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ESTUDOS DIRIGIDOS – OAB • Questões organizadas por assunto e comentadas • raio-X das Questões • dicas de estudo • seção direto ao ponto • pegadinhas • LegisLação e súmuLas pertinentes ao tema • indicação de obras doutrinárias para o estudo

Estudo dirirgido oab jus podium

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Estudos dirigidos – oAB• Questões organizadas por assunto e comentadas

• raio-X das Questões • dicas de estudo • seção direto ao ponto • pegadinhas • LegisLação e súmuLas pertinentes ao tema

• indicação de obras doutrinárias para o estudo

Estudos dirigidos – oAB• Questões organizadas por assunto e comentadas

• raio-X das Questões • dicas de estudo • seção direto ao ponto • pegadinhas • LegisLação e súmuLas pertinentes ao tema

• indicação de obras doutrinárias para o estudo

AlexAndre GiAllucA cArlos rAtis

dieGo PereirA MAchAdo douGlAs silvA telles

FláviA cristinA MourA de AndrAde João ricArdo BrAndão AGuirre

JuliAnA FrAnciscA lettière Júlio FrAnceschet

FláviA cristinA e lucAs PAvione

2ª edição: revista, ampliada e atualizada

2011

www.editorajuspodivm.com.br

KAreM FerreirA  lucAs dos sAntos PAvione

luciAno FiGueiredo Michelle BorGes

Milton BAndeirA neto PAtríciA vAnzolini

renAto sABino cArvAlho Filho verA lúciA dA silvA

Autores

orGAnizAdores

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Apresentação da obra

É com imensa satisfação que apresentamos este livro que, temos certeza, é único no mercado de obras voltadas para o estudo daqueles que almejam aprovação no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil.

Não se trata de mais uma coletânea de questões com gabaritos. Estamos apresen-tando aos nossos leitores um manual para a obtenção da cobiçada carteira da OAB com a qual sonham desde o ingresso na faculdade.

O livro, elaborado por especialistas em Exames da OAB, apresenta as matérias di-vididas em temas e sub-temas, com os gabaritos ao final de cada sub-tema. Além do comentário referente a alternativa correta, os autores fazem, a cada questão, obser-vações chamando a atenção do candidato sobre algum(uns) aspecto(s) relevante(s) referente(s) ao tema tratado naquela questão.

Utilizamos provas elaboradas pelo CESPE e pela FGV, tendo em vista a unificação do exame.

Ao final de cada matéria os autores apresentam vários tópicos de suma importân-cia na preparação de nossos leitores, quais sejam:

X raio-XO autor apresenta um retrato de como a instituição exige o tema analisado, os per-

centuais de incidência do respectivo assunto e a principal base de onde são retiradas as questões – doutrina, legislação ou jurisprudência.

X dicas de estudoSão elencadas orientações para que o candidato obtenha um maior aproveitamen-

to de seu tempo, estudando aquilo que realmente fará a diferença na sua aprovação. Ou seja, o candidato terá aqui informações importantes para traçar sua estratégia de estudos.

X direto ao ponto!Reservamos este espaço para que o autor de cada disciplina traga ao leitor infor-

mações doutrinárias importantes para o estudo, além de quadros e esquemas úteis para a memorização do tema discutido.

X cuidado com as “pegadinhas”!É sabido que em todas as matérias existem as famosas “pegadinhas” que podem

comprometer o desempenho do aluno mais preparado. Este tópico procura chamar a

atenção do candidato para este recorrente expediente utilizado pelas instituições em geral, de forma a evitar que o mesmo “caia nas pegadinhas”.

X atenção às seguintes súmuLas e LegisLaçãoEm provas de 1ª. fase o conhecimento da chamada “lei seca” e súmulas é im-

portantíssimo. O autor elenca as principais leis e súmulas a que o candidato deve atentar.

X bibLiograFia recomendadaEmbora bastante completa, a obra não tem a pretensão de substituir os livros dou-

trinários. Esta seção vem ao final de cada uma das disciplinas e é subdividida em: LEI-TURA BÁSICA, que são obras indicadas para a primeira fase; e OBRAS PARA APRO-FUNDAMENTO, em que há indicações de leituras complementares, inclusive para a segunda fase do Exame de Ordem.

Fechando cada uma das matérias apresentamos uma AVALIAÇÃO PESSOAL de forma que o candidato possa avaliar seus progressos, anotar alguns temas que neces-sitem de maior dedicação e outras observações que achar necessário. A idéia é que o leitor faça as questões, por capítulo, tema, sub-tema ou por matéria, e anote a data em que realizou a prova, o número de questões respondidas, a quantidade de ques-tões corretas e o percentual. Desta forma é possível que o candidato, de uma forma simples, possa verificar a sua evolução nos estudos.

Portanto, pelo exposto acima, acreditamos que esta obra se constituirá em uma importante ferramenta que está sendo colocada à disposição dos futuros advogados. Aproveite-a!

E, é claro: sugestões e críticas são sempre bem vindas!

Bons estudos!

Flávia Cristina Moura de andradeTwitter: @profaflavia

luCas dos santos PavioneTwitter: @lucaspavione

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Flávia Cristina e luCas dos santos Pavione

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capítuLo Vi

estrutura dos poderes: executivo, Legislativo e Judiciário

X Questões1. (CESPE – jan/09) Acerca do Poder Executi-vo, assinale a opção correta.

A) O presidente da República é julgado pelo STF pelos crimes de responsabilidade.

B) Se o presidente da República deixar de cumprir uma decisão judicial, mesmo que a considere inconstitucional, deverá ser julga-do por crime de responsabilidade.

C) O presidente da República só pode ser preso em flagrante por crime inafiançável.

D) Nos crimes de responsabilidade, o presi-dente da República ficará suspenso de suas atribuições desde o momento em que a acu-sação for recebida pela Câmara dos Deputa-dos.

2. (CESPE – mai/09) No tocante à responsa-bilização do presidente da República, assina-le a opção correta.

A) São alternativas as sanções de perda do cargo de presidente e de inabilitação, por oito anos, para o exercício de função públi-ca.

B) Na CF, é assegurada ao presidente da República a prerrogativa de somente ser processado, seja por crime comum, seja por crime de responsabilidade, após o juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados.

C) Compete ao STF processar e julgar origi-nariamente o presidente da República nas infrações penais comuns e nas ações popu-lares.

D) Tratando-se de crime de responsabilida-de, a decisão proferida pelo Senado Federal pode ser alterada pelo STF.

3. (CESPE – mai/08) No que concerne à disci-plina constitucional relativa ao Poder Execu-tivo, assinale a opção correta.

A) Se, antes do segundo turno da votação, houver morte, desistência ou impedimento de candidato à chefia do Poder Executivo fe-deral, deverá ser convocado, entre os rema-nescentes, o de maior votação.

B) Será considerado eleito presidente da Re-pública, em primeiro turno, o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos, compu-tados os votos em branco e os nulos.

C) Se, decorridos 10 dias da data fixada para a posse presidencial, o presidente ou o vice-presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, deverá ser convoca-do, para assumir o cargo, o segundo mais vo-tado no pleito eleitoral.

D) Em caso de vacância dos cargos de presi-dente e vice-presidente da República ocor-rida nos últimos dois anos do mandato pre-sidencial, deverá ser realizada eleição direta após 90 dias contados da abertura da última vaga.

4. (CESPE – set/09) Assinale a opção correta acerca do Poder Executivo.

A) Em casos de vacância ou de impedimento do presidente e do vice-presidente da Repú-blica, serão chamados ao exercício da Presi-dência da República, sucessivamente, o pre-sidente do Senado Federal, o presidente da Câmara dos Deputados e o presidente do STF.

B) O presidente da República somente po-derá ser processado e julgado, nas infrações penais comuns, perante o STF, com a prévia anuência do Senado Federal.

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C) O presidente e o vice-presidente da Re-pública não podem ausentar-se do país, por qualquer período de tempo, sem licença do Senado Federal, sob pena de perda do cargo.

D) Será considerado eleito presidente da Re-pública o candidato que, registrado por par-tido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os votos em branco e os nulos.

5. (CESPE – set/08) Com relação às fi scaliza-ções contábil, fi nanceira e orçamentária pre-vistas na CF, assinale a opção correta.

A) Os ministros do TCU têm as mesmas ga-rantias, prerrogativas, impedimentos, venci-mentos e vantagens dos ministros do STF.

B) Os ministros do TCU serão nomeados en-tre brasileiros natos.

C) Uma das fi nalidades do controle interno é exercer o controle de operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

D) No âmbito da União, o controle externo é exercido exclusivamente pelo TCU.

6. (CESPE – jan/08) É correto afi rmar que as comissões parlamentares de inquérito cria-das no âmbito da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em conjunto ou separa-damente,

A) podem ter seus atos controlados pelo Su-premo Tribunal Federal (STF) quando envol-verem ilegalidade ou ofensa a direito indivi-dual.

B) possuem competência para a decretação de prisões temporárias, preventivas ou em fl agrante delito.

C) têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, podendo adotar medi-das como a quebra de sigilo bancário, fi scal e de dados, buscas e apreensões em domicílios e a condução coercitiva de indiciados e teste-munhas.

D) podem decretar a indisponibilidade de bens dos investigados, visto que lhes é per-mitido adotar medidas cautelares próprias das autoridades judiciais.

7. (CESPE – jan/08) A disciplina constitucio-nal sobre a organização dos Poderes Executi-vo e LegislativoA) permite que o presidente da República delegue aos ministros de Estado, ao procu-rador-geral da República ou ao advogado-geral da União algumas atribuições que lhe são privativas.B) estabelece que o presidente da República, nas infrações comuns, só possa ser preso em fl agrante delito de crime inafi ançável.C) admite que os deputados e senadores sejam proprietários ou controladores de em-presa que goze de favor decorrente de con-trato com pessoa jurídica de direito público, desde que não ocupem cargos de diretores ou nela exerçam função remunerada.D) autoriza que o deputado ou senador se licencie do cargo para exercer a função de ministro de Estado, mas, não, a de secretário estadual.

8. (CESPE – ago/06) Por força do ordena-mento constitucional, os eleitos pelo sistema proporcional incluem o(s)A) deputados federais.B) prefeitos de municípios com menos de 200 mil eleitores.C) senadores da República.D) presidente do STF.

9. (CESPE – mai/09) De acordo com a doutri-na e jurisprudência, as comissões parlamen-tares de inquérito instituídas no âmbito do Poder Legislativo federalA) podem anular atos do Poder Executivo quando, no resultado das investigações, fi car evidente a ilegalidade do ato. B) têm a missão constitucional de investigar autoridades públicas e de promover a res-ponsabilidade civil ou criminal dos infrato-res.C) não podem determinar a quebra do sigi-lo bancário ou dos registros telefônicos da pessoa que esteja sendo investigada, dada a submissão de tais condutas à cláusula de reserva de jurisdição.

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D) devem obediência ao princípio federa-tivo, razão pela qual não podem investigar questões relacionadas à gestão da coisa pú-blica estadual, distrital ou municipal.

10. (CESPE – mai/09) No que se refere às prerrogativas conferidas aos parlamentares federais, assinale a opção correta.A) As imunidades de deputados e senado-res não subsistirão durante o estado de sítio dada a gravidade da situação de crise e da excepcionalidade da medida.B) Os delitos de opinião praticados por con-gressistas, no exercício formal de suas fun-ções, somente poderão ser submetidos ao Poder Judiciário após o término do mandato do parlamentar.C) Recebida a denúncia contra senador ou deputado, por crime ocorrido após a diplo-mação, o STF dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa do parlamentar réu ou do partido político a que é fi liado, pode sustar o andamento da ação.D) A imunidade parlamentar formal não obsta, observado o devido processo legal, a execução de pena privativa de liberdade decorrente de decisão judicial transitada em julgado.

11. (CESPE – set/09) Assinale a opção corre-ta acerca da organização do Congresso Na-cional.A) Na constituição das mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e na mon-tagem das comissões permanentes e tempo-rárias, há de se assegurar, obrigatoriamente, a representação proporcional, de modo que nenhum partido ou bloco parlamentar deixe de ser contemplado.B) O deputado ou senador licenciado para exercer o cargo de ministro de Estado, gover-nador ou secretário estadual, ou que estiver licenciado para tratar de interesse particular, poderá optar pela remuneração do mandato, desde que, neste último caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias. C) A convocação extraordinária do Congres-so Nacional pode ser feita pelos presidentes

da Câmara dos Deputados e do Senado Fede-ral e pelo presidente da República, nos casos taxativamente previstos na CF. Os membros de ambas as casas não têm competência para propor esse tipo de convocação.

D) Além de outros casos previstos na CF, a Câmara dos Deputados e o Senado Fede-ral reunir-se-ão, em sessão conjunta, para a apreciação de veto presidencial a projeto de lei e sobre ele deliberar.

12. (CESPE – set/09) Relativamente à organi-zação e às competências do Poder Judiciário, assinale a opção correta.

A) O Conselho Nacional de Justiça, órgão in-terno de controle administrativo, fi nanceiro e disciplinar da magistratura, é composto por membros do Poder Judiciário, do MP, da ad-vocacia e da sociedade civil.

B) As causas em que entidade autárquica, empresa pública federal ou sociedade de economia mista seja interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente são de competência da justiça federal.

C) A edição de súmula vinculante pelo STF poderá ocorrer de ofício ou por provocação de pessoas ou entes autorizados em lei, en-tre estes, os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade. O cancelamento ou revisão de súmula somente poderá ocorrer por iniciativa do próprio STF.

D) Cabe reclamação constitucional dirigida ao STF contra decisão judicial que contrarie súmula vinculante ou que indevidamente a aplique. O modelo adotado na CF não admi-te reclamação contra ato que, provindo da administração, esteja em desconformidade com a referida súmula.

13. (CESPE – set/08) Assinale a opção corre-ta acerca do CNJ.

A) São suas funções receber e conhecer re-clamações contra membro ou órgão do Po-der Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares.

B) O mandato de seus membros dura quatro anos, admitida uma recondução.

direito constitucionAl JÚlio CÉsar FranCesCHet

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C) Seus membros são nomeados pelo pre-sidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.D) Nenhum de seus membros pode ser in-dicado pelo Conselho Federal da OAB, cujos representantes podem, porém, falar e ser ou-vidos em quaisquer sessões do CNJ.

14. (CESPE – set/08) Com relação às regras pertinentes ao Poder Judiciário constantes da CF, assinale a opção correta.A) Cabem ao STF o processo e o julgamento dos mandados de segurança e dos habeas data contra ato de ministro de Estado, dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. B) O ingresso na carreira da magistratura deve ser feito por concurso público de pro-vas ou de provas e títulos, e o cargo inicial será o de juiz substituto.C) Os TRTs não se submetem à regra do quin-to constitucional, diferentemente dos tribu-nais regionais federais e dos tribunais dos estados e do DF.D) Compete à justiça do trabalho processar e julgar as ações oriundas da relação de tra-balho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos estados, do DF e dos municípios.

15. (CESPE – mai/09) No que diz respeito ao instituto da repercussão geral, inovação cria-da pela EC 45/2004 e regulamentada pela Lei nº 11.418/2006, assinale a opção correta.A) A decisão que nega a existência de reper-cussão geral vale para todos os recursos que versem sobre matéria idêntica, os quais serão indeferidos liminarmente.B) Tal inovação tem por fi nalidade aumen-tar o número de processos que devem ser apreciados no STF, a fi m de que as questões relevantes sejam todas julgadas o mais breve possível.C) Para a rejeição da repercussão geral, é ne-cessária a manifestação da maioria absoluta dos membros do STF.

D) A competência para a verifi cação da exis-tência de repercussão geral, por decisão irre-corrível, é dos tribunais superiores e do STF.

16. (CESPE – dez/06) Acerca da competên-cia dos juízes e tribunais, assinale a opção correta.A) Aos juízes estaduais compete processar e julgar as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e município ou pes-soa domiciliada ou residente no país. B) Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) processar e julgar, originariamente, os litígios entre Estado estrangeiro ou organis-mo internacional e a União, o estado, o Distri-to Federal (DF) ou o território.C) Compete ao Supremo Tribunal Federal (STF) processar e julgar, originariamente, os confl itos de competência entre os juízes es-taduais e os juízes do trabalho. D) Na justiça estadual, no foro do domicílio do segurado ou benefi ciário, serão processa-das e julgadas as causas em que forem parte instituição de previdência social pública e se-gurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, competindo o julga-mento do recurso ao tribunal regional federal da área de jurisdição do juiz de primeiro grau.

17. (CESPE – dez/06) A propósito dos recur-sos especial e extraordinário, assinale a op-ção correta.A) É cabível recurso especial para o STJ con-tra decisão que julgar válida lei local contes-tada em face de lei federal.B) Admite-se recurso extraordinário contra decisão que, interpretando norma infracons-titucional, viola dispositivo da Constituição Federal.C) É inadmissível recurso especial se o tribu-nal a quo analisou a questão restritamente à legislação local, deixando de examinar a le-gislação federal.D) Compete ao STF e ao STJ, nos recursos extraordinário e especial, respectivamente, reconhecer a existência ou a inexistência de determinado fato, quando o tribunal a quo tiver fi rmado o contrário.

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18. (CESPE – jan/08) Ao STF compete,

I. julgar, originariamente, o mandado de se-gurança contra atos do presidente da Repú-blica, dos ministros de Estado e do procura-dor-geral da República.

II. julgar os confl itos de competência entre tribunais de justiça estaduais.

III. julgar o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o estado, o DF ou o território.

IV. julgar, em recurso ordinário, o crime po-lítico.

Estão certos apenas os itens

A) I e II.

B) I e III.

C) II e IV.

D) III e IV.

19. (CESPE – jan/09) Acerca do Poder Judici-ário, assinale a opção correta.

A) Compete ao STJ julgar os confl itos de competência entre o TST e o TRF.

B) Supondo-se que Fernando fosse condena-do por crime político por meio de sentença proferida por juiz federal da Seção Judiciária de São Paulo, o recurso interposto contra essa sentença seria julgado pelo respectivo TRF.

C) Supondo-se que João, servidor público federal regido pela Lei nº 8.112/1990, pre-tendesse ingressar com ação contra a União buscando o pagamento de verbas salariais a que tivesse direito, a ação deveria ser propos-ta perante a justiça federal e não perante a justiça do trabalho.

D) Supondo-se que Marcos, após ter sofrido dano por ação de empregado de empresa pública federal, pretendesse ingressar com ação de reparação de danos materiais e mo-rais contra a empresa pública, deveria fazê-lo na justiça comum estadual.

20. (CESPE – abr/07) Com relação ao Poder Judiciário, assinale a opção correta.

A) Compete ao STF processar e julgar ori-ginariamente os mandados de segurança e

habeas corpus impetrados contra o Conse-lho Nacional do Ministério Público.B) Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e os estados ou o DF.C) Os crimes cometidos contra o sistema fi -nanceiro, contra a ordem econômico-fi nan-ceira e contra os consumidores são de com-petência da justiça federal.D) Os confl itos entre servidores públicos temporários regidos pelo direito adminis-trativo e a administração pública direta da União passaram a ser de competência da justiça trabalhista, por força do advento da Emenda Constitucional n.º 45/2005, de acor-do com o entendimento do STF.

21. (CESPE – jan/10) Segundo a CF, aos membros do Poder Legislativo municipal:A) são asseguradas apenas as imunidades materiais, visto que lhes é garantida a inviola-bilidade por suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na circunscrição do município.B) é assegurada imunidade formal, não po-dendo eles sofrer persecução penal pela prá-tica de delitos, sem prévia licença da respec-tiva câmara municipal.C) não são asseguradas imunidades formais nem materiais. D) são asseguradas, em observância ao prin-cípio da simetria, as mesmas prerrogativas formais e materiais garantidas aos membros do Poder Legislativo federal.

22. (CESPE – jun/10) Assinale a opção corre-ta com relação ao sigilo bancário.A) A quebra do sigilo bancário pode ser de-terminada diretamente pelo Tribunal de Con-tas da União.B) A quebra do sigilo bancário está submeti-da à chamada reserva de jurisdição, poden-do somente os juízes determiná-la e, ainda assim, de forma fundamentada.C) Conforme a lei complementar que rege a matéria, constitui quebra ilegal de sigi-lo bancário a comunicação, às autoridades

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competentes, da prática de ilícitos adminis-trativos, mesmo quando do fornecimento de informações sobre operações que envolvam recursos provenientes de qualquer prática criminosa.

D) As comissões parlamentares de inquérito poderão determinar a quebra de sigilo ban-cário sem a interferência do Poder Judiciário, desde que o façam de forma fundamentada.

23. (CESPE – jun/10) Com relação à organi-zação do Poder Legislativo e ao regime jurídi-co constitucional dos congressistas, assinale a opção correta.

A) Desde a expedição do diploma, depu-tados federais e senadores estão sujeitos a julgamento perante o STF, o qual, ao receber a denúncia contra congressista, deverá solici-tar autorização à respectiva Casa para pros-seguir com a ação penal.

B) Os deputados federais e os senadores, todos eles eleitos pelo sistema majoritário, representam o povo dos seus respectivos es-tados.

C) A criação de cargos públicos no âmbito das casas do Congresso Nacional deve ser feita por meio de lei ordinária.

D) Os deputados federais e os senadores não podem assumir cargo de confi ança na dire-ção de empresas públicas ou sociedades de economia mista da União.

24. (CESPE – jun/10) Assinale a opção cor-reta no que se refere às limitações estabe-lecidas no texto constitucional ao cargo de presidente da República.

A) Os ministros de Estado são nomeados livremente pelo presidente da República, podendo o Congresso Nacional, por delibe-ração da maioria absoluta de seus membros, exonerá-los a qualquer tempo.

B) O presidente da República pode escolher e nomear livremente os ministros de Estado, com exceção do ministro das Relações Exte-riores, cuja indicação deve ser aprovada pelo Senado Federal, assim como ocorre com os candidatos ao cargo de embaixador.

C) A nomeação, pelo presidente da Repúbli-ca, do advogado-geral da União depende da prévia aprovação do Senado Federal, que o fará em escrutínio secreto.

D) Embora nomeado pelo presidente da República para um mandato de dois anos, o procurador-geral da República poderá ser destituído do cargo, de ofício, antes do tér-mino do mandato, por decisão da maioria absoluta dos senadores.

25. (FGv– s e t /10) A respeito do Conselho Nacional de Justiça é correto afi rmar que:

A) é órgão integrante do Poder Judiciário com competência administrativa e Jurisdi-cional.

B) pode rever, de ofício ou mediante provo-cação, os processos disciplinares de juízes e membros de Tribunais julgados há menos de um ano.

C) seus atos sujeitam-se ao controle do Su-premo Tribunal Federal e do Superior Tribu-nal de Justiça.

D) a presidência é exercida pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal que o integra e que exerce o direito de voto em todas as de-liberações submetidas àquele órgão.

26. (FGv– s e t /10) Em relação aos Minis-tros de Estado, a Constituição do Brasil esta-belece que:

A) como delegatários do Presidente da Re-pública, podem, desde que autorizados, ex-tinguir cargos públicos.

B) podem expedir instruções para a execu-ção de leis e editarem medidas provisórias.

C) somente os brasileiros natos poderão exercer a função.

D) respondem, qualquer que seja a infração cometida, perante o Superior Tribunal de Jus-tiça.

27. (FGv– s e t /10) O Congresso Nacional e suas respectivas Casas se reúnem anual-mente para a atividade legislativa. Com rela-ção ao sistema constitucional brasileiro, assi-nale a alternativa correta.

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A) Legislatura: o período compreendido en-tre 2 de fevereiro a 17 de julho e is de agosto a 22 de dezembro.B) Sessão legislativa: os quatro anos equiva-lentes ao mandato dos parlamentares.C) Sessão conjunta: a reunião da Câmara dos Deputados e do Senado Federal destinada, por exemplo, a conhecer do veto presiden-cial e sobre ele deliberar.

D) Sessão extraordinária: a que ocorre por convocação ou do Presidente do Senado Federal ou do Presidente da Câmara dos Deputados ou do Presidente da Repúbli-ca e mesmo por requerimento da maio-ria dos membros de ambas as Casas para, excepcionalmente, inaugurar a sessão legislativa e eleger as respectivas mesas diretoras.

X gabarito comentado

GAB COMENTÁRIOS

1 B

O crime de responsabilidade é uma infração de natureza ju-rídica político-administrativo. O art. 85, CF apresenta um rol exemplifi cativo dos delitos políticos praticados pelo Pre-sidente da República. Na mes-ma linha, a Lei 1079/50 traz outras condutas da mesma natureza. Somente a União pode legislar, processual ou materialmente, sobre crimes de responsabilidade (art. 22, I, CF). A condenação leva ao impedimento (ou “impeach-ment”).

Comentário Extra: O Presidente da República não pode ser preso cautelarmente, salvo em razão de sentença condenatória com trânsito em julgado. Além disso, durante o exercício do mandato, o Presidente só pode ser processado por delitos “ex offi cio”, aqueles praticados em ra-zão da função (necessidade de demonstração da pertinência temática). Não sendo assim, o pro-cessamento só poderá ser feito após o término do mandato (art. 86, §§ 3º e 4º, CF/88).

2 B

Seja por crime comum, seja por crime de responsabilida-de, é imprescindível o juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados.

3 A

Segundo o §4º do artigo 77 da CF, se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impe-dimento legal de candida-to, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

O Presidente e o Vice são elei-tos pelo sistema majoritário absoluto.

Comentário Extra: O Presidente ou o Vice deve tomar posse obrigatoriamente em até 10 dias após a data ofi cial. Caso isso não ocorra até o dia 11 de janeiro, os cargos serão declarados vagos. No caso de vacância de ambos os cargos de Presidente e Vice, a Constituição: se a vacância se der nos dois primeiros anos do mandato, as-sume o Presidente da Câmara e convoca eleições diretas dentre em 90 dias (art. 81, “caput”, CF). Se a vacância se der nos dois últimos anos do man-dato, assume o Presidente da Câmara e convoca eleições indiretas pelo CN (art. 81, § 1º, CF).

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3 A

Assim, considera-se a maioria absoluta dos votos válidos, excluídos os votos nulos e brancos (art. 77, §2º CF).

Nas duas situações, os eleitos direta ou in-diretamente não ganharão quatro anos de mandato, mas simplesmente complementa-rão o anterior – denominado “mandato tam-pão” (art. 81, § 2º, CF).

4 D

Comentário Extra: A linha sucessória do Presi-dente da República é composta por brasileiros natos: Vice, Presidente da Câmara, do Senado e do STF (art. 12, § 3º, I a IV, c.c.

art. 80, CF).

O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Na-cional, ausentar-se do País por período supe-rior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

5 C

Segundo o art. 74, inciso II da CF, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a fi nalidade de (...) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

Comentário Extra: Segundo o art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimen-tos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Não é cargo privativo de brasileiros natos (art. 12, §3º CF).

6 A

Os atos da CPI são passíveis de controle judicial. As comissões parlamentares de inquérito criadas no âmbito da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em conjunto ou separadamente, podem ter seus atos controlados pelo Supremo Tribunal Federal.

Comentário Extra: É vedado às CPI’s: 1. expedir mandado de prisão; 2. ex-pedir mandado de busca e apreensão domiciliar; 3. expedir mandado de interceptação telefônica. Trata-se da chamada “reserva constitucional de jurisdição”.

7 A

O Presidente da República poderá delegar aos Ministros de Estado, ao Procura-dor-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limi-tes traçados nas respectivas delegações, as seguintes atribuições: 1. dispor, me-diante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 2. conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; 3. prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei.

Comentário Extra: O Presidente da República não pode ser preso cautelarmen-te, salvo em razão de sentença condenatória com trânsito em julgado. Segundo o artigo 56 da CF, “não perderá o mandato o Deputado ou Senador investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretá-rio de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária”

direito constitucionAlestrutura dos Poderes: eXeCutivo, leGislativo...

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8 A

O sistema eleitoral proporcional (princípio proporcional) determina que o eleito será o candidato do partido político com maior número de votos váli-dos. São eleitos por este sistema: deputados federais (art. 45, CF/88) e estaduais (art. 27, § 1º, CF/88), bem como para vereadores (art. 29, IV, CF/88).Comentário Extra: No sistema eleitoral majoritário são considerados os votos vá-lidos atribuídos ao candidato registrado por partido político.

9 D

As CPI’s do Congresso não podem investigar fatos ligados estritamente à compe-tência dos Estados, DF e Municípios sob pena de ofensa ao pacto federativo com indevida ingerência na esfera de autonomia política destes entes federados.Comentário Extra: As Comissões Parlamentares de inquérito (art. 58, §3º CF) têm poderes de investigação limitados, dada a chamada “reserva de jurisdição”. Os atos jurisdicionais (função típica) não estão sujeitos a investigação por CPI’s.

10 D

A imunidade formal não impede que o parlamentar (federal e estadual) seja pro-cessado no curso do mandato. Ocorre, porém, que nos crimes praticados após a diplomação, poderá a Casa Legislativa a que pertence o acusado sustar o curso do processo. A iniciativa, neste caso, é do partido político a que pertence o acusado.Comentário Extra: Segundo entendimento do STF, a imunidade formal dos par-lamentares impede a prisão processual (“desde a expedição do diploma, os mem-bros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em fl agrante de crime inafi ançável” – art. 53, §2º da CF), mas não impede aquela decorrente de decisão judicial com trânsito em julgado.

11 D

Segundo o art. 57, §3º da CF, além de outros casos previstos na Constituição, a Câ-mara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para: I – inaugurar a sessão legislativa; II – elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; III – receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República; IV – conhecer do veto e sobre ele deliberar.Comentário Extra: Na formação das comissões será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. A convocação extraordinária pode ocorrer a requerimento, entre outros, da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional (art. 57, §6º, inc. II da CF).

12 A

O CNJ é órgão integrante do Poder Judiciário (art. 92, inc. I-A, CF). O CNJ é com-posto de 15 membros (art. 103-B, I a XIII, CF/88. Comentário Extra: As questões sobre súmulas vinculantes já foram comentadas no capítulo “modifi cação constitucional: interpretação e mutação”.

13 AAs atribuições do CNJ estão previstas no art. 103-B, §4º, incisos, da CF. Comentário Extra: O mandato dos membros do CNJ dura 2 anos, admitida uma recondução.

14 D

Segundo o art. 114, inc. I da CF, compete à Justiça do Trabalho julgar as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Fede-ral e dos Municípios.Comentário Extra: O ingresso na carreira da Magistratura, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.Há previsão constitucional expressa do “quinto constitucional” na composição dos TRT’s (art. 115, inc. I da CF).

direito constitucionAl JÚlio CÉsar FranCesCHet

149

15 A

Se for negada a existência de repercussão geral (sempre pelo Plenário), a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica. Neste caso, os recursos serão liminarmente indeferidos, salvo se houver revisão de tese, nos termos do Regi-mento Interno do STF.Comentário Extra: Segundo o art. 102, §3º da CF, no recurso extraordinário o re-corrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fi m de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. A demonstração da repercussão geral foi a forma que o legislador constituinte derivado encontrou para impedir que controvérsias concretas insigni-fi cantes sejam submetidas ao STF.

16 D

Segundo o art. 109, §3º da CF, serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou benefi -ciários, as causas em que forem parte instituição de previdên-cia social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal. O STF entende que o citado dispositivo é mera faculdade em benefício do segurado (RE 223.139/RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 25.08.1998). Nestes casos, a competência recursal é dos TRF’s.

Comentário Extra: Atenção: a leitura atenta dos dispo-sitivos que fi xam a competência entre os órgãos do Poder Judiciário é impres-cindível!

17 CAo STJ, especialmente em relação à competência recursal via recurso especial, foi outorgada a missão de guardião do or-denamento jurídico federal.

18 D

Segundo o art. 102, inc. I, “e” e inc. II, “b”, compete ao STF, res-pectivamente, julgar o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o estado, o DF ou o terri-tório e julgar, em recurso ordinário, o crime político.

19 C

Ver comentário à questão de n.º 14. ATENÇÃO: a redação dada ao inciso I, do artigo 114, da CF, pela EC 45/04, é objeto, dentre outros, da ADI 3684. Assim, da forma como apresentada a questão, a competência é, de fato, da Justiça Federal.

20 A

Segundo o art. 102, inc. I, “r” compete ao STF processar e julgar originariamente os mandados de segurança e ha-beas corpus impetrados contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

21 A

Os vereadores, membros do Poder Legislativo Municipal, têm garantida a inviola-bilidade por suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na cir-cunscrição do município (imunidade material). Entretanto, não gozam de imu-nidade formal. Desse modo, não há obstáculos em relação à prisão, processo e competência para julgamento.

22 D

Ver comentários às questões de n.º 06 e 09.Lembrem-se: As Comissões Parlamentares de inquérito (art. 58, §3º CF) têm pode-res de investigação limitados.Comentário Extra: O sigilo bancário não está sujeito à chamada reserva de ju-risdição, como ocorre, por exemplo, com a interceptação telefônica. Desse modo, as CPI’s poderão determinar, sem intervenção jurisdicional, a quebra do sigilo bancário.

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23 D

Segundo o artigo 54 da CF, os deputados e senadores não poderão aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive aqueles que se-jam demissíveis “ad nutum”, em pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público.

Comentário Extra: Nos crimes praticados após a diplomação, poderá a Casa Legislativa a que pertence o acusado sustar o curso do processo. A iniciativa, neste caso, é do partido político a que pertence o acusado.

Os deputados federais, estaduais e os vereadores são eleitos pelo sistema proporcional.

24 D

O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da Repú-blica, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria ab-soluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

Segundo o artigo 52, inciso XI, da CF, compete privativamente ao Senado Fe-deral: aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato.

Comentário Extra: Segundo o artigo 84, inciso I, da CF, compete ao Presi-dente da República: nomear e exonerar os Ministros de Estado.Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

25 X

É da competência do CNJ, rever, de ofício ou mediante provocação, os proces-sos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano (artigo 103-B, §4º, inciso V, da CF). Atenção: a emenda constitucional 61/2009 deu nova redação ao §1º, do artigo 103-B, da CF. Antes da mudança, a redação era a seguinte: “O Conselho será presidido pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, que votará em caso de em-pate, fi cando excluído da distribuição de processos naquele tribunal”. Com a nova redação, previu-se que o Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.

Comentário Extra: Atenção: a emenda constitucional 61/2009 deu nova re-dação, ainda, ao artigo 103-B, “caput”, e inciso I, da CF.A exigência etária na composição do CNJ (35 a 66 anos de idade) desapareceu.

Do mesmo modo, o Presidente do STF comporá, independente de qualquer indi-cação, o Conselho e será o seu presidente.

Antes da reforma, competia ao Supremo indicar um Ministro para integrar o CNJ. Este seria o presidente do Conselho. Desapareceu, portanto, a indicação.

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26 A

O Presidente da República poderá delegar a organização e funcionamento da ad-ministração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, e a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos, aos Ministros de Estado (artigo 84, parágrafo único, da CF).

Atenção: a questão não está bem redigida, pois os cargos públicos apenas pode-rão ser extintos quando vagos.Comentário Extra: Há previsão de delegação, ainda, ao Procurador-Geral da República a e ao Advogado-Geral da União (artigo 84, parágrafo único, da CF).

Os Ministros de Estado serão escolhidos pelo Presidente da República dentre bra-sileiros, natos ou naturalizados, com exceção do Ministro de Estado de Defesa que será, por imperativo constitucional, brasileiro nato (artigo 12, §3º, inciso VII, da CF).ATENÇÃO: Os Ministros de Estado são responsáveis por eventual crime de res-ponsabilidade (artigos 50, “caput”, e §2º; 58, inciso III; 52, inciso I; e 85, todos da CF).

A competência para julgamento dos Ministros de Estado é defi nida nos seguintes termos:

Crimes comuns: STFCrimes de responsabilidade sem conexão com o Presidente da República: STFCrimes de responsabilidade com conexão com o Presidente da República: SE-NADO FEDERAL

27 C

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para: 1. inaugurar a sessão legislativa; 2. elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; 3. receber o compromisso do Presiden-te e do Vice-Presidente da República; 4. conhecer do veto e sobre ele deliberar.Comentário Extra: O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Fe-deral, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Uma legislatura tem período de 4 anos e é dividida em 4 sessões legislativas (art. 44, parágrafo único CF).

A convocação extraordinária do Congresso Nacional será realizada: a) pelo Pre-sidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente– Presidente da República ou b) pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos mem-bros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

X raio-X• O tema “Estrutura dos Poderes” corresponde a aproximadamente 22,31% das questões de

Direito Constitucional.

• A maioria das questões é baseada em:

doutrina legislação jurisprudência

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X dicas de estudo• No que toca ao tema “Estrutura dos Poderes”, cobra-se, predominantemente, do candidato

o conhecimento do texto da Constituição Federal, por isso tão importante sua leitura.

• Também são cobrados os entendimentos dos Tribunais Superiores, especialmente os sumu-lados. Desse modo, a leitura dos Informativos de jurisprudência do STF é fundamental

• O tema “competência do STF e do STJ” é reiteradamente exigido nos certames da OAB. Também é reiteradamente cobrado o tema “responsabilização do Presidente da Repúbli-ca”. Tem-se exigido, ainda, profundo conhecimento sobre o CNJ e suas atribuições.

• Atenção: a leitura atenta dos dispositivos que fi xam a competência entre os órgãos do Poder Judiciário é indispensável!

X direto ao ponto!• Responsabilização do Presidente da República:

Responsabilização do Presidente da RepúblicaCrime comum Crime de responsabilidade

É julgado pelo STF, juiz natural da causa, exis-tindo competência determinada por foro por prerrogativa funcional (art. 102, I, “b”, CF). Essa prerrogativa é chamada pela doutrina de ir-responsabilidade relativa do Presidente da República. Se já havia processos-crime contra o Presidente anteriores à posse, os feitos fi cam suspensos no STF até o término do mandato, prosseguindo no juízo comum após tal termo fi nal. O inquérito não será policial, mas sim judicial, a correr no STF. Com o fi nal da inves-tigação, os autos são remetidos ao PGR. Este, verifi cando que não há indícios de materia-lidade ou de autoria, pede o arquivamento. Entendendo haver elementos sufi cientes, o PGR oferece denúncia em face do Presidente da República. O STF, para receber a exordial, deverá comunicar o fato à Câmara dos Depu-tados, peticionando por autorização para tal. A Câmara fará um juízo de admissibilidade po-lítico sobre o fato, devendo deliberar por, no mínimo, 2/3 do seu plenário favoravelmente à instauração da ação penal – juízo de admissi-bilidade positivo, em votação aberta (art. 86, “caput”, CF/88). A votação é aberta. A decisão é tomada por resolução. Do contrário, havendo juízo negativo pela Câmara, o Presidente não será processado pelo STF durante o exercício do mandato. Recebida a denúncia pelo STF, o Presidente deverá fi car afastado de suas funções por até 180 dias (art. 86, § 2º, CF/88).

Somente determinadas autoridades podem responder pela prática de crime de respon-sabilidade. As condutas que podem ser tipifi -cadas como crime de responsabilidade estão em rol exemplifi cativo no art. 85, I a VII, CF. A Lei 1079/50 também traz outras ações que implicam em crime de responsabilidade. A tipifi cação não é fechada como no Direito Pe-nal. O julgamento será realizado pelo Senado, presidido pelo Presidente do STF (art. 52, pa-rágrafo único, CF). Antes da admissibilidade da ação penal de responsabilidade, far-se-á necessária a autorização prévia da Câmara dos Deputados. O art. 14, Lei 1079/50 diz que qualquer cidadão é parte legítima para ofere-cer, na Câmara, “denúncia” contra o Presidente da República ou contra os Ministros de Estado. Se a Câmara fi zer um juízo de admissibilidade positivo, o Senado deverá julgar o Presidente da República, não podendo deixar de fazê-lo. Recebida a denúncia (após juízo de admissi-bilidade), o réu é notifi cado, fi cando suspenso por até 180 dias, durante o processo instau-rado (art. 86, § 2º, CF/88). Ao fi nal do feito, os senadores votarão a condenação ou a absol-vição, devendo, no primeiro caso, haver um quorum qualifi cado de 2/3 do total, mediante escrutínio aberto. A condenação leva à perda do cargo e à inabilitação para o exercício de função pública por oito anos.

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• O parlamentar tem legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança com a fi -nalidade de impugnar atos praticados no curso do processo de aprovação de emendas constitucionais que não se compatibilizem com os limites materiais ao poder de reforma (controle preventivo de constitucionalidade).

• O art. 49 da CF dispõe sobre as matérias de competência exclusiva do CN. Serão discipli-nadas por decreto legislativo. Não necessidade de sanção/veto do Presidente da República.

X cuidado com as “pegadinhas”!• Cuidado: os Tribunais de Contas não integram o Judiciário. Suas funções são eminentemen-

te administrativas.

• Cuidado: as CPIs podem determinar a quebra dos sigilos bancário, fi scal e telefônico do investigado. Entretanto, não podem determinar a interceptação das comunicações telefôni-cas (reserva de jurisdição).

• Atenção: Os membros do STF, dos Tribunais Superiores e os advogados e membros do MP que ingressam pela regra do “quinto” adquirem vitaliciedade imediatamente.

• Apesar de ter funções administrativas, o Tribunal de Contas pode apreciar a constitucio-nalidade das leis e dos atos do Poder Público.

• O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Fe-deral, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, proce-dendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. O Território terá número fi xo de 4 deputados.

• Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.

• Os parlamentares gozam de imunidades material (art. 53 da CF) e formal (referente ao processo, prisão e prerrogativa de foro).

• As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.

• Atenção: os vereadores não gozam de imunidade formal. Desse modo, não há obstáculos em relação à prisão, processo e competência para julgamento.

• O Presidente da República não goza de imunidade material (dessa forma, não é inviolável por suas palavras e opiniões).

• Segundo o Supremo, aos Governadores de Estado somente pode ser estendida, através das Constituições Estaduais, a imunidade formal que condicionada o processo e julgamento à prévia autorização da Casa Legislativa. As demais não podem ser estendidas aos Gover-nadores!

• São garantias dos membros do Poder Judiciário: vitaliciedade, inamovibilidade e irreduti-bilidade de subsídios (art. 95 da CF). As vedações estão no art. 95, parágrafo único da CF.

• Compete ao STJ, nos termos do art. 105, inc. I, “i”, a homologação de sentenças estrangei-ras e a concessão de “exequatur” às cartas rogatórias. Por óbvio, às cartas que ofendam, de qualquer modo a soberania nacional ou a ordem pública, não será concedido o “exequa-tur”. O “exequatur”, antes da EC 45/04, era competência do STF. Trata-se da autorização dada pelo STJ para que possam ser validamente executadas no Brasil, na jurisdição do

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juiz competente, os atos e diligências processuais requisitados por autoridade judiciá-ria estrangeira.

• As decisões administrativas dos tribunais do Poder Judiciário, da mesma forma que as decisões judiciais, devem ser motivadas e realizadas em sessão pública (art. 93, inc. X da CF). A publicidade e a motivação são a regra no âmbito das decisões tomadas pelo Poder Judiciário.

X atenção às seguintes súmuLas e LegisLação • Artigos 44 a 58 da CF (Poder Legislativo);

• Artigos 70 a 75 da CF (Tribunal de Contas);

• Artigos 76 a 91 da CF (Poder Executivo);

• Artigos 92 a 126 da CF (Poder Judiciário).

• Súmula 721 do STF: “a competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual”.

• Súmula 722 do STF: “são da competência legislativa da União a defi nição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento”.

• Súmula 653 do STF: “no Tribunal de Contas Estadual, composto por sete conselheiros, qua-tro devem ser escolhidos pela Assembleia Legislativa e três pelo chefe do Poder Executivo Estadual, cabendo a este indicar um dentre auditores e outro dentre membros do Ministério Público, e um terceiro à sua livre escolha”.

direito constitucionAl JÚlio CÉsar FranCesCHet

C aderno Com questões anotadas de ConCursos

orGanIZados pela FGVParte integrante do livro “ESTUDOS DIRIGIDOS – OAB • 2ª edição”.

Não pode ser vendido separadamente

2011

www.editorajuspodivm.com.br

OrganizadOres

Flávia Cristina MOura de andradeTwitter: @profaflavia

luCas dOs santOs PaviOneTwitter: @lucaspavione

Sumário

1. Direito ADministrAtivo ..................................................... 7

2. Direito ConstituCionAl .................................................... 33

3. Direito tributário ............................................................... 69

4. Direito Civil ........................................................................... 107

5. Direito ProCessuAl Civil ................................................... 149

6. Direito PenAl ......................................................................... 177

7. Direito ProCessuAl PenAl ................................................ 205

8. Direito Do trAbAlho .......................................................... 223

9. Direito ProCessuAl Do trAbAlho .................................. 231

10. Direito emPresAriAl ......................................................... 235

11. Direito Do ConsumiDor ................................................... 249

12. Direito AmbientAl ............................................................. 253

13. Direito internACionAl ..................................................... 261

14. ÉtiCA ProfissionAl ............................................................ 263

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QUESTÕES

I. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRA-TIVO

1 . (fGv – Auditor- Pm de Angra dos reis – rJ/2010) A respeito dos princípios bási-cos da Administração Pública, considera-se queA) o princípio da efi ciência é o único crité-rio limitador da discricionariedade admi-nistrativa.b) o princípio da legalidade não autoriza o gestor público a, no exercício de suas atribuições, praticar todos os atos que não estejam proibidos em lei.C) o princípio da efi ciência faculta a Admi-nistração Pública que realize policiamento dos atos administrativos que pratica.D) o princípio da efi ciência não pode ser exigido enquanto não for editada a lei fe-deral que deve estabelecer os seus contor-nos.e) a possibilidade de revogar os atos ad-ministrativos por razões de conveniência e oportunidade é manifestação do princípio da legalidade.2. (fGv – ofi cial de Cartório Polícia Civil – rJ/2009) Não é princípio da Administra-ção Pública:A) hierarquia.b) especialidade.C) motivação.D) autotutela.e) universalidade.3. (fGv – técnico legislativo senado federal/2008) Assinale a afi rmativa incor-reta.

1. Direito Administrativo

A) O princípio da supremacia do interes-se público prevalece, como regra, sobre direitos individuais, e isso porque leva em consideração os interesses da cole-tividade;b) O tratamento isonômico por parte de administradores públicos, a que fazem jus os indivíduos, decorre basicamente dos princípios da impessoalidade e da morali-dade.C) O princípio da razoabilidade visa a im-pedir que administradores públicos se conduzam com abuso de poder, sobretudo nas atividades discricionárias.D) Constitui fundamento do princípio da efi ciência o sentimento de probidade que deve nortear a conduta dos administrado-res públicos.e) Malgrado o princípio da indisponibilida-de da coisa pública, bens públicos, ainda que imóveis, são alienáveis, desde que ob-servadas certas condições legais.

II. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

4. (fGv – Auditor-Pm de Angra dos reis – rJ/2010) Considere as afi rmativas abaixo:i. Em decorrência do poder de polícia, a Administração Pública pode condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, ativida-des e direitos individuais.ii. O poder regulamentar, como regra, au-toriza que o Poder Executivo discipline as matérias que ainda não foram objeto de lei.iii. O poder discricionário atribui ao admi-nistrador a prerrogativa de afastar o princí-pio da legalidade, o que fará sempre que julgar conveniente e oportuno.

direitO adMinistrativO

8

iv. Diante da natureza restritiva dos atos praticados na atuação do poder de polícia administrativa, estes são estritamente vin-culados.v. O exercício do poder regulamentar so-mente pode dar-se em conformidade com o conteúdo da lei e nos limites que esta impuser.

Estão corretas somente as afi rmativas

A) II, IV e V.

b) I e III.

C) I e V.

D) II e III.

e) II, III e IV.

5. (fGv – Advogado CoDesP/2010) Ad-ministrativo. Recurso especial. Mandado de segurança. Autorização para funcionamento de rádio comunitária. Inércia da administração pública. Abuso do poder discricionário. Recurso especial não-provido. 1. É entendimento pacifi co nesta Corte que a autorização do Poder Executivo é indispensável para o regular funcionamento de emissora de ra-diodifusão, consoante o disposto nas Leis 4.117/62 e 9.612/98 e no Decreto 2.615/98. 2. Entretanto, em obediência aos princípios da efi ciência e razoabilidade, merece con-fi rmação o acórdão que julga procedente pedido para que a Anatel se abstenha de impedir o funcionamento provisório dos serviços de radiodifusão, até que seja de-cidido o pleito administrativo da recorrida que, tendo cumprido as formalidades le-gais exigidas, espera há mais de dois anos e meio, sem que tenha obtido uma simples resposta da Administração. 3. Recurso es-pecial não provido. REsp 1062390 / RS. Re-lator Ministro BENEDITO GONÇALVES (1142) Órgão Julgador TI – PRIMEIRA TURMA. Data do Julgamento 18/11/2008. Data da Publi-cação/Fonte. DJe 26/11/2008.

Do texto acima descrito, é correto concluir que

A) a discricionariedade é uma garantia que tem o agente público para atuar à margem da lei na escolha dos critérios de conveniência e oportunidade.

b) a discricionariedade é uma atuação legítima e em nenhuma hipótese pode ser passível de controle pelo Poder Judi-ciário.C) o controle do poder discricionário no caso se deu com visível violação ao princí-pio da separação dos PoderesD) o poder discricionário da Administra-ção Pública não inviabiliza o controle do Poder Judiciário, principalmente quando existe expressa violação ao princípio da ra-zoabilidade.e) o controle de legalidade, exercido, no caso concreto, pelo Poder Judiciário, viola o princípio da autonomia administrativa porque examinou o mérito do ato adminis-trativo.

III. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA6. (fGv – fiscal de rendas sefAZ – rJ/2008) não é ente da Administração Indireta:A) sociedade de economia mista.b) empresa pública.C) agência reguladora.D) secretaria de Estado.e) fundação pública.

7. (fGv – fiscal da receita estadual – AP/2010) Com relação às entidades da Administração Pública Indireta, é correto afi rmar que:A) as autarquias quanto ao nível federati-vo podem ser federais, estaduais, distritais e municipais e quanto ao objeto podem classifi car-se, entre outras, em culturais, corporativas e previdenciárias.b) as fundações públicas podem desempe-nhar atividades relativas à assistência mé-dica e hospitalar e não estão submetidas à Lei Federal 8666/93.C) as empresas públicas e as sociedades de economia mista podem revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito, de acordo com o Decreto-Lei 200/67.D) as empresas públicas e as sociedades de economia mista têm personalidade

direitO adMinistrativO

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jurídica de direito privado, desempenham atividades de caráter econômico e seus empregados concursados podem acumu-lar seus empregos com cargos ou funções públicas, desde que haja compatibilidade de horário.e) as empresas públicas e as sociedades de economia mista que explorem ativi-dade econômica estão sujeitas ao regime próprio das empresas privadas, no en-tanto, os litígios entre os empregados e as entidades decorrentes das relações de trabalho, não se submetem à Justiça do Trabalho.8. (fGv – Juiz substituto – tJ – ms/2008) Assinale a alternativa correta.A) As Autarquias podem ser organizadas sob a forma de sociedade civil ou comer-cial, mas sua natureza deve ser determina-da na lei.b) Não cabe Mandado de Segurança con-tra ato praticado em licitação promovida por Sociedade de Economia Mista ou Em-presa Pública, devido à sua natureza.C) A Administração Indireta é o próprio Estado executando algumas de suas fun-ções de forma descentralizada; por isso, as entidades que a compõem não possuem personalidade jurídica própria.D) As Empresas Públicas e as Fundações Públicas poderão gozar de privilégios fi s-cais não extensivos ao setor privado. e) Somente por lei específi ca pode ser cria-da Autarquia e autorizada a instituição de Empresa Pública, de Sociedade de Econo-mia Mista e de Fundação.9. (fGv – fiscal de rendas sefAZ – rJ/2010) Com relação à organização ad-ministrativa, analise as afi rmativas a seguir.i. A criação de subsidiárias das empresas estatais depende de lei específi ca, sendo, porém, dispensável para a participação de-las em empresas privadas.ii. O contrato de gestão pode ser utiliza-do por empresas estatais dependentes de recursos públicos para ampliação de sua autonomia gerencial, orçamentária e fi -nanceira.

iii. Os bens das empresas estatais afetados à prestação de serviço essencial, impres-cindíveis à continuidade da prestação do serviço público, não são penhoráveis.

Assinale:A) se somente a afi rmativa I estiver correta.

b) se somente a afi rmativa II estiver corre-ta.

C) se somente as afi rmativas II e III estive-rem corretas.

D) se somente as afi rmativas I e III estive-rem corretas.

e) se todas as afi rmativas estiverem corre-tas.

10. (fGv – Advogado bADesC/2010) No direito brasileiro, existem duas diferenças fundamentais entre as sociedades de eco-nomia mista e as empresas públicas.

Assinale a alternativa que explicita essas diferenças.

A) composição do capital e forma jurídica.

b) personalidade jurídica e forma de extin-ção.

C) forma jurídica e controle estatal.

D) forma de criação e personalidade jurí-dica.

e) controle estatal e composição do capi-tal.

11. (fGv – ofi cial de Cartório Polícia Civil – rJ/2009) Não é uma característica comum às entidades da Administração In-direta:

A) criação e extinção por lei.

b) controle interno pelo Poder Executivo.

C) desempenho de atividade de natureza econômica.

D) contratação de obras e serviços me-diante licitação pública.

e) exigência de prévio concurso público para ingresso de pessoal efetivo.

12. (fGv – Auditor – seAD – AP/2010) Em relação às entidades da Administração Pú-blica Indireta, é correto afi rmar que:

direitO adMinistrativO

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A) as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, cria-das por autorização legal e se apresentam, dentre outras, sob a forma de sociedade anônima.b) os bens que integram o patrimônio de todas as empresas públicas têm a qualifi -cação de bens públicos.C) as fundações públicas não se destinam às atividades relativas a assistência social e atividades culturais.D) os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista podem acumular seus empregos com cargos ou funções públicas da Administração Direta.e) as autarquias podem celebrar contratos de natureza privada, que serão regulados pelo direito privado.

IV. ATOS ADMINISTRATIVOS

13. (fGv – Advogado bADesC/2010) O atributo pelo qual atos administrativos se impõem a terceiros, ainda que de forma contrária a sua concordância, é denomi-nado:

A) competência.b) veracidade.C) vinculação.D) imperatividade.e) autoexecutoriedade.

14. (fGv – inspetor Polícia Civil – rJ/2008) A inspeção de segurança veicular consubstancia, precipuamente, o exercício de poder:

A) vinculado.b) discricionário.C) hierárquico.D) subalterno.e) regulamentar.

15. (fGv – ofi cial de Cartório Polícia Civil – rJ/2009) A usurpação de função e a de-sapropriação de um bem imóvel da União por um município são, respectivamente, vícios do ato administrativo relativos à:

A) competência e objeto.

b) sujeito e competência.

C) incapacidade e forma.

D) incompetência e motivo.

e) objeto e fi nalidade.

16. (fGv – Auditor- Pm de Angra dos reis – rJ/2010) De acordo com a disciplina dos atos administrativos, assinale a alterna-tiva correta.

A) Será inválido o ato de remoção prati-cado como meio de punição ao servidor, ainda que haja necessidade de pessoal no local para onde ele foi removido.

b) O mérito é aspecto do ato administrati-vo que, particularmente, diz respeito à sua forma legal, sempre prevista em lei, e à sua motivação fática, que deverá ser analisada concretamente.

C) Há vício nos elementos fi nalidade e for-ma quando a matéria, de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato administrati-vo é materialmente inexistente ou juridi-camente inadequada ao resultado obtido.

D) Tratando-se de vício relativo ao sujeito, quando o agente público extrapola os limi-tes de sua competência, ocorre o desvio de poder, que é espécie do gênero abuso de poder.

e) Os atos administrativos podem ser dis-cricionários ou vinculados. Quando dis-cricionários, têm como limite as razões de conveniência e oportunidade que são re-veladas na motivação do ato.

17. (fGv – Auditor- Pm de Angra dos reis – rJ/2010) Nas alternativas a seguir, as afi rmativas são corretas e a segunda vin-cula-se à primeira, À eXCeÇÃo De umA. Assinale-a.

A) A administração pode revogar seus próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade. / Na revogação, deve-se sempre respeitar os direitos adquiridos.

b) A revogação decorre de critério de opor-tunidade e conveniência. / Mas há atos que não podem ser revogados, como os atos que já exauriram os seus efeitos.

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C) O ato administrativo que contenha vício insanável de legalidade deve ser anulado e não revogado. / A anulação desse ato ad-ministrativo deve ter efeitos retroativos.D) O ato administrativo não pode ser anu-lado com base em critério de oportuni-dade e conveniência. / A anulação do ato administrativo deve ser feita com base em critério de legalidade.e) A administração pode anular seus pró-prios atos quando eivados de vícios que os tornem ilegais. / Na anulação, deve-se sem-pre respeitar os direitos adquiridos.

18. (fGv – fiscal de rendas sefAZ – rJ/2008) A respeito das características do ato administrativo, assinale a afi rmativa correta.

A) A característica de imperatividade do ato administrativo afasta totalmente a pos-sibilidade de atuação consensual da Admi-nistração Pública.b) A avocação, pelo superior, da compe-tência para realizar um ato administrativo, apresenta-se excepcional. C) O Poder Judiciário pode rever o mérito do ato discricionário do Poder Executivo.D) O ato discricionário não pode ser revo-gado.e) A competência é em regra derrogável.

19. (fGv – Juiz substituto – tJ – ms/2008) O Município X autoriza um particular a es-tacionar veículos particulares em terreno público municipal. Passados dois meses, um fi scal da prefeitura verifi ca que tal ati-vidade está gerando danos ao meio am-biente. A Administração Pública Municipal deverá:

A) anular seu ato de ofício.b) suspender a autorização concedida, após a oitiva do particular interessado.C) ajuizar ação de nulidade de autorização.D) ajuizar ação possessória para reaver o bem.e) revogar o ato de ofício.

20. (fGv – Advogado CoDesP/2010) Nas alternativas a seguir, as afi rmações

são verdadeiras e a segunda é decor-rente da primeira, À eXCeÇÃo De umA. Assinale-a.

A) A anulação pode se dar por medida da Administração Pública, no exercício de seu poder de vigilância.b) A anulação pode se dar pelo Poder Judi-ciário, mediante provocação do interessa-do.C) A anulação tem como fundamento a ilegitimidade do ato administrativo, quan-do o ato apresenta vícios que confi guram sua desconformidade explícita com o or-denamento jurídico ou desvio de poder.D) A anulação é ato privativo da Admi-nistração Pública, observadas as regras de competência e as relações de hierarquia e subordinação.e) A anulação é ato declaratório do vício de legalidade ou até mesmo de inexistên-cia do ato administrativo anteriormente editado, apontando esse defeito, sempre preexistente à anulação.

21. (fGv – fiscal de rendas sefAZ – rJ/2010) A respeito da validade dos atos administrativos, assinale a alternativa cor-reta.

A) A Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro pode convalidar atos invá-lidos, desde que sanáveis e que não acar-retem lesão ao interesse público e nem prejuízo a terceiros.b) O Supremo Tribunal Federal sumulou o entendimento de que atos eivados de ví-cio devem ser obrigatoriamente anulados pela Administração Pública, desde que de-les não se originem direitos.C) A cassação é forma de extinção por meio da edição de ato administrativo com base em critérios de oportunidade e con-veniência da Administração Pública.D) O processo administrativo é pressupos-to necessário à invalidação dos atos admi-nistrativos.e) Os atos administrativos gozam de pre-sunção de legitimidade, que determina a inversão do ônus da prova em juízo.

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A) se somente as afi rmativas I e IV estive-rem corretas.b) se somente as afi rmativas III e IV estive-rem corretas.C) se somente as afi rmativas I, II e III estive-rem corretas.D) se somente as afi rmativas II, III e IV esti-verem corretas.e) se todas as afi rmativas estiverem corre-tas.

XIV. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-BLICA

84. (fGv – Advogado bADesC/2010) Compete ao Senado Federal autorizar operações externas de natureza fi nanceira, de interesse das pessoas federativas. Essa competência diz respeito:

A) ao controle judicial.b) ao controle hierárquico.C) ao controle legislativo, de natureza po-lítica.D) ao controle legislativo, de natureza fi -nanceira.e) ao controle administrativo.

85. (fGv – fiscal da receita estadual – AP/2010) O poder de sustação do Con-gresso Nacional em relação aos atos nor-mativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar é uma função do controle:

A) administrativo.

GABARITO ANOTADO

GAb AnotAÇÃo

1 bPrincípio expresso no art. 37 da CF, prevê que o administrador só pode atuar de acordo com o que a lei determina, ao contrário dos indivíduos da sociedade que exercem o direito de fazer o que a lei não veda.

2 e

O Principio da Universalidade é considerado como ramo do Direito In-ternacional Penal, onde há a colaboração dos Estados em reprimir os crimes, dando aos Estados que adotaram o tratado a autonomia de julgar os delinqüentes independente da nacionalidade do agente e do lugar da infração.

b) político.C) de legalidade.D) externo.e) normativo.

86. (fGv – ofi cial de Cartório Polícia Civil – rJ/2009) A respeito do tema controle da Administração Pública, analise as afi rmati-vas a seguir.

i. O controle legislativo abrange os atos do Poder Executivo e alguns do Poder Judici-ário.ii. O controle político relaciona-se com os aspectos da legalidade, não apreciando as decisões administrativas sob o aspecto da discricionariedade.iiI. O controle fi nanceiro compreende, entre outros, o controle de resultados de cumprimento dos programas de trabalho e de metas.iv. A fi scalização inclui o sistema de con-trole externo exercido por cada um dos Poderes em relação aos outros.Assinale:A) se somente a afi rmativa II estiver corre-ta.b) se somente as afi rmativas I e III estive-rem corretas.C) se somente a afi rmativa I, II e IV estive-rem corretas.D) se somente a afi rmativa I, III e IV estive-rem corretas.e) se todas as afi rmativas estiverem corre-tas.

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3 D

Expresso no art. 37 da CF, o Principio da Efi ciência veio para melhorar a realização dos serviços, tornando-os mais práticos e rápidos, exigindo do servidor mais presteza e desempenho em suas atribuições, a fi m de obter melhores resultados. Já o Princípio da moralidade, exige do servi-dor uma conduta correta e o sentimento de probidade em suas ações.

4 C

I – Conforme muito bem exposto na letra do exercício, poder de polícia é o meio pelo qual a Administração Pública restringe direitos individu-ais em favor da coletividade. Possui fundamentos nos arts. 145, II da CF, mas fi ca bem exposto no art.78 do Código Tributário Nacional (Lei 5.172/66).

II – O Poder Regulamentar, é o meio pelo qual a Administração Pública possui a prerrogativa de complementar as leis e permitir a sua perfeita aplicação. Cabendo portanto, a Administração respeitar o texto da lei já criada pelo legislativo, sendo que se alterá-la estará cometendo abu-so de poder regulamentar, invadindo a competência de poder.

5 D

Qualquer ato administrativo pode ser analisado pelo Judiciário no to-cante à sua legalidade. A jurisprudência tem fl exibilidade a chamada intangibilidade do mérito administrativo, quando a decisão do Admi-nistrador afronta direitos fundamentais e princípios da Administra-ção Pública, como razoabilidade, proporcionalidade, efi ciência, mo-ralidade, etc. No julgamento do REsp 429570/GO, DJ de 22.03.2004, o STJ expressou entendimento de que “o Poder Judiciário não mais se limita a examinar os aspectos extrínsecos da administração, pois pode analisar, ainda, as razões de conveniência e oportunidade,uma vez que essas razões devem observar critérios de moralidade e razo-abilidade”.

6 D Secretaria de Estado é um órgão interno da Administração Publica Di-reta.

7 A

Quanto ao nível federativo, de acordo com art. 18 da CF, atribui aos entes federados autonomia, dá ao Município e ao Estado o poder de criar suas próprias autarquias.

Quanto ao Objeto, podem ser classifi cadas em corporativas, culturais (ligadas aos serviços de educação) e previdenciárias (INSS).

8 e Art. 37, XIX da CF/88.

9 C

I – Art. 37, XX, da CF.

II – Art. 37, §8º, da CF/88;

III – Os bens das estatais prestadoras de serviços públicos possuem regime jurídico de direito público assim como a administração direta, autárquica e fundacional, assim, seus bens também são impenhorá-veis.

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10 ANa EP o capital social é público, enquanto da SEM pode ser misto (públi-co e privado); A EP pode adotar qualquer modalidade de constituição, ao passo que a SEM deve ser constituída como sociedade anônima.

11 C

O que caracteriza as entidades da Administração Indireta, é a vincula-ção à Administração Direta, exercendo assim uma atribuição perten-cente a Administração Direta, onde nem sempre há o desempenho de atividade econômica.

12 e Vide art. 54 da Lei 8666/93 (Lei de licitações). O contrato excepcional-mente possui caráter de direito privado.

13 D

Conforme o próprio exercício já expressa, o atributo da imperativida-de, permite que os atos da Administração sejam soberanos, cogentes, impondo dessa maneira a todos os administrados, posto que os atos da Administração visam ao interesse da coletividade, em alguns casos vindo em detrimento a um particular.

14 A

É considerado vinculado, todo ato em que a Administração deve seguir a regra da Lei instituidora, ou seja, inexiste por parte do Administrado a liberdade de atuação. Por se tratar de norma interposta pelo Código de Transito Nacional (art. 104), de observância obrigatória para todos os veículos, a inspeção veicular expressa modalidade de ato vinculado.

15 A

Vício de Competência, podemos defi nir como aquele em que o agen-te pratica ato de competência de outra autoridade, ou seja, fora de sua competência. No caso em questão, o agente usurpa função que não pé competente para tal atribuição, portanto, confi gurado o vicio de com-petência.Vicio de Objeto, ocorre quando o objeto é ilegal, ou seja, a intenção do agente é impossível. Assim, se um Município desapropria um bem da União, estamos diante de um vício de objeto.

16 AA remoção não pode ser utilizada como meio de punição para o servi-dor público, pois haveria desvio de fi nalidade. Neste caso, a fi nalidade do ato está em desacordo com a fi nalidade da lei.

17 e

Súmula 473 do STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou opor-tunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

18 b Letra do artigo 15 da lei 9.784/99.

19 e

Autorização é o ato precário e discricionário, onde a Administração dá liberalidade ao particular utilizar ou exercer uma atividade utilizando o bem público em seu próprio interesse. Assim, se há prejuízo para o interesse público em tal autorização, deve ser revogada de imediato pelo Poder Público.

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