada nas geleiras Estima-se

que onze países da África, como o Egito, e nove do Oriente Médio, como o Kuweit, praticamente

não tenham mais água

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Distribuição da água no planeta

Toda a água

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Água Doce

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Água doce superficial de fácil

acesso

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97.5% das águas do planeta são salobras, inadequadas para uso humano. A maioria da água fresca está presa nas geleiras e glaciais. A necessidade básica recomendada de água por pessoa num dia é de 50 litros. Mas as pessoas podem utilizar algo perto de aproximadamente 30 litros: 5 litros para alimento e bebida e uns outros 25 para a higiene.

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Aqüífero Guarani

 O Aquífero Guarani é o maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo. Está localizado na região centro-leste da América do Sul, entre 12º e 35º de latitude sul e entre 47º e 65º de longitude oeste e ocupa uma área de 1,2 milhões de Km², estendendo-se pelo Brasil (840.000 Km²), Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e Argentina (255.000 Km²).Sua maior ocorrência se dá em território brasileiro (2/3 da área total), abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

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Uma Reserva para o Futuro* 

                                                 

                                                                                   

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Recursos Hídricos

                                  

   

 

Água                       A água pura (H2O) é um líquido formado por móleculas de hidrogênio e oxigênio. Na natureza, ela é composta por gases como oxigênio, dióxido de carbono e nitrogênio, dissolvidos entre as moléculas de água. Também fazem parte desta solução líquida sais, como nitratos, cloretos e carbonatos; elementos sólidos, poeira e areia podem ser carregados em suspensão. Outras substâncias químicas dão cor e gosto à agua. Ions podem causar uma reação químicamente alcalina ou ácida. As temperaturas apresentam variação de acordo com a profundidade e com o local onde a água é encontrada, constituindo-se em fatores que influenciam no comportamento químico.

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Classificação

Mundial das Águas

Água doce

com apresentação de teor de sólidos totais dissolvidos (STD) inferior a 1.000 mg/l.

Salobras

com STD entre 1.000 e 10.000 mg/l.

Salgadas

com mais 10.000 mg/l

Classificação

Mundial das Águas

Água doce

com apresentação de teor de sólidos totais dissolvidos (STD) inferior a 1.000 mg/l.

Salobras

com STD entre 1.000 e 10.000 mg/l.

Salgadas

com mais 10.000 mg/l

Classificação

Mundial das Águas

Água doce

com apresentação de teor de sólidos totais dissolvidos (STD) inferior a 1.000 mg/l.

Salobras

com STD entre 1.000 e 10.000 mg/l.

Salgadas

com mais 10.000 mg/l

Classificação

Mundial das Águas

Água doce

com apresentação de teor de sólidos totais dissolvidos (STD) inferior a 1.000 mg/l.

Salobras

com STD entre 1.000 e 10.000 mg/l.

Salgadas

com mais 10.000 mg/l

Classificação

Mundial das Águas

Água doce

com apresentação de teor de sólidos totais dissolvidos (STD) inferior a 1.000 mg/l.

Salobras

com STD entre 1.000 e 10.000 mg/l.

Salgadas

com mais 10.000 mg/l

Classificação

Mundial das Águas

Água doce

com apresentação de teor de sólidos totais dissolvidos (STD) inferior a 1.000 mg/l.

Salobras

com STD entre 1.000 e 10.000 mg/l.

Salgadas

com mais 10.000 mg/l

Classificação

Mundial das Águas

Água doce

com apresentação de teor de sólidos totais dissolvidos (STD) inferior a 1.000 mg/l.

Salobras

com STD entre 1.000 e 10.000 mg/l.

Salgadas

com mais 10.000 mg/l

Classificação

Mundial das Águas

Água doce

com apresentação de teor de sólidos totais dissolvidos (STD) inferior a 1.000 mg/l.

Salobras

com STD entre 1.000 e 10.000 mg/l.

Salgadas

com mais 10.000 mg/l

Classificação

Mundial das Águas

Água doce

com apresentação de teor de sólidos totais dissolvidos (STD) inferior a 1.000 mg/l.

Salobras

com STD entre 1.000 e 10.000 mg/l.

Salgadas

com mais 10.000 mg/l

Classificação

Mundial das Águas

Água doce

com apresentação de teor de sólidos totais dissolvidos (STD) inferior a 1.000 mg/l.

Salobras

com STD entre 1.000 e 10.000 mg/l.

Salgadas

com mais 10.000 mg/l

Classificação

Mundial das Águas

Água doce

com apresentação de teor de sólidos totais dissolvidos (STD) inferior a 1.000 mg/l.

Salobras

com STD entre 1.000 e 10.000 mg/l.

Salgadas

com mais 10.000 mg/l

Volume de água

A quantidade total de água na Terra é distribuída da seguinte maneira:

* 97,5% de oceanos e mares;

* 2,5 de água doce;

* 68,9% (da quantidade geral de água doce) formam as calotas polares, geleiras e neves eternas que cobrem os cumes das montanhas altas da Terra;

* 29,9% restantes de água doce constituem as águas subterrâneas

* 0,9% respondem pela umidade do solo e pela água dos pântanos

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As fontes hídricas são abundantes, porém mal distribuídas na superfície do planeta. Em algumas áreas, as retiradas são bem maiores que a oferta, causando um desequilíbrio nos recursos hídricos disponíveis. Essa situação tem acarretado uma limitação em termos de desenvolvimento para algumas regiões, restringindo o atendimento às necessidades humanas e degradando ecossistemas aquáticos. Os recursos hídricos são de fundamental importância no desenvolvimento de diversas atividades econômicas. A água pode representar até 90% da composição física das plantas; a falta de água pode destruir lavouras.

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A interação do quadro climático com os aspectos geológicos dominam os excedentes

hídricos que alimentam uma das mais extensas e densas redes de rios perenes do

mundo. Em três grandes unidades hidrográficas: Amazonas, São Francisco e Paraná estão concentrados cerca de 80% da produção

hídrica do país. Estas bacias cobrem cerca de 72% do território brasileiro, dando-se destaque à Bacia Amazônica, que possui cerca de 57%

da superfície do País.

ÁGUA NO BRASIL

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Hidrografia do Brasil                             

A rede hidrográfica brasileira é constituída por rios navegados em corrente livre e por hidrovias geradas pela canalização de trechos de rios, além de extensos lagos isolados, criados pela construção de barragens para fins exclusivos de geração hidrelétrica.Alguns dos rios da Amazônia e do Centro-Oeste foram melhorados pela dragagem de seus baixios, mas a maioria dos rios navegáveis destas regiões são naturais. Nas regiões Sudeste e Sul, vários rios foram canalizados, o que permitiu o aumento da capacidade de tráfego dessas hidrovias e da confiabilidade do transporte fluvial.A rede hidrográfica brasileira tem elevadas condições de umidade na maior parte do território nacional, sendo considerada como a mais densa do planeta.Algumas características da hidrografia do Brasil• Rica em rios, mas pobres em lagos.

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• O regime de alimentação dos rios brasileiros é pluvial, não se registrando a ocorrência de regimes nival ou glacial, sendo apenas o Rio Amazonas um dependente do derretimento da neve da Cordilheira do Andes, mas a sua alimentação provém basicamente de chuvas. O período das cheias dos rios brasileiros é no verão, com algumas exceções no litoral do nordeste.

• Grande parte desses rios é perene; apenas alguns que nascem no sertão nordestino são intermitentes.

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O destino dos rios brasileiros é exorréico, ou seja, desagua no mar. Devido ás elevadas altitudes na

porção ocidental da América do Sul, os rios brasileiros vão todos desaguar no Oceano

Atlântico. Mesmo os que correm para oeste fazem a curva ou desaguam em outro rio que irá em

direção ao oceano.Na produção de energia elétrica, o uso dos rios é muito grande. Aproximadamente cerca de 90% da

eletricidade brasileira provém dos rios. Seu potencial hidráulico vem de quedas d’água e

corredeiras, dificultando a navegabilidade desses mesmos rios. Na construção da maioria das

usinas hidrelétricas, não foi levado em conta a possibilidade futura de navegação, dificultando o

transporte hidroviário.

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Bacias Hidrográficas

É a área ocupada por um rio principal e todos

os seus tributários, cujos limites constituem as vertentes, que por sua vez limitam outras bacias. No Brasil, a predominância do clima úmido propicia uma rede

hidrográfica numerosa e formada por rios com grande volume de água.

As bacias hidrográficas brasileiras são formadas a partir de três grandes divisores:

Planalto BrasileiroPlanalto das GuianasCordilheira dos Andes

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Bacia AmazônicaÉ a maior superfície drenada do mundo. O Rio Amazonas, dependendo da nascente, é considerado o segundo (6.557 Km) ou o primeiro rio mais extenso do mundo. É o rio de

maior vazão de água (100.000 m3/s), depositando aproximadamente 15% dos débitos fluviais totais do

mundo. Possui uma largura média de 4 a 5 Km, podendo atingir mais de 10 Km em alguns pontos. Nasce na planície de La Raya, no Peru, com o nome de Vilcanota, desce as montanhas, recebendo os nomes de Ucaiali, Urubanda e

Marañón. No território brasileiro, recebe o nome de Solimões e, a partir da confluência com o Rio Negro,

próximo a Manaus, é chamado de Amazonas. Dos seus mais de 7 mil afluentes, os principais são: Negro,

Trombetas e Jari (margem esquerda); Madeira, Xingu e Tapajós (margem direita).

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BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO AMAZONAS

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Bacia do Tocantins - AraguaiaCom 803.250 Km² de área ocupada, é a maior bacia em território nacional.

O principal rio é o Tocantins, que nasce em GO, nas confluências dos Rios Maranón e Paraná, desaguando na foz do Rio Amazonas. É

aproveitado pela Usina Hidrelétrica de Tucuruí, PA.

Bacia do ParanáPertence a uma bacia maior, não estando totalmente em território

brasileiro, banhando também a Argentina e o Paraguai. No Brasil ocupa 10,1% da área do país. O Rio Paraná nasce da união dos Rios Paranaíba e

Grande, na divisa MS/MG/SP; possui o maior potencial hidrelétrico instalado no país, com destaque para a Usina Binacional de Itaipu,

fronteira com o Paraguai. Os principais afluentes do Rio Paraná estão na margem esquerda: Tietê, Paranapanema e Iguaçu. Na margem direita,

recebe como principais afluentes os Rios Suruí, Verde e Pardo.Além do potencial hidrelétrico, a Bacia do Paraná é utilizada para navegação, em trechos que estarão interligados no futuro com a

construção de canais e eclusas.

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Bacia Platina             É constituída pelas sub-bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. Seus principais rios são:

                                             

1. Rio Uruguai2. Rio Paraguai3. Rio Iguaçu4. Rio Paraná5. Rio Tietê6. Rio Paranapanema7. Rio Grande8. Rio Parnaíba9. Rio Taquari10. Rio Sepotuba  

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Bacia do UruguaiÉ formada pela união dos Rios Canoas e Pelotas, correndo em

direção oeste, nas divisas dos estados de SC e RS, e em direção ao Sul, na fronteira do Rio Grande do Sul com Argentina. Os principais

afluentes são os Rios do Peixe, Chapecó, Ijuí e Turvo.Tanto para a navegação como para hidrelétrica, a utilização é

pequena em função da irregularidade da sua vazão e topografia do terreno.

Bacia do São Francisco Nasce em MG, na Serra da Canastra, a mais de 1000m de altitude, atravessa o Estado da Bahia e banha as divisas dos Estados de Pernambuco, Alagoas e Sergipe, uma região basicamente semi-

árida.É um rio de planalto; todavia, possui cerca de 2.000 Km navegáveis.

Possui bom potencial hidrelétrico e nele está situado a Usina de Paulo Afonso, BA. Atualmente suas águas estão sendo desviadas

para irrigação.

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Bacia do Norte – NordestePor onde correm os rios do Meio – Norte do país (Maranhão e Piauí),

tais como o Paranaíba, o Gurupi, Pindaré, Mearim e Itapicuru. Integrante também dessa bacia os rios intermitentes ou temporários do sertão nordestino: o Jaguaribe, Acaraú, Apodi, Piranhas, Capibaribe, e

outros.

Bacia do LesteÉ formada principalmente pelos Rios Jequitinhonha, Doce, Itapicuru e

Paraíba do Sul.

Bacia do Sudeste – SulEntrecortada pelos Rios Ribeira do Iguape, Itajaí, Tubarão e Jacuí (que

se denomina Guaíba em Porto Alegre).

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Hidrovias no Brasil                            

Hoje, a navegação fluvial no Brasil está numa posição inferior em relação aos outros sistemas de transportes. É o sistema de menor participação no transporte de mercadoria no Brasil. Isto ocorre devido a vários fatores. Muitos rios do Brasil são de planalto, por exemplo, apresentando-se encachoeirados, portanto, dificultam a navegação. É o caso dos rios Tietê, Paraná, Grande, São Francisco e outros. Outro motivo são os rios de planície facilmente navegáveis (Amazonas e Paraguai), os quais encontram-se afastados dos grandes centros econômicos do Brasil. Nos últimos anos têm sido realizadas várias obras, com o intuito de tornar os rios brasileiros navegáveis. Eclusas são construídas para superar as diferenças de nível das águas nas barragens das usinas hidrelétricas. É o caso da eclusa de Barra Bonita no rio Tietê e da eclusa de Jupiá no rio Paraná, já prontas.

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Existe também um projeto de ligação da Bacia Amazônica à Bacia do Paraná. É a hidrovia de

Contorno, que permitirá a ligação da região Norte do Brasil às regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, caso

implantado. O seu significado econômico e social é de grande importância, pois permitirá um transporte de

baixo custo. O Porto de Manaus, situado à margem esquerda do rio Negro, é o porto fluvial de maior movimento do Brasil

e com melhor infra-estrutura. Outro porto fluvial relevante é o de Corumbá, no rio Paraguai, por onde é escoado o minério de manganês extraído de uma área

próxima da cidade de Corumbá

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Transporte HidroviárioO Brasil tem mais de 4 mil quilômetros de costa

atlântica navegável e milhares de quilômetros de rios. Apesar de boa parte dos rios navegáveis estarem na Amazônia, o transporte nessa região não tem grande importância econômica, por não haver nessa parte do País mercados produtores e consumidores de peso.

Os trechos hidroviários mais importantes, do ponto de vista econômico, encontram-se no Sudeste e no Sul do

País. O pleno aproveitamento de outras vias navegáveis dependem da construção de eclusas, pequenas obras

de dragagem e, principalmente, de portos que possibilitem a integração intermodal. Entre as principais hidrovias brasileiras, destacam-se duas: Hidrovia Tietê-

Paraná e a Hidrovia Taguari -Guaíba.

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Principais hidrovias Hidrovia Araguaia-Tocantins

A Bacia do Tocantins é a maior bacia localizada inteiramente no Brasil. Durante as cheias, seu principal rio, o Tocantins, é navegável numa extensão de 1.900 km, entre as cidades de

Belém, no Pará, e Peixes, em Goiás, e seu potencial hidrelétrico é parcialmente aproveitado na Usina de Tucuruí, no Pará. O Araguaia cruza o Estado de Tocantins de norte a sul e é navegável num trecho de 1.100 km. A construção da

Hidrovia Araguaia-Tocantins visa criar um corredor de transporte intermodal na região Norte.

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Hidrovia São Francisco Entre a Serra da Canastra, onde nasce, em Minas

Gerais, e sua foz, na divisa de Sergipe e Alagoas, o "Velho Chico", como é conhecido o maior rio situado

inteiramente em território brasileiro, é o grande fornecedor de água da região semi-árida do

Nordeste. Seu principal trecho navegável situa-se entre as cidades de Pirapora, em Minas Gerais, e

Juazeiro, na Bahia, num trecho de 1.300 quilômetros. Nele estão instaladas as usinas

hidrelétricas de Paulo Afonso e Sobradinho, na Bahia; Moxotó, em Alagoas; e Três Marias, em

Minas Gerais. Os principais projetos em execução ao longo do rio visam melhorar a navegabilidade e

permitir a navegação noturna.

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Hidrovia da MadeiraO rio Madeira é um dos principais afluentes da margem direita do

Amazonas. A hidrovia, com as novas obras realizadas para permitir a navegação noturna, está em operação desde abril de

1997. As obras ainda em andamento visam baratear o escoamento de grãos no Norte e no Centro-oeste.

Hidrovia Tietê-ParanáEsta via possui enorme importância econômica por permitir o

transporte de grãos e outras mercadorias de três estados: Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Ela possui 1.250 quilômetros navegáveis, sendo 450 no rio Tietê, em São Paulo, e 800 no rio Paraná, na divisa de São Paulo com o Mato Grosso do Sul e na

fronteira do Paraná com o Paraguai e a Argentina. Para operacionalizar esses 1.250 quilômetros, há necessidade de

conclusão de eclusa na represa de Jupiá para que os dois trechos se conectem.

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Taguari-GuaíbaCom 686 quilômetros de extensão, no Rio Grande do Sul, esta é a principal hidrovia

brasileira em termos de carga transportada. É operada por uma frota de 72 embarcações, que

podem movimentar um total de 130 mil toneladas. Os principais produtos transportados

na hidrovia são grãos e óleos. Uma de suas importantes características é ser bem servida de terminais intermodais, o que facilita o transbordo

das cargas. No que diz respeito ao tráfego, outras hidrovias possuem mais importância

local, principalmente no transporte de passageiros e no abastecimento de localidades

ribeirinhas.

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Hidrelétricas no Brasil                             A Rede Hidrometeorológica Nacional, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, é composta hoje por 5.138 estações, das quais 2.234 pluviométricas, 1.874 fluviométricas e 1.030 de outros tipos, como sedimentométricas, telemétricas, de qualidade das águas, evaporimétricas e climatológicas.A energia elétrica atende a cerca de 92% dos domicílios no país. A produção de energia é realizada por usinas hidrelétricas e termoelétricas, sendo que as usinas hidrelétricas respondem, por cerca de 97% da energia elétrica gerada.Principais hidrelétricas do Brasil:

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FOZ DO TIPO DELTA

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FOZ DO TIPO ESTUÁRIO

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FOZ MISTA OU COMPLEXA

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Consideremos o impacto nas reservas de água. Para produzir 450 gramas de carne de vaca, são necessários três quilos de sementes. Estes, por sua vez, requerem 3.000 litros de água. No mundo inteiro, é cada vez maior a quantidade de água usada na criação de porcos e galinhas, em vez de ser empregada na irrigação das plantações destinadas ao consumo direto. O fato está provocando o esgotamento de milhões de poços. A Índia, a China, o norte da África e os Estados Unidos registram uma escassez de água doce, pois atualmente gastam suas reservas em um ritmo superior à velocidade com que as chuvas conseguem repor as fontes naturais.

QUANTOS GASTAMOS DE ÁGUA ?