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GEOGRAFIA A Ensino Secundário 1

Espaço urbano cidades

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Neste conjunto de diapositivos pretende-se, para além dos critérios de definição de cidade habitualmente mencionados nos manuais, abordar formas de considerar a realidade urbana e as divisões, administrativas ou para fins estatísticos, mencionadas pelo INE - Instituto Nacional de Estatística.

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Page 1: Espaço urbano cidades

GEOGRAFIA AEnsino Secundário

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CIDADE =/≠CENTRO URBANO?

� Uma escolha difícil dado que não existem conceitos universais

� Mas pode-se falar em traços comuns

� Segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística), define-se

� Como um Lugar com população igual ou superior a 2000 habitantes (desde 22-02-2012).

Cidade tem uma definição diferente

LUGAR URBANO

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CIDADE

� Aglomerado populacional contínuo, com um número de eleitores superior a 8000, possuindo pelo menos, metade dos seguintes equipamentos coletivos: instalações hospitalares com serviço de permanência; farmácias; corporação de bombeiros; casa de espetáculos e centro cultural; museu e biblioteca; instalações de hotelaria; estabelecimentos de ensino preparatório e secundário; estabelecimentos de ensino pré-primário e infantários; transportes públicos, urbanos e suburbanos; parques ou jardins públicos.

� Importantes razões de natureza histórica, cultural e arquitetónica poderão justificar uma ponderação diferente dos requisitos enumerados" (Art.º 14º).

� Fontes Lei n.º 11/82, DR 125, SÉRIE I de 1982-06-02 - artigos 13.º e 14.º 3

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QUAL A DIFERENÇA ENTRE LUGAR URBANO E CIDADE?

� Em Portugal e de acordo com os conceitos em vigência:

� O lugar urbano corresponde a um valor numérico

� A cidade, além de um valor numérico, tem que desempenhar um determinado tipo de funções urbanas

� Mas, ao longo do tempo e do espaço, os critérios de definição variam.

� A ONU (Organização das Nações Unidas), por exemplo, considera uma cidade somente áreas urbanizadas que possuam mais de 20 000 habitantes

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CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO

� Numérico � Absoluto - aglomerado populacional fortemente

concentrado� 250 hab. na Dinamarca; 2 000 hab. em França; 10 000 hab. em Espanha

� Relativo - aglomerado populacional de elevada densidade populacional

� Porto: 5 493,3 hab/km²; V.N. Gaia: 1799,5 hab/km²; Guarda: 58,3 hab/km²; Faro: 308,6 hab/km²

� Funcional - lugar onde se concentram diversas funções urbanas, umas raras, outras vulgares

� Residencial, militar, administrativa, comercial, industrial, política, religiosa, cultural

� Legal – aglomerado que obedece a critérios mistos, numérico e funcional

5Nota – os valores de densidade populacional referem-se aos concelhos. No caso do Porto há coincidência entre a cidade e o concelho.

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COMO TEM VARIADO O CONCEITO DE POPULAÇÃO URBANA EM PORTUGAL

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Data Definição: Total de habitantes …

1890 … residentes nas freguesias das sedes de concelho

1940 … residentes nas sedes de concelho com um limiar mínimo de 2 000 habitantes

1960 … residentes nas capitais de distrito e osde todas as cidades ou vilas com mais de 10 000 habitantes

1998 … residentes nas freguesias predominantemente urbanas

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ESPAÇO URBANO, HOJE, É …

Subsecção estatística tipificada como "solo urbano", de acordo com os critérios de planeamento dos Planos Municipais de Ordenamento do Território e que contempla um dos seguintes requisitos:

� Integra uma secção com densidade populacional superior a 500 habitantes por Km2;

� Integra um lugar com população residente igual ou superior a 5.000 habitantes.

� Nota: uma subsecção estatística é tipificada como solo urbano sempre que a proporção da superfície da subsecção abrangida por solo urbano de acordo com os critérios de planeamento assumidos nos Planos Municipais de Ordenamento do Território é superior ou igual a 50%.

Fontes Deliberação n.º 2717/2009, DR 188, SÉRIE II de 2009-09-28 - 8.ª (2008) deliberação da Secção Permanente de Coordenação Estatística relativa à tipologia de áreas urbanas

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ESPAÇO SEMI-URBANO

Subsecção estatística tipificada como "solo não urbano", de acordo com os critérios de planeamento dos Planos Municipais de Ordenamento do Território e que contempla, pelo menos um dos seguintes requisitos:

� Integra uma secção com densidade populacional superior a 100 habitantes por Km2 e inferior ou igual a 500 habitantes por Km2

� Integra um lugar com população residente igual ou superior a 2.000 habitantes e inferior a 5.000 habitantes

Nota: solo não urbano se a proporção da superfície da subsecção abrangida por solo urbano de acordo com os critérios de planeamento assumidos nos Planos Municipais de Ordenamento do Território é inferior a 50%.

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USO DO SOLO URBANO

� Classe de espaço que abrange as zonas designadas nos PMOTS (Planos Municipais de Ordenamento do Território) como urbano, urbano e urbanizável, urbanizável, comércio e serviços, comércio e serviços existentes, comércio e serviços propostos, edificação dispersa.

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Fontes PORTUGAL. Direção Geral de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano. Planos diretores municipais: georeferenciação de áreas urbanas turísticas e industriais. Lisboa, DGOTDU, 1998

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A metodologia mais recente aplicada em Portugal

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� Lei nº 11/82 - «Uma vila só pode ser elevada à categoria de cidade quando conte com um:� número de eleitores superior a 8 000, em aglomerado populacional contínuo, e possua, pelo menos, metade dos seguintes equipamentos coletivos:

� instalações hospitalares com serviço de permanência

� farmácias

� corporação de bombeiros

� casa de espetáculos e centro cultural; museu e biblioteca

� instalações de hotelaria

� estabelecimento de ensino preparatório e secundário; estabelecimento de ensino pré-primário e infantários» 11

� Para ascender a cidade um aglomerado populacional tem que ser uma APU –Área Predominantemente Urbana

Tipologia de Áreas Urbanas para fins Estatísticos

Composta por três níveis:

� APU – Áreas Predominantemente Urbanas

� AMU – Áreas Mediamente Urbanas

� APR – Áreas Predominantemente Rurais

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(Aprovada por Deliberação do Conselho Superior de Estatística em 3 de Julho de 1998 após trabalho conjunto desenvolvido peloINE – Instituto Nacional de Estatística - e pela DGOTDU – Direção Geral de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano )

Tipo de ÁreaNúmero de Habitantes

Densidade populacional

APUFreguesias urbanasFreguesias semiurbanas contíguas às freguesias

urbanasFreguesias semiurbanas constituindo por si só áreas predominantemente urbanas segundo orientações e critérios de funcionalidade/planeamentoFreguesias sedes de Concelho com população

residente Superior a 5 000 hab.

População residente

≥ 5 000 hab.

(Superior a)

> 500 hab./km²

AMUFreguesias semiurbanas não incluídas na área predominantemente urbanaFreguesias sede de Concelho não incluídas na área predominantemente urbana

Populaçãoresidente

Inferior a5 000

≥ 2 000 hab

(Superior a)

> 100 hab/km²≤ 500 hab/km²

APR - Os restantes casos

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ÁREA PREDOMINANTEMENTE URBANA (TAL COMO CONSTA NO SISTEMA DE METAINFORMAÇÃO DO INE)

Freguesia que contempla, pelo menos, um dos seguintes requisitos:

� 1) o maior valor da média entre o peso da população residente na população total da freguesia e o peso da área na área total da freguesia corresponde a espaço urbano, sendo que o peso da área em espaço de ocupação predominantemente rural não ultrapassa 50% da área total da freguesia;

� 2) a freguesia integra a sede da Câmara Municipal e tem uma população residente superior a 5.000 habitantes;

� 3) a freguesia integra total ou parcialmente um lugar com população residente igual ou superior a 5 000 habitantes, sendo que o peso da população do lugar no total da população residente na freguesia ou no total da população residente no lugar, é igual ou superior a 50%.

� Início de vigência 17-12-2009

� Antes Deliberação n.º 488/98, DR 210/98, SÉRIE II de 11-09-1998 - Tipologia das Áreas Urbanas (DGOTDU/INE)

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ÁREA MEDIAMENTE URBANA (TAL COMO CONSTA NO SISTEMA DE METAINFORMAÇÃO DO INE)

Freguesia que contempla, pelo menos, um dos seguintes requisitos:

� 1) o maior valor da média entre o peso da população residente na população total da freguesia e o peso da área na área total da freguesia corresponde a Espaço Urbano, sendo que o peso da área de espaço de ocupação predominantemente rural ultrapassa 50% da área total da freguesia;

� 2) o maior valor da média entre o peso da população residente na população total da freguesia e o peso da área na área total da freguesia corresponde a espaço urbano em conjunto com espaço semiurbano, sendo que o peso da área de espaço de ocupação predominantemente rural não ultrapassa 50% da área total da freguesia;

� 3) a freguesia integra a sede da Câmara Municipal e tem uma população residente igual ou inferior a 5.000 habitantes;

� 4) a freguesia integra total ou parcialmente um lugar com população residente igual ou superior a 2.000 habitantes e inferior a 5 000 habitantes, sendo que o peso da população do lugar no total da população residente na freguesia ou no total da população residente no lugar, é igual ou superior a 50%.

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ESQUEMATIZAÇÃO DE UMA APU

= População residente/População total freguesia > 50%

= / é espaço urbano ≥ 50%

Espaço urbano

����DP> 500 hab/km²

PR ≥ 5 000 hab

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Das unidades administrativas às unidades estatísticas, novas metodologias de adaptação à realidade comunitária.

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DIVISÃO ADMINISTRATIVA � Estrutura hierárquica

dinâmica estabelecida e alterada por lei que divide o território nacional em 3 tipos de entidades:,.

� Distrito - grande divisão administrativa, que se subdivide em Concelhos

� Concelho - circunscrição administrativa, que se subdivide em freguesias.

� Freguesia - circunscrição administrativa em que se subdivide o Concelho

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Tipologia do Município em função da sua densidade populacional

4 259 freguesias e 308 municípios existentes antes da Reforma da Administração Local sobre a Organização TerritorialFonte: http://www.portugal.gov.pt/media/132774/doc_verde_ref_adm_local.pdf

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� A divisão administrativa é a mais antiga nomenclatura territorial estabelecida por lei. O Decreto-Lei nº 46 139/64, de 31 de dezembro referia como circunscrições administrativas os distritos, os concelhos e as freguesias.

� Nos termos da Constituição da República Portuguesa (CRP) de 1976 … são contempladas três categorias de autarquias locais: a freguesia, o município (substituindo a designação de concelho) e a região administrativa …

� Enquanto as regiões administrativas não estiverem concretamente instituídas, a Constituição prevê a manutenção da divisão distrital …

� Nas regiões autónomas, às quais a CRP confere autonomia, as autarquias locais compreendem freguesias e municípios …

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Distritos Distritos

Municípios

Freguesias do Município de V.N. de Gaia

Com a reforma administrativa nacional existem, atualmente,3 090 freguesias 20

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DIVISÕES ESTATÍSTICAS

Para além das unidades territoriais existentes em termos administrativos (…) existem outros tipos de divisões territoriais para fins meramente estatísticos. É o caso das regiões NUTS, definidas ao nível comunitário, que facilitam o confronto de dados estatísticos na União Europeia. (…) Por outro lado, a concentração crescente da população e da atividade económica em áreas urbanas, e a consequente procura de informação estatística, gerou a necessidade de delimitar, para efeitos estatísticos, unidades representativas da dimensão urbana.

� Regiões NUTS

� Geografia dos Censos

� Lugares

� Cidades estatísticas

� Tipologia de áreas urbanas

� Grau de Urbanização (áreas densamente povoadas, medianamente povoadas e pouco povoadas), 2011

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REGIÕES NUTS

� A Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS) começou a ser utilizada no início dos anos 70, no âmbito da então Comunidade Económica Europeia entre o Eurostat, os serviços da Comissão e os Estados-Membros, com o objetivo de proporcionar uma repartição única, uniforme e hierárquica das unidades territoriais para a produção e difusão de estatísticas.

� No contexto nacional, a NUTS foi aprovada em 1986, através da Resolução do Conselho de Ministros nº 34/86, de 26 de Março, que estabeleceu três níveis de NUTS.

� No topo da hierarquia da NUTS, surgem os Estados-Membros da União Europeia (no caso português, o primeiro nível corresponde a PT - Portugal), sendo a estrutura de codificação da NUTS 2002 desagregada em três níveis:

� NUTS I (1 carater alfanumérico)

� NUTS II (2 carateres alfanuméricos)

� NUTS III (3 carateres alfanuméricos)

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NOMENCLATURA DAS UNIDADES TERRITORIAIS PARA FINS ESTATÍSTICOS - NUTS

� Nomenclatura que permite a recolha, organização e difusão de estatísticas regionais harmonizadas na Comunidade Europeia

� Subdivide o território económico dos Estados Membros em unidades territoriais

� Atribui a cada unidade territorial uma designação e um código específicos

� É hierárquica - subdivide cada Estado-Membro em unidades territoriais de� nível NUTS 1, cada uma das quais é subdividida

em unidades territoriais de� nível NUTS 2, sendo estas, por sua vez,

subdivididas em unidades territoriais de� nível NUTS 3.

� O território económico de cada país inclui igualmente território extrarregional (Decisão nº 91/450/CE CEE da Comissão Europeia)

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De acordo com o Regulamento (CE) nº 1059/2003, “o nível adequado da NUTS no qual se deverá classificar uma determinada classe de unidades administrativas de um Estado-Membro é determinado com base nos limiares demográficos seguintes, dentro dos quais se situa a dimensão média da classe de unidades administrativas considerada:

Nível Mínimo Máximo

NUTS I 3 milhões 7 milhões

NUTS II 800 000 3 milhões

NUTS III 150 000 800 000

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GEOGRAFIA DOS CENSOS

� A preparação e a execução de um recenseamento geral da população e habitação exigem a referenciação geográfica da informação com base em unidades territoriais de pequena dimensão … o INE desenvolveu um sistema que divide as freguesias em pequenas áreas estatísticas – secções e subsecções estatísticas(em formato digital na Base Geográfica de Referenciação de Informação (BGRI)

� Secção estatística é a unidade territorial correspondente a uma área contínua de uma única freguesia com cerca de 300 alojamentos destinados à habitação.

� Subsecção estatística é a unidade territorial que identifica a mais pequena área homogénea de construção ou não, existente dentro da secção estatística. Corresponde ao quarteirão nas áreas urbanas, ao lugar ou parte de um lugar nas áreas rurais, ou a áreas residuais que podem ou não conter alojamentos (isolados). 26

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CIDADES ESTATÍSTICAS

� A Lei nº 11/1982, de 2 de junho, estabelece as condições que permitem a uma vila ser elevada à categoria de cidade.

� No entanto, a legislação é omissa em relação aos limites geográficos das cidades. Neste contexto, em 2002 e tendo por base a legislação que cria as cidades, o INE estabeleceu a “cidade estatística”, na medida em que definiu critérios estatísticos que lhe permitiram definir territorialmente os limites das cidades.

� A cidade estatística corresponde … ao ajustamento do perímetro urbano consagrado nos instrumentos jurídicos de ocupação de solos, às subsecções estatísticas utilizadas pelo INE na Base Geográfica de Referenciação da Informação.

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TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS, 2009

� A Tipologia de áreas urbanas, para fins estatísticos, foi objeto de revisão em 2009. (…)substituindo a anterior versão de 1998.

� A nova Tipologia de áreas urbanas (TIPAU 2009) consiste … numa classificação tripartida das freguesias do território nacional em Áreas predominantemente urbanas (APU), Áreas mediamente urbanas (AMU) e Áreas predominantemente rurais (APR).

� A TIPAU 2009 (…) permite ainda definir “População urbana” como a população residente em APU (conceito 3915)

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GRAU DE URBANIZAÇÃO 2011:

� Tipologia de classificação do território que tem por base as unidades territoriais LAU 2 («Local AdministrativeUnits» - correspondentes às freguesias em Portugal

� Utiliza, essencialmente, os critérios de densidade e dimensão populacional

� Reparte o território em:

� áreas densamente povoadas� áreas medianamente povoadas� áreas pouco povoadas

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Áreas densamente povoadas: Conjunto contínuo de LAU 2 onde:� pelo menos 50% da população vive em agrupamentos de alta

densidade (agrupamentos de quadrículas contíguas com 1 Km2)� com uma densidade populacional ≥ 1 500 hab/km2 e � uma população total de, pelo menos, 50 000 habitantes

Áreas medianamente povoadas: Conjunto contínuo de LAU 2 onde:� pelo menos de 50% da população vive em agrupamentos de alta

densidade e menos de 50% da população a viver em espaço rural

� com uma densidade populacional ≥ 300 hab/km2 e� uma população total de, pelo menos, 5 000 habitantes.

Áreas pouco povoadas: Conjunto de LAU 2 em que mais de 50% da população vive em quadrículas classificadas como espaço rural.

Page 31: Espaço urbano cidades

Cidade, lugar central

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Page 32: Espaço urbano cidades

Representação esquematizada da(s):

� Cidade como um lugar central

� Fases de crescimento da cidade:� Fase centrípeta� Fase centrífuga

� Áreas de expansão:� Área suburbana� Área periurbana

Zona central

Subúrbios

Zona periurbana

Parques industriais

Centros comerciais

Urbanização

Nascimento dos subúrbiosPeriurbanização

Reconquista do centro

A CIDADE COMO UM LUGAR CENTRAL

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Page 33: Espaço urbano cidades

Porque:

� Exerce forte atração sobre a área envolvente cuja população serve

� Desempenha funções centrais – raras e vulgares

� Disponibiliza bens e serviços, uns raros, outros vulgares

� Ocupa o centro de um círculo correspondente à sua área de atração (em linguagem representativa)

� O seu RAIO DE INFLUÊNCIA é proporcional à capacidade de atração

� O conjunto e o tipo de funções que exerce mede a sua CENTRALIDADE e define o respetivo ÍNDICE DE CENTRALIDADE.

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Page 34: Espaço urbano cidades

Área de influência de 3 lugares centrais

Qualquer

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Fonte: LOBATO, 2004

CIDADE

LUGAR CENTRAL

FUNÇÕES CENTRAIS

RAIO DE INFLUÊNCIA

CENTRALIDADE

é um

que desempenha

dentro de um

que vai definir a sua

Na realidade o lugar ocupado pela cidade não é o centro geométrico de um espaço circular

Page 35: Espaço urbano cidades

A ÁREA DE INFLUÊNCIA: LIMIAR MÍNIMO E MÁXIMO

A área de influência de uma função urbana exercida por um lugar central é proporcional à distância ao lugar central respetivo.

Dentro do espaço de atração abrangido é possível considerar limiares, mínimo e máximo, que justificam a existência dessa função urbana.

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Limiar mínimo – número mínimo de consumidores que justifica a rendabilidade de cada bem ou serviço

Limiar máximo – área até onde esse bem é procurado

Bem central – produto que se encontra apenas em determinado local.

Page 36: Espaço urbano cidades

A área de influência de um centro urbano é definida pelo território que se encontra funcionalmente dependente daquele centro urbano, para um determinado número de funções:

� funções de nível superior - mais raras - (por exemplo, hospital geral) restringem o número de centros urbanos susceptíveis de possuírem áreas de influência e definem áreas de influência de maior dimensão;

� funções de nível inferior e, por isso, mais frequentes (por exemplo, mini mercado/mercearia), tornam um maior número de centros urbanos elegíveis e projetamáreas de influência, tendencialmente, de menores dimensões.

Fonte – Sistema urbano: áreas de influência e marginalidade funcional, INE36

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NÍVEIS DE FUNÇÕES, INE

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Baixa/C.B.D.

Modelos de crescimento interno das cidades

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CENTRO HISTÓRICO

� Zona central mais antiga do aglomerado urbano, cuja malha urbanística e, pelo menos, parte significativa das edificações remontam às fases iniciais do seu processo de crescimento urbano, o que lhes confere um estatuto consensual de património da história e da identidade do aglomerado urbano em que se insere.

A linha limite do Centro Histórico do Porto corresponde, grosso modo, ao traçado da Muralha Fernandina, ultrapassando-a aqui e ali, conforme se constata na imagem pela linha verde (diapositivo nº38)

As freguesias que se inscrevem nestes limites são a de S. Nicolau na sua totalidade, grande parte da Freguesia da Sé, parte significativa da Freguesia da Vitória, uma pequena parte da grande Freguesia de Miragaia e uma parte residual de Santo Ildefonso referente ao lado Sul da Rua 31 de Janeiro.

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Delimitação do CENTRO HISTÓRICO da cidade do Porto

Page 41: Espaço urbano cidades

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Centro Histórico do Porto – o que resta da Muralha Fernandina, a Sé pólo a partir do qual a urbe cresceu, a ligação ao rio, as casas altas para melhor aproveitar o espaço, as ruas estreitas, desordenadas e a adaptação ao relevo

Page 42: Espaço urbano cidades

A CIDADE É:

� Um espaço privilegiado de relações sociais, comerciais e laborais

� Uma área de trocas e de movimentos.

Daí que:

� Os transportes e as vias de comunicação têm grande importância neste espaço:

� Respondem à necessidade de mobilidade� Incidem na distribuição dos usos do solo urbano.

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Page 43: Espaço urbano cidades

FATORES QUE INTERFEREM NA ORGANIZAÇÃO INTERNA DA CIDADE

� Funções urbanas – tipo e diversidade;

� Acessibilidade;

� Grau de infraestruturas;

� Existência de equipamentos coletivos;

� Valores paisagísticos e patrimoniais;

� Distância ao centro.

Renda locativa(maior ou menor valorização do custo do solo)

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Page 44: Espaço urbano cidades

� É a área central da cidade onde se concentram:� uma grande quantidade e diversidade de atividades

terciárias;� um vasto conjunto de funções raras;� os escalões mais elevados da decisão, ao nível:

� administrativo (ministérios, tribunais, governos municipais);

� económico (bolsas, sedes de bancos e companhias de seguros);

� cultural (teatros, cinemas e museus).

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Page 45: Espaço urbano cidades

TERCIARIZAÇÃO DO/A C.B.D./BAIXA

� Substituição das funções pré-existentes (industrial, habitacional, de pequeno comércio) por escritórios, bancos, consultórios e comércio especializado.

� Segregação das diversas atividades no espaço, verificando-se um:� Zonamento vertical – As funções menos nobres, ou

as que não implicam o contacto com o público, localizam-se em andares superiores;

� Zonamento horizontal – Presença de áreas especializadas em ruas principais e secundárias, tanto nas áreas antigas das cidades como também nas novas áreas urbanizadas.

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CARATERÍSTICAS QUE DEFINEM A ATUAL DINÂMICA DA BAIXA/C.B.D.

� Valorização fundiária - aumento da renda locativa, (sobretudo se se tratarem de áreas apetecíveis) em prejuízo da função residencial.

� Aumento do trânsito - congestionamento do centro e consequente diminuição da acessibilidade relativa.

� Menor atratividade - deslocalização das funções comerciais e de sedes de empresas e de serviços de administração por perda de acessibilidade (excesso de veículos, congestionamento agravado nas horas de ponta e dificuldade de estacionamento).

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Page 47: Espaço urbano cidades

CAUSAS DA CRISE DO/A C.B.D./BAIXA

Fatores intrínsecos

� Falta de resposta às novas procuras comerciais

� Congestionamento

� Inércia dos atores instalados

� Diminuição da população residente.

Fatores externos

� Aparecimento, na periferia, de:

� Novas formas de comércio concorrencial (centros comerciais)

� Áreas de escritórios e serviços.

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ESTRATÉGIAS DE REVITALIZAÇÃO DA/O BAIXA/C.B.D.

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� Criação de espaços pedonais - ruas e praças destinadas a peões.

� Adoção de medidas de reabilitação urbana que potenciem a afluência de turistas.

� Implementação de um sistema de transportes mais eficiente;

� Renovação do edificadoe a atração de novasatividades; � Implementação de programas de revitalização do comércio.

Pátio Luso – Reabilitação Urbana no Porto

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O CONCEITO DE "GENTRIFICATION”

� Processo de valorização imobiliária de uma zona urbana, geralmente acompanhada da deslocação dos residentes com menor poder económico para outro local e da entrada de residentes com maior poder económico

� Substituição social das zonas antigas populares e mais ou menos degradadas

� Residentes, sobretudo, das "novas classes médias", com um elevado volume de capital cultural e com estilos de vida fortemente orientados para o consumo.

� Classes com apetência por uma localização residencial central, próxima dos locais de trabalho e dos espaços de consumo que frequentam, e uma pertença profissional altamente qualificada, muito vocacionada para o setor quaternário (setor da robótica, cibernética, informática).

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Page 50: Espaço urbano cidades

PRINCIPAIS INDICADORES: ÁREAS MAIS PROPENSAS À GENTRIFICAÇÃO

� Elevado número de inquilinos

� Facilidade de acesso aos centros de emprego

� Níveis elevados e crescentes de congestionamento de trânsito na área metropolitana

� Edifícios de grande valor arquitetónico

� Aluguéis relativamente baixos das habitações antigas

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Avenida dos Aliados na cidade do Porto: edifício degradado em pleno coração da cidade à espera de reabilitação. Edifícios deste valor arquitetónico são considerados património a preservar, pelo menos, a sua fachada.

Page 52: Espaço urbano cidades

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Hotel Intercontinental – apesar das obras profundas que renovaram todo o quarteirão, a fachada manteve-se praticamente inalterada.

Unidade hoteleira instalada no antigo Palácio das Cardosas, de grande visibilidade e nobreza arquitetónica, com excelentes acessibilidades, próxima da Estação de S. Bento, junto à estação de metro e linhas de autocarros, representa um fator de animação e marca turística da cidade do Porto. O quarteirão das Cardosas situa-se na Baixa, entre o Centro Histórico e a “Avenida”.

Unidade hoteleira instalada no antigo Palácio das Cardosas, de grande visibilidade e nobreza arquitetónica, com excelentes acessibilidades, próxima da Estação de S. Bento, junto à estação de metro e linhas de autocarros, representa um fator de animação e marca turística da cidade do Porto. O quarteirão das Cardosas situa-se na Baixa, entre o Centro Histórico e a “Avenida”.

Page 53: Espaço urbano cidades

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Lapa Palace Hotel - situado no bairro da Lapa, numa zona residencial e tranquila, num palácio do século XIX que serviu de residência nobre, rodeado de um belíssimo jardim tropical.

Lisboa é provavelmente a cidade europeia com mais palácios abandonados. Muitos são antigas residências de famílias nobres cujos herdeiros não conseguem chegar a um acordo sobre o que fazer com eles, noutros casos os proprietários simplesmente não podem pagar as renovações necessárias, e um grande número até são propriedade do estado. Muitos palácios antigos já foram transformados em alguns dos mais belos hotéis da cidade , como é o caso do da imagem, ou em embaixadas, mas outros encontram-se degradados e à espera de investidores.

Page 54: Espaço urbano cidades

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As alterações no preço do solo urbano desde a fase centrífuga à reocupação do centro

Page 55: Espaço urbano cidades

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A classe que emerge na era pós-industrial

valoriza características da vizinhança, como

a diversidade étnica e o estilo

arquitetónico

TTransformação da força de trabalho.

Declínio de trabalhadores de colarinho azul e crescimento de

trabalhadores de colarinhos brancos.

Estes bairros começam a

transformar-se para atender às preferências dos residentes mais

ricos

A nova classe média segue

grupos de artistas e boémios que se mudaram para as

comunidades étnicas que se instalam em

edifícios tradicionalmente de renda baixa

Com os novos residentes a

cultura original perde terreno e é substituída por novos hábitos

O retorno ao centro da cidade – as mudanças que se operam

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SUBÚRBIO

� Território urbanizado que rodeia um centro populacional marcadamente urbano. Simultaneamente reflete a situação de inferioridade, ou dependência desse território, relativamente à cidade.

� O conceito subjacente à existência de subúrbios reflete um facto urbano, posterior à revolução industrial, e está na base do modo de crescimento acelerado das cidades europeias a partir do princípio do séc. XIX. A expansão urbana, iniciada geralmente com a ocupação industrial das margens dos cursos de água na periferia das cidades existentes, prosseguiu com a ocupação residencial das áreas cultivadas, ainda próximas do centro.

� Fontes DICTIONNAIRE de l`Urbanisme et de l`Aménagement, P. Merlin, F. Choay, PUF, Paris 1988.

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Restaurante BuhleHospital central

Antas Casa da Música

Subúrbios da cidade do Porto – hospital de S.João, restaurante Buhle(Foz), complexo habitacional (Antas), Casa da Música (Boavista)

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MODELOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DAS CIDADES

� Elaborados pela “Escola de Chicago”, com base em pesquisas sobre o crescimento urbano na Europa industrial e nos EUA ao longo do século XIX e inícios do século XX.

� Partindo do conceito de ecologia humana pretendia-se saber se o habitat social (ou seja, o espaço físico e as relações sociais) determina ou influencia o modo e o estilo de vida dos indivíduos.

� Detetou-se o aparecimento de fenómenos sociais urbanos tais como: crescimento da criminalidade, da delinquência juvenil, o aparecimento de gangues de marginais, as bolsas de pobreza e desemprego, a imigração e, com ela, a formação de várias comunidades segregadas (os guetos).

� Concluiu-se que, o espaço urbano degradado, favorecia a quebra das regras e instituições sociais (escola, família) e, de certa forma, determinava os comportamentos desviantes. 58

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