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A Revista do Projecto Évora Solidária

Evora solidária

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revista do Projecto Évora Solidária

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Page 1: Evora solidária

A Revista do Projecto

Évora Solidária

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Escola Secundária Gabriel Pereira

Os alunos Duarte Godinho, João Passinhas e Nuno Falcão têm o prazer de apresentar....

O projecto...

Évora Solidária... Ajude Hoje para um Melhor Amanhã!

Queremos agradecer a...

Paróquia Da Nossa Senhora Da Saúde

Junta De Freguesia Do Bacêlo

Cáritas

Banco Alimentar

Ine - Instituto Nacional De Estatistica

Fundação Eugénio De Almeida

...Pela sua contribuição na construção deste projecto!

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“Évora Solidária – Porquê?”

ao folhear este exemplar, o leitor pode estar a in-terrogar-se sobre a razão pela qual escolhemos um tema tão delicado como o que temos em mão. Afinal, Solidariedade e ajuda social não são temas fáceis, com os quais se possa brincar. Mas também, quem disse que um trabalho simples traz a felicidade aos seus execu-tores? Sentimos que a cidade de Évora necessitava de alguma iniciativa deste género que chamasse a atenção da população para todos os problemas que embora não pareçam influenciar a nossa vida, influenciam a nossa vivência em sociedade. Como tal, arregaçámos as mangas e procedemos a investigações e entrevistas a diversas instituições, como forma de compilarmos as experiências daqueles que todos os dias se preocupam em trazer um pouco mais de qualidade de vida àqueles que têm tão pouco. Também procurámos um pouco de saber empírico, ao entrarmos em contacto com a campanha de dia 27 e 28 de Novembro do Banco alimentar para recolha de alimentos, fazendo de voluntários por 2 dias. queremos com este manuscrito, não só divulgar os resultados dos nossos estudos, mas também procurar criar um banco de voluntariado com alunos da ESGP, como forma de ajudarmos a suprimir as faltas de pes-soal nas iPSS, Paróquias e outras instituições que tra-balhem na área social.

um bem-haja a todos

o Banco alimentar de Évora angariou 100 toneladas de produtos na campanha de recolha de 27 e 28 de

Novembro de 2010.

Na zona de actuação do Banco alimentar Contra a Fome de Évora foram angariadas 100 toneladas de produtos alimentares na última campanha de recolha.

os bens alimentares serão distribuídos local-mente, já a partir da próxima semana, a 8.480 pes-soas com carências alimentares comprovadas, através de 91 instituições de Solidariedade Social previa-mente seleccionadas para o efeito e supervisionadas pelo Banco. a campanha mobilizou cerca de 830 voluntários, que recolheram as contribuições efectuadas nos 77 supermercados onde foi organizada a recolha.

Situação profissional da população residente no Centro Histórico

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O voluntariado interessa ao nosso projecto, porque afinal com a análise das carências sociais da cidade, procuramos dar resposta aos problemas identificados. Tentaremos fazer a ligação entre as iPSS onde o voluntariado é necessário e os interessados. Esta ligação será feita através do nosso Fórum - Banco de voluntariado. infelizmente, a questão do voluntariado não é muito relevado pelos partidos de actual espectro político-partidário português. a única força política que propôs um caderno de encargos na área do voluntar-iado e da solidariedade social foi o CdS-PP. Não se trata de fazer prop-aganda a qualquer força política concreta, todavia há que dar o mérito a quem o tem. Neste caso, debruçar-me-ei sobre o CdS-PP, um partido de inspiração Cristã, ou não fosse o seu baluarte ideológico a democracia-cristã. o CdS-PP propôs a criação de um pólo onde autarquias, empre-sas e instituições possam colocar actividades que mobilizem alunos, pais, professores e funcionários na ajuda à comunidade.o CdS-PP defende esta medida para o secundário por ser «onde os alunos têm mais autonomia» para participar em actividades sociais e cívicas. a iniciativa do CdS-PP destina-se a assinalar o ano Europeu do voluntariado e da Cidadania activa.«o voluntariado reúne muitos jovens em todo o país e pretendemos que, assim, também as escolas possam ajudar a divulgar», referiu Paulo Portas.

o voluntariado – as soluções e as respostas

a ideia é que autarquias, empresas e instituições de solidariedade social possam encontrar nas escolas um sítio, um pólo, onde possam fazer a divulgação das suas actividades para que todos os actores da comunidade possam dar o seu contributo, encontrando aí os seus pon-tos de interesse, explicou o deputado. o voluntariado deve ser visto pela sociedade civil como um factor de humanização, aliás um preceito pelo qual o nosso projecto – Évora Solidária – luta. Numa altura de grave crise económica e social, considero que é premente fortalecer este sector. dar mais condições e melhorar a sua eficácia – tanto aos voluntários em si como às organizações e institu-ições - reconhecendo a sua livre iniciativa e, principalmente, a forma como este sector muitas vezes se adianta e realiza funções de apoio e rede comunitária. Na verdade, esta rede, especialmente na área social, é muitas vezes a mais importante ajuda a quem precisa. o apoio e a segurança que devem ser dados aos voluntários não podem, no entanto, servir para o Estado asfixiar ou pretender dirigir estas pessoas ou instituições. Pelo contrário, deve ser reconhecida a sua independência e o seu trabalho deve ser visto como um exercício de responsabilidade cívica e social, um instrumento para o desenvolvi-mento da sociedade civil e para a coesão social. quanto aos voluntários, devemos apostar especialmente em duas áreas: o voluntariado sénior, que depois da aposentação dispõe de tempo e de conhecimentos que não podem ser desperdiçados; e, por outro lado, aproveitar o potencial de generosidade do voluntariado jo-vem. a esta aposta, junte-se a necessária modernização e actualização perante a realidade actual do voluntariado. Por exemplo, existem, cada vez mais pessoas dispostas a ajudar, com o seu tempo e trabalho, vol-untariamente, a um nível de proximidade dos problemas, mas que por várias razões, não se enquadram no trabalho mais institucional. um novo paradigma de voluntariado deve nascer em Portugal. E está nas mãos de nós jovens lutar para que isso aconteça!!! Por outro lado, como os donativos de empresas são dedutíveis em sede fiscal, também a prestação voluntária de serviços de profissionais liberais (como o apoio médico, jurídico, de gestão e organização, entre muitos outros) deve ter um tratamento fiscal favorável.

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2011 será o ano europeu no voluntariado. ora não po-deria ser duma maior pertinên-cia o nosso projecto, precisa-mente no ano do voluntariado! a sociedade civil tem de es-tar desperta para a problemáti-ca social, na medida em que não pode (nem deve) caber ao Es-tado as preocupações concre-tas com os problemas sociais. Eu defendo uma sociedade proactiva, em que o cidadão esteja no centro de todas as at-enções, por conseguinte esse cidadão deverá ser consciente do seu papel no todo social, e actuar de forma a diminuir as assimetrias sociais e a dirimir os problemas que possam surgir da má distribuição da riqueza.

2011 vai SEr o aNo EuroPEu do voluNTariado E da

CidadaNia aCTiva

É muito importante consciencializar os jovens para a importância do voluntariado. E nos dias de hoje a ju-ventude tem muita facilidade em ingressar nas filei-ras de programas de voluntariado. Basta, por exemplo, dirigiram-se ao pólo sócio-caritativo da sua paróquia e inscreverem-se como voluntários para qualquer pro-jecto. assim, de uma forma simples poderão ajudar o próximo, o que ao mesmo tempo lhes dá um currículo mais vasto, que é cada vez mais relevado na sociedade meritocrática do emprego com responsabilidade social. uma iniciativa de louvar sem dúvida das Co-munidades Europeias, a criação do ano do volun-tariado. Mais do que voluntariado, é preconizada uma cidadania activa, já explanada anteriormente. Enquanto elemento dum projecto que se distingue dos demais, nomeadamente na responsabilidade social, posso concluir que todas as aprendizagens que tenho feitos nas deslocações às fundações, iPSS’s e paróquias me darão um flanco humanitário e social importante na prossecução de um futuro enquanto actor social, nomeadamente enquanto actor político (se for esta a minha vocação).

João Passinhas

Fontes de rendimento dos agregados familiares residenrtes no Centro Histórico de Évora

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OBRIGADO

Com o nosso “honesto estudo”, com “experiência mis-turado”, chegámos a respostas sobre a estrutura solidária de Évora, que demonstram como, apesar de pouco difundida, a ajuda e o combate às assimetrias sociais tem sido feita, umas vezes melhor outras pior, mas tem garantido uma melhoria de vida (apesar de apenas parcial), à população eborense. de facto, as iPSS em Évora, estão estruturadas de forma hierárquica, tendo no topo a Fundação Eugénio de almeida, que financia, e formula orçamentos a distribuir a outros pólos de ajuda (como paróquias, Banco alimentar, Caritas, etc.), ou seja, financia as instituições que trabalham em áreas difer-entes, mas de forma integrada no esbatimento das carências. apesar deste esforço, cálculo, e procura em ajudar da melhor forma, a origem dos fundos, do Estado português, nem sempre é suficiente, dando menos possibilidades de movimentação e melhores campanhas de protecção dos que pouco ou nada têm. Tivemos oportunidade de estar presentes na campanha de recolha de alimentos do B.a., e observarmos “in loco” as funções de um voluntário. diga-se de passagem, que as sen-sações experienciadas, dão ânimo, e fazem-nos sentir úteis. Afinal, hoje não preciso, mas amanhã quem sabe? Esta experiência também nos mostrou que apesar dos voluntários que já existem, ainda é necessária muita participação dos cidadãos para esta causa, que cada vez necessita de mais ajudantes, especialmente jovens, uma vez que os voluntários são normalmente idosos, que também têm dificuldades, nor-malmente de transporte, ou de saúde.

São por isso necessárias campanhas de sensibilização dos jovens nas escolas, e pontos de encontro regular, e, como forma de incentivar à ajuda, que esta conte para a formação da sua carreira profissional, pois verdade seja dita, o voluntariado fomenta um espírito empreendedor, e de luta, que será importante em estágios mais longínquos da nossa vida. queremos pois, com este manuscrito, agradecer a to-das as iPSS em Évora, que trabalham arduamente, e diaria-mente para ajudar quem necessita, para tentar criar mais igualdade entre todos, e também agradecer todo o apoio que nos têm oferecido, ao disponibilizar informação, recur-sos humanos, e mesmo experimentar ser voluntário, ex-periência que não esqueceremos, e tentar sensibilizar o cor-po estudantil da ESGP para estes problemas, que apesar de escondidos, estão sempre presentes.

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Análise da Situação Social em Évora

Nos gráficcos apresentados na página ao lado, podemos observar osproblemas sociais vividos pela população de Évora, assim como a fatia da população que usufrui de apoios sciais, e qual o apoio que dispôem, no decorrer do ano de 2007. Entre os problemas com maior ocorrência na freguesia de St.º antão, temos a pobreza, isola-mento e abandono, doença, degradação hab-itacional e desemprego. Só estes, representam 85% do total dos problemas (e as pessoas que sofrem destas carências, representam 17,1% da população residente nesta freguesia).. No gráfico de baixo, podemos observar que a maior parte da população não usufrui de apoios, e que da pequena percentagem que usufrui, re-correm maioritariamente à Cáritas e à St.ª Casa da Misericórdia de Évora. a conclusão a que chegamos é simples, a população de Évor apresenta assimetrias a nível social, tomando o exemplo desta freguesia do nosso concelho, como observámos.

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Escola Secundária Gabriel Pereira 2010/2011

Duarte Godinho

João Passinhas

Nuno Falcão