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Relações Estados Unidos - América Latina Especialização em Jornalismo Internacional - PUC SP Professor Reginaldo Nasser

EUA x Am. Latina 2

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Relações Estados Unidos - América Latina

Especialização em Jornalismo Internacional - PUC SPProfessor Reginaldo Nasser

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Introdução - Linha do Tempo

1774 - 1. Congresso Continental 1783 - Início da Guerra de Independência dos EUA1789 - Eleição de George Washington1812 - Guerra Estados Unidos X Inglaterra1823 - Declaração da Doutrina Monroe1848 – Guerra EUA México1860 - Estados do Sul se separam e formam os “Estados Confederados”1861 - Início da guerra de Secessão

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Expansão para o Oeste

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Introdução - O momento Imperial

Dois Momentos Imperiais dos Estados Unidos para a América Latina

a) Expansionismo Territorial

b) Avanço Comercial

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A Compra da Louisiana:

Em 1801, Thomas Jefferson soube que a França havia comprado da Espanha o Território da Louisiana, região que estendia-se entre o oeste do Rio Mississippi e o leste das Montanhas Rochosas. A França, governada por Napoleão Bonaparte, representava na visão de Jefferson um grande perigo à nação.Jefferson gradualmente pressionou diplomaticamente a França a ceder partes estratégicas da Louisiana para os Estados Unidos, tais como New Orleans. Porém, em 1803, Napoleão Bonaparte ofereceu a venda de todo o território aos Estados Unidos, por 15 milhões de dólares. A Compra da Louisiana, que adicionava 2 144 476 quilômetros quadrados de área, mais do que dobrou o território controlado pelo Estados Unidos, deu ao país o livre uso da Bacia do Rio Mississippi, e oferecia aos Estados Unidos grande potencial para expansão.

Expansão Territorial

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Expansão Territorial

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Os Estados Unidos e o interesse na Independência das colônias Latino- Americanas“(...) Adams e sua geração estavam conscientes de que os Estados Unidos e a América Latina compartilhavam, ao menos, o interesse em expulsar a Europa do Hemisfério Ocidental. Quando as guerras de independência latino-americanas irromperam uma década antes, este interesse estimulara o Presidente Madison a tratar os rebeldes com o que ele chamava de um espírito de “filantropia ampliada,” significava que ele permitiria que fornecedores norte-americanos lhes vendessem armas. Sempre mais objetivo, o Congresso anunciou abertamente seu “interesse amistoso” na independência da América Latina e, em seguida, o Secretário de Estado James Monroe notificava às potências européias que os Estados Unidos tinham “um interesse na independência das colônias espanholas.” Desde então, não fazia mais sentido declarar que os Estados Unidos não compartilhavam interesses com seus vizinhos. O comentário de John Quincy Adams provavelmente refletia a crença, comum entre seus contemporâneos, de que qualquer relacionamento com a América Latina seria difícil, porque princípios díspares governavam aqueles comportamentos. Adams não pretendia insultar; ele simplesmente estava salientando que os latino-americanos eram hispânicos, e que seu povo era anglo. Para Adams e sua geração, isto fazia toda a diferença do mundo” (SCHOULTZ, 1999. Pág. 17)

A aproximação com a Am. Latina

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Criação de Estados Independentes na América Latina e a formação do mindset norte-americano: “Dezoito novas nações foram criadas na América Latina durante este mesmo meio século. Em boa parte da região, a luta sangrenta pela independência foi significativamente mais dilaceradora do que a dos Estados Unidos e, uma vez livres do controle colonial, as repúblicas latino-americanas encontravam-se incapazes de criar estados efetivos, estavam enfraquecidas pela guerra e com as sociedades civis fragmentadas. Visitantes que chegavam a estas novas repúblicas, inclusive um primeiro encarregado dos EUA na Colômbia, desanimavam diante do desafio de forjar nações a partir de “vinte milhões de pessoas espalhadas sobre um continente sem rumo, separadas umas das outras por imensas porções de região desabitada, sem concordância, sem recursos, e totalmente ignorantes no que se refere aos princípios de um governo civil” (palavras de Beaufort Watts, representante americano na Colômbia). (SCHOULTZ, 1999. Pág. 18)

A aproximação com a Am. Latina

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A Doutrina Monroe foi enunciada pelo presidente estadunidense James Monroe (presidente de 1817 a 1825) em sua mensagem ao Congresso em 2 de dezembro de 1823. “Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência européia” (Mensagem do Presidente James Monroe ao Congresso dos EUA, 1823)

A Doutrina Monroe

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A Doutrina Consistia Basicamente de 3 pontos:

• a não criação de novas colônias nas Américas; • a não intervenção nos assuntos internos dos países americanos; • a não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colônias.

A Doutrina reafirmava a posição dos Estados Unidos contra o colonialismo europeu, inspirando-se na política isolacionista de George Washington, segundo a qual "a Europa tinha um conjunto de interesses elementares sem relação com os nossos ou senão muito remotamente" (Discurso de despedida do Presidente George Washington, em 17 de Setembro de 1796), e desenvolvia o pensamento de Thomas Jefferson, segundo o qual "a América tem um Hemisfério para si mesma", o qual tanto poderia significar o continente americano como o seu próprio país.

A Doutrina Monroe

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Fim do entusiasmo norte americano com o processo de independência Latino Americano - Henry Clay recebe notificações de diversos Estado recém independentes na América latina afundavam em um caos institucional: “Diante dessas avaliações vindas de todos os cantos da região, o antigo entusiasmo de Henry Clay pela independência da América Latina mais do que declinou; esvaneceu-se. Os espanhóis haviam sido expulsos, a ameaça de interferência de outras potências européias aquietara-se, e os interesses comerciais dos EUA estavam tão seguros quanto se poderia desejar. Na medida em que parecia haver pouco a ganhar dando mais atenção à região, Clay simplesmente notificou aos representantes dos EUA que “toda expressão de desprezo pelos latino-americanos por seus hábitos, civis ou religiosos, toda insinuação de incompetência de sua população para o autogoverno, deveria ser diligentemente evitada,” e com isto ele encerrava o primeiro capítulo na história da política dos Estados Unidos em relação à América Latina” (SCHOULTZ, 1999. Pág. 28)

Caos institucional e afastamento

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Guerra EUA X México

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A Guerra Mexicano-Americana ocorreu entre os Estados Unidos da América e o México, entre 1846 e 1848. A guerra foi desencadeada pela anexação do Texas, anteriomente parte do México, pelos Estados Unidos. O México não reconheceu a anexação e reivindicou a região, alegando que o Texas era um Estado rebelde. Ao final da guerra, o México foi obrigado a ceder grandes regiões do norte do país para os Estados Unidos. Estas regiões compreendem a inteiridade dos atuais Estados americanos de Califórnia, Nevada, Texas e Utah, a inteiridade do Estado de Novo México (antes da Compra de Gadsden), e áreas dos Estados de Arizona, Colorado e Wyoming.

Guerra EUA X México

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Afastamento dos Estados Unidos “Há no México nada menos que oito milhões de seres humanos (homens, mulheres e crianças) de uma raça totalmente diferente da nossa – uma população de cor, sem sentimentos em comum conosco, sem julgamentos como os nossos; mas, ao contrário, com julgamentos antípodas aos nossos, e especialmente intolerantes em relação a este tema da escravidão. Vocês supõem que se anexarem à União Americana estes oito milhões de pessoas, sustentadas pelos milhões de homens de cor neste país, elas irão permanecer espectadoras ociosas dos procedimentos deste governo, estimuladas como serão pelos abolicionistas da casta mais fanáticos? O que, então, será desta nossa instituição peculiar, que existiu há tantos anos neste país?”

Guerra EUA X México