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Trabalho elaborado por:
Laura Guerra, nº 22 – 10ºB
Laura Moreira, nº 23 – 10ºB
Pedro Coelho, nº 31 – 10ºB
Professora de Português: Rosário Cunha
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA BATALHA
Poetas do Século XX
• Eugénio de Andrade
• José Gomes Ferreira
• Cecília Meireles
18/03/2014
ÍNDICE
Eugénio de Andrade – Diapositivos 3 a 11
José Gomes Ferreira – Diapositivos 12 a 15
Cecília Meireles – Diapositivos 16 a 18
Bibliografia – Diapositivos 19 a 20
EUGÉNIO DE ANDRADE
Eugénio de Andrade (1923 - 2005) foi um
grande poeta português.
Frequentou o Liceu Passos Manuel e a Escola
Técnica Machado de Castro, tendo escrito os
seus primeiros poemas em 1936.
EUGÉNIO DE ANDRADE
Tornou-se funcionário público em 1947,
exercendo durante 35 anos as funções de
Inspector Administrativo do Ministério da
Saúde. Uma transferência de serviço levá-lo-ia
a instalar-se no Porto em 1950.
EUGÉNIO DE ANDRADE
Durante os anos que se seguem até à data da
sua morte, o poeta fez diversas viagens, foi
convidado para participar em vários eventos e
travou amizades com muitas personalidades
da cultura portuguesa e estrangeira.
EUGÉNIO DE ANDRADE
Apesar do seu enorme prestígio nacional e
internacional, Eugénio de Andrade sempre
viveu distanciado da chamada vida social,
literária ou mundana, tendo o próprio
justificado as suas raras aparições públicas
com «essa debilidade do coração que é a
amizade».
EUGÉNIO DE ANDRADE
Entre as dezenas de obras que publicou
encontram-se, na poesia, Os amantes sem
dinheiro (1950), As palavras
interditas (1951), Escrita da Terra (1974), Matéria
Solar (1980), Rente ao dizer(1992), Ofício da
paciência (1994), O sal da língua (1995) e Os
lugares do lume (1998).
AS PALAVRAS
“São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?”
Eugénio de Andrade
ANÁLISE
A maioria dos versos são soltos/brancos
havendo apenas uma rima que é cruzada,
pobre e consoante.
ANÁLISE
São usadas algumas figuras de estilo como :
a comparação - “São como um cristal, as
palavras.” ;
metáfora – “Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam (…).”, “Tecidas são de luz”, “
(…) são noite.”;
antítese – “Tecidas são de luz e são a noite.”;
enumeração – “(…) cruéis, desfeitas (…).”,
“Desamparadas, inocente, leves (…)”;
Interrogações retóricas – Quem as escuta? Quem
as recolhe (…) nas suas conchas puras?”
O AMOR
“Estou a amar-te como o frio corta os lábios. A arrancar a raiz ao mais diminuto dos rios. A inundar-te de facas, de saliva esperma lume. Estou a rodear de agulhas a boca mais vulnerável A marcar sobre os teus flancos o itinerário da espuma Assim é o amor: mortal e navegável.”
Eugénio de Andrade
in Obscuro Domínio
Tema: Amor
Assunto: Como o sujeito poético ama
JOSÉ GOMES FERREIRA
José Gomes Ferreira (1900 - 1985) foi
um escritor e poeta português.
Estudou nos liceus de Camões e de Gil
Vicente, com Leonardo Coimbra, onde teve o
primeiro contacto com a poesia.
JOSÉ GOMES FERREIRA
A sua consciência política começou a florescer
também ela cedo, sobretudo por influência do
pai (democrata republicano). Licencia-se
em Direito em 1924, tendo trabalhado
posteriormente como cônsul na Noruega.
Paralelamente seguiu uma carreira como
compositor
JOSÉ GOMES FERREIRA
Inicia-se na poesia com o poema Viver sempre
também cansa em 1931, publicado na
revista Presença. Apesar de já ter feito algumas
publicações nomeadamente os livros Lírios do
Monte e Longe, foi só em 1948 que começou a
publicação séria do seu trabalho, com Poesia
I e Homenagem Poética a António Gomes Leal.
O AMOR QUE SINTO
“O amor que sinto
É um labirinto.
Nele me perdi
com o coração
cheio de ter fome
do mundo e de ti
(sabes o teu nome),
sombra necessária
de um Sol que não vejo,
onde cabe o pária,
a Revolução
e a Reforma Agrária
sonho do Alentejo.
Só assim me pinto
neste Amor que sinto.
Amor que me fere,
chame-se mulher,
onda de veludo,
pátria mal-amada,
chame-se “amar nada”
chame-se “amar tudo”.
E porque não minto
sou um labirinto.”
José Gomes Ferreira
Tema: Amor
Assunto: o amor sentido pelo
sujeito poético
CECÍLIA MEIRELES
Cecília (1901 - 1964) tem a nacionalidade brasileira
e foi poetisa, pintora, professora e jornalista. É
considerada uma das vozes líricas mais
importantes da literatura portuguesa.
Cecília Meireles foi filha órfã criada pela sua avó e
aos nove anos, ela começou a escrever poesia.
CECÍLIA MEIRELES
Observa-se ainda seu amplo reconhecimento na
poesia infantil com textos como Leilão de
Jardim, O Cavalinho Branco, Colar de Carolina, O
mosquito escreve, Sonhos da menina, O menino
azul e A pombinha da mata, entre outros.
CANÇÃO DO AMOR-PERFEITO
Eu vi o raio de sol
beijar o outono. Eu vi na mão dos adeuses
o anel de ouro.
Não quero dizer o dia.
Não posso dizer o dono.
Eu vi bandeiras abertas
sobre o mar largo
e ouvi cantar as sereias.
Longe, num barco,
deixei meus olhos alegres,
trouxe meu sorriso amargo.
Bem no regaço da lua,
já não padeço. Ai, seja como quiseres,
Amor-Perfeito,
gostaria que ficasses,
mas, se fores, não te esqueço.
Cecília Meireles, in 'Retrato Natural'
Tema : Amor
Assunto: Saudades
BIBLIOGRAFIA
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cec%C3%ADlia_meireles
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Gomes_Ferreira
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eug%C3%A9nio_de_Andrade
http://www.caisdaspalavras.blogspot.pt/
BIBLIOGRAFIA
http://www.citador.pt/poemas/o-amor-eugenio-de-
andrade
http://looking4good.wordpress.com/2009/06/09/o-amor-
que-sinto-jose-gomes-ferreira/
http://www.citador.pt/poemas/cancao-do-amorperfeito-
cecilia-meireles