Espirito e vida (2)

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  • 1. 1 ESPRITO E VIDA DIVALDO PEREIRA FRANCODITADO POR JOANNA DE NGELIS
  • 2. 2 NDICEESPRITO E VIDACAPTULO 1 = DIRETRIZ ESPRITACAPTULO 2 = DESLIZES OCULTOSCAPTULO 3 = NAS DORES E RUDES PROVAESCAPTULO 4 = NO S JUSTIACAPTULO 5 = REVOLTACAPTULO 6 = MENTORES E TAREFASCAPTULO 7 = ARMADURA DE SEGURANACAPTULO 8 = PREGUIACAPTULO 9 = SERVE E CONFIACAPTULO 10 = AUTO-DOAOCAPTULO 11 = OBSIDIADOSCAPTULO 12 = MEDICAMENTO EFICAZCAPTULO 13 = COM DIGNIDADECAPTULO 14 = COMPROMISSO SIGNIFICATIVOCAPTULO 15 = GLRIAS E MEDIUNIDADECAPTULO 16 = NA SEARA MEDINICACAPTULO 17 = OBSESSORESCAPTULO 18 = SINCERIDADECAPTULO 19 = RECOLHERS COMO PEDIRESCAPTULO 20 = CONVERSAES DOENTIASCAPTULO 21 = EXAMECAPTULO 22 = PENSA ANTESCAPTULO 23 = TESOUROS DE AMORCAPTULO 24 = JESUS E O MUNDOCAPTULO 25 = ESPIRITISMO NO LARCAPTULO 26 = REVELAO E REENCARNAOCAPTULO 27 = EM AGONIACAPTULO 28 = DESNIMOCAPTULO 29 = MENSAGEM DE ESPERANACAPTULO 30 = PARADOXOSCAPTULO 31 = AFIRMAOCAPTULO 32 = CONSIDERANDO A PARBOLA DO BOM SAMARITANOCAPTULO 33 = PALAVRAS E PALAVRASCAPTULO 34 = DESCUIDOSCAPTULO 35 = ORAR SEM CESSARCAPTULO 36 = MOMENTO ESPRITACAPTULO 37 = CONSIDERANDO O SOFRIMENTO E A AFLIOCAPTULO 38 = PLANEJAMENTOCAPTULO 39 = FALANDO AO TRABALHADORCAPTULO 40 = FRATERNIDADECAPTULO 41 = FESTIVAL DE AMORCAPTULO 42 = LINGUAGEM DO PERDOCAPTULO 43 = FCILIDADE NAS TAREFASCAPTULO 44 = FIELMENTECAPTULO 45 = DINAMISMO PARA A PAZCAPTULO 46 = NEGOCIAES COM DESENCARNADOS
  • 3. 3CAPTULO 47 = O MUNDO E TUCAPTULO 48 = ANTE A SEARA ESPRITACAPTULO 49 = F E CONDUTACAPTULO 50 = LUTA E LIBERTAOCAPTULO 51 = EM PAZCAPTULO 52 = APARELHADOCAPTULO 53 = AMBIESCAPTULO 54 = EXULTANTECAPTULO 55 = NO RUMO DA LUZCAPTULO 56 = OTIMISMOCAPTULO 57 = ANTE O SEXO E O AMORCAPTULO 58 = MELANCOLIACAPTULO 59 = IMPRESSES DE OTIMISMOCAPTULO 60 = ANTE O NATAL
  • 4. 4 ESPRITO E VIDA Ainda hoje, no turbilho da vida moderna, o Evangelho de Jesus lioincomparvel, veiculando em cada fasto o esprito da vida para a atormentadamente humana.. No momento mesmo em que para psiclogos respeitveis teimam pornegar a realidade insofismvel do esprito imortal, tentando reduzi-lo a umafora exteriorizadda pelo crebro e no por ele manifestada, confundindo, porpreconceito cientfico a causa ao efeito ou este quela, a palavra do Cristoatualizada por Allan Kardec na gigantesca epopia do Pentateuco (*), temcarter de urgncia. At o instante da Codificao Esprita, embora os esforos titnicos deErasmo e Lutero, tanto quanto de outros venerveis cristos, a mensagemevanglica esteve confundida na letra que mata e no dogmatismoultramontano, sem conseguir atingir os altos objetivos a que se destinava, noinquieto panorama scio-moral da Humanidade. Com a Doutrina Esprita expresses nebulosas, revelaes absurdas,fenmenos ditos milagrosos e ensinamentos que se demoravam na clausurado fantstico, adquiriram coerncia graas s luzes da razo, que fulgem,desde ento, clarificantes e consoladoras. Esprito e vida. Vida do esprito. Esprito da vida. Na mensagem evanglica examinada em esprito ressumbra a vida dalio atualizada e oportuna. Com os instrumentos do bom-senso e da lgica adquiridos nos conceitosespiritistas, a vida do esprito se confirma em toda sua pujana, enquanto aDoutrina mesma desata o esprito da vida para os que jazem amortalhados nopreconceito ou na ignorncia desta ou daquela modalidade. O modesto trabalho que hoje apresentamos, sem pretenso de espciealguma, foi elaborado paulatina-mente e algumas das suas pginas agorarefundidas e reestruturadas j apareceram, ao seu tempo, em letra de forma,na imprensa esprita, atendendo diretriz para a qual foram escritas: consolare esclarecer. Utilizamo-nos de preciosos pargrafos da Codificao Kardequiana paraos estudos do presente trabalho. Estas pginas agora enfeixadas em livro sedestinam a oferecer lenitivo a muitas dores, consolo a diversas aflies esugestes fraternas luz do Evangelho e do Espiritismo a quem se encontraante as encruzilhadas que, muitas vezes, surpreendem a todos ns, face satitudes que devemos ou no tomar. (1) No guardamos no ntimo a fantasia de conseguir qualquer posioliterria e no acarinhamos outro desejo seno aquele de apresentar osresultados da prpria experincia haurida diversas vezes com lgrimasacerbas, na carne e fora dela. E assim procedemos estimulada como estamos pela identificao dansia de Deus que treme em crebros e coraes atormentados, em todas asesferas da vida atual. No faz muito tempo e o filsofo ingls Toms Hardy, exclamou, aflito: Ohomem moderno perdeu o endereo de Deus... Alguns anos depois, o fsicoalemo Alberto Einstein algo desanimado, escreveu:
  • 5. 5 Vivemos num Universo em expanso. Toda conquista, no entanto, temlevado o homem quase sempre dissoluo... Nosso despretencioso trabalho no pretende apresentar um novoendereo de Deus, antes pelo contrrio, afirmar aquela direo multimilenria:Fazer a outrem o que se deseja que outrem lhe faa, equivalente ao amorcom que sempre e incessantemente Jesus nos tem amado. No conservamos a presuno de estancar, com estas pginas, o caudalda dissoluo dos costumes em voga, mas sim mantemos a esperana deestimular os espritos valorosos que, em luta renhida contra as manifestaesinferiores, se esforam para prosseguirem intimoratos pela senda do bem, porsabermos que o bem bom para quem o pratica, como a verdade luz paraquem a conduz, iluminando primeiro aquele que com ela se identifica. Enquanto as indstrias da guerra derramam o morticnio em massa e apsicose da ensiedade, desse estado resultante, destri em escala igual docncer, Jesus hoje como ontem acalma, harmoniza, pacifica. Seu Evangelho rota, seus exemplos so sustentao e diretriz. A traidos por Sua voz Seara da vida, trabalhadores que noscandidatamos ltima hora ao servio na Vinha do Amor, rumemosconfiantes, renovando-nos interiormente, exemplificando em esprito e vida, aexcelncia da revelao que chega hora predita, e aceitemos osinstrumentos para arrebentar as cruis algemas do eu a que nos encontramosmilenarmente atados. Agradecendo ao Senhor os jbilos do dever cumprido como serva que dconta da sua administrao, trabalhadora imperfeita que reconhecemos ser,suplicamos suas dadivosas bnos para todos ns que necessitamos do seuinefvel amor. Joanna de ngelis. (Pgina psicografada pelo mdium Divaldo P. Franco, na sesso danoite de 2/7/ 1966, no Centro Esprita Caminho da Redeno, emSalvador, Bahia). (*) Pentateuco kardequiano: O Livro dos Espritos, O Livro dos Mdiuns,O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Cu e o Inferno e A Gnese.(1) Usamos para cada Obra consultada as suas letras iniciais. Por exemplo: O Livro dos Espritos O LIVRO DOS ESPRITOS; O Livro dos Mdiuns O LIVRO DOS MDIUNS etc., com os respectivos Captulos e Itens donde extraimos o ensino. As Obras consultadas foram editadas pela F. E. B., respectivamente: O LIVRO DOS ESPRITOS 29 edio; O LIVRO DOS MDIUNS 28 edio; O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO 52 edio; O CU E O INFERNO 19 edio; A GNESE 14 edio. (Notas da Autora espiritual).
  • 6. 6 1 DIRETRIZ ESPRITA Com a perseverana que chegars a colher os frutos de teustrabalhos. O prazer que experimentars, vendo a Doutrina propagar-se ebem compreendida, ser uma recompensa, cujo valor integral conhecerstalvez mais no futuro do que no presente. No te inquietes, pois, com osespritos e as pedras que os incrdulos ou os maus acumularo no teucaminho. Conserva a confiana: com ela chegars ao fim e merecers sersempre ajudado. O LIVRO DOS ESPRITOS Prolegmenos. Muitas so as direes que podes tomar, imprimindo novo curso vida. Estradas se multiplicam atraentes, dificultando-te a opo. Aparentemente conduzem aos redutos onde a felicidade se acolhe festiva. Vs passarem as multides dos que seguem os diferentes rumos. H em verdade rotas e rotas. Umas conduzem morte, raras conduzem vida. Ests na diretriz esprita e pareces seguir a medo, imaginando... Nem festas, nem fantasias encontras. A realidade se desvela, apresentando-se legtima. Vs a dor arrancando a mscara de iluso das faces envilecidas pelocansao, pelo despudor. Por onde segues enxergas aflies que passam ignoradas por outros,sombreando mais ainda semblantes j sombrios. Identificas enfermidades minando organizaes fsicas e mentais que segastam na perverso dos costumes entre esgares e angstias. Pode parecer-te que no roteiro escolhido somente esto os trpegos eestropiados, os enfermos e mendigos sob lancinante opresso. As outras vias se te afiguram formosas e os que por ali avanamdemonstram louania. No te enganes, porem. A ferida purulenta que todos enxergam irm menor do cncer ignorado aadentrar-se pelo organismo, em metstase irreversvel. A misria vestida de andrajos companheira dos malogros moraisescondidos em linho e adamascados custosos. O festival do prazer termina, invariavelmente, em prlogo de desgraa. A direo por onde seguem os fceis conduz praa sem nome doremorso tardio. Numa das suas ltimas publicaes Darwin registrou que certa vez,embora enfermo e gasto, conseguiu contar ao microscpio mais de vinte milsementes de determinada planta. Fresnel, sem dar trgua ao cansao nem ao abatimento, identificou asondas luminosas como sendo vibraes transversais do ter. Boas depois de ingentes esforos conseguiu provar que a raa branca de todas a mais mesclada e em nada superior s demais, ensejando basespara melhor confraternizao entre os homens. Todos os construtores do pensamento e das idias que possibilitaramnovas conquistas atravs dos tempos vergaram, infatigveis, ao peso de milaflies silenciosas, vivendo sob rudes ansiedades, seguindo, no entanto, a
  • 7. 7direo da verdade que se empenhavam descobrir. No estacionaram ante os fracassos aparentes. No desanimaram ao defrontar asprrimas lutas. Muitos venderam tudo quanto possuam para no parar; outros perderamtudo para no desistir; diversos ofereceram at a sade para no interromperos labores; e um nmero sem conta doou a prpria vida, vtimas que foram dosprprios inventos mas, principalmente da ignorncia em vrias manifestaes,para no abandonarem a honra de investigar os melhores meios de resolver osproblemas do homem e do Universo para a felicidade do prprio homem. Prossegue na direo esprita. H pranto em volta de ti e choras tambm. Enxuga, no entanto, aslgrimas alheias e as prprias lgrimas usando o conhecimento esprita. A lio esprita ensina o porqu da aflio e o como sofr-la, oferecendo aluz do discernimento para agires com acerto e seguires com determinao. Na diretriz esprita aprendes que o egosmo, o orgulho, a sensualidadeso paixes que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos matria;que o homem que, j neste mundo, se desliga da matria, desprezando asfutilidades mundanas e amando o prximo, se avizinha da natureza espiritual;que cada um deve tornar-se til de acordo com as faculdades e os meios queDeus lhe ps nas mos para experiment-lo; que o Forte e o Poderoso devemamparo e proteo ao Fraco, porqanto transgride a lei de Deus aquele queabusa da fora e do poder para oprimir o seu semelhante. Ensinam, finalmente,que, no mundo dos Espritos nada podendo, estar oculto, o hipcrita serdesmascarado e patenteadas todas as suas torpezas; que a presenainevitvel, e de todos os instantes, daqueles para com quem houvemosprocedido mal Constitui um dos castigos que nos esto reservados; que aoestado de inferioridade e superioridade dos Espritos correspondem penas egozos desconhecidos na Terra. Mas, ensinam tambm (os Espritos) no haver faltas irremissveis, que aexpiao no possa apagar. Meio de consegu-lo encontra o homem nasdiferentes existncias que lhe permitem avanar, conformemente aos seusdesejos e esforos, na senda do progresso, para a perfeio, que o seudestino final; conforme definiu Allan Kardec sabiamente no seu resumo daDoutrina Esprita. (*) Avana, portanto, pautando a conduta na firmeza dos postuladosabraados, e se o caminho parecer spero, de difcil acesso, recorda Jesus nadireo do Bem inominado sofrendo todas as ingentes manifestaes daignorncia e da impiedade humanas sem desistir nem desanimar, para oferecer posteridade o cdigo de amor e justia inserto no Evangelho como meio deharmonia perfeita para o esprito em evoluo e que hoje reaparece ao teuentendimento na diretriz esprita por onde receias seguir.(*) O Livro dos Espritos Introduo 29 Edio FEB. (Nota da Autora espiritual).
  • 8. 8 2 DESLIZES OCULTOS 167. Qual o fim objetivado com a reencarnao? Expiao, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto,onde a justia? O LIVRO DOS ESPRITOS Punge-te o corao o sofrimento do hanseniano lacerado, comamputaes, carpindo rude expiao. Aflige-te o esprito o obsesso emparedado nos corredores escuros dodesalinho psquico. Angustia-te a sensibilidade o canceroso com prazo marcado nacontingncia carnal... Faz-te sofrer o cerceamento social imposto ao delinqente, que secomprometeu por infelicidade momentnea, arruinando outrem e a si mesmoinf e-licitando. Constrange-te a viso do deformado fsico, teratognico ou vtimacircunstancial de um desastre ou tragdia, que arrasta a runa orgnica, emviagem de longo curso. Suscita-te piedade o espetculo deprimente dos rfos ao desamparo edos velhinhos sem agassalho, exibindo a misria nas ruas do desconforto. Confrangem-te o peito os cados ao relento, que fizeram dos passeios eportais rsticos de ruelas escuras o grabato de dolorosas provaes. Di-te a pattica das mes vivas e esfaimadas e dos enfermos semmedicamentos ou, ainda, dos esquecidos pelo organismo social. Todos so passveis do teu melhor sentimento de amor e compuno. Ao fit-lo, recordas-te dos filhos do Calvrio e evocas, naturalmente,Jesus... Eles, porm, estes sofredores, esto em resgate, dependendo delesmesmos a felicidade para o amanh. J foram alcanados pelo invencvel poder da Lei Divina. Outros h que passam distribuindo simpatia e cordialidade, merecedores,no entanto, da mais profunda comiserao. Alguns tm o corpo jovem, e fazem dele mercadoria de preo varivel nainsegura balana das emoes negociveis. Muitos sorriem e so tiranos da famlia, que esmagam impiedosamente. Vrios so disputados nas altas rodas das comunidades e vivem do frutoinfeliz das drogas estupefacientes. Diversos mantm bordis e aliciam jovens levianos. Uns jogam na bolsa da usura e ludibriam coraes invigilantes earrebatados... Outros comercializam a honorabilidade do lar ou envilecem a dignidadedos ascendentes. Inmeros so agiotas corteses, conquanto inescrupulosos e cruis. Incontveis caluniam, amaldioam, apontam as falhas do prximo e,aparentemente, so justos, leais e bons. Alados alguns s posies invejveis das artes, da poltica, das religiesso mendazes e empedernidos, delicados por profisso e criminososdisfarados.
  • 9. 9 Uma infinidade destes, porm, ao nosso lado ou sob o nosso tetoparecem nobres e honrados, sadios e corretos, mas no so.. Aqueles, os em resgate, possivelmente encontram-se arrependidos, ou,sob o ltego da dor predispem-se s tarefas de recomeo feliz, mais tarde. Estes, como so ignorados pelas leis dos homens, desconhecidos dosmagistrados, prosseguem na carreira insidiosa da loucura que os arrasta meta do autocdio direto ou indireto. Ludibriando sempre, esquecem-se de si mesmos. No os esquecer, todavia, a Lei. O que fazem e como o fazem, o que pensam e contra quem pensaminscrevem-no, gravam-no no perisprito com rigorosa preciso, para depois... Todas as culpas ocultas se transformaro em feridas que clamaro pelotempo e espao medicamentos eficazes e dolorosos. Expoliadores dos bens divinos, experimentaro o fruto da falcia e dazombaria. Ouviram, sim, atravs dos tempos, os apelos da verdade e da vida. Conheceram e sabem qual a trilha da retido. Podem agir com acerto. Preferem, no entanto, assim. So os construtores do amanh. Ora e apiadas-te, meditando neles e nos seus crimes disfarados eocultos, para te acautelares. A queda e o erro, o ato infeliz e o compromisso negativo que os demaisignoram, todos podem conduzir em silencioso calvrio. necessrio, porm, oesforo para a reeducao da mente e a disciplina do esprito. Todas as vezes em que o Mestre ofereceu misericrdia e socorro aalgum no sublime desiderato do seu apostolado redentor, foi claro e severoquanto no continuidade no erro. Pensando nisso, dilata o amor aos sofredores, a piedade aos geradoresde sofrimentos, mas cuida de no te comprometeres com a retaguarda,porqanto amanh, diante da conscincia liberta, as tuas sombras sero osfantasmas a criarem problemas contigo ante a Lei Sublime do Excelso Amor.
  • 10. 10 3 NAS DORES E RUDES PROVAES 169. invarivel o nmero das encarnaes para todos osEspritos? No; aquele que caminha depressa, a muitas provas se forra.Todavia, as encarnaes sucessivas so sempre muito numerosas,porqanto o progresso quase infinito. O LIVRO DOS ESPRITOS Levanta o esprito combalido e avana na direo do bem que te convida felicidade. Quantos se demoraram no exame dos insucessos, recolhendo reproche ecoletando amarguras, esto na retaguarda, em dolorosas lamentaes. Aqueles que colocaram a lmina cortante da intriga e da suspeita nocorao, receosos de movimentos libertadores, continuam temerosos entre osque ficaram para trs. Todos os que fizeram libaes perigosas na taa do medo, encontram-senarcotizados, sem fora para reagirem contra o mal, para seguirem intimoratosna direo da verdade. Muitos que se ligaram hipnose perturbadora da impiedade, que medraem vigorosas mentes desencarnadas, acumpliciaram-se com as hordasselvagens do Alm-Tmulo, sucumbindo, inermes, sob tenazes rudes. O medo como o arrependimento so pio nefasto para a alma. Como a censura carro de cinza e lama, a tristeza e a taciturnidade sonimbos compactos ante o claro sol, dificultando a expanso da luz. No permitas que a nvoa do cansao ou a noite do desencanto povoem opas da tua alma com fantasmas que se desintegram ao contato da verdade. No os vitalizes, no os agasalhes. O cristo decidido est entregue a Jesus, nEle confia, a Ele se d. E se adificuldade teima em persegui-lo, como se tomasse corpo e movimento, ele searma com a orao e o amor, e avana. Se a desordem reina, ele faz-se o equilbrio de todos. Se a dor impera, ele a esperana de sade para todos. Se o desespero cresce ele o porto de segurana onde todos seencontram. Se o mal, em qualquer manifestao reponta, ele o bem emrepresentao atuante e vigorosa, ajudando e confiando sem temor nemcansao at o fim. No te deixes, portanto, abater, nunca. Lembra-te de que Jesus, podendoter vivido cercado de bajuladores e comparsas, guindado s altas esferas domundo entre prazeres e facias, no gozo ilusrio do imediatismo carnal,escolheu os recintos onde se demorava a dor, e para companheiros homenssimples e coraes problematizados, amigos atormentados e perseguidos,perseguido Ele mesmo, para logo depois de julgamento arbitrrio e crcerehumilhante, seguidos de ignominiosa crucificao e obscura morte, alar-se sexcelsas planuras da Imortalidade, vitorioso e sublime, continuando a esperarpor ns, pelos sculos sem-fim, nos infinitos caminhos do tempo.
  • 11. 11 4 NO S JUSTIA Todos os Espritos tendem para a perfeio e Deus lhes faculta osmeios de alcan-la, proporcionando-lhes as provaes da vida corporal.Sua justia, porm, lhes concede realizar, em novas existncias, o queno puderam fazer ou concluir numa primeira prova. O LIVRO DOS ESPRITOS (Comentrios de ALLAN KARDEC resposta 171). Vale de lgrimas! exclamam coraes em tormento. Regio de trevas e desespero! propem sofredores de diversosmatizes. Osis de gozo afirmam os doentes do prazer. Recanto de delcias esclarecem os fornicadores da loucura. Colnia de alegrias ao alcance da sagacidade expemcerebraes enrijecidas no mal. Punio, viver bradam uns. Vivamos e gozemos proclamam outros. Viver pagar alto tributo vida gritam alguns revoltados. Viver aproveitar o favor da oportunidade repitam os desassisados. A carne, como porta de renascimento, alta concesso da Divinidadepara a felicidade do esprito. A Terra abenoado educandrio onde se formam valores e se afirmamexpresses superiores para a Vida. Atados conceituao deficitria da unicidade da experincia carnal parao esprito, os discpulos de tal escola, contemplam, estarrecidos, a dor,formulando hipteses cruis, nas quais mentalizam a Justia Divina atravsdos recursos mesquinhos da arbitrariedade humana... Vinculados a um materialismo grotesco e revel, homens e mulheresdesnorteados, derivam no prazer, as apreenses que mantm quanto vida-alm-tmulo. Informados da pluralidade das experincias carnais, face ao sofrimento,h quem diga que a reencarnao justia, severa justia... No s justia mas misericrdia tambm. Alta e valiosa misericrdia significa o trnsito na carne, a recapitulaoentre novo bero e novo tmulo. Por natural evocao das paisagens da vida extra-fsica, todos guardamosnas telas mentais os sinais da imortalidade. Estes relutam e asfixiam as lembranas nos nimbos cerrados da rebeldia. Esses reagem e apagam as evocaes com a borracha da indiferena. Aqueles insistem na negativa e anulam as recordaes ante a teimice doprazer. Todos, no entanto, renascem assinalados pelos caracteres trazidos davida espiritual onde foi cultivada a aflio ou a ventura decorrente da jornadaprecedente... Agua os ouvidos e registrars vozes de ontem, falando hoje. Educa os olhos e enxergars companheiros que a morte no consumiunem aniquilou. Aprimore a mente e decifrars os enigmas do momento encontrando-lhes
  • 12. 12as chaves no pretrito. Recorda e sentirs que viveste, vives e vivers... Diante do arguto doutor do Sindrio, a serenidade e segurana de Jesusafirmaram: necessrio nascer de novo. E ante as interrogaes e dvidasque assomavam ao interlocutor, Ele exps: O vento sopra onde quer, ouves-lhe a voz, mas no sabes donde vem nem para onde vai. Assim o esprito...ensejando-nos a marcha da evoluo, o grande porvir hoje em comeo, atravsda Justia e da Divina Misericrdia tambm.
  • 13. 13 5 REVOLTA 192. a) Pode ao menos o homem na vida presente, preparar comsegurana, para si, uma existncia futura menos prenhe de amarguras? Sem dvida. Pode reduzir a extenso e as dificuldades do caminho.S o descuidoso permanece sempre no mesmo ponto. O LIVRO DOS ESPRITOS Indiscutivelmente, defrontas a revolta em toda a Terra, carregando uamscara de mil faces com que se apresenta, dominadora. Revolta da pobreza que no se pode adornar de ouro frio nas competiesinfrenes do luxo... Revolta da fortuna porque no pode conquistar o mundo, cavalgando asconscincias honradas... Revolta da vaidade que no logra sobrepor-se dignidade alheia... Revolta de quem no pode disseminar a perverso moral... Revolta daqueles que no souberam preservar a sade... Revolta de quantos tombaram nos testemunhos virtude, resvalando noslamaais do vicio... Revolta da ignorncia por no envenenar a cultura que lhe desvela acegueira... Revolta do mal por no dispor de recursos para instaurar a anarquia nomundo... Revolta da ambio dos que muito possuem e no esto satisfeitos,fazendo-se, eles mesmos, escravos do que ainda no tm, e revolta daambio dos que nada tm, atormentando-se, eles prprios, na grilheta da pos-se que ainda no lhes chegou s mos, olvidando, todos eles, oaproveitamento dos bens disponveis para a disseminao da alegria e dafelicidade nos coraes... Revolta dos que no tm f, atirando-se nos cipoais do desespero, longeda disposio de aprimoramento da alma, e revolta dos que receberam ochamado da f, mas no foram poupados aos necessrios resgates das velhasdvidas, comprometendo-se, ainda mais, nos espinheiros da reclamaoinjusta, em flagrante desrespeito s sbias Leis que regem a vida... H, porm, uma revolta mais lamentvel: aquela que surge nainconformao do homem esclarecido pela consoladora Doutrina de Cristo eque se embrutece na violncia do prazer ultrajante, porque no consegueimprimir aos caprichos soezes um cunho superior, esmagando na possequantos se negam a compactuar-lhe as fraquezas e indignidades, esquecidode que o caminho da paz pavimentado de renncia e humildade, embora aaflio que corri e gasta. Liberta-te da revolta de qualquer espcie e busca examinar, atravs doamor total, os recursos ao teu alcance, desdobrando esforos para a utilizaojusta do tempo e da dor, convertido em experincia primorosa, em favor da tuaintegrao nas tarefas a que te propes, a benefcio de ti mesmo, porque s odescuidoso permanece sempre no mesmo ponto.
  • 14. 14 6 MENTORES E TAREFAS 491. Qual a misso do Esprito protetor? A de um pai com relao aos filhos; a de guiar o seu protegido pelasenda do bem, auxili-lo com seus conselhos, consol-lo nas suasaflies, levantar-lhe o nimo nas provas da vida. O LIVRO DOS ESPRITOS O processo de transferncia de responsabilidade vigentes entre osencarnados, lentamente est sendo aplicado na Seara Esprita pela invigilnciados companheiros residentes na organizao fsica. Considerando os Instrutores Espirituais amigos devotados e incondicionaiscomo realmente o so, para estes pretendem relegar, por ignornciadoutrinria, as tarefas e realizaes que lhes dizem respeito, justificando talconduta com as referncias de amor. Amor para aqueles que assim pensam e agem significa servido; e justia,para eles, passa a ser conivncia com os seus erros. Convidados fidelidade aos postulados de f que afirmam abraar,mediante o testemunho pelo sofrimento, gritam pelos Amigos Espirituais,rogando libertao das dores. Diante de problemas que a serenidade e o discernimento podemsolucionar, exoram aos Benfeitores Desencarnados, a fim de que afastem ofardo. Incompreendidos nas atividades a que se dizem afervorados e fiis,clamam pelos Espritos Amorosos exigindo seja comprovada sua inocncia. Enfrentando dificuldades no lar, solicitam aos Inspiradores Espirituais queatendam a famlia, amenizando-lhes as provas domsticas. Empreguismo, melhoria de sorte, afetos, posies de destaque sopartes essenciais dos seus requerimentos aos Espritos Superiores, no sentidode receberem no Mundo Maior tais concesses, sem qualquer esforoaprecivel. E quando enfrentam o portal da vida verdadeira, aps a desencarnao,exigem a presena dos Espritos Felizes para os conduzirem s ExcelsasMercs... H diversos desses exploradores espirituais que se dizem beneficirioscontnuos dos Espritos Nobres, continuando, no entanto, asseveram, muitonecessitados de socorro e orientao. Esquecem-se de que os Instrutores Sublimes orientam e socorrem masno realizam as incumbncias que no lhes dizem respeito, mesmo quandofortes vnculos do amor estreitado em mltiplas reencarnaes, os ligam aosrequerentes. Sabem que evoluo tarefa individual intransfervel e que as DivinasLeis no registram artigos de protecionismo especial ou de condescendnciacriminosa a benefcio de uns e em detrimento de outros. No executam os Benfeitores Espirituais os compromissos dos seuspupilos, por conhecerem que o esprito ascende na jornada evolutiva,assinalado pelas condecoraes prprias, isto , as cicatrizes e os suores daexperincia. Sofrimento, dificuldade, limitao, doena so expresses de
  • 15. 15aprendizagem para o uso correto dos recursos malbaratados ontem aescassearem hoje. Ama, desse modo, os teus Protetores Espirituais e respeita-os. Faze a tua parte conscientemente. Apia-te na dignidade do dever e realiza quanto te seja possvel. Encarregados pelos Excelsos Representantes de Jesus Cristo, teusMentores Espirituais conhecem o programa dos teus compromissos e confiamno teu esforo, realizando a parte que lhes cabe desenvolver. Respeita-os, Mentores Venerveis que so, situados acima das questesque engendras e s a ti pertencem, orando ao Senhor nos instantes difceispara que a inspirao do trabalho que deves executar flua generosa deles a ti,em intercmbio refazente do qual retornes confiante e renovado. Joo Huss convidado ao doloroso testemunho, trado e malsinado, orouao Pai e deu-se Verdade sem restries, numa fogueira, aps o que, suascinzas foram atiradas sobre as guas do Reno... Joana dArc, acossada e perseguida, confiou nas Vozes e semsolicitaes inconcussas nem dbeis, entregou-se ao Socorro Divino, orando,enquanto as labaredas lhe devoravam as carnes.. Luclio Vanini, confiando na Proteo Superior, foi acusado e queimadovivo, por ateismo, tendo sofrido, antes da morte, a extirpao da lngua portenazes poderosas... E Allan Kardec, lutando contra adversrios impiedosos em ambos osplanos da vida, para fazer o legado da Mensagem Esprita posteridade,embora dirigido pelo Esprito Verdade no transferiu o dever assumido antesdo bero, entregando-se intemerato e incansvel ao labor at adesencarnao, como a informar que os Mentores Espirituais ajudam, inspirame socorrem, mas a tarefa a cada um compete executar.
  • 16. 16 7 ARMADURA DE SEGURANA 600. A prece torna melhor o homem? Sim, porqanto aquele que ora com fervor e confiana se faz maisforte contra as tentaes do mal e Deus lhe envia bons Espritos paraassist-lo. este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedidocom sinceridade. O LIVRO DOS ESPRITOS Quando o problema tomou propores alarmantes ao revs dedemandares a fonte augusta da prece, banhando o corao com a gua lustraldo equilbrio e da serenidade, hauridos na comunho com as EsferasElevadas, te deixaste arrastar por inexplicvel desespero que se fez pesomorto a complicar os movimentos da tua libertao. Murmuraste, enraivecido: Tudo de ruim me acontece! Acrescentaste azedamente: Onde o auxlio superior? Revidaste com mgoa: Sou esprita, mas tambm sou humano! Completaste revoltado: Assim no suporto. Deserto a qualquer hora! Gritaste, impelido pela insnia: Chega! demais! Para fazer o bem no necessrio perder a paz, sofrendo tanto!... Quando te candidataste tarefa crist com que o Espiritismo te acenavavitria espiritual sobre o pretrito culposo, sorriste em deslumbramento com amente em febre de justa emoo, iluminado por compreensvel alegria. Explicaste, confiante: A f ser minha lmpada na noite do testemunho. Esclareceste, empolgado: Saberei fazer jus confiana do Mestre.. Expuseste, deslumbrado: Agora encontrei o roteiro que me faltava. Elucidaste, jovial: Que o Senhor me honre com o trabalho e a luta naconstruo da Humanidade melhor! Concluste, fascinado: Porfiarei at o fim, haja o que houver! Se a morte chegar s minhas carnes, que ela me encontre de p nocampo!... Quando as palavras de renovao dos Amigos Espirituais atingem aacstica da tua alma, deixas-te arrastar pelos rios perfumados da emoo,deslizando no barco da esperana. O cu, no entanto, no se limita aqui ou ali com a terra interpenetram-se terra e cu. O entusiasmo dinamiza o esprito de luta mas s a maturidade favorece oesprito com os valores reais e necessrios luta. muito comum aguardarem os crentes desta ou daquela denominaoreligiosa que a Providncia Divina apresente solues facilitadas e respostasprontas para todas as questes. O Espiritismo, sendo a Doutrina resultante das experincias dosdesencarnadOS, no favorece a f acumpliciada com o ludbrio, no secompadece das promessas quimricas nem se apia no culto personalidade. No salva. No resolve problemas. No adia tarefas. Mostra a rota salvadora. Ensina diretrizes seguras.
  • 17. 17 Apresenta os impositivos da realizao. Favorece o crescimento espiritual. Produz responsabilidade e enseja libertao. Veste o discpulo com a armadura de segurana da dignidade real. Quando o problema vier... Quando a dor surpreender... Quando a incompreenso se estabelecer... Quando a enfermidade se instalar.. Quando a luta eclodir... Quando a soledade afligir... Quando... Quando forem convocado tarefa para a qual o Espiritismovem armando tua mente e teu corao com os instrumentos rutiLantes da ver-dade, unge-te de humildade, deixa que vibrem as altas harmonias doCristianismo em teu mundo ntimo, honrando-te com a oportunidade deexpressar a ti mesmo a excelncia do verbo crer, na atividade do ser, pelasenda do merecer. E insistindo sem cansao, porfiando sem desdia, vencerstrevas e conflitos, refugiando na orao porque, inspirado por Jesus, a Quemdeves buscar em todos os instantes da vida, a Ele que, h tanto tempo te tembuscado, paciente...
  • 18. 18 8 PREGUIA 682. Sendo uma necessidade para todo aquele que trabalha, orepouso no tambm uma lei da Natureza? Sem dvida. O repouso serve para a reparao das foras do corpoe tambm necessrio para dar um pouco mais de liberdade inteligncia, a fim de que se eleve acima da matria. O LIVRO DOS ESPRITOS Na sua primeira Epstola Igreja de Corinto, no captulo onze, versculotrinta, o Apstolo Paulo informa: ... h entre vs muitos fracos e doentes, emuitos que dormem. Em seu zelo incomparvel para com o Esprito, o Missionrio das Gentesse refere queles que no sabem portar-se ante a evocao da Ceia doSenhor... Todavia, em nos reportando aos que dormem, sugerimos algunscomentrios oportunos, em considerando as lides em que nos encontramosempenhados, tendo em vista a nossa redeno espiritual. O homem inteligente, que descobre atravs do Espiritismo os objetivosessenciais da reencarnao, fcilmente se liberta das superficialidades,aprofundando o interesse pessoal nas questes transcendentais, em que serenova e felicita. Aproveita ao mximo os tesouros tempo e oportunidade, valorizando oconhecimento pela sua bem dirigida aplicao. No se deixa engolfar pelas sedues que o amesquinham nem entesourapaixes que o degradam. Aprimora os sentimentos e cultiva a mente, a si mesmo permitindosomente os valores ponderveis e expressivos para a auto-realizao. Procura viver com respeito pela vida, exercitando equilbrio e sensatez. Sabe que uma jornada longa, na carne, uma honra e como aproveit-lasabiamente tarefa que lhe compete. Por anlise e deduo compreende que a desencarnao cedo, rarasexcees, punio que se aplicam antigos suicidas, cujos fluidosdegenerescentes gastam a harmonia das clulas, produzindo desajustesincontrolveis, que os perturbam alm-tmulo, pelos choques psquicos queadvm do renascer e logo desencarnar... Em verdade, na Terra, dorme-se em demasia. Dorme-se por necessidade de refazimento orgnico, dorme-se por no seter o que fazer, dorme-se por dormir... Uma expressiva maioria dos homens ditos civilizados, na caa deemoes brutalizantes, troca as noites pelos dias e, insensibilizados, dormem. Outros dormem sob hipnose vigorosa de mentes que intercambiam comsuas mentes, impossibilitando-lhes o estudo, a ateno, o trabalho... Dormem no lar, dormem em reunies de qualquer natureza, quandoedificantes e teis, dormem no transporte, dormem no trabalho. .. Hibernam-sepela compulsria obsessiva e, mesmo desencarnados permanecem em estadode sono com os centros da conscincia lesados. Enfermidades se desenvolvem facilmente quando a inrcia mental lhesconcede campo! Males se agravam naqueles que, tardos, no oferecem ressistncia s
  • 19. 19aflies que os visitam. Autocdios inconscientes se desenvolvem ignorados, nos que mantm acasa mental vazia de objetivos superiores. Amolentados, deixam-se arrastar pela preguia, e esta trabalha aindumentria que mata, por constrio, o corpo de qualquer ideal emdesenvolvimento e asfixia toda expresso de luta. O ttulo universitrio conferido sem mrito adorno ridculo. O instrumento que reluz, sem utilidade, torna-se incmodo. O esprito encarnado inoperante prejuzo na economia social. Desperta para a vida. Exercita mente e membros na ao. Luta contra os vapores entorpecenteS que te vencem a lucidez mental. Atua, diligente, onde estejas. Em todo lugar h oportunidades para quemgosta de trabalhar. O problema que muito se destaca na atualidade o da preguia. Empreguismo, fcilidade, repouso, amolentamento moral, prazer socondimentoS que temperam a preguia a funcionar qual ferrugem destruidoranas engrenagens do esprito, corroendo o homem. O cristo decidido, a exemplo do seu Mestre, atuante, adversrio naturale espontneo desse corrosivo odiento, no entanto, muito requestado e bemaceito. Quando sentires, sem motivos procedentes e reais, moleza eavassaladora necessidade de repouso demorado, desperta e produze. No durmas seno o necessrio. Vigia e ora. Jesus no Horto, hora do testemunho doloroso, mais de uma vez,encontrou-se a ss, apesar dos companheiros ao seu lado... dormindo. E como a desencarnao advir agora ou mais tarde, prefere partircansado ou extenuado produzindo para o bem, a partir radiante de sade eestuante de fora nos braos amolentados da preguia.
  • 20. 20 9 SERVE E CONFIA 784. Bastante grande a perversidade do homem. No parece que,pelo menos do ponto de vista moral, ele, em vez de avanar, caminha aosrecuos? Enganas-te. Observa bem o conjunto e vers que o homem seadianta, pois que melhor compreende o que mal, e vai dia-a-diareprimindo os abusos. Faz-se mister que o mal chegue ao excesso, paratornar compreensvel a necessidade do bem e das reformas:O LIVRO DOS ESPRITOS Alma que sofre, olha a terra encharcada e ferida, coberta de rvoresquebradas e banhada pelas guas dos rios transbordantes! Aqui e ali a destruio e o lamaal assinalam a passagem terrvel datormenta desenfreada. Contempla o jardim despedaado pelo granizo e o vento, deixando floresmortas no cho e razes acima do solo. Fita as guas lodosas dos rios cheios conduzindo destroos e morte.. A devastao passou abraada runa e a vida periclita em derredor. No entanto, no dia seguinte, brilha o sol generoso. Osculando tudo,indistintamente, leva a toda a parte a bno da esperana e do refazimento. Confiante, o homem resolve cooperar com a mensagem de mais alto.Abre valas, desvia os cursos dgua, revolve a terra, retifica a vegetaodestroada e semeia na gleba mida. O tempo se encarrega de devolver a esse homem resoluto a beleza dapaisagem, a bno do gro e o doce aroma das flores espalhado no ar... E osol compassivo segue adiante. Vai mais alm, alma em sofrimento, e fita a terra ressequida, o cho feridopelas setas douradas do sol, os rios em p, nem gua nem lama, a vegetaocrestada e a vida a morrer... A seca impiedosa tudo destruiu. Todavia, subitamente, carreadas por ventos bons, nuvens andantesentornam suas nforas cheias, cobrindo de umidade e vida a terra torturada. O homem, animado pelo auxlio inesperado, corre ao cho e o afaga comos instrumentos de amanho, sendo felicitado, depois, com o verde dos campose o ouro das espigas, contemplando as fontes cantantes a sombra doarvoredo... E o sol compassivo segue adiante. Enxuga, ento, tuas lgrimas de agora. Se a tormenta hoje te inunda o corao, desfazendo o jardim dos teussonhos ou alagando com as lgrimas da inquietao o teu pomar de fantasias,aguarda o Sol generoso, doador de bnos, serve e confia, semeando aesperana no prprio corao. Se a ingratido queimou o frescor da tua alegria e a injustia secou o teurio de confiana na vida, serve ainda mais e mais confia nas abenoadasnuvens portadoras da abundncia da felicidade. Quando chegarem, renovaroteus celeiros com os sadios gros da serenidade e da paz. Cala todas as dores para que a cortina lqida do pranto no obnubile aviso azul dos cus que te mandaro o socorro em mensagens de luminosoalento.
  • 21. 21 Hoje significa o teu momento de semear, sejam quais forem as condies. Deixa ao futuro aquilo que o presente ainda no pode resolver e, semdesfalecimento, serve e confia, observando que o homem se adianta, pois quemelhor compreende o que mal, e vai dia a dia reprimindo os abusos,inspirado, esse homem em crescimento, que te observa a conduta esprita ecrist, nos teus salutares exemplos de f e servio.
  • 22. 22 10 AUTO-DOAO 893. Qual a mais meritria de todas as virtudes? Toda virtude tem seu mrito prprio porque todas indicamprogresso na senda do bem. H virtude sempre que h resistnciavoluntria ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude,porm, est no sacrifcio do interesse pessoal, pelo bem do prximo, sempensamento oculto. A mais meritria a que assenta na mais desinte-ressada caridade.O LIVRO DOS ESPRITOS Aprende a doar-te, se desejas atingir a prtica legtima do Evangelho. Pregador que se ala tribuna dourada, derramando conceitos brilhantesmas no se gasta nos labores que prope apenas mquina de falar,inconsciente e inconseqente. O verdadeiro aprendiz da Boa Nova est sempre a postos. Se convidado a dar algo, abre a bolsa humilde, e, recordando-se daparbola da viva pobre, oferta o seu bulo sem constrangimento. Se chamado a dar-se, empenha-se no trabalho, gastando-se em amor,consumindo as energias recordando o Mestre na carpintaria nobre. H muita gente nas fileiras do Cristianismo que ensina com fcilidade,utilizando linguagem escorreita, falando ou escrevendo, mas logo que convocada a dar ou doar-se recua apressadamente ferida no amor prprio. Prefere as posies superiores de mando, distante das honrosassituaes do servio. Pode ser comparada a parasitas em alta posio na rvore de que senutrem, inteis. Em comezinhos exemplos, encontrars, no quotidiano, o ajudar-gastando-se. A pedra que afia a lmina, consome-se no mister. A grafite que escreve, desaparece enquanto registra. O sabo que higieniza, dissolve-se, atendendo ao objetivo. Em razo disso, no receies sofrer nas tarefas a que te propes. So os maus que te necessitam. Os enfermos te aguardam e os infelizesconfiam em ti. Pede a ti mesmo, algo por ele, e embora o teu verbo no tenha calor nema tua pena seja portadora da fraseologia retumbante, haver sempre muitabeleza em teus atos e muita bondade em teus gestos quando dirigidos quelespara quem, afinal, a Boa Nova est no mundo, recordando que Jesus, apscada pregao sublime, dava-se a si mesmo para a felicidade geral. A estes oferecia a palavra de alento e paz. queles ministrava, compassivo, lies de vida e gestos de amor. A uns abria os olhos fechados ou os ouvidos moucos. A outros lavava as mazelas em forma de pstulas ou recuperava a paz,afastando os Espritos infelizes. E a todos se doava, sem cessar, cantando a Boa Nova e vivendo-a entreos sofredores at a Cruz, que transformou em ponte de luz na direo da VidaImperecvel.
  • 23. 23 11 OBSIDIADOS 972. Como procedem os maus Espritos para tentar os outrosEspritos, no podendo jogar com as paixes? As paixes no existem materialmente, mas existem nopensamento dos Espritos atrasados. Os maus do pasto a essespensamentos, conduzindo suas vtimas aos lugares onde se lhes ofereao espetculo daquelas paixes e de tudo que as possa excitar. O LIVRO DOS ESPRITOS Jornadeiam sob dramas angustiantes que vivem mentalmente. O pensamento dirigido por lembranas vigorosas do passado noconsegue romper os laos que o vincula rememorao continuada. Atormentados em sinistros ddalos ntimos, desfazem a mscara daaparncia sob qualquer impacto emocional. Irritadios, vivem desgovernados. Traumatizados, so sonmbulos em plena inconscincia da realidade. Trnsfugas, no conseguem fugir aos cenrios de sombras onderesidem psiquicamente. Refletem nas atitudes o prprio desgoverno e sofrem aflies queprocuram ocultar, amedrontados. A maioria esconde o pavor por detrs da aspereza em que seenclausura. Uns enxergam os adversrios do mundo ntimo em todos os que os cercam. Outros ouvem em todas as expresses verbais o sarcasmo de que so vtimas incessantes. Transitam, atordoados, monologando ou travando dilogos de vil hostilidade. Nos painis da tua mente muitas outras mentes procuram refgio, constrangendo-te ao recuo. Falam contigo, procurando recordar-te... Apresentam-se hora do parcial desprendimento pelo sono, tentando imprimir nos centros sensveis os seus espectros em cujas fceis a dor e a revolta se refletem. Atropelam-te, imiscuindo-se nas tarefas que te dizem respeito e interferindo mesmo em questes insignificantes do dia-a-dia. Inspiram-te sombrias maquinaes. Transmitem sugestes malvolas. Zombam da tua resistncia. Assediam a tua casa psquica. Tambm eles, os outros companheiros do envoltrio carnal, igualmente sofrem a compresso desses desencarnados em estado pestilencial do dio. Como tu, tambm lutam tenazmente. Alguns j se renderam, deixando-se arrastar submissos. Diversos esto recorrendo aos estupefacientes a fim de fugirem,caindo, logo depois, indefesos, nas ciladas bem urdidas em que se demoramhipnotizados. Muitos buscam a ao dos eletrochoques e da insulina e repousam
  • 24. 24apagados sem recobrarem, logo mais, a paz, voltando s evocaes logocessam os efeitos psicoterpicos de um ou de outro. E h os que procuram em vo, na infncia, as causas de suas aflies,deixando-se analisar... Ignoram, todos eles, as causas transcendentes dos sofrimentos, aanterioridade das obsesses. Com todo o respeito que nos merecem os mtodos da Cincia e asmodernas doutrinas psicolgicas, associa a prece e o passe s demaisteraputicas de que te serves. Faze da prece um lenitivo constante e do passe um medicamentorefazente. Renova a mente com o recurso valioso da caridade fraternal. Sai da cela pessoal e visita outros encarcerados, trabalhando por eles,socorrendo-os, se estiverem em situao mais grave e danosa. Insculpe no pensamento as asas da esperana e ala a mente sRegies da Luz, assimilando o hlito divino espalhado em toda a parte. Sentirs estmulo para lutar e ajudars, atravs das atitudes derenovao, os prprios perseguidores desencarnados. Ora por eles, os teus sicrios. Serve-te do passe evanglico e procura assimilar as energias que tesero transmitidas. Mas, sobretudo, faze o bem, ajuda sem cessar, harmoniza-te e tem pa-cincia. O tempo um benfeitor annimo. Diante de obsessores e obsidiados o Excelso Psiclogo manteve semprea mesma atitude: amor pelo enfermo na carne e piedade pelo enfermodesencarnado, libertando um e outro com o beneplcito da sua misericrdia eos conclamando. a realizarem a tarefa de renovao pelo trabalho, emincessante culto ao perdo pelo amor, em cujas pginas se inscrevem a paz ea felicidade sem jaa.
  • 25. 25 12 MEDICAMENTO EFICAZ Ora, o Espiritismo, que entende com as mais graves questes defilosofia, com todos os ramos da ordem social, que abrange tanto ohomem fsico quanto o homem moral, , em si mesmo, uma cincia, umafilosofia, que j no podem ser aprendidas em algumas horas, comonenhuma outra cincia.O LIVRO DOS MDIUNS 1 parte, Captulo 2 Item 13. Desde que o claro estelar do Espiritismo norteia tua vida, abrindoclareiras luminosas no matagal por onde avanas, em plena vilegiatura carnal,ama aos espritos rduos que te seguem em ps, na intimidade do ninhodomstico ou em volta das tuas relaes. O obsessor ultriz, que zurze o aoite da impiedade, quando no alm, ao sereemboscar no invlucro de cinza e lama, que se torna matria, no modifica aestrutura do prprio carter. Impulsionado pela Lei ao renascimento junto ao teu corao, essecobrador insacivel a tua vtima dantanho, exigindo-te humildade e resgate. Amarga as tuas horas; inutiliza os teus melhores planejamentos; inquietaos teus momentos de paz; sombreia o sorriso nos teus lbios antes queirrompa; avinagra o sabor dos teus sonhos; impiedoso, fiscal e cobrador queno cessa de exigir. Se o encontrasses no santurio medinico certamente terias comiseraoe piedade, oferecendo-lhe o perdo de que tem necessidade, em bagatelas deentendimento fraternal. Faze de conta que o corpo de que ele se utiliza, oferece uma psicofoniaatormentada de longo curso. Doutrina-o com o silncio da resoluo firme. Esclarece-o com o verbo eloqente da pacincia. Ilumina-o com a claridade da tua f regeneradora. Tudo isso podes fazer, porque a Doutrina Esprita te ensinou, desdeontem, que irrompeste de um passado sombrio para a madrugada imortalistade bnos. A eternidade por que anseias, sem passado e sem futuro, no entanto, vigeno teu corao em cada instante, anulando as sombras e estuando declaridades. O clan Jlia, em Roma, a famlia Mdicis, em Florena, as casas Tudors eStuarts, na Gr-Bretanha e o poderio dos Bourbons, em Frana, fizeram histria um legado de obsesses tormentosas, em famlia. Ascendentes perseguidos renasceram nas carnes de descendentesperseguidores. E em todos eles como em outros tantos, parentes pela consanginidade ecolaterais estiveram no crculo vicioso e estreito de obsesses irreversveis ecalamitosas. Ignoravam todos esses infelizes o sublime roteiro do Espiritismo cristo. Eainda hoje como h pouco, famlias e famlias esto enleadas nas obsessesdevastadoras em que se extingem para recomear, rastreando dios; vinditash que se consomem em loucuras e aniquilamentos recprocos, porque nodispem da Mensagem Espiritista, esse claro estelar, que consubstancializa a
  • 26. 26verdade, na noite de sombras da conscincia pervertida. Tu tens, porm, no Espiritismo que restaura o Cristianismo na suapujana inicial O Livro dos Espritos e o Livro dos Mdiuns essesmedicamentOS eficazes para todas as enfermidades do esprito e do corpo, jque aflies tm as suas nascentes no imo do esprito imortal. O Livro Esprita que te liberta da ignorncia e da superstio o amigoincondicional da tua lucidez, oferecendo-te po e lume, agasalho e remdiopara as horas difceis de provana da tua jornada atual. Como o amor, segundo preceituou Jesus, a alma da vida e a caridade a vida da alma, os Espritos Sublimes que vieram corporificar a mensagemcrist na Terra, para a redeno da Humanidade, foram explcitos: o estudo olibertador do homem, no cadinho difcil das reencarnaes dolorosas,porqanto o conhecimento d-lhes armas para se librarem acima de todo o male viverem todo o amor nas trilhas santificantes da caridade com Jesus.
  • 27. 27 13 COM DIGNIDADE O verdadeiro esprita jamais deixar de fazer o bem. Lenir coraesaflitos, consolar, acalmar desesperos, operar reformas morais, essa a suamisso. nisso tambem que encontrar satisfao real.O LIVRO DOS MDIUNS 1 parte, Captulo 3 Item 30. Queixosos expelem, interminveis, o amargor das aflies,cultivando-as, no entanto, prazerosamente. Conhecem os meios de libertaodo sofrimento e se afervoram insnia. Pessimistas espalham fartamente a indigncia moral a que se apegam,embora saibam que a esperana agasalhada no imo lhes concederiatranqilidade. Enfermos insistem na descrio dos males a que se vinculam, apesar deidentificarem nominalmente os antdotos para as mazelas que descrevem. Viciados lamentam a prpria sina, enquanto se firmam nos propsitosda auto-piedade sem o menor esforo pela recuperao deles mesmos. Sabem dos mtodos curadores mas prosseguem inveterados. Inquietos comentam a instabilidade emocional de que so vtimas,solicitando excusas, todavia perseveram na sementeira da irresponsabilidadecomo se ignorassem os males que praticam. Mendigos da piedade exibem chagas imaginrias e enredam-se emproblemas que esto longe de possuir. Entretanto, podendo seguir a rota daao enobrecedora, insistem no crculo estreito da infelicidade que engendram. Outros mais, acalentando viciaes mentais diversas formam a caravanados cmodos da realizao superior, aguardando comiserao e socorro que,no entanto, se negam a aceitar. Solicitam auxlio dos outros e possuem em si mesmos os recursosnecessrios para o equilbrio. Desejam cooperao sem a idia de oferecer pelo menos receptividade. Pedem e no doam sequer a quota mnima de esperana. So os que aprenderam felicidade pelas vias tormentosas da fraude. Preferem o parasitismo. Agradam-se em viver assim, vtimas hipotticas da vida e da Lei Divina,herdeiros, porm, da preguia que elegem como nubente ideal. Esto sempre contra, do outro lado, revoltados, quando a migalha dacompaixo real de algum ou da falsa piedade geral no lhes chega arca dainsatisfao. Acautela-te! Junto a ele ajuda em silncio, sem perda de tempo. Convivendo ao lado deles, ora em silncio para no te identificares com asua vibrao. Fazendo o exame de conscincia habitual, corrige as disposies mentaisquando amolentadas para te no incorporares malta deles. Confunde-se amor, a todo instante, com sentimentalismo injustificvel epretende-se que o Evangelho, apresentando o amor como o excelente filo davida, seja um valhacouto de caracteres irresponsveis e espritos fceis. Se assim fosse, seria o mesmo que transformar a ordem do Universo,em nome do amor ao capricho dos tbios e dos parvos.
  • 28. 28 Em passagem alguma da Boa Nova, encontramos o Rabi na usana dafalsa piedade ou na acomodao com a indolncia. Construtor do Orbe, no pode ser considerado um incipiente. Administrador da Terra, no poderia ser confundido com um acolhedorde nscios. Foi, por excelncia, a ao dinmica. De atitudes firmes e carter diamantino em hora alguma se manifestoucomo um fraco ou fez a apologia da cobardia. Se proferiu a morte, f-lo pelo herosmo de no chafurdar as coisaselevadas do esprito indmito com as dissipaes do corpo frgil. Se se deixou conduzir a um julgamento arbitrrio, f-lo para nopostergar os direitos de exemplificar o valor da verdade, passando-os a mosacumpliciadas com a criminalidade. Se permitiu docilmente a traio de um amigo, teve em mente lecionarvigilncia, orao e dignidade, prescrevendo, em silncio, que sublimao tarefa pessoal, intransfervel. Se conviveu com a gente dita de m vida ensinou, atravs disso, que asaparncias fsicas no refletem as realidades bsicas da existncia. E em todo instante foi forte: na multido, em soledade; no aparente triunfo,no abandono aparente; pregando a esperana, sorvendo o vinagre e o fel; noinstante supremo, na ressurreio insupervel. A mensagem que nos legou, ofertou-no-la vibrante, estica. O Evangelho repositrio de fora, vitalidade, vida. Vazado em termos demeiguice mudou a rota dos tempos. Desvelado, agora, pelos Espritos Imortais, modificar a face do Orbe. Reconhece-se o verdadeiro esprita disse Allan Kardec pela suatransformao moral, pelos esforos que emprega para domar suas inclinaesmas Imanado ao esprito do Espiritismo que te liberta da ignorncia e dassombras, elevando o padro moral da tua vida, preserva-o dos que o utilizamcom chocarrice e deles se servem como arrimo para esconderem as misriasespirituais em que se comprazem. De referncia ao amor, no ds lugar zombaria e no zombes, noagasalhes superties nem permitas paralelsmos deprimentes, no teconcedas leviandades nem perfilhes dissipaes alheias, subestimando esseConsolador que enxuga suores e lgrimas mas que, acima de tudo prescrevedignidade na luta, inspirada no Heri da Ao Incessante, como normativasegura para a construo de um Mundo Melhor e de uma humanidade ditosa.
  • 29. 29 14 COMPROMISSO SIGNIFICATIVO Por essa meditao dos nossos ensinos que conhecemos osespritas verdadeiramente srios. No podemos dar esse nome aos quena realidade, no passam de amadores de comunicaes. O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte, Captulo 17 Item 220 (5) Quando as provaes se fizerem mais rudes, escasseando nos celeirosntimos a coragem e a esperana, buscaste o Espiritismo para haurir foranova e descobriste tesouros de abenoada renovao que te felicitaram oesprito. Respostas que tardavam, chegaram facilmente, eqacionando problemasaparentemente insolveis. Tranqilidade espontnea dominou os painis da tua mente sobrepujandoalienaes injustificveis, que te ameaavam a integridade mental. Alegria pura e simples substituiu os deprimentes estados emocionais quesombreavam as alamedas do pensamento angustiado. Vitalidade desconhecida retemperou-te o nimo fazendo-te crer numretorno da juventude. Ignotas promessas de felicidade enfloresceram naturais, na esfera dastuas aspiraes apagando as densas trevas do pessimismo que te dominava.. Fraternidade jamais experimentada derramou o licor da afeio singelaem volta dos teus sentimentos, franqueando o teu crculo de operaes comamigos, ontem escassos. Trabalho agradvel e beneficente favoreceu tuas horas preenchendo aslacunas do tdio, que te asfixiava em gases letais. Planos edificantes comearam a corporificar-se no teu setor de atividadeshumanas e sociais... Subitamente, porm, as dores voltaram, recrudesceram as dificuldades. Sitiado pela incompreenso de alguns poucos amigos novos e afligidopelos resgates do pretrito, que ressumbram agora, inadiveis, contemplas odesmoronar do quanto arquitetaste. Desejavas que as primeiras impresses do contato com a f esprita nose desfizessem... Tudo seguia em ritmo animador. O sorriso era comensal dos teus lbios e a esperana se hospedara noteu corao. Agora sentes novo desencanto. O Espiritismo longe de destinar-se a criar uma classe de diletantes daalegria tem como objetivo moral a reforma ntima do homem. Toda reforma moral implica em esforo titnico e luta demorada. Os espritas, por isso mesmo, no so melhores nem piores do que osoutros homens. So espritos em provas. O conhecimento do Espiritismo no cria o favoritismo personalista,anulando o valor de cada esprito em crescimento na esfera de ao a que seafervora. Ultrapassada a fase inicial do conhecimento doutrinrio, o Espiritismo,lenindo as ulceraes do candidato s suas fileiras explica a funo benficado sofrimento e as razes fundamentais da reencarnao.
  • 30. 30 Confere, igualmente madureza ao esprito, e, semelhana de pedagogoeficiente, conduz o aprendiz pelas diversas classes do educandrio evolutivo,inspirando-o, lecionando sabedoria e Vivncia crist. Retifica o estado de nimo em que te encontras. Corrige o raciocnio e reflete com calma. Ponderao medida diretiva em qualquer ensejo. Transferir para os outros as deficincias que nos tisnam os propsitos dealevantamento representa fuga espetacular ao dever com justificativas semfunmento. Aquele que travou contato com as lies do Espiritismo no tem o direitode exigir dos outros nem mesmo o de que capaz. Compete-lhe melhorarsempre, ajudando sempre. O repasto espiritista de qualidade superior, e, pois, com o devidorespeito, deve ser servido para uma assimilao perfeita. Mergulha o pensamento e o corao nas lies do Espiritismo libertadore, embora usando a canga necessria para o pagamento dos velhos dbitos,afervora-te na Continuidade do trabalho a que te ligaste, nele encontrando ocadinho purificador. O Espiritismo compromisso significativo que se assume ante a prpriaConscincia. Recorda que Jesus, em aceitando a oferenda da mulher obsidiada, quebuscava renovao, exortou-a ao amor incessante, advertindo-a, no entanto,para que no voltasse a pecar, a fim de que a mensagem que se emboscavano seu atribulado esprito fulgurasse como luzeiro sublime por onde seguisse,junto a quem estivesse, atestando a excelncia do compromisso com a fsantificante.
  • 31. 31 15 GLRIAS E MEDIUNIDADE No creias que a faculdade medinica seja dada somente paracorreo de uma, ou duas pessoas, no. O objetivo mais alto: trata-seda Humanidade. Um mdium um instrumento pouqussimo importante,como indivduo.O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte, Captulo 20 Item 226 (5.a). Desde tempos imemoriais a competio vem oferecendo aos triunfadoresa coroa de glria com que estes se destacam na comunidade. Glrias da dominao violenta glria do poder exagerado. Glrias que se manifestam como bafo venenoso de orgulho desmedido,adornadas de branzes reluzentes, medalhas vistosas e condecoraespomposas. Glrias que nascem em rios de sangue e glrias que surgem nosespinheiros da calnia. Glrias pela posse que se aprisiona em cofres mortos onde a usura seenfurna acompanhada pela insensatez. Glrias da perversidade e do crime que permanecem ocultos sobmscaras afiveladas a faces carcomidas pela enfermidade moral. Glrias do aplauso popular, transitrio e enganador, e glrias do destaquesocial que emurchece sob o sorriso da iluso. As Academias oferecem as glrias que se cristalizam na prepotncia dacultura e na dominao da inteligncia. Os estdios glorificam os seus heris de um dia. Glrias e triunfos em todo lugar. Lauris aos que sistematizam diretrizes para a vida nos concertos sociaise triunfos que guardam suas vozes no silncio cruel das preocupaes sempalavras. Sucessos que, no entanto, no seguem alm do tmulo. O cristo no desfruta dos prmios e das glrias imediatas. Servo doCristo, no seu Modelo e Guia v a mais alta expresso do servio que lhe caberealizar. Se te candidatas mediunidade, no servio com Jesus, renuncia aquaisquer glrias ou aos enganosos florilgios da existncia, porquejornadears pela senda de espinhos, ps sangrando e mos feridas, coraoazorragado, sem ouvidos que escutem e entendam os teus apelos mudos... Solido e abandono muitas vezes para que o exerccio do dever enfloreao amor no teu corao em favor dos abandonados e solitrios. Apostolado de silncio, culto do dever, auto-conhecimento eis ocaminho da glria medinica, atravs de cuja senda encontrars, no pas daalma encarnada, os sentimentos puros que te oferecero os filtros para oregistro da Mensagem de vida eterna, com que o Mestre Divino, de braosabertos, traduzir aos teus ouvidos a glria da conscincia reta, consoante oensino do Apstolo dos Gentios na 2 Epstola aos Gentios, Captulo 1 eversculo 12.
  • 32. 32 16 NA SEARA MEDINICA Todas as imperfeies morais so tantas portas abertas ao acessodos maus Espritos. A quem, porm, eles exploram com mais habilidade o orgulho, porque a que a criatura menos confessa a si mesma. Oorgulho tem pedido muitos mdius dotados das mais belas faculdades eque, se no fora essa imperfeio, teriam podido tornar-se instrumentosnotveis e muito teis, ao passo que presas de Espritos mentirosos,suas faculdades, depois de se haverem pervertido, aniquilaram-se e maisde um se viu humilhado por amarssimas decepes.O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte, Captulo 20 Item 228. Sim, gostarias de contribuir. Almejas cooperar na seara dos mdiuns e com satisfao nomeias osdons de que eles so investidos. Este v as Entidades anglicas e deslumbra-se com a percepo visualdilatada. Esse ouve as mensagens transcendentes e renova-se para as tarefasdifceis da existncia. Essoutro incorpora Instrutores lcidos e transforma a boca em instrumentosublime de orientao e consolo. Aquele escreve em circunstncias especiais, e as mos se convertem emraios de luz a esparzirem pginas sublimes. Aqueloutro aplica recursos magnticos e a sade escorre pelos seusdedos revigorando a todos. Outro mais, inspirado pelas Altas-Potestades, injeta alento novo noscoraes, traando roteiros abenoados para o mundo. Mais outro e outros tantos materializam, levitam, desdobram-se, realizamintervenes cirrgicas em pleno transe, construindo a f nos coraes. Assim pensas, assim crs. Mas no so exatas as tuas concluses. Muitos beneficirios da mediunidade desertam da seara do dever. Mediunidade no apenas campo experimental com laboratrio defrmulas mgicas. solo de servio edificante tendo por base de trabalho osacrifcio e a renncia pessoal. Mdiuns prodgios sempre os houve na Humanidade. Tambm passaraminteis como aves de bela plumagem que o tempo destruiu e desconsiderou. Com o Espiritismo, que fez renascer o Cristianismo puro, somosinformados da mediunidade-servio-santificante e com essa bnodescobrimos a honra de ajudar. No te empolgues apenas com as notcias dos Mundos Felizes. H muita dor em volta de ti, e at atingires as Esferas Sublimes h muitoque fazer. Almas doentes em ambos os planos enxameiam em volta damediunidade. Dedicando-te seara medinica no esqueas de que todos os comeosso difceis e de que a viso colorida e bela somente surge em toda a suagrandeza aos olhos que se acostumaram s paisagens aflitivas onde osofrimento fez morada...
  • 33. 33 Para que os Mentores Espirituais possam utilizar-te mais firmemente faz-se necessrio conhecer tua capacidade de servio em favor dos semelhantes. Antes de pretenderes ser instrumento dos desencarnados acostuma-te aser portador da luz clara da esperana onde estejas e com quem estejas, paraque ela em se apagando no teu archote no se faa sombra na sombra.
  • 34. 34 17 OBSESSORES A obsesso apresenta caracteres diversos, que preciso distinguire que resultam do grau do constrangimento e da natureza dos efeitos queproduz. A palavra obsesso , de certo modo, um termo genrico, peloqual se designa esta espcie de fenmeno, cujas principais variedadesso: a obsesso simples, a fascinao e a subjugao.O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte, Captulo 23 tem 237. Efetivamente h muitos tipos de obsessores, inumerveis formas deobsesso. No somente pela constrio violenta de um desencarnado sobre outroencarnado. No apenas provocada pelos habitantes da Erraticidade. Obsessor, em bom vernculo, todo aquele que causa obsesso, queperturba, que inquieta. O amor pervertido obsessor impiedoso. A maledicncia contumaz corrosivo aniquilante. O egosmo vigoroso verdugo cruel. A impiedade treda inimigo fementido. O despotismo inexorvel companheiro da loucura. A revolta permanente sequaz da morte. O dio ominoso prcito infeliz. A avareza mesquinha algoz hrrido. O vcio de qualquer natureza comparsa meftico. A fraqueza moral vassalo da destruio Obsesso por dinheiro. Fascinao pelo sexo. Subjugao ao prazer. Loucura pela posse. Muitos pensamentos cruzam o ter, na esfera dos homens,estabelecendo contato entre pessoas encarnadas em processos de terrvelobsesso. Idias fixas que ressumbram dos escaninhos da conscincia culpada deontem supliciam e azorragam, enredando outros comensais do sofrimento emconluios nefandos, de libertao problemtica. Permutas psquicas em forma de viciao do vida a larvas e formasmentais lamentveis que intercambiam alimentadas por ondas-pensamentopoderosas... E alm destas, as obsesses geradas pelos espritos desnudados dacarne, aumentam os problemas afligentes que fazem parte da agenda doshomens, dando largas alienao que campeia desenfreada. H, no entanto, na Doutrina Esprita, antdotos valiosos para quaisquermodalidades obsessivas, para todos os obsessores. Ao apelo do Cristo, o discpulo encontra as armas necessrias paraenfrentar os embates da via redentora. A prece armadura indestrutvel. O amor desinteressado nas suas manifestaes fraternas converte osbraos em asas da caridade para o vo aos Cimos da Vida.
  • 35. 35 A pacincia oferece medicamento eficaz. E o conhecimento das verdades espirituais ensej a robustez de nimo ef, conduta ilibada e renovao para o bem, que servem de base sade e aocomportamento cristo e salvador. Exemplifica, pois, sempre e a cada instante, o conhecimento esprita, queborda o teu esprito de alegrias ante as alvssaras da felicidade perfeita. Espiritismo tambm tratado de sublimao do Esprito. Modesto ato de humildade projeta luz estelar nas sombras de mentesentenebrecidas que te espreitam. Singelo gesto de amor representa baga de esperana aos que tm fomede compreenso. No menosprezes as migalhas crists que so exrdios do teu futurocabedal de aes santificantes. Minsculo plen agente da vida. Humilde gota de essncia esparze aroma em derredor. Se pretendes a montanha altaneira comea a ascenso pela base,acostumando-te lentamente s alturas. Escuta a voz do sofrimento nos coraes alheios e no negues a tuaescudela de bondade cheia de entendimento. O Mestre, antes de alar-se glria estelar, lecionou, utilizando um grode mostarda, uma insignificante moeda, uma figueira estril, uma ovelhadesgarrada... Escutou, paciente, os problemas corriqueiros que afligiam o povoe revelou-lhes teraputica precisa para os diversos males... Verberou,inconcusso, os abusos de toda natureza e o crime, no entanto, sempremagnnimo, no separou a cordura da energia nem a bondade do amor. Sbioe humilde silenciou no Pretrio a prpria defesa, todavia erguera muitas vezesa voz para instruir o fraco e oprimido, clareando as mentes e os coraes coma luz dos seus ensinos libertadores de obsesso e obsessores, fazendo-nos oprecioso legado de uma Doutrina de ao sem florilgios verbais ou inflamadaretrica vazia...
  • 36. 36 18 SINCERIDADE Alis, no de bom aviso atacar bruscamente os preconceitos.Esse o melhor meio de no se ser ouvido. Por essa razo que osEspritos muitas vezes falam no sentido da opinio dos que os ouvem: para o trazer pouco a pouco verdade. Apropriam na linguagem spessoas, como tu mesmo fars, se fores um orador mais ou menoshbil.O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte, Captulo 27 Item 301 (3) Em nome da verdade no apliques a palavra contundente sobre afraqueza daqueles que caminham desequilibrados ao teu lado. A pretexto de servir causa do Bem no derrames espinhos pela sendaonde segue teu prximo, tentando, dessa forma, ser coerente com as prpriasconvices. Falando em nome do ideal que esposas, evita a exposio petulante dosconhecimentos que um dia te conferiram; apresenta-os aos ouvintes com asimplicidade que agrada e sem a pretenso de emitires o ltimo conceito. Justificando a tua maneira sadia de viver, no te faas desagradvelcompanhia, usando, indiscriminadamente, a palavra ferinte e o argumentointolerante, a expresso deprimente e a frase impiedosa em relao quelesque ainda no podem seguir-te os passos. Procurando libertar a tua alma do erro, no intentes escravizar aos teus caprichos depensamentos quantos no tm possibilidade de voar contigo na amplido doconhecimento. Nas observaes que fazes, no te esqueas que nem todos os seres seencontram preparados para ouvir-te as repreenses, mesmo quando coroadasdas melhores intenes. Procurando ajudar, no te detenhas, apenas, na descoberta da ferida;utiliza-te do singelo chumao do algodo e cobre a enfermidade commedicao balsmica. No te esqueas de que a verdade, semelhante moral penetra,lentamente, acendendo luzes na escurido e vencendo trevas sem precipitaoem gritos, generalizando-se, poderosa. Muitas vezes se serve melhor verdade, calando a palavra ofensiva econstringente que jamais edifica. Saber e silenciar, receber e guardar, ouvir e reter so manifestaes quecontribuem mais para a campanha de esclarecimento do que expor a verdade,aos gritos, junto s almas que no se encontram preparadas para a renovao. Sinceridade!. Quantas vezes em teu nome se destri, esmaga-se, desanima-se epersegue-se, acreditando servir honra e ao bem. Por isso mesmo, lavra tew campo, meu irmo, semeia a bondade e a luze, sendo sincero para contigo mesmo, serve ao ideal do Cristo na humanidadeinteira, ajudando, sm cessar, a quantos caminham pelas tuas veredas. No ser isto, porventura, o que Jesus faz conosco?
  • 37. 37 19 RECOLHERS COMO PEDIRES Numa palavra, qualquer que seja o carter de uma reunio, haversempre Espritos dispostos a secundar as tendncias dos que acomponham.O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte, Captulo 29 Item 327. Na abenoada Obra de Nosso Pai tudo so trocas. Recebers sempreconsoante requereres. Desvairado, se te atiras ao corao querido, ferindo-lhea sensibilidade, obters somente reprimenda nascida no desgosto. Inquieto, se buscas paz, afligindo os que te cercam no lar, recolhersazedume e animosidade. Combalido, se procuras repouso, exigindo acomodao dos outros,recebers apenas repulsa e antagonismo. Isto porque, a resposta procede dos termos da petio, de acordo com omerecimento da apresentao. No esqueas, entretanto, que o corao magoado constrangido aflio, os familiares atormentados escondem-se no desencanto e os outros,atacados por exigncias, reagem, naturalmente. Respeita a mo distendida ao alcance da tua mo e recebe-lhe aoferenda. Nem ameaces o equilbrio de quem se inclina a auxiliar-te. Nem avances exigente para quem estugou o passo na caminhada, aoouvir-te o apelo. Aflio projetada traduz aflio que retornar. Averso espalhada pressagia antipatia para colheita futura. Se desejas aspirar o aroma do amor, libertando-te das dificuldadespessoais com o auxilio alheio, no expresses confiana sob improprios nemsegurana de f com chuvas de irritabilidade. Favorece os meios simples para o trabalho eficiente e a obra crescer emtorno da tua planificao. Ajuda para que te ajudem. Ilumina para que te iluminem. Coopera-servindo para que a inteligncia ambiciosa no estiole aexpresso do corao necessitado. Pergunta-esclarecendo para que a inutilidade no te assinale a vida. Fortalece o digno ideal da produo para que a produtividade teenriquea. Entende as dificuldades do prximo a fim de que ele te entenda,igualmente, a dificuldade. Em qualquer dificuldade recorda o poder da orao e roga inspirao aoCu, realizando sempre o melhor para que o melhor se faa em ti e atravs deti sem olvidares que todo apelo encontra resposta, consoante o merecimentode quem pede e a forma como pede.
  • 38. 38 20 CONVERSAES DOENTIAS Os mdiuns obsidiados, que se recusam a reconhecer que o so seassemelham a esses doentes que se iludem sobre a prpria enfermidadee se perdem, por se no submeterem a um regime salutar.O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte, Captulo 29 tem 329. Semelhante a carro de lixo que espalha emanao morbfica por ondepassa, as conversaes doentias assinalam os roteiros por onde seguem. Quando se instalam, destroem o domiclio da paz e a suspeita se aloja,vitoriosa, atormentando, implacvel. Como gs de fcil expanso, o txico da informao menos digna seexpande, asfixiando esperanas e matando aspiraes superiores. Por onde passa, a conversao infeliz gera a hipocrisia, desenvolvendouma atmosfera anti-fraterna em que assenta suas afirmaes. A m palestra nada poupa. Fcilmente se dissolve em cido calunioso oubrasa acusadora; atinge coraes honestos e enlameia famlias enobrecidaspelo trabalho; deslustra uma existncia honrada com uma frase, atirandoignomnia e desdouro; estimula a mentira, que se transforma em injria,fomentando crime e loucura. Nutrida pela ociosidade a conversao insidiosa me da corrupomoral. Se os ensinos edificantes tentam exaltar a dignidade e o dever,oferecendo campo verdade e ao brio, o veneno da informao descaridosaaparece pretextando ingenuidade e destri, impiedoso, a cultura da dignidade. Surge aparentemente inofensiva numa frase prfida para alastrar-sevirulenta numa colheita de fel. Aparece, sorrateira, para imiscuir-se desabridamente onde no esperada, induzindo quantos lhe do ouvidos infmia e ao dio... imprescindvel fiscalizar-lhe as nascentes. O cristo no lhe pode ser complacente. Rigoroso no respeito aosausentes, deve vigiar as entradas da mente e as sadas do corao. Cultor da bondade no compactua com as informaes aviltantes,devendo eliminar do prprio vocabulrio as expresses dbias de significaohumilhante. Fiscaliza, atento, cada dia, as informaes que te chegam ao corao. Sete conduzem vinagre sobre a honra alheia e apresentam as feridas dos outros tua observao, procura os recursos da orao e da piedade, e sempredispors de bens para no cares no fascnio negativo das sugestes do mal,renovando todas as. expresses com a mente em Jesus. O Apstolo Paulo, advertindo aos Corntios, prescrevia na primeira cartaaos companheiros de ministrio, conforme se l no captulo 15, versculo 33:No vos enganeis; as ms palavras corrompem os bons costumes. As conversaes doentias so cidos nos lbios da vida, queimando aesperana em todo lugar. E os que se entregam a tais palestras soobsidiados que se recusam a reconhecer que o so, (e) se assemelham aesses doentes que se iludem sobre a prpria enfermidade e se perdem, por seno submeterem a um regime salutar.
  • 39. 39 21 EXAME No basta crer; preciso, sobretudo, dar exemplos de bondade, detolerncia e de desinteresse, sem o que estril ser a - vossa f.O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte, Captulo 31 tem 1 (SantoAgostinho). Aprofundar a mente na investigao minuciosa das deficincias alheias,mesmo com o propsito aparente de ajudar, seria como derramar preciosoblsamo sobre pntano infeliz com a inteno de sane-lo ou jogar cido cruelsobre feridas que demoram a cicatrizar com o pretexto de eliminar o focoinfeccioso... No convertas a tua caridade mental em sombras densas para que notropeces em escolhos. Podes movimentar o tesouro psquico para reorganizar o equilbrio sem oimpositivo de amplir a infelicidade, tornado-a conhecida. No transformes a viso em instrumento de observao impiedosa. Nemmovimentes o verbo como quem aciona ltego cortante, desencadeando sofri-mento. Exalta a oportunidade de cultivar a esperana. Difunde a excelncia do otimismo. Distende a alegria junto queles que a tristeza venceu. Louva as mensagens da f operante ao lado do amigo que caiufragorosamente. Acena a todos com novas possibilidades de refazimento no bem,demonstrando nimo sereno e robusto. Supera a tentao de inquirir muito para compreender, desdobrando otrabalho que renova e restaura. Descobre o lado melhor do infeliz e faze o melhor. E se notares que tudo indica insucesso do seu empreendimento,agigantando-se o mal, apela para a Espiritualidade Superior e transforma-te emviva mensagem de amor, desdobrando a bondade de Jesus Cristo, semaguardares de imediato o xito que te no pertence. Quando no puderes fazer o bem pensa nele. A noite para no ser triste veste-se de estrelas. O espinheiro atormentado, em silncio, adorna-se de flores. E com o que tiveres exalta a alegria, embelezando a vida. Nunca reclames ante a fraqueza dos outros nem examines o erro doprximo com azedume, mesmo porque, em te voltando contra eles necessrio examinar, no recesso ntimo, quanto tens sido mal sucedido e, seem lugar desses companheiros no estarias complicando a prpria aflio,fazendo o que eles realizam com dificuldade, de maneira pior e mais infeliz.
  • 40. 40 22 PENSA ANTES Se Deus envia os Espritos a instruir os homens, para que estes seesclaream sobre seus deveres, para lhes mostrarem o caminho poronde podero abreviar suas provas e, conseguintemente, apressar o seuprogresso.O LIVRO DOS MDIUNS 2 parte. Captulo 31 tem 4 (Um Espritofamiliar). Quando se libertar o homem da aflio? Quando comear a aurora dasua redeno triunfante? Como fazer? So perguntas que, diariamente, ocor-rem a muitos companheiros do caminho humano. Em todo lugar, assistimos s convulses do sofrimento castigando oscoraes. Lgrimas de saudade e dor sob pesados fardos. Prantos nascidos na inquietao da soledade dilacerando esperanas. Fome e abandono embaraando os passos. Enfermidade e limitao produzindo duradouros sinais de desespero... No entanto, desde h muito, com o Evangelho de Jesus, surgiu amadrugada feliz para o esprito humano. Essas horas de amargura pertencem s criaturas embrulhadas nosmantos sombrios da morte. Para os que j podem enxergar os clares do Cu nas brumas da Terra, aamargura apenas acidente do caminho. Com o suave Rabi nasceu a oportunidade feliz para a realizao da pazinterior e, conseqentemente, para a libertao das almas. necessrio desfazer os laos que atam o homem aos pesados fardos,libertando o esprito para a realizao dos elevados princpios no mundointerior. Que ningum se demore nas mentirosas colnias de repouso a queaspira! Muitas lutas se desdobraro ainda antes que se possa descansar. Milnios de treva demoram-se na esteira do j feito. indispensvel caminhar, avanando sempre. Nesse mister so importantes a tarefa sacrificial e a contribuioaparentemente desvaliosa. Todavia, imperioso uma resoluo robusta para poupar uma desistnciadanosa. O agricultor inteligente, antes da sementeira, estuda as possibilidades dosolo. O artfice hbil precede o trabalho de um exame dos recursos de quedispe para a execuo da obra. O professor capaz antecede as aulas com testes de capacidade paramelhor seleo e aproveitamento dos alunos. O arquiteto prudente visita o terreno e estuda-o, em grficos, paraapresentar depois os projetos da construo. Ningum se candidate s tarefas maiores sem a experincia dos serviosmenores. Nada se pode realizar em profundidade sem os cuidados que se impem
  • 41. 41como essenciais. Nos processos evolutivos da alma encarnada a inteno precede a ao eo amadurecimento das idias dispe o ser para a difcil operao dorenascimento ntimo. Importa, portanto, trabalhar sem esmorecimento, recordando que, de hmuito o Senhor nos aguarda, precedendo-nos os impulsos de renovao com oprprio sacrifcio. Busca iluminar-te com a mensagem do seu exemplo, fixando-lhe osensinamentos nos recessos do ser, partilhando as lutas e gastando o corpo nafaina de produzir e realizar para te tornares digno de, com o Mestre, renascerde corao livre.
  • 42. 42 23 TESOUROS DE AMOR medida que o tecnicismo modifica a face da Terra, imprimindo umglorioso perodo, fenecem altas expresses dos sentimentos, no mago dasafeies humanas. Aqui, a indstria do presente asfixia os nobres impulsos, tudo reduzindoao mercantilismo, onde o amor pode ser valorizado pelo preo da mercadoria. Ali, as paredes do cronmetro apertam as ruas da amizade e os atos deentendimento fraterno se reduzem a uma palavra, contendo significados deocasio. Mais alm, a cobia e o empreguismo assassinam as manifestaes daordem, e em nome do progresso inutilizam homens que se desdobramexaustivamente ou se paralizam, lamentavelmente, no comodismo. Ningum pode perder a ocasio no jogo social. No se dispe de tempo para sentimentalismos. Os simulacros de amor e respeito, considerao e reconhecimento soencontrados nas salas moderna