1. 1 ESPRITO E VIDA DIVALDO PEREIRA FRANCODITADO POR JOANNA DE
NGELIS
2. 2 NDICEESPRITO E VIDACAPTULO 1 = DIRETRIZ ESPRITACAPTULO 2 =
DESLIZES OCULTOSCAPTULO 3 = NAS DORES E RUDES PROVAESCAPTULO 4 = NO
S JUSTIACAPTULO 5 = REVOLTACAPTULO 6 = MENTORES E TAREFASCAPTULO 7
= ARMADURA DE SEGURANACAPTULO 8 = PREGUIACAPTULO 9 = SERVE E
CONFIACAPTULO 10 = AUTO-DOAOCAPTULO 11 = OBSIDIADOSCAPTULO 12 =
MEDICAMENTO EFICAZCAPTULO 13 = COM DIGNIDADECAPTULO 14 =
COMPROMISSO SIGNIFICATIVOCAPTULO 15 = GLRIAS E MEDIUNIDADECAPTULO
16 = NA SEARA MEDINICACAPTULO 17 = OBSESSORESCAPTULO 18 =
SINCERIDADECAPTULO 19 = RECOLHERS COMO PEDIRESCAPTULO 20 =
CONVERSAES DOENTIASCAPTULO 21 = EXAMECAPTULO 22 = PENSA
ANTESCAPTULO 23 = TESOUROS DE AMORCAPTULO 24 = JESUS E O
MUNDOCAPTULO 25 = ESPIRITISMO NO LARCAPTULO 26 = REVELAO E
REENCARNAOCAPTULO 27 = EM AGONIACAPTULO 28 = DESNIMOCAPTULO 29 =
MENSAGEM DE ESPERANACAPTULO 30 = PARADOXOSCAPTULO 31 =
AFIRMAOCAPTULO 32 = CONSIDERANDO A PARBOLA DO BOM SAMARITANOCAPTULO
33 = PALAVRAS E PALAVRASCAPTULO 34 = DESCUIDOSCAPTULO 35 = ORAR SEM
CESSARCAPTULO 36 = MOMENTO ESPRITACAPTULO 37 = CONSIDERANDO O
SOFRIMENTO E A AFLIOCAPTULO 38 = PLANEJAMENTOCAPTULO 39 = FALANDO
AO TRABALHADORCAPTULO 40 = FRATERNIDADECAPTULO 41 = FESTIVAL DE
AMORCAPTULO 42 = LINGUAGEM DO PERDOCAPTULO 43 = FCILIDADE NAS
TAREFASCAPTULO 44 = FIELMENTECAPTULO 45 = DINAMISMO PARA A
PAZCAPTULO 46 = NEGOCIAES COM DESENCARNADOS
3. 3CAPTULO 47 = O MUNDO E TUCAPTULO 48 = ANTE A SEARA
ESPRITACAPTULO 49 = F E CONDUTACAPTULO 50 = LUTA E LIBERTAOCAPTULO
51 = EM PAZCAPTULO 52 = APARELHADOCAPTULO 53 = AMBIESCAPTULO 54 =
EXULTANTECAPTULO 55 = NO RUMO DA LUZCAPTULO 56 = OTIMISMOCAPTULO 57
= ANTE O SEXO E O AMORCAPTULO 58 = MELANCOLIACAPTULO 59 = IMPRESSES
DE OTIMISMOCAPTULO 60 = ANTE O NATAL
4. 4 ESPRITO E VIDA Ainda hoje, no turbilho da vida moderna, o
Evangelho de Jesus lioincomparvel, veiculando em cada fasto o
esprito da vida para a atormentadamente humana.. No momento mesmo
em que para psiclogos respeitveis teimam pornegar a realidade
insofismvel do esprito imortal, tentando reduzi-lo a umafora
exteriorizadda pelo crebro e no por ele manifestada, confundindo,
porpreconceito cientfico a causa ao efeito ou este quela, a palavra
do Cristoatualizada por Allan Kardec na gigantesca epopia do
Pentateuco (*), temcarter de urgncia. At o instante da Codificao
Esprita, embora os esforos titnicos deErasmo e Lutero, tanto quanto
de outros venerveis cristos, a mensagemevanglica esteve confundida
na letra que mata e no dogmatismoultramontano, sem conseguir
atingir os altos objetivos a que se destinava, noinquieto panorama
scio-moral da Humanidade. Com a Doutrina Esprita expresses
nebulosas, revelaes absurdas,fenmenos ditos milagrosos e
ensinamentos que se demoravam na clausurado fantstico, adquiriram
coerncia graas s luzes da razo, que fulgem,desde ento,
clarificantes e consoladoras. Esprito e vida. Vida do esprito.
Esprito da vida. Na mensagem evanglica examinada em esprito
ressumbra a vida dalio atualizada e oportuna. Com os instrumentos
do bom-senso e da lgica adquiridos nos conceitosespiritistas, a
vida do esprito se confirma em toda sua pujana, enquanto aDoutrina
mesma desata o esprito da vida para os que jazem amortalhados
nopreconceito ou na ignorncia desta ou daquela modalidade. O
modesto trabalho que hoje apresentamos, sem pretenso de
espciealguma, foi elaborado paulatina-mente e algumas das suas
pginas agorarefundidas e reestruturadas j apareceram, ao seu tempo,
em letra de forma,na imprensa esprita, atendendo diretriz para a
qual foram escritas: consolare esclarecer. Utilizamo-nos de
preciosos pargrafos da Codificao Kardequiana paraos estudos do
presente trabalho. Estas pginas agora enfeixadas em livro
sedestinam a oferecer lenitivo a muitas dores, consolo a diversas
aflies esugestes fraternas luz do Evangelho e do Espiritismo a quem
se encontraante as encruzilhadas que, muitas vezes, surpreendem a
todos ns, face satitudes que devemos ou no tomar. (1) No guardamos
no ntimo a fantasia de conseguir qualquer posioliterria e no
acarinhamos outro desejo seno aquele de apresentar osresultados da
prpria experincia haurida diversas vezes com lgrimasacerbas, na
carne e fora dela. E assim procedemos estimulada como estamos pela
identificao dansia de Deus que treme em crebros e coraes
atormentados, em todas asesferas da vida atual. No faz muito tempo
e o filsofo ingls Toms Hardy, exclamou, aflito: Ohomem moderno
perdeu o endereo de Deus... Alguns anos depois, o fsicoalemo
Alberto Einstein algo desanimado, escreveu:
5. 5 Vivemos num Universo em expanso. Toda conquista, no
entanto, temlevado o homem quase sempre dissoluo... Nosso
despretencioso trabalho no pretende apresentar um novoendereo de
Deus, antes pelo contrrio, afirmar aquela direo multimilenria:Fazer
a outrem o que se deseja que outrem lhe faa, equivalente ao amorcom
que sempre e incessantemente Jesus nos tem amado. No conservamos a
presuno de estancar, com estas pginas, o caudalda dissoluo dos
costumes em voga, mas sim mantemos a esperana deestimular os
espritos valorosos que, em luta renhida contra as
manifestaesinferiores, se esforam para prosseguirem intimoratos
pela senda do bem, porsabermos que o bem bom para quem o pratica,
como a verdade luz paraquem a conduz, iluminando primeiro aquele
que com ela se identifica. Enquanto as indstrias da guerra derramam
o morticnio em massa e apsicose da ensiedade, desse estado
resultante, destri em escala igual docncer, Jesus hoje como ontem
acalma, harmoniza, pacifica. Seu Evangelho rota, seus exemplos so
sustentao e diretriz. A traidos por Sua voz Seara da vida,
trabalhadores que noscandidatamos ltima hora ao servio na Vinha do
Amor, rumemosconfiantes, renovando-nos interiormente,
exemplificando em esprito e vida, aexcelncia da revelao que chega
hora predita, e aceitemos osinstrumentos para arrebentar as cruis
algemas do eu a que nos encontramosmilenarmente atados. Agradecendo
ao Senhor os jbilos do dever cumprido como serva que dconta da sua
administrao, trabalhadora imperfeita que reconhecemos
ser,suplicamos suas dadivosas bnos para todos ns que necessitamos
do seuinefvel amor. Joanna de ngelis. (Pgina psicografada pelo
mdium Divaldo P. Franco, na sesso danoite de 2/7/ 1966, no Centro
Esprita Caminho da Redeno, emSalvador, Bahia). (*) Pentateuco
kardequiano: O Livro dos Espritos, O Livro dos Mdiuns,O Evangelho
Segundo o Espiritismo, O Cu e o Inferno e A Gnese.(1) Usamos para
cada Obra consultada as suas letras iniciais. Por exemplo: O Livro
dos Espritos O LIVRO DOS ESPRITOS; O Livro dos Mdiuns O LIVRO DOS
MDIUNS etc., com os respectivos Captulos e Itens donde extraimos o
ensino. As Obras consultadas foram editadas pela F. E. B.,
respectivamente: O LIVRO DOS ESPRITOS 29 edio; O LIVRO DOS MDIUNS
28 edio; O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO 52 edio; O CU E O
INFERNO 19 edio; A GNESE 14 edio. (Notas da Autora
espiritual).
6. 6 1 DIRETRIZ ESPRITA Com a perseverana que chegars a colher
os frutos de teustrabalhos. O prazer que experimentars, vendo a
Doutrina propagar-se ebem compreendida, ser uma recompensa, cujo
valor integral conhecerstalvez mais no futuro do que no presente.
No te inquietes, pois, com osespritos e as pedras que os incrdulos
ou os maus acumularo no teucaminho. Conserva a confiana: com ela
chegars ao fim e merecers sersempre ajudado. O LIVRO DOS ESPRITOS
Prolegmenos. Muitas so as direes que podes tomar, imprimindo novo
curso vida. Estradas se multiplicam atraentes, dificultando-te a
opo. Aparentemente conduzem aos redutos onde a felicidade se acolhe
festiva. Vs passarem as multides dos que seguem os diferentes
rumos. H em verdade rotas e rotas. Umas conduzem morte, raras
conduzem vida. Ests na diretriz esprita e pareces seguir a medo,
imaginando... Nem festas, nem fantasias encontras. A realidade se
desvela, apresentando-se legtima. Vs a dor arrancando a mscara de
iluso das faces envilecidas pelocansao, pelo despudor. Por onde
segues enxergas aflies que passam ignoradas por outros,sombreando
mais ainda semblantes j sombrios. Identificas enfermidades minando
organizaes fsicas e mentais que segastam na perverso dos costumes
entre esgares e angstias. Pode parecer-te que no roteiro escolhido
somente esto os trpegos eestropiados, os enfermos e mendigos sob
lancinante opresso. As outras vias se te afiguram formosas e os que
por ali avanamdemonstram louania. No te enganes, porem. A ferida
purulenta que todos enxergam irm menor do cncer ignorado
aadentrar-se pelo organismo, em metstase irreversvel. A misria
vestida de andrajos companheira dos malogros moraisescondidos em
linho e adamascados custosos. O festival do prazer termina,
invariavelmente, em prlogo de desgraa. A direo por onde seguem os
fceis conduz praa sem nome doremorso tardio. Numa das suas ltimas
publicaes Darwin registrou que certa vez,embora enfermo e gasto,
conseguiu contar ao microscpio mais de vinte milsementes de
determinada planta. Fresnel, sem dar trgua ao cansao nem ao
abatimento, identificou asondas luminosas como sendo vibraes
transversais do ter. Boas depois de ingentes esforos conseguiu
provar que a raa branca de todas a mais mesclada e em nada superior
s demais, ensejando basespara melhor confraternizao entre os
homens. Todos os construtores do pensamento e das idias que
possibilitaramnovas conquistas atravs dos tempos vergaram,
infatigveis, ao peso de milaflies silenciosas, vivendo sob rudes
ansiedades, seguindo, no entanto, a
7. 7direo da verdade que se empenhavam descobrir. No
estacionaram ante os fracassos aparentes. No desanimaram ao
defrontar asprrimas lutas. Muitos venderam tudo quanto possuam para
no parar; outros perderamtudo para no desistir; diversos ofereceram
at a sade para no interromperos labores; e um nmero sem conta doou
a prpria vida, vtimas que foram dosprprios inventos mas,
principalmente da ignorncia em vrias manifestaes,para no
abandonarem a honra de investigar os melhores meios de resolver
osproblemas do homem e do Universo para a felicidade do prprio
homem. Prossegue na direo esprita. H pranto em volta de ti e choras
tambm. Enxuga, no entanto, aslgrimas alheias e as prprias lgrimas
usando o conhecimento esprita. A lio esprita ensina o porqu da
aflio e o como sofr-la, oferecendo aluz do discernimento para
agires com acerto e seguires com determinao. Na diretriz esprita
aprendes que o egosmo, o orgulho, a sensualidadeso paixes que nos
aproximam da natureza animal, prendendo-nos matria;que o homem que,
j neste mundo, se desliga da matria, desprezando asfutilidades
mundanas e amando o prximo, se avizinha da natureza espiritual;que
cada um deve tornar-se til de acordo com as faculdades e os meios
queDeus lhe ps nas mos para experiment-lo; que o Forte e o Poderoso
devemamparo e proteo ao Fraco, porqanto transgride a lei de Deus
aquele queabusa da fora e do poder para oprimir o seu semelhante.
Ensinam, finalmente,que, no mundo dos Espritos nada podendo, estar
oculto, o hipcrita serdesmascarado e patenteadas todas as suas
torpezas; que a presenainevitvel, e de todos os instantes, daqueles
para com quem houvemosprocedido mal Constitui um dos castigos que
nos esto reservados; que aoestado de inferioridade e superioridade
dos Espritos correspondem penas egozos desconhecidos na Terra. Mas,
ensinam tambm (os Espritos) no haver faltas irremissveis, que
aexpiao no possa apagar. Meio de consegu-lo encontra o homem
nasdiferentes existncias que lhe permitem avanar, conformemente aos
seusdesejos e esforos, na senda do progresso, para a perfeio, que o
seudestino final; conforme definiu Allan Kardec sabiamente no seu
resumo daDoutrina Esprita. (*) Avana, portanto, pautando a conduta
na firmeza dos postuladosabraados, e se o caminho parecer spero, de
difcil acesso, recorda Jesus nadireo do Bem inominado sofrendo
todas as ingentes manifestaes daignorncia e da impiedade humanas
sem desistir nem desanimar, para oferecer posteridade o cdigo de
amor e justia inserto no Evangelho como meio deharmonia perfeita
para o esprito em evoluo e que hoje reaparece ao teuentendimento na
diretriz esprita por onde receias seguir.(*) O Livro dos Espritos
Introduo 29 Edio FEB. (Nota da Autora espiritual).
8. 8 2 DESLIZES OCULTOS 167. Qual o fim objetivado com a
reencarnao? Expiao, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem
isto,onde a justia? O LIVRO DOS ESPRITOS Punge-te o corao o
sofrimento do hanseniano lacerado, comamputaes, carpindo rude
expiao. Aflige-te o esprito o obsesso emparedado nos corredores
escuros dodesalinho psquico. Angustia-te a sensibilidade o
canceroso com prazo marcado nacontingncia carnal... Faz-te sofrer o
cerceamento social imposto ao delinqente, que secomprometeu por
infelicidade momentnea, arruinando outrem e a si mesmoinf
e-licitando. Constrange-te a viso do deformado fsico, teratognico
ou vtimacircunstancial de um desastre ou tragdia, que arrasta a
runa orgnica, emviagem de longo curso. Suscita-te piedade o
espetculo deprimente dos rfos ao desamparo edos velhinhos sem
agassalho, exibindo a misria nas ruas do desconforto. Confrangem-te
o peito os cados ao relento, que fizeram dos passeios eportais
rsticos de ruelas escuras o grabato de dolorosas provaes. Di-te a
pattica das mes vivas e esfaimadas e dos enfermos semmedicamentos
ou, ainda, dos esquecidos pelo organismo social. Todos so passveis
do teu melhor sentimento de amor e compuno. Ao fit-lo, recordas-te
dos filhos do Calvrio e evocas, naturalmente,Jesus... Eles, porm,
estes sofredores, esto em resgate, dependendo delesmesmos a
felicidade para o amanh. J foram alcanados pelo invencvel poder da
Lei Divina. Outros h que passam distribuindo simpatia e
cordialidade, merecedores,no entanto, da mais profunda comiserao.
Alguns tm o corpo jovem, e fazem dele mercadoria de preo varivel
nainsegura balana das emoes negociveis. Muitos sorriem e so tiranos
da famlia, que esmagam impiedosamente. Vrios so disputados nas
altas rodas das comunidades e vivem do frutoinfeliz das drogas
estupefacientes. Diversos mantm bordis e aliciam jovens levianos.
Uns jogam na bolsa da usura e ludibriam coraes invigilantes
earrebatados... Outros comercializam a honorabilidade do lar ou
envilecem a dignidadedos ascendentes. Inmeros so agiotas corteses,
conquanto inescrupulosos e cruis. Incontveis caluniam, amaldioam,
apontam as falhas do prximo e,aparentemente, so justos, leais e
bons. Alados alguns s posies invejveis das artes, da poltica, das
religiesso mendazes e empedernidos, delicados por profisso e
criminososdisfarados.
9. 9 Uma infinidade destes, porm, ao nosso lado ou sob o nosso
tetoparecem nobres e honrados, sadios e corretos, mas no so..
Aqueles, os em resgate, possivelmente encontram-se arrependidos,
ou,sob o ltego da dor predispem-se s tarefas de recomeo feliz, mais
tarde. Estes, como so ignorados pelas leis dos homens,
desconhecidos dosmagistrados, prosseguem na carreira insidiosa da
loucura que os arrasta meta do autocdio direto ou indireto.
Ludibriando sempre, esquecem-se de si mesmos. No os esquecer,
todavia, a Lei. O que fazem e como o fazem, o que pensam e contra
quem pensaminscrevem-no, gravam-no no perisprito com rigorosa
preciso, para depois... Todas as culpas ocultas se transformaro em
feridas que clamaro pelotempo e espao medicamentos eficazes e
dolorosos. Expoliadores dos bens divinos, experimentaro o fruto da
falcia e dazombaria. Ouviram, sim, atravs dos tempos, os apelos da
verdade e da vida. Conheceram e sabem qual a trilha da retido.
Podem agir com acerto. Preferem, no entanto, assim. So os
construtores do amanh. Ora e apiadas-te, meditando neles e nos seus
crimes disfarados eocultos, para te acautelares. A queda e o erro,
o ato infeliz e o compromisso negativo que os demaisignoram, todos
podem conduzir em silencioso calvrio. necessrio, porm, oesforo para
a reeducao da mente e a disciplina do esprito. Todas as vezes em
que o Mestre ofereceu misericrdia e socorro aalgum no sublime
desiderato do seu apostolado redentor, foi claro e severoquanto no
continuidade no erro. Pensando nisso, dilata o amor aos sofredores,
a piedade aos geradoresde sofrimentos, mas cuida de no te
comprometeres com a retaguarda,porqanto amanh, diante da conscincia
liberta, as tuas sombras sero osfantasmas a criarem problemas
contigo ante a Lei Sublime do Excelso Amor.
10. 10 3 NAS DORES E RUDES PROVAES 169. invarivel o nmero das
encarnaes para todos osEspritos? No; aquele que caminha depressa, a
muitas provas se forra.Todavia, as encarnaes sucessivas so sempre
muito numerosas,porqanto o progresso quase infinito. O LIVRO DOS
ESPRITOS Levanta o esprito combalido e avana na direo do bem que te
convida felicidade. Quantos se demoraram no exame dos insucessos,
recolhendo reproche ecoletando amarguras, esto na retaguarda, em
dolorosas lamentaes. Aqueles que colocaram a lmina cortante da
intriga e da suspeita nocorao, receosos de movimentos libertadores,
continuam temerosos entre osque ficaram para trs. Todos os que
fizeram libaes perigosas na taa do medo, encontram-senarcotizados,
sem fora para reagirem contra o mal, para seguirem intimoratosna
direo da verdade. Muitos que se ligaram hipnose perturbadora da
impiedade, que medraem vigorosas mentes desencarnadas,
acumpliciaram-se com as hordasselvagens do Alm-Tmulo, sucumbindo,
inermes, sob tenazes rudes. O medo como o arrependimento so pio
nefasto para a alma. Como a censura carro de cinza e lama, a
tristeza e a taciturnidade sonimbos compactos ante o claro sol,
dificultando a expanso da luz. No permitas que a nvoa do cansao ou
a noite do desencanto povoem opas da tua alma com fantasmas que se
desintegram ao contato da verdade. No os vitalizes, no os
agasalhes. O cristo decidido est entregue a Jesus, nEle confia, a
Ele se d. E se adificuldade teima em persegui-lo, como se tomasse
corpo e movimento, ele searma com a orao e o amor, e avana. Se a
desordem reina, ele faz-se o equilbrio de todos. Se a dor impera,
ele a esperana de sade para todos. Se o desespero cresce ele o
porto de segurana onde todos seencontram. Se o mal, em qualquer
manifestao reponta, ele o bem emrepresentao atuante e vigorosa,
ajudando e confiando sem temor nemcansao at o fim. No te deixes,
portanto, abater, nunca. Lembra-te de que Jesus, podendoter vivido
cercado de bajuladores e comparsas, guindado s altas esferas
domundo entre prazeres e facias, no gozo ilusrio do imediatismo
carnal,escolheu os recintos onde se demorava a dor, e para
companheiros homenssimples e coraes problematizados, amigos
atormentados e perseguidos,perseguido Ele mesmo, para logo depois
de julgamento arbitrrio e crcerehumilhante, seguidos de ignominiosa
crucificao e obscura morte, alar-se sexcelsas planuras da
Imortalidade, vitorioso e sublime, continuando a esperarpor ns,
pelos sculos sem-fim, nos infinitos caminhos do tempo.
11. 11 4 NO S JUSTIA Todos os Espritos tendem para a perfeio e
Deus lhes faculta osmeios de alcan-la, proporcionando-lhes as
provaes da vida corporal.Sua justia, porm, lhes concede realizar,
em novas existncias, o queno puderam fazer ou concluir numa
primeira prova. O LIVRO DOS ESPRITOS (Comentrios de ALLAN KARDEC
resposta 171). Vale de lgrimas! exclamam coraes em tormento. Regio
de trevas e desespero! propem sofredores de diversosmatizes. Osis
de gozo afirmam os doentes do prazer. Recanto de delcias esclarecem
os fornicadores da loucura. Colnia de alegrias ao alcance da
sagacidade expemcerebraes enrijecidas no mal. Punio, viver bradam
uns. Vivamos e gozemos proclamam outros. Viver pagar alto tributo
vida gritam alguns revoltados. Viver aproveitar o favor da
oportunidade repitam os desassisados. A carne, como porta de
renascimento, alta concesso da Divinidadepara a felicidade do
esprito. A Terra abenoado educandrio onde se formam valores e se
afirmamexpresses superiores para a Vida. Atados conceituao
deficitria da unicidade da experincia carnal parao esprito, os
discpulos de tal escola, contemplam, estarrecidos, a dor,formulando
hipteses cruis, nas quais mentalizam a Justia Divina atravsdos
recursos mesquinhos da arbitrariedade humana... Vinculados a um
materialismo grotesco e revel, homens e mulheresdesnorteados,
derivam no prazer, as apreenses que mantm quanto vida-alm-tmulo.
Informados da pluralidade das experincias carnais, face ao
sofrimento,h quem diga que a reencarnao justia, severa justia... No
s justia mas misericrdia tambm. Alta e valiosa misericrdia
significa o trnsito na carne, a recapitulaoentre novo bero e novo
tmulo. Por natural evocao das paisagens da vida extra-fsica, todos
guardamosnas telas mentais os sinais da imortalidade. Estes relutam
e asfixiam as lembranas nos nimbos cerrados da rebeldia. Esses
reagem e apagam as evocaes com a borracha da indiferena. Aqueles
insistem na negativa e anulam as recordaes ante a teimice doprazer.
Todos, no entanto, renascem assinalados pelos caracteres trazidos
davida espiritual onde foi cultivada a aflio ou a ventura
decorrente da jornadaprecedente... Agua os ouvidos e registrars
vozes de ontem, falando hoje. Educa os olhos e enxergars
companheiros que a morte no consumiunem aniquilou. Aprimore a mente
e decifrars os enigmas do momento encontrando-lhes
12. 12as chaves no pretrito. Recorda e sentirs que viveste,
vives e vivers... Diante do arguto doutor do Sindrio, a serenidade
e segurana de Jesusafirmaram: necessrio nascer de novo. E ante as
interrogaes e dvidasque assomavam ao interlocutor, Ele exps: O
vento sopra onde quer, ouves-lhe a voz, mas no sabes donde vem nem
para onde vai. Assim o esprito...ensejando-nos a marcha da evoluo,
o grande porvir hoje em comeo, atravsda Justia e da Divina
Misericrdia tambm.
13. 13 5 REVOLTA 192. a) Pode ao menos o homem na vida
presente, preparar comsegurana, para si, uma existncia futura menos
prenhe de amarguras? Sem dvida. Pode reduzir a extenso e as
dificuldades do caminho.S o descuidoso permanece sempre no mesmo
ponto. O LIVRO DOS ESPRITOS Indiscutivelmente, defrontas a revolta
em toda a Terra, carregando uamscara de mil faces com que se
apresenta, dominadora. Revolta da pobreza que no se pode adornar de
ouro frio nas competiesinfrenes do luxo... Revolta da fortuna
porque no pode conquistar o mundo, cavalgando asconscincias
honradas... Revolta da vaidade que no logra sobrepor-se dignidade
alheia... Revolta de quem no pode disseminar a perverso moral...
Revolta daqueles que no souberam preservar a sade... Revolta de
quantos tombaram nos testemunhos virtude, resvalando noslamaais do
vicio... Revolta da ignorncia por no envenenar a cultura que lhe
desvela acegueira... Revolta do mal por no dispor de recursos para
instaurar a anarquia nomundo... Revolta da ambio dos que muito
possuem e no esto satisfeitos,fazendo-se, eles mesmos, escravos do
que ainda no tm, e revolta daambio dos que nada tm,
atormentando-se, eles prprios, na grilheta da pos-se que ainda no
lhes chegou s mos, olvidando, todos eles, oaproveitamento dos bens
disponveis para a disseminao da alegria e dafelicidade nos
coraes... Revolta dos que no tm f, atirando-se nos cipoais do
desespero, longeda disposio de aprimoramento da alma, e revolta dos
que receberam ochamado da f, mas no foram poupados aos necessrios
resgates das velhasdvidas, comprometendo-se, ainda mais, nos
espinheiros da reclamaoinjusta, em flagrante desrespeito s sbias
Leis que regem a vida... H, porm, uma revolta mais lamentvel:
aquela que surge nainconformao do homem esclarecido pela
consoladora Doutrina de Cristo eque se embrutece na violncia do
prazer ultrajante, porque no consegueimprimir aos caprichos soezes
um cunho superior, esmagando na possequantos se negam a
compactuar-lhe as fraquezas e indignidades, esquecidode que o
caminho da paz pavimentado de renncia e humildade, embora aaflio
que corri e gasta. Liberta-te da revolta de qualquer espcie e busca
examinar, atravs doamor total, os recursos ao teu alcance,
desdobrando esforos para a utilizaojusta do tempo e da dor,
convertido em experincia primorosa, em favor da tuaintegrao nas
tarefas a que te propes, a benefcio de ti mesmo, porque s
odescuidoso permanece sempre no mesmo ponto.
14. 14 6 MENTORES E TAREFAS 491. Qual a misso do Esprito
protetor? A de um pai com relao aos filhos; a de guiar o seu
protegido pelasenda do bem, auxili-lo com seus conselhos, consol-lo
nas suasaflies, levantar-lhe o nimo nas provas da vida. O LIVRO DOS
ESPRITOS O processo de transferncia de responsabilidade vigentes
entre osencarnados, lentamente est sendo aplicado na Seara Esprita
pela invigilnciados companheiros residentes na organizao fsica.
Considerando os Instrutores Espirituais amigos devotados e
incondicionaiscomo realmente o so, para estes pretendem relegar,
por ignornciadoutrinria, as tarefas e realizaes que lhes dizem
respeito, justificando talconduta com as referncias de amor. Amor
para aqueles que assim pensam e agem significa servido; e
justia,para eles, passa a ser conivncia com os seus erros.
Convidados fidelidade aos postulados de f que afirmam
abraar,mediante o testemunho pelo sofrimento, gritam pelos Amigos
Espirituais,rogando libertao das dores. Diante de problemas que a
serenidade e o discernimento podemsolucionar, exoram aos
Benfeitores Desencarnados, a fim de que afastem ofardo.
Incompreendidos nas atividades a que se dizem afervorados e
fiis,clamam pelos Espritos Amorosos exigindo seja comprovada sua
inocncia. Enfrentando dificuldades no lar, solicitam aos
Inspiradores Espirituais queatendam a famlia, amenizando-lhes as
provas domsticas. Empreguismo, melhoria de sorte, afetos, posies de
destaque sopartes essenciais dos seus requerimentos aos Espritos
Superiores, no sentidode receberem no Mundo Maior tais concesses,
sem qualquer esforoaprecivel. E quando enfrentam o portal da vida
verdadeira, aps a desencarnao,exigem a presena dos Espritos Felizes
para os conduzirem s ExcelsasMercs... H diversos desses
exploradores espirituais que se dizem beneficirioscontnuos dos
Espritos Nobres, continuando, no entanto, asseveram,
muitonecessitados de socorro e orientao. Esquecem-se de que os
Instrutores Sublimes orientam e socorrem masno realizam as
incumbncias que no lhes dizem respeito, mesmo quandofortes vnculos
do amor estreitado em mltiplas reencarnaes, os ligam
aosrequerentes. Sabem que evoluo tarefa individual intransfervel e
que as DivinasLeis no registram artigos de protecionismo especial
ou de condescendnciacriminosa a benefcio de uns e em detrimento de
outros. No executam os Benfeitores Espirituais os compromissos dos
seuspupilos, por conhecerem que o esprito ascende na jornada
evolutiva,assinalado pelas condecoraes prprias, isto , as
cicatrizes e os suores daexperincia. Sofrimento, dificuldade,
limitao, doena so expresses de
15. 15aprendizagem para o uso correto dos recursos malbaratados
ontem aescassearem hoje. Ama, desse modo, os teus Protetores
Espirituais e respeita-os. Faze a tua parte conscientemente.
Apia-te na dignidade do dever e realiza quanto te seja possvel.
Encarregados pelos Excelsos Representantes de Jesus Cristo,
teusMentores Espirituais conhecem o programa dos teus compromissos
e confiamno teu esforo, realizando a parte que lhes cabe
desenvolver. Respeita-os, Mentores Venerveis que so, situados acima
das questesque engendras e s a ti pertencem, orando ao Senhor nos
instantes difceispara que a inspirao do trabalho que deves executar
flua generosa deles a ti,em intercmbio refazente do qual retornes
confiante e renovado. Joo Huss convidado ao doloroso testemunho,
trado e malsinado, orouao Pai e deu-se Verdade sem restries, numa
fogueira, aps o que, suascinzas foram atiradas sobre as guas do
Reno... Joana dArc, acossada e perseguida, confiou nas Vozes e
semsolicitaes inconcussas nem dbeis, entregou-se ao Socorro Divino,
orando,enquanto as labaredas lhe devoravam as carnes.. Luclio
Vanini, confiando na Proteo Superior, foi acusado e queimadovivo,
por ateismo, tendo sofrido, antes da morte, a extirpao da lngua
portenazes poderosas... E Allan Kardec, lutando contra adversrios
impiedosos em ambos osplanos da vida, para fazer o legado da
Mensagem Esprita posteridade,embora dirigido pelo Esprito Verdade
no transferiu o dever assumido antesdo bero, entregando-se
intemerato e incansvel ao labor at adesencarnao, como a informar
que os Mentores Espirituais ajudam, inspirame socorrem, mas a
tarefa a cada um compete executar.
16. 16 7 ARMADURA DE SEGURANA 600. A prece torna melhor o
homem? Sim, porqanto aquele que ora com fervor e confiana se faz
maisforte contra as tentaes do mal e Deus lhe envia bons Espritos
paraassist-lo. este um socorro que jamais se lhe recusa, quando
pedidocom sinceridade. O LIVRO DOS ESPRITOS Quando o problema tomou
propores alarmantes ao revs dedemandares a fonte augusta da prece,
banhando o corao com a gua lustraldo equilbrio e da serenidade,
hauridos na comunho com as EsferasElevadas, te deixaste arrastar
por inexplicvel desespero que se fez pesomorto a complicar os
movimentos da tua libertao. Murmuraste, enraivecido: Tudo de ruim
me acontece! Acrescentaste azedamente: Onde o auxlio superior?
Revidaste com mgoa: Sou esprita, mas tambm sou humano! Completaste
revoltado: Assim no suporto. Deserto a qualquer hora! Gritaste,
impelido pela insnia: Chega! demais! Para fazer o bem no necessrio
perder a paz, sofrendo tanto!... Quando te candidataste tarefa
crist com que o Espiritismo te acenavavitria espiritual sobre o
pretrito culposo, sorriste em deslumbramento com amente em febre de
justa emoo, iluminado por compreensvel alegria. Explicaste,
confiante: A f ser minha lmpada na noite do testemunho.
Esclareceste, empolgado: Saberei fazer jus confiana do Mestre..
Expuseste, deslumbrado: Agora encontrei o roteiro que me faltava.
Elucidaste, jovial: Que o Senhor me honre com o trabalho e a luta
naconstruo da Humanidade melhor! Concluste, fascinado: Porfiarei at
o fim, haja o que houver! Se a morte chegar s minhas carnes, que
ela me encontre de p nocampo!... Quando as palavras de renovao dos
Amigos Espirituais atingem aacstica da tua alma, deixas-te arrastar
pelos rios perfumados da emoo,deslizando no barco da esperana. O
cu, no entanto, no se limita aqui ou ali com a terra
interpenetram-se terra e cu. O entusiasmo dinamiza o esprito de
luta mas s a maturidade favorece oesprito com os valores reais e
necessrios luta. muito comum aguardarem os crentes desta ou daquela
denominaoreligiosa que a Providncia Divina apresente solues
facilitadas e respostasprontas para todas as questes. O
Espiritismo, sendo a Doutrina resultante das experincias
dosdesencarnadOS, no favorece a f acumpliciada com o ludbrio, no
secompadece das promessas quimricas nem se apia no culto
personalidade. No salva. No resolve problemas. No adia tarefas.
Mostra a rota salvadora. Ensina diretrizes seguras.
17. 17 Apresenta os impositivos da realizao. Favorece o
crescimento espiritual. Produz responsabilidade e enseja libertao.
Veste o discpulo com a armadura de segurana da dignidade real.
Quando o problema vier... Quando a dor surpreender... Quando a
incompreenso se estabelecer... Quando a enfermidade se instalar..
Quando a luta eclodir... Quando a soledade afligir... Quando...
Quando forem convocado tarefa para a qual o Espiritismovem armando
tua mente e teu corao com os instrumentos rutiLantes da ver-dade,
unge-te de humildade, deixa que vibrem as altas harmonias
doCristianismo em teu mundo ntimo, honrando-te com a oportunidade
deexpressar a ti mesmo a excelncia do verbo crer, na atividade do
ser, pelasenda do merecer. E insistindo sem cansao, porfiando sem
desdia, vencerstrevas e conflitos, refugiando na orao porque,
inspirado por Jesus, a Quemdeves buscar em todos os instantes da
vida, a Ele que, h tanto tempo te tembuscado, paciente...
18. 18 8 PREGUIA 682. Sendo uma necessidade para todo aquele
que trabalha, orepouso no tambm uma lei da Natureza? Sem dvida. O
repouso serve para a reparao das foras do corpoe tambm necessrio
para dar um pouco mais de liberdade inteligncia, a fim de que se
eleve acima da matria. O LIVRO DOS ESPRITOS Na sua primeira Epstola
Igreja de Corinto, no captulo onze, versculotrinta, o Apstolo Paulo
informa: ... h entre vs muitos fracos e doentes, emuitos que
dormem. Em seu zelo incomparvel para com o Esprito, o Missionrio
das Gentesse refere queles que no sabem portar-se ante a evocao da
Ceia doSenhor... Todavia, em nos reportando aos que dormem,
sugerimos algunscomentrios oportunos, em considerando as lides em
que nos encontramosempenhados, tendo em vista a nossa redeno
espiritual. O homem inteligente, que descobre atravs do Espiritismo
os objetivosessenciais da reencarnao, fcilmente se liberta das
superficialidades,aprofundando o interesse pessoal nas questes
transcendentais, em que serenova e felicita. Aproveita ao mximo os
tesouros tempo e oportunidade, valorizando oconhecimento pela sua
bem dirigida aplicao. No se deixa engolfar pelas sedues que o
amesquinham nem entesourapaixes que o degradam. Aprimora os
sentimentos e cultiva a mente, a si mesmo permitindosomente os
valores ponderveis e expressivos para a auto-realizao. Procura
viver com respeito pela vida, exercitando equilbrio e sensatez.
Sabe que uma jornada longa, na carne, uma honra e como
aproveit-lasabiamente tarefa que lhe compete. Por anlise e deduo
compreende que a desencarnao cedo, rarasexcees, punio que se
aplicam antigos suicidas, cujos fluidosdegenerescentes gastam a
harmonia das clulas, produzindo desajustesincontrolveis, que os
perturbam alm-tmulo, pelos choques psquicos queadvm do renascer e
logo desencarnar... Em verdade, na Terra, dorme-se em demasia.
Dorme-se por necessidade de refazimento orgnico, dorme-se por no
seter o que fazer, dorme-se por dormir... Uma expressiva maioria
dos homens ditos civilizados, na caa deemoes brutalizantes, troca
as noites pelos dias e, insensibilizados, dormem. Outros dormem sob
hipnose vigorosa de mentes que intercambiam comsuas mentes,
impossibilitando-lhes o estudo, a ateno, o trabalho... Dormem no
lar, dormem em reunies de qualquer natureza, quandoedificantes e
teis, dormem no transporte, dormem no trabalho. .. Hibernam-sepela
compulsria obsessiva e, mesmo desencarnados permanecem em estadode
sono com os centros da conscincia lesados. Enfermidades se
desenvolvem facilmente quando a inrcia mental lhesconcede campo!
Males se agravam naqueles que, tardos, no oferecem ressistncia
s
19. 19aflies que os visitam. Autocdios inconscientes se
desenvolvem ignorados, nos que mantm acasa mental vazia de
objetivos superiores. Amolentados, deixam-se arrastar pela preguia,
e esta trabalha aindumentria que mata, por constrio, o corpo de
qualquer ideal emdesenvolvimento e asfixia toda expresso de luta. O
ttulo universitrio conferido sem mrito adorno ridculo. O
instrumento que reluz, sem utilidade, torna-se incmodo. O esprito
encarnado inoperante prejuzo na economia social. Desperta para a
vida. Exercita mente e membros na ao. Luta contra os vapores
entorpecenteS que te vencem a lucidez mental. Atua, diligente, onde
estejas. Em todo lugar h oportunidades para quemgosta de trabalhar.
O problema que muito se destaca na atualidade o da preguia.
Empreguismo, fcilidade, repouso, amolentamento moral, prazer
socondimentoS que temperam a preguia a funcionar qual ferrugem
destruidoranas engrenagens do esprito, corroendo o homem. O cristo
decidido, a exemplo do seu Mestre, atuante, adversrio naturale
espontneo desse corrosivo odiento, no entanto, muito requestado e
bemaceito. Quando sentires, sem motivos procedentes e reais, moleza
eavassaladora necessidade de repouso demorado, desperta e produze.
No durmas seno o necessrio. Vigia e ora. Jesus no Horto, hora do
testemunho doloroso, mais de uma vez,encontrou-se a ss, apesar dos
companheiros ao seu lado... dormindo. E como a desencarnao advir
agora ou mais tarde, prefere partircansado ou extenuado produzindo
para o bem, a partir radiante de sade eestuante de fora nos braos
amolentados da preguia.
20. 20 9 SERVE E CONFIA 784. Bastante grande a perversidade do
homem. No parece que,pelo menos do ponto de vista moral, ele, em
vez de avanar, caminha aosrecuos? Enganas-te. Observa bem o
conjunto e vers que o homem seadianta, pois que melhor compreende o
que mal, e vai dia-a-diareprimindo os abusos. Faz-se mister que o
mal chegue ao excesso, paratornar compreensvel a necessidade do bem
e das reformas:O LIVRO DOS ESPRITOS Alma que sofre, olha a terra
encharcada e ferida, coberta de rvoresquebradas e banhada pelas
guas dos rios transbordantes! Aqui e ali a destruio e o lamaal
assinalam a passagem terrvel datormenta desenfreada. Contempla o
jardim despedaado pelo granizo e o vento, deixando floresmortas no
cho e razes acima do solo. Fita as guas lodosas dos rios cheios
conduzindo destroos e morte.. A devastao passou abraada runa e a
vida periclita em derredor. No entanto, no dia seguinte, brilha o
sol generoso. Osculando tudo,indistintamente, leva a toda a parte a
bno da esperana e do refazimento. Confiante, o homem resolve
cooperar com a mensagem de mais alto.Abre valas, desvia os cursos
dgua, revolve a terra, retifica a vegetaodestroada e semeia na
gleba mida. O tempo se encarrega de devolver a esse homem resoluto
a beleza dapaisagem, a bno do gro e o doce aroma das flores
espalhado no ar... E osol compassivo segue adiante. Vai mais alm,
alma em sofrimento, e fita a terra ressequida, o cho feridopelas
setas douradas do sol, os rios em p, nem gua nem lama, a
vegetaocrestada e a vida a morrer... A seca impiedosa tudo
destruiu. Todavia, subitamente, carreadas por ventos bons, nuvens
andantesentornam suas nforas cheias, cobrindo de umidade e vida a
terra torturada. O homem, animado pelo auxlio inesperado, corre ao
cho e o afaga comos instrumentos de amanho, sendo felicitado,
depois, com o verde dos campose o ouro das espigas, contemplando as
fontes cantantes a sombra doarvoredo... E o sol compassivo segue
adiante. Enxuga, ento, tuas lgrimas de agora. Se a tormenta hoje te
inunda o corao, desfazendo o jardim dos teussonhos ou alagando com
as lgrimas da inquietao o teu pomar de fantasias,aguarda o Sol
generoso, doador de bnos, serve e confia, semeando aesperana no
prprio corao. Se a ingratido queimou o frescor da tua alegria e a
injustia secou o teurio de confiana na vida, serve ainda mais e
mais confia nas abenoadasnuvens portadoras da abundncia da
felicidade. Quando chegarem, renovaroteus celeiros com os sadios
gros da serenidade e da paz. Cala todas as dores para que a cortina
lqida do pranto no obnubile aviso azul dos cus que te mandaro o
socorro em mensagens de luminosoalento.
21. 21 Hoje significa o teu momento de semear, sejam quais
forem as condies. Deixa ao futuro aquilo que o presente ainda no
pode resolver e, semdesfalecimento, serve e confia, observando que
o homem se adianta, pois quemelhor compreende o que mal, e vai dia
a dia reprimindo os abusos,inspirado, esse homem em crescimento,
que te observa a conduta esprita ecrist, nos teus salutares
exemplos de f e servio.
22. 22 10 AUTO-DOAO 893. Qual a mais meritria de todas as
virtudes? Toda virtude tem seu mrito prprio porque todas
indicamprogresso na senda do bem. H virtude sempre que h
resistnciavoluntria ao arrastamento dos maus pendores. A
sublimidade da virtude,porm, est no sacrifcio do interesse pessoal,
pelo bem do prximo, sempensamento oculto. A mais meritria a que
assenta na mais desinte-ressada caridade.O LIVRO DOS ESPRITOS
Aprende a doar-te, se desejas atingir a prtica legtima do
Evangelho. Pregador que se ala tribuna dourada, derramando
conceitos brilhantesmas no se gasta nos labores que prope apenas
mquina de falar,inconsciente e inconseqente. O verdadeiro aprendiz
da Boa Nova est sempre a postos. Se convidado a dar algo, abre a
bolsa humilde, e, recordando-se daparbola da viva pobre, oferta o
seu bulo sem constrangimento. Se chamado a dar-se, empenha-se no
trabalho, gastando-se em amor,consumindo as energias recordando o
Mestre na carpintaria nobre. H muita gente nas fileiras do
Cristianismo que ensina com fcilidade,utilizando linguagem
escorreita, falando ou escrevendo, mas logo que convocada a dar ou
doar-se recua apressadamente ferida no amor prprio. Prefere as
posies superiores de mando, distante das honrosassituaes do servio.
Pode ser comparada a parasitas em alta posio na rvore de que
senutrem, inteis. Em comezinhos exemplos, encontrars, no
quotidiano, o ajudar-gastando-se. A pedra que afia a lmina,
consome-se no mister. A grafite que escreve, desaparece enquanto
registra. O sabo que higieniza, dissolve-se, atendendo ao objetivo.
Em razo disso, no receies sofrer nas tarefas a que te propes. So os
maus que te necessitam. Os enfermos te aguardam e os
infelizesconfiam em ti. Pede a ti mesmo, algo por ele, e embora o
teu verbo no tenha calor nema tua pena seja portadora da
fraseologia retumbante, haver sempre muitabeleza em teus atos e
muita bondade em teus gestos quando dirigidos quelespara quem,
afinal, a Boa Nova est no mundo, recordando que Jesus, apscada
pregao sublime, dava-se a si mesmo para a felicidade geral. A estes
oferecia a palavra de alento e paz. queles ministrava, compassivo,
lies de vida e gestos de amor. A uns abria os olhos fechados ou os
ouvidos moucos. A outros lavava as mazelas em forma de pstulas ou
recuperava a paz,afastando os Espritos infelizes. E a todos se
doava, sem cessar, cantando a Boa Nova e vivendo-a entreos
sofredores at a Cruz, que transformou em ponte de luz na direo da
VidaImperecvel.
23. 23 11 OBSIDIADOS 972. Como procedem os maus Espritos para
tentar os outrosEspritos, no podendo jogar com as paixes? As paixes
no existem materialmente, mas existem nopensamento dos Espritos
atrasados. Os maus do pasto a essespensamentos, conduzindo suas
vtimas aos lugares onde se lhes ofereao espetculo daquelas paixes e
de tudo que as possa excitar. O LIVRO DOS ESPRITOS Jornadeiam sob
dramas angustiantes que vivem mentalmente. O pensamento dirigido
por lembranas vigorosas do passado noconsegue romper os laos que o
vincula rememorao continuada. Atormentados em sinistros ddalos
ntimos, desfazem a mscara daaparncia sob qualquer impacto
emocional. Irritadios, vivem desgovernados. Traumatizados, so
sonmbulos em plena inconscincia da realidade. Trnsfugas, no
conseguem fugir aos cenrios de sombras onderesidem psiquicamente.
Refletem nas atitudes o prprio desgoverno e sofrem aflies
queprocuram ocultar, amedrontados. A maioria esconde o pavor por
detrs da aspereza em que seenclausura. Uns enxergam os adversrios
do mundo ntimo em todos os que os cercam. Outros ouvem em todas as
expresses verbais o sarcasmo de que so vtimas incessantes.
Transitam, atordoados, monologando ou travando dilogos de vil
hostilidade. Nos painis da tua mente muitas outras mentes procuram
refgio, constrangendo-te ao recuo. Falam contigo, procurando
recordar-te... Apresentam-se hora do parcial desprendimento pelo
sono, tentando imprimir nos centros sensveis os seus espectros em
cujas fceis a dor e a revolta se refletem. Atropelam-te,
imiscuindo-se nas tarefas que te dizem respeito e interferindo
mesmo em questes insignificantes do dia-a-dia. Inspiram-te sombrias
maquinaes. Transmitem sugestes malvolas. Zombam da tua resistncia.
Assediam a tua casa psquica. Tambm eles, os outros companheiros do
envoltrio carnal, igualmente sofrem a compresso desses
desencarnados em estado pestilencial do dio. Como tu, tambm lutam
tenazmente. Alguns j se renderam, deixando-se arrastar submissos.
Diversos esto recorrendo aos estupefacientes a fim de
fugirem,caindo, logo depois, indefesos, nas ciladas bem urdidas em
que se demoramhipnotizados. Muitos buscam a ao dos eletrochoques e
da insulina e repousam
24. 24apagados sem recobrarem, logo mais, a paz, voltando s
evocaes logocessam os efeitos psicoterpicos de um ou de outro. E h
os que procuram em vo, na infncia, as causas de suas
aflies,deixando-se analisar... Ignoram, todos eles, as causas
transcendentes dos sofrimentos, aanterioridade das obsesses. Com
todo o respeito que nos merecem os mtodos da Cincia e asmodernas
doutrinas psicolgicas, associa a prece e o passe s
demaisteraputicas de que te serves. Faze da prece um lenitivo
constante e do passe um medicamentorefazente. Renova a mente com o
recurso valioso da caridade fraternal. Sai da cela pessoal e visita
outros encarcerados, trabalhando por eles,socorrendo-os, se
estiverem em situao mais grave e danosa. Insculpe no pensamento as
asas da esperana e ala a mente sRegies da Luz, assimilando o hlito
divino espalhado em toda a parte. Sentirs estmulo para lutar e
ajudars, atravs das atitudes derenovao, os prprios perseguidores
desencarnados. Ora por eles, os teus sicrios. Serve-te do passe
evanglico e procura assimilar as energias que tesero transmitidas.
Mas, sobretudo, faze o bem, ajuda sem cessar, harmoniza-te e tem
pa-cincia. O tempo um benfeitor annimo. Diante de obsessores e
obsidiados o Excelso Psiclogo manteve semprea mesma atitude: amor
pelo enfermo na carne e piedade pelo enfermodesencarnado,
libertando um e outro com o beneplcito da sua misericrdia eos
conclamando. a realizarem a tarefa de renovao pelo trabalho,
emincessante culto ao perdo pelo amor, em cujas pginas se inscrevem
a paz ea felicidade sem jaa.
25. 25 12 MEDICAMENTO EFICAZ Ora, o Espiritismo, que entende
com as mais graves questes defilosofia, com todos os ramos da ordem
social, que abrange tanto ohomem fsico quanto o homem moral, , em
si mesmo, uma cincia, umafilosofia, que j no podem ser aprendidas
em algumas horas, comonenhuma outra cincia.O LIVRO DOS MDIUNS 1
parte, Captulo 2 Item 13. Desde que o claro estelar do Espiritismo
norteia tua vida, abrindoclareiras luminosas no matagal por onde
avanas, em plena vilegiatura carnal,ama aos espritos rduos que te
seguem em ps, na intimidade do ninhodomstico ou em volta das tuas
relaes. O obsessor ultriz, que zurze o aoite da impiedade, quando
no alm, ao sereemboscar no invlucro de cinza e lama, que se torna
matria, no modifica aestrutura do prprio carter. Impulsionado pela
Lei ao renascimento junto ao teu corao, essecobrador insacivel a
tua vtima dantanho, exigindo-te humildade e resgate. Amarga as tuas
horas; inutiliza os teus melhores planejamentos; inquietaos teus
momentos de paz; sombreia o sorriso nos teus lbios antes
queirrompa; avinagra o sabor dos teus sonhos; impiedoso, fiscal e
cobrador queno cessa de exigir. Se o encontrasses no santurio
medinico certamente terias comiseraoe piedade, oferecendo-lhe o
perdo de que tem necessidade, em bagatelas deentendimento
fraternal. Faze de conta que o corpo de que ele se utiliza, oferece
uma psicofoniaatormentada de longo curso. Doutrina-o com o silncio
da resoluo firme. Esclarece-o com o verbo eloqente da pacincia.
Ilumina-o com a claridade da tua f regeneradora. Tudo isso podes
fazer, porque a Doutrina Esprita te ensinou, desdeontem, que
irrompeste de um passado sombrio para a madrugada imortalistade
bnos. A eternidade por que anseias, sem passado e sem futuro, no
entanto, vigeno teu corao em cada instante, anulando as sombras e
estuando declaridades. O clan Jlia, em Roma, a famlia Mdicis, em
Florena, as casas Tudors eStuarts, na Gr-Bretanha e o poderio dos
Bourbons, em Frana, fizeram histria um legado de obsesses
tormentosas, em famlia. Ascendentes perseguidos renasceram nas
carnes de descendentesperseguidores. E em todos eles como em outros
tantos, parentes pela consanginidade ecolaterais estiveram no
crculo vicioso e estreito de obsesses irreversveis ecalamitosas.
Ignoravam todos esses infelizes o sublime roteiro do Espiritismo
cristo. Eainda hoje como h pouco, famlias e famlias esto enleadas
nas obsessesdevastadoras em que se extingem para recomear,
rastreando dios; vinditash que se consomem em loucuras e
aniquilamentos recprocos, porque nodispem da Mensagem Espiritista,
esse claro estelar, que consubstancializa a
26. 26verdade, na noite de sombras da conscincia pervertida. Tu
tens, porm, no Espiritismo que restaura o Cristianismo na suapujana
inicial O Livro dos Espritos e o Livro dos Mdiuns essesmedicamentOS
eficazes para todas as enfermidades do esprito e do corpo, jque
aflies tm as suas nascentes no imo do esprito imortal. O Livro
Esprita que te liberta da ignorncia e da superstio o
amigoincondicional da tua lucidez, oferecendo-te po e lume,
agasalho e remdiopara as horas difceis de provana da tua jornada
atual. Como o amor, segundo preceituou Jesus, a alma da vida e a
caridade a vida da alma, os Espritos Sublimes que vieram
corporificar a mensagemcrist na Terra, para a redeno da Humanidade,
foram explcitos: o estudo olibertador do homem, no cadinho difcil
das reencarnaes dolorosas,porqanto o conhecimento d-lhes armas para
se librarem acima de todo o male viverem todo o amor nas trilhas
santificantes da caridade com Jesus.
27. 27 13 COM DIGNIDADE O verdadeiro esprita jamais deixar de
fazer o bem. Lenir coraesaflitos, consolar, acalmar desesperos,
operar reformas morais, essa a suamisso. nisso tambem que encontrar
satisfao real.O LIVRO DOS MDIUNS 1 parte, Captulo 3 Item 30.
Queixosos expelem, interminveis, o amargor das
aflies,cultivando-as, no entanto, prazerosamente. Conhecem os meios
de libertaodo sofrimento e se afervoram insnia. Pessimistas
espalham fartamente a indigncia moral a que se apegam,embora saibam
que a esperana agasalhada no imo lhes concederiatranqilidade.
Enfermos insistem na descrio dos males a que se vinculam, apesar
deidentificarem nominalmente os antdotos para as mazelas que
descrevem. Viciados lamentam a prpria sina, enquanto se firmam nos
propsitosda auto-piedade sem o menor esforo pela recuperao deles
mesmos. Sabem dos mtodos curadores mas prosseguem inveterados.
Inquietos comentam a instabilidade emocional de que so
vtimas,solicitando excusas, todavia perseveram na sementeira da
irresponsabilidadecomo se ignorassem os males que praticam.
Mendigos da piedade exibem chagas imaginrias e enredam-se
emproblemas que esto longe de possuir. Entretanto, podendo seguir a
rota daao enobrecedora, insistem no crculo estreito da infelicidade
que engendram. Outros mais, acalentando viciaes mentais diversas
formam a caravanados cmodos da realizao superior, aguardando
comiserao e socorro que,no entanto, se negam a aceitar. Solicitam
auxlio dos outros e possuem em si mesmos os recursosnecessrios para
o equilbrio. Desejam cooperao sem a idia de oferecer pelo menos
receptividade. Pedem e no doam sequer a quota mnima de esperana. So
os que aprenderam felicidade pelas vias tormentosas da fraude.
Preferem o parasitismo. Agradam-se em viver assim, vtimas
hipotticas da vida e da Lei Divina,herdeiros, porm, da preguia que
elegem como nubente ideal. Esto sempre contra, do outro lado,
revoltados, quando a migalha dacompaixo real de algum ou da falsa
piedade geral no lhes chega arca dainsatisfao. Acautela-te! Junto a
ele ajuda em silncio, sem perda de tempo. Convivendo ao lado deles,
ora em silncio para no te identificares com asua vibrao. Fazendo o
exame de conscincia habitual, corrige as disposies mentaisquando
amolentadas para te no incorporares malta deles. Confunde-se amor,
a todo instante, com sentimentalismo injustificvel epretende-se que
o Evangelho, apresentando o amor como o excelente filo davida, seja
um valhacouto de caracteres irresponsveis e espritos fceis. Se
assim fosse, seria o mesmo que transformar a ordem do Universo,em
nome do amor ao capricho dos tbios e dos parvos.
28. 28 Em passagem alguma da Boa Nova, encontramos o Rabi na
usana dafalsa piedade ou na acomodao com a indolncia. Construtor do
Orbe, no pode ser considerado um incipiente. Administrador da
Terra, no poderia ser confundido com um acolhedorde nscios. Foi,
por excelncia, a ao dinmica. De atitudes firmes e carter diamantino
em hora alguma se manifestoucomo um fraco ou fez a apologia da
cobardia. Se proferiu a morte, f-lo pelo herosmo de no chafurdar as
coisaselevadas do esprito indmito com as dissipaes do corpo frgil.
Se se deixou conduzir a um julgamento arbitrrio, f-lo para
nopostergar os direitos de exemplificar o valor da verdade,
passando-os a mosacumpliciadas com a criminalidade. Se permitiu
docilmente a traio de um amigo, teve em mente lecionarvigilncia,
orao e dignidade, prescrevendo, em silncio, que sublimao tarefa
pessoal, intransfervel. Se conviveu com a gente dita de m vida
ensinou, atravs disso, que asaparncias fsicas no refletem as
realidades bsicas da existncia. E em todo instante foi forte: na
multido, em soledade; no aparente triunfo,no abandono aparente;
pregando a esperana, sorvendo o vinagre e o fel; noinstante
supremo, na ressurreio insupervel. A mensagem que nos legou,
ofertou-no-la vibrante, estica. O Evangelho repositrio de fora,
vitalidade, vida. Vazado em termos demeiguice mudou a rota dos
tempos. Desvelado, agora, pelos Espritos Imortais, modificar a face
do Orbe. Reconhece-se o verdadeiro esprita disse Allan Kardec pela
suatransformao moral, pelos esforos que emprega para domar suas
inclinaesmas Imanado ao esprito do Espiritismo que te liberta da
ignorncia e dassombras, elevando o padro moral da tua vida,
preserva-o dos que o utilizamcom chocarrice e deles se servem como
arrimo para esconderem as misriasespirituais em que se comprazem.
De referncia ao amor, no ds lugar zombaria e no zombes, noagasalhes
superties nem permitas paralelsmos deprimentes, no teconcedas
leviandades nem perfilhes dissipaes alheias, subestimando
esseConsolador que enxuga suores e lgrimas mas que, acima de tudo
prescrevedignidade na luta, inspirada no Heri da Ao Incessante,
como normativasegura para a construo de um Mundo Melhor e de uma
humanidade ditosa.
29. 29 14 COMPROMISSO SIGNIFICATIVO Por essa meditao dos nossos
ensinos que conhecemos osespritas verdadeiramente srios. No podemos
dar esse nome aos quena realidade, no passam de amadores de
comunicaes. O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte, Captulo 17 Item 220 (5)
Quando as provaes se fizerem mais rudes, escasseando nos
celeirosntimos a coragem e a esperana, buscaste o Espiritismo para
haurir foranova e descobriste tesouros de abenoada renovao que te
felicitaram oesprito. Respostas que tardavam, chegaram facilmente,
eqacionando problemasaparentemente insolveis. Tranqilidade
espontnea dominou os painis da tua mente sobrepujandoalienaes
injustificveis, que te ameaavam a integridade mental. Alegria pura
e simples substituiu os deprimentes estados emocionais
quesombreavam as alamedas do pensamento angustiado. Vitalidade
desconhecida retemperou-te o nimo fazendo-te crer numretorno da
juventude. Ignotas promessas de felicidade enfloresceram naturais,
na esfera dastuas aspiraes apagando as densas trevas do pessimismo
que te dominava.. Fraternidade jamais experimentada derramou o
licor da afeio singelaem volta dos teus sentimentos, franqueando o
teu crculo de operaes comamigos, ontem escassos. Trabalho agradvel
e beneficente favoreceu tuas horas preenchendo aslacunas do tdio,
que te asfixiava em gases letais. Planos edificantes comearam a
corporificar-se no teu setor de atividadeshumanas e sociais...
Subitamente, porm, as dores voltaram, recrudesceram as
dificuldades. Sitiado pela incompreenso de alguns poucos amigos
novos e afligidopelos resgates do pretrito, que ressumbram agora,
inadiveis, contemplas odesmoronar do quanto arquitetaste. Desejavas
que as primeiras impresses do contato com a f esprita nose
desfizessem... Tudo seguia em ritmo animador. O sorriso era
comensal dos teus lbios e a esperana se hospedara noteu corao.
Agora sentes novo desencanto. O Espiritismo longe de destinar-se a
criar uma classe de diletantes daalegria tem como objetivo moral a
reforma ntima do homem. Toda reforma moral implica em esforo
titnico e luta demorada. Os espritas, por isso mesmo, no so
melhores nem piores do que osoutros homens. So espritos em provas.
O conhecimento do Espiritismo no cria o favoritismo
personalista,anulando o valor de cada esprito em crescimento na
esfera de ao a que seafervora. Ultrapassada a fase inicial do
conhecimento doutrinrio, o Espiritismo,lenindo as ulceraes do
candidato s suas fileiras explica a funo benficado sofrimento e as
razes fundamentais da reencarnao.
30. 30 Confere, igualmente madureza ao esprito, e, semelhana de
pedagogoeficiente, conduz o aprendiz pelas diversas classes do
educandrio evolutivo,inspirando-o, lecionando sabedoria e Vivncia
crist. Retifica o estado de nimo em que te encontras. Corrige o
raciocnio e reflete com calma. Ponderao medida diretiva em qualquer
ensejo. Transferir para os outros as deficincias que nos tisnam os
propsitos dealevantamento representa fuga espetacular ao dever com
justificativas semfunmento. Aquele que travou contato com as lies
do Espiritismo no tem o direitode exigir dos outros nem mesmo o de
que capaz. Compete-lhe melhorarsempre, ajudando sempre. O repasto
espiritista de qualidade superior, e, pois, com o devidorespeito,
deve ser servido para uma assimilao perfeita. Mergulha o pensamento
e o corao nas lies do Espiritismo libertadore, embora usando a
canga necessria para o pagamento dos velhos dbitos,afervora-te na
Continuidade do trabalho a que te ligaste, nele encontrando
ocadinho purificador. O Espiritismo compromisso significativo que
se assume ante a prpriaConscincia. Recorda que Jesus, em aceitando
a oferenda da mulher obsidiada, quebuscava renovao, exortou-a ao
amor incessante, advertindo-a, no entanto,para que no voltasse a
pecar, a fim de que a mensagem que se emboscavano seu atribulado
esprito fulgurasse como luzeiro sublime por onde seguisse,junto a
quem estivesse, atestando a excelncia do compromisso com a
fsantificante.
31. 31 15 GLRIAS E MEDIUNIDADE No creias que a faculdade
medinica seja dada somente paracorreo de uma, ou duas pessoas, no.
O objetivo mais alto: trata-seda Humanidade. Um mdium um
instrumento pouqussimo importante,como indivduo.O LIVRO DOS MDIUNS
2 parte, Captulo 20 Item 226 (5.a). Desde tempos imemoriais a
competio vem oferecendo aos triunfadoresa coroa de glria com que
estes se destacam na comunidade. Glrias da dominao violenta glria
do poder exagerado. Glrias que se manifestam como bafo venenoso de
orgulho desmedido,adornadas de branzes reluzentes, medalhas
vistosas e condecoraespomposas. Glrias que nascem em rios de sangue
e glrias que surgem nosespinheiros da calnia. Glrias pela posse que
se aprisiona em cofres mortos onde a usura seenfurna acompanhada
pela insensatez. Glrias da perversidade e do crime que permanecem
ocultos sobmscaras afiveladas a faces carcomidas pela enfermidade
moral. Glrias do aplauso popular, transitrio e enganador, e glrias
do destaquesocial que emurchece sob o sorriso da iluso. As
Academias oferecem as glrias que se cristalizam na prepotncia
dacultura e na dominao da inteligncia. Os estdios glorificam os
seus heris de um dia. Glrias e triunfos em todo lugar. Lauris aos
que sistematizam diretrizes para a vida nos concertos sociaise
triunfos que guardam suas vozes no silncio cruel das preocupaes
sempalavras. Sucessos que, no entanto, no seguem alm do tmulo. O
cristo no desfruta dos prmios e das glrias imediatas. Servo
doCristo, no seu Modelo e Guia v a mais alta expresso do servio que
lhe caberealizar. Se te candidatas mediunidade, no servio com
Jesus, renuncia aquaisquer glrias ou aos enganosos florilgios da
existncia, porquejornadears pela senda de espinhos, ps sangrando e
mos feridas, coraoazorragado, sem ouvidos que escutem e entendam os
teus apelos mudos... Solido e abandono muitas vezes para que o
exerccio do dever enfloreao amor no teu corao em favor dos
abandonados e solitrios. Apostolado de silncio, culto do dever,
auto-conhecimento eis ocaminho da glria medinica, atravs de cuja
senda encontrars, no pas daalma encarnada, os sentimentos puros que
te oferecero os filtros para oregistro da Mensagem de vida eterna,
com que o Mestre Divino, de braosabertos, traduzir aos teus ouvidos
a glria da conscincia reta, consoante oensino do Apstolo dos
Gentios na 2 Epstola aos Gentios, Captulo 1 eversculo 12.
32. 32 16 NA SEARA MEDINICA Todas as imperfeies morais so
tantas portas abertas ao acessodos maus Espritos. A quem, porm,
eles exploram com mais habilidade o orgulho, porque a que a
criatura menos confessa a si mesma. Oorgulho tem pedido muitos
mdius dotados das mais belas faculdades eque, se no fora essa
imperfeio, teriam podido tornar-se instrumentosnotveis e muito
teis, ao passo que presas de Espritos mentirosos,suas faculdades,
depois de se haverem pervertido, aniquilaram-se e maisde um se viu
humilhado por amarssimas decepes.O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte,
Captulo 20 Item 228. Sim, gostarias de contribuir. Almejas cooperar
na seara dos mdiuns e com satisfao nomeias osdons de que eles so
investidos. Este v as Entidades anglicas e deslumbra-se com a
percepo visualdilatada. Esse ouve as mensagens transcendentes e
renova-se para as tarefasdifceis da existncia. Essoutro incorpora
Instrutores lcidos e transforma a boca em instrumentosublime de
orientao e consolo. Aquele escreve em circunstncias especiais, e as
mos se convertem emraios de luz a esparzirem pginas sublimes.
Aqueloutro aplica recursos magnticos e a sade escorre pelos
seusdedos revigorando a todos. Outro mais, inspirado pelas
Altas-Potestades, injeta alento novo noscoraes, traando roteiros
abenoados para o mundo. Mais outro e outros tantos materializam,
levitam, desdobram-se, realizamintervenes cirrgicas em pleno
transe, construindo a f nos coraes. Assim pensas, assim crs. Mas no
so exatas as tuas concluses. Muitos beneficirios da mediunidade
desertam da seara do dever. Mediunidade no apenas campo
experimental com laboratrio defrmulas mgicas. solo de servio
edificante tendo por base de trabalho osacrifcio e a renncia
pessoal. Mdiuns prodgios sempre os houve na Humanidade. Tambm
passaraminteis como aves de bela plumagem que o tempo destruiu e
desconsiderou. Com o Espiritismo, que fez renascer o Cristianismo
puro, somosinformados da mediunidade-servio-santificante e com essa
bnodescobrimos a honra de ajudar. No te empolgues apenas com as
notcias dos Mundos Felizes. H muita dor em volta de ti, e at
atingires as Esferas Sublimes h muitoque fazer. Almas doentes em
ambos os planos enxameiam em volta damediunidade. Dedicando-te
seara medinica no esqueas de que todos os comeosso difceis e de que
a viso colorida e bela somente surge em toda a suagrandeza aos
olhos que se acostumaram s paisagens aflitivas onde osofrimento fez
morada...
33. 33 Para que os Mentores Espirituais possam utilizar-te mais
firmemente faz-se necessrio conhecer tua capacidade de servio em
favor dos semelhantes. Antes de pretenderes ser instrumento dos
desencarnados acostuma-te aser portador da luz clara da esperana
onde estejas e com quem estejas, paraque ela em se apagando no teu
archote no se faa sombra na sombra.
34. 34 17 OBSESSORES A obsesso apresenta caracteres diversos,
que preciso distinguire que resultam do grau do constrangimento e
da natureza dos efeitos queproduz. A palavra obsesso , de certo
modo, um termo genrico, peloqual se designa esta espcie de fenmeno,
cujas principais variedadesso: a obsesso simples, a fascinao e a
subjugao.O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte, Captulo 23 tem 237.
Efetivamente h muitos tipos de obsessores, inumerveis formas
deobsesso. No somente pela constrio violenta de um desencarnado
sobre outroencarnado. No apenas provocada pelos habitantes da
Erraticidade. Obsessor, em bom vernculo, todo aquele que causa
obsesso, queperturba, que inquieta. O amor pervertido obsessor
impiedoso. A maledicncia contumaz corrosivo aniquilante. O egosmo
vigoroso verdugo cruel. A impiedade treda inimigo fementido. O
despotismo inexorvel companheiro da loucura. A revolta permanente
sequaz da morte. O dio ominoso prcito infeliz. A avareza mesquinha
algoz hrrido. O vcio de qualquer natureza comparsa meftico. A
fraqueza moral vassalo da destruio Obsesso por dinheiro. Fascinao
pelo sexo. Subjugao ao prazer. Loucura pela posse. Muitos
pensamentos cruzam o ter, na esfera dos homens,estabelecendo
contato entre pessoas encarnadas em processos de terrvelobsesso.
Idias fixas que ressumbram dos escaninhos da conscincia culpada
deontem supliciam e azorragam, enredando outros comensais do
sofrimento emconluios nefandos, de libertao problemtica. Permutas
psquicas em forma de viciao do vida a larvas e formasmentais
lamentveis que intercambiam alimentadas por
ondas-pensamentopoderosas... E alm destas, as obsesses geradas
pelos espritos desnudados dacarne, aumentam os problemas afligentes
que fazem parte da agenda doshomens, dando largas alienao que
campeia desenfreada. H, no entanto, na Doutrina Esprita, antdotos
valiosos para quaisquermodalidades obsessivas, para todos os
obsessores. Ao apelo do Cristo, o discpulo encontra as armas
necessrias paraenfrentar os embates da via redentora. A prece
armadura indestrutvel. O amor desinteressado nas suas manifestaes
fraternas converte osbraos em asas da caridade para o vo aos Cimos
da Vida.
35. 35 A pacincia oferece medicamento eficaz. E o conhecimento
das verdades espirituais ensej a robustez de nimo ef, conduta
ilibada e renovao para o bem, que servem de base sade e
aocomportamento cristo e salvador. Exemplifica, pois, sempre e a
cada instante, o conhecimento esprita, queborda o teu esprito de
alegrias ante as alvssaras da felicidade perfeita. Espiritismo
tambm tratado de sublimao do Esprito. Modesto ato de humildade
projeta luz estelar nas sombras de mentesentenebrecidas que te
espreitam. Singelo gesto de amor representa baga de esperana aos
que tm fomede compreenso. No menosprezes as migalhas crists que so
exrdios do teu futurocabedal de aes santificantes. Minsculo plen
agente da vida. Humilde gota de essncia esparze aroma em derredor.
Se pretendes a montanha altaneira comea a ascenso pela
base,acostumando-te lentamente s alturas. Escuta a voz do
sofrimento nos coraes alheios e no negues a tuaescudela de bondade
cheia de entendimento. O Mestre, antes de alar-se glria estelar,
lecionou, utilizando um grode mostarda, uma insignificante moeda,
uma figueira estril, uma ovelhadesgarrada... Escutou, paciente, os
problemas corriqueiros que afligiam o povoe revelou-lhes teraputica
precisa para os diversos males... Verberou,inconcusso, os abusos de
toda natureza e o crime, no entanto, sempremagnnimo, no separou a
cordura da energia nem a bondade do amor. Sbioe humilde silenciou
no Pretrio a prpria defesa, todavia erguera muitas vezesa voz para
instruir o fraco e oprimido, clareando as mentes e os coraes coma
luz dos seus ensinos libertadores de obsesso e obsessores,
fazendo-nos oprecioso legado de uma Doutrina de ao sem florilgios
verbais ou inflamadaretrica vazia...
36. 36 18 SINCERIDADE Alis, no de bom aviso atacar bruscamente
os preconceitos.Esse o melhor meio de no se ser ouvido. Por essa
razo que osEspritos muitas vezes falam no sentido da opinio dos que
os ouvem: para o trazer pouco a pouco verdade. Apropriam na
linguagem spessoas, como tu mesmo fars, se fores um orador mais ou
menoshbil.O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte, Captulo 27 Item 301 (3) Em
nome da verdade no apliques a palavra contundente sobre afraqueza
daqueles que caminham desequilibrados ao teu lado. A pretexto de
servir causa do Bem no derrames espinhos pela sendaonde segue teu
prximo, tentando, dessa forma, ser coerente com as prpriasconvices.
Falando em nome do ideal que esposas, evita a exposio petulante
dosconhecimentos que um dia te conferiram; apresenta-os aos
ouvintes com asimplicidade que agrada e sem a pretenso de emitires
o ltimo conceito. Justificando a tua maneira sadia de viver, no te
faas desagradvelcompanhia, usando, indiscriminadamente, a palavra
ferinte e o argumentointolerante, a expresso deprimente e a frase
impiedosa em relao quelesque ainda no podem seguir-te os passos.
Procurando libertar a tua alma do erro, no intentes escravizar aos
teus caprichos depensamentos quantos no tm possibilidade de voar
contigo na amplido doconhecimento. Nas observaes que fazes, no te
esqueas que nem todos os seres seencontram preparados para ouvir-te
as repreenses, mesmo quando coroadasdas melhores intenes.
Procurando ajudar, no te detenhas, apenas, na descoberta da
ferida;utiliza-te do singelo chumao do algodo e cobre a enfermidade
commedicao balsmica. No te esqueas de que a verdade, semelhante
moral penetra,lentamente, acendendo luzes na escurido e vencendo
trevas sem precipitaoem gritos, generalizando-se, poderosa. Muitas
vezes se serve melhor verdade, calando a palavra ofensiva
econstringente que jamais edifica. Saber e silenciar, receber e
guardar, ouvir e reter so manifestaes quecontribuem mais para a
campanha de esclarecimento do que expor a verdade,aos gritos, junto
s almas que no se encontram preparadas para a renovao.
Sinceridade!. Quantas vezes em teu nome se destri, esmaga-se,
desanima-se epersegue-se, acreditando servir honra e ao bem. Por
isso mesmo, lavra tew campo, meu irmo, semeia a bondade e a luze,
sendo sincero para contigo mesmo, serve ao ideal do Cristo na
humanidadeinteira, ajudando, sm cessar, a quantos caminham pelas
tuas veredas. No ser isto, porventura, o que Jesus faz
conosco?
37. 37 19 RECOLHERS COMO PEDIRES Numa palavra, qualquer que
seja o carter de uma reunio, haversempre Espritos dispostos a
secundar as tendncias dos que acomponham.O LIVRO DOS MDIUNS 2
parte, Captulo 29 Item 327. Na abenoada Obra de Nosso Pai tudo so
trocas. Recebers sempreconsoante requereres. Desvairado, se te
atiras ao corao querido, ferindo-lhea sensibilidade, obters somente
reprimenda nascida no desgosto. Inquieto, se buscas paz, afligindo
os que te cercam no lar, recolhersazedume e animosidade. Combalido,
se procuras repouso, exigindo acomodao dos outros,recebers apenas
repulsa e antagonismo. Isto porque, a resposta procede dos termos
da petio, de acordo com omerecimento da apresentao. No esqueas,
entretanto, que o corao magoado constrangido aflio, os familiares
atormentados escondem-se no desencanto e os outros,atacados por
exigncias, reagem, naturalmente. Respeita a mo distendida ao
alcance da tua mo e recebe-lhe aoferenda. Nem ameaces o equilbrio
de quem se inclina a auxiliar-te. Nem avances exigente para quem
estugou o passo na caminhada, aoouvir-te o apelo. Aflio projetada
traduz aflio que retornar. Averso espalhada pressagia antipatia
para colheita futura. Se desejas aspirar o aroma do amor,
libertando-te das dificuldadespessoais com o auxilio alheio, no
expresses confiana sob improprios nemsegurana de f com chuvas de
irritabilidade. Favorece os meios simples para o trabalho eficiente
e a obra crescer emtorno da tua planificao. Ajuda para que te
ajudem. Ilumina para que te iluminem. Coopera-servindo para que a
inteligncia ambiciosa no estiole aexpresso do corao necessitado.
Pergunta-esclarecendo para que a inutilidade no te assinale a vida.
Fortalece o digno ideal da produo para que a produtividade
teenriquea. Entende as dificuldades do prximo a fim de que ele te
entenda,igualmente, a dificuldade. Em qualquer dificuldade recorda
o poder da orao e roga inspirao aoCu, realizando sempre o melhor
para que o melhor se faa em ti e atravs deti sem olvidares que todo
apelo encontra resposta, consoante o merecimentode quem pede e a
forma como pede.
38. 38 20 CONVERSAES DOENTIAS Os mdiuns obsidiados, que se
recusam a reconhecer que o so seassemelham a esses doentes que se
iludem sobre a prpria enfermidadee se perdem, por se no submeterem
a um regime salutar.O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte, Captulo 29 tem 329.
Semelhante a carro de lixo que espalha emanao morbfica por
ondepassa, as conversaes doentias assinalam os roteiros por onde
seguem. Quando se instalam, destroem o domiclio da paz e a suspeita
se aloja,vitoriosa, atormentando, implacvel. Como gs de fcil
expanso, o txico da informao menos digna seexpande, asfixiando
esperanas e matando aspiraes superiores. Por onde passa, a
conversao infeliz gera a hipocrisia, desenvolvendouma atmosfera
anti-fraterna em que assenta suas afirmaes. A m palestra nada
poupa. Fcilmente se dissolve em cido calunioso oubrasa acusadora;
atinge coraes honestos e enlameia famlias enobrecidaspelo trabalho;
deslustra uma existncia honrada com uma frase, atirandoignomnia e
desdouro; estimula a mentira, que se transforma em
injria,fomentando crime e loucura. Nutrida pela ociosidade a
conversao insidiosa me da corrupomoral. Se os ensinos edificantes
tentam exaltar a dignidade e o dever,oferecendo campo verdade e ao
brio, o veneno da informao descaridosaaparece pretextando
ingenuidade e destri, impiedoso, a cultura da dignidade. Surge
aparentemente inofensiva numa frase prfida para
alastrar-sevirulenta numa colheita de fel. Aparece, sorrateira,
para imiscuir-se desabridamente onde no esperada, induzindo quantos
lhe do ouvidos infmia e ao dio... imprescindvel fiscalizar-lhe as
nascentes. O cristo no lhe pode ser complacente. Rigoroso no
respeito aosausentes, deve vigiar as entradas da mente e as sadas
do corao. Cultor da bondade no compactua com as informaes
aviltantes,devendo eliminar do prprio vocabulrio as expresses dbias
de significaohumilhante. Fiscaliza, atento, cada dia, as informaes
que te chegam ao corao. Sete conduzem vinagre sobre a honra alheia
e apresentam as feridas dos outros tua observao, procura os
recursos da orao e da piedade, e sempredispors de bens para no
cares no fascnio negativo das sugestes do mal,renovando todas as.
expresses com a mente em Jesus. O Apstolo Paulo, advertindo aos
Corntios, prescrevia na primeira cartaaos companheiros de
ministrio, conforme se l no captulo 15, versculo 33:No vos
enganeis; as ms palavras corrompem os bons costumes. As conversaes
doentias so cidos nos lbios da vida, queimando aesperana em todo
lugar. E os que se entregam a tais palestras soobsidiados que se
recusam a reconhecer que o so, (e) se assemelham aesses doentes que
se iludem sobre a prpria enfermidade e se perdem, por seno
submeterem a um regime salutar.
39. 39 21 EXAME No basta crer; preciso, sobretudo, dar exemplos
de bondade, detolerncia e de desinteresse, sem o que estril ser a -
vossa f.O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte, Captulo 31 tem 1
(SantoAgostinho). Aprofundar a mente na investigao minuciosa das
deficincias alheias,mesmo com o propsito aparente de ajudar, seria
como derramar preciosoblsamo sobre pntano infeliz com a inteno de
sane-lo ou jogar cido cruelsobre feridas que demoram a cicatrizar
com o pretexto de eliminar o focoinfeccioso... No convertas a tua
caridade mental em sombras densas para que notropeces em escolhos.
Podes movimentar o tesouro psquico para reorganizar o equilbrio sem
oimpositivo de amplir a infelicidade, tornado-a conhecida. No
transformes a viso em instrumento de observao impiedosa.
Nemmovimentes o verbo como quem aciona ltego cortante,
desencadeando sofri-mento. Exalta a oportunidade de cultivar a
esperana. Difunde a excelncia do otimismo. Distende a alegria junto
queles que a tristeza venceu. Louva as mensagens da f operante ao
lado do amigo que caiufragorosamente. Acena a todos com novas
possibilidades de refazimento no bem,demonstrando nimo sereno e
robusto. Supera a tentao de inquirir muito para compreender,
desdobrando otrabalho que renova e restaura. Descobre o lado melhor
do infeliz e faze o melhor. E se notares que tudo indica insucesso
do seu empreendimento,agigantando-se o mal, apela para a
Espiritualidade Superior e transforma-te emviva mensagem de amor,
desdobrando a bondade de Jesus Cristo, semaguardares de imediato o
xito que te no pertence. Quando no puderes fazer o bem pensa nele.
A noite para no ser triste veste-se de estrelas. O espinheiro
atormentado, em silncio, adorna-se de flores. E com o que tiveres
exalta a alegria, embelezando a vida. Nunca reclames ante a
fraqueza dos outros nem examines o erro doprximo com azedume, mesmo
porque, em te voltando contra eles necessrio examinar, no recesso
ntimo, quanto tens sido mal sucedido e, seem lugar desses
companheiros no estarias complicando a prpria aflio,fazendo o que
eles realizam com dificuldade, de maneira pior e mais infeliz.
40. 40 22 PENSA ANTES Se Deus envia os Espritos a instruir os
homens, para que estes seesclaream sobre seus deveres, para lhes
mostrarem o caminho poronde podero abreviar suas provas e,
conseguintemente, apressar o seuprogresso.O LIVRO DOS MDIUNS 2
parte. Captulo 31 tem 4 (Um Espritofamiliar). Quando se libertar o
homem da aflio? Quando comear a aurora dasua redeno triunfante?
Como fazer? So perguntas que, diariamente, ocor-rem a muitos
companheiros do caminho humano. Em todo lugar, assistimos s
convulses do sofrimento castigando oscoraes. Lgrimas de saudade e
dor sob pesados fardos. Prantos nascidos na inquietao da soledade
dilacerando esperanas. Fome e abandono embaraando os passos.
Enfermidade e limitao produzindo duradouros sinais de desespero...
No entanto, desde h muito, com o Evangelho de Jesus, surgiu
amadrugada feliz para o esprito humano. Essas horas de amargura
pertencem s criaturas embrulhadas nosmantos sombrios da morte. Para
os que j podem enxergar os clares do Cu nas brumas da Terra,
aamargura apenas acidente do caminho. Com o suave Rabi nasceu a
oportunidade feliz para a realizao da pazinterior e,
conseqentemente, para a libertao das almas. necessrio desfazer os
laos que atam o homem aos pesados fardos,libertando o esprito para
a realizao dos elevados princpios no mundointerior. Que ningum se
demore nas mentirosas colnias de repouso a queaspira! Muitas lutas
se desdobraro ainda antes que se possa descansar. Milnios de treva
demoram-se na esteira do j feito. indispensvel caminhar, avanando
sempre. Nesse mister so importantes a tarefa sacrificial e a
contribuioaparentemente desvaliosa. Todavia, imperioso uma resoluo
robusta para poupar uma desistnciadanosa. O agricultor inteligente,
antes da sementeira, estuda as possibilidades dosolo. O artfice
hbil precede o trabalho de um exame dos recursos de quedispe para a
execuo da obra. O professor capaz antecede as aulas com testes de
capacidade paramelhor seleo e aproveitamento dos alunos. O
arquiteto prudente visita o terreno e estuda-o, em grficos,
paraapresentar depois os projetos da construo. Ningum se candidate
s tarefas maiores sem a experincia dos serviosmenores. Nada se pode
realizar em profundidade sem os cuidados que se impem
41. 41como essenciais. Nos processos evolutivos da alma
encarnada a inteno precede a ao eo amadurecimento das idias dispe o
ser para a difcil operao dorenascimento ntimo. Importa, portanto,
trabalhar sem esmorecimento, recordando que, de hmuito o Senhor nos
aguarda, precedendo-nos os impulsos de renovao com oprprio
sacrifcio. Busca iluminar-te com a mensagem do seu exemplo,
fixando-lhe osensinamentos nos recessos do ser, partilhando as
lutas e gastando o corpo nafaina de produzir e realizar para te
tornares digno de, com o Mestre, renascerde corao livre.
42. 42 23 TESOUROS DE AMOR medida que o tecnicismo modifica a
face da Terra, imprimindo umglorioso perodo, fenecem altas
expresses dos sentimentos, no mago dasafeies humanas. Aqui, a
indstria do presente asfixia os nobres impulsos, tudo reduzindoao
mercantilismo, onde o amor pode ser valorizado pelo preo da
mercadoria. Ali, as paredes do cronmetro apertam as ruas da amizade
e os atos deentendimento fraterno se reduzem a uma palavra,
contendo significados deocasio. Mais alm, a cobia e o empreguismo
assassinam as manifestaes daordem, e em nome do progresso
inutilizam homens que se desdobramexaustivamente ou se paralizam,
lamentavelmente, no comodismo. Ningum pode perder a ocasio no jogo
social. No se dispe de tempo para sentimentalismos. Os simulacros
de amor e respeito, considerao e reconhecimento soencontrados nas
salas moderna